• Voto e Félix, Santos
Maio 29 - Eremitas
Voto e Félix, Santos
Eremitas
Todo Aragão, com Saragoça, está dominado pelos sarracenos que faz mais de meio século chegaram a Espanha. Os cristãos sobrevivem como podem sua fé numa situação nova que ainda não está de todo clarificada. Agora resulta que os cristãos de sempre, os discípulos de Jesus Cristo de toda a vida, têm que pagar tributos especiais ao mouro se querem seguir fazendo as práticas cristãs. Assim, desgostados e humilhados como muitos outros, vivem os irmãos Voto e Félix que são gente pertencente a la nobreza, piedosos e bons com os pobres.
Voto é amante da caça. Há ferido a um cervo no monte, e percorre o terreno revolvendo arbustos e procurando encontrá-lo. Alertado pelos latidos, vê os cães acossando o animal que vai fugindo; esporeia a seu cavalo e se une à perseguição. O cervo se despenha por um precipício e, quando Voto se dá conta, o cavalo vai em desfilada. Se encomenda a são João Baptista em seu apuro e o cavalo se imobiliza, sem saber como, mesmo à beira da ribanceira. (Ainda hoje os vizinhos devotos do lugar se atrevem a mostrar na penha as pegadas que deixaram ali as ferraduras do animal).
Entre assustado e agradecido, inspecciona Voto o lugar, encontrando entre as matas e arbustos uma ermida dedicada a são João Baptista que em seu interior tem um homem morto e uma escritura onde se lê: «Eu, João, eremita neste sitio, havendo desprezado o mundo, fundei como pude esta ermida em honra de são João Baptista, e aqui descanso em paz. Ámen.». Numa situação como a sua está aturdido e não sabe que fazer ¡são tantas as coisas sucedidas em tão pouco tempo!... decide dar sepultura ao morto e, terminada a obra de piedade, regressa a sua casa com a alma encolhida e ansiando pôr ao corrente dos acontecimentos a seu irmão Félix.
Da conversação deduzem que o morto bem pudera ser João, o de Atarés, de quem ninguém dava razão desde havia alguns anos, depois que desapareceu; se acertaram em sua conjectura, tudo se explica pelo retiro a uma vida solitária e santa. Agora tudo se junta na cabeça: a presença dos mouros e as dificuldades para ser homens íntegros de fé; lamentam o tempo desperdiçado em caças e naderías, conversam sobre o sentido da vida; não lhes sai da cabeça a milagrosa paragem do cavalo a ponto de despenhar-se e a descoberta do solitário, morto e já enterrado, da ermida... «¿Não estará em tudo isto falando-nos Deus?».
Decidem repartir seus bens entre os pobres e se marcham para o monte Panno; constroem duas ermidas junto à que já havia e começam um retiro em paz. Ali contemplam com piedade a Paixão de Cristo, meditam animosamente as verdades eternas; é parco seu alimento de raízes, ervas e frutos que dá o campo, em alguma armadilha caem animais e, de tarde em tarde, tiram alguns ovos de ninhadas selvagens; um e outro se sentem movidos, além disso, a acrescentar mortificação pelos pecados próprios e alheios. Não lhes faltam momentos de tentações, se sentem às vezes com vontade de voltar à civilização; um alenta ao outro quando manifesta debilidade ou cansaço e juntos se apoiam com a oração.
Descoberta sua presença por outros que vão ocupando o monte fugindo da escravatura que supõe conviver com os discípulos do Profeta, vão agregando-se gentes que constroem outras cabanas onde viver na proximidade e abrigo dos eremitas. Recordando as gestas de dom Pelayo nas Astúrias se aprestam a organizar uma possível defesa em caso de necessidade; elegem como capitão a dom García Jiménez que é militar e tem experiência na luta contra os maometanos; em todo este novo modo de viver, Voto e Félix ajudam com sua aprovação sem abandonar seu principal cometido orante. Voto morre primeiro, no dia 29 de Maio, algo depois se despediu Félix deste mundo e sua festa se celebra no mesmo dia pela união mantida no sitio, tempo e modo de santidade.
• Guillermo Arnaud e companheiros mártires, Beatos
Maio 29 - Mártires
Guillermo Arnaud e companheiros mártires, Beatos
Mártires
Guillermo foi um dos primeiros frades a que foi encarregado o oficio de inquisidor na diocese de Tolosa (França) “em favor da fé cristã e da obediência à Igreja romana”.
Foi preso dolosamente pelos hereges em Avinhão junto com ouros frades de nossa Ordem: o presbítero Bernardo de Rochefort e o irmão Garcia de Aure, junto com outros oito companheiros de ambos cleros.
Estes ilustres protomártires dominicanos, como testemunhas excelsas de sua fé, se entregaram ao martírio “gozosos como homens apostólicos” e cantando o Te Deum, (Vidas dos frades, Parte V c. I, 1) na noite da ,Ascensão do Senhor, em 29 de Maio de 1242. Suas relíquias se perderam no século XVI.
A lista de mártires está integrada por:
1 - Guillermo Arnaud (Dominicano); 2 - Bernardo di Roquefort (Dominicano); 3 - Garcia d’Aure (Dominicano converso, nativo da diocese de Comminges); 4 - Stefano di Saint-Thibery (inicialmente abade, logo frade menor); 5 - Raimondo Carbonius (frade menor);
6 - Raimondo di Cortisan (conhecido como "o Escritor", detto “lo Scrittore”, canónico de Tolosa e arquidiácono de Lézat); 7 - Bernardo (membro do clero da catedral de Tolosa); 8 - Pietro d’Arnaud (notário da inquisição); 9 - Fortanerio (clérigo); 10 - Ademaro (clérigo);
11 - O Prior de Avignonet (Monge professo em Cluse, cubo nome lastimosamente não se conhece).
Pío IX confirmou seu culto em 6 de Setembro de 1866.
• Sisínio, Martório e Alexandre, Santos
Maio 29 - Mártires
Sisínio, Martório e Alejandro, Santos
Mártires
Mártires mortos em Medol (Tirol) em 29 de Maio de 397.
Ainda que o cristianismo estivesse a ponto de se converter em religião de Estado, os cristãos todavia eram perseguidos em muitos lugares do Império. Alguns funcionários fechavam os olhos, e inclusive chegavam a ser cúmplices. Assim morreram Sisínio, Martório e Alexandre, missionários que Virgílio, bispo de Trento, havia enviado a divulgar o Evangelho nessa diocese.
Sisínio era um diácono originário de Capadócia, Martório e seu irmão Alexandre não haviam recebido mais que ordens menores: de leitor e de porteiro.
Ao chegar, os notáveis do lugar os submeteram a mil vexações, sob o olhar indiferente das autoridades. O nojo destes pagãos se aumentou quando os viram construir uma igreja e realizar conversões. E se desencadeou o dia em que Sisínio foi retirar com suas mãos a um neófito a que queriam sacrificar aos deuses.
Se lançaram sobre a igreja para a saquear e partiram o crânio a Sisínio com o corno que servia para chamar à oração. Ataram Martório a uma árvore do jardim e lhe atravessaram o peito e o ventre com paus pontiagudos. A seu companheiro Alexandre, o passearam pelo povo com um cencerro colocado ao pescoço e depois atiraram-no vivo a uma fogueira em que já ardiam os corpos de seus companheiros.
• Úrsula Ledóchowska, Santa
Maio 29 - Fundadora
Úrsula Ledóchowska, Santa
Fundadora da Congregação de
Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Jesús Agonizante
A família Ledochowska é uma família verdadeiramente privilegiada. deu ao mundo duas fundadores e bem-aventuradas com as honras da beatificação: Maria Teresa e Júlia Maria, que em religião tomará o nome de Úrsula. A primeira fundou o Sodalício de S. Pedro Claver; e a segunda, as Irmãs Ursulinas do Coração Agonizante de Jesus. Júlia Maria veio ao mundo dois anos depois de sua irmã, a 17 de Abril de 1865, em Loosdorf, na Áustria, das segundas núpcias do Conde Polaco, António Ledochoski com a Condessa suíça, Josefa Salis-Zizers. Em 1874, a família Ledochowska emigrou para S. Polten onde Júlia Maria frequentou as aulas do Instituto da Santíssima Virgem Maria, fundado pela Serva de Deus, Maria Ward (1585-1645). Em 1883 acompanhou os pais para a cidade de Murowana, na diocese de Tárnow. Aos 21 anos entrou nas Irmãs Ursulinas de Cracóvia. Sendo eleita Superiora do mosteiro em 1904, deu nova forma à vida regular do Instituto, consentânea com o espírito da fundadora, santa Ângela Merici (1474-1540), mas mais adequada à salvação das almas do século XX. Assim, abriu na Polónia um lar para jovens universitárias, que estudavam longe das famílias. Escolheu bons teólogos, que a auxiliassem na formação intelectual, e moral das meninas, a fim de que elas, a par das ciências profanas, aprofundassem também as verdades da fé. Em 1907, anuindo aos desejos de São Pio X, partiu com algumas religiosas para S. Petersburgo, capital da Rússia dos czares, a fim de abrir novo lar para universitárias. Além do trabalho educativo e apostólico com a juventude e adultos (Congregações Marianas, cursos de aprofundamento religioso, pedagogia católica e sociologia), entregou-se com toda a alma a criar um clima de compreensão recíproca entre católicos e ortodoxos. Estudou a língua russa, a fim de poder ensinar e alarga o campo de apostolado. Na Finlândia construiu, em 1909, um pensionato e uma escola média superior, segundo o modelo das escolas inglesas «plain air» para jovens de saúde delicada. Tomou contacto com protestantes espiritualmente abandonados. Organizou um ambulatório gratuito para pescadores pobres. Traduziu para finlandês o catecismo e cânticos religiosos, desejosa de partilhar com todas as riquezas da fé. No começo da primeira guerra mundial, foi expulsa da Rússia. Refugiou-se na Suiça, país neutro, que lhe permitiu manter o contacto com as Irmãs que ficaram na Rússia. Infatigável no zelo apostólico, tratou de reunir as senhoras católicas,. convidando-as para fazer exercícios espirituais. Assim fundou, em 1915, na Suiça protestante, uma Congregação Mariana, que perdura ainda hoje. Estendeu a sua acção à Dinamarca, em favor dos órfãos dos emigrantes polacos. Em 1925, deu inicio na Polónia à Cruzada Eucarística, que em 1939 contava cerca de 200 000 crianças. Por estes dados já se pode ajuizar do dinamismo e garra desta mulher, que soube unir perfeitamente a acção à oração. Não lhe faltaram grandes sofrimentos como, por exemplo, a não aceitação pelas religiosas Ursulinas da Polónia das Irmãs que voltaram da Rússia e da Dinamarca. teve assim a irmã Úrsula, que nunca pensara em ser fundadora, de dar inicio a uma nova Congregação: Irmãs Ursulinas do Santíssimo Coração Agonizante de Jesus, cujas Constituições redigiu e Pio XI aprovou. O nome da nova Congregação traduz o espírito que deve animar os seus membros, que a irmã Úrsula resumiu nesta frase: «Inflama-te na oração até arder e gasta-te no trabalho até dar a vida». Dotada de espírito sobrenatural e arejado, foi precursora do movimento ecuménico. Durante a sua permanência na Rússia, pediu licença para a capela doméstica das religiosas estar aberta aos Orientais. Na Finlândia, procurou acercar-se dos Protestantes. Nos trabalhos apostólicos o interesse primário era para os pobres e desvalidos, mas sem excluir ninguém. Cristo veio para salvar a todos. O mesmo ambicionava a irmã Úrsula, que no «Tenho sede» de Cristo na cruz e na expressão Paulina «A caridade de Cristo nos constrange» se inflamava de tal forma que se via impelida por uma força quase sobre-humanas a vencer todas as dificuldades, por maiores que fossem, e a abraçar qualquer sacrifício , por mais repugnante que parecesse, quando o bem das almas estava em causa. Assim viveu até 29 de Maio de 1939, dia em que na cidade de Roma placidamente partiu para os braços do Pai. Foi beatificada por João Paulo II no dia 20 de Junho de 1983 e canonizada pelo mesmo papa em 18 de Maio de 2003. AAS 74 (1982) 343-6; 75 (1983) 1070-5; 79 (1987) 1264-8; DIP 5, 567-9. www.jesuitas.pt.
Ver também: http://es.catolic.net/santoral
Reproduzido com autorização de Vatican.va
• José Gérard, Beato
Maio 29 - Missionário Oblato
José Gérard, Beato
José Gérard veio ao mundo em Bouxieres-aux-Chênes (França), a 12 de Março de 1831. Seus pais, João Gerárd e Úrsula Stofflet, honrados e piedosos agricultores, apressaram-se a levar ao baptismo o seu primogénito, logo no dia seguinte. A primeira comunhão recebeu-a a 2 de Fevereiro de 1842 e o Crisma dois anos depois. Por esta altura, graças ao ambiente familiar e conselhos do seu pároco, nasceu nele a vontade se ser sacerdote. Entrando a frequentar os estudos na diocese de Nancy, cedo deu provas der estudante aplicado e piedoso. mais ainda: o zelo de salvar almas ia crescendo e impelia-o para mais longe, para as longínquas missões entre infiéis. Entrou, sem demora, em contacto com u m Instituto Missionário, que especialmente o atraia: os Oblatos de Maria Imaculada, e neles foi admitido no dia 9 de Maio de 1851, já com alguns estudos teológicos. No ano de noviciado sobressaiu pela devoção a Nossa Senhora e pelo zelo apostólico, a ponto de merecer a graça que tanto desejava. O seu Superior, sendo ele apenas diácono, houve por bem destiná-lo à África do Sul, aonde finalmente arribou a 21 de Janeiro de 1854, após oito meses de trabalhosa navegação. Aí, no mês seguinte, receberia a ordenação sacerdotal, para logo entrar nas lides apostólicas. Coube-lhe de inicio uma região onde nada de apreciável conseguiu ao longo de sete anos de trabalho exaustivo. Os habitantes recusaram o Evangelho, e ele passou a evangelizar os povos de Basutolândia, actual Lesoto. Aqui trabalhou por largos 50 anos com tanto zelo e tanto fruto que bem merece ser chamado o fundador das missões entre os Basutos. As muitas qualidades e virtudes do Padre Gerárd fizeram dele um insigne missionário. Não havia para ele empreendimento impossível nem estorvo insuperável. Confiava totalmente no Senhor e insistia na oração frequente. Pobre e humilde, tirava da humildade força para tudo levar a bom termo. Verdadeiro religioso , tinha como norma proceder sempre conforme as exigências da vocação, no fiel seguimento de Cristo e na constante comunicação com Deus. Daqui provinham, o espírito de sacrifício e de abnegação, o ardor da sua fé, o afã de em tudo e alegremente cumprir a vontade de Deus, enfim, a entrega total ao serviço de todos. Ouçamos João Paulo II na homilia da beatificação: «Por onde quer que o beato Gerárd andasse, sabia viver a vocação missionária com extraordinário fervor apostólico. O seu amor a Deus, cada vez mais ardente, manifestava-se no amor concreto para com o próximo. Ele é reforçado pela sua especial solicitude a favor dos doentes. Através de visitas frequentes e de um trato muito gentil, em todos infundia coragem e esperança. Com aqueles que se encontravam à beira da morte tinha palavras que os dispunham para o seu encontro com Deus». Nada, portanto, de estranhar que o apelidassem de santo e que uma idosa mulher, testemunha das suas virtudes durante 40 anos, dissesse: «Ele foi o melhor sacerdote de quantos conheci. Não poderá haver outro mais santo. Se ele não é santo e não entrou no Céu, ninguém lá poderá entrar, nem branco, nem preto». O P. José Gerard parecia um Evangelho vivo, comprovando com as obras a doutrina que ensinava. São do seu diário as frases seguintes: «O bom Deus quer que sejamos santos, puros». «É uma obrigação para mim e para todos». «Sinto continuamente o dever de ser um com Jesus e Maria, para fazer bem às almas. Sem isto, que cristianismo, que santidade poderei inculcar?». De novo uma referência do Santo Padre: «O segredo da sua santidade, a chave da sua alegria e do seu amor às almas residia no facto de andar sempre unido a Deus… As pessoas queriam estar perto dele, porque parecia estar continuamente junto de Deus… Durante as longas e difíceis viagens, conversava frequentemente com o seu amado Senhor. Este sentido vivo de estar sempre na presença de Deus, explica a sua constante fidelidade aos votos religiosos de castidade, pobreza e obediência, e às suas obrigações como sacerdote». Os seus últimos anos decorreram na humildade, dedicando-se ao trabalho apostólico de olhos postos só em Cristo e na sua Igreja. Padeceu breve enfermidade, sendo então de notar a perfeita submissão à vontade de Deus. Recebidos os sacramentos, gasto pelo trabalho e pela idade, voou placidamente para o Senhor, a 29 de Maio de 1914, na missão chamada Roma, tão querida para ele. O seu funeral converteu-se em verdadeiro triunfo. Foi beatificado por João Paulo II em Maseru, capital de Lesoto, no dia 15 de Setembro de 1988. AAS 47 (1955) 698-700; 69 (1977) 173-7. www.jesuitas.pt
Ver também http://es.catholic.net/santoral
• Elías de San Clemente (Teodora Fracasso), Beata
Maio 29 - Monja Carmelita
Elías de San Clemente (Teodora Fracasso), Beata
Soror Elías de San Clemente nasceu em Bari (Itália) em 17 de Janeiro de 1901. Aos quatro dias foi baptizada, com o nome de Teodora, na igreja de Santiago por seu tio dom Carlo Fracasso, capelão do cemitério. Recebeu a confirmação em 1903.
Em 1929, seu pai, Giuseppe Fracasso, mestre pintor e decorador edil, com grandes sacrifícios abriu um negócio para a venda de pinturas. Sua mãe, Pasqua Cianci, se ocupava dos trabalhos domésticos.
Considerados ambos como óptimos cristãos praticantes, tiveram nove filhos, quatro dos quais morreram em tenra idade. Representaram um ponto seguro de referência em seu crescimento humano e espiritual para os cinco filhos que restaram em vida: Prudenzia, Ana, Teodora, Domenica e Nicola.
En 1905 la familia se trasladó a la calle Piccinni, a una casa que tenía un pequeño jardín; allí Teodora, a la edad de cuatro o cinco años, afirmó haber visto en sueños a una bella "Señora" que se paseaba entre las hileras de lirios florecidos y después desapareció repentinamente con un haz de luz, a la cual le prometió hacerse monja cuando fuese mayor.
El 8 de mayo de 1911 recibió la primera Comunión; la noche precedente vio en sueños a santa Teresa del Niño Jesús, que le predijo: "Serás monja como yo".
Entró en la asociación dominica "Beata Imelda Lambertini", cultivando una profunda piedad eucarística; pasó enseguida a la "Milicia Angélica" de santo Tomás de Aquino. Reunía periódicamente a las amigas en su casa para meditar y orar juntas.
La vocación religiosa de Teodora comenzó a definirse con la ayuda del padre Pedro Fiorillo, o.p., su director espiritual, que la introdujo en la Tercera Orden Dominica, en la cual, admitida como novicia el 20 de abril de 1914 con el nombre de Inés, hizo la profesión el 14 de mayo de 1915, con dispensa especial por tener sólo catorce años.
A finales de 1917, Teodora decidió dirigirse al padre jesuita Sergio Di Gioia para pedir consejo, el cual, convertido en su nuevo confesor, después de un año, decidió encaminarla, junto con su amiga Clara Bellomo, futura sor Diomira del Amor Divino, al Carmelo de San José, al que acudieron ambas por vez primera en diciembre de 1918.
Durante el año 1919, bajo la guía sabia y prudente del padre Di Gioia, se preparó espiritualmente para su ingreso en el monasterio.
Entró en la Orden de los Carmelitas Descalzos el 8 de abril de 1920 y vistió el hábito el 24 de noviembre del mismo año, tomando el nombre de sor Elías de San Clemente. Emitió los primeros votos el 4 de diciembre de 1921: "Sola a los pies de mi Señor crucificado —escribió—, lo miré largamente, y en aquella mirada vi que él era toda mi vida". Además de santa Teresa de Jesús, tomó como guía a santa Teresa del Niño Jesús. Hizo la profesión solemne el 11 de febrero de 1925.
Su camino, desde el inicio, no fue fácil. Ya en los primeros meses del noviciado había tenido que afrontar con gran espíritu de fe no pocas dificultades. Siempre observante de las Reglas y de los actos comunitarios, sor Elías pasaba gran parte de la jornada en su celda, dedicada a los trabajos de costura que se le encomendaban; la madre priora la nombró sacristana en 1927. En las pruebas la orientó el padre Elías de San Ambrosio, procurador general de la Orden de los Carmelitas Descalzos, que la había conocido en 1922, con ocasión de una visita al Carmelo de San José, y con el cual la joven religiosa mantuvo una edificante correspondencia epistolar, con gran provecho.
Afectada en enero de 1927 de una fuerte gripe que la debilitó mucho, sor Elías comenzó a acusar frecuentes dolores de cabeza, de los que no se lamentaba, y que soportaba sin tomar ninguna medicina.
Pocos días antes de Navidad, el 21 de diciembre, sor Elías comenzó a tener una fuerte fiebre y otras molestias, a las que no se dio la debida importancia. Sin embargo, la situación se hizo cada vez más preocupante. El 24 de diciembre la visitó un médico que, aunque diagnosticó una posible meningitis o encefalitis, no consideró la situación clínica particularmente grave, por lo que hasta la mañana siguiente no fueron convocados a la cabecera de la enferma dos médicos, los cuales desgraciadamente constataron que sus condiciones eran irreversibles.
Murió a mediodía del 25 de diciembre de 1927. Hizo su entrada en el cielo en un día de fiesta, como lo había predicho: "Moriré en un día de fiesta". El arzobispo de Bari, mons. Augusto Curi, celebró el funeral al día siguiente en presencia de los familiares de la sierva de Dios y con la participación de mucha gente.
La joven carmelita dejó en todos un profundo recuerdo, y también una gran enseñanza: es necesario caminar con gozo hacia el Paraíso porque es el destino de todo creyente.
Fue beatificada por S.S. Benedicto XVI el 18 de marzo de 2006.
Reproduzido com autorização de Vatican.va
SÃO MAXIMINO
Bispo (349)
São Maximino, celebérrimo no século IV, nasceu no Poitou, França. A fama de santidade de que então gozava Santo Agrício, bispo de Tréveros, fez com que Maximino deixasse a pátria e fosse em busca desse prelado. Recebidas as ordens sacras, comportou-se em suas funções com tanta edificação e prudência, que não quiseram em Tréveros outro prelado, quando se deu a morte de Santo Agrício. O que distinguiu sobretudo o seu mérito foi o zelo e a fortaleza que mostrou em defesa da fé católica contra os arianos. O maior rancor destes era contra Santo Atanásio, a quem olhavam como o mais formidável inimigo. Conseguiram surpreender Constantino, que, vendo Atanásio ser condenado num conciliábulo em Tiro, sem examinar a causa, desterrou este eminente prelado para a diocese de Tréveros. A dor de ver a injustiça feita a santo Atanásio era comum a todos os bispos da Igreja Católica; mas o que distinguiu entre todos Maximino foi que, sem temor de Constantino, recebeu Atanásio com toda a veneração. Depois da morte de Constantino, seu filho mais velho, Constantino o Moço, em cumprimento da vontade do pai, fez cessar o desterro de Atanásio e deu-lhe cartas cheias de testemunhos de louvor. Agradecido este prelado aos bons ofícios do colega de Tréveros, que tinha podido conhecer nos dois anos e quatro meses que estivera em sua companhia, testemunhou depois aos bispos que sustentavam a fé de Niceia, a pureza da fé e a santidade da vida de Maximino. Os arianos reuniram outro conciliábulo, no qual pela segunda vez depuseram Santo Atanásio, que teve de fugir. Sabendo os hereges que o imperador Constante favorecia o prelado, procuraram ganhar o príncipe, como tinham ganho Constâncio, seu irmão. Mas São Maximino defendeu a inocência de Atanásio e provou a fé ortodoxa dele. Os hereges queixaram-se do bispo de Tréveros, que os privara das boas graças do imperador Constante. De facto, este prudente príncipe não quis receber os deputados do Arianismo. Também São Maximino esteve presente no concilio de Milão, no ano 345, onde os eusebianos, isto é, os arianos orientais, assim chamados de seu chefe Eusébio de Nicomédia, foram igualmente condenados. Nesta cidade teve o gosto de ver Santo Atanásio; conferenciando ambos sobre os meios de dar uma paz sólida à Igreja, creram que o único era a reunião de um concilio. Assim se realizou, dois anos mais tarde, o concilio não ecuménico de Sárdica, em que esteve S. Maximino e onde foi de novo restabelecido Santo Atanásio. Mas os arianos não descansaram: reuniram-se também e, para criarem confusões, propalaram, também como de Sárdica, um documento em que excomungaram (?) designadamente São Maximino, o papa Júlio, santo Atanásio e os principais prelados ortodoxos; alegando contra o bispo de Tréveros ter sido a causa do imperador Constantino não receber os deputados dum concilio e de ter sido o primeiro que estivera em comunicação com S. Paulo de Constantinopla, por eles deposto. Estas razões, que os hereges queriam transformar em delitos, são outros tantos elogios que lhe aumentaram o merecimento. O santo não sobreviveu muito tempo. Morreu no Poitou, no ano de 349. www.jesuitas.pt
http://es.catholic.net/santoral e www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução parcial – de espanhol para português – por António Fonseca