domingo, 6 de setembro de 2009

A CASCATA DOS FACTOS

 

A cascata dos factos

Frente: Catholic net
Autor: P. Fernando Pascual L.C.


O automóvel derrapou. O choque foi inevitável. A duras penas os viajantes saiem pela porta traseira, entre os cortes produzidos após a explosão dos vidros.
Estão aturdidos, em estado de choque. Logo, no hospital, mais serenos, recordam a sequência dos factos. É então quando doem essas decisões, esses momentos, que levaram ao desastre. Talvez inclusive doerão muito mais que as feridas, porque haveria sido necessário pouco, muito pouco, para não terminar o dia com um acidente grave.

  • Recordam a manhã, quando as discussões deixaram um mau ambiente na família.
  • Recordam o momento em que decidiram o destino de passeio, quando ela preferia ir A uma localidade  e ele impôs sua ideia de ir ao bosque (ou vice versa…).
  • Recordam a hora em que entraram para o carro, quando o filho mais velho perguntou se estava bem a pressão de ar nos pneus e ninguém fez caso.
  • Recordam aquele cruzamento, quando a filha avisou que havia que virar à direita e não a escutaram.
  • Recordam uma nova discussão que pôs nervoso o condutor, e no final aconteceu o acidente.
  • Os factos se sucedem como uma cascata inevitável. O resultado final parece encadeado a leis de ferro: a gravidade, a inércia, a química. Mas a esse resultado se chegou desde opções más ou menos conscientes e livres, desde mentes e corações que orientam as ideias, as decisões e os volantes.
    Nos dói reconhecer que não haviamos pensado bem nossos actos. Nos causa pena assinalar que a culpa estava nas pressas, ou na preguiça, ou na irreflexão, ou no capricho. Nos corrói o coração ver que haveria bastado pouco, muito pouco, para que o dia tivesse brilhado pela convivência e a sã diversão em vez de haver terminado na zona de urgências do hospital mais próximo. 
    Mas os factos são imodificáveis. O passado fica escrito com tinta de ferro. Já não podemos dar marcha atrás para prevenir perigos e para evitar feridas no corpo ou na alma. 
    O que fica perante nós é um presente aberto. Temos um “agora” e uns corações desde que possamos dirigir nossos passos.
    Serão errados se deixamos, de novo, que nos domine o egoísmo e o atordoamento. Serão certeiros, ao menos no que depende de nós, se pensarmos bem as coisas, se nos deixarmos guiar pela prudência. Sobretudo, se nos deixarmos guiar por Deus e buscarmos aquilo que possa fazer saudavelmente felizes aos seres mais próximos e a tantas pessoas que encontraremos nos mil cruzamentos do misterioso caminho da vida.

     

  • Perguntas ou comentários ao autor
  •   P. Fernando Pascual LC

    Recolha, transcrição e tradução de um e:mail hoje recebido de http://es:catholic.net

    por António Fonseca

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