terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notícias no Boletim da Agência Ecclesia - 24-11-2009

Um muçulmano no CD do Papa

O final do mês de Novembro foi a altura escolhida para o lançamento mundial do álbum «Alma Mater. Music from the Vatican»

O final do mês de Novembro foi a altura escolhida para o lançamento mundial do álbum “Alma Mater. Music from the Vatican”. As palavras recitadas e cantadas por Bento XVI estão na base da obra que mistura a tradição gregoriana e a música clássica contemporânea, com apontamentos do mundo árabe e hindu.

Oito peças inéditas de três compositores combinam-se com as orações e reflexões sobre a Virgem Maria que o Papa apresentou no Vaticano e nas suas peregrinações por todo o mundo, em particular pelos diversos santuários marianos.

O resultado final é uma fusão surpreendente, em que até a voz do Papa surge com uma doçura a que mesmo os seus ouvintes mais fiéis não estão habituados. Somos quase sempre remetidos para um mundo cinematográfico, mais do que estritamente religioso, procurando provocar emoções e surpreender.

Neste conjunto, destaca-se a notável combinação entre a tradição musical católica e a música tradicional árabe, feita por Nour Eddine. Este compositor marroquino, muçulmano, admite que nunca tinha tido nenhum contacto prévio com o universo musical do Gregoriano e diz mesmo que, quando lhe foi dirigido o convite para participar no projecto, pensou tratar-se de uma partida para os famosos “apanhados” da TV.

Agência ECCLESIA – A primeira reacção perante a sua composição é de surpresa. Como é que nasceu esta música?

Nour Eddine – Esta história começou há 4/5 meses, quando o produtor, Vincent Messina. Ele sabia muito bem que eu venho da música tradicional, já em 2002 tínhamos feito um trabalho em conjunto, mas nunca tinha tido uma aproximação à música clássica ou ao canto gregoriano, pelo que pensava que ele estava a brincar comigo.

O convite para trabalhar uma composição foi acompanhada com uma gravação de canto gregoriano. Quando a ouvi, senti-me muito, muito longe da aproximação que deveria ter face a este tipo de música.

Durante duas, três horas de trabalho, fiz-me rodear de todos os meus instrumentos tradicionais, peguei no alaúde, e comecei a improvisar, ouvindo o gregoriano. No princípio, não pensei em partituras, pensei no divino.

AE – Isso foi importante para si?

NE – Muito. Propuseram-se fazer uma música dedicada a Maria, pelo que decidi que iria deixar o coração falar, em vez do meu cérebro. Por essa razão, senti-me ajudado, também, pela minha fé para encontrar uma melodia que combinasse, verdadeiramente, com o gregoriano.

Além disso, há a História, que é muito importante, porque a música árabe-andaluz tinha, precisamente, a mistura da orquestra com o canto gregoriano e o canto sefardita. A fusão existiu nestes cantos de origem monoteísta e percebi que este era o caminho mais certo para a composição.

Dada a minha formação musical, tornei-me também aberto a todo o tipo de música e aos instrumentos do mundo. Foi assim que nasceu a obra «Advocata Nostra».

AE – Sente que o resultado final respeita a sua intuição?

NE – Sim, muito. No início estava algo reticente, tinha medo porque não tinha ouvido as peças dos outros compositores e pensava que, no interior do álbum, a minha seria algo de completamente diferente. A Royal Philarmonic Orchestra fez uma espécie de ponte para as outras composições, mas para além disso parece quase como se tivesse existido um truque mágico, porque no álbum não há grandes diferenças, é possível ouvi-lo tranquilamente, é homogéneo apesar das diferenças. É por isso que eu digo que a música é sempre música, quando é boa.

AE – Que papel pode desempenhar a música, como linguagem universal, nestes tempos de crise?

NE – Vejamos, neste álbum, por exemplo, há uma grande mensagem no facto de o Vaticano ter convidado um muçulmano a compor uma peça musical. É uma grande prova de abertura, de aproximação a um futuro baseado no diálogo.

É verdade que a música é algo que chega directamente, não toca o coração ou a mente, toca algo de mais profundo, convida à reflexão.

Neste caso, devo dizer que levo uma mensagem de diálogo e paz aos cristãos, mas também aos muçulmanos. Muitos deles acreditam que o mundo cristão é um mundo fechado e este álbum é uma prova concreta de que não é assim e é uma mensagem para que os muçulmanos se concentrem, também, num futuro de paz e de coexistência.

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Entrevistas | Octávio Carmo | 2009-11-24 | 10:17:34 | 5478 Caracteres | Bento XVI

Caminhos por andar

É essencial parar e perceber onde é que cada um pode ser agente de mudança, de transformação da sociedade

Sob o signo da crise mais ou menos generalizada que lança as suas sombras sobre o quotidiano individual e comunitário vão surgindo análises sobre causas, efeitos e caminhos a percorrer. A Igreja Católica em Portugal tem procurado assumir, neste contexto, o protagonismo próprio de quem está no terreno, junto dos mais desfavorecidos, e tem também uma longa tradição de reflexão sobre temas da área social, económica e política, numa chave ética.

A Semana Social 2009 surge, assim, como um ponto de referência em contraponto à febre dos números, desde o défice ao desemprego. É que as estatísticas não mostram rostos concretos nem abrem vias alternativas para a tirania das percentagens.

Pensar, em tempos atribulados como este, parece um luxo, mas foi exactamente isso que se privilegiou na iniciativa da Comissão Episcopal da Pastoral Social. Porque é essencial parar e perceber onde é que cada um pode ser agente de mudança, de transformação da sociedade, sem delegar noutros aquilo que é da sua própria responsabilidade, nem esconder passividade e indiferença atrás de dedos acusadores apontados aos culpados do costume – o governo, o sistema, mesmo a Igreja…

Depois do impacto imprevisto (será?) gerado pelo fracasso de instituições e práticas que se tomavam como dados adquiridos e imutáveis – a falta de ética acabou por ser o epicentro deste verdadeiro terramoto -, é tempo de clarificar conceitos e perceber por onde se deve seguir. Como ficou dito em Aveiro, a construção de um bem comum – que é mais do que a soma de “bens” individuais – exige a participação de cada elemento da sociedade e o respeito pelo seu espaço próprio, sem prescindir de qualquer contributo. O caminho a seguir passa por aqui, com confiança, por mais difíceis que pareçam as tarefas a assumir.

Superar a crise actual é bem mais do que abrigar-se da chuva, à espera que ela passe, para poder voltar calmamente a tudo aquilo que se fazia antigamente, por mais desastrosos que tenham sido os resultados do passado. Não vale fingir que se muda para deixar tudo na mesma, porque está provado que o futuro será bem pior, em especial para as pessoas que ficaram mais fragilizadas em função do presente descalabro financeiro e social. É preciso mudar e encontrar novos caminhos por andar.

Fotos

Editorial | Octávio Carmo | 2009-11-24 | 10:54:13 | 2745 Caracteres | Solidariedade

 

Ciência e religião em debate nos Jerónimos

No ano em que se comemoram o bicentenário do nascimento de Charles Darwin, a Paróquia de Santa Maria de Belém, em Lisboa, organiza um ciclo de conferências sobre “Ciência e Religião”.

A interrogação «A ciência conduz ao Ateísmo?» será debatida a 24 de Novembro. A conferência estará a cargo do Eng.º Bernardo Motta, empresário na área dos sistemas de análise de imagem por computador, co-fundador da empresa “Observit”, e licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico.

O encontro ocorre no Salão Paroquial de Santa Maria de Belém, na Rua dos Jerónimos n.º 3. O acesso é livre e gratuito.

A primeira conferência deste ciclo - «Big Bang: a formação e evolução do universo» - realizou-se a 27 de Outubro, com a presença do Prof. Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa. A 10 de Novembro, o Prof. Henrique Leitão, do Centro de História das Ciências da Universidade de Lisboa, falou sobre o «Caso Galileu».

Nacional | Renascença (RR) | 2009-11-24 | 09:10:25 | 1332 Caracteres | Igreja/Ciência

Cáritas cria fundo de apoio aos novos desempregados

Campanha de Natal «10 Milhões de Estrelas» vira-se para as vítimas da crise em Portugal

A Cáritas Portuguesa apresenta Esta Terça-feira, pelo sétimo ano consecutivo, a iniciativa “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz” que este ano, a título excepcional, criou um projecto específico para ajudar as vítimas da crise em Portugal - o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados.

Segundo refere a organização católica na sua página oficial, o projecto de Natal “consiste numa iniciativa de angariação de fundos a nível nacional, através da venda de velas pelo preço simbólico de 1 Euro, cujo resultado final reverte a favor dos mais necessitados, aqueles que, no decorrer deste ano, ficaram sem meios de subsistência por causa da alarmante vaga de desemprego.

Das verbas recolhidas com a venda das velas, 35% serão especialmente canalizadas para o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados e suas famílias; os restantes 65% serão aplicados, por cada uma das Cáritas Diocesanas, em projectos nacionais direccionados para a mesma temática.

“Num ano marcado pelo agudizar de uma crise económica gravíssima, com dolorosos reflexos na vida dos cidadãos mais carenciados, a operação “10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz 2009” assume um papel premente na resposta a um conjunto de novas situações de grande carência que atingiram pessoas por todo o país”, afirma Eugénio Fonseca, Presidente da Cáritas.

No dia 6 de Dezembro, realizar-se-á, no Santuário de Fátima, uma Eucaristia presidida por D. Carlos Azevedo alusiva aos “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz”, com a presença das Cáritas Diocesanas que, nessa data, estarão em Fátima, reunidas em Conselho Geral. Para o dia 19 de Dezembro está agendada a já habitual Manifestação Pública que reunirá pessoas por todo o país, num apelo solidário à Paz no mundo.

Contando com o apoio activo das Cáritas Diocesanas de Portugal, esta acção volta a desafiar todos os cidadãos portugueses, independentemente das suas convicções religiosas ou políticas, a adquirirem e a acenderem, no próximo Natal, uma vela da Cáritas, símbolo do desejo de Paz para o Mundo.

História

É no ano de 2003 que, pela primeira vez, Portugal adere à operação “10 Milhões de Estrelas”, uma iniciativa de génese francesa que, desde a década de 90 tem vindo a ganhar espaço e visibilidade por toda a Europa. A proposta da Cáritas Portuguesa foi aceite com entusiasmo por várias Cáritas Diocesanas que, desde logo, responderam ao desafio de implementar esta operação, sensibilizando toda a população para a importância dos valores da Paz, Solidariedade e Reconciliação.

Volvidos sete anos, a operação “10 Milhões de Estrelas” continua a ser uma importante campanha de ajuda aos mais desfavorecidos, quer a nível nacional, quer em diversos países em vias de desenvolvimento. Muitos foram os projectos de sucesso, repletos de sorrisos e sonhos infindáveis – conheça as iniciativas que levámos a cabo nos últimos anos e junte-se a nós nesta nobre causa, onde esperança e realidade andam sempre de mãos dadas.

Fotos

Nacional | Agência Ecclesia | 2009-11-24 | 10:30:05 | 3811 Caracteres | Cáritas

Nova campanha do Banco Alimentar

Os Bancos Alimentares Contra a Fome voltam a apelar, no próximo fim-de-semana, à generosidade do público em mais uma campanha de recolha de alimentos. A solidariedade sempre renovada dos portugueses volta a ser posta à prova num momento de particular dificuldade e necessidade: nunca como agora fez tanto sentido a ideia de que é possível fazer a diferença apenas com um pequeno gesto.

Numa época em que muitas famílias portuguesas se encontram em dificuldades, a partilha e a solidariedade são mais do que nunca necessárias. Os desempregados, os idosos, as crianças e as famílias desestruturadas são os grupos mais atingidos pela situação de forte agravamento da situação económica que se vive em Portugal e no Mundo. Para fazer face a um crescente número de pedidos de apoio que tem vindo a chegar aos Bancos Alimentares contra a Fome é forçoso que estes alarguem a sua capacidade de resposta. Concretizar esse objectivo e minorar as carências alimentares das pessoas necessitadas é a proposta lançada uma vez mais a toda a sociedade civil: contribuindo com trabalho voluntário e com alimentos é possível fazer a diferença.

A combinação da solidariedade generosa dos portugueses e da eficácia comprovada da acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome na tentativa de minorar a penosa realidade das carências alimentares, constitui a prova evidente de que a sociedade civil se pode - e deve - substituir-se com vantagem ao Estado na resolução de alguns dos problemas com que se confrontam as sociedades modernas, tornados recentemente ainda mais evidentes e agravados pela crise económica, que trouxe consigo um significativo abrandamento da actividade e um brutal e súbito agravamento do desemprego.

A campanha decorre nos moldes tradicionais durante o fim-de-semana de 28 e 29 de Novembro: voluntários dos Bancos Alimentares Contra a Fome, devidamente identificados, solicitam a participação do público à entrada dos estabelecimentos comerciais. Para participar nesta campanha, basta aceitar um saco do Banco Alimentar e nele colocar bens alimentares para partilhar com quem mais precisa. São privilegiados os produtos não perecíveis, tais como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas, óleo, etc.

Nacional | Banco Alimentar | 2009-11-24 | 10:33:34 | 2594 Caracteres | Solidariedade

 

D. Manuel Clemente exige debate alargado sobre casamento homossexual

Mais pertinente que um eventual referendo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é essencial assegurar um debate alargado sobre o tema. A posição foi assumida esta Segunda-feira pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente.

Convidado para uma palestra nas jornadas parlamentares do PSD, que decorrem em Espinho, D. Manuel Clemente afirma que deve ser garantido um debate amplo.

“Esta e todas as questões sociais têm que ser alargadas para serem exactamente sociais. Não podem ser resolvidas rapidamente, exigem reflexão, aprofundamento dos factos, exigem argumentação e contra-argumentação”, diz.

Acrescenta D. Manuel Clemente que um eventual referendo sobre os casamentos homossexuais é uma - entre outras – “das hipóteses previstas na Constituição”.

“Esta – reforça o Bispo do Porto – é uma ocasião de reflexão e aprofundamento do que está em causa: a própria base da sociedade, que sempre existiu, a partir da família, da abertura à vida e à educação”.

Nacional | Renascença (RR) | 2009-11-24 | 12:20:06 | 1228 Caracteres | Igreja/Homossexualidade

Artistas têm uma pátria na Igreja

Tolentino Mendonça foi o único português no histórico encontro com Bento XVI

O padre e poeta madeirense Tolentino Mendonça viveu uma experiência única ao marcar presença no encontro que Bento XVI manteve com cerca de duas centenas e meia de artistas de todo o mundo, no passado dia 21.

Para o director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), o sublinhar das palavras “amizade, cordialidade” serviu para dizer aos artistas que “no interior da Igreja, no interior do espaço cristão, eles encontram uma casa, uma espécie de pátria”.

A arte, assegura, pede uma “indagação do tipo espiritual” e há uma “centelha de sagrado em cada procura artística”.

Neste encontro, o Papa fez um convite “à amizade, ao diálogo, à colaboração” a artistas “de países, culturas e religiões diversas, porventura até mesmo distantes de experiências religiosas”, mas todos “desejosos de manter viva uma comunicação com a Igreja Católica, sem restringir os horizontes da existência à mera materialidade, a uma visão redutiva e banalizante”.

O exegeta e tradutor da Bíblia confessa à ECCLESIA a “grande emoção” quando viu uma “autêntica multidão” que caminhava no braço da Porta de Bronze. Entre mais de 300 pessoas estavam “alguns dos grandes criadores contemporâneos”, num “abraço da Igreja ao mundo da arte”.

Quanto ao discurso de Bento XVI, o sacerdote acredita que se “procurou aprofundar a temática, não foram apenas palavras para aquela circunstância”. No final, foi visível a “grande sintonia”.

Para além do convite à amizade recíproca, o Papa falou da arte como “uma procura, uma ferida”. “Não é um lugar de conquista, não é uma forma, mas é sobretudo um itinerário, uma vocação a que se vai respondendo ininterruptamente”, assinala.

A proximidade entre procura artística e procura espiritual foi outro tema abordado pelo Papa alemão, que aludiu à “cumplicidade” entre as duas experiências. O presidente do Conselho Pontifício da Cultura, Gianfranco Ravasi, disse por seu lado que a Igreja se foi afastando do “discurso estético”, apelando a um “pacto” com o mundo das artes.

“O coração do homem contemporâneo tem uma grande fome de beleza, que é também a beleza total, iluminada pelo transcendente”, assinala o Pe. Tolentino Mendonça.

Para o director do SNPC, a arte “é sempre singular”, um “momento irrepetível” de cada artista capaz de “representar o humano e de nos comover até ao mais íntimo”. Por isso, reconhecendo o que é “próprio do discurso artístico”, a Igreja deve promover uma “aliança” com a arte.

Neste contexto, destaca o “gesto de acolhimento e de reconhecimento” do Papa, frisando que “muitas vezes, numa sociedade massificada e anónima como a nossa, o artista, o criador não tem lugar reconhecido e o seu trabalho acaba por ficar demasiado remetido para uma margem”.

A Igreja, acrescenta, coloca cada artista “no centro da própria experiência humana, como aqueles que são capazes de reflectir as grandes linhas de construção do homem”, contribuindo para que a nossa cultura “olhe de outra maneira para a produção artística”.

Fotos

Nacional | Agência Ecclesia | 2009-11-24 | 13:42:35 | 4014 Caracteres | Arte Sacra

In: Boletim electrónico da Agência Ecclesia, de 24-11-2009

http://ecclesia.pt

Recolha e transcrição por António Fonseca

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