segunda-feira, 7 de setembro de 2009

REGINA, Santa (e outros) – 7 de Setembro

Regina,Santa
Mártir, 7 de Setembro.

Virgem e Mártir
Setembro 7

Filha de um cidadão pagão de Alise, na Borgonha, a santa -cuja mãe faleceu ao dar-lhe a luz- foi entregue a uma ama que era cristã e que a educou na fé. Sua beleza atraiu os olhares do prefeito Olybrius, que, ao saber que era de nobre linhagem, quis casar-se com ela, mas ela se negou a aceitá-lo e não quis atender os discursos de seu pai, que tratava de a convencer para que se casasse com um homem tão rico.-
Perante sua obstinação, seu pai decidiu encerrá-la num calabouço e, como passava o tempo sem que Regina cedesse, Olybrius desafogou sua cólera fazendo açoitar a jovem e submetendo-a a outros tormentos.-
Uma daquelas noites, recebeu em seu calabouço a consolação duma visão da cruz ao tempo que uma voz lhe dizia que sua libertação estava próxima. No momento da execução (decapitação), apareceu uma pomba branquíssima que causou a conversão de muitos dos presentes.-
A devoção à santa aumentou a partir do século VII.

 

Juan Duckett e Rafael Corby, santos
Mártires, 7 de Setembro

Mártires
Setembro 7

Etimologicamente significam “Deus é misericórdia e medicina de Deus”. Vêm da língua hebraica.
O crente não busca mudar as intenções de Deus, mas sim deixar-se mudar, transformar e renovar pela força do Espírito.
Estes sacerdotes se deixaram levar por Deus até a própria morte, ocorrida em Londres no ano 1644.
A razão de seu martírio não teve outra causa fora de que eram sacerdotes católicos.
Uma vez que o ordenaram de sacerdote em Douai, levou um apostolado intenso com os católicos de Durham.
Rafael Corbington veio al mundo perto de Dublin. Sua família constituía um facto singular  naqueles anos. Os pais e as irmãs e irmãos, todos fizeram votos.
Começou sua educação em S. Omer. Depois, vendo suas qualidades intelectuais, levou a cabo seus estudos de teologia em Sevilha e Valladolid.
Este costume segue na actualidade, ao menos na cidade castelhana.
Em 1631 entrou nos jesuítas de Flandres, o ordenaram de sacerdote e o enviaram à missão de Durham para prestar os serviços religiosos aos católicos.
Esteve em seu intenso apostolado nada menos que doze anos antes de que morresse por Cristo.
Há quem comenta que os jesuítas negociaram sua liberdade a câmbio de que voltasse um coronel escocês que estava na Alemanha.
Todo foi infrutuoso. Tudo foi inútil. Não se pôde evitar seu martírio. O único que se conseguiu foi dar-lhe sepultura a seus corpos por parte de seus queridos fieis.
¡Felicidades a quem leve estes nomes!

 

Evorcio ou Evodio, Santo
Bispo, 7 de Setembro

Bispo
Setembro 7

Etimologicamente significa “ o que traça um bom caminho”. Vem da língua grega.


Por pouco que percebamos do Espírito Santo, ele é vida para nós.

Por pouco que entendamos o Evangelho, ele é luz entre nós.

Por pouco que compreendamos a Eucaristia, ela é presença viva em nós.

 
Viajando no tempo, nos encontramos hoje em Orleães. Resulta que havia um concílio e havia reunidos muitos bispos para tratar a condenação das heresias reinantes naqueles turbulentos anos de 358.
Estavam trabalhando a fundo. Enquanto se fazia um dia a oração costumada, entrou um desconhecido e todos puseram cara de surpresa.
Um guardião do templo, picado pela curiosidade, se acercou dele e lhe perguntou que fazia ali.
"Sou subdiácono da Igreja e meu nome é Evorcio. Minha pátria é Benevento e venho em busca de meus irmãos Eumorcio e Casia.
Estão cativos e quero que lhe dêem a liberdade". 
O guarda o levou a sua casa e o alojou nela. 
No dia seguinte se pôs a caminho. O guarda o chamou e lhe disse:" Amigo de Deus, ¿não sabes o que se passa aqui? Desde que morreu o bispo, não encontraram a um sucessor.
Há dois bandos e ninguém se entende. Fica connosco".
Se foi à igreja e colocou-se ao lado do guardião. Rezaram juntos. E nesse momento apareceu uma branca pomba sobre Evorcio.
Todos, sem o duvidar, e nomearam bispo, e governou a diocese durante 30 anos. Morreu em 7 de Setembro de 388.
¡Felicidades a quem leve este nome!

 

Ignacio Klopotowski, Beato
Sacerdote e Fundador, 7 de Setembro

Sacerdote e Fundador da Congregação das
Religiosas da Bem-aventurada Virgem María de Loreto

 

Martirológio Romano: Em Powazki, Polónia, beato Ignacio Klopotowski, presbítero e fundador (1931)

Nasceu em 20 de Julho de 1866 em Korzeniówka, na região de Podlasie. Frequentou o instituto de estudos clássicos de Siedlce. Em 1883 entrou no seminário maior de Lublin. Para completar os estudos, ao quarto ano foi enviado à Academia de teologia de São Petersburgo, onde obteve a licenciatura em teologia. Recebeu a ordenação sacerdotal em 5 de Julho de 1891 na catedral de Lublin, de mãos de monsenhor Franciszek Jaczewski.
Depois da ordenação, foi nomeado vigário paroquial na paróquia da Conversão de S. Paulo. Em 1892 foi designado capelão do hospital de S. Vicente e professor do seminário maior, onde durante catorze anos ensinou, entre outras disciplinas, sagrada Escritura, teologia moral e direito canónico.
Em seu trabalho pastoral se encontrou muitas vezes com a miséria moral e material, o desemprego, a ignorância e o subdesenvolvimento; estas eram as condições em que vivia grande parte da sociedade de então. Para tentar resolver estas situações, fundou diversas instituições de beneficência: uma casa de trabalho retribuído, uma escola profissional, o hospício de Santo António para mulheres da rua, orfanatos, residências de anciãos, etc..
El padre Klopotowski, que estaba atento a la voz de Dios y la reconocía ante todo en la oración y en las circunstancias concretas de la vida, no se contentó con satisfacer las necesidades básicas de los más pobres, sino que también quiso llevarles ayuda espiritual, preocupándose a la vez por su situación cultural. Su vida se polarizaba en torno a la Eucaristía. El rosario era para él un importante elemento de la piedad mariana. En particular, cuando Polonia se liberó de Rusia, promovió incansablemente la educación cristiana de niños y jóvenes, defendiendo con empeño la figura de la madre en el hogar y su papel insustituible en la educación de los hijos y en la transmisión de las primeras nociones de la fe.
Ya durante los primeros años de su sacerdocio publicó libros de oración y de contenido religioso. En 1905 empezó a publicar el diario "Polaco-Católico", el semanario "La Semilla" y la revista mensual "El Buen Domingo". Su celo por la difusión del rosario lo impulsó a publicar la revista mensual "Círculo del Rosario"; fruto de su amor a la niñez es la publicación "El Ángel Custodio".
En uno de sus escritos decía: "Todo niño abrazado contra el corazón, toda existencia humana salvada de la muerte, todo centésimo sumado a una obra buena, son un gran mérito ante la patria".
Con el fin de garantizar la continuidad de la acción apostólica mediante la palabra impresa, el 31 de julio de 1920 fundó la congregación de las Religiosas de la Bienaventurada Virgen María de Loreto. Sabía que la vocación del sacerdote consiste en guiar a las personas a la salvación. Para lograrlo a través de los medios de comunicación más modernos de su tiempo, se inspiraba en las exhortaciones de los Sumos Pontífices León XIII y Pío X a oponer a la prensa negativa la fuerza de la buena. Por lo demás, consideraba la palabra impresa como la prolongación del ambón y un medio muy idóneo para difundir el reino de Dios en la tierra. Murió el 7 de septiembre de 1931, y fue enterrado en el cementerio de Powazki.
Foi beatificado em 19 de Junho de 2005.

Eugenia Picco, Beata
Virgem, 7 de Setembro

Virgen

Martirológio Romano: Em Parma, cidade da Emilia, en Itália, beata Eugenia Picco, virgem, da Congregação das Pequenas Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, que, entregue ao cumprimento da vontade de Deus, promoveu a dignidade da mulher e se dedicou à formação das religiosas (1921).

"Como Jesus escolheu o pão, algo tão comum, assim deve ser minha vida, comum... acessível a todos e, ao mesmo tempo, humilde e escondida, como o é o pão".


Estas palavras de Eugenia Picco brotan de una larga contemplación de Jesús, Pan de vida, entregado por todos. A esta contemplación Eugenia llega tras un largo y doloroso camino.
Nace en Crescenzago (Milán) el 8 de noviembre de 1867 de José Picco y Adelaida del Corno. El padre es un excelente músico de «La Scala» de Milán, ciego. La madre es una mujer frívola, que no ama a su marido, sino que prefiere el dinero, el éxito y los viajes. De Eugenia cuidan habitualmente los abuelos y encuentra a sus padres durante las breves pausas que se conceden entre una gira y otra, hasta que un día la madre vuelve sola, sin su marido, dándolo por muerto.
Eugenia, no sabrá nunca nada de su padre. Desde este momento la madre obliga a la hija a vivir con ella y con su amante, del que luego tendrá otros dos hijos. Eugenia crece en un ambiente irreligioso y moralmente malsano, teniendo que convivir entre los deseos mundanos de la madre que la quiere cantante famosa y con el amante de la madre que la molesta y la fastidia frecuentemente.
«Peligros y ocasiones tanto en casa como afuera» dirá luego Eugenia recordando aquellos años de tribulación y aquel «instintivo» anhelo de orar, de mirar hacia arriba, en el silencio de la austera basílica de S. Ambrosio de Milán, donde cada día va a pedir ayuda a Dios, casi sin conocerlo. Hasta que una tarde de mayo de 1886, Eugenia siente dentro de sí la llamada a la santidad y desde aquel instante caminará, con prontitud y fidelidad indefectibles hacia la perfección.
A los veinte años Eugenia decide amar a Jesús y ser santa. Ingresa en la todavía joven Familia Religiosa de las Pequeñas Hijas de los Sagrados Corazones de Jesús y de María huyendo de casa el 31 de agosto de 1887, siendo inmediatamente acogida, comprendida y amada por el Fundador, el venerable Agustín Chieppi.
El 26 de agosto de 1888 comienza el noviciado y el 10 de junio de 1891 emite la primera profesión religiosa en manos del mismo Fundador. Hace la profesión perpetua el 1 de junio de 1894.
Simple y humilde, fiel y generosa, se entrega sin reservas a las alumnas del Colegio de las que es maestra de música, canto y francés; a las novicias de las que es madre y maestra; a las hermanas como archivista, Secretaria general y Consejera. En junio de 1911 es elegida Superiora general permaneciendo en el cargo hasta la muerte.
Mujer valiente, hace voto de cumplir con perfección serena y tranquila los deberes de Superiora y esto para cumplir la voluntad de Dios.
Animadora sabia y prudente de la Congregación de las Pequeñas Hijas de los Sagrados Corazones de Jesús y de María, durante su gobierno desarrolla una actividad iluminadora y prudente para una organización definitiva del Instituto, proponiéndose cumplir las directrices transmitidas por el Fundador.
Para todos es madre, especialmente para los pobres, para los pequeños y para los marginados, a los que sirve con caridad generosa e incansable. Las necesidades y los dramas de muchos hermanos durante la gran guerra de 1915-1918 le abren aun más el corazón para acoger todo llanto, tanto dolor y toda preocupación social o privada.
Su principal apoyo, el eje vital de su vida interior y de toda la obra y trabajo apostólico es para Sor Eugenia la Eucaristía, su gran amor, centro de piedad, alimento, consuelo y gozo de sus jornadas densas de oración y de fatiga.
Jesús le infunde su celo por la salvación de las almas, su deseo ferviente de llevar a todos a la Casa del Padre y es en su ardiente amor a Jesús donde se encuentra la explicación de su incesante actividad caritativa.
De salud débil, con un cuerpo consumido por la tuberculosis ósea, tiene que someterse, el año 1919, a la amputación de la extremidad inferior derecha. Sor Eugenia se ofrece con toda disponibilidad a cumplir los planes del Padre sobre ella, pronta a cualquier inmolación, mostrándose siempre la amiga sonriente de Jesús, de los hermanos y del mundo.
Este dinamismo que concentra todos sus deseos y toda su voluntad en Dios, esta decisión resuelta de caminar hacia la perfección, expresada en una vida de mortificación, de pureza, de obediencia, de heroismo, de obras virtuosas, viviendo lo ordinario y más humilde de la vida de manera extraordinaria, es el clima en el que se desarrolla la existencia de Sor Eugenia Picco.
En la enfermedad y en la muerte cumple su total consagración a Dios. Sor Eugenia muere santamente el 7 de septiembre de 1921.
Su fama de santidad pervive e incluso irá en aumento después de su muerte. Por todas partes se oyen expresiones de devota admiración y veneración hacia Sor Eugenia, considerada por todos como ejemplo de extraordinaria virtud y modelo de piedad, celo, prudencia, espíritu de sacrificio y sabiduría.
Comenzado el Proceso de beatificación en septiembre de 1945, el 18 de febrero de 1989 fue reconocido el ejercicio heroico de las virtudes y el 20 de diciembre de 1999 se publicó el Decreto sobre el milagro, atribuido a su intercesión, que reconoce la curación prodigiosa de Camilo Talubingi Kingombe de la diócesis de Uvira (ex Zaire) acaecida el 25 de agosto de 1992.
El 7 de octubre del 2001, Juan Pablo II la proclama «beata».
La luz que acompañó los pasos de Eugenia niña, contemplada sólo por Dios, la luz que brilló de repente en los días de su juventud, la luz que la condujo a la santidad, la luz a través de la cual ha llegado a la vida de tantos hermanos y hermanas desorientados y confusos, se transforma en mensaje para hoy, cuando tanto se insiste sobre los condicionamientos psicológicos negativos, que pueden provenir de situaciones dificiles, sin tener debidamente en cuenta lo que puede la gracia cuando es acogida y secundada.
Fue beatificada el 7 de octubre de 2001 por S.S. Juan Pablo II.
Reproducido con autorización de
Vatican.va

 

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução incompleta de António Fonseca

domingo, 6 de setembro de 2009

A CASCATA DOS FACTOS

 

A cascata dos factos

Frente: Catholic net
Autor: P. Fernando Pascual L.C.


O automóvel derrapou. O choque foi inevitável. A duras penas os viajantes saiem pela porta traseira, entre os cortes produzidos após a explosão dos vidros.
Estão aturdidos, em estado de choque. Logo, no hospital, mais serenos, recordam a sequência dos factos. É então quando doem essas decisões, esses momentos, que levaram ao desastre. Talvez inclusive doerão muito mais que as feridas, porque haveria sido necessário pouco, muito pouco, para não terminar o dia com um acidente grave.

  • Recordam a manhã, quando as discussões deixaram um mau ambiente na família.
  • Recordam o momento em que decidiram o destino de passeio, quando ela preferia ir A uma localidade  e ele impôs sua ideia de ir ao bosque (ou vice versa…).
  • Recordam a hora em que entraram para o carro, quando o filho mais velho perguntou se estava bem a pressão de ar nos pneus e ninguém fez caso.
  • Recordam aquele cruzamento, quando a filha avisou que havia que virar à direita e não a escutaram.
  • Recordam uma nova discussão que pôs nervoso o condutor, e no final aconteceu o acidente.
  • Os factos se sucedem como uma cascata inevitável. O resultado final parece encadeado a leis de ferro: a gravidade, a inércia, a química. Mas a esse resultado se chegou desde opções más ou menos conscientes e livres, desde mentes e corações que orientam as ideias, as decisões e os volantes.
    Nos dói reconhecer que não haviamos pensado bem nossos actos. Nos causa pena assinalar que a culpa estava nas pressas, ou na preguiça, ou na irreflexão, ou no capricho. Nos corrói o coração ver que haveria bastado pouco, muito pouco, para que o dia tivesse brilhado pela convivência e a sã diversão em vez de haver terminado na zona de urgências do hospital mais próximo. 
    Mas os factos são imodificáveis. O passado fica escrito com tinta de ferro. Já não podemos dar marcha atrás para prevenir perigos e para evitar feridas no corpo ou na alma. 
    O que fica perante nós é um presente aberto. Temos um “agora” e uns corações desde que possamos dirigir nossos passos.
    Serão errados se deixamos, de novo, que nos domine o egoísmo e o atordoamento. Serão certeiros, ao menos no que depende de nós, se pensarmos bem as coisas, se nos deixarmos guiar pela prudência. Sobretudo, se nos deixarmos guiar por Deus e buscarmos aquilo que possa fazer saudavelmente felizes aos seres mais próximos e a tantas pessoas que encontraremos nos mil cruzamentos do misterioso caminho da vida.

     

  • Perguntas ou comentários ao autor
  •   P. Fernando Pascual LC

    Recolha, transcrição e tradução de um e:mail hoje recebido de http://es:catholic.net

    por António Fonseca

    MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI

    In: Agência Ecclesia

    http://ecclesia.pt

     

    Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Missões

    "As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)

    Neste domingo dedicado às missões, me dirijo sobretudo a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também aos irmãos e irmãs do Povo de Deus, a fim de vos exortar a reavivar em si a consciência do mandato missionário de Cristo para que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28,19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

    "As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objectivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, pois Nele encontramos a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.

    É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos somente de nos colocar a serviço da humanidade, sobretudo da daquela sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade"(Evangelii nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris missio, 2).

    1. Todos os Povos são chamados à salvação

    Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.

    O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as tornam participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se em meio a contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isto, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve se tornar uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso impreterível e primário.

    2. Igreja peregrina

    A Igreja Universal, sem confim e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cfr. Evangelii nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais que se exaurem no âmbito da existência temporal, mas na salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cfr. Evangelii nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cfr. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo ser humano. A Igreja mira em transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus caritas est, 39). Esta é a missão e o serviço que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.

    3. Missio ad gentes

    A missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, fraternidade, união e paz (cfr. Ad gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja"(Evangelii nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade actual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cfr. At 18, 10). De fato, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar "(At 2,39).
    Toda a Igreja deve se empenhar na missio ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não está plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submisso"(Hb 2,8).

    4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio

    Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até a prisão, a tortura e a morte. Não são poucos aqueles que actualmente são levados à morte por causa de seu "Nome". É ainda de grande actualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo millennio ineunte, 41).

    A participação na missão de Cristo, de fato, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-vos do que eu disse: nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir a vós também " (Jo 15,20). A Igreja se coloca no mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou com a força, mas seguindo o caminho da Cruz e se fazendo, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade.

    Às Igrejas antigas como as de recente fundação, recordo que são colocadas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até os extremos confins da terra. A missio ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais.

    Agradeço e encorajo as Pontifícias Obras Missionárias pelo indispensável trabalho a serviço da animação, formação missionária e ajuda económica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, se realiza de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum projectualidade missionária.

    5. Conclusão

    O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cfr. Redemptoris missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser acção, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cfr. Redemptoris missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos para que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.

    Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda económica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.

    Nos guie em nossa acção missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que leve a salvação "até aos extremos da terra"(At 13,47).

    A todos, a minha Bênção.

    Cidade do Vaticano, 29 de Junho de 2009

    BENEDICTUS PP. XVI

    Recolha e transcrição desta notícia que me foi enviada por e:mail pela Agência Ecclesia, hoje 6 de Setembro.

    António Fonseca

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

       Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...