domingo, 20 de junho de 2010

Sobre morte de José Saramago – artigo de L’Osservatore Romano – Boletim Agência Ecclesia – 20-6-2010

 

In: Boletim da Agência Ecclesia – 20-06-2010

Jornal do Vaticano lembra Saramago

OR

O Jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, publica na sua edição dominical um artigo dedicado ao escritor português José Saramago, falecido na passada Sexta-feira, aos 87 anos de idade.

Intitulado “A (presumível) omnipotência do narrador”, o obituário assinado por Claudio Toscani fala num “provocador” Prémio Nobel da Literatura e começa mesmo por citar um excerto do romance “Todos os Nomes” para apresentar o pensamento de Saramago sobre a morte.

Após um breve aceno ao percurso biográfico do autor português, o jornal do Vaticano fala num “eterno marxista”, “um homem e um intelectual de nenhuma admissão metafísica, ancorado até ao final numa confiança arbitrária no materialismo histórico”.

“Colocado lucidamente entre o joio no evangélico campo de trigo, declara-se sem sono pelo pensamento das cruzadas ou da Inquisição, esquecendo a memória do ‘gulag’, das purgas, dos genocídios, dos ‘samizdat’ culturais e religiosos”, assinala o longo artigo.

A obra de José Saramago, lê-se, tem um “tom de inevitável apocalipse, cujo perturbador presságio pretende celebrar o falhanço de um Criador e da sua criação”.

Toscani recorda a produção literária do escritor português, qualificando o romance “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (1991) de “obra irreverente” que constitui um “desafio à memória do cristianismo”.

“Relativamente à religião, atada como esteve sempre a sua mente por uma destabilizadora intenção de tornar banal o sagrado e por um materialismo libertário que quanto mais avançava nos anos mais se radicalizava, Saramago não se deixou nunca abandonar por uma incómoda simplicidade teológica”, escreve.

Para o Jornal do Vaticano, “um populista extremista como ele, que tomou a seu cargo o porquê do mal do mundo, deveria ter abordado em primeiro lugar o problema das erróneas estruturas humanas, das histórico-políticas às sócio-económicas, em vez de saltar para o plano metafísico”.

O artigo afirma que Saramago não devia ter “culpado, sobretudo demasiado comodamente e longe de qualquer outra consideração, um Deus no qual nunca acreditou, através da sua omnipotência, da sua omnisciência, da sua omniclarividência”.

Particularmente dura é a crítica sobre o “inaceitável” «Caim», que o “Osservatore Romano apresenta como “um romance-saga sobre a injustiça de Deus, uma anti-leitura bíblica parodiante”.

Em Portugal, a morte de Saramago levou à publicação de um “voto de pesar” do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (organismo dependente da Conferência Episcopal Portuguesa), no qual se recordava que “o cristianismo e o texto bíblico interessaram muito ao autor como objecto para a sua livre recriação literária”.´

“Há uma exigência e beleza nessa aproximação que gostaríamos de sublinhar. O único lamento é que ela nem sempre fosse levada mais longe, e de forma mais desprendida de balizamentos ideológicos”, assinala o texto.

Fotos

Internacional | Agência Ecclesia | 2010-06-20 | 15:50:50 | 3770 Caracteres | Igreja/Cultura

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Embora pessoalmente tenha sempre discordado do pensamento anti católico que sempre manifestou José Saramago, nos seus livros e nas suas entrevistas que tanta polémica e celeuma originaram no seio do povo português, sempre reconheci que apesar de tudo era um homem inteligente e que mereceu o Prémio Nobel que lhe foi atribuído, mas não alinho no endeusamento que se está pretendendo efectuar a nível oficial do Governo e de alguns Partidos políticos. No entanto como homem admito que seja admirado pelo que fez em prol da língua portuguesa, conseguindo que os seus livros tenham mercado em praticamente todo o mundo – no entanto, todos tivemos ocasião de ouvir muita gente a falar na Televisão, dizendo que nunca leram os livros dele… aliás, como eu… e outros que aproveitaram para gritar no cemitério – ( “… a luta continua… a luta continua” – não sei o que é que isso tem a ver, mas enfim…).  Com a transcrição que acabo de fazer através do boletim da Agência Ecclesia, de hoje, desejo esclarecer que lamento a sua morte e a sua perda para as letras em Portugal, apenas e só…  António Fonseca

Nº 1042 - 20 DE JUNHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

Nossa Senhora da Consolação
Junho 20   -  Invocação Mariana

Nuestra Señora de la Consolación

Nuestra Señora de la Consolación

A Mãe que consola e sustenta

No dia 20 de Junho celebra-se a festa da Santíssima Virgem da Consolação, padroeira especial de Turim e do Piemonte.
O culto da Virgem da Consolação data do século XI, quando se ampliou o primitivo edifício dedicado a Santo Andrés e se erigiu, no decurso do século XVIII o Santuário da Consolação, uma das igrejas mais belas e mais amadas pelos habitantes de Turim.
Em relação com o culto da Virgem da Consolação, se narra que, no mesmo sitio em que hoje admiramos o santuário, havia um pequeno templo que se viu destruído numa das invasões dos bárbaros.
Alguns anos depois, na cidade de Briançon, um homem cego de nascimento, teve em sonhos uma visão da Virgem Maria que o exortou a chegar a Turim para buscar um quadro com sua efígie que se havia extraviado. 
O homem, chegado àquele sitio, recobrou milagrosamente sua vista e pôde ver a Virgem, que se apresentou como "Consoladora" e se converteu na padroeira de Turim.
Hoje, a Virgem do Consolo (ou da Consolação) não só é venerada por muitíssimos fiéis que a ela imploram graça e consolo e que com fé e com devoção participam na procissão que, todos os anos durante sua celebração, sai do Santuário e serpenteia pelas ruas da cidade.
Ela é também a Mãe inspiradora dos missionários que, em seu nome, se empenham em levar o Evangelho por todo o mundo. Ao igual que María, que veneram sob o título de Consolação, pretendem levar ao mundo o autêntico Consolo que é Jesús, o Evangelho e com isso sua presença junto aos marginais, com a ajuda aos aflitos, a cura dos enfermos, a defesa dos direitos humanos e ao fomento da justiça e da paz.
Por tudo isso, eles se dedicam à Missão de forma total, sem nenhuma classe de vínculos, afastados da materialidade das coisas, professando a pobreza e a obediência no espírito da beatitude evangélica.

Mártires Ingleses
Junho 20   -  Festa

Mártires Ingleses

Mártires Ingleses

Mártires

Foram (milhares) de homens e mulheres, clérigos e laicos que deram sua vida pela fé entre os anos 1535 e 1679 em Inglaterra. 
Já haviam surgido dificuldades entre o trono inglês e a Santa Sede que punham os fundamentos de uma previsível ruptura; o motivo foi duplo: o trono se reservou unilateralmente a nomeação de bispos para as diferentes sedes - o que supunha uma liberdade de Roma para o desempenho de sua missão espiritual -, ao tempo que punha impostos e agravamentos tanto a clérigos como a bens eclesiásticos - o que supunha uma  injustiça nos pressupostos económicos da Santa Sede -. Logo vieram os problemas de ruptura com Roma em tempos de Enrique VIII, com motivo do intento de dissolução do matrimónio com Catalina de Aragão e sua posterior união com Ana Bolena, apesar de que o rei inglês havia recebido o título de Defensor da Fé por seus escritos contra a heresia luterana no começo da Reforma. Mas foi sobretudo na sucessão ao trono, depois da morte de María, filha legítima de Enrique VIII e Catalina de Aragão, quando começa a reinar em Inglaterra Isabel, quando se desencadeiam os factos persecutórios a cujo termo há que contar 316 martírios entre laicos homens e mulheres e clérigos altos e baixos.
Primeiro foram duas leis - bem pôde ser a gestão do primeiro ministro de Isabel, Guillermo Cecil - principalmente as que deram o pressuposto político necessário que justificasse tal perseguição: O Decreto de Supremacia, e a Acta de Uniformidade (1559). Por elas o Trono se arrogava a primazia no político e no religioso. Assim a Igreja deixava de ser «católica» – universal - passando a ser nacionalinglesa - cuja cabeça, como no político era Isabel. E o juramento de fidelidade necessário supôs para muitos a inteligência de que com ela renunciavam à sua condição de católicos submetidos à autoridade do papa e portanto era interpretado como uma desvinculação de Roma, uma heresia, uma questão de renúncia à fé que não podia aceitar-se em consciência. Deste modo, quem se negava ao mencionado juramento - necessário por outro lado para o desempenho de qualquer cargo público - ou quem o rompia ficava ipso facto considerados como traidores ao rei e eram tratados como tais pelos que administravam a justiça.
Veio a excomunhão à rainha pelo papa Pío V (1570). Se endureciam as pressões até ao ponto de ficar proibido aos sacerdotes transmitir ao povo a excomunhão da Rainha Isabel I.
Em Inglaterra se emanou um Decreto (1585) pelo que se proibia a missa e se expulsava aos sacerdotes. Dispuseram de quarenta dias os sacerdotes para sair do reino. A culpa por ser sacerdote era traição e a pena capital. Nesses anos, quem desse o cobijo, ou comida, ou dinheiro, ou qualquer classe de ajuda a sacerdotes ingleses rebeldes escondidos por fidelidade e preocupação por manter a fé dos fiéis ou aos sacerdotes que chegaram desde fora por mar camuflados como comerciantes, operários ou intelectuais eram tratados como traidores e se os julgava para os levar à forca. Bastava surpreender uma reunião clandestina para dizer missa, umas roupas para os ofícios sagrados descobertas em qualquer esconderijo, livros litúrgicos para os ofícios, um hábito religioso ou a denúncia dos espias e de mal intencionados aproveitados de haver dado hospedagem em sua casa a um missionário para acabar na corda ou com a cabeça separada do corpo por traição.
Não se relatam aqui as hagiografias de
Juan Fisher, bispo de Rochester e grande defensor da rainha Catarina de Aragão, ou de Sir Tomás Moro, Chanceler do Reino e íntimo amigo e colaborador de Enrique VIII, - por mencionar um exemplo de eclesiástico e outro de secular - que têm seu dia e lugar próprio em nosso santoral. Se quero fazer menção sob um título geral de todos aqueles que -homens ou mulheres, eclesiásticos tanto religiosos como sacerdotes seculares - deram sua vida com total generosidade por sua fidelidade à fé católica, resistindo até à morte a dobrar-se à arbitrária e despótica imposição que supunha claudicar ao mais profundo de sua consciência. Ana Line foi condenada por albergar sacerdotes em sua casa; antes de ser enforcada pôde dirigir-se à multidão reunida para a execução dizendo: «Condenaram-me por receber em minha casa a sacerdotes. Oxalá onde recebi um houvesse podido receber a milhares, e não me arrependo pelo que fiz». As palavras que pronunciou no cadafalso Margarita Clitheroe foram: «Este caminho para o céu é tão curto como qualquer outro». Margarita Ward entregou também a vida por haver levado numa cesta a corda com a que pôde escapar da cadeia o padre Watson. E assim tantos e tantas... morreram mártires da missa e do sacerdócio.
Na Inglaterra de hoje tão modelar e progressiva a defesa dos direitos do homem houve uma época em que não se respeitou a liberdade de consciência dos cidadãos e, ainda que as medidas adoptadas para a repressão do culto católico eram as frequente  e lastimosamente usadas nas demais nações quando haviam de sufocar assuntos políticos, militares ou religiosos que supusessem traição, podem ver-se ainda hoje nos arquivos do Estado que as causas daquelas mortes foi sempre religiosa sob a dissimulação de traição. E, depois da sentença condenatória, os levavam à forca, sempre acompanhados por um pastor protestante em contínua peroração para os impedir de falar com os amigos ou rezar em paz. Assim são as coisas.

Elia ou Ilíada de Ohren, Santa
Junho 20   -  Abadessa

Elia o Eliada de Ohren, Santa

Elia ou Ilíada de Ohren, Santa

Abadessa

Etimologicamente significa “ resplandecente como o sol”. Vem da língua grega.
Foi uma magnífica mulher religiosa que, em toda sua vida, se enamorou da Regra de são Bento.
Com ela escalou acima da santidade. O cumprimento da Regra constituiu para a Ordem Beneditina o factor principal para estender-se por todo el mundo.
Elia se preocupou durante todo o tempo que foi abadessa de uma abadia, a de Ohren, em que havia doze irmãs. Soube com santidade, elegância e finura tratar a todas e a cada uma em particular com o detalhe que emana de seu grande coração.
Ela foi consciente de que era como uma mãe para suas filhas na comunidade. O título de abadessa se usa nos Beneditinos, Claras e em certos colégios das canonizas. Ela tinha o direito de levar o anel e a cruz como símbolo de seu posto.
Foi a quinta abadessa do mosteiro de Ohren (Treviri) e morreu no ano 750.
Há livros de orações que fazem menção específica dela. Podemos enumerar entre outros o breviário do arcebispo Balduíno, os calendários de santo Irmino, de santo Máximo no esplendoroso século XIV.
Também a rememoram o Greven nas Actas do Martirológio de Usuardo.
Nos martirológios beneditinos, desde o fim de Wion, sua festa passou a fixar-se definitivamente em 20 de Junho. Em realidade se fez porque era costume pôr o dia em que subia ao céu após sua morte.
Desde esse tempo longínquo, esta santa abadessa não perde actualidade porque a relíquia de seu braço está hoje no grande mosteiro franciscano de Ohren.

¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários a P. Felipe Santos:
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• Margarita Ebner, Beata
Junho 20   -  Dominicana

Margarita Ebner, Beata

Margarita Ebner, Beata

Nasceu em Donauworth. Baviera. Em 1306 ingressou no convento dominicano da Assunção da Virgem. Sua vida devia ser segundo suas palavras: "Salvadora para si mesma, exemplar para os homens, agradável aos anjos e grata a Deus ".
Se esforçou em seguir o exemplo do fundador de sua ordem, Domingo de Guzmán, por isso se a considerou modelo de perfeição para sues confrades e o povo.
Considerada uma das grandes místicas do século XIV. Suas experiências as escreve em As revelações ou Diários e a colecção de elevações espirituais chamada Padrenuestro, onde faz patente o grande amor que a une com o Criador.
Morre em seu convento com fama de santidade. Seu culto foi confirmado e ratificado por João Paulo II em 1979. Foi a primeira beatificação de seu pontificado.

BEATAS SANCHA, TERESA e MAFALDA

Princesas – filhas de D. Sancho I (de Portugal)

 

Não era só nos mosteiros e conventos que se refugiava e florescia a santidade da nossa Idade Média. Também no palácio real, três filhas de D. Sancho I (1154-1211) surgiram como três plantas eleitas de Deus que. bem fidalgamente, souberam ataviar-se com a riqueza e beleza das virtudes cristãs, para ficarem de exemplo aos reis e aos povos. Nascidas e educadas na corte, chegaram mesmo, duas delas, a contrair matrimónio, com algum príncipe. Mas ainda assim, tais voltas deu a fortuna que vieram todas três a renunciar ao mundo, seus cómodos e enredos, para se consagrarem à perfeição religiosa. Nesta renúncia, a primeira foi a Beata Sancha.

BEATA SANCHA (1180-1229)

Sancha de Portugal, Beata

Sancha de Portugal, Beata

Virgem

Martirológio Romano: Em Coimbra, cidade de Portugal, beata Sancha, virgem, filha do rei Sancho I, que fundou o mosteiro de Celas de monjas cistercienses, e nele abraçou a vida regular. ( 1229).
Data de beatificação: Junto a suas irmãs Teresa e Mafalda, em 13 de Dezembro de 1705 pelo Papa Clemente.
http://es.catholic.net/santoral. NOTA:Esta biografia foi publicada através deste site, e, neste mesmo blogue, em 11 de Abril último.

Nascida em Coimbra, foi educada, como suas irmãs, na piedade e austeridade dos bons tempos. Animada pelo mais alto espírito da fé e zelo ao serviço de Deus, logo que assegurou a posse da vila de Alenquer, que seu pai lhe legara, o seu primeiro cuidado foi fundar nas proximidades, na serra de Montejunto, um convento de Dominicanos; e outro de Franciscanos, na mesma vila, tudo pela sua devoção e especial protecção que dispensava às ordens mendicantes. Com igual zelo e devoção edificou também a igreja de Redondo. Para si levanta o convento de Celas, em Coimbra, onde toma o hábito de Cister, para levar, sob aquela regra, uma vida de oração e austeridade até à morte, a 13 de Março de 1229. www.jesuitas.pt

BEATA TERESA (1177-1250)

Teresa de Portugal, Santa

Teresa de Portugal, Santa

Santa Teresa, Filha do rei Sancho I de Portugal e de D. Dulce de Aragão, casou-se com seu primo, o rei Afonso IX de Leão. Ver http://es.catholic.net/santoral

Foi casada com o rei de Leão, de quem teve três filhos. mas declarada, por Celestino III, a nulidade daquele matrimónio, D. Teresa regressa a Portugal e recolhe-se no mosteiro de Lorvão, onde toma o hábito cisterciense. Depois de restaurar o velho cenóbio e agregar a si outras companheiras, refugiou-se assim na paz do claustro, contra as próximas calamidades da guerra. Originou-se esta das exigências do rei de Leão, Afonso IX, apoiando-se em direitos dum matrimónio desfeito, mais dos litígios de herdeiros sobre direitos da consequente sucessão. E como se tudo isto não bastasse, vêm afligir-lhe ainda os últimos anos as contendas de seus sobrinhos, D. Sancho II e D. Afonso III. Nada, porém, diminui, antes torna mais misteriosa a sua piedade com Deus e contínua caridade com os humildes e desprotegidos. NOTA: Esta biografia foi publicada neste blogue em 17 de Junho, sob transcrição feita através de http://es.catholic.net/santoral.   www.jesuitas.pt

 

BEATA MAFALDA (1195-1256)

Mafalda de Portugal, Santa

Mafalda de Portugal, Santa

Mafalda de Borgonha E de Barcelona
(1190/1200 - 1256)

Infanta de Portugal e rainha de Castela. Era Filha de Sancho I o Povoador e de sua mulher, Dulce de Barcelona, e, irmã de Santa Teresa e de Santa Sancha. Em 1215 contraiu matrimónio com Henrique I de Castela mas a juventude de ambos fez que o matrimónio não se chegasse a consumar, tanto mais que, por morte do referido Henrique, no ano seguinte, o matrimónio foi anulado pelo Papa Inocêncio III. http://es.catholic.net/santoral. NOTA: Esta biografia foi publicada com transcrição deste site, para este blogue em 1 de Maio passado

Foi também casada, neste caso com Henrique I de Castela. Na menoridade dele, cuja morte deixou livre D. Mafalda, esta, preferindo também a tudo o recolhimento e vida do claustro, adaptou, para a ordem de Cister, o convento beneditino de Arouca, onde se consagrou ao serviço de Deus para todos o resto da sua vida. O culto de Deus e da virtude, e a contínua solicitude do bem-fazer são todo o seu empenho e serão o destino de todos os seus bens, cuja distribuição testamentária atinge os mosteiros de Arouca, Tuías, Santo Tirso, Paço de Sousa, Vila Boa do Bispo e Alcobaça, mais as ordens do Templo, Hospital e Avis, Dominicanos do Porto e as sés do Porto e Lamego. Com tantas obras de piedade e misericórdia, a sua memória, como a de suas santas irmãs, ficou abençoada pela devoção dos fiéis, com culto desde tempos imemoriais, que veio a ser reconhecido por Pio VI, em Março de 1792. Tinham, sido beatificadas as três por Clemente XI, em 1705.  www.jesuitas.pt

BEATO FRANCISCO PACHECO e companheiros

JOÃO BAPTISTA ZOLA, (italiano), e BALTAZAR TORRES (espanhol),

mais alguns jesuítas, quatro catequistas e três famílias japonesas (incluindo 1 menino, Luís)  -  Mártires no Japão

Oriundo de família nobre, nasceu em Ponte de Lima, em 1565. Foi sobrinho, por sua mãe, do Padre Diogo de Mesquita, martirizado no Japão. Com tal exemplo em casa e ouvindo contar, desde pequeno, as pregações e perseguições pela Fé no Japão, de tal modo se entusiasmou que fez voto de ser mártir quando contava apenas dez anos. Embora precoce e, ao parecer, extravagante, a ideia desenvolveu-se e frutificou numa vocação à Companhia de Jesus, na qual entrou em Coimbra, aos vinte anos. Em 1592 partia para o Oriente, indo cursar a teologia e ordenar-se em Goa, até conseguir entrar no Japão, em 1604. Depois dum regresso temporário a Macau, como reitor do colégio, entrou novamente no país nipónico em 1612. Desempenhou então as funções de Vigário Geral, na ausência do Bispo D. Luís Cerqueira, S.J., até 1614, quando irrompeu a perseguição de Daifusama e se viu forçado a retirar-se de novo para Macau. Regressa definitivamente ao Japão, disfarçado de mercador, em 1615, para ser de novo Vigário Geral do Bispado e, desde 1621, Superior provincial dos Jesuítas. Para maior facilidade de comunicações com os missionários e suas cristandades, fixou o Padre Francisco Pacheco o seu esconderijo em Arima, próximo do mar. Mas descoberto e denunciado por um cristão renegado, foi levado preso para Nagasáqui, onde foi lançado a uma fogueira, a 20 de Junho de 1626, juntamente com os padres jesuítas João Baptista Zola, italiano, e o espanhol Baltazar de Torres, alguns irmãos jesuítas, quatro catequistas e três famílias japonesas, acusadas de terem dado hospedagem aos missionários. Destas fazia parte um menino, chamado Luís. Todos vieram a ser beatificados por Pio IX, em 1867. Para conservar a memória e avivar da devoção ao Beato Francisco Pacheco, foi inaugurada uma estátua na igreja matriz de Ponte de Lima e reeditada a sua biografia, em 1938. Em louvor deste ilustre martírio, escreveu o Padre Bartolomeu Pereira o poema em verso heróico latino «Paciécidos libri duódecim», Coimbra, 1640. Reproduzimos uma carta do Padre Francisco Pacheco ao Superior Geral da Ordem, em que ele descreve as tribulações da Igreja nesses anos, no Japão, e alude à grande esperança do martírio:

«Vai crescendo a perseguição com mor rigor. Em várias partes do Japão houve muitos mártires, muitos desterrados pela Fé, e mais de duzentos estão presos no reino de deva. Depois que tenho ofício (de Provincial), levou Nosso Senhor para Si com glorioso martírio sete sacerdotes; e nenhum obreiro nos mandou o Visitador por estar impossibilitada a passagem e ninguém se atrever a os trazer, por causa do sumo rigor que em Japão há ao desembarcar; porque confiscam a embarcação com todo o recheio, e matam ou queimam vivos todos os que vêm no navio, ainda que não tenham culpa no embarcar dos Padres. Continuam os martírios e invenções com que pretendem fazer retrocer a todos e acabar com o nome de Cristo Nosso Senhor nestes reinos do Japão. Os mártires do reino de Deva são cento e nove. Não se pode crer o rigor que nisto vai. E contudo, é para dar graças a Nosso Senhor ver a constância de muitos e o amor com que agasalham aos religiosos, arriscando suas vidas e fazendas para os esconder. Dentro em Japão ficamos vivos, ao presente, vinte e quatro Religiosos da Companhia: quatro irmãos catequistas, cinco sacerdotes japões e quinze europeus; dois castelhanos, cinco italianos e oito portugueses; os quais todos trabalham com grande fervor e zelo, ocupando-se dos ministérios de que usa a Companhia; mas estamos todos já muito cansados e cortados, dois trabalhos desta perseguição; porém, as esperanças, de nos caber alguma boa sorte de martírio, nos anima e fazem continuar, e fazer da fraqueza forças, esperando, nessa hora, em que nos caiba a ditosa sorte». www.jesuitas.pt

 

SANTA GEMA

Segundo o martirológio português, tratar-se-á duma mártir provavelmente lusitana, de época incerta, cujas relíquias, ao que se diz, foram levadas para a Alvérnia, primeiro, e depois transferidas para Saintonge; 20 de Junho indica a data de trasladação; o local tomou o nome de Santa Gema.  Em 1063, o duque de Aquitânia, Guido-Godofredo, estabeleceu nesse local um priorado, vindo os monges de Chaise-Dieu (Haute-Loire, França). Mais de quinze paróquias tomaram a Santa como orago no Sudoeste, no Centro e no Oestewww.jesuitas.pt

http://es.catholic.net/santoral  e  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução (parcial) de espanhol para português por António Fonseca

sábado, 19 de junho de 2010

Nº 1041 - 19 DE JUNHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

Romualdo, Santo
Junho 19   -  Fundador

Romualdo, Santo

Romualdo, Santo

Fundador dos Camaldulenses

A festa deste ilustre reformador da vida anacorética no século XII, de tanta influência na história de Roma e do supremo Pontificado nos tempos de Otão, foi instituída por Clemente VIII em 1597. No mosteiro de S. Brás de Fabriano, Itália, ainda repousam as suas relíquias. Teve juventude bastante estonteada e mesmo viciosa. Deus, porém, feriu-o com a sua graça, como a Saulo. Tinha Romualdo 20 anos. impressionou-o profundamente a morte que o pai deu a um parente. O sangue do morto parecia-lhe ter caído sobre si, e, para fazer penitência e assegurar a própria salvação, fugiu para o mosteiro de Santo Apolinar «in classe», perto de Ravena. Mas buscava maior austeridade; por isso, retirou-se para Veneza, onde se colocou sob a direcção de um eremita chamado Marino. Depois trransferiu-se para os Pirenéus, para S. Miguel de Cuxá, onde o abade Guarin o pôs em contacto com a observância de Cluny, lhe ensinou a ler e a escrever, e o pôs em contacto com os escritos dos Santos Padres e com as obras de Cassiano. Volta à Itália e começa, sobre penhascos e montanhas, as suas fundações: mais de 100 mosteiros, dos quais levaria legiões de santos até ao céu.  Fonte Avellana, nas margens do Ceseno (992), é o primeiro elo dessa extensa cadeia. Em 1012 apresenta-se na diocese de Arezzo. Um certo Máldolo, que vira em sonhos uns monges brancos subindo ao céu, deu-lhe um campo que depressa ficou a chamar-se Campus Máldoli (Ca-máldoli). São Romualdo edificou lá cinco celas que, juntamente com as do mosteiro de Fontebueno, levantadas dois anos mais tarde, formaram a casa-mãe da nova ordem Camaldulense. São Romualdo não queria claustro nos desertos. Como dele disse São Pedro Damião, o mosteiro não o considerava como destino, mas como lugar de passagem para principiantes e débeis, destinado a ser substituído pela solidão. Havia eremitas que permaneciam definitivamente na solidão e outros que se juntavam para a reza do ofício; uns que estavam obrigados a não falar durante 40 dias e outros por 100; por vezes, dois religiosos viviam juntos numa só cela. Além das Horas Canónicas, os eremitas camaldulenses tinham de rezar duas vezes por dia o Saltério, ler, meditar e trabalhar, fazendo redes, cestos ou coisas parecidas. Vestiam um cilício de peles; jejuavam toda a semana, menos aos sábados e domingos; na quaresma , a pão e água somente. A doutrina de São Romualdo resume-se nestes breves conselhos: «Vive na tua cela e considera-a como paraíso; afasta toda a recordação do mundo; fixa o teu pensamento na meditação como um peixe no isco. Caminho de salvação é a reza dos Salmos; não a abandones. Persevera com temor na presença divina , como quem está diante do Rei. Renuncia-te a ti mesmo, e sê como criança, contente unicamente com a graça de Deus». No fim da vida costumava dizer com frequência: «Se desejais a vida do céu e da terra, jejuai e fazei penitência». Cumpriu à letra esta máxima. O seu corpo não tinha outro inimigo senão o próprio dono dele. Trabalhava muito, dormia pouco; vestia-se mal, dormia pior. Semanas inteiras sem provar nada e, quando provava, era pouco, simples e desagradável. Invernos inteiros entre a neve das montanhas, numa ermida de quatro côvados em cada lado, como eram todas as primitivas da Congregação Camaldulense. Gostava de viver entre as emanações pantanosas de Comacchio, devorado pela febre, com a cor amarelada, o cabelo caído, os olhos avermelhados, com um cilício constante e sem lavar-se nunca. Muitos dos discípulos, que não tinham nem a resistência do pai nem as graças extraordinárias do céu, morriam ou viam-se forçados a deixá-lo. Bruno Querfurt, futuro apóstolo entre os Escravos, disse-lhe um dia: «Quem, jovem ou velho, não esta doente entre nós?». Não é de admirar que a santidade, a resistência e a austeridade de São Romualdo o tenham feito passar como milagre vivo de graça. A sua presença venerável de profeta carismático, exercia tal influxo que poucos lhe podiam escapar. O imperador Otão III rendeu-se, como outro David penitente às palavras de Natã, e  expiou o seu pecado praticando vida monástica. O rei Santo Henrique levantou-se ao vê-lo, saiu ao seu encontro, abraçou-o e disse-lhe: «Oh, se a minha alma estivesse no teu bendito corpo!». São Romualdo inclinou-se, mas não lhe falou, respeitando o silêncio. No ano de 1027 dirigiu-se a Val di Castro, onde queria morrer. Despediu-se dos seus filhos, escondeu-se sozinho numa cela solitária e lá preparou-se para a morte com orações e lágrimas. A sua jaculatória preferida era: «Jesus, amado meu, meu querido, mel e doçura minha, inegável desejo meu, suavidade dos santos, regozijo dos anjos, dulcíssimo Jesus». Morreu a 19 de Junho de 1027. «Os seus filhos, diz S. Pedro Damião, encontraram-lhe o corpo estendido na cela como uma pérola celestial, que depois havia de ser colocada honrosamente no tesouro do rei supremo». A cinco anos da sua morte, em 1032, levantavam-lhe um altar sobre o sepulcro, ilustre por muitos prodígios. representa-se S. Romualdo no fundo duma escada pela qual sobem monges até ao céuwww.jesuitas.pt  Ver também http://es.catholic.net/santoral

 

Lamberto de Saragoça, Santo
Junho 19   -  Mártir

Lamberto de Zaragoza, Santo

Lamberto de Saragoça, Santo

Mártir

Martirológio Romano: Em Saragoça, em Hispânia, Espanha, santo Lamberto, mártir ( c.s.VIII)
Etimologicamente: Lamberto = Aquele que é popular em seu país, é de origem germânica.

Na noite de 13 a 14 de Agosto de 1808 voava, com horrível estrondo, a fábrica secular do mosteiro de Santa Engrácia, de Saragoça. Os franceses deixavam essa triste recordação ao ter que levantar o sitio. Conservamos uma descrição contemporânea, em que se havia arrastado consigo a destruição de valiosíssimos elementos arqueológicos e de um arquivo que nos poderia ilustrar sobre muitos aspectos da história da gloriosa sede César augustana.
Não obstante, ainda que, como consequência de tão triste acontecimento, a actual cripta da paróquia de Santa Engrácia não presente praticamente nada de sua primitiva planta nem quase de seus primeiros materiais, sabemos que se trata de um dos templos mais antigos e veneráveis da cristandade. Se construiu a cripta em época constantiniana, para recolher nela os restos dos mártires saragoçanos. Um sarcófago do século IV, em que arqueólogos e teólogos querem ver a primeira representação iconográfica do mistério da Assunção de Nossa Senhora, é testemunho da grande antiguidade da cripta. Nela se conservavam, e se conservam, as cinzas dos mártires de Saragoça, as "santas massas", junto às de Santa Engrácia e às de Santo Lamberto.
De todos estes mártires faz menção em 16 de Abril o martirológio romano. Não obstante, a festa de Santo Lamberto se celebra na diocese de Saragoça e em algumas outras de Aragão no dia 19 de Junho, impedida como está a data de 16 de Abril pela festa mesma de Santa Engrácia. Por outro lado, neste mesmo dia 19 se encontrava sua festa em algum dos antigos martirológios, incluído o romano, em suas primeiras edições.
Esta coincidência numa mesma data da comemoração dos mártires de Saragoça e de Santo Lamberto deu pé a uma antiga lenda, que, segundo os Bolandos. E segundo o unânime critério de todos os historiadores modernos, em maneira alguma pode sustentar-se, falta por completo do mais mínimo apoio documental ou arqueológico. Segundo ela Santo Lamberto, pelos mesmos dias de Daciano, havia sido decapitado por ódio à sua religião cristã. Tomando então sua cabeça entre as mãos, havia marchado ao lugar em que estavam as cinzas dos mártires, e seu corpo se havia unido a elas, conservando-se unicamente a cabeça. Nem o nome de Lamberto, de clara estirpe nórdica e desusado, portanto, em Espanha romana, nem o corte da narração, claramente inspirada em uma errónea interpretação do costume medieval de apresentar aos mártires decapitados com sua cabeça entre as mãos, nem a debilidade do fundamento de dar algum martirológio seu nome no mesmo dia que o dos outros mártires, permitem tomar esta lenda a sério.
Nos fica, pois, bem pouca coisa. A existência de um mártir chamado Lamberto. A época provável de seu martírio, muito verosimilmente quando Saragoça gemia sob a dominação dos mouros. O dado de que esse martírio ocorreu em Saragoça. E a tradição, que parece ter certo fundamento, de que se tratava de um lavrador. Isto é tudo.
El caso de San Lamberto no es único, ni mucho menos, en el martirologio. Son legión los mártires de los que sólo nos ha quedado la mención escueta de sus nombres. Y aun algunos ni eso nos han dejado. Santos hay, como los cuatro coronados, que han pasado incluso al mismo culto litúrgico universal sin que sepamos cómo se llamaban. Fenómeno este que se presta a muy provechosas reflexiones.
Limitar la santidad únicamente a los santos de los que se ha tenido pormenorizada noticia y cuyo martirio o heroicas virtudes constan de forma plena y con todos los trámites jurídicos, sería hacer grande injuria a la verdad que todos los días presenciamos. En el siglo XX nos consta la existencia de martirios, tras el telón de acero por ejemplo, de los que nunca llegará a saberse con exactitud qué es lo que ocurrió. Dígase lo mismo de las virtudes heroicas. ¡En cuántas diócesis y en cuántas casas religiosas se conserva viva la memoria del olor de santidad que tras sí dejaron sacerdotes, seglares o religiosos, que luego, por circunstancias a veces de orden político, en ocasiones de tipo económico, en otras ocasiones de simple descuido humano, no se llegó a recoger y plasmar jurídicamente! La Iglesia recuerda a todos ellos en la fiesta de Todos los Santos. Y conserva con cariño la mención que la Historia le ha legado de algunos desconocidos, como San Lamberto, en su universal martirologio.
Los modernos hagiógrafos nos explican lo sucedido en estos casos. Lamberto era un labrador santo que dio su sangre por Cristo. A los primeros destinatarios del martirologio que recogió su nombre no hacía falta decirles más. Unos le recordarían personalmente: otros habrían oído hablar de él a sus padres o amigos. La simple mención de su martirio, el día de su natalicio para el cielo, bastaba. Pero los años pasaron; las circunstancias, que antes eran tan conocidas, se fueron borrando de la memoria de los hombres, y la hermosa y edificante historia del santo labrador quedó reducida a sólo su nombre en el martirologio. Es decir, no a eso sólo, porque Lamberto gozaba ya en el cielo del premio a su heroísmo e interponía su mediación en favor de quienes, corno los labradores de las tierras de Teruel, se refugiaban bajo su glorioso patrocinio.
Para el cristiano, su nombre, como el de tantos otros a quienes pudiéramos llamar "santos sin historia”, es fuente de gran consuelo. Lo que al tender a la santificación buscamos no es una gloria humana, efímera y frágil, como lo demuestra el caso de estos hombres que un día hicieron actos heroicos que hoy desconocemos por completo, sino una gloria mil veces más firme y duradera. Lo que hoy no sabemos lo supo y lo sigue sabiendo Dios, que es quien se lo premia. Nuestras acciones buenas, aun las mal interpretadas por los hombres que nos rodean, son bien conocidas por Dios, nuestro supremo y último Juez. Y este su definitivo juicio, y no el contingente de la Historia, es el que verdaderamente nos interesa. Nada sabe la Historia hoy de San Lamberto. Pero él goza de la visión de Dios, que con sus desconocidas acciones mereció en sus tiempos.
Nos quedan, en cambio, sus reliquias. Perdida la memoria de la existencia misma de la cripta de Santa Engracia, el 12 de marzo de 1389, al realizar unas obras, apareció de nuevo, y se reavivó con esta ocasión el culto de los mártires. Pero todavía recibió mayor impulso con motivo del paso del papa Adriano VI por Zaragoza. Sabido es que este papa fue elegido encontrándose en Vitoria y que desde esta ciudad emprendió su viaje hasta Tortosa, donde embarcó para ir a Roma. Forzoso le era, siguiendo el curso del Ebro, pasar por Zaragoza, y así lo hizo, visitando entonces la iglesia de las Santas Masas, o de Santa Engracia. Mostró con esta ocasión particular devoción a Lamberto, glorioso homónimo de otros santos de ese mismo nombre, muy venerados en su tierra natal de Flandes. Y tanta fue su devoción, que mandó el Papa abrir el sepulcro para tomar de él alguna reliquia Y ocurrió que, al separar una quijada del santo cuerpo, salió tanta copia de sangre, según nos cuenta el célebre historiador padre Risco, que fue necesario recibirla en una fuente de plata, y hoy se conserva una buena porción de ella en un relicario de cristal.
La devoción mostrada por Adriano VI y el suceso prodigioso de salir sangre fresca del cuerpo santo, acrecentó la devoción de Zaragoza hacia San Lamberto. Por eso se determinó edificar en el sitio en que San Lamberto fue martirizado un convento de la Orden de la Santísima Trinidad. Se comenzó éste el año 1522, concurriendo los zaragozanos con copiosas limosnas, Para estimularles en esta tarea expidió el Papa el 22 de junio del mismo año un breve, en el que expresa con gran ternura su devoción hacia este santo. Cuenta Adriano VI cómo se había dirigido a él el padre Juan Ferrer, de la Orden de la Santísima Trinidad, exponiéndole el propósito que tenían de edificar el convento en el sitio en que se había verificado el martirio, y en el que aún se conservaba una mata plantada por el mismo Santo. "Nos, considerando el grandísimo afecto de devoción que ya desde hace tiempo teníamos a ese Santo, y continuamos teniéndole..., concedemos las indulgencias solicitadas."
Concluido el convento, se trasladó a él una canilla del brazo de San Lamberto con parte de la sangre de que se ha hecho memoria. En los tiempos siguientes se mejoró todavía más su fábrica, llegando a ser, cuando el padre Risco escribe, "un convento suntuoso, que mantiene un buen número de religiosos, cuya virtud y observancia hacen resplandecer el espiritual edificio”.
Desaparecido el convento con los tristes avatares de la desamortización, la devoción a San Lamberto se refugió únicamente en la cripta de la iglesia de Santa Engracia. La voladura del monasterio, ocurrida en 1808, respetó las reliquias de los santos. Llevadas a la Seo, pasaron después a la sacristía del Pilar y a una de las parroquias de Zaragoza, hasta que, restaurada la cripta entre los años 1813 a julio de 1819, pudieron volver a ella. La cripta no tiene ya el carácter vetusto y primitivo que un día debió de tener. No obstante, los zaragozanos, a cuya diócesis se incorporó recientemente la parroquia de Santa Engracia, que durante siglos perteneció a la de Huesca, continúan siendo fieles a la devoción a sus gloriosos mártires, a los que el 26 de abril de 1480 tomaron por patronos de la ciudad. El Concejo de ésta ejerce, a su vez, patronato sobre la misma cripta.

¡Felicidades a quem leve este nome!

Gervásio e Protásio, Santos
Junio 19   -  Irmãos Mártires

Gervasio y Protasio, Santos

Gervásio e Protásio, Santos

Irmãos Gémeos

Hoje o martirológio jeronimiano anuncia: «Em Milão, nascimento para o céu dos santos Gervásio e Protásio, sendo cônsules Honório e Evódio». Honório e Evódio foram cônsules em 386, e nesta época a perseguição cessara; de maneira que, embora apareça a fórmula «nascimento para o céu», que muitos antigos calendários omitem propositadamente, o 19 de Junho não é o aniversário do martírio dos ditos santos. O que se passou a 19 de Junho de 386 foi a descoberta, por Santo Ambrósio, dos corpos dos dois mártires. A notícia deste acontecimento foi-nos transmitida pelo próprio Santo Ambrósio, pelo seu biógrafo Paulino e por Santo Agostinho, que vivia em Milão nessa época. Santo Ambrósio escreve a sua irmã Marcelina o que terminara de suceder. Acabara ele uma basílica onde devia ser enterrado com a família, e tinha-a inaugurado em Abril de 386: «Tendo feito a dedicação da basílica, vários habitantes vieram juntos ter comigo a dizer-me que fizesse eu esta cerimónia com a mesma solenidade com que fizera a dos Apóstolos, na Porta Romana. Respondi: Fá-lo-ei se encontrar relíquias de mártires. Ao mesmo tempo, senti dentro de mim um ardor que me pareceu ser feliz presságio». «Numa palavra, Deus concedeu-me esta graça. Porque, estando os meus clérigos no temor, mandei abrir a terra no lugar que está diante da vedação dos Santos Félix e Nabor». Paulino insiste mais ainda na ignorância em que se estava sobre a presença dos corpos dos mártires: «Os santos mártires Protásio e Gervásioestavam colocados na basílica em que se encontram hoje os corpos dos santos Nabor e Félix. Estes atraiam grande concurso de fiéis: dos mártires Gervásio e Protásio, ignoravam-se os nomes como também a sepultura, e pisavam-se os túmulos deles para chegar às barreiras que protegiam, os dos santos mártires Nabor e Félix». Santo Ambrósio continua: «Encontrei sinais bastante, e tendo feito trazer os possessos sobre quem eu devia impor as mãos, os santos mártires começaram de tal maneira na aparecer que, enquanto eu guardava ainda o silêncio e antes que tivesse começado os exorcismos, descobriu-se uma urna e despejou-se no lugar sagrado do túmulo deles. Encontramos dois homens de tamanho prodigioso como eram no tempo antigo. Todas as suas ossadas estavam inteiras. Havia muito sangue. A afluência do povo foi grande durante esses dois dias. Abreviando, dispusemos todos os ossos segundo a ordem, e transferimo-los, já perto da noite, para a basílica de Fausto. Lá celebraram-se  vigílias durante a noite inteira. Impus as mãos sobre os possessos. No dia seguinte, levámo-los para a basílica que se chama Ambrosiana». Esta basílica recebera, segundo o costume antigo, o nome do fundador; depois, a glória dos mártires ficou eclipsada pela do grande bispo de Milão, e ficou sendo de Santo Ambrósio. Durante a trasladação dos santos corpos, um cego aproximou dos olhos o véu que embrulhava as relíquias e recuperou imediatamente a vista; chamava-se Severo e foi carniceiro até que a doença o obrigou a deixar a profissão. Este milagre aumentou ainda o entusiasmo dos católicos e fortificou-os na defesa das sua fé, violentamente atacada pelos arianos; a imperatriz Justina procurava mesmo expulsar Santo Ambrósio da sua sé. O culto dos santos Gervásio e Protásio foi, portanto honrado de maneira bastante pouco conforme com as regras ordinárias. Mas por meio de santo Ambrósio, bispo venerado em toda a cristandade, depressa se espalhou. Em Roma, a 25ª e última igreja titular – fundada graças ás liberalidades duma grande senhora, Vestina, no pontificado do papa Inocêncio I (401-417) – recebeu como padroeiros , juntamente com S. Vital, os santos Gervásio e Protásio. O culto deles espalhou-se em seguida na Gália e em todo o Ocidente. Dentro da lealdade, que ambos professavam, santo Ambrósio e Santo Agostinho nada quiseram dizer da vida dos mártires, de que tudo ignoravam; mais tarde, atribuíram-se-lhes narrações mais ou menos edificantes, mas sem veracidade histórica. Também a narrativa sobre o encontro foi embelezada. Ao passo que Santo Ambrósio escreve que teve de ordenar os ossos, falou-se depois de corpos conservados sem corrupção.  www.jesuitas.pt  Ver também http://es.catholic.net/santoreal

 

Miguelina Metelli, Beata
Junho 19   -  Viúva

Miguelina Metelli, Beata

Miguelina Metelli, Beata

Viúva

Etimologicamente significa “¿quem como Deus?”. Vem da língua hebraica.
Miguelina veio ao mundo em Pésaro, Itália. Por compromissos familiares, teve que se casar aos 12 anos com o duque Malatesta.
Este “mala cabeza” a fez uma infeliz. Tiveram um filho que morreu.
Quando contava com 20 anos, era já uma jovem viúva. Por isso, pensando bem as coisas, decidiu entrar no convento franciscano para ser terceira.
Antes de entrar, distribuiu todos seus bens aos pobres. E se dedicou a pedir esmola para que todo o mundo se risse dela.
Teve que suportar muitas provas. Os familiares a chamavam a louca. E como tal, e sobretudo para ficar bem ante a gente, a encerraram na torre. Os guardiães, ao ver o boa que era, a deixaram escapar.
Quando a gente a viu pela rua, se alegrou muito e se puseram de seu lado.
A medida que fazia falta, sua caridade se desbordava em amor para com todos, mas sobretudo com os leprosos. 
No final de seus anos, se foi em peregrinação a Terra Santa. E de volta, caiu enferma e morreu no ano 1356.

¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos:
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http://es.catholic.net/santoral  e  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução (parcial) de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...