terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notícias no Boletim da Agência Ecclesia - 24-11-2009

Um muçulmano no CD do Papa

O final do mês de Novembro foi a altura escolhida para o lançamento mundial do álbum «Alma Mater. Music from the Vatican»

O final do mês de Novembro foi a altura escolhida para o lançamento mundial do álbum “Alma Mater. Music from the Vatican”. As palavras recitadas e cantadas por Bento XVI estão na base da obra que mistura a tradição gregoriana e a música clássica contemporânea, com apontamentos do mundo árabe e hindu.

Oito peças inéditas de três compositores combinam-se com as orações e reflexões sobre a Virgem Maria que o Papa apresentou no Vaticano e nas suas peregrinações por todo o mundo, em particular pelos diversos santuários marianos.

O resultado final é uma fusão surpreendente, em que até a voz do Papa surge com uma doçura a que mesmo os seus ouvintes mais fiéis não estão habituados. Somos quase sempre remetidos para um mundo cinematográfico, mais do que estritamente religioso, procurando provocar emoções e surpreender.

Neste conjunto, destaca-se a notável combinação entre a tradição musical católica e a música tradicional árabe, feita por Nour Eddine. Este compositor marroquino, muçulmano, admite que nunca tinha tido nenhum contacto prévio com o universo musical do Gregoriano e diz mesmo que, quando lhe foi dirigido o convite para participar no projecto, pensou tratar-se de uma partida para os famosos “apanhados” da TV.

Agência ECCLESIA – A primeira reacção perante a sua composição é de surpresa. Como é que nasceu esta música?

Nour Eddine – Esta história começou há 4/5 meses, quando o produtor, Vincent Messina. Ele sabia muito bem que eu venho da música tradicional, já em 2002 tínhamos feito um trabalho em conjunto, mas nunca tinha tido uma aproximação à música clássica ou ao canto gregoriano, pelo que pensava que ele estava a brincar comigo.

O convite para trabalhar uma composição foi acompanhada com uma gravação de canto gregoriano. Quando a ouvi, senti-me muito, muito longe da aproximação que deveria ter face a este tipo de música.

Durante duas, três horas de trabalho, fiz-me rodear de todos os meus instrumentos tradicionais, peguei no alaúde, e comecei a improvisar, ouvindo o gregoriano. No princípio, não pensei em partituras, pensei no divino.

AE – Isso foi importante para si?

NE – Muito. Propuseram-se fazer uma música dedicada a Maria, pelo que decidi que iria deixar o coração falar, em vez do meu cérebro. Por essa razão, senti-me ajudado, também, pela minha fé para encontrar uma melodia que combinasse, verdadeiramente, com o gregoriano.

Além disso, há a História, que é muito importante, porque a música árabe-andaluz tinha, precisamente, a mistura da orquestra com o canto gregoriano e o canto sefardita. A fusão existiu nestes cantos de origem monoteísta e percebi que este era o caminho mais certo para a composição.

Dada a minha formação musical, tornei-me também aberto a todo o tipo de música e aos instrumentos do mundo. Foi assim que nasceu a obra «Advocata Nostra».

AE – Sente que o resultado final respeita a sua intuição?

NE – Sim, muito. No início estava algo reticente, tinha medo porque não tinha ouvido as peças dos outros compositores e pensava que, no interior do álbum, a minha seria algo de completamente diferente. A Royal Philarmonic Orchestra fez uma espécie de ponte para as outras composições, mas para além disso parece quase como se tivesse existido um truque mágico, porque no álbum não há grandes diferenças, é possível ouvi-lo tranquilamente, é homogéneo apesar das diferenças. É por isso que eu digo que a música é sempre música, quando é boa.

AE – Que papel pode desempenhar a música, como linguagem universal, nestes tempos de crise?

NE – Vejamos, neste álbum, por exemplo, há uma grande mensagem no facto de o Vaticano ter convidado um muçulmano a compor uma peça musical. É uma grande prova de abertura, de aproximação a um futuro baseado no diálogo.

É verdade que a música é algo que chega directamente, não toca o coração ou a mente, toca algo de mais profundo, convida à reflexão.

Neste caso, devo dizer que levo uma mensagem de diálogo e paz aos cristãos, mas também aos muçulmanos. Muitos deles acreditam que o mundo cristão é um mundo fechado e este álbum é uma prova concreta de que não é assim e é uma mensagem para que os muçulmanos se concentrem, também, num futuro de paz e de coexistência.

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Entrevistas | Octávio Carmo | 2009-11-24 | 10:17:34 | 5478 Caracteres | Bento XVI

Caminhos por andar

É essencial parar e perceber onde é que cada um pode ser agente de mudança, de transformação da sociedade

Sob o signo da crise mais ou menos generalizada que lança as suas sombras sobre o quotidiano individual e comunitário vão surgindo análises sobre causas, efeitos e caminhos a percorrer. A Igreja Católica em Portugal tem procurado assumir, neste contexto, o protagonismo próprio de quem está no terreno, junto dos mais desfavorecidos, e tem também uma longa tradição de reflexão sobre temas da área social, económica e política, numa chave ética.

A Semana Social 2009 surge, assim, como um ponto de referência em contraponto à febre dos números, desde o défice ao desemprego. É que as estatísticas não mostram rostos concretos nem abrem vias alternativas para a tirania das percentagens.

Pensar, em tempos atribulados como este, parece um luxo, mas foi exactamente isso que se privilegiou na iniciativa da Comissão Episcopal da Pastoral Social. Porque é essencial parar e perceber onde é que cada um pode ser agente de mudança, de transformação da sociedade, sem delegar noutros aquilo que é da sua própria responsabilidade, nem esconder passividade e indiferença atrás de dedos acusadores apontados aos culpados do costume – o governo, o sistema, mesmo a Igreja…

Depois do impacto imprevisto (será?) gerado pelo fracasso de instituições e práticas que se tomavam como dados adquiridos e imutáveis – a falta de ética acabou por ser o epicentro deste verdadeiro terramoto -, é tempo de clarificar conceitos e perceber por onde se deve seguir. Como ficou dito em Aveiro, a construção de um bem comum – que é mais do que a soma de “bens” individuais – exige a participação de cada elemento da sociedade e o respeito pelo seu espaço próprio, sem prescindir de qualquer contributo. O caminho a seguir passa por aqui, com confiança, por mais difíceis que pareçam as tarefas a assumir.

Superar a crise actual é bem mais do que abrigar-se da chuva, à espera que ela passe, para poder voltar calmamente a tudo aquilo que se fazia antigamente, por mais desastrosos que tenham sido os resultados do passado. Não vale fingir que se muda para deixar tudo na mesma, porque está provado que o futuro será bem pior, em especial para as pessoas que ficaram mais fragilizadas em função do presente descalabro financeiro e social. É preciso mudar e encontrar novos caminhos por andar.

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Editorial | Octávio Carmo | 2009-11-24 | 10:54:13 | 2745 Caracteres | Solidariedade

 

Ciência e religião em debate nos Jerónimos

No ano em que se comemoram o bicentenário do nascimento de Charles Darwin, a Paróquia de Santa Maria de Belém, em Lisboa, organiza um ciclo de conferências sobre “Ciência e Religião”.

A interrogação «A ciência conduz ao Ateísmo?» será debatida a 24 de Novembro. A conferência estará a cargo do Eng.º Bernardo Motta, empresário na área dos sistemas de análise de imagem por computador, co-fundador da empresa “Observit”, e licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico.

O encontro ocorre no Salão Paroquial de Santa Maria de Belém, na Rua dos Jerónimos n.º 3. O acesso é livre e gratuito.

A primeira conferência deste ciclo - «Big Bang: a formação e evolução do universo» - realizou-se a 27 de Outubro, com a presença do Prof. Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa. A 10 de Novembro, o Prof. Henrique Leitão, do Centro de História das Ciências da Universidade de Lisboa, falou sobre o «Caso Galileu».

Nacional | Renascença (RR) | 2009-11-24 | 09:10:25 | 1332 Caracteres | Igreja/Ciência

Cáritas cria fundo de apoio aos novos desempregados

Campanha de Natal «10 Milhões de Estrelas» vira-se para as vítimas da crise em Portugal

A Cáritas Portuguesa apresenta Esta Terça-feira, pelo sétimo ano consecutivo, a iniciativa “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz” que este ano, a título excepcional, criou um projecto específico para ajudar as vítimas da crise em Portugal - o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados.

Segundo refere a organização católica na sua página oficial, o projecto de Natal “consiste numa iniciativa de angariação de fundos a nível nacional, através da venda de velas pelo preço simbólico de 1 Euro, cujo resultado final reverte a favor dos mais necessitados, aqueles que, no decorrer deste ano, ficaram sem meios de subsistência por causa da alarmante vaga de desemprego.

Das verbas recolhidas com a venda das velas, 35% serão especialmente canalizadas para o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados e suas famílias; os restantes 65% serão aplicados, por cada uma das Cáritas Diocesanas, em projectos nacionais direccionados para a mesma temática.

“Num ano marcado pelo agudizar de uma crise económica gravíssima, com dolorosos reflexos na vida dos cidadãos mais carenciados, a operação “10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz 2009” assume um papel premente na resposta a um conjunto de novas situações de grande carência que atingiram pessoas por todo o país”, afirma Eugénio Fonseca, Presidente da Cáritas.

No dia 6 de Dezembro, realizar-se-á, no Santuário de Fátima, uma Eucaristia presidida por D. Carlos Azevedo alusiva aos “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz”, com a presença das Cáritas Diocesanas que, nessa data, estarão em Fátima, reunidas em Conselho Geral. Para o dia 19 de Dezembro está agendada a já habitual Manifestação Pública que reunirá pessoas por todo o país, num apelo solidário à Paz no mundo.

Contando com o apoio activo das Cáritas Diocesanas de Portugal, esta acção volta a desafiar todos os cidadãos portugueses, independentemente das suas convicções religiosas ou políticas, a adquirirem e a acenderem, no próximo Natal, uma vela da Cáritas, símbolo do desejo de Paz para o Mundo.

História

É no ano de 2003 que, pela primeira vez, Portugal adere à operação “10 Milhões de Estrelas”, uma iniciativa de génese francesa que, desde a década de 90 tem vindo a ganhar espaço e visibilidade por toda a Europa. A proposta da Cáritas Portuguesa foi aceite com entusiasmo por várias Cáritas Diocesanas que, desde logo, responderam ao desafio de implementar esta operação, sensibilizando toda a população para a importância dos valores da Paz, Solidariedade e Reconciliação.

Volvidos sete anos, a operação “10 Milhões de Estrelas” continua a ser uma importante campanha de ajuda aos mais desfavorecidos, quer a nível nacional, quer em diversos países em vias de desenvolvimento. Muitos foram os projectos de sucesso, repletos de sorrisos e sonhos infindáveis – conheça as iniciativas que levámos a cabo nos últimos anos e junte-se a nós nesta nobre causa, onde esperança e realidade andam sempre de mãos dadas.

Fotos

Nacional | Agência Ecclesia | 2009-11-24 | 10:30:05 | 3811 Caracteres | Cáritas

Nova campanha do Banco Alimentar

Os Bancos Alimentares Contra a Fome voltam a apelar, no próximo fim-de-semana, à generosidade do público em mais uma campanha de recolha de alimentos. A solidariedade sempre renovada dos portugueses volta a ser posta à prova num momento de particular dificuldade e necessidade: nunca como agora fez tanto sentido a ideia de que é possível fazer a diferença apenas com um pequeno gesto.

Numa época em que muitas famílias portuguesas se encontram em dificuldades, a partilha e a solidariedade são mais do que nunca necessárias. Os desempregados, os idosos, as crianças e as famílias desestruturadas são os grupos mais atingidos pela situação de forte agravamento da situação económica que se vive em Portugal e no Mundo. Para fazer face a um crescente número de pedidos de apoio que tem vindo a chegar aos Bancos Alimentares contra a Fome é forçoso que estes alarguem a sua capacidade de resposta. Concretizar esse objectivo e minorar as carências alimentares das pessoas necessitadas é a proposta lançada uma vez mais a toda a sociedade civil: contribuindo com trabalho voluntário e com alimentos é possível fazer a diferença.

A combinação da solidariedade generosa dos portugueses e da eficácia comprovada da acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome na tentativa de minorar a penosa realidade das carências alimentares, constitui a prova evidente de que a sociedade civil se pode - e deve - substituir-se com vantagem ao Estado na resolução de alguns dos problemas com que se confrontam as sociedades modernas, tornados recentemente ainda mais evidentes e agravados pela crise económica, que trouxe consigo um significativo abrandamento da actividade e um brutal e súbito agravamento do desemprego.

A campanha decorre nos moldes tradicionais durante o fim-de-semana de 28 e 29 de Novembro: voluntários dos Bancos Alimentares Contra a Fome, devidamente identificados, solicitam a participação do público à entrada dos estabelecimentos comerciais. Para participar nesta campanha, basta aceitar um saco do Banco Alimentar e nele colocar bens alimentares para partilhar com quem mais precisa. São privilegiados os produtos não perecíveis, tais como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas, óleo, etc.

Nacional | Banco Alimentar | 2009-11-24 | 10:33:34 | 2594 Caracteres | Solidariedade

 

D. Manuel Clemente exige debate alargado sobre casamento homossexual

Mais pertinente que um eventual referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é essencial assegurar um debate alargado sobre o tema. A posição foi assumida esta Segunda-feira pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente.

Convidado para uma palestra nas jornadas parlamentares do PSD, que decorrem em Espinho, D. Manuel Clemente afirma que deve ser garantido um debate amplo.

“Esta e todas as questões sociais têm que ser alargadas para serem exactamente sociais. Não podem ser resolvidas rapidamente, exigem reflexão, aprofundamento dos factos, exigem argumentação e contra-argumentação”, diz.

Acrescenta D. Manuel Clemente que um eventual referendo sobre os casamentos homossexuais é uma - entre outras – “das hipóteses previstas na Constituição”.

“Esta – reforça o Bispo do Porto – é uma ocasião de reflexão e aprofundamento do que está em causa: a própria base da sociedade, que sempre existiu, a partir da família, da abertura à vida e à educação”.

Nacional | Renascença (RR) | 2009-11-24 | 12:20:06 | 1228 Caracteres | Igreja/Homossexualidade

Artistas têm uma pátria na Igreja

Tolentino Mendonça foi o único português no histórico encontro com Bento XVI

O padre e poeta madeirense Tolentino Mendonça viveu uma experiência única ao marcar presença no encontro que Bento XVI manteve com cerca de duas centenas e meia de artistas de todo o mundo, no passado dia 21.

Para o director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), o sublinhar das palavras “amizade, cordialidade” serviu para dizer aos artistas que “no interior da Igreja, no interior do espaço cristão, eles encontram uma casa, uma espécie de pátria”.

A arte, assegura, pede uma “indagação do tipo espiritual” e há uma “centelha de sagrado em cada procura artística”.

Neste encontro, o Papa fez um convite “à amizade, ao diálogo, à colaboração” a artistas “de países, culturas e religiões diversas, porventura até mesmo distantes de experiências religiosas”, mas todos “desejosos de manter viva uma comunicação com a Igreja Católica, sem restringir os horizontes da existência à mera materialidade, a uma visão redutiva e banalizante”.

O exegeta e tradutor da Bíblia confessa à ECCLESIA a “grande emoção” quando viu uma “autêntica multidão” que caminhava no braço da Porta de Bronze. Entre mais de 300 pessoas estavam “alguns dos grandes criadores contemporâneos”, num “abraço da Igreja ao mundo da arte”.

Quanto ao discurso de Bento XVI, o sacerdote acredita que se “procurou aprofundar a temática, não foram apenas palavras para aquela circunstância”. No final, foi visível a “grande sintonia”.

Para além do convite à amizade recíproca, o Papa falou da arte como “uma procura, uma ferida”. “Não é um lugar de conquista, não é uma forma, mas é sobretudo um itinerário, uma vocação a que se vai respondendo ininterruptamente”, assinala.

A proximidade entre procura artística e procura espiritual foi outro tema abordado pelo Papa alemão, que aludiu à “cumplicidade” entre as duas experiências. O presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Gianfranco Ravasi, disse por seu lado que a Igreja se foi afastando do “discurso estético”, apelando a um “pacto” com o mundo das artes.

“O coração do homem contemporâneo tem uma grande fome de beleza, que é também a beleza total, iluminada pelo transcendente”, assinala o Pe. Tolentino Mendonça.

Para o director do SNPC, a arte “é sempre singular”, um “momento irrepetível” de cada artista capaz de “representar o humano e de nos comover até ao mais íntimo”. Por isso, reconhecendo o que é “próprio do discurso artístico”, a Igreja deve promover uma “aliança” com a arte.

Neste contexto, destaca o “gesto de acolhimento e de reconhecimento” do Papa, frisando que “muitas vezes, numa sociedade massificada e anónima como a nossa, o artista, o criador não tem lugar reconhecido e o seu trabalho acaba por ficar demasiado remetido para uma margem”.

A Igreja, acrescenta, coloca cada artista “no centro da própria experiência humana, como aqueles que são capazes de reflectir as grandes linhas de construção do homem”, contribuindo para que a nossa cultura “olhe de outra maneira para a produção artística”.

Fotos

Nacional | Agência Ecclesia | 2009-11-24 | 13:42:35 | 4014 Caracteres | Arte Sacra

In: Boletim electrónico da Agência Ecclesia, de 24-11-2009

http://ecclesia.pt

Recolha e transcrição por António Fonseca

ANDRÉS DUNG-LAG e companheiros santos - 24 de Novembro

Os Santos de hoje Terça-feira, 24 de Novembro de 2009

Andrés Dung-Lag e companheiros, Santos
117 Mártires vietnamitas dos séculos XVIII e XIX, Novembro 24

Andrés Dung-Lag y compañeros, Santos

Andrés Dung-Lag e companheiros, Santos

Mártires de Vietname

Esta memória obrigatória dos cento dezassete mártires vietnamitas dos séculos XVIII e XIX, proclamados santos por João Paulo II na praça de São Pedro em 19 de Junho de 1988, celebra a mártires que já haviam sido beatificados anteriormente em quatro ocasiões distintas: sessenta e quatro, em 1900, por Leão XIII; oito, por Pio X, em 1906; vinte, em 1909, pelo mesmo Pio X; vinte e cinco, por Pio XII, em 1951.
Não só são significativos o número insuperado na história das canonizações, mas também a qualificação dos santos (oito bispos, cinquenta sacerdotes, cinquenta e nove laicos), a nacionalidade (noventa e seis vietnamitas; onze espanhóis; dez franceses, o estado religioso (onze dominicanos; dez da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris; outros do clero local, mais um seminarista, o estado laical (muitos pais de família, uma mãe, dezasseis catequistas, seis militares, quatro médicos, um alfaiate; além de camponeses, pescadores e chefes de comunidades cristãs).
Seis deles foram martirizados no século XV, os demais, entre 1835 e 1862; quer dizer, no tempo do domínio dos três senhores que governavam Tonkín, Annam e Cochinchina, hoje integradas na nação de Vietname.
Em grande parte (setenta e cinco) foram decapitados; os restantes morreram estrangulados, queimados vivos, esquartejados, ou faleceram na prisão por causa das torturas, negando-se a pisar a cruz de Cristo ou a admitir a falsidade de sua fé.
Destes cento dezassete mártires, a fórmula de canonização pôs em relevo seis nomes particulares, em representação das distintas categorias eclesiais e das diferentes origens nacionais. O primeiro, de que encontramos uma carta no oficio de leitura, é Andrés Dung-Lac. Nasceu no norte de Vietname em 1795; foi catequista e depois sacerdote. Foi morto em 1839 e beatificado em 1900. Outros dois provêem do centro e do sul do Vietname. O primeiro, Tomás Tran-VanThien, nascido em 1820 e preso enquanto iniciava sua formação sacerdotal, foi assassinado aos dezoito anos em 1838; o outro é Manuel Le-Van-Phung, catequista e pai de família, morto em 1859 (beatificado em 1909).
Entre os missionários estrangeiros são mencionados dois espanhóis e um francês. O dominicano espanhol Jerónimo Hermosilla, chegado a Vietname em 1829, vigário apostólico de Tonkín oriental, foi morto em 1861 (beatificado em 1909); o outro dominicano, o bispo vasco Valentín de Berriochoa, que chegou a Tonkín em 1858, aos trinta e quatro anos, foi morto em 1861 (beatificado em 1906).
O francês Jean-Théophane Vénard, da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, chegou a Tonkín em 1854 e foi assassinado aos trinta e dois anos (beatificado em 1906): suas cartas inspiraram a santa Teresa de Lisieux a rezar pelas missões, de que foi proclamada padroeira junto com são Francisco Javier.

LISTA DOS 117 MÁRTIRES DE VIETNAME

1 Andrés DUNG-LAC, Sacerdote 21-12-1839
2
Domingo HENARES, Bispo O.P. 25-06-1838
3 Clemente Ignacio DELGADO CEBRIAN, Bispo O.P. 12-07-1838
4 Pedro Dumoulin BORIE, Bispo M.E.P. 24-11-1838
5 José María DIAZ SANJURJO, Bispo O.P. 20-07-1857
6
Melchor GARCIA SAMPEDRO SUAREZ, Bispo O.P. 28-07-1858
7 Jerónimo HERMOSILLA, Bispo O.P. O1-11-1861
8 Valentín BERRIOCHOA, Bispo O.P. 01-11-1861
9 Esteban Teodoro CUENOT, Bispo M.E.P. 14-11-1861
10 Francisco GIL DE FEDERICH, Sacerdote O.P. 22-O1-1745
11 Mateo ALONSO LECINIANA, Sacerdote O.P. 22-O1-1745
12 Jacinto CASTANEDA, Sacerdote O.P. 07-11-1773
13 Vicente LE OUANG LIEM, Sacerdote O.P. 07-11-1773
14 Emanuel NGUYEN VAN TRIEU, Sacerdote 17-09-1798
15 Juan DAT, Sacerdote 28-10-1798
16 Pedro LE TuY, Sacerdote 11-10-1833
17 Francisco Isidoro GAGELIN, Sacerdote M.E.P. 17-10-1833
18 José MARCHAND, Sacerdote M.E.P. 30-11-1835
19 Juan Carlos CORNAY, Sacerdote M.E.P. 20-09-1837
20 Vicente DO YEN, Sacerdote O.P. 30-06-1838
21 Pedro NGUYEN BA TUAN, Sacerdote 15-07-1838
22 José FERNANDEZ, Sacerdote O.P. 24-07-1838
23 Bernardo VU VAN DUE, Sacerdote 01-08-1838
24 Domingo NGUYEN VAN HANH (DIEU), Sacerdote O.P. 01-08-1838
25 Santiago Do MAI NAM, Sacerdote 12-08-1838
26 José DANG DINH (NIEN) VIEN, Sacerdote 21-08-1838
27 Pedro NGUYEN VAN TU, Sacerdote O.P. 05-09-1838
28 Francisco JACCARD, Sacerdote M.E.P. 21-09-1838
29 Vicente NGUYEN THE DIEM, Sacerdote 24-11-1838
30 Pedro VO BANG KHOA, Sacerdote 24-11-1838
31 Domingo TUOC, Sacerdote O.P. 02-04-1839
32 Tomás DINH VIET Du, Sacerdote O.P. 26-11-1839
33 Domingo NGUYEN VAN (DOAN) XUYEN, Sacerdote O.P. 26-11-1839
34 Pedro PHAM VAN TIZI, Sacerdote 21-12-1839
35 Pablo PHAN KHAc KHOAN, Sacerdote 28-04-1840
36 Josée DO QUANG HIEN, Sacerdote O.P. 09-05-1840
37 Lucas Vu BA LOAN, Sacerdote 05-06-1840
38 Domingo TRACH (DOAI), Sacerdote O.P. 18-09-1840
39 Pablo NGUYEN NGAN, Sacerdote 08-11-1840
40 José NGUYEN DINH NGHI, Sacerdote 08-11-1840
41 Martín TA Duc THINH, Sacerdote 08-11-1840
42 Pedro KHANH, Sacerdote 12-07-1842
43
Agustín SCHOEFFLER, Sacerdote M.E.P. 01-05-1851
44
Juan Luis BONNARD, Sacerdote M.E.P. 01-05-1852
45 Felipe PHAN VAN MINH, Sacerdote 03-07-1853
46 Lorenzo NGUYEN VAN HUONG, Sacerdote 27-04-1856
47 Pablo LE BAo TINH, Sacerdote 06-04-1857
48 Domingo MAU, Sacerdote O.P. 05-11-1858
49 Pablo LE VAN Loc, Sacerdote 13-02-1859
50 Domingo CAM, Sacerdote T.O.P. 11-03-1859
51 Pedro DOAN LONG QUY, Sacerdote 31-07-1859
52 Pedro Francisco NERON, Sacerdote M.E.P. 03-11-1860
53 Tomás KHUONG, Sacerdote T.O.P. 30-01-1861
54 Juan Teofano VENARD, Sacerdote M.E.P. 02-02-1861
55 Pedro NGUYEN VAN Luu, Sacerdote 07-04-1861
56 José TUAN, Sacerdote O.P. 30-04-1861
57 Juan DOAN TRINH HOAN, Sacerdote 26-05-1861
58 Pedro ALMATO RIBERA, Sacerdote O.P. 01-11-1861
59 Pablo TONG VIET BUONG, Laico 23-10-1833
60 Andrés TRAN VAN THONG, Laico 28-11-1835
61 Francisco Javier CAN, Catequista 20-11-1837
62
Francisco DO VAN (HIEN MINH) CHIEU, Catequista 25-06-1838
63 José NGUYEN DINH UPEN, Catequista T.O.P. 03-07-1838
64 Pedro NGUYEN DicH, Laico 12-08-1838
65 Miguel NGUYEN HUY MY, Laico 12-08-1838
66 José HOANG LUONG CANH, Laico T.O.P. 05-09-1838
67 Tomás TRAN VAN THIEN, Seminarista 21-09-1838
68 Pedro TRUONG VAN DUONG, Catequista 18-12-1838
69 Pablo NGUYEN VAN MY, Catequista 18-12-1838
70 Pedro VU VAN TRUAT, Catequista 18-12-1838
71 Agustín PHAN VIET Huy, Laico 13-06-1839
72 Nicolás BUI DUC THE, Laico 13-06-1839
73 Domingo (Nicolás) DINH DAT, Laico 18-07-1839
74 Tomás NGUYEN VAN DE, Laico T.O.P. 19-12-1839
75 Francisco Javier HA THONG MAU, Catequista T.O.P. 19-12-1839
76 Agustín NGUYEN VAN MOI, Laico T.O.P. 19-12-1839
77 Domingo Bui VAN UY, Catequista T.O.P. 19-12-1839
78 Esteban NGUYEN VAN VINTI, Laico T.O.P. 19-12-1839
79 Pedro NGUYEN VAN HIEU, Catequista 28-04-1840
80 Juan Bautista DINH VAN THANH, Catequista 28-04-1840
81 Antonio NGUYEN HUU (NAM) QUYNH, Laico 10-07-1840
82 Pietro NGUYEN KHAC Tu, Catequista 10-07-1840
83 Tomás TOAN, Catequista T.O.P. 21-07-1840
84 Juan Bautista CON, Laico 08-11-1840
85 Martín THO, Laico 08-11-1840
86 Simón PHAN DAc HOA, Laico 12-12-1840
87 Inés LE THi THANH (DE), Laica 12-07-1841
88 Mateo LE VAN GAM, Laico 11-05-1847
89 José NGUYEN VAN Luu, Catequista 02-05-1854
90 Andrés NGUYEN Kim THONG (NAM THUONG), Catequista 15-07-1855
91 Miguel Ho DINH HY, Laico 22-05-1857
92 Pedro DOAN VAN VAN, Catequista 25-05-1857
93 Francisco PHAN VAN TRUNG, Laico 06-10-1858
94 Domingo PHAM THONG (AN) KHAM, Laico T.O.P. 13-01-1859
95 Lucas PHAM THONG (CAI) THIN, Laico 13-01-1859
96 José PHAM THONG (CAI) TA, Laico 13-01-1859
97 Pablo HANH, Laico 28-05-1859
98 Emanuel LE VAN PHUNG, Laico 31-07-1859
99 José LE DANG THI, Laico 24-10-1860
100 Mateo NGUYEN VAN (NGUYEN) PHUONG, Laico 26-05-1861
101 José NGUYEN DUY KHANG, Catequista T.O.P. 06-11-1861
102 José TUAN, Laico 07-01-1862
103 José TUC, Laico 01-06-1862
104 Domingo NINH, Laico 02-06-1862
105 Domingo TORI, Laico 05-06-1862
106 Lorenzo NGON, Laico 22-05-1862
107 Pallo (DONG) DUONG, Laico 03-06-1862
108 Domingo HUYEN, Laico 05-06-1862
109 Pedro DUNG, Laico 06-06-1862
110 Vicente DUONG, Laico 06-06-1862
111 Pedro THUAN, Laico 06-06-1862
112 Domingo MAO, Laico 16-06-1862
113 Domingo NGUYEN, Laico 16-06-1862
114 Domingo NHI, Laico 16-06-1862
115 Andrés TUONG, Laico 16-06-1862
116 Vicente TUONG, Laico 16-06-1862
117 Pedro DA, Laico 17-06-1862

Flora e Maria, Santas
Mártires, Novembro 24

Flora y María, Santas

Flora e Maria, Santas

Virgens e Mártires

Martirológio Romano: Em Córdoba, na região hispânica de Andaluzia, santas Flora e Maria, virgens e mártires, que na perseguição levada a cabo pelos muçulmanos foram encarceradas com santo Eulógio e depois mortas à espada (856).
Etimologia:
Flora = Aquela que é uma bela donzela adornada com uma flor, é de originem latino.
Maria = Aquela que é excelsa - a amada por Deus, ou de origem hebraico.

Os martirológios de Adón, Usuardo, Maurolico, do bispo Equilino e o Romano fazem memória destas duas virgens mártires de Córdoba o que faz pensar na repercussão que deve ter tido o duplo martírio em toda a Espanha do século IX e explicar a rápida difusão de seu culto.
Flora é filha de mãe cristã e pai muçulmano. Foi educada por sua mãe desde pequena no amor a Jesus Cristo e aprendeu de seus lábios o valor relativo das coisas deste mundo. Tem um irmão —muçulmano fanático— que a denuncia como cristã na presença do cadí. Ali é açoitada cruelmente para a fazer renegar, mas manteve-se firme na fé. O cadí a pôs sob a custódia de seu irmão que agora tem o encargo da autoridade para fazê-la mudar de atitude. Suporta todas as vexações e ultrajes a que a submete seu irmão sempre com a intenção de a perverter.
Maria é filha de cristãos que puseram a seu filho Walabonso sob a custódia de um sacerdote com o encargo de o educar num mosteiro; enquanto ela entra no cenóbio de Cuteclara. Morto mártir seu irmão, dirige-se agora para a igreja de são Acisclo depois de haver tomado uma firme resolução.
As duas jovens coincidem aos pés de são Acisclo. A saudação da paz lhes facilitou abrir-se mutuamente as almas e se encontram em comunhão de sentimentos, desejos e resoluções. Se juram amizade para sempre, uma caridade que dura até ao Céu.
Encaminham-se com valentia ao palácio do cadí e fazem perante ele pública profissão de fé cristã.
Encarceradas junto com prostitutas e gente de mau viver, são condenadas pelos juízes a morrer decapitadas, não sem o consolo, ânimo e bênção de santo Eulógio que as conheceu. Feito o sinal da cruz, primeiro será a cabeça de Flora a ser cortada pelo alfange, depois roda a de Maria. Seus corpos ficam expostos, para dissuasão de cristãos e demonstração de poder muçulmano, às aves e aos cães. No dia seguinte atiraram-nos ao Guadalquivir.
Suas cabeças foram depositadas na igreja de são Acisclo.

Pedro Dumoulin-Borie e companheiros, Santos
Sacerdotes e Mártires, Novembro 24

Pedro Dumoulin-Borie y compañeros, Santos

Pedro Dumoulin-Borie e companheiros, Santos

Sacerdotes e Mártires no Vietname - Ver biografia de Andrés Dung-Lag, publicada hoje neste blogue

Martirológio Romano: Na cidade de Dông Hoy, em Annam, santos mártires Pedro Dumoulin- Borie, bispo da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris, Pedro Vo Dang Khoa e Vicente Ngyen Tho Diem, presbíteros, dos quais, por ordem do imperador Minh Mang, o primeiro foi degolado e os demais estrangulados (1838).
Este jovem, amante das missões, nasceu em 20 de Fevereiro de 1808 em Beynat de Corrèze.
Seus pais eram contra qualquer das decisões de seu filho. Lhe disseram em sua cara que não seria nem missionário, nem da Trapa, nem médico.
Não podia sair de França. O queriam perto de si. Egoísmo de pais.
Tudo o mais que lhe consentiam, era que fosse cura mas sem sair do país.
Seguindo os conselhos dos pais, entrou um belo dia no seminário maior de Tulle. Ele, sem embargo, tinha as ideias muito claras acerca de sua vida futura:"Seguirei minha vocação por onde queira que me chamem, ainda que seja nas missões estrangeiras".
Com o passar do tempo, a ocasião se apresentou propícia em Outubro de 1829.
Durante o tempo dos motins e revoltas em Paris, lhe deram o tratamento de "Meu Senhor" e o tomaram como suíço.  Nesta ocasião Deus o livrou do perigo porque seu acento era tipicamente francês.
Chegou ao sacerdócio em 21 de Novembro de 1830. Sem ter a menor dúvida, se embarcou no norte de França, no porto Le Havre com destino ao Mónaco.
Era 18 de Julho de 1831. Daqui continuou seu rumo a terras longínquas do Oriente. Desembarcou em Saigão porque uns contrabandistas chineses atacaram o barco.
Neste país se desencadeou uma revolução persecutória. Ele, com toda a força interior que levava em seu espírito, começou a evangelizar a região que se lhe havia confiado.
Entretanto as hordas inimigas prenderam-no em 1838. E é curioso que estando na mesma cadeia, recebeu o encargo de nomeação de bispo.
O próprio verdugo que devia dar-lhe morte, não queria. Mas teve que fazê-o recorrendo para isso à bebedeira.
Seus restos se conservam na Sala dos mártires do Seminário das Missões Estrangeiras de Paris.
Para ver mais sobre os 117 mártires no Vietname faz "click"
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Bálsamo de Cava, Beato
Abade, Novembro 24

Bálsamo de Cava, Beato

Bálsamo de Cava, Beato

Martirológio Romano: No mosteiro de Cava, na Campania, beato Bálsamo, abade, que no meio das turbulências e contradições de seu tempo desempenhou seu cargo com sabedoria e prudência (1232).
Etimológica: Bálsamo = aquele de alma perfumada. Vem da língua latina.
Foi um abade do século XIII. A história da abadía da Trinidad de Cava, junto a Salerno, foi fundada cerca do ano mil.
A história de seus abades é muito interessante para os historiadores e gente dedicada ao estudo e à investigação.
Isto se deve à manutenção perfeita de suas bibliotecas que contém nada menos que mil anos de história.
Bálsamo foi um abade desse mosteiro que encerra uma série de homens impressionantes para hoje e sempre.
Se sabe que a abadía de Cava teve uma grande influência e importância em toda a Idade Média pela capacidade de trabalho de seus monges e por seu alto grau de santidade.
Ele foi um dos mais ilustres.
Dirigiu o mosteiro com suma maestria, com sabedoria e com um trato diferente aos irmãos.
Esteve nela 25 anos: desde 1208 a 1232, o ano de sua morte.
Era um homem de letras. Por isso, havia ganho a amizade dos Papas e dos próprios imperadores.
Federico II o chamava carinhosamente “o martelo do mundo”.
Este imperador favoreceu muito este mosteiro e deu ao abade a potestade de julgar a quem atentasse contra a abadia.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Fermina (Firmina) de Amélia, Santa
Mártir, Novembro 24

Fermina (Firmina) de Amelia, Santa

Fermina (Firmina) de Amélia, Santa

Mártir

Martirológio Romano: Em Amélia, cidade da Umbría, santa Firmina, mártir (303).
Etimologia: Firmina = firme. Vem da língua latina.
Fermina foi uma mártir no século III.
Quando há falta de muitos dados históricos sérios, existem, pelo contrário, muitas lendas acerca da vida de alguns santos.
Segundo as narrações tradicionais, Fermina era romana, e viveu no século III.
Deve ter nascido no seio de uma família chamada Pisoni.
Seu pai era o governador da cidade, e sua mãe uma cristã cheia de amor a Deus e ao próximo.
A jovem devia ter 16 anos quando estalou a perseguição em Roma, a sempre trágica perseguição de Diocleciano.
Vendo o perigo que se avizinhava, saiu da cidade, mas antes vendeu todas suas coisas – com grande alegria e desprendimento – e as entregou aos pobres.
Para chegar à nova região da Umbría italiana, teve que embarcar-se numa nave no Tíber de Civitavecchia.
Como viu muitas necessidades entre os cristãos que eram dura e cruelmente perseguidos, ficou com eles para os ajudar em tudo aquilo que fosse necessário.
Quando chegou a Amélia, se entregou a uma vida de oração e de penitência.
Sua felicidade ia durar pouco tempo. Descoberta pelas autoridades, a levaram aos tribunais. E julgada de má maneira, foi condenada à morte. Em Amélia se conserva sua memória.
¡Felicidades a quem leve este nome!

 

María Ana Sala, Beata
Virgem Marcelina, 24 Novembro

María Ana Sala, Beata

María Ana Sala, Beata

Nasceu em Brivio (povo italiano da província de Lecco) em 21 de abril de 1829.
Foi uma das primeiras alunas da nascente escola das Irmãs Marcelinas no povo de Vimercate.
Foi acolhida pela Madre Marina Videmari, rapidamente se distinguiu pelo exemplar de sua vida e por seu aproveitamento escolar.
Em 1848, entrou a formar parte da nova Congregação, compreendeu de imediato que seu ideal e sua missão teriam que ser no ensine, a educação, a formação das jovens na escola e na família.
Soror María Ana se santificou na simplicidade por sua total fidelidade ao Carisma da congregação que havia eleito. De sua vida e exemplo, surgem três ensinamentos: a necessidade da formação de um bom carácter firme, sensível, equilibrado; o valor santificador do compromisso no próprio dever, assinado pela obediência e a importância essencial da obra educativa.
Sua pedagogia foi a que seu director espiritual, Monsenhor Luis Biraghi, lhe recomendou: estar perto, estar junto às jovens em cada momento e circunstância, participando de sua vida quotidiana, em aulas, na capela, no refeitório, no recreio,no dormitório.
Entre suas melhores alunas, se recorda a jovem Judith Alghisi Montini, a que depois seria mamã do futuro papa Paulo VI.
Maria Ana morreu santamente em 24 de Novembro de 1891.
Foi beatificada por João Paulo II en 1980.

Columbano, Santo
Fundador, 23 de Novembro de 615

Columbano, Santo

Columbano, Santo

Novembro 23  -  Fundador

Etimologicamente significa “paloma”. Vem da língua latina.
Nasceu na Irlanda em 543. Desde pequeno mostrou uma clara inclinação para a vida consagrada.
Ao sair de Irlanda em companhia do monge e santo Gall, percorreu a Europa Ocidental. Umas vezes era recusado, outras acolhido, mas do que não cabe dúvida é que foi o fundador de mosteiros e abadias desde as quais saía um resplendor cultural e religioso dignos de toda loa.
Foram o foco para a culturização e cristianização da época merovíngia.
Seu estilo de vida foi austero e assim o exigia aos monges, pois graças a ela, encontraram um caminho para a santidade ao menos treze santos que não é para o caso de enumerar.
O mosteiro mais célebre foi o de Luxeuil, a que confluíram monges francos, galos e borgonheses. Foi durante dois séculos o centro de vida monástica mais importante em todo o Ocidente.
No ano 610 teve que sair de França porque a cruel rainha Brunehaut o perseguia, porque lhe havia atirado na cara todos seus vícios e seus crimes.
Pensava voltar a Irlanda mas ficou em Nantes. Também teve que fugir pelos Alpes até que encontrou acolhida e refúgio em Bobio, ao norte de Itália, na região da Emilia Romagna, província de Piacenza.
Aqui fundou seu último mosteiro e nele morreu no ano 615. A regra monástica original que deu a seus mosteiros teve uma influência por toda Europa durante mais de dois séculos.
Muitos povos, regiões e lugares estão sob seu patrocínio.
Também teve dificuldades com os bispos franceses. Estes mandam em sua diocese mas não nos mosteiros que desde sempre têm estado isentos, quer dizer, não dependem do bispo.
Houve alguém que o tratou bem. Foi o rei Aguilulfo. Menos mal que os quatro últimos anos de sua vida pôde viver tranquilo.
¡Felicidades aos que levem este nome!

Ignacio Clemente Delgado, Santo

Ignacio Clemente Delgado, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Na cidade de Nan Dinh, em Tonquín, são Clemente Ignacio Delgado Cebrián, bispo e mártir, que depois de passar cinquenta anos pregando o Evangelho, foi encarcerado por ordem do imperador Minh Mang por causa de sua fé em Cristo e morreu na cadeia, onde teve que sofrer muito (1838).
Etimologia:
Ignácio = ardente. Vem do latim.
Clemente = valente, carinhoso. Vem da língua grega

S.S. João Paulo II. Num só dia, em 19 de Junho de 1988, o Papa canonizou a 117 mártires que haviam derramado seu sangue por Cristo, em diversos momentos, em Cochinchina, Annalll e Tonkíll, hoje Vietname do Norte.
Era até agora a canonização mais numerosa. O Papa pedia que estes Santos fossem sementes fecundas de novas e numerosas vocações missionárias.
Entre os 117 mártires havia 11 espanhóis e um grupo de franceses, junto com uma grande maioria de nativos. Havia bispos, sacerdotes seculares, religiosos dominicanos, membros da fraternidade laical dominicana, catequistas, um seminarista e numerosos laicos de todas as classes sociais. Todos morreram vítimas de horrendos suplícios, de fome, sede, asfixia, torturas, insultos e burlas. Todos morreram amando e perdoando.
Entre os 11 espanhóis - todos da família dominicana - havia 6 bispos. Estes são os nomes dos novos Santos: Mateo, Francisco, Jacinto, José, Domingo, Jerónimo, José María, Melchor, Pedro, Valentín e Ignacio Clemente.
Ignacio Clemente nasceu em Villafeliche (Zaragoza) em 1762. Seus pais se chamavam Francisco Delgado e Teresa Cebrián-Melús. Deles e de um tio sacerdote recebeu desde menino uma esmerada educação cristã.
Professou nos Dominicanos de Calatayud e se ofereceu para ir ao Extremo Oriente. Já não voltaria mais. Quase um ano durou a azarenta travessia, pelo Atlântico, México e o Pacífico. Ordenado Sacerdote nas Filipinas, é nomeado bispo por Pio VI, a seus 31 anos, em 1794, para  Tonkín Oriental.
Entre terríveis dificuldades e perseguições, durante quase meio século de entrega missionária, se fez tudo para todos, com frutos abundantes de conversões, conseguindo também muitas vocações nativas. Atraiçoado e encarcerado, "a gosto darei minha vida por Cristo" exclamou. Foi enjaulado e exposto ao ardor do calor insuportável, até desfalecer e morrer em 12 de Julho de 1838. "Tudo suportou com incrível paciência", disse Gregório XVI.

Para ver mais sobre os 117 mártires no Vietname faz "click" AQUI

Outros Santos e Beatos
Completando o santoral deste dia, 24 de Novembro

Otros Santos y Beatos

Outros Santos e Beatos

SAN CRISÓGONOSão Crisógono, mártir

Em Aquileya, no território de Veneza, comemoração de são Crisógono, mártir, a quem se dá culto em Roma o dia do aniversário da dedicação da igreja cujo título leva seu nome (304).

São Romano, presbítero

No lugar de Blaye, no território de Bordéus, em Aquitania, são Romano, presbítero (385).

São Colmano, bispo


Em Cluain Uama (hoje Clyne), de Hibernia (hoje Irlanda), são Colmano, bispo (600).


Beatas Nicetas de santa Prudencia Plaja Xifra e 11 companheiras, religiosas mártires


Em Picadero de Paterna, no território de Valência, em Espanha, beatas Nicetas de santa Prudencia Plaja Xifra e 11 companheiras, virgens do Instituto das Irmãs Carmelitas da Caridade e mártires, todas as quais foram consideradas dignas de entrar com Cristo Esposo no convite eterno, levando suas lâmpadas acesas (1936). Seus nomes são: beatas Paula de Santa Anastasia Isla Alonso, Antonia de Santo Timoteo Gosens Sáez de Ibarra, Daría de Santa Sofía Campillo Paniagua, Erundina de Nuestra Señora del Monte Carmelo Colino Vega, Consolada del Santísimo Sacramento Cuñado González, Concepción de San Ignacio Odriozola Zabalía, Feliciana de Nuestra Señora del Monte Carmelo de Uribe Orbe, Concepción de Santa Magdalena Rodríguez Fernández, Justa de María Inmaculada Maiza Goicoechea, Clara de Nuestra Señora de la Esperanza Urrutia e Cándida de Nuestra Señora de los Ángeles Cayuso González.

Ver 233 mártires de Valência - Espanha (1936) já publicadas anteriormente - e por várias vezes - neste blogue

SAN 
PROTASIO

São Protásio, bispo


Em Milão, da província de Ligúria, são Protásio, bispo, que defendeu ante o imperador Constante a causa de santo Atanásio e tomou parte no Concílio de Sárdica (352).

 

 

http://es.catholic.net/santoral

 

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CLEMENTE I, Papa e Santo (e outros) - 23 de Novembro

Cristo Rey del Universo

Cristo Rei do Universo

(Celebrou-se ontem Domingo, dia 22 de Novembro de 2009)

Foi o Papa Pio XI, em 11 de Dezembro de 1925, quem instituiu esta solenidade que encerra o tempo ordinário. Seu propósito é recordar a soberania universal de Jesus Cristo. É uma verdade que sempre a Igreja professou e pela qual todo o fiel está disposto a morrer.
Cristo é rei do universo porque é Deus. O Pai o pôs tudo em suas mãos e devemos obedecer-lhe em tudo. Não será justo apelar ao amor como pretexto para ser frouxo na obediência a Deus. Em nossa relação com Deus, a obediência e o amor são inseparáveis. 
O que tem meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e o que me ame, será amado de meu Pai; e eu o amarei e me manifestarei a ele.» -João 14,21
Ninguém e nenhuma lei está acima de Deus. O Pontífice Leão XIII ensinava na "Inmortale Dei" a obrigação dos Estados em render culto público a Deus, homenageando sua soberania universal.
Diferente aos homens, Deus exerce sempre sua autoridade para o bem. Quem confia em Deus, quem conhece seu amor não deixará de obedecer-lhe em tudo, ainda que não compreenda as razões de Deus.
Se desejas conhecer mais sobre esta celebração faz click
AQUI

Clemente I, Santo

Clemente I, Santo

IV Papa da Igreja Católica  -  (entre os anos 93 a 101)

A comunidade cristã de Corinto, radicada numa das cidades mais cosmopolitas, deu -misturados com muitas alegrias-, alguns motivos de preocupação; já em tempos do apóstolo Paulo que doutrinou aos primeiros houve problemas com alguns cristãos que perdiam sua força pela boca e se mostraram indisciplinados. Anos depois se repetiu a história dos carismáticos que não aceitavam submeter-se à autoridade dos legítimos pastores. O papa Clemente teve que intervir nesses episódios pouco agradáveis, molestos e preocupantes; era preciso corrigir a desunião e evitar o perigo cismático.
Clemente I, bispo de Roma durante dez anos, mandou àqueles fieis uma esplêndida carta que levaram Cláudio Efebo, Valério e Fortunato.

Clemente I, Santo

Clemente I, Santo

Está escrita em grego, que era então o idioma oficial, e transportava a Corinto a paternal recomendação de praticar a caridade fraterna. Não figura no escrito o nome de seu autor, mas a análise interna induz a pensar quase concerteza que o autor, ao ser bispo e de Roma, deve ser o papa Clemente, o quarto papa, terceiro sucessor de Pedro, depois de Lino e Cleto, por isso se lhe atribui com toda a probabilidade. De facto, assim o entenderam Eusébio de Cesareia que qualifica a carta como "universalmente admitida, longa e admirável", Orígenes e o resto dos escritores eclesiásticos.
Clemente está incluído no Canon da Missa e aparece mencionado nos antigos calendários.
Algumas Actas legendárias -com toda a probabilidade falsas- o apresentam aparentado com a família imperial, como se fosse primo de Domiciano, ou parente daquele Flávio Clemente que mandou matar o imperador pelo crime de "ateísmo". Outros testemunhos aduzem sua condição de liberto da casa Flávia; uns afirmam que procedia do paganismo, enquanto que outros o apresentam com ascendência judia. Há quem o quer identificar com o homónimo mencionado pelo Apóstolo Paulo na carta aos Filipenses como colaborador seu, e até afirma algo mais que foi convertido em Roma pela pregação de Pedro.
Seja como for, através do escrito se vê a fina figura de um papa conhecedor do Antigo e Novo Testamento e bem experimentado no espírita de oração. Fala de forma arrebatada da fé, origem da disposição humilde de onde nasce a aceitação da autoridade; expõe -com a segurança que dão as disposições divinas e não as componentes humanas- a existência da autoridade hierárquica proveniente da vontade fundacional de Cristo, e chama à comunidade universal dos crentes "corpo de Cristo" e "rebanho"; não falta o recurso à "tradição recebida" para chegar à concórdia da fé e recuperar a paz.
É admirável descobrir com nitidez a consciência de sua autoridade e de sua obrigação universal ao intervir em um dos primeiros conflitos, em virtude de sua suprema autoridade. Com tom digníssimo e de grande solicitude paternal, Roma ordenou e foi obedecida.
A carta se considera tão autorizada pelos destinatários que sessenta anos mais tarde ainda se lia aos fieis, na assembleia dominical, segundo consta por testemunho de Dionísio de Corinto.
Parágrafos da carta de Clemente dão a entender que se escreveu ao finalizar uma das perseguições, provavelmente a de Domiciano, imperador ao que o poder o mudou inesperadamente de pacífico a cruel.
Clemente morreu mártir ao final do século I.
Em torno à sua morte tampouco falta o relato imaginativo das actas tardias (s. IV) configuradas com uma frondosa literatura que intenta realçar a figura do santo. Supõem que o imperador Trajano o desterrou para Quersoneso, na Crimea, condenando-o a trabalhos forçados numa quinta, por se negar a dar culto aos ídolos. A lenda referirá abundância de actos prodigiosos como o ter sido atirado à água no mar Negro com uma ancora atada a seu pescoço; mas um anjo enviado por Deus fez no fundo do mar um magnífico sepulcro de mármore; cada aniversário de sua morte podiam os fieis visitá-lo com os pés secos e quando uma mãe esqueceu-se numa ocasião de seu filho ali, o encontrou no ano seguinte vivo.
A ancora que está presente em sua iconografia nos sugere a firmeza da fé e a segurança da unidade das que foi Clemente eminente campeão com sua enérgica defesa ao manter o princípio da autoridade primacial da sede romana. Em meio das perseguições, o bispo de Roma a indiscutível voz suprema do magistério.
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Hoje também se festeja a Santa Lucrécia
¡Felicidades aos Clementes e Lucrécias!

 

Lucrécia de Mérida, Santa
Mártir, 23 Novembro

Lucrecia de Merida, Santa

Lucrécia de Mérida, Santa

Segundo o Martyrologium Usuardi († 877) aparece distinta de sua homónima, companheira de S. Eulógio de Córdoba, celebrada nas "Kalendas Junii", em 23 de Novembro.
O Martyrologium Romanum diz que sofreu martírio na perseguição de Diocleciano, sob "Daciano praeside".
Em outros tempos foi muito venerada na cidade, onde tinha uma basílica dedicada, segundo o autor das "Vitas Sanctorum Patrum Emeritensium", Doutor D. Aquilino Camacho.
Não se há identificado na cidade de Mérida a igreja da santa. É possível que esteja no recinto da alcáçova árabe. Para Moreno de Vargas é possível que fosse a ermida da invocação de Nossa Senhora de Loreto, existente em sua época.
Sua devoção se estendeu à região de Bráccara, aparecendo nos censos de algumas paróquias. Seu culto não se restabelece depois da reconquista.
Este dia também se festeja a
São Clemente I

 

Columbano, Santo
Fundador, 23 de Novembro de 615

Columbano, Santo

Columbano, Santo

Novembro 23  -  Fundador

Etimologicamente significa “paloma”. Vem da língua latina.
Nasceu na Irlanda em 543. Desde pequeno mostrou uma clara inclinação para a vida consagrada.
Ao sair de Irlanda em companhia do monge e santo Gall, percorreu a Europa Ocidental. Umas vezes era recusado, outras acolhido, mas do que não cabe dúvida é que foi o fundador de mosteiros e abadias desde as quais saía um resplendor cultural e religioso dignos de toda loa.
Foram o foco para a culturização e cristianização da época merovíngia.
Seu estilo de vida foi austero e assim o exigia aos monges, pois graças a ela, encontraram um caminho para a santidade ao menos treze santos que não é para o caso de enumerar.
O mosteiro mais célebre foi o de Luxeuil, a que confluíram monges francos, galos e borgonheses. Foi durante dois séculos o centro de vida monástica mais importante em todo o Ocidente.
No ano 610 teve que sair de França porque a cruel rainha Brunehaut o perseguia, porque lhe havia atirado na cara todos seus vícios e seus crimes.
Pensava voltar a Irlanda mas ficou em Nantes. Também teve que fugir pelos Alpes até que encontrou acolhida e refúgio em Bobio, ao norte de Itália, na região da Emilia Romagna, província de Piacenza.
Aqui fundou seu último mosteiro e nele morreu no ano 615. A regra monástica original que deu a seus mosteiros teve uma influência por toda Europa durante mais de dois séculos.
Muitos povos, regiões e lugares estão sob seu patrocínio.
Também teve dificuldades com os bispos franceses. Estes mandam em sua diocese mas não nos mosteiros que desde sempre têm estado isentos, quer dizer, não dependem do bispo.
Houve alguém que o tratou bem. Foi o rei Aguilulfo. Menos mal que os quatro últimos anos de sua vida pôde viver tranquilo.
¡Felicidades aos que levem este nome!

 

Gregório II de Agrigento, Santo
Bispo, 23 Novembro

Gregorio II de Agrigento, Santo

Gregorio II de Agrigento, Santo

Bispo

Etimologicamente significa”vigilante, atento”. Vem da língua grega.
Disse Miqueas: “¿Quem como tu, Senhor, que tire a culpa? Te compadecerás outra vez uma vez mais de nós e nos perdoarás”
Foi um bispo que nasceu no ano 591 e morreu em 630.
Sua existência é historicamente certa, pois fala dele nada menos que são Gregório Magno em suas cartas.
É o autor de um comentário do livro de Eclesiastes em língua grega.
Também escreveu a vida de são Leôncio, que viveu cinquenta anos depois de sua morte.
Tem uma introdução, tradução e notas de são Gregório Agrigento.
Foi caluniado por seus inimigos e até o próprio Papa o submeteu a julgamento.
Saiu inocente. Uma vez que voltou à sua sede episcopal, transformou em igreja cristã o Templo da Concórdia, edificou uma catedral na zona que ocupa hoje a Villa Atenas.
Também os gregos o honram e veneram como santo.
É digno de admiração a imagem que há em muitas igrejas orientais na parte de seu mosaico.
Sua festa é em 23 de Novembro.
Para maior informação, que queira pode consultar a Migne,” Las ensinanças teológicas de san Gregorio Agrigento, 1989.
¡
Felicidades a quem leve este nome!

Cecilia Yu So-Sa, Santa
Viúva e mártir, 23 Novembro

Cecilia Yu So-Sa, Santa

Cecilia Yu So-Sa, Santa

Nasceu em Seul, a capital da actual Coreia do Sul, em 1761. Dama casada, seus filhos foram os santos Pablo Chong e Jung Hye.
Logo depois de enviuvar, foi privada de todas suas posses e foi encarcerada por sua fé cristã. Por doze ocasiões foi levada a juízo e sentenciada a ser açoitada.
Finalmente morreu na cadeia de Bo-jeong em 23 de Novembro de 1839.
Cecilia foi beatificada em 5 de Julho de 1925 e finalmente canonizada pelo Papa João Paulo II em 6 de Maio de 1984 com outros 102 mártires que haviam regado com seu sangue sua pátria coreana.
O grupo canonizado se identifica sob a denominação "Santos Andrés Kim, Pablo Chong e companheiros" para saber más sobre eles faz "click"
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Teresa de Jesus, Beata
Menina Mercedária, 23 Novembro

Teresa de Jesús, Beata

Teresa de Jesús, Beata

A menina Beata Teresa de Jesús, recebeu o hábito mercedário com a idade de 5 anos no convento de Nossa Senhora de Belém em São Lucar em Espanha. 
No ano 1627, depois de receber o sacramento da Eucaristia que havia desejado ardentemente e ter consumido sua tenra vida no amor, como uma açucena recém cortada foi levada ao céu pelos anjos para estar com Jesus e Maria.
A Ordem Mercedária a festeja em 23 de Novembro.

Felicidade e seus sete Filhos, Santa
Mártires, 23 Novembro

Felicidad y sus siete Hijos, Santa

Felicidade e seus sete Filhos, Santa

O tema de hoje ocorreu uns duzentos anos depois do nascimento de Cristo. Nessa época vivia em Roma uma nobre viúva cristã, chamada Felicidade, que tinha também sete filhos, guapos rapazes e fervorosos discípulos de Cristo.
Todos eles foram encarcerados pela fé. Seguindo a ordem das idades, a todos se lhes foi pondo um por um ante a alternativa de apostatar ou morrer, mas, ajudados pelas heróicas palavras de alento de sua mãe, todos aqueles jovens preferiram a morte em testemunho de fidelidade ao Salvador. "¡Eia!" –respondeu o mais velho dos filhos ao juiz que o induzia a atraiçoar a Cristo-, acaba já com tua charla; fica sabendo que eu quero permanecer fiel. Idênticas respostas deram os outros seis, e todos foram morrendo pela fé ante os olhos daqueles a quem ainda não havia chegado a sua vez. 
E a mãe, que havia sofrido e morrido, por assim dizer, com cada um de seus filhos, concluiu aquela imolação heróica sofrendo quatro meses depois a gloriosa morte do martírio. ¡Como a receberiam seus filhos no céu! Da mãe faz comemoração a Igreja no dia 23 de Novembro, enquanto que hoje celebra a festa dos sete santos irmãos. Os cânticos e orações da missa de hoje, são de uma assombrosa beleza; leia-mo-la com devoção, e se sabemos vinculá-la com a história deste dia, compreenderemos todo o seu profundo significado.
Entre os sete filhos de Santa Felicidade há um –o penúltimo, chamado Alejandro-, cujos sagrados despojos foram trasladados durante a  Idade Média, para a vila de Wildeshausen, na actual província de Oldemburgo. Não podemos imaginar-nos a solenidade e o grande concurso de gente, procedente de toda Alemanha, com que foram trasladadas as sagradas relíquias. Hoje todavia podemos seguir o itinerário daquela solene procissão, pois do que eram os restos do santo se detinham uma noite, ali as gentes se encarregavam de edificar um templo em honra do jovem mártir. Por isso há na Alemanha tantas igrejas no lar, é tudo para seus filhos. Ordinariamente, dela depende em grande parte o rumo que sigam estes o dia de amanhã.

Miguel Agustín Pro, Beato
Mártir México, 23 Novembro

Miguel Agustín Pro, Beato

Miguel Agustín Pro, Beato

Miguel Agustín Pro Juárez, nasceu em 13 de Janeiro de 1891 na povoação mineira de Guadalupe, Zacatecas, terceiro de onze irmãos e filho de Miguel Pro e Josefa Juárez. Em 19 de agosto de 1911, ingressa no Noviciado da Companhia de Jesus em El Llano, Michoacán, logo de uns Exercícios feitos com jesuítas e de haver amadurecido lentamente a decisão. Já a família havia dado antes duas vocações religiosas na pessoa de duas irmãs mais velhas de Miguel.
Logo depois do Noviciado, continua seus estudos em Los Gatos, Califórnia, obrigados os jesuítas a abandonar Los Llanos por causa da presença de forças carrancistas. Estuda depois retórica e filosofia em Espanha. Desempenha o ofício de professor no colégio da Companhia em Granada, Nicarágua e faz a teologia em Enghien, Bélgica, onde recebe o presbiterado.
Um juízo imparcial sobre a vida de formação do P. Miguel nos inclina a admitir que gozava em alto grau de talento prático, mas que carecia de facilidade para os estudos especulativos, talvez devido ao deficiente ensino de seus primeiros anos. Sua gloriosa morte contribuiu para que se esfumasse a recordação da parte negativa de seu temperamento jocoso, brincalhão e agudo.
Uma úlcera estomacal, a oclusão do piloro e toda a ruína do organismo fizeram prever um desenlace rápido no final de seus estudos na Bélgica. "As dores não cessam -escreve numa carta íntima-. Diminuiu de peso, 200 a 400 gramas cada semana, e à força de tomar pseudo medicamentos, tenho descarrilado o estômago... As duas operações últimas foram mal feitas e outro médico vê provável a quarta". Logo detalha o insuportável regime dietético que o faz  sofrer. Seu organismo se reduz a tal extremo que seus superiores em Enghien tratam de apressar o regresso ao México, para que a morte não o recolha fora de sua pátria.
Nesta situação realiza seu anseio de viajar a Lourdes, ao pé dos Pirenéus, onde espera uma intervenção da Virgem que lhe devolva as forças que necessitará no México para ajudar aos católicos então vexados por uma perseguição. A prisão, o fuzilamento e o desterro estão na ordem do dia.
Da visita à célebre gruta, escreve: "Há sido um dos dias mais felizes de minha vida... Não me pergunte o que fiz ou o que disse. Só sei que estava aos pés de minha Mãe e que eu senti muito dentro de mim sua presença bendita e sua acção". Essa experiência mística é para se ler inteira em sua vida. Sabemos por ela que a Virgem lhe prometeu saúde para trabalhar no México. O exorbitante trabalho que teve os meses que viveu na capital desde sua chegada em Julho de 1926, realizado enquanto fugia de casa em casa para despistar aos sabujos que seguiam seus passos, não houvera podido ser exercido por um individuo de mediana saúde, e muito menos por um tão maltratado como Miguel Agustín, de não haver sido pela intervenção da Mãe de Jesus Cristo.
Assim o surpreende o fracassado intento de Segura Vilchis para acabar com Obregón, o presidente eleito. As bombas daquele católico exasperado estavam tão mal feitas que nem sequer causaram prejuízos graves no carro aberto do prócere. O lng. Segura havia procedido com todo o sigilo para preparar e executar o acto. Ninguém, senão o motorista e dois operários estavam inteirados. A liga de Defesa Religiosa, e portanto Humberto e Roberto Pro, irmãos do Padre, e ele próprio, foram alheios ao plano magnicida. 
O Papa Pío XI havia defendido os católicos mexicanos e havia condenado a injusta perseguição em três ocasiões através de documentos públicos dirigidos ao mundo. Calles, o perseguidor, estava irritadíssimo contra ele; mas não podendo descarregar suas iras contra um inimigo tão distante as descarregou contra um eclesiástico, o P. Pro, ao que a indiscrição de uma mulher e um menino fez cair nas garras da policia enquanto cometia seus quotidianos delitos de levar a comunhão, de confessar ou socorrer aos indigentes. Calles se vingaria do Papa num cura... E aproveitando que o P. Pro estava nos sótãos da Inspecção de Policia atribuiu a ele e a seus irmãos a responsabilidade de um acto cujo verdadeiro autor não havia podido ser descoberto. 
O autor verdadeiro, o lng. Segura Vilchis, havia agilmente saltado do automóvel desde o qual atirou a falida bomba. Logo seguiu caminhando impertérrito pela banqueta enquanto preparava uma cartada admirável. Obregón se dirigia aos touros. Segura Vilchis, sem ser reconhecido pelos esbirros, entrou na praça por trás do general, buscou seu palco e encontrou o modo de se fazer bem visível e reconhecível por este. Assim podia citá-lo como testemunha de que ele se achava nos touros poucos minutos depois do atentado.
Não obstante, inteirado pelas extras dos periódicos de que acusavam ao padre Pro e a seus irmãos Humberto e Roberto do lançamento da bomba, Segura Vilchis resolveu seu caso de consciência e correu à Inspecção de Policia para apresentar-se ao general Roberto Cruz, Inspector Geral e, prévia palavra de honra de que soltaria aos Pro, que nada tinham que ver com o delito, se ofereceu a dizer quem era o verdadeiro autor. Se delatou a si mesmo e provou com toda facilidade que o era. Contudo, da Presidência da República chegou a ordem directa de fuzilar aos Pro e a Segura Vilchis, sem sombra de investigação judicial.
Assim em 23 de Novembro de 1927, à porta do fatídico sótão, e minutos depois das dez da manhã, um policia chamou a gritos ao preso: "¡Miguel Agustín Pro!" Saiu o padre e pôde ver o pátio cheio de roupa e de convidados como a um espectáculo de touros, a multidão de gente, a uns seis fotógrafos pelo menos e a vários membros do Corpo Diplomático "para que se inteirassem de como o governo castigava a rebeldia dos católicos". 
O padre Pro caminhou sereno e teve tempo de ouvir a um de seus guardas, que lhe sussurrava:
-Padre, perdoe-me.
-Não só te perdoo -lhe respondeu-; te dou as graças.
-¿Sua última vontade? -lhe perguntarem já diante do pelotão de fuzilamento.
-Que me deixem rezar.
Se fincou diante de todos e, com os braços cruzados, esteve uns momentos oferecendo sem dúvida sua vida por México, pelo cessar da perseguição, e reiterando o oferecimento de sua vida por Calles, como já o tinha feito antes... Se levantou, abriu os braços em cruz, pronunciou claramente, sem gritar.- ¡Viva Cristo Rei! e caiu ao chão para receber logo o tiro de graça.

Margarita de Sabóia, Beata
Viúva, 23 Novembro

Margarita de Saboya, Beata

Margarita de Sabóia, Beata

Pelas veias de Margarita corria o nobre sangue das principais casas reais de Europa, posto que seu pai foi Amadeo de Sabóia e sua mãe era irmã de Clemente VII, o que pretendeu ser Papa em Avinhão durante o "grande cisma".
Em 1403 se realizou seu matrimónio, correspondente à sua elevada alcunha, com Teodoro Paleólogo, marquês de Monteferrante, viúvo e com três filhos, valente guerreiro e bom cristão de coração.
Margarita não teve filhos com seu esposo, mas atendeu a seus enteados com verdadeira solicitude, a mesma que usou para atender não só a seu lar e sua servidão, mas a todos os povoadores do marquesado, a quem consagrou generosamente seus trabalhos e sua abnegação, sobretudo durante a epidemia de peste e fome que a seguiu em toda a região de Génova.
El marqués de Monteferrante murió en 1418. Margarita consagró su tiempo a arreglar satisfactoriamente las infortunadas desavenencias conyugales de su hijastra y, una vez restablecida la concordia, se retiró a vivir en sus posesiones de Alba, en el Piamonte, luego de hacer voto de conservar su estado de viudez y de consagrarse a las buenas obras.
Pero la viudita, que era todavía joven, treinta y seis años a lo sumo, se hallaba en una codiciable posición política y, por tanto, no era raro que el acaudalado milanés Felipe Visconti la asediase con propuestas matrimoniales. El pretendiente era un antiguo enemigo de los Monteferrante y, además, un hombre de carácter insoportable, por lo que Margarita le rechazó constantemente para lo que adujo los votos que había hecho. Pero el tenaz Felipe no se arredró por ello: hizo un viaje especial a Roma para entrevistarse con el Papa Martín V y regresó con una dispensa que de nada le sirvió a fin de cuentas, puesto que Margarita se mantuvo firme en su propósito de no volver a casarse con nadie.
Como en su juventud había conocido a San Vicente Ferrer, y en vista de que deseaba afirmar su decisión, tomó el hábito de la tercera orden de Santo Domingo y, con otras damas del lugar, formó una pequeña comunidad en Alba.
La retirada vida de oración, estudio y obras de caridad, se prolongó durante unos veinticinco años. En la Biblioteca Real de Turín se conserva un volumen con las cartas de Santa Catalina de Siena y otros escritos que fueron "copiados y encuadernados por órdenes de la ilustre dama, Margaril1 de Saboya, marquesa de Monteferrante", durante aquélla época. Eugenio IV, Pontífice reinante por entonces, autorizó a las hermanas terciarias de Alba a profesar como monjas en la misma casa que habitaban y bajo la regla de la Beata Margarita.
En el curso de los últimos dieciséis años de vida de ésta, según se afirma, tuvo numerosos éxtasis y obró muchos milagros.
Fue por entonces cuando tuvo una visión de Nuestro Señor que le ofrecía tres flechas cada una de las cuales ostentaba una inscripción que decía: Enfermedades, Difamación, Persecución. Por cierto, que Margarita padeció las tres calamidades. Fue acusada de hipocresía y de gobernar con una tiranía insoportable a sus monjas; su mala salud se atribuyó a la buena vida que supuestamente llevaba y, Felipe Visconti, su antiguo enamorado, se encargó de propalar los rumores de que el convento de Margarita era el centro de propagación de las herejías de Walden.
También se formuló un cargo particularmente infame y repugnante en contra de los frailes de Santo Domingo y, a raíz del mismo, el confesor y director espiritual de la comunidad de Margarita, fue a dar a la cárcel. La propia Margarita acudió a solicitar la liberación del prisionero, y se desarrolló una patética escena a las puertas de la celda, que los carceleros cerraron sobre las manos de la beata para aplastárselas brutalmente. Pasó bastante tiempo antes de que el fraile dominico fuese reivindicado de la perversa acusación de haber corrompido la fe y la moral de las monjas que estaban a su cargo.
La Beata Margarita de Saboya murió el 23 de noviembre de 1464, consolada con una visión de Santa Catalina de Sienna, misma que presenciaron otras religiosas además de la moribunda. En 1669 se confirmó su culto.

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução incompleta (da última biografia) por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...