quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

15 de JANEIRO de 2010 - SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA DE HOJE  -  15 de JANEIRO de 2010
Mauro, Santo
Janeiro 15   -  Abade
Mauro, Santo
Mauro, Santo
Abade
Martirológio Romano: Em Glanfeuil, junto ao rio Loire, no território de Anjou, da Galia (hoje França), são Mauro, abade (s. VI/VII).
Etimologia: Aquele que procede de Mauritânia, é de origem latina.
Nasceu em Roma de uma família ilustre no ano 511. Se educa desde sua adolescência sob a direcção de S. Bento, chegando a ingressar em sua ordem onde chega a ser Abade e fundador de muitos mosteiros em França.
Taumaturgo pelo episódio de estanque com o menino Plácido, a cura dos menosprezados e suas relações com o conde Gaidulfo, inimigo funesto dos monges franceses. Seu grande espírito de penitência o impulsiona a retirar-se para bem morrer. Entrega sua alma a Deus em 15 de Janeiro de 583.
Ao não constar o tempo em que chegaram suas relíquias à Extremadura, só se pode afirmar ser muito antiga sua veneração. O Sínodo diocesano de 1501 se expressa nestes termos: "E assim mesmo, mandamos que no lugar de Almendral se denuncie por festa de guardar o dia de santo Mauro, porquanto ali está o corpo". O Arcipreste de Santa Justa em Toledo, Julián Pérez chega a firmar que em 1130 já se celebrava sua memória em Almendral segundo costumes de muitos anos antes, que em opinião de Solano de Figueroa seria afinal da monarquia goda, opinião não compartilhada hoje.
Mauro, Santo
Mauro, Santo
Quando ele é visitador geral do Bispado em 1658 indaga sobre o assunto e recolhe a tradição de que os beneditinos fossem seus portadores, ainda que não haja papeis de bulas pontifícias que o acreditem devido à desaparição de documentos por um incêndio.
Foram trasladadas as ditas relíquias à Catedral pelo Bispo beneditino de Badajoz D. Frei José de la Zerda em 1643, continuando parte em Almendral, como o fora em Fosano, Montecassino e Marselha. A guerra com Portugal, que começou em 1640, obrigou à referida trasladação pelos motivos de segurança. Em 8 de Abril de 1668 ordena ao cabido entregar o corpo de São Mauro a vila de Almendral. A entrega a fazem em 29 do mesmo mês, os capitulares Juan Rebolero e Pedro Lepe. Ficou uma relíquia na Sé da catedral, encarregando-se a Solano de Figueroa a depositar no relicário.
A Igreja e bispado de Badajoz celebrava em 15 de Janeiro o Santo Abade.
Raquel, Santa
Janeiro 15   -  Esposa de Jacob
Raquel, Santa
Raquel, Santa
Etimologicamente significa “ ovelha”. Vem da língua hebraica.
Era uma das filhas mais belas de Labão.
Justamente foi no tempo em que trabalhava Jacob para este senhor, quando se enamorou dela.
Mas Labão lhe disse que se queria casar-se com Raquel, tinha que estar sete anos mais e, além disso, unir-se primeiro com Lia.
Durante muitos anos, Raquel não pôde ter filhos. Mas como confiava plenamente na Providência divina, Deus lhe deu a José.
Quando Jacob partiu para sua casa, Raquel roubou secretamente os amuletos paternos.
Passados mais uns anos, Raquel deu à luz a seu segundo filho Benjamin.
Ao ler a Bíblia, no livro de Génesis 29 e 30, chegamos a conhecer a esta mulher.
Esta última “1...  teve inveja de sua irmã e disse a Jacob: “Dá-me filhos ou então morro... 2. E Jacob, irritou-se com Raquel e disse-lhe: “Julgas-me capaz de substituir Deus que te recusou a fecundidade?”
3. Ela respondeu: Aqui tens a minha serva Bilha, vai ter com ela. … 4. Deu-lhe pois a sua serva Bilha por mulher e Jacob aproximou-se dela.. 5. Bilha concebeu e deu um filho a Jacob.. 6. Raquel então disse: “Deus fez-me justiça, escutou na minha voz e deu-me um filho”. Por isso deu-lhe o nome de Dan.
Por outras palavras, Raquel tomou como seu o filho que sua servente teve com Jacob. “Dar a luz sobre os joelhos” pode entender-se como a adopção deste recém nascido, ainda que não seja esta a única interpretação possível.
Para nosso propósito, Dan é o primeiro filho da segunda esposa de Jacob.
A elegía de David ficou gravada na tradição judia e se segue ensinando como sempre:"Na realidade, o primeiro filho que Raquel mesma deu à luz foi José".
Um autor do primeiro século disse estas palavras:" O amor interessado fenece, quando o interesse já não existe. Mas o amor desinteressado perdura até à eternidade. O amor de Amnon por Tamar (II Samuel, 13) é o protótipo do amor interessado, enquanto que o amor de David e Jonatán é do mesmo amor desinteressado".
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">al Santoral">mailto:fsantossdb@hotmail.com?subject=Comentarios desde Catholic.net <br>al Santoral
Arnoldo Janssen, Santo
Janeiro 15   -  Fundador
Arnoldo Janssen, Santo
Arnoldo Janssen, Santo
Fundador
Martirológio Romano: Na aldeia de Steyl, nos Países Baixos, São Arnoldo Janssen, presbítero, que, para difundir a fé nas missões, fundou a Sociedade de Verbo Divino (1909).
Etimologia: Arnoldo = Protector desde as alturas, é de origem germânica.
Arnoldo Janssen nasceu em 5 de Novembro de 1837 em Goch, uma pequena cidade da Baixa Renânia (Alemanha). Segundo entre dez irmãos, aprendeu de seus pais a dedicação ao trabalho e uma profunda religiosidade.
Em 15 de Agosto de 1861 foi ordenado sacerdote para a diocese de Münster e foi indicado para ensinar ciências naturais e matemáticas na escola secundária de Bocholt, onde adquiriu fama de mestre estrito mas justo. Por sua profunda devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi nomeado director diocesano do Apostolado da Oração. Desde este apostolado, Arnoldo buscou abrir-se também a cristãos de outras denominações.
Pouco a pouco cresceu sua consciência das necessidades espirituais da gente ainda mais além dos limites de sua própria diocese, até se converter em preocupação pela missão universal da Igreja. Decidiu dedicar sua vida a despertar na igreja alemã a consciência de sua responsabilidade missionária. Com este objectivo em mente, em 1873 renunciou a seu cargo docente e fundou «O pequeno mensageiro do Coração de Jesus». Nesta revista mensal oferecia notícias missionais e animava aos católicos de língua alemã a fazer mais pelas missões.
Eram tempos difíceis para a igreja na Alemanha. Bismark havia desatado o «Kulturkampf» («batalha pela cultura»), que implicava uma série de leis anti-católicas, a expulsão de sacerdotes e religiosos e ainda o encarceramento de vários bispos.
Nessa situação caótica, Arnoldo Janssen sugeriu que talvez alguns dos sacerdotes expulsos poderiam ser enviados às missões ou ajudar na preparação de missionários. Pouco a pouco, e animado pelo vigário apostólico de Hong Kong, Arnoldo foi descobrindo que era a ele a quem Deus chamava para esta difícil tarefa. Muitos opinavam que não era o homem indicado, ou que os tempos não estavam amadurecidos. «O Senhor desafia nossa fé a realizar algo novo, precisamente quando tantas coisas se estão derrubando na Igreja», foi a resposta de Arnoldo.
Com o apoio de vários bispos, Arnoldo inaugurou a casa missionária em Steyl (Holanda) e deu começo à Congregação dos Missionários do Verbo Divino. Já em dois de Março de 1879 partiram os dois primeiros missionários para a China. Um deles era José Freinademetz.
Consciente da importância das publicações para atrair vocações e fundos, Arnoldo estabeleceu a própria imprensa só quatro meses depois de inaugurada a casa. Milhares de laicos generosos dedicaram tempo e esforços à animação missional nos países de língua alemã distribuindo as revistas de Steyl. Desta maneira, a nova congregação se desenvolveu já desde seu inicio como comunidade de sacerdotes e irmãos.
Os voluntários que ajudaram na casa missional não só foram homens. Praticamente desde o começo, um grupo de mulheres se pôs ao serviço da comunidade. Seu desejo era servir a  missão como religiosas. Este desejo, os anos de fiel serviço, e a consciência da importância das mulheres nas missões, levaram a Arnoldo a fundar a congregação das «Servas do Espírito Santo» em 8 de Dezembro de 1889. As primeiras Irmãs partiram para a Argentina em 1895.
Em 1896, o P. Arnoldo elegeu a algumas das Irmãs para formar um ramo de clausura, as «Servas do Espírito Santo de Adoração Perpétua». Seu serviço à missão seria a de rezar dia e noite pela Igreja e especialmente pelas outras duas congregações missionárias, mantendo um serviço ininterrupto de adoração ao Santíssimo Sacramento.
Arnoldo morreu em 15 de Janeiro de 1909. Sua vida foi uma permanente busca da vontade de Deus, de confiança na providência divina e de duro trabalho. Testemunho da bênção divina sobre sua obra é o ulterior desenvolvimento da mesma: mais de 6.000 missionários do Verbo Divino trabalham hoje em 63 países. As missionárias Servas do Espírito Santo são mais de 3.800 irmãs e mais de 400 as Servas do Espírito Santo de Adoração Perpétua.
Foi canonizado por João Paulo II em 5 de Outubro de 2003.
Nicolás Gross, Beato
Janeiro 15   -  Periodista e Mártir
Nicolás Gross, Beato
Nicolás Gross, Beato
Periodista, Pai de Família e Mártir
Martirológio Romano: Em Berlim, na Alemanha, beato Nicolás Gross, pai de família e mártir, que, dedicado às questões sociais, se enfrentou com um regime contrário à dignidade humana e a a religião e, por não querer actuar contra os preceitos de Deus, foi encarcerado e enforcado, obtendo assim a participação na vitória de Cristo (1945).
Etimologia: Nicolás = Aquele que´é vencedor do povo ou da multidão, é de origem grega.
Nikolaus Gross, incansável periodista cristão que batalhou contra o nacional-socialismo de Alemanha nazi, foi elevado aos altares em 7 de Outubro do ano 2001 pelo Papa João Paulo II, numa solene cerimónia na praça de São Pedro.
Gross, nascido em Niederwenigern, perto de Essen em 1898, teve uma vida que combinou o trabalho duro das minas e o trabalho intelectual do jornalismo, ferramenta esta última que utilizaria para converter-se num opositor não violento do regime de Adolf Hitler.
Assim, quando contava com 19 anos e já dentro do trabalho mineiro, ingressou no sindicato cristão. Um ano depois entrou ao partido cristão de Zentrum, convertendo-se aos 22 em secretário dos jovens mineiros.
Por esse tempo Gross sente inquietação pelo jornalismo, o que o impulsiona a colaborar no diário do Movimento Católico dos Trabalhadores (KAB), em Westdeutschen Arbeiterzeitung. Rapidamente começa a destacar por seu talento, até converter-se dois anos depois em director de diário.
Afincado em Colónia, Gross percebe o perigo que para Alemanha significava que o nazismo tomara o poder; por isso não duvida, encostado na sua fé, em informar a seus leitores sobre as verdadeiras consequências que um regime deste tipo traria sobre o país. 
Numa de tantas ocasiões afirmaria, "nós trabalhadores católicos recusamos com força e com claridade o Nacional socialismo, não só por motivos políticos ou económicos, mas decididamente também por nossa postura religiosa e cultural".
Ao tomar Hitler o poder na Alemanha, a comunidade cristã começa a ser perseguida.
Sem embargo, isto não foi impedimento para que Gross continuasse seu labor, complementado com o apoio mútuo que se prestou com as mais influentes e importantes inteligências católicas contrárias ao nazismo. Entre elas destacou-se o sacerdote jesuíta Alfred Delp e o laico Emil Letterhaus. Ambos também seriam executados.
Pouco a pouco o diário se foi convertendo num obstáculo para o governo, sendo declarado inimigo do Estado e enclausurado em 1938. Nikolaus Gross não se deixou dominar e continuou com sua tarefa de anunciar a Cristo tirando edições clandestinas.
Esta constante oposição ao nacional-socialismo,fez que fosse encarcerado e executado na forca em 23 de Janeiro de 1945. Sua execução se levou a cabo três semanas depois do fracasso do atentado contra Adolf Hitler, seu corpo foi queimado e suas cinzas espalhadas pelo campo.
Este homem, que se iniciou como operário, sindicalista e posteriormente periodista, teve muito claro o compromisso que como católico devia assumir na defesa da verdade, da justiça, da paz e da solidariedade; inclusive, entregando sua própria vida.
Ademais, foi testemunho de pai e esposo, mostra de isso é a carta que desde a cadeia de Berlim-Plötzensee, enviasse a sua esposa e filhos dois dias antes de sua execução. Nela mostrou uma completa serenidade ante a morte e uma fé inquebrantável em Cristo.
Sua beatificação 
No domingo 7 de Outubro do ano 2001, na praça de São Pedro, o Papa João Paulo II presidiu à cerimónia que elevou aos altares a Nikolaus Gross, periodista que se opôs com a fé e a razão ao regime Nazi de Hitler.
Foi beatificado junto a outras seis pessoas. Naquele dia o Papa disse: "Com inteligência compreendia que a ideologia nacional-socialista era incompatível com a fé cristã. Com valentia, tomou a pluma para escrever a favor da dignidade humana e por esta convicção foi levado ao patíbulo, mas isto lhe abriu o céu".
Francisco Fernández de Capillas, Santo
Janeiro 15   -  Mártir Dominicano
Francisco Fernández de Capillas, Santo
Francisco Fernández de Capillas, Santo
Mártir Dominicano
Martirológio Romano: Na cidade de Fu’an, na província de Fujian, na China, são Francisco Fernández de Capillas, presbítero da Ordem de Pregadores e mártir, o qual anunciou o nome de Cristo primeiro nas Ilhas Filipinas e depois em Fujian, onde, sob a perseguição dos tártaros, foi encarcerado por longo tempo e finalmente degolado (1648).
Nasce em 15 de Agosto de 1607 em Baquerín de Campos, (Palencia-Espanha). O menor de cinco irmãos estudou, desde menino, em Palencia onde conheceu aos dominicanos e descobriu um primeiro germe de vocação. Foi no convento de São Paulo de Valladolid onde ingressa na Ordem e professa ao tempo que faz os estudos institucionais.
Por estes anos, o ardor missionário se projecta para o Novo Mundo e para os países do Extremo Oriente. Todavia sendo diácono, em 1631, com outros trinta jovens dominicanos, embarca rumo a México, primeira etapa da viagem. Quase um ano tardaram em chegar a Manila com a recta experiência de uma travessia cheia de padecimentos. Na capital filipina, Frei Francisco recebe a ordenação sacerdotal aos 25 anos de idade.
Em Manila exerce sua vocação sacerdotal e missionária durante nove longos anos, em ansiosa espera de ser enviado a China. Outra escala em Formosa até que os cristãos chineses lhes facilitem a entrada em Fujián o ano 1642. A perseguição mais ou menos declarada aos cristãos é o ambiente em que desenvolve sua acção evangelizadora.
Febres quartãs e privações de toda a ordem debilitam extraordinariamente sua saúde. Mas nada o detém em sua missão. A integridade de sua vida, a bondade de seu coração e a entrega à sua vocação fazem que os cristãos falem dele como do “santo Capillas”. Preso quando regressava a seu refúgio depois de atender aos enfermos, é julgado e condenado por defender sua fé e seu amor a Jesus Cristo. Dois meses de tormentos na cadeia desembocam na sua degolação em 5 de Janeiro de 1648.
Beatificado por são Pio X no ano 1909 e canonizado por João Paulo II em 2000, juntamente com 120 mártires de China. A relíquia de sua cabeça se conserva no convento dos dominicanos de São Paulo de Valladolid.
Perfil espiritual.
Uma carta simples do santo a um de seus irmãos revela, melhor que qualquer descrição, sua fisionomia espiritual. Aparece sua fé como elemento envolvente de toda sua vida. Dela deriva a visão providencialista: “...é Deus nosso Senhor o que aqui me trouxe...” Esta convicção se foi consolidando com oração e reflexão,contemplando-se a si mesmo ante o Deus que o elegeu para colaborar na extensão do reino. Tudo isso lhe outorga uma fortaleza inamovível para estar ali onde o Senhor o enviou; de tal maneira que “não bastam braços humanos para me tirar daqui até que se chegue a hora em que tenha determinado nosso Senhor Jesus Cristo tirar-me.” 
A firmeza de sua fé se transcende a sua inteireza humana, a sua maneira de enfrentar temperadamente as hostilidades e provocações: “...vendo-me todos padecer com igualdade de ânimo...” 
A Vontade de Deus é a norma de sua vida. Esta atitude filial imitada de Jesús de Nazaré se manifesta autêntica ante a adversidade , a perseguição, a cadeia e a mesma morte. Sua condição humana, não obstante, lhe faz sentir a fraqueza natural como um risco que ele quer superar na ajuda de Deus: “Faz que roguem por mim todos para que me dê Deus nosso Senhor valor, se acaso se oferece o voltar a padecer por ele maiores tormentos dos padecidos e glorificá-lo pela morte, que para tudo estou disposto na vontade de nosso Senhor.”
O amor ao próximo, reverso do amor a Deus, lhe salta a qualquer hora e momento: “... eu reparto com eles (os encarcerados) do que me dão e lhes sirvo no que me mandam e me tenho por muito ditoso nisso.” 
O martírio é dom de Deus que Francisco vem tecendo dia a dia desde sua primeira vocação e que ele mesmo curte na perseguição, nas privações e nas enfermidades. Sua preocupação pela salvação das almas há marcado seus passos e assinalado os caminhos que ele pisará a fundo por mais que sejam pedregosos e escarpados.
Testemunha de Jesus Cristo e de seu evangelho em palavras, acções e vida entregue.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

14 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

 

SANTOS DIA DE HOJE – 14 DE JANEIRO DE 2010

 

Félix de Nola, Santo
Janeiro 14   -  Confessor da fé

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Félix de Nola, Santo

Confessor da fé

Martirológio Romano: Na cidade de Nola, na Campânia (hoje Itália), são Félix, presbítero, que segundo conta são Paulino, enquanto receava a perseguição foi encarcerado e submetido a cruéis sevícias. Restabelecida a paz, pôde voltar para os seus e viveu na pobreza até uma venerável ancianidade, como invicto confessor da fé (séculos III/IV).
 

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Félix de Nola, Santo

Natural de Nola, abraçou o serviço apostólico desde muito jovem.
Ao morrer seu padre, Félix distribuiu sua herança entre os pobres e foi ordenado sacerdote por São Máximo, bispo de Nola.
Ao iniciar-se uma cruel perseguição contra a Igreja, Máximo fugiu para o deserto para continuar ao serviço de seu rebanho.
Ao não ser encontrado  pelos soldados romanos, Félix, que o substituía em seus deveres pastorais, foi tomado preso, açoitado, carregado de cadeias e encerrado no calabouço cujo piso estava cheio de vidros.
Sem embargo, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe ordenou ir em ajuda de seu Bispo, que jazia meio morto de fome e de frio.
Ante sua incapacidade de o fazer voltar a si, o Santo acudiu à oração e ao ponto apareceu um cacho de uvas, cujas gotas derramou sobre os lábios do mestre, o qual recuperou o conhecimento sendo conduzido logo a sua Igreja.
Félix permaneceu escondido orando permanente pela Igreja até à morte de Décio; sem embargo, continuou sendo perseguido até que se estabeleceu a paz da Igreja.
Morreu no meio da pobreza e em serviço dos mais necessitados, apesar disso foi eleito como bispo de Nola.

Nino (Nina, Cristiana) de Geórgia, Santa
Janeiro 14   -  Virgem

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Nino (Nina, Cristiana) de Geórgia, Santa

Martirológio Romano: Na região dos iberos, ao outro lado do Ponto Euxinio (actual Geórgia, junto ao mar Negro), santa Nino, que sendo cristã foi levada para aquele país, onde, por sua vida santa, suscitou a reverência e admiração de todos, até ao ponto de que a própria rainha, a quem curou um de seus filhos com suas oracões, o rei e todo o povo abraçaram a fé cristã (século IV).
Etimologia: Nino = juramento de Deus. Vem da língua hebraica.
Esta jovem escrava da corte real de Mzkheta, não longe de Tbilisi, Geórgia, festeja-se hoje na Igreja de Oriente e na de Ocidente em 15 de Dezembro.
Graças a que há pessoas que se preocupam pela vida dos outros, conhecemos a vida desta rapariga pelas obras do escritor eclesiástico Rufino.
É ele quem nos traça uma pequena lembrança de Nina. Logrou sua conversão na Ibéria, como se chamava anteriormente o que é hoje Geórgia.
Provinha de Egipto como uma escrava cristã cativa. A colocaram a trabalhar na corte. Apesar de que ninguém era cristão, ela soube manter sua fé apesar dos pesares.
Ganhou a corte, não só por sua beleza física – que era muito elegante – mas, sobretudo, por sua virtude, seu grande amor já que cedo chegaria a ser amada por todos.
Aconteceu algo singular. Uns pais lhe pediram que curasse a seu filho. Nina orou com tal fervor e com tal fé que o rapaz se curou.
Graças a isto, a rainha mandou que estivesse sempre a seu lado. Também se pôs enferma a soberana Nana. E pelas oracões de Nina se curou também.
Então o rei sentia em sua alma o desejo de a recompensar de alguma maneira. Ela lhe disse que o melhor favor que podia fazer-lhe, seria que se convertesse ao cristianismo. O rei apresentou o tema a sua mulher.
Passado algum tempo, o rei lhe rogou ao arcebispo de Constantinopla que lhe enviasse um bispo para evangelizar seu reino.
Estamos no século IV. Quando começou a evangelização de Geórgia, Nino se foi à região de Bobdé. Morreu no ano 335.
Em Mzekheta há uma pequena capela que recorda em nossos dias o baptismo de Geórgia.
¡Felicidades a quem levem este nome!
“A solidão é o império da consciência” (Cármen Díez de Ribera).
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">al Santoral">al Santoral">al Santoral">al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Dácio de Milão, Santo
Janeiro 14   -  Bispo

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Dácio de Milão, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Milão, na região de Ligúria (hoje Itália), sepultura de são Dácio, bispo, que na controvérsia dos “Três Capítulos” defendeu a sentença do papa Vigil, ao qual acompanhou a Constantinopla, onde morreu (552).
São Dácio viveu em tempos muito agitados.
Durante a maior parte de seu episcopado, que durou pelo menos de 530 a 552, teve que defender constantemente os interesses temporais e espirituais de sua Igreja.
Para salvar a cidade de Milão, dos godos, se aliou com Belisário, que desgraçadamente não pôde enviar-lhe reforços antes de que a cidade fosse atacada e saqueada. 
É possível que Dácio ata sido feito prisioneiro e libertado depois, graças à influência de seu amigo Casiodoro.
Expulso de Milão, o bispo se refugiou em Constantinopla, onde, o ano 545 apoiou valentemente ao Papa Vigilio contra Justiniano, na controvérsia sobre os "Três Capítulos".
Parece que Dácio morreu em 552, em Constantinopla, de onde seus restos foram trasladados mais tarde para Milão, sua cidade episcopal.
São Gregório o Grande conta em seus “Diálogos", a curiosa história de uma casa em que o diabo costumava aterrorizar aos ocupantes, imitando discordantes e horríveis rugidos de feras. São Dácio entrou sem temor na casa, pôs em fuga o demónio e restaurou a paz.

Macrina a Maior, Santa
Janeiro 14   -  Confessora da fé

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Macrina a Maior, Santa

Nosso conhecimento da vida de Macrina a Maior provém principalmente do testemunho dos grandes Padres Capadócios da Igreja, especialmente de seus netos : Basílio, Gregório de Nisa, e o panegírico de Santo Gregório Nacianzeno, em São Basílio.
Ela era a mãe de Basílio o Maior, pai de Basílio, de Gregório, e de outros filhos cujos nomes nos são familiares, incluindo a Macrina a Jovem.
Seu lar estava em Neocaesarea em Ponto. Durante sua infância conheceu a São Gregório Taumaturgo, primeiro bispo de sua cidade natal.
Como este venerável doutor, que havia ganho Neocaesarea quase totalmente para o cristianismo, morreu entre o ano 270 e 275, se supõe que Santa. Macrina deve haver nascido antes do ano 270.
Macrina e seu esposo sofreram muito na perseguição de Galério e Máximo, até ao grado de se ver forçados a fugir e ocultar-se dos perseguidores nos bosques de Ponto, durante sete anos. Com frequência padeceram fome, e São Gregório Nazianceno afirma que, em ocasiões só sobreviveram comendo as feras que, por um milagre da Providência, se deixavam caçar docilmente.
Ela foi pelo tanto um confessor da fé durante a violenta tormenta que estalou sobre a Igreja.
Enquanto a  formação intelectual e religiosa de São Basílio e de seus irmãos e irmãs mais velhas, ela exerceu uma grande influência, semeando em suas mentes as sementes da piedade e esse ardente desejo pela perfeição cristã que mais tarde alcançou um auge tão importante.
Como São Basílio nasceu provavelmente no ano 331, Santa. Macrina deve ter morrido cedo, na quarta década do quarto século.
Seu santo se celebra em 14 de Janeiro.

Odón de Novara, Beato
Janeiro 14   - Monge Cartuxo

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Odón de Novara, Beato

Monge e Presbítero

Martirológio Romano: Em Tagliacozzio, em Abruzo (hoje Itália), beato Odón de Novara, presbítero da Ordem dos Cartuxos (c. 1200). 
O Beato Odón monge cartuxo do século XII, é um dos poucos homens de Deus daquela época, sobre o que temos documentos de primeira mão.
O Papa Gregório IX mandou que se fizessem investigações sobre sua vida com o fito da sua canonização, e as declarações dos testemunhos que chegaram até nós.
Um ou dois extractos delas nos darão uma ideia da personalidade de Odón. "Maestro Ricardo" bispo de Trivento, depois de haver jurado pelo Espírito Santo, ante os Evangelhos, que diria a verdade, afirmou que ele havia conhecido o bem-aventurado Odón como a um homem temente de Deus, modesto e casto, entregue noite e dia à vigília e à oração; que vestia ásperas túnicas de lã e vivia numa estreita cela, de que não saía mais que para orar na igreja, e que obedecia sempre ao sino, quando este o chamava ao oficio. Quantos foram a ele se sentiram animados no serviço de Deus. Lia constantemente as Escrituras e, apesar de sua avançada idade, se empregava em sua cela em trabalhos manuais para não ser presa de ociosidade". 
O bispo dá em seguida um breve resumo da vida de Odón, e faz notar que havia sido nomeado prior do novo mosteiro cartuxo de Geyrac, em Eslavonia. Mas que a cruel perseguição de que o havia feito objecto o bispo Dietrich o obrigou a abandonar essa comunidade, e ir a Roma para pedir permissão ao Papa de renunciar a seu cargo. A anciã abadessa de un mosteiro de Tagliacozzo lhe havia oferecido hospedagem, e impressionada por sua santidade, obteve licença de o guardar como capelão da comunidade.
Muitos outros testemunhos da edificante vida de Odón falaram de suas austeridades, de sua caridade e de sua humildade.
Um deles, o arcipreste Oderisio, atesta que esteve presente nos últimos momentos de Odón, e que "este se achava encostado no chão da dita cela, vestido com uma camisa de cerdas, e que dizia en sua agonia: ´Espera um pouco, Senhor, espera um pouco; já vou a Ti´; e quando os presentes lhe perguntaram com quem falava, respondeu: ´Com meu Rei, a quem estou vendo e em cuja presença me acho´. Ao pronunciar estas palavras, o bem-aventurado Odón se endereçou, como se alguém lhe estendesse a mão, e com elas estendidas, passou ao Senhor".
Isto acontecia em 14 de Janeiro do ano 1200, e com a idade de Odón se calculava em cem anos. 
O beato obrou muitos milagres em vida e depois de sua morte, mas tinha horror de que as gentes lhe atribuíssem poderes sobrenaturais. "Irmão - disse a um homem que solicitava sua ajuda - ¿porque te ris de mim que sou um malvado pecador e um saco de putrefacção? Deixa-me em paz; o único que pode curar-te é Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo"; e ao dizer isto, se lhe soltaram as lágrimas. O enfermo ficou nesse instante são de uma enfermidade que, segundo o testemunho, que o havia conhecido pessoalmente, o atormentava desde havia muitos anos. 
O culto do beato Odón foi confirmado em 1859.

Pedro Donders, Beato
Janeiro 14   -  Presbítero Redentorista

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Pedro Donders, Beato

Presbítero Redentorista

Martirológio Romano: Em Batavia, lugar de Suriname (Guiana Holandesa), beato Pedro Donders, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor, que se entregou com caridade desbordante a atender tanto os corpos como as almas dos leprosos (1887).
Os primeiros passos de um homem simples
O Beato Pedro nasce em 27 de Outubro de 1809 na aldeia de Heikant, perto de Tilburg no Brabante holandês, e será baptizado no mesmo dia na igreja de Het Goirke. É filho do terceiro matrimónio de Arnaldo Donders com Petronila van den Brekel. Anteriormente o pai teve dois filhos, que morreram em poucos dias, e uma filha que morre aos 14 anos, dois anos antes que sua segunda mulher. Pedro tem outro irmão, Martírio que nasce inválido; também ele era muito débil desde seu nascimento.
Quando contava 6 anos morreu sua mãe. Seu pai se casa por quarta vez buscando uma mãe para seus filhos e uma felicidade que não acabava de chegar. Sua casa era humilde e pobre, de um só quarto, de chão de argila com duas camas-armário, onde o pai trabalhava como tecedor, ofício que durante muitos anos vai exercer Pedro, a quem carinhosamente chamavam Peerke. Acode à escola do mestre Drabbe, até aos 12 anos que tem que trabalhar para sua família no tear, dedicando-se com grande interesse à catequese para crianças com tal valia que o cura lhe dá o titulo oficial de catequista.

Chegar a ser o que quer ser
A Pedro lhe gostaria ser sacerdote, mas sua delicada saúde será um problema. Sente grande gosto pela oração, deixando-se arrastar durante todo o dia pela oração, inclusive tecendo. Busca a felicidade afastando-se de seu próprio centro, situando-o em Deus e os pobres.
Sua debilidade incapacita-o para o serviço militar, assim que decide ser sacerdote. O cura do povo o envia como aluno-empregado a  Escola Apostólica Beekvliet, onde sobretudo trabalhará, até aos 23 anos que começa a estudar. Como não podia pagar os estudos, trabalhava fora das aulas no mesmo seminário. Foram 6 anos no Seminário menor, anos de estudo duros e lentos, onde havia uma grande diferença de idade entre ele e seus companheiros. Riam-se dele por ser trôpego, mas se fez amar e respeitar por todos, por seu carácter afável e simples
A seus 29 anos inicia estudos superiores no Seminário Nieuw Herlaar (próximo a Beekvliet). Aqui se acentua seu interesse pelas missões no estrangeiro, fazendo apostas para conseguir dinheiro para as mesmas. Se sente atraído pelas missões nos EEUU do jesuíta Desmet. Ante esta inquietude o Reitor do seminário o orienta para se fazer religioso. Em Holanda não poderia ser, já que Guillermo I havia proibido a admissão de noviços em qualquer comunidade religiosa de seu território. Chamam às portas dos Jesuítas, Franciscanos, e Redentoristas belgas de Sint Truiden, os quais não o admitem, por falta de talento, conhecimento, ou demasiada idade. Curiosamente 30 anos mais tarde tomará o hábito Redentorista em seu querido Suriname.
Em 1839 vai ao seminário de Hausen para continuar seus estudos de Teologia, nos que destacará mais que em Filosofia. Pedro vai estar sempre muito perto a todo o mundo, no seminário e em suas férias com sua família, vendo no outro sempre a Deus. No seminário um ano antes havia tido uma conversa com Monsenhor Jakobus Grooff, oferecendo-se para ir junto a ele à missão do Suriname, quando fosse sacerdote. Em 15 de Junho de 1841 é ordenado sacerdote em Oergstgeest pelo bispo van Wijckerslooth.

Suriname: a missão de sua vida
Desejoso de partir para América - a viagem tarda um ano em chegar - durante este tempo conhece o trabalho dos Redentoristas holandeses nas missões em Tilburg, seu povo natal, da mão do Padre Bernad Hafkenscheid. Pedro ficou muito impressionado e estimulado em seu fervor apostólico.
Por fim desembarca em Paramaribo (Suriname), após mês e meio de uma viagem longa e dura: “finalmente cheguei a meu destino, aonde me chamou o Senhor e sua destra me levou”; era em 16 de Setembro de 1842, e tinha quase 33 anos. Durante os primeiros 14 anos que passa em Paramaribo junto ao bispo Grooff, vai descobrir a miséria religiosa e moral tanto nos brancos como os de cor, com sinais de idolatria e incontinência como promiscuidade, pobreza, sujidade, álcool, prostituição, uma situação de “corrupção total da moralidade” - dirá o próprio. 
Após ter sido recebido por Monsenhor Grooff, este lhe apresenta o grande campo de trabalho: 140.000 km2 de extensão (quatro vezes Holanda), clima tropical com abundantes tormentas e mosquitos, extensões de selva, rios e barro, multidão de enfermidades e grande diversidade de raças: índios, negros cimarrones, escravos nacionais (46000), 140000 brancos, holandeses, ingleses, franceses, alemães, portugueses... e, além disso, muitos leprosos...

Oração e trabalho
Para combater esta difícil situação, Pedro Donders se apoiará na oração, o esforço pessoal e a melhora de  vida de toda essa gente. Aprenderá o inglês dos negros, e se dedica ao cuidado de todas as pessoas. Sua vida de oração permanece sólida. Desde as 5 da manhã já está rezando na igreja; depois da Eucaristia estará ¾ de hora em acção de graças, e logo se dedica à catequese de crianças. 
O mais duro de seu dia a dia serão as visitas sob o sol tropical ou à chuva, assim como a indiferença, desgosto, ódio e ameaças das gentes sobretudo dos proprietários de escravos europeus.
Tanto trabalho vai aumentar quando o Papa Gregório XVI propõe a Monsenhor Grooff como Vigário Apostólico para Indonésia. Suriname e Pedro vão sofrer sua ausência, intentam que a nomeação não se produza, mas só se atrasa no tempo, pois estão passando uma epidemia de disenteria que afecta ao bispo. Morre o capelão, e Pedro Donders assume todo o trabalho desbordado por tantos enfermos e até 5 enterros diários.
Tal situação se prolongou durante 4 meses. O bispo Grooff parte, e é monsenhor Schepers, o missionário mais velho que se põe à frente da missão do Suriname, ainda que devido a seu estado enfermiço, será Pedro o responsável real de tudo. As actividades aumentam. Agora Pedro também atende aos escravos das fazendas, ainda mais miseráveis que os da cidade, mostrando grande indignação pela situação em que se encontravam. Para isso tem que remontar rios e selva sobre um tronco, e limpar as choças. Há-de enfrentar-se aos proprietários para aceder aos escravos, embrutecidos pelos muitos abusos que sofriam sobretudo sexuais, e a quem lhes ensinava as verdades da fé.

Os leprosos de Batavia
Em 1856 é nomeado capelão dos leprosos de Batavia, que havia visitado na sua chegada ao país, junto a Monsenhor Grooff, lá por  1842, e aonde desejava ir para estar com esses pobres necessitados de toda cura. Ali trabalhará 27 anos como pastor moderno e grande trabalhador social.
Melhorou a situação material, já que estavam num estado de putrefacção, sem enfermeiros, nem alimentos, tendo-se que cuidar e alimentar entre os próprios enfermos. “Era a destruição maior em corpos vivos humanos que jamais tenho visto” - dizia o médico van Hasselaar, e Donders dizia que “parecia mais uma pocilga que uma morada humana”. Põe solo de madeira e camas nas choças, consegue alimento com grande dificuldade, dava o seu ao mais famélico, e pode enterrar aos defuntos em ataúdes dignos. Todo este trabalho sem descuidar sua oração matutina, a eucaristia, e acção de graças antes de pôr-se em faina cada dia.
Além de todo esse trabalho físico, não deixa sua missão espiritual, chocando inclusive com os leprosos, que eram gentes carentes de moralidade. Todo seu trabalho e sua existência eram para os demais, seu centro, Deus e os irmãos leprosos. Tudo para buscar a salvação total do homem.

Missionário Redentorista
Em 1863, Guillermo III de Holanda declara o fim da escravidão, incluindo a liberdade religiosa em seus territórios. Desde Roma se envia a Congregação do Santíssimo Redentor de Holanda ao Suriname, para se fazer cargo da missão. Dois dos quatro curas seculares que ali estavam, voltam a Holanda. Outros dois, Pedro Donders e Romme, ingressam com os redentoristas. É o ano 1865, hão passado 30 anos desde que tentara entrar na Congregação na Bélgica, e Pedro conta já com 57 anos.
Está duas semanas de experiência comunitária em Paramaribo, e decide começar o noviciado. Durará 6 meses, e como mestre Monsenhor Swinkerls, que diz do noviço: “possuía em toda plenitude o espírito da Congregação Redentorista”. No dia de são João de 1867 realizará os votos em Paramaribo, a capital.

Batavia: leprosos, índios, negros e escravos
Volta a Batavia, já como missionário redentorista, junto a outros irmãos, para estar com os leprosos, e ao ser mais um dos missionários, Pedro quer mais trabalho, e atende também aos índios, buscando-os entre a selva. Vai catequizá-los, prega-lhes com lâminas e desenhos, inclusive com o harmónio. Mas os índios parecem ser ociosos e supersticiosos. Até tal ponto Pedro denuncia esta situação que os curandeiros o atacam e o ameaçam se baptiza aos índios. Pedro aguentou heroicamente a situação, e os índios se converteram, abandonando a superstição e o vício.
Em 1869, também se acerca até aos negros cimarrones, escravos tirados de África para trabalhar duramente em grandes extensões propriedade de europeus. Estes se agrupavam em bandos que lutavam entre si, e sobretudo contra o branco opressor, igualmente eram supersticiosos e imorais, ainda mais selvagens e ferozes que os índios. As denúncias de Pedro a esta situação, que combate a todos os níveis (entre eles e ante os poderosos e proprietários) lhe custaram caras, e supunham sua grande cruz: “O trabalho entre os negros cimarrones não vai bem. Também a adversidade e a cruz vêm de Deus, e nada se realiza sem a cruz”, escrevia Pedro da situação que estava vivendo com os negros.
Em 1883 os leprosos pedem que lhes nomeiem outro capelão devido ao estado de saúde do ancião padre Donders. Foram 40 anos de trabalho intenso no Suriname, 16 como redentorista e 74 de idade, quando se retira para a comunidade de Paramaribo, em que segue com o trabalho apostólico como um sacerdote jovem. Ali vive anos felizes, entre as bromas dos irmãos, sobre sua avançada idade ao ingressar na Congregação, “cada dia me dou mais conta de quão grande é a felicidade da vocação nesta Congregação e em convivência com os irmãos”, escrevia nosso querido Beato Pedro Donders. Aos 8 meses é trasladado a Coronie, onde é operado aos rins várias vezes nos 2 anos que está ali.

Morreu entre os mais pobres
Em 1885, volta a Batávia, ao adoecer o Padre Bekkers, capelão do lugar. Com os seus 77 anos e uma delicada saúde seguirá trabalhando com os leprosos, índios e negros durante um ano mais. Para ele, os enfermos eram presença clara e real de Jesus Cristo sofredor na cruz. 
Em finais de 1886 visita por última vez aos enfermos. Celebra a eucaristia no dia de Natal, e prega no dia 31. A nefrite que padece se agrava, e o médico não lhe subministra medicamento. No dia 12 de Janeiro de 1887 disse ao P. Bekkers: “tem ainda um pouco de paciência. Morrerei na sexta-feira às três horas”. Assim, na sexta-feira 14 de Janeiro de 1887, às três da tarde, após uma longa vida de oração contínua, de trabalho sem cessar e de muito sofrimento, Pedro Donders morrerá em Batavia, rodeado dos abandonados a que se entregou toda sua vida.
Seu corpo permaneceu ali 13 anos, até ao traslado da leprosaria para a Fundação são Gerardo em Gravestraat em Paramaribo. Seus restos repousam na catedral de Paramaribo desde 1921, já que sua fama de santidade era reconhecida por todos os habitantes da antiga colónia holandesa. Era o Apóstolo dos Leprosos, dos Índios, dos Cimarrones, etc. Em 23 de Maio de 1982, S.S. o Papa João Paulo II o declarou Beato para toda a Igreja.

Potito, Santo
Janeiro 14   - Mártir Adolescente

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Potito, Santo

Mártir

Martirológio Romano: Comemoração de são Potito, mártir, que, depois de ser atormentado na cidade de Sárdica, na antiga província romana de Dácia (hoje Roménia), alcançou finalmente o martírio ao ser executado pela espada (s. inc.)
As Actas que os bolandistas apresentaram sobre este mártir, não inspiram nenhuma confiança. Nelas, se apresenta a Potito como originário de Sardenha, convertido ao cristianismo, sendo ainda menino, e sem que seu pai - que era idólatra - o soubesse
Ao inteirar-se este da conversão de seu filho, meteu-o na cadeia. Mas Potito, com suas orações e ensinos conseguiu convertê-lo. Em seguida, não podendo resolver-se a viver entre pagãos, se refugiou numa cidade que não se há podido identificar (Valeria ou Gárgara).
Ali curou a lepra a uma mulher de um senador chamado Agatón, e converteu a toda sua família. A fama desta conversão chegou até Roma.
Se mandou trazer a Potito, que livrou de um demónio à filha do imperador; mas esta cura se atribuiu à magia.
Quiseram obrigar o jovem a que adorasse aos deuses do império, mas ele se recusou e morreu nos tormentos em Roma, ou numa cidade do sul de Itália.
Os bolandistas não têm melhor informação sobre a sorte que coube às relíquias do mártir.
Se diz que haveriam sido trasladas de Asculum a Sardenha com as de São Efisio, cuja festa se celebra em dia 15 de Janeiro.
Todavia se honra a São Potito em Nápoles, onde lhe foi dedicada uma igreja. Os beneditinos, que celebram seu ofício nesta igreja, obtiveram do Papa Clemente XII um ofício especial em sua honra. Os hinos deste ofício hão sido editados pelos bolandistas. 
A festa do santo mártir não está assinalada mais que nos martirológios relativamente novos.

Fulgêncio de Écija, Santo
Janeiro 14   - Bispo

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Fulgêncio de Écija, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Na cidade de Écija, na província romana de Bética (hoje Espanha), são Fulgêncio, bispo, irmão dos santos Leandro, Isidoro e Florentina. Seu irmão Isidoro lhe dedicou seu tratado Dos ofícios eclesiásticos (c. 632). 
Filho de Severiano e Túrtura. Seu pai foi um nobre visigodo, São Fulgêncio foi o segundo dos cinco irmãos, quatro dos quais foram considerados santos pela Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa. Seus outros irmãos canonizados são Santo Isidoro, São Leandro e Santa Florentina. Todos eles são conhecidos como os Quatro Santos de Cartagena.
São Fulgêncio nasceu em Cartagena em torno do ano 540 e cedo sua família se traslada a Sevilha. Na dita cidade seriam arcebispos seus irmãos São Leandro e Santo Isidoro.
São Fulgêncio foi Bispo, ocupando a sede de Écija e, em duas ocasiões, a de Cartagena. Homem eloquente e um grande orador, Recaredo lhe encomendou diversas missões para o seu reino. Foi considerado un homem sábio, sendo elevado ao posto de Doutor da Igreja em 1880 por Pío IX.
São Fulgêncio é Padroeiro das Dioceses de Plasência e Cartagena e desde o século XVI dá nome ao seminário diocesano. Também é o padroeiro da cidade de Plasência.

Odorico de Pordenone, Beato
Janeiro 14   - Missionário Franciscano

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Odorico de Pordenone, Beato

Presbítero Franciscano

Martirológio Romano: Na cidade de Udine, na região de Veneza (hoje Itália), beato Odorico de Pordenone Mattiuzzi, presbítero da Ordem dos Irmãos Menores, que viajou pelas regiões dos tártaros, dos índios e dos chineses até à principal cidade de China chamada Kambalik. Em todas essas regiões converteu a muitos à fé de Cristo com sua pregação do Evangelho (1331).
Franciscano, sacerdote, missionário por terras de Oriente. Seu culto foi aprovado por Bento XIV em 2 de Julho de 1775, e sua festa se celebra em 14 de Janeiro, aniversário de sua morte em Udine.
Nascido em Villanova de Pordenone, província de Friul (Itália), em 1265, Odorico foi uma espécie de Marco Polo mas de hábito, viajando em prol das almas. Antes de pedir permissão para ir ao Oriente como missionário, Odorico havia levado vida eremítica e havia desenvolvido actividades apostólicas em seu Friul natal. Humilíssimo e penitente, rigoroso e silencioso, este irmão que se vestia de túnica marron, caminhava descalço e se alimentava de pão e água, estava bem preparado para a vida missionária e para as viagens longas e incómodas. E sua viagem foi bem longa, pois durou 33 anos. De Veneza a Trebisonda, de onde seguiu por terra. Penetrou na Arménia, atravessou a Pérsia, e em Ormuz se embarcou de novo até chegar à Índia. Na Índia recolheu as relíquias de quatro franciscanos martirizados, e voltou a embarcar. Finalmente chegou a Zaiton, na China do Sul.
Em Zaiton frei Odorico se sentiu como em sua casa. Os franciscanos já tinham ali dois florescentes conventos. Fazia quase um século que os Irmãos Menores haviam feito seu caminho até ao Oriente. O primeiro intento missionário, o de Juan de Pian Carpino, companheiro de São Francisco, não havia tido o êxito esperado; mas mais tarde, outro franciscano italiano, Juan de Montecorvino, não somente havia chegado a China, mas que havia permanecido ali longamente, chegando a ser arcebispo e Patriarca do Extremo Oriente desde a cátedra arcebispal de Kambalik, o actual Pequim, capital do império mongol e sede do Grande Khan. Odorico chegou ali em 1325 e permaneceu três anos.
Juan de Montecorvino e seus franciscanos já haviam realizado milhares de conversões. Odorico não foi menos. Em breve tempo administrou milhares de baptismos. Mas o velho arcebispo quis que o frade de Friul regressasse a Itália para contar ao Papa a situação do Oriente e para pedir novos missionários para a extensa diocese. Odorico se pôs a caminho, desta vez por terra. Cobriu esta longa distância em pouco mais de dois anos e em 1330 estava de regresso a Veneza. Quis ir de imediato a onde o Papa estava em Avinhão, mas em Pisa adoeceu gravemente. Fez-se levar ao convento de Pádua, onde ditou a um irmão de sua Ordem a relação de sua viagem e das actividades missionárias dos franciscanos no Extremo Oriente, que outro apresentou ao Papa de parte do irmão enfermo. Entretanto Odorico morria em seu convento de Udine em 14 de Janeiro de 1331, aos 66 anos de idade, outros 50 missionários franciscanos partiam para Khambalik a prosseguir a obra apostólica iniciada e desenvolvida heroicamente por estes invictos pioneiros do Evangelho.

 

Outros Santos e Beatos

Janeiro 14   -  Completando o santoral deste dia

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São Glicerio, diácono e mártir

Em Antioquia de Síria (hoje Turquia), são Glicério, diácono e mártir

 

Santos Monges de Egipto, monges e mártires

Comemoração dos santos monges que em Raití e no monte Sinai (hoje Egipto) foram martirizados por sua fé em Cristo (século IV).

São Fermín (Firmino), Bispo

Na região de Gévaudan (hoje França), são Fermín, bispo (século V).

Santo Eufrásio, Bispo

Em Arvernia (hoje Clermont-Ferrand), em Aquitânia (hoje França), santo Eufrásio, bispo, de que são Gregório de Tours louva a hospitalidade (515/516)

 

HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português, por António Fonseca

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

13 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA DE HOJE

13 de JANEIRO de 2010

Hilário de Poitiers, Santo
Janeiro 13   -  Bispo e Doutor da Igreja

Hilario de Poitiers, Santo

Hilário de Poitiers, Santo

Bispo e doutor da Igreja

Martirológio Romano: Santo Hilário, bispo e doutor da Igreja, que foi elevado à sede de Poitiers, em Aquitânia (hoje França), no tempo do imperador Constâncio, que havia abraçado a heresia ariana, e lutou denodadamente em favor da fé nicena acerca da Trindade e da divindade de Cristo, sendo desterrado, por esta razão, durante quatro anos para a Frigia. Compôs uns comentários muito célebres sobre os Salmos e sobre o evangelho de são Mateus (367).
Etimologia; Hilário = Aquele que esta sorridente, é de origem latina.
Nasceu a princípios de século IV em Poitiers. Foi chamado “o Atanásio de Ocidente”, de quem era contemporâneo. Ambos tiveram que combater contra o mesmo adversário, o arianismo. Participaram nas polémicas teológicas com discursos e sobretudo com escritos. Hilário foi desterrado a Frigia pelo imperador Constâncio, que havia alinhado com as decisões do sínodo ariano de Béziers do ano 356.
O contacto com o Oriente foi providencial para bispo de Poitiers. Durante os cinco anos de permanência na Frigia aprendeu o grego e descobriu a Orígenes, como também a grande produção teológica dos Padres orientais, obtendo uma documentação importantíssima para o livro que lhe mereceu o título de doutor da Igreja: De Trinitate, cujo título original é De Fide adversus Arianos. Com efeito, era o tratado mais importante e profundo que havia aparecido até então sobre o dogma principal da fé cristã. Apesar de estar desterrado, não permaneceu inactivo. Com o opúsculo Contra Maxertiam atacou violentamente o mesmo Constâncio, acusando-o de cesaro-papismo e de imiscuir-se nas disputas teológicas e assuntos internos da disciplina eclesiástica. De regresso a Poitiers, o valente bispo continuou sua obra pastoral, ajudado eficazmente pelo jovem Martín, o futuro santo bispo de Tours.
Hilário nasceu no seio do paganismo. Seu afã por buscar a verdade, o levou a estudar as diferentes correntes filosóficas da época, recebendo um influxo especial do pensamento neo-platónico. A procura da resposta sobre o fim do homem o levou à leitura da Bíblia, onde finalmente encontrou o que buscava; então se converteu ao cristianismo.
Era um nobre terra-tenente, e quando se converteu estava casado e tinha uma filha, Abre, a quem amava ternamente. Pouco depois do baptismo, o povo o aclamou como bispo de sua cidade natal.
Foram seis anos de intenso estudo e pregação, antes de partir para o desterro que, como atrás se recorda, aperfeiçoou sua formação cultural e teológica. Junto à voz retumbante do polemista e do defensor da ortodoxia teológica, há nele também outra voz, a do pai e pastor. Humano na luta, e humaníssimo na vitória. Defendeu aos bispos que reconheciam seu próprio erro, e até apoiou o direito a conservar seu cargo.
Morreu em Poitiers no ano 367.

Remigio de Reims, Santo
Janeiro 13   -  Bispo

Remigio de Reims, Santo

Remigio de Reims, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Na cidade de Reims, na Gália Bélgica (hoje França), morte de são Remigio, bispo, que depois de iniciar ao rei Clodoveo na fonte baptismal e nos sacramentos da fé, converteu a Cristo todo o povo franco e, depois de mais de sessenta anos no episcopado, faleceu célebre por sua vida e sua santidade (c. 530).
Etimologia: Remígio = aquele que rema, é de origem latina.
São Remigio foi o grande apóstolo dos franceses. Se fez célebre por sua sabedoria, sua admirável santidade e seus muitos milagres. Durou de bispo 70 anos e chegou a ser famoso em toda a Igreja.
Recém ordenado sacerdote já era considerado como um dos melhores oradores de sua época, e quando tinha só 22 anos, foi eleito bispo.
O rei dos franceses, Clodoveo, era pagão e não aceitava converter-se ao cristianismo. Sua esposa santa Clotilde rezava muito por ele e o recomendava à conversão. E sucedeu que os germanos ou alemães atacaram com forte exército aos francos e Clodoveo saiu com seus soldados a defender a pátria. Ao despedir a seu esposo que ia para a guerra, Clotilde lhe disse: "Se quer obter a vitória, invoque ao Deus dos cristãos. Se tem confiança n’Ele ninguém será capaz de o derrotar".
Clodoveo prometeu converter-se se conseguisse a vitória. Em plena batalha, quando o triunfo lhe parecia impossível, recordando as palavras de sua esposa gritou para o céu: "Oh Cristo, a quem minha esposa invoca como filho de Deus. Te peço que me ajudes. Creio en Ti. Se me salvas de meus inimigos receberei o baptismo e entrarei na tua religião". Em seguida os franceses atacaram aos alemães com extraordinário valor e obtiveram uma grande vitória.
Santa Clotilde mandou então chamar a São Remigio, que tinha fama de santo e de sábio, e lhe pediu que se dedicasse a ensinar a Clodoveo a doutrina cristã. O rei ao volver vitorioso, saudou a sua esposa com estas palavras: "Clodoveo venceu aos alemães, e tu venceste a Clodoveo". Mas ela lhe respondeu: "Essas duas vitórias são obra de um só: Nosso Senhor Jesus Cristo". Desde então o terrível pagão começou a estudar a religião para se fazer baptizar.
Tinha temor de que o povo se revoltasse por lhes querer tirar a religião de seus antigos deuses, mas o exército e a multidão, ao saber que seu rei tão estimado se ia fazer cristão, lhe gritaram em uníssono: "Desde hoje nos separamos dos deuses mortais, e nos declaramos seguidores do Deus imortal do qual nos fala Remigio".
Nosso santo e seus sacerdotes se dedicaram com todo o empenho a ensinar a religião a Clodoveo e a todos os que iam fazer-se baptizar junto com ele a Rainha Clotilde, para impressionar a imaginação daquele povo bárbaro, mandou que adornassem com palmas e flores as ruas que levavam desde o palácio do rei até ao templo onde ia a ser o baptismo. E que todo o trajecto e também o templo se iluminasse com grande quantidade de tochas e que fossem queimando incenso que enchesse o ar de agradáveis aromas.
Os que iam ser baptizados se dirigiram até a Casa de Deus cantando as ladainhas dos santos e levando cada um sua cruz. São Remigio conduzia a mão ao rei, seguido pela rainha e todo o povo. Antes de lhe deitar a água do baptismo o santo bispo lhe disse : "Orgulhoso guerreiro: tens que queimar o que hás adorado, e adorar o que hás queimado". Com isto queria dizer-lhe que daí em diante devia abandonar seus antigos maus costumes pagãos e observar a santa religião de Cristo Jesús.
Em seguida São Remigio, ajudado por outros três bispos e por muitos outros sacerdotes, baptizou a duas irmãs do rei e a três mil de seus soldados com suas mulheres e filhos. Esse foi um dia grande em que a nação francesa começou a pertencer à nossa santa religião.
O resto de sua vida a empregou Remigio em instruir ao povo e em ajudar aos necessitados, e combater os hereges que ensinavam doutrinas equivocas. Deus lhe concedeu o dom de fazer curas e anunciar o que ia a suceder no futuro. Morreu em 530.
Quando já era um ancião de mais de noventa anos, alguns se riram dele dizendo-lhe que era demasiado velho, e lhes respondeu: "Em vez de se rirem porque cheguei a esta idade, o melhor que deveriam fazer seria dar graças a Nosso Senhor, porque em todo este tempo não dei mau exemplo a ninguém". Oxalá pudéssemos repetir também nós semelhante afirmação tão consoladora.
Os franceses têm tido sempre uma grande admiração e veneração por São Remigio e nós damos graças a Deus porque nunca deixará de enviar a sua Igreja apóstolos que convertam os pecadores.

Hildemar, Beato
Janeiro 13   -  Mártir

Hildemar, Beato

Hildemar, Beato

Etimologicamente significa “guerreiro”. Vem da língua alemã.
Há nomes que não são próprios de nossa cultura e, sem embargo, em outras abundam muito.
O jovem Hildemar havia seguido a Guillermo o Conquistador em todas suas aventuras guerreiras por vários lugares de Europa.
Em recompensa por sua fidelidade e amizade, uma vez que conquistou Inglaterra, lhe deu o cargo de capelão da corte. Durou nada mais que o tempo em que esteve Guillermo no poder, pois apenas morreu, o perdeu.
Então, após chorar a morte de seu amigo, voltou a Tournai (Bélgica), de onde era originário.
Foi neste tempo quando se recompôs de novo sua vida para lhe dar uma nova volta. Com efeito, com dois bons amigos muito devotos, empreendeu uma nova aventura distinta das outras que havia levado com Guillermo.
Eles três se foram a um bosque em Arrouaise (Somme) com a santa intenção de viver entregues à oração e à penitência como ermitãos.
Nenhum dos três sabia que este bosque era propriedade de Berenger, um chefe de bandidos e ladrões que assaltavam e roubavam quanto podiam.
Durante o tempo que creu conveniente, fez vista grossa ante os novos visitantes, mas as suspeitas lhe vinham à mente com não muitos bons fins.
Por curiosidade enviou um dia a um de seus ladrões com toda a maior educação que se pode imaginar.
Lhes rogou que o deixassem entrar em seu grupo para fazer oração e penitência. Era pura falsidade.
Efectivamente, o admitiram como noviço entre eles para que aprendesse as regras de se comportar e saber a arte de fazer oração e levar uma vida segundo manda o Evangelho.
Hildemar o recebeu com os braços abertos. Ao cabo de 24 horas, o falso noviço os apunhalou enquanto oravam humildemente ao Senhor.
Isto ocorreu em 13 de Janeiro de 1087.
¡Felicidades a quem leve este nome!
“A maior vitória: o vencer-se a si mesmo” (Calderón de la Barca).
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">al Santoral">al Santoral">al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Verónica de Binasco, Beata
Janeiro 13   -  Virgem Agostinha

Verónica de Binasco, Beata

Verónica de Binasco, Beata

Virgem

Martirológio Romano: Em Milão, de Lombardia (hoje Itália), beata Verónica de Binasco Negroni, virgem, que entrou no mosteiro de santa Marta, onde se seguia a Regra de santo Agostinho, alcançando uma profunda contemplação (1497).
Verónica nasceu em Binasco, perto de Milão, em 1445, era filha de humildes camponeses. Aos vinte e dois anos entrou no convento agostinho de Santa Maria em Milão, e nele passou trinta anos de vida religiosa no humilde ofício de Irmã mendicante.
Morreu em 13 de Janeiro de 1497, e aos dez anos da morte, Leão X lhe concedeu o culto privado. Enquanto viveu em família só aprendeu o duro trabalho camponês; não foi à escola, assim que quando entrou no convento teve que lutar bastante para aprender a ler e escrever, mas os resultados foram escassos. Sem embargo, aprendeu a mais importante lição de vida ascética, quando a Virgem lhe revelou numa visão qual era o caminho a seguir para aprender a ciência divina que leva a Deus:
1) A pureza de coração.
2) A paciência para com o próximo, que não nos faz escandalizar das culpas, mas que nos leva a orar pelos que as cometem.
3) A meditação diária sobre a Paixão de Jesús.

Para que se lhe gravassem na memória estas simples mas preciosas noções, a Virgem as traduziu não em letras de alfabeto, mas com poético simbolismo de cores: o branco da pureza e do amor de Deus, o negro da paciência e o roxo da Paixão.
Assim, esta humilde monja analfabeta aprendeu a sabedoria directamente da fonte divina. Sem haver aberto nenhum livro de teologia, e muito menos um tratado de psicologia. Soror Verónica maravilhava a quantos se lhe acercavam pela audácia de sua doutrina. Também tinha uma clara intuição das aflições dos outros. Soror Verónica, estava em contacto permanente com a gente pelo ofício que tinha de pedir esmola de porta em porta, mas ela dava mais do que recebia dando a quantos se aproximavam o pão que alimenta a alma.
Por convite da Virgem, viajou a Roma a levar uma mensagem ao Papa, Alexandre Vl. O Papa (um grande devoto da Virgem) a recebeu amavelmente e a escutou com atenção porque compreendeu que se encontrava ante uma alma privilegiada.
A beata Verónica gozou do dom da profecia e usou-o para pré-anunciar o dia e a hora de sua morte. A profecia se cumpriu pontualmente, e soror Verónica expirou serenamente, em 13 de Janeiro de 1497.
O Papa Leão X confirmou seu culto en 1517.

Godofredo de Cappenberg, Santo
Janeiro 13   -  Conde e Religioso

Godofredo de Cappenberg, Santo

Godofredo de Cappenberg, Santo

Conde e Religioso

Martirológio Romano: No mosteiro de Ilbenstad, na Alemanha, são Godofredo, que, sendo conde de Cappenberg, desejou uma vida mais perfeita, para o qual converteu seu castelo em mosteiro e, havendo tomado o hábito canonical, se entregou a servir a pobres e enfermos (1127).
Etimologia: Godofredo = que vive em paz, é de origem germânica.
Godofredo, que morreu aos trinta anos de idade, pertence à categoria dos santos jovens que passaram sua vida na terra, preparando-se para o céu.
Godofredo era conde de Krappenberg e senhor de um grande distrito na diocese de Münster de Westfalia. Sua esposa provinha de uma família tão distinta como a sua. 
Sob a influência de São Norberto, fundador dos canónicos Premonstratenses, Godofredo decidiu converter seu castelo de Cappenberg em mosteiro dessa ordem,e em seguida persuadiu a sua mulher e a seu irmão para que renunciassem como ele ao mundo e se fizessem religiosos sob a direcção de São Norberto. O sogro de Godofredo lhe opôs uma resistência muito violenta e ainda o ameaçou de morte, mas o beato não deixou por isso de dar todas as suas posses aos premonstratenses. 
Perto de Cappenberg construiu um convento em que sua esposa e duas de suas irmãs tomaram o véu. Fundou além disso vários hospitais e outras instituições de caridade.
Sendo noviço premonstratense, se empregava nas ocupações mais humildes e lavava os pés aos enfermos e peregrinos albergados no hospital. Ainda que haja recebido já as ordens menores, não viveu o tempo suficiente para ser ordenado sacerdote.
Em 13 de Janeiro de 1127 entregou gozosamente sua alma a Deus, declarando que não queria viver um momento mais, nem por todo o ouro do mundo. Os premonstratenses celebram sua festa em 16 de Janeiro.

Agricio de Tréveris, Santo
Janeiro 13   -  Bispo

Agricio de Tréveris, Santo

Agricio de Tréveris, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Tréveris, cidade da Gália Bélgica (hoje Alemanha), são Agricio, bispo, que converteu em igreja o palácio que lhe deu santa Elena (c. 330).
A vida de São Agrécio (ou Agrício) há adquirido particular interesse nestes últimos anos, devido às discussões sobre a autenticidade da "Santa Túnica de Tréveris". Segundo a vida do santo (se trata de un documento certamente não anterior ao século XI e considerado pelos críticos como obra de pura imaginação), Agrécio foi primeiro, Patriarca de Antioquia; depois, o Papa São Silvestre, a instâncias da Imperatriz Elena, mãe de Constantino, o nomeou bispo de Tréveris.
Essa região de Alemanha, que havia sido evangelizada quase dois séculos antes, voltou a cair praticamente no paganismo. São Agrécio se dedicou a construir ali igrejas e a estabelecer relações mais estreitas com o centro da cristandade. Santa Elena o animou nesta tarefa e lhe enviou uma parte das preciosas relíquias descobertas por ela na Terra Santa.
Assim chegaram a Tréveris um dos cravos da cruz, a faca da Última Ceia, os corpos dos santos Lázaro e Marta, e o que passava por ser a túnica inconsútil (de uma só peça) do Senhor. Mas o carácter pouco fidedigno da biografia de São Agrécio, que narra isto, não é um argumento em favor da autenticidade dos factos. Por outra parte, a placa de marfim de origem bizantina, que alguns interpretam como uma representação dos santos Silvestre e Agrécio transportando num carro as relíquias a Tréveris, se refere provavelmente a outra translação de relíquias a Constantinopla, sob o imperador Leão I (457-474).
Se afirma também que São Silvestre concedeu a Tréveris, na pessoa de São Agrécio, a primazia sobre todos os bispos da Gália e Germânia. Deixando aparte estas ficções, os únicos dados certos que possuímos sobre São Agrécio são que assistiu como bispo de Tréveris ao Concílio de Arlés, em 314, e que foi sucedido por São Maximino.

Kentigerno (Mungo), Santo
Janeiro 13   - Bispo e Abade

Kentigerno (Mungo), Santo

Kentigerno (Mungo), Santo

Bispo e Abade

Martirológio Romano: Em Glasgow, cidade de Escócia, são Kentigerno, bispo e abade, que estabeleceu naquele lugar sua sede, e dele se conta que reuniu uma grande comunidade de monges, para imitar a vida da primitiva Igreja (603/612).
Kentigerno, mais conhecido pelo apodo de Mungo (“querido amigo”) teve um mau começo em sua vida, a princípios do século VI. Quando se descobriu que a princesa pictia Tanew ou Tannoch ia a dar a luz a um filho sem estar casada, seu enfurecido pai a atirou juntamente com o filho  (que ainda não havia nascido) desde a cúspide de sua fortaleza de Caprain Law. Tanto a mãe como o filho escaparam milagrosamente desta experiência terrível e fugiram para Este, acolhendo-se em sagrado na capela de São Ninian de Glasgow.
Com a passagem dos anos, o filho de Tanew foi ordenado, e com o tempo foi ordenado bispo desta cidade. Sua mãe, após seus começos infortunados, pôde recompor-se e se fez uma pia mulher. Anos depois foi canonizada. St Enoch, no coração de Glasgow é uma corrupção de seu nome, St Tannoch.
Kentigerno
é uma figura de que temos muito pouca informação, tal como sucede com São Ninian, e se lhe recorda principalmente por seus quatro milagres representados no escudo de Glasgow, da qual é padroeiro. Foi obrigado a fugir para Gales, onde se refugiou com São David em Menevia, e mais tarde fundou o mosteiro de São Asaph’s.
Quando o rei Rhydderch venceu aos pagãos na batalha de Arderydd no ano 573, Mungo voltou a Strathclyde, preparando sua sede em Hoddam no condado de Dumfries (Dumfriesshire) antes de voltar a Glasgow, onde deixou sua grande catedral que permanece ainda hoje.
São Kentigerno morreu no ano 612.

 

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Outros Santos e Beatos
Janeiro 13   -  Completando o santoral deste dia

São Pedro,

presbítero e mártir


Na cidade de Capitolias, em Batanea (hoje Israel), são Pedro, presbítero e mártir, que acusado ante Walid, príncipe dos sarracenos, de pregar em público a fé em Cristo, consumou seu martírio cravado numa cruz, depois de lhe terem amputado a língua, mãos e pés (713).


Santos e mártires

Gumersindo,

presbítero, e

Servideo,

monge


Em Córdoba, cidade da região hispânica de Andaluzia, santos mártires Gumersindo, presbítero, e Servideo, monge, os quais, reconhecendo-se como cristãos ante os príncipes e juízes muçulmanos, perderam sua vida pela fé em Cristo (852).


Santa Juta ou Iveta,

reclusa


Perto de Huy, na região de Liege, na Bélgica, santa Juta ou Iveta, a qual, havendo ficado viúva, se dedicou a curar leprosos e, mais tarde, se fez reclusa numa cela perto deles (1228).


Santos  e  mártires

Domingo Pham Trong (An) Kham,

Lucas (Cai) Thin, seu filho, e

José Pham Trong (Cai) Tá


Na cidade de Nam Dinh, em Tonquín (hoje Vietname do Norte), santos mártires Domingo Pham Trong (An) Kham, Lucas (Cai) Thin, seu filho, e José Pham Trong (Cai) Tá, todos os quais, em tempo do imperador Tu Duc, preferiram os tormentos e a morte antes que pisar a cruz (1859).


Beato Emílio Szramek

presbítero e mártir

B. EMILIO SZRAMEK
No campo de concentração de Dachau, perto de Munich, de Baviera, na Alemanha, beato Emílio Szramek, presbítero e mártir, que sendo oriundo de Polónia, durante a guerra foi enviado a este lugar por defender a fé e Cristo, e ali faleceu depois de haver sido atormentado de diversas maneiras (1942).


Santos Hermilio e Estratonico,

mártires

SANTOS HERMILIO Y ESTRATONICO
Em Singidón, em Mesia (hoje Roménia), santos mártires Hermilio e Estratonico, que, depois de cruéis tormentos, foram precipitados no rio Ister (hoje Danúbio), em tempo do imperador Licínio (c. 310).

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português, por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...