sábado, 17 de janeiro de 2009

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XII

CAP. XII - RM - 1-21 e reflexão sobre os versículos A VIDA CRISTÃ 12 O culto autêntico
1Irmãos, pela misericórdia de Deus, peço que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o vosso culto autêntico. 2Não vos amoldeis às estruturas deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito.
A comunidade é um corpo vivo 3Em nome da graça que me foi concedida, eu digo a cada um de vós: não tenhais de vós mesmos conceito maior do que convém, mas um conceito justo, de acordo com a fé, na medida que Deus concedeu a cada um. 4Num só corpo há muitos membros, e esses membros não têm todos a mesma função. 5O mesmo acontece connosco: embora sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, e, cada um por sua vez, é membro dos outros. 6Mas temos dons diferentes, conforme a graça concedida a cada um de nós. Quem tem o dom da profecia, deve exercê-lo de acordo com a fé; 7se tem o dom do serviço, que o exerça servindo; se do ensino, que ensine; 8se é de aconselhar, aconselhe; se é de distribuir donativos, faça-o com simplicidade; se é de presidir à comunidade, faça-o com zelo; se é de exercer misericórdia, faça-o com alegria.
As relações dentro e fora da comunidade 9Que o vosso amor seja sem hipocrisia: detestai o mal e apegai-vos ao bem; 10no amor fraterno, sede carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima. 11Quanto ao zelo, não sejais preguiçosos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor. 12Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. 13Sede solidários com os cristãos nas suas necessidades e aperfeiçoai-vos na prática da hospitalidade. 14Abençoai os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis. 15Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16Vivei em harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pela mania de grandeza, mas afeiçoai-vos às coisas modestas. Não vos considereis sábios. 17Não pagueis a ninguém o mal com o mal; a vossa preocupação seja fazer o bem a todos os homens. 18Se for possível, no que depende de vós, vivei em paz com todos. 19Amados, não façais justiça por própria conta, mas deixai a ira de Deus agir, pois o Senhor diz na Escritura: «A Mim pertence a vingança; Eu mesmo vou retribuir». 20Mas, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; desse modo, farás o outro corar de vergonha. 21Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.
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12,1-2: A vida cristã é resposta à misericórdia de Deus e abrange toda a existência concreta do homem, representada pelo corpo como centro de vida e acção e de relação com Deus, com os homens e com o mundo. Cada cristão oferece-se a si mesmo, sendo ele próprio o sacerdote e o sacrifício vivo. Tal sacerdócio é exercido de modo prático através do não-conformismo, que critica as estruturas corrompidas pela injustiça, e através de um discernimento novo que sabe distinguir a vontade de Deus que leva à justiça e à vida. 3-8: A vida na comunidade cristã tem como exigência básica o abandono da pretensão de ser o maior ou o mais importante, para se colocar com simplicidade ao serviço dos outros. Todos precisam de cada um, e cada um precisa de todos. A graça que Deus concede a cada um é o próprio modo de ser de cada pessoa. E esse modo de ser, que é iluminado pela fé, coloca-se à disposição das necessidades dos cada um (cf. nota em 1Cor 12,12-31).
9-21: Paulo expõe as linhas mestras do comportamento cristão, principalmente no que se refere à vida comunitária. A vida cristã deve ser inteiramente penetrada de sincero amor fraterno que, sem fraquezas ou simulações, enfrente todas as situações, sem excluir ninguém, nem os inimigos. Os vv. 9-13.15-16 referem-se ao amor entre os irmãos da comunidade; os vv. 14.17-21 falam do amor para com os que não pertencem à comunidade. 13,1-7: Paulo escreve a uma comunidade perseguida pelo poder político, tentada por isso a negar radicalmente a função da autoridade política. O que Paulo diz não deve ser tomado como legitimação de qualquer autoridade política ou forma de sociedade; ele apenas mostra o fundamento, a função e, ao mesmo tempo, o limite de uma autoridade política. A autoridade, por direito, só pertence à natureza de Deus. Só Ele é Senhor e juiz absoluto sobre os homens. A autoridade política encontra o seu fundamento numa participação funcional na autoridade de Deus, em vista do bem comum. A sua função é servir o povo, promovendo a justiça, zelando pelo direito e impedindo os abusos. Os seus limites dependem do seu próprio fundamento e função: a autoridade não pode usurpar o lugar de Deus, pretendendo-se absoluta ou divina; nem pode servir-se a si mesma, oprimindo e explorando o povo. 8-10: Na vida cristã a única tarefa que não tem limites é o amor, espírito com que tudo deve ser feito. Como nos evangelhos, Paulo também vê o amor como a expressão perfeita de toda a Lei.
------------------------------------------------------------------------------------------- ver em seguida CAPÍTULO XIII António Fonseca

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