quarta-feira, 18 de março de 2009

S. JOSÉ - SANTOS DO DIA - 19 DE MARÇO

São José
São José com o menino Jesus de Guido Reni
Casto esposo de Maria
Festa litúrgica 19 de março - solenidade de São José;

1 de maio - festa de São José, o trabalhador;

Portal dos Santos

QUEM FOI?

S. J O S É

José é um personagem célebre do Novo Testamento bíblico, marido da mãe de Jesus Cristo.

Segundo a tradição cristã, nasceu em Belém da Judéia, no século I a.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do rei David de Israel.

No catolicismo, ele é considerado um santo e chamado de São José.

Segundo a tradição, José foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em Nazaré, uma localidade da Galiléia.

Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado seu filho.

O Evangelho de Lucas atesta que o imperador Augusto ordenou um recenseamento em todo o Império Romano, que na época incluía toda a região, e a jovem Maria e seu esposo José se dirigiram a Belém, por ser esta a terra de seu esposo. Nessa época, reinava na Judéia Herodes, o Grande, monarca manipulado pelos romanos, célebre pela crueldade.

O texto do Evangelho deixa claro que José era o pai legal e certo de Jesus, pelo que (Mateus 1) é através de José que é referida a ascendência de Jesus até David e Abraão, embora o texto deixe inequívoco que ele não foi o pai biológico de Jesus. José quando encontrou Maria grávida "sem antes terem coabitado", "sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente", quando na época a lei bíblica vigente (Deuteronômio 22) prescrevia a lapidação (morte por pedradas) das adúlteras. Eis que, então, enquanto José dormia, apareceu-lhe, em sonho, um anjo que pede-lhe que não tema em receber Maria como sua esposa, "pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo", passagem normalmente interpretada pelos cristãos como uma concepção sem necessidade de uma participação masculina e, desde que se a suponha também virgem, de uma concepção virginal (já por tradições judaicas, Jesus é referido como "mamzer", algo como bastardo). De qualquer forma, portanto, o Evangelho não deixa dúvidas de que não é "pela carne" que Jesus herda os títulos messiânicos de "filho de David" e "filho de Abraão" com o que Mateus abre o Novo Testamento.

"O sonho de José", (1765-70) José Luzán. Óleo em madeira, 134 x 53 cm. Museu de Belas Artes de Zaragoza, Espanha.

O texto evangélico também é insistente ao apresentar a genealogia de José e citar uma linha patrilinear que inclui os reis de Judá e vai até David e Abraão — em ressaltar terríveis impurezas morais na ancestralidade de José, o marido de Maria a mãe de Jesus. Entre tantos homens, somente quatro mulheres, além de Maria, são citadas por Mateus nessa lista genealógica: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias (Betsabé), respectivamente: uma incestuosa, uma prostituta, uma estrangeira (era proibido aos israelitas casarem-se com estrangeiras) e a que foi tomada como esposa pelo rei David, que para obter isso encomendou a morte de seu marido, Urias, significando aqui o assassinato e o adultério.

Nessa época, Maria, sua esposa deu à luz Jesus numa manjedoura, pois não encontraram outro local para se hospedarem em Belém. Devido a tirania do rei Herodes e de sua fúria em querer matar o menino Jesus por ter ouvido que havia em Belém nascido o Cristo (o Messias), a Biblia, no Evangelho de Mateus, refere que Deus, igualmente em sonho, orientou seu esposo José para que fugissem para o Egipto. Assim, apenas nascido, Jesus já era um exilado, juntamente com José e Maria seus pais.

Imagem de São José no jardim do Colégio Sévigné.

Posteriormente, tendo Herodes morrido, um anjo de Deus, igualmente em sonho, aparece a José e orienta-o para que regressem à terra de Israel "porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino". Ao regressar, tendo ouvido que Arquelau (Herodes Arquelau) reinava na Judéia no lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá e, por mais uma vez, em sonho, tendo sido prevenido por divina advertência, retirou-se para a região da Galiléia, voltando a família a residir em Nazaré.

O lugar que José ocupa no Novo Testamento é discreto: está totalmente em função de Cristo e não por si mesmo. José é um homem silencioso, e pouco aparece na Bíblia. Não se sabe a data aproximada de sua morte, mas ela é presumida como anterior ao início da vida pública de Jesus. Quando este tinha doze anos, de acordo com o Evangelho de Lucas (cap. 2), José ainda era vivo, sendo que em todos os anos a família ia anualmente a Jerusalém para a festa da Páscoa. Na Páscoa desse ano, "o menino Jesus permaneceu em Jerusalém sem que seus pais soubessem", os quais "passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos" e, por fim, o reencontraram no Templo da Cidade Santa "assentado entre os mestres, ouvindo-os e interrogando-os, os quais se admiravam de sua inteligência e de suas respostas". "Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados" e Maria, sua mãe, diz-lhe: "Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura", sendo essa sua última referência a José estando vivo.

São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja católica romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.

Por isso, em seguida, refiro informações sobre o

Posted: 17 Mar 2009 04:31 PM PDT

Dia do Carpinteiro, Marceneiro, Artesão - 19 de março
19 de março Dia do Carpinteiro, do Marceneiro e ou do Artesão
Neste dia são homenageados o carpinteiro, o marceneiro e os artesãos em geral. O carpinteiro é o profissional que atua geralmente na construção de habitações e estruturas de madeira. O marceneiro trabalha com arte, dando forma às madeiras mais nobres. Durante muito tempo, o carpinteiro foi um dos profissionais mais requisitados, pois do seu trabalho dependiam vários ofícios. Os móveis da casa, os carros de bois ou puxados a cavalos, as ferramentas agrícolas de madeira etc. Esse ofício sobreviveu ao progresso, mas o carpinteiro teve de se adaptar aos novos tempos, recorrendo a equipamentos automáticos e alterando as suas produções. As antigas ferramentas tornaram-se, em grande parte, obsoletas, ainda que muitas delas mantenham as feições dos séculos passados. De modo geral, as antigas oficinas evoluíram para pequenas ou médias fábricas, e o artesão se transformou em operário. O mais famoso carpinteiro foi Jesus que, na sua imensa humildade, aprendeu a arte da carpintaria com são José, homem simples e trabalhador, escolhido por Deus, em seu grandioso plano de redenção para a humanidade, para ser o pai terreno e tutor do Menino Jesus, em sua tão sublime missão. Maria era noiva de José, quando o anjo Gabriel lhe anunciou a chegada de Jesus. José, assustado, pensou em deixá-la secretamente, sem contar nada a ninguém. Depois de sonhar com o anjo, que lhe revelou ser a criança o filho de Deus, José atendeu ao conselho e a acolheu, protegendo-a, bem como seu filho. Essa decisão marcou o fim do Antigo Testamento. José sempre esteve ao lado de Maria e de Jesus nas maiores provações; a sua proteção foi primordial para que Jesus crescesse, atingisse a idade adulta e cumprisse sua Paixão. Pouco se sabe sobre a morte de José, mas esse valoroso homem mereceu da Bíblia um valioso título: o de homem justo. São José é, também, o padroeiro dos carpinteiros e dos artesãos. Os artesãos, de fato, são pessoas premiadas por Deus com um dom especial. Eles são, antes de tudo, artistas operários, que participam de todo o processo do trabalho, até da comercialização, cujo resultado será para manter a si e a sua família. O artesanato é uma atividade universal, que se diferencia no modo de fazer, no material empregado e nas formas ou padrões empregados em cada época e região. Essa rotina do manejo artesanal mantém a continuidade histórica dos processos tradicionais e das técnicas milenares, incorporados e padronizados pelos artesãos, que em geral os reinventam em cada nova peça ou forma, de acordo com suas inspirações. A modernidade quer que o artesão seja visto como um precursor do microempresário, que trabalha com a família para o seu sustento. Mas ele não pode ser confundido com um simples vendedor de rua, cujo tabuleiro está repleto de quinquilharias, pois seu valor social é outro. Hoje, o artesanato tem o conceito mundial de arte popular e é considerado o patrimônio cultural de uma nação. Assim sendo, é essa arte simplista que registra a trajetória de uma época, de um lugar, de um povo. Por meio dela é que se reconstrói a história das civilizações. www.wikipedia.com António Fonseca

SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Quem foi? SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

São Cirilo de Jerusalém
Doutor e Patriarca da Igreja Católica
Festa litúrgica 18 de Março
Portal dos Santos

Cirilo de Jerusalém

(315 - 386)

Foi bispo da Igreja de Jerusalém em sucessão ao bispo Máximo, no ano 348. Ofereceu forte oposição à heresia Ariana em razão disto foi condenado ao exílio. É doutor da Igreja.

Santo Cirilo de Jerusalém

Santo Cirilo de Jerusalém18 de março (315+386)
Desde o início dos tempos cristãos a heresia se infiltrara na Igreja, mas, foi no século IV, que ocorreram as do arianismo e do nestorianismo causando profundas divisões. Cirilo viveu nesse período em Jerusalém, perto de onde nascera em 315, de pais cristãos e bem situados financeiramente. Muito preparado, desde a infância, nas Sagradas Escrituras e nas matérias humanísticas, em 345, foi ordenado sacerdote. Em 348, foi consagrado, bispo de Jerusalém. Ocupou o cargo durante aproximadamente trinta e cinco anos, dezesseis dos quais passou no exílio, em três ocasiões diferentes. A primeira porque o bispo Acácio, de grande influencia na Igreja, cuja obra foi citada por São Jerônimo, acusou Cirilo de heresia. A segunda por ordem do imperador Constâncio que entendeu ser Cirílo realmente um simpatizante dos hereges, mas em sua defesa atuaram os bispos, Atanásio e Hilário, ambos Padres da Igreja assim como o próprio bispo Cirilo o é. A terceira, foi a mais longa , porque o imperador Valente, este sim herege, decidiu mandar de volta ao exílio todos os bispos anistiados, fato que fez Cirilo peregrinar durante onze anos, por várias cidades da Ásia, até a morte do soberano, em 378. O seu trabalho, entretanto resistiu a tudo e chegou até nossos dias e especialmente porque ele sabia ensinar o Evangelho, como poucos. Em sua cidade, logo que se tornou sacerdote e no início do episcopado era o responsável por preparar os catecúmenos, isto é, os adultos que se convertiam e iriam ser batizados. Foi nesse período que escreveu dezoito discursos catequéticos, um sermão, a carta ao imperador Constantino e outros pequenos fragmentos. Treze escritos eram dedicados à exposição geral da doutrina e cinco dedicados ao comentário dos ritos Sacramentais da iniciação cristã . Assim, seus escritos explicam detalhadamente os "como" e os "porquês" de cada oração, do batismo, da crisma, da penitência, dos sacramentos e dos mistérios do Cristianismo, ditos dogmas da Igreja.. Cirilo também soube viver a religião na prática. Numa época de grande carestia, por exemplo, não hesitou em vender valiosos vasos litúrgicos e outras preciosidades eclesiásticas, para matar a fome dos pobres da cidade. Ele morreu no ano 386. Desde o início de sua vida religiosa, Cirilo cujo caráter era afável e suave, sempre preferiu a catequese aos assuntos polêmicos, chegando quase a se comprometer com os arianos e semi-arianos. Porém, de maneira contundente aderiu à doutrina ortodoxa da Igreja no III Concílio ecumênico de Constantinopla, em 382, no qual ficou clara sua sempre fiel postura à Santa Sé e à Verdade de Cristo. Nessa oportunidade teve em seu favor a eloqüência das vozes dos sinceros bispos e amigos, Atanásio e Hilário, que o chamaram "valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião". Sua canonização demorou porque, durante muito tempo, seu pensamento teológico foi considerado vascilante, como dizem os registros. Em 1882, o Papa Leão XIII, na solenidade em que instituiu sua veneração, honrou São Cirilo de Jerusalém, com os títulos de doutor da Igreja e príncipe dos catequistas católicos. Fonte: www.paulinas.org.br
Conforme podem verificar, consultei a lista de Santos da Wikipédia e também do site QUIOSQUEAZUL; este por sua vez encaminhou-me para www.paulinas.org.br que me deu esta segunda informação um pouco mais completa. Optei por colocar aqui as duas versões, que assim se completam uma à outra.
António Fonseca

terça-feira, 17 de março de 2009

ANO PAULINO - Leitura Nº 44 - "Um Ano a Caminhar com S. Paulo"

44

“NÃO HAVERÁ ENTÃO, ENTRE VÓS, NINGUÉM SUFICIENTEMENTE SÁBIO, QUE POSSA JULGAR ENTRE IRMÃOS?”

Nunca é demais insistir no alcance eclesial e missionário da conduta moral dos cristãos. A história da Igreja mostra bem como um comportamento contrário ao do Evangelho não só compromete a santidade da Igreja, como sobretudo a credibilidade do mesmo Evangelho. E então tratando-se das relações entre nós, cristãos...

É nesse sentido que Paulo, em I Cor 6, 1-11, se insurge contra o recurso dos cristãos a tribunais públicos, para resolver judicialmente conflitos entre eles. Da veemência e emoção com que se exprime já se depreende que, por detrás disso, estava mais em jogo, de que os Coríntios, possivelmente, se não apercebiam. E nós?

1 COR 6, 1-11

Quando algum de vós tem uma questão litigiosa com outro, como ousa submetê-la ao juízo dos injustos e não dos santos? Ou não sabeis que são os santos que hão-de julgar o mundo? E se é por vós que o mundo há-de ser julgado, sereis indignos de julgar coisas menores? Não sabeis que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as pequenas coisas da vida! Quando, pois tendes questões menores, porque estabeleceis como juízes aqueles que na Igreja nada valem? Para vossa vergonha o digo. Não haverá então, entre vós, ninguém suficientemente sábio, que possa julgar entre irmãos? No entanto, um irmão põe um processo contra um irmão, e isto diante de não crentes.

Já é uma verdadeira derrota para vós que tenhais questões entre vós mesmos. Porque não deixais antes que vos cometam injustiças? Porque não deixais antes que vos defraudem? Mas, pelo contrário, sois vós que cometeis injustiças e defraudais, e isto contra irmãos.

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais; nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os pedófilos, nem os gatunos, nem os avarentos, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os ladrões herdarão o Reino de Deus. E alguns de vós éreis assim. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.

Fique desde já bem claro que não é o sistema judicial que Paulo critica. Não é que já os tribunais de então o não merecessem. Mas, de facto, não é essa a sua intenção. Portanto, expressões, como injustos (v. 1), aqueles que na Igreja nada valem (v. 4) ou até não crentes (v. 6), devem ser interpretadas, não isoladamente, mas em contraste com o que são os cristãos: santos (vv. 1.2) e, consequentemente, irmãos (vv. 5,6), porque membros da mesma família cristã, a Igreja que é, por natureza, pura e santa.

Mas, para ser realmente templo de Deus (3, 16), é dever nosso tudo fazer para que se mantenha incólume de critérios de pensar e agir que podem corromper a santidade divina de que ela vive e nela se manifesta. É nessas condições que os cristãos usufruem de um poder único: por exemplo, e no caso presente, o de julgar o mundo e os anjos (vv. 2s), tomando parte activa no julgamento final a que todos serão sujeitos. Aqui, mundo e anjos não são duas realidades diferentes, mas os anjos são figuras que, a nível mítico, representam o mundo. É como no Apocalipse, onde o autor se dirige aos anjos das Igrejas (2, 1ss), que, na realidade, são os guardiães que com elas se identificam.

A autoridade dos cristãos para julgar o mundo, vem-lhes do facto de serem santos. São, desde a renovação baptismal, de tal modo propriedade divina que participam do poder de Deus. Uma condição que o mundo não tem. Não por ser mundo, mas por se ter tornado um mundo contrário a Deus, ao recusar a oferta de salvação que Ele lhe oferece através do Evangelho.

Ora bem, dotados de uma tal autoridade, como se atrevem os cristãos a sujeitar-se ao julgamento daqueles que por eles hão-de ser julgados? Para mais, tratando-se de conflitos passados entre eles, no foro interno da Igreja. Mais: são questões que, comparadas com as que serão objecto do juízo final, não passam de pequenas coisas da vida (v. 3). Não se encontrará entre eles ninguém suficientemente sábio para resolver o que, sendo coisas entre cristãos, devem ser julgadas segundo critérios cristãos (v. 5)?

Este ponto é fulcral: o pior não está em ir para a praça pública lavar a roupa sujada no interior da Igreja, mas no modo como essa roupa deve ser limpa. Não se trata de esconder ao mundo as coisas vergonhosas praticadas na Igreja, mas da sabedoria que só a Igreja tem para que tais se resolvam... e não se repitam. Só assim a santidade da Igreja é realmente preservada. E que sabedoria é essa?

Aquela que me pode levar a preferir sofrer injustiças e fraudes (vv. 7s). Mas, vou eu então deixar de lutar pelos meus direitos? Mais: não estou assim a pactuar com o mal que outros fazem e que pode levar à ruína até dos que o praticam? E não é isso um atentado contra a santidade da Igreja?

A proibição da prática de fraudes e injustiças vem de Lv 19,13, isto é, do chamado código de santidade que culmina com o mandamento; Amarás o próximo como a ti mesmo (19, 18). Se já então era este amor que fazia de Israel um povo santo, depois da intervenção salvífica de Deus em Jesus Cristo, infinitamente mais. Não foi, porventura a sua morte a maior concretização desta caridade? E não é pela adesão de fé ao Evangelho da Cruz que nós, não apenas compreendemos que a suma da Lei está no incondicional amor ao próximo, mas recebemos também a energia para o pôr em prática? E não é, acima de tudo, essa caridade que faz da Igreja o sagrado templo de Deus?

Pois bem, se é por ela que os cristãos se devem orientar no seu modo de agir e julgar, então justifica-se plenamente o perdão das ofensas e prejuízos sofridos, como meio de conquistar o ofensor para a prática da mesma caridade. E se ele não aceitar o meu perdão até sete vezes? Então só tenho de tentar até setenta vezes sete (Mt 18, 21s). Mesmo que, pelo meio, o pecador tenha de ser excluído da comunhão comunitária, como se fosse um pagão ou um publicano (Mt 18, 17). Também essa medida extrema é movida pela caridade ilimitada e, por isso, não tem outro objectivo senão a sua conquista para o Reino de Deus, a que nem injustos nem ladrões têm acesso (vv. 9s).

Estes são dois vícios da lista exposta por Paulo, para mostrar a transformação operada naqueles que, pela fé no Evangelho e a renovação baptismal, foram lavados, santificados e justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus (v. 11). O Espírito que, habitando em nós, faz da Igreja a que pertencemos o templo de Deus (1 Cor 3, 16). Uma Igreja que, não sendo deste mundo, está nele... para o conquistar para Deus, pelo Evangelho da caridade, anunciado pela prática da vida.

Paulo no cativeiro.JPG

17-03-2009

Do livro "Um Ano a Caminhar com S. Paulo"

de D. Anacleto de Oliveira

Bispo Auxiliar de Lisboa

Transcrição em 17-Março-2009

por

António Fonseca

17-Março-2009

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...