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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
PASSAGENS DIFICEIS DA BÍBLIA - “DOUTRINA”
Passagens difíceis da Bíblia
Fonte: Fórum libertas
Autor: P. Fernando Pascual L.C.
Às vezes resulta difícil compreender algumas páginas da Bíblia, especialmente do Antigo Testamento. Lemos em ocasiões, cenas, acções, algumas apresentadas como “ordens divinas”, que hoje nos parecem contrárias à justiça e à bondade, que vemos como incompatíveis com o modo de ser de Deus.
As dificuldades podem superar-se se aprendemos a ler a Bíblia em seu conjunto e em suas partes segundo os critérios de interpretação da Igreja católica. Vamos recordar esses critérios e aplicá-los a uma passagem concreto.
Encontramos no livro de Josué uma passagem que narra a conquista de Jericó. Josué pede aos israelitas que consagrem como anátema para Yahveh tudo o que se encontrava na cidade, menos a Rajab a prostituta e a sua família. As muralhas de Jericó caem, e os israelitas assassinam homens e mulheres, jovens e anciãos, e inclusive os animais (cf. Jos 6,1-27).
Um pouco mais adiante lemos como os gabaonitas, que viviam na zona, estavam convencidos de que existia uma terrível ordem divina de extermínio. Após haver enganado a Josué e conseguido uma forma de “coexistência pacífica” com os israelitas, explicam o motivo de sua mentira:
“Responderam a Josué: ‘É que teus servos estavam bem inteirados da ordem que havia dado Yahveh teu Deus a Moisés seu servo, de entregar todo este país e exterminar diante de vós a todos seus habitantes. Tememos muito por nossas vidas a vossa chegada e por isso fizemos isto” (Jos 9,24).
Surge a pergunta ao ler estas passagens:
¿Deus haveria dado a ordem de exterminar aos povos que viviam na Palestina? ´
Em outras palavras:
¿É possível que Deus haja pedido a Josué que cometesse um acto que hoje nos parece claramente injusto?
¿Que “culpa” poderiam ter os civis desarmados, os anciãos e as crianças, as mulheres e os jovens, para ser assassinados?
Além disso,
¿como justificar a conquista de uma cidade assente durante muitos anos num lugar concreto? ¿Que direito tinham os israelitas de iniciar uma guerra de invasão contra povoações que durante séculos haviam vivido naquela região?
São perguntas, é certo, que nascem desde nosso tempo histórico, e que podem parecer fora de sitio ao ser aplicadas a uma época muito diferente da nossa. Sem embargo, sabemos que o assassinato de inocentes ou que a guerra de extermínio são actos que sempre vão contra a justiça, ainda que um povo haja chegado a um nível de cegueira que o impeça de ver a malícia de suas acções.
Mas então,
¿como Deus permitiu no povo eleito uma atitude e uns comportamentos tão gravemente injustos?
¿Não pôde haver revelado aos israelitas que nunca é lícito assassinar a inocentes, nem expulsar a uma população?
No caminho para a resposta, temos de ter presente o que é a Bíblia para a Igreja. Logo poderemos recordar os critérios de interpretação que a Igreja usa para ler qualquer passagem da Bíblia, e aplicá-los ao relato da conquista de Jericó.
Perguntemos-nos, para começar:
¿que sentido tem para os católicos a Bíblia no seu conjunto e nas suas distintas partes?
Como ensina o Concílio Vaticano II, a Igreja considera que Deus inspirou todos os livros recolhidos no “canon” (a lista de escritos que constituem a Bíblia). Dizer que estes livros estão inspirados, significa afirmar que expõem com certeza e sem nenhum erro o que Deus quer ensinar-nos para nossa salvação, porque estão escritos graças à acção do Espírito Santo (cf. Dei Verbum, n. 11).
Deus é o Autor dos distintos livros da Bíblia, e também é autor o homem (escritor sagrado) que redige sob a luz de Deus e segundo seus talentos e qualidades humanas (cf. Dei Verbum, n. 11).
Encontramos, assim, duas acções nos escritos sagrados: por um lado, a acção pela qual Deus quer comunicar sua Palavra; por outro, a acção do homem que compreende e expressa a mensagem segundo seu modo de pensar.
Tendo isto presente, podemos perguntar-nos:
¿como ler, como interpretar cada texto?
A leitura da Bíblia, na Igreja, se realiza segundo uns critérios gerais e, sempre, sob a guia do magistério (do Papa e dos bispos que ensinam unidos entre si por laços de comunhão e em plena sintonia com o Papa). Vamos a ver esses critérios gerais de interpretação e aplicá-os a nossa passagem.
a). Primeiro, há que identificar qual é o género literário usado pelo autor de cada livro. Segundo disse Dei Verbum (n. 12), “para entender rectamente o que o autor sagrado quis afirmar em seus escritos, há que atender cuidadosamente tanto às formas nativas usadas de pensar, de falar ou de narrar vigentes nos tempos do hagiógrafo, como as que naquela época costumava usar-se no trato mútuo dos homens”.
No caso da conquista de Jericó, o autor escolhe o género de campanha militar, segundo a mentalidade de uma época histórica em que grupos humanos e tribos inteiras pensavam que o direito de conquista poderia justificar a eliminação das populações vencidas. Além disso, o povo de Israel (e o autor sagrado é filho de seu povo) pensava que esse direito de conquista, como tantas outras tradições, vinha directamente de Deus.
Hoje, certamente, reconhecemos a atrocidade da matança de inocentes em qualquer na elaboração da Bíblia, “condescende” (cf. Dei Verbum n. 13) com os homens e permite que elementos importantes de sua mensagem fiquem expressos através de palavras escritas por homens frágeis, inclusive pecadores, numa roupagem que nos pode parecer indigna, mas que é simplesmente isso: o que pensava e vivia um grupo humano numa etapa concreta de sua história.
Faz falta, portanto, não nos limitarmos à “letra” do texto escrito para evitar o perigo de cair no fundamentalismo. Isso nos leva a recorrer a outros critérios de interpretação sumamente importantes. Apresentamos agora conjuntamente dois desses critérios:
b). A Bíblia necessita ler-se “com o mesmo Espírito com que se escreveu para tirar o sentido exacto dos textos sagrados” (Dei Verbum n. 12). Nesse sentido, toda a Escritura adquire compreensão plena à luz de Cristo, que é o cúmulo da Revelação e centro da mensagem que Deus quer transmitir aos homens.
c). Há que ler a Escritura na sua unidade, de forma que nenhuma passagem seja considerada de modo isolado, como se por si mesmo fosse suficiente para expressar a mensagem de Deus aos homens. Além disso, o Antigo Testamento, que contém “algumas coisas imperfeitas e adaptadas a seus tempos” (Dei Verbum n. 15) há-de ler-se e interpretar-se desde a plenitude de compreensão que recebe com o Novo Testamento (cf. Dei Verbum n. 16).
Voltemos ao nosso texto para iluminá-lo com os dois critérios que acabamos de mencionar. O Novo Testamento (o Antigo Testamento compreende-se na pleitos desde o Novo Testamento, desde Cristo) oferece dois textos que interpretam a passagem que estamos considerando do livro de Josué.
O primeiro texto se encontra na Carta aos Hebreus. Ali lemos o seguinte: “Pela fé, se derrubaram os muros de Jericó, depois de ser rodeados durante sete dias. Pela fé, a rameira Rajab não pereceu com os incrédulos, por haver acolhido amistosamente os exploradores” (Hb 11,30-31).
O segundo texto se encontra na Carta de Santiago: “Já vistes como o homem é justificado pelas obras e não pela fé somente. Do mesmo modo Rajab, a prostituta, ¿não ficou justificada pelas obras dando hospedagem aos mensageiros e fazendo-os marchar por outro caminho?” (Sant 2,24-25).
Estas duas passagens do Novo Testamento interpretam a conquista de Jericó e o privilégio dado a Rajab em chave de fé e de obras: quem crê e se comporta de modo correcto beneficia da acção salvífica de Deus. Não se fala dos outros aspectos do livro de Josué (a conquista da cidade, a entrega ao “anátema” de homens, mulheres, crianças, animais), que ficam na sombra e não são vistos como relevantes a respeito da pergunta com a que devemos ler a Bíblia:
¿que mensagem salvífica oferece uma passagem concreto? A resposta destes dois textos do Novo Testamento para a passagem que estamos considerando é clara: a fé leva à salvação, a falta de fé provoca a ruína dos homens.
d). Damos um passo adiante com a ajuda de outros critérios de interpretação. Um se refere à Tradição viva da Igreja. Como ensina o Concílio Vaticano II, a Sagrada Escritura deve ser lida tendo “em conta a Tradição viva de toda a Igreja e a analogia da fé” (Dei Verbum n. 12, cf. nn. 8-10).
Fixemo-nos agora na Tradição.
¿Que entendemos por “Tradição viva”?
Nela se recolhe a pregação que os Apóstolos legaram aos bispos que lhes sucederam, e que se converte numa “transmissão viva, levada a cabo no Espírito Santo”, que é “distinta da Sagrada Escritura, ainda que estreitamente ligada a ela. Por ela, a Igreja com seu ensino, sua vida, seu culto, conserva e transmite a todas as idades o que é e o que crê” (Catecismo da Igreja Católica n. 78, que cita Dei Verbum n. 8).
De modo especial, os Santos Padres recolhem e reflectem esta Tradição viva, e permite-nos aceder na sua integridade à Revelação de Deus (que está recolhida tanto na Tradição como na Escritura).
O que acabamos de dizer explica porque o cristianismo não é uma “religião do livro”: não se baseia simplesmente num texto sagrado no qual se encontraria tudo e ao qual se deveria recorrer sempre, directamente, sem intermediários nem interpretações. Sobre este ponto, o Catecismo da Igreja católica n. 108, explica:
“Sem embargo, a fé cristã não é uma religião do Livro. O cristianismo é a religião da Palavra de Deus, não de um verbo escrito e mudo, mas do Verbo encarnado e vivo. Para que as Escrituras não fiquem em letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna do Deus vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o espírito à inteligência das mesmas (cf. Lc 24,45)”.
e). Outro critério, já mencionado, é a analogia da fé. Por analogia da fé se entende a tradição profunda que existe entre as verdades cristãs, dentro do conjunto da Revelação. Em outras palavras, não se pode “tirar” de uma passagem bíblica uma conclusão que vá contra o que entendemos na leitura completa da Bíblia e da Tradição.
É claro que se aplicamos a analogia da fé é impossível interpretar a conquista de Jericó como se Deus houvesse ordenado um genocídio, simplesmente porque Deus é amante da vida e, se não amasse algo, não o haveria criado (cf. Sab 11,24-26). Deus não quer a morte do pecador,mas sim que se converta e assim viva (cf. Ez 18,23). O Filho não veio para condenar,mas para salvar a todo o que creia (cf. Jn 3,16-18). O seguidor de Cristo não pode desejar que caia fogo do céu para destruir aos que não recebem ao Senhor (cf. Lc 9,51-56).
Desde a ajuda e a integração de outras passagens bíblicas podemos ver os ensinamentos constantes dos Papas e dos bispos, onde aparece claramente que a Igreja não tem defendido nunca um “direito de conquista” que implique a destruição completa de um povo, mas sim que tem condenado sempre qualquer crime de inocentes, também em tempo de guerra, porque vai contra o quinto mandamento, e porque ninguém deveria apoiar-se na Bíblia para justificar nenhuma guerra de agressão nem, muito menos, o extermínio de um povo.
Podemos juntar aqui que a passagem da conquista de Jericó, como outras passagens bíblicas, foi interpretado por alguns Escritores eclesiásticos e Santos Padres de um modo alegórico, como uma figura que escondia um significado mais profundo. Por dar um exemplo, Orígenes (séculos II-III) via na cidade de Jericó uma imagem do mundo; em Rajab, que acolheu aos exploradores, encontra um modelo de todos aqueles que recebem aos apóstolos pela fé e a obediência; no fio escarlate que coloca em sua casa (cf. Jos 2,18) descobre um sinal do Sangue salvador de Cristo (cf. Orígenes, Homilias sobre o livro de Josué, 6,4).
Existe, certamente, o perigo, já assinalado por santo Tomás de Aquino e recordado na Bíblia cristã, n. 20, de exagerar no uso da alegoria e olvidar a importância dos dados históricos. O que encontramos no livro de Josué, num estilo que certamente não é o de um cronista nem o de um historiador no sentido moderno da palavra, é a narrariam da conquista de uma das cidades da terra prometida.
A conquista de Jericó é um dado histórico de um enorme dramatismo. Se coloca, por um lado, no caminho de Israel, o povo que sai do Egipto, que é ajudado por Deus para livrar-se da opressão dos egípcios, que recebe uns mandamentos e umas promessas. Por outro lado,no momento da chegada, do assentamento, da conquista de umas terras segundo um desejo divino que responde à lógica da promessa: se o povo será fiel, poderá viver em liberdade e ter uma pátria própria.
A ocupação da terra prometida se realizou, como dissemos, segundo modos que reflectiam uma mentalidade muito longe da nossa. O facto da matança, de haver ocorrido, segue um modo de pensar no que o direito de conquista “permitia” tomar medidas muito fortes sobre os vencidos. Mas a leitura correcta do facto, no contexto de uma intervenção de Deus na história, não pode prescindir de que por cima de una acção injusta, e com um povo todavia necessitado de uma profunda conversão, Deus estava preparando um caminho para oferecer a salvação aos homens, se estes a aceitavam com uma fé como a que, num modo imperfeito, encontramos em Rajab.
Ademais, notamos que a mesma narração bíblica não nos fala de um extermínio completo dos povos que viviam na Palestina. Como vimos, os habitantes de Gabaón fizeram aliança com Josué (cf. Jos 9,3-27).
Outros povos não foram conquistados, e serão motivo de contínuas guerras e aflições para os judeus. O autor sagrado interpretou este facto como parte da vontade de Deus, que haveria querido “provar” a seu povo para ver se mantinha ou não sua fidelidade. Sabemos que o povo não foi fiel: se uniu com os povos vizinhos e caiu na idolatria e em numerosos males e derrotas (cf. Jue 2,20-3,8).
Está claro que sempre será incorrecto considerar os povos vizinhos simplesmente como objecto de ódio ou de desprezo por parte de Deus. Ainda que Israel tenha clara consciência de ser um povo eleito, predilecto, amado, necessita reconhecer que sua eleição está em função do amor que Deus tem também a outros povos. O assinala expressamente a Pontificia Comisión Bíblica no documento antes citado:
“A eleição de Israel não implica a recusa das demais nações. Ao contrário, pressupõe que as demais nações pertencem também a Deus, pois ‘a terra lhe pertence e tudo o que nela se encontra’ (Dt 10,14), e Deus ‘há dado às nações seu património’ (32,8). Quando Israel é chamado por Deus ‘meu filho primogénito’ (Ex 4,22; Jr 31,9) ou ‘as primícias de sua colheita’ (Jr 2,3), essas mesmas metáforas implicam que as demais nações formam parte igualmente da família e da colheita de Deus. Esta interpretação da eleição é típica da Bíblia em seu conjunto” (O povo judeu e suas escrituras sagradas na Bíblia cristã, n. 33).
É possível, ademais, realizar uma leitura mais precisa sobre este relato e sobre as diversas passagens do Antigo Testamento que falam do “anátema”.
¿Em que consiste o “anátema”?
Em consagrar a Deus o despojo e os despojos dos derrotados, para evitar qualquer contaminação com as religiões presentes na Palestina. Em Dt 13,13-19 a ordem de destruição completa afecta não só aos estrangeiros, mas aquelas cidades de Israel (quer dizer, aos mesmos judeus) que se separem da Aliança e dêem culto a outros deuses.
Na realidade, já vimos que não todos os povos foram exterminados. Com o passar do tempo, muitos dos povos hostis deixaram de existir na Palestina.
Então, ¿como entender o anátema?
O explica o documento que citamos antes:
“No tempo da composição do Deuteronómio assim como do livro de Josué, o anátema era um postulado teórico, posto que em Judá já não existiam populações não israelitas. A prescrição do anátema pode ser o resultado de uma projecção no passado de preocupações posteriores. Com efeito, o Deuteronómio se preocupa de reforçar a identidade religiosa de um povo exposto ao perigo dos cultos estrangeiros e dos matrimónios mistos” (O povo judeu e suas escrituras sagradas na Bíblia cristã, n. 56).
Nesse contexto, podem dar-se três interpretações do anátema, expressos no mesmo n. 56 do documento que acabamos de citar:
-primeiro, teológico: reconhecer a terra como um domínio do Senhor;
-segundo, moral: evitar ao povo qualquer possível tentação que possa danificar a própria fidelidade a Deus;
-terceiro, sociológico: a tentação do passado que pode dar-se no presente “de misturar a religião com as formas mais aberrantes de recurso à violência” (O povo judeu e suas escrituras sagradas na Bíblia cristã, n. 56).
Essa terceira interpretação do anátema, podemos dizê-lo com segurança, não corresponde a projecto de amor de Deus. Em outras palavras, Deus não quis de nenhum modo que fossem eliminados seres inocentes na conquista de cidades por parte dos judeus.
Talvez para mais de um ficaria por responder uma pergunta que surge ao ler a Bíblia:
¿porquê não simplificar o texto sagrado?
¿Não seria melhor deixar de lado um Antigo Testamento difícil de entender, com passagens como a da conquista de Jericó que resultam “escandalosas”?
¿Não conseguiríamos assim um cristianismo mais acessível ao mundo moderno?
A resposta está em compreender a natureza da Bíblia:
é um único livro, em que Cristo ocupa o lugar central, e em que cada peça tem seu valor. O Antigo Testamento não é um “lastro”, mas sim um elemento chave da Revelação, um conjunto de livros que nos leva a compreender melhor a acção salvadora de Deus em seu Filho encarnado.
Como recordava a Pontificia Comisión Bíblica no texto antes citado:
“Sem o Antigo Testamento, o Novo seria um livro indecifrável, uma planta privada de suas raízes e destinada a secar-se” (O povo judeu e suas escrituras sagradas na Bíblia cristã, n. 84).
Ou, como dizia santo Agostinho, “no Antigo Testamento está velado o Novo, e no Novo está a revelação do Antigo” (A catequese dos principiantes, IV,8).
Em conclusão, as passagens difíceis da Bíblia adquirem sua inteligibilidade à luz de uma leitura realizada dentro da fé da Igreja, segundo uns critérios de interpretação que nos dão a chave para a compreensão de um texto que narra uma história maravilhosa:
a da chamada de um Deus que ama os homens;
e a da resposta dos homens que, no meio das mil peripécias da vida, e com limites devidos às distintas épocas da história, se deixam guiar e amadurecem sua resposta de amor a quem tanto nos tem amado.
Para aprofundar, cf. Curso da Bíblia de P. António Rivero L.C., especialmente Interpretação da Bíblia
BERNARDO, Santo (e outros) – 20 de Agosto
Bernardo, Santo
Doutor da Igreja, Agosto 20
Doutor da Igreja
Etimologicamente significa “coração de ouro”. Vem da língua alemã.
Em ordem cronológica, ou seja enquanto ao tempo, São Bernardo é o último dos chamados Pais da Igreja. Mas em importância é um dos que mais têm influído no pensamento católico em todo o mundo.
Nasce em Borgonha, França (perto da Suíça) no ano 1090. Seus pais tiveram sete filhos e a todos os formaram estreitamente fazendo-os aprender o latim, a literatura e, muito bem aprendida, a religião.
A familia que se foi com Cristo
A personalidade de Bernardo
Poucos indivíduos tiveram uma personalidade tão impactante e atraente, como São Bernardo. Ele possuía todas as vantagens e qualidades que podem fazer amável e simpático a um jovem. Inteligência viva e brilhante. Temperamento bondoso e alegre, ganhava a simpatia de quantos tratavam com ele. Isto e seu físico cheio de vigor e louçania era ocasião de graves perigos para sua castidade e santidade. Por isso durante algum tempo se refreou em seu fervor e começou a inclinar-se ao mundano e ao sensual. Mas todo isto o enchia de desilusões. As amizades mundanas por mais atractivas e brilhantes que fossem o deixavam vazio e cheio de fastio. Depois de cada festa se sentia mais e mais desiludido do mundo e de seus prazeres.
A mal grave, remédio terrível
Como suas paixões sexuais o atacavam violentamente, uma noite se rebolou entre o gelo até ficar quase congelado. E o tremendo remédio lhe trouxe muita paz.
Uma visão muda seu rumo: uma noite de Natal, enquanto celebravam as cerimónias religiosas no templo ficou dormindo e lhe pareceu ver o Menino Jesus em Belém em braços de Maria, e que a Santa Mãe lhe oferecia ao Meninito Santo para que o amasse e o fizesse amar muito pelos demais. Desde este dia já não pensou senão em consagrar-se à religião e ao apostolado.
Um homem que arrasta com tudo o que encontra
Bernardo foi para o convento de monges beneditinos chamado Císter, e pediu para ser admitido. O superior, Santo Esteban, o aceitou com grande alegria pois, naquele convento, fazia 15 anos que não chegavam religiosos novos.
Bernardo voltou à sua família a contar a notícia e todos se opuseram. Os amigos lhe diziam que isto era desperdiçar uma grande personalidade para ir-se a sepultar vivo num convento. A família não aceitava de nenhuma maneira.
Mas aqui sim, que apareceu o poder tão surpreendeste que este homem tinha para convencer aos demais e influir neles e ganhar sua vontade. Começou a falar tão maravilhosamente das vantagens e qualidades que tem a vida religiosa, que conseguiu levar para o convento a seus quatro irmãos mais velhos, a seu tio e quase a todos os jovens dos arredores, e junto com 31 companheiros chegou ao convento dos Cistercienses a pedir ser admitidos de religiosos. Mas antes na sua quinta os havia preparado a todos por várias semanas, treinando-os acerca do modo como deviam comportar-se para ser uns fervorosos religiosos. No ano 1112, com a idade de 22 amos, foi de religioso para o convento.
O papá, o irmão Nirvardo, o cunhado e a irmã, foram chegando um por um a pedir ser recebidos como religiosos.
Formidável poder de atracção
Em toda a história da Igreja é difícil encontrar outro homem que haja sido dotado por Deus de um poder de atracção tão grande para levar gente às comunidades religiosas, como o que recebeu Bernardo. As raparigas tinham terror de que seu noivo falasse com o santo, porque o mais provável era que fosse para religioso. Nas universidades, nos povos, nos campos, os jovens ao ouvi-lo falar das excelências e vantagens da vida num convento, se iam em numerosos grupos para que ele os instruísse e os formasse como religiosos. Durante sua vida fundou mais de 300 conventos para homens, e fez chegar a grande santidade a muitos de seus discípulos. O chamavam "o caçador de almas e vocações". Com seu apostolado conseguiu que 900 monges fizessem profissão religiosa.
Fundador de Claraval.
No convento de Císter demonstrou tais qualidades de líder e de santo, que aos 25 anos (com só três de religioso) foi enviado como superior a fundar um novo convento. Escolheu um sitio sumamente árido e cheio de bosques onde seus monges tiveram que derramar o suor de seu rosto para poder colher algo, e lhe pôs o nome de Claraval, que significa vale muito claro, já que ali o sol ilumina forte todo o dia.
Soube infundir de tal maneira fervor e entusiasmo a seus religiosos de Claraval, que havendo começado com somente 20 companheiros aos poucos anos tinha 130 religiosos; deste convento de Claraval saíram monges a fundar outros 63 conventos.
A oratória de santo
Depois de São João Crisóstomo e de Santo Agostinho, é difícil encontrar outro orador católico que haja obtido tantos êxitos em sua pregação como São Bernardo. O chamavam "O Doutor boca de mel" (doutor melífluo) porque suas palavras na pregação eram uma verdadeira guloseima cheia de sabor, para os que a escutavam. Seu imenso amor a Deus e à Virgem Santíssima e seu desejo de salvar almas o levavam a estudar por horas e horas cada sermão que ia a pronunciar, e logo como suas palavras iam precedidas de muita oração e de grandes penitências, o efeito era fulminante nos ouvintes. Escutar a São Bernardo era já sentir um impulso fortíssimo a volver-se melhor.
Seu amor à Virgem Santíssima.
O povo vibrava de emoção quando o ouvia clamar desde o púlpito com sua voz sonora e impressionante. "Se se levanta as tempestades de tuas paixões, mira à Estrela, invoca a Maria. Se a sensualidade de teus sentidos quer fundir a barca de teu espírito, levanta os olhos da fé, mira a Estrela, invoca a Maria. Se a recordação de teus muitos pecados quer lançar-te ao abismo do desespero, lança-lhe um olhar à Estrela do céu e reza-lhe à Mãe de Deus. Seguindo-a, não te perderás no caminho. Invocando-a não te desesperarás. E guiado por Ela chegarás seguramente ao Porto Celestial". Seus belíssimos sermões são lidos hoje, depois de vários séculos, com verdadeira satisfação e grande proveito.
Viajante incansável.
O mais profundo desejo de São Bernardo era permanecer em seu convento dedicado à oração e à meditação. Mas o Sumo Pontífice, os bispos, os povos e os governantes lhe pediam continuamente que fosse a ajudá-los, e ele estava sempre pronto a prestar sua ajuda onde quer que pudesse ser útil. Com uma saúde sumamente débil (porque os primeiros anos de religioso, por imprudente, se dedicou a fazer demasiadas penitências e se lhe danificou a digestão) percorreu toda Europa pondo a paz onde havia guerras, detendo fortemente as heresias, corrigindo erros, animando desanimados e até reunindo exércitos para defender a santa religião católica. Era o árbitro aceite por todos.
Exclamava: Às vezes não me deixam tempo durante o dia nem sequer para dedicar-me a meditar. Mas estas gentes estão tão necessitadas e sentem tanta paz quando se lhes fala, que é necessário atendê-las (já nas noites pararia logo suas horas dedicado à oração e à meditação).
De carvoeiro a Pontífice.
Um homem muito bem preparado lhe pediu que o recebesse em seu mosteiro de Claraval. Para provar sua virtude o dedicou nas primeiras semanas a transportar carvão, e o outro o fez de muito boa vontade. Depois chegou a ser um excelente monge, e mais tarde foi nomeado Sumo Pontífice: Eugénio III. O santo lhe escreveu um famoso livro chamado "De consideratione", no qual propõe uma série de conselhos importantíssimos para que os que estão em postos elevados não venham a cometer o gravíssimo erro de dedicar-se somente a actividades exteriores descuidando a oração e a meditação. E chegou a dizer-lhe: "Malditas serão ditas ocupações, se não deixam dedicar o devido tempo à oração e a la meditação".
Despedida gozosa.
Depois de haver chegado a ser o homem mais famoso de Europa em seu tempo e de haver conseguido vários milagres (como por ex. Fazer falar a um mudo, o qual confessou muitos pecados que tinha sem perdoar) e depois de haver enchido vários países de mosteiros com religiosos fervorosos, ante o pedido de seus discípulos para que pedisse a Deus a graça de seguir vivendo outros anos mais, exclamava: "Meu grande desejo é ir ver a Deus e estar junto a Ele. Mas o amor que tenho a meus discípulos me move a querer seguir ajudando-os. Que o Senhor Deus faça o que a Ele melhor lhe pareça". E a Deus lhe pareceu que já havia sofrido e trabalhado bastante e que merecia o descanso eterno e o prémio preparado para os discípulos fieis, e o elevou à sua eternidade feliz em 20 de Agosto do ano 1153. Somente tinha 63 anos mas havia trabalhado como se tivesse mais de cem. O sumo pontífice o declarou Dotar da Igreja.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Samuel, Santo
Juiz e Profeta de Israel, Agosto 20
Juiz e Profeta de Israel
Era filho de Elcaná e Ana, que foi o último grande juiz de Israel e um dos primeiros profetas. Ao nascer Samuel, ficou atendida a ardente oração de Ana pedindo um filho.
Por sua vez, ela manteve a promessa de Deus e levou a Samuel ao santuário de Siló para que o educasse o sacerdote Elí.
Uma noite, Samuel recebeu uma mensagem de Deus de que a família deste seria castigada pela maldade de seus filhos.
Ao morrer Elí, Samuel teve que enfrentar-se com uma difícil situação. Israel havia sido derrotado pelos filisteus e o povo pensava que Deus não se preocupava já dele.
Samuel lhe ordenou destruir os ídolos e obedecer a Deus.
Samuel governou Israel toda sua vida e sob seu mandato houve paz. Quando era já ancião, nomeou a seus filhos juízes e lhes confiou sua obra.
Mas o povo não estava contente e pediu um rei. Ao principio, Samuel se opôs; mas Deus lhe indicou que ungisse a Saul.
Quando Saul desobedeceu a Deus, Samuel ungiu a David como o rei seguinte. Todos em Israel choraram a morte de Samuel.
Do canto de Ana podemos destacar estas palavras:"Meu coração se regozija no Senhor, porque não há santo como nosso Deus, pois ele dá à mulher estéril filhos.
O Senhor afunda no abismo e levanta; da pobreza e riqueza; humilha e enaltece. Ele levanta do pó o desvalido; alça da lixeira o pobre. Ele guarda os passos de seus amigos. Ele é um Deus que sabe; ele é quem pesa todas as acções".
Samuel dizia ao final de sua vida: "Durante 40 anos os hei guiado espiritualmente. Agora lhes peço que se algum tem alguma queixa contra mim, a diga claramente." (Veja-se 1 Samuel 1-4; 7-16; 18,18 s; 25,1).
¡Felicidades a quem leve este nome!
Felipe de Heraclea, Santo
Mártir, 20 de agosto
Mártir
Agosto 20
Etimologicamente significa " amante dos cavalos". Vem da língua grega.
Quando lhe perguntaram a alguém que era orar, respondeu assim:"Deixar que o Espírito transmita, através de nossos instintos de vida e de morte, os sonhos mais loucos do Reino: o Evangelho vivido e a paz estabelecida para sempre".
Tinha razão esta pessoa cujo nome fica no anonimato. E não importa.
Os eslavos comemoram hoje a festa de S. Felipe e seus companheiros que, com coragem e possuídos pelo Espírito de Deus, souberam dar lições de humildade e de fortaleza ante as dificuldades que lhe caíram em cima.
Tiveram que passar sete meses no cárcere na cidade de Andrinopla de Tracia.
Os trataram tão mal que incluso os deixaram nus para, desta forma, fazer-lhes mais dano com os castigos que lhes infligiam.
O sangue corria por seu corpo.
E com toda paciência e calma diziam:"È hora de renunciar às carícias do mundo para sonhar mais elegantemente nas alegrias do céu que nos aguarda. Não nos importa deixar as coisas daqui debaixo".
São Felipe, que era o chefe dos rapazes que iam a sofrer o martírio, se dirigiu ao tribunal com paciência e com serenidade. "Não temos medo ao que nos possa ocorrer. Sabemos que nosso Senhor nos premiará no céu por todo o que fazemos por defender nossa fé nele".
Os aguarda uma morte má, replicou o juiz. Não nos importa o meio que tenhais pensado para tirar-nos a vida do corpo. A da alma, jamais podereis arrebatá-la.
Os enviaram a que os queimassem vivos. E enquanto iam para a fogueira cantavam cânticos de louvor a Deus. Era o século IV.
¡Felicidades a quem leva este nome!
Filiberto, Santo
Biografia, 20 de agosto
Agosto 20
Etimologicamente significa “muito brilhante”. Vem da língua alemã.
Se tudo começara com a confiança no coração, quem se perguntaria:¿Quo faço eu na terra?
O que mais importa num princípio não são os grandes conhecimentos. Eles têm seu valor, mas será teu coração o primeiro em compreender o Mistério da Fé.
Filiberto nasceu na Gasconha, França, e morreu em Noirmountier no ano 684.
Sob a influência de S. Ouen, Filiberto decidiu entrar no mosteiro de Rabais.
Não sabia o que o esperava. Quando levava já alguns tempo no lugar sagrado, desenvolveu todas suas qualidades para o bem da comunidade.
Por isso, não foi nada estranho que o elegessem superior. Os monges não suspeitavam que ia a ser tão cumpridor e exigente em seu mandato.
Desde logo, o primeiro que há que dizer, é que os monges eram pouco observantes.
Teve que actuar com firmeza para que todos seguissem as regras que livremente haviam abraçado.
Vendo que seus esforços eram inúteis por melhorar aquela difícil comunidade, deixou o mosteiro para ir-se a outros.
No ano 654 se estabeleceu no de Rouen. Aqui mesmo fundou o de Jumières.
Também neste lhe tocou sofrer o seu porque recebeu uma denúncia do mordomo do palácio. Isto lhe custou o cárcere.
Mas sua alma não se deixava abater pela contrariedade. Guiado por Deus, fundou outro mosteiro, o de Normountier, numa ilha perto do Loire.
E a este se seguiram outros mais, tanto para monges como para monjas. Levou a vida monástica a grande altura en todos os sentidos.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Bernardo Tolomei, Santo
Abade e Fundador, Agosto 20
Abade e Fundador
da Congregação de Santa María do Monte das Oliveiras
segundo a Regra de S. Bento
(Congregação Olivetana)
Martirológio Romano: Em Siena, da Toscana, morte de S. Bernardo Tolomei, abade e fundador da Congregação Olivetana segundo a Regra de S. Bento. Trabalhou com grande empenho pela disciplina monástica e, quando a peste assolava Itália, morreu entre os monges de Siena, expostos ao mesmo perigo (1348).
Etimologicamente: Bernardo = Aquele que é valente e batalhador, é de origem germânica.
O Beato Bernardo, filho da nobre família de Tolomeo, nasceu em Siena em 1272; sua biografia foi escrita pelo dominicano Lombardelli (+ 1613) ainda que não esteja totalmente documentada.
De jovem, Bernardo estudou em Siena, no convento dominicano de Santo Domingo, prosseguindo seus estudos se formar advogado na Universidade da cidade.
En plena crisis religiosa, por intercesión de Nuestra Señora se cura de una enfermedad de la vista, que lo lleva a abandonar la ciudad y su vida mundana. Siguiendo la inspiración del cielo, en 1313, año de una nueva lucha sangrienta entre ciudadanos adversarios, Bernardo Tolomeo junto con dos conciudadanos, el noble Patricio Patrizi y Ambrosio Piccolomini, abandona Siena retirándose a Accona, una propiedad de los Tolomeo, a 15 Km. de la ciudad.
Dejando sus hábitos de abundancia, los reemplazan por otros más modestos, cambian sus nombres, dedicándose a una vida de oración, penitencia y soledad eremítica. Todavía se conserva la gruta de aquel período, compuesta por una pequeña capilla que Tolomeo se había hecho construir.
La vida ascética de estos tres jóvenes, pronto atrajo a otros muchos nobles y plebeyos, que decidieron unirse a ellos. Bernardo haciéndose responsable de todos, se dirigió al obispo de Arezzo en cuya jurisdicción se encontraban, para obtener la autorización, canónica para su comunidad.
El 26 de marzo de 1319, el obispo de Arezzo Guido Tarlati, concedió a Bernardo Tolomeo y a Patricio Patrizi ‘Charta fundations’ del naciente monasterio de Santa María del Monte de los Olivos, bajo la Regla de San Benito. Adoptaron hábito blanco, con el objeto de honrar a la Virgen María, de quien Bernardo era devotísimo y cuya devoción dejará en herencia a la espiritualidad de la Congregación.
En ese mismo año (1319), Bernardo y sus compañeros hicieron su profesión religiosa, recibiendo el hábito monástico de manos del delegado del obispo.
Dejando el estilo de vida eremítica para profesar la Regla Benedictina enriquecida por la precedente experiencia ascética, establecieron que el abad fuera elegido solamente por un año. La elección como primer abad, recayó en Bernardo, pero éste, aduciendo su dificultad visual, no aceptó, de modo que fue elegido Patricio Patrizi; pero en 1321, Bernardo ya no pudo rehusarse y se convirtió en abad de su monasterio. Prueba de su excepcional personalidad, es que durante veintisiete años, los monjes lo fueron eligiendo como abad, año tras año, prácticamente casi hasta su muerte, dándole todas las facultades y poder de decisión sin tener que rendir cuenta a nadie.
Por al menos dos veces trató de dejar el cargo, en 1326 y 1342, apelando no solamente a su dificultad visual, sino también a que no era sacerdote, habiendo recibido solamente las órdenes menores, pero el legado pontificio reafirmó su legitimidad canónica. Todavía en vida de San Bernardo, se unieron a la primera abadía por lo menos otros once monasterios. Además, el 21 de enero de 1344, el abad obtuvo del Papa Clemente VI, residente en Avignon, la aprobación pontificia.
La tradición atribuye al misticismo de Bernardo coloquios con el Crucifijo y otras apariciones de santos. En 1348, durante la gran peste, hubo numerosas víctimas de la misma en el monasterio. Después de ayudado y confortado a sus propios hijos, Bernardo muere, según la tradición, el 20de agosto de 1348, víctima también él de la peste.
Después de la destrucción del monasterio de Siena en 1554, durante la guerra entre Carlos V y la República de Siena, las reliquias del Beato se perdieron.
En su congregación se lo consideró Beato desde el siglo XV, su culto fue aprobado por el Papa Pío II, que visitó el monasterio del Monte de los Olivos en 1462. Fue confirmado como beato por decreto de la Congregación de Ritos, el 24 de noviembre de 1644. En 1680 la fiesta religiosa del 20 de agosto fue pasada al 21 agosto a causa sobreponerse en ese día (el 20) con la del gran San Bernardo de Clarabal.
Fue canonizado el 26 de Abril de 2009 por S.S. Benedicto XVI.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Maria de Mattias, Santa
Fundadora, Agosto 20
Fundadora
Martirológio Romano Em Roma, santa María de Matias, virgem, que fundou o Instituto das Irmãs da Adoração do Preciosíssimo Sangue do Senhor (1866).
Nasceu em 4 de Fevereiro de 1805 em Vallecorsa (Itália) numa família acomodada e de profunda fé cristã. Já desde menina se familiarizou com a Sagrada Escritura, e sentiu um grande amor a Jesus, Cordeiro imolado pela salvação da humanidade. Teve especial devoção pelo Sangue de Cristo, derramado por amor aos homens.
Por las costumbres de la época, vivió su niñez y adolescencia relativamente aislada, con pocos contactos y relaciones exteriores. En su interior, sin embargo, buscaba el sentido de su vida, que esperaba encontrar en un amor sin confines.
Se encomendó a la Virgen María para que la iluminara y Dios la hizo experimentar la belleza de su amor, que se manifestó con plenitud en Cristo crucificado, en Cristo que derramó su preciosísima sangre por nuestra salvación. Esta experiencia fue la fuente, la fuerza y la motivación que la llevó a difundir por doquier el amor misericordioso del Padre celestial, y el amor de Jesús crucificado.
Estaba convencida de que la reforma de la sociedad nace del corazón de las personas y que los hombres se transforman cuando llegan a comprender cuán valiosos son a los ojos de Dios, cuando caen en la cuenta del inmenso amor de que han sido objeto: Jesús dio toda su sangre para rescatarlos.
Cuando tenía 17 años, san Gaspar del Búfalo predicó en Vallecorsa una misión popular y María vio cómo se transformaba el pueblo, con la conversión de muchas personas. En su interior surgió el deseo de contribuir, como ese santo, a la transformación espiritual de las personas.
Bajo la guía de un compañero de san Gaspar, el venerable don Giovanni Merlini, el 4 de marzo de 1834 fundó la congregación de las Religiosas Adoratrices de la Sangre de Cristo.
Además de promover la educación de las niñas, reunía a las madres y a las jóvenes para catequizarlas, para hacer que se enamoraran de Jesús, impulsándolas a vivir cristianamente, según su estado de vida. Muchos hombres, a los que no podía hablar, a causa de las costumbres de la época, acudían espontáneamente a escucharla.
A pesar de su carácter tímido e introvertido, el celo por la causa de Cristo la convirtió en una gran predicadora, que convencía tanto a las personas sencillas como a las cultas, tanto a los laicos como a los sacerdotes, porque cuando hablaba de los misterios de la fe daba la impresión de que había experimentado personalmente esas realidades. Su gran deseo era que no se perdiera ni siquiera una gota de la Sangre de Cristo, sino que llegara a todos los pecadores para purificarlos y para que, lavados en aquel río de misericordia, volvieran al buen camino.
Este celo arrastró a muchas jóvenes. Así, pudo fundar cerca de setenta casas religiosas, principalmente en Italia, pero también en Alemania e Inglaterra. Casi todas sus casas se abrían en pequeñas aldeas abandonadas del centro de Italia, a excepción de Roma, a donde fue llamada por el Papa Pío IX para dirigir el Hospicio de San Luis y una escuela en Civitavecchia.
Vivió toda su vida con el único deseo de agradar a Jesús, que le había robado el corazón desde su juventud, y con el compromiso gozoso de difundir al máximo el conocimiento del amor de Dios por la humanidad. Para ello no escatimó esfuerzos, ni se dejó abatir por las dificultades. Siempre actuó en profunda comunión con la Iglesia universal y particular, y por amor a ella.
Murió en Roma el 20 de agosto de 1866. Fue beatificada por el Papa Pío XII el 1 de octubre de 1950.
Fue canonizada el 18 de mayo de 2003 por el Papa Juan Pablo II, día en que además Su Santidad cumplió 83 años de edad.
El 20 de agosto se recuerda el nacimiento al cielo de Santo Domingo Savio, siendo el 4 de marzo la fecha fijada para la celebración litúrgica de su fiesta.
¡Felicidades a quien lleve este nombre!
Reproducido con autorización de Vatican.va
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução (incompleta) de António Fonseca
Trabalho executado através de Windows Live Writer
Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
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