Paulino de Nola, Santo
Junho 22 - Bispo
Paulino de Nola, Santo
Bispo e Confessor
S. Paulino nasceu em Bordéus, no ano de 353, duma família romana muito nobre e rica. Foi discípulo e amigo de Ausónio, retórico e poeta, que lhe ensinou as belas letras e a arte de versificação. Também, estudou jurisprudência, que nenhum romano podia ignorar. Paulino já conhecia o cristianismo, mas não se tinha ainda baptizado, porque a sua vida estava mais orientada para o mundo, para a glória das letras e da politica. Aos 20 anos ficou herdeiro dum património quase régio. Trasladou-se para Roma, onde entrou no Senado, brilhou pela eloquência e pelo fausto. No ano de 378 foi nomeado cônsul, sonho doirado de todos os patrícios romanos. Quando, ao deixar os «fasces» consulares, recebeu o Governo da Campânia, Paulino sentiu as primeiras desilusões da vaidade humana. Como governador não residiu em Cápua, capital da província, mas em Nola, cidadezinha do seu património. Aqui principiou todavia a sentir-se cristão, sem ainda o ser. Junto ao sepulcro do confessor S. Félix, que lá se venerava, sentiu que a alma «se voltava para a fé, que uma luz nova abria o seu coração ao amor de Cristo». Foi acusado de ter dado a morte a seu irmão, mas pôde defender-se e salvar a inocência, pela intercessão do glorioso São Félix, como ele sempre pensou. Por isso, ao acabar o governo, ofereceu ao santo mártir a sua barba primeira, como Nero consagrara a sua a Júpiter Capitolino. Era o principio da conversão. Embora o mundo tivesse começado a amargurá-lo, tinha contudo muito para gozar e não pensava no baptismo. Decidiu voltar à sua cidade, Bordéus, e, ao passar pela Espanha, encontrou uma jovem de importante família e rara virtude, chamada Terásia, com quem se casou. «Estrangeiro cheguei, guiado por Ti, ao país dos Iberos; lá tomei uma esposa segundo as leis humanas; ganhaste duas vidas ao mesmo tempo». A mulher deve ter influído muito nele. Depressa recebeu o baptismo, no ano de 390, na tranquilidade de Bordéus. Viviam como cristãos modelos, mas estavam ainda longe da suprema imolação a Deus. Por essa altura, conheceu Paulino, S. Martinho de Tours e travou correspondência íntima e frequente com Santo Ambrósio de Milhão, que teve como pai espiritual. Não sabemos se foi a mulher que influiu na mudança para Espanha. Fixaram residência nas vizinhanças de Saragoça. Deus abençoou-os com um menino que muito depressa perderam: «Muito tempo o tínhamos desejado, mas apressou-se a ir para as moradas celestiais. Noutro tempo, fui eu pecador, talvez esta gotinha do meu sangue seja a minha luz». Deus ia preparando a alma dos dois esposos para o sacrifício e a entrega total. Pensavam já em consagrar-se a Deus como religiosos e viver como dois irmãos. S. Jerónimo, a quem tinham consultado, escreve-lhes: «Não duvideis um momento, cortai o cabo que prende a barca à margem,não percais tempo a desatá-lo». Paulino começou a praticar o conselho do Evangelho, vendendo tudo o que tinha e dando-o aos pobres: «Ainda que possuais o mundo inteiro, valeria todo ele alguma coisa em comparação com o Senhor Jesus?» Em 392 foi ordenado sacerdote. Dois anos mais tarde, tomava o caminho de Itália, juntamente com a mulher. Em Roma, o povo viu em hábito de monge aquele que anos antes tinha admirado como Cônsul. Roma era caminho para o retiro e soledade de Nola, onde Paulino tinha o coração, desde que lá sentiu pela primeira vez os toques da graça. Vivia como monge desde 395, quando em 409 foi eleito bispo de Nola. Com tranquilo heroísmo defendeu o seu rebanhozinho contra os godos, ladrões e assassinos, que Alarico deixara no país a seguir ao saque de Roma (410). Por sua morte, no ano de 431, escrevia um dos seus contemporâneos: «Presenciámos a morte dum justo; presenciámo-la com lágrimas e soluços, e ao mesmo tempo com alegria; vimos as pessoas a lamentar-se pela perda do mais bondoso de todos os sacerdotes; e ouvimos os judeus e os pagãos dizerem entre soluços; também nós perdemos um pai; também nós perdemos um protector». Com Prudêncio (por 415), forma o par dos últimos poetas latinos. Quando estava para morrer, sentia o acerto da sua renúncia ao mundo e, inspirado na parábola do Evangelho, dizia: «Preparei uma lâmpada para o meu Cristo». Esta é a verdadeira sabedoria do homem; aproveitar o dia da vida para ter preparada a luz das boas obras, da graça santificante, na noite da morte, na hora da conta diante do tribunal de Cristo. www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral
• Tomás More, Santo
Junho 22 - Mártir inglês, patrono dos governantes e dos políticos
Tomás Moro, Santo
Mártir inglês
Patrono dos governantes e dos políticos
Tomás More era inglês. Foi decapitado em Londres por ordem de Henrique VIII, pela sua fidelidade à Sé Apostólica Romana. Fisionomia rica e complexa, tão humana e tão verdadeiramente simpática! É um padroeiro naturalmente indicado para todo o chefe de família culta. As duas correntes que agitaram o século XVI, Renascimento e Reforma, conheceu-as More em plenitude, tendo vivido o humanismo cristão e tendo morrido por causa do cisma inglês. Era alma solidamente honrada, mas que sem dúvida não se julgava chamada ao heroísmo categórico e definitivo. Tomás More é londrino de honrada burguesia, filho dum juiz. Nascido em 1478, muito novo foi pajem do arcebispo de Cantuária; assim se iniciou praticamente na vida real, em contacto com a alta sociedade. Aos 14 anos vai estudar para Oxford, uma das capitais da inteligência cristã, lâmpada da ciência medieval, onde cresce uma chama de entusiasmo pela língua grega reencontrada. Depois, vêm os estudos jurídicos em Londres. Encarregado de um curso de direito, toma como base das conferências a Cidade de Deus de Santo Agostinho. Trava conhecimento com Erasmo, príncipe do humanismo; este encontra em Tomás More um amigo verdadeiro. Juntos traduzem do grego, e Erasmo escreve para o seu caro More o Elogio da loucura. Em 1516, More publica a Utopia (vocábulo grego que significa: Em parte nenhuma). Em parte nenhuma está a ilha em que a inspiração do nosso herói faz que vivam os seus sonhos, as suas críticas e as suas caricaturas da sociedade humana e da Inglaterra em particular. O seu humanismo cristão exprimiu-se, em 1510, numa Vida de Pico de Mirândola; nela celebra a piedade, a virtude austera e a submissão à Igreja do ilustre sábio. Em 1518 toma a defesa dos estudos gregos contra o partido dos «Troianos». Pensara muito seriamente em fazer-se cartuxo, mas as suas reflexões e conselhos recebidos levaram-no ao casamento em 1505. Viúvo em 1511, com quatro filhos, tornou a casar-se com uma viúva. As filhas receberam instrução cuidadosa; latim, grego e astronomia. Pretendia inspirar-se em S. Jerónimo e no principio de que a ciência bem dirigida é mestra da humildade. Correndo-lhe bem a vida, instala em Chelsea um confortável solar junto do Tamisa. Tomás vive nele «sem aversão pelo prazer inofensivo», diz Erasmo. O que não obsta a que se vista de cilício. Nas refeições, uma das filhas lê uma passagem da Sagrada Escritura, com um comentário de Nicolau de Lira ou doutro autor antigo. Termina a leitura com Tu autem Domine, como num refeitório monástico. À noite, toda a família se reúne para a oração, que toma o aspecto de Completas. Na sexta-feira santa, lê-se a Paixão e o dono da casa acrescenta reflexões piedosas. A casa é muito acolhedora, recebe até doentes e velhos. Possui também um macaco, uma raposa, um furão e uma doninha. Um dia, as suas lojas ardem, o que lhe inspira esta passagem duma carta à esposa: «Embora, a não ser que nisto se veja a vontade de Deus, houve grande prejuízo que tanto bom grão se tenha perdido. mas se agradou a Deus enviar-nos tal prova, devemos, somos obrigados, a estar contentes, e até a felicitarmo-nos de ter sido visitados por Ele». E toda a família é convidada «a alegrar-se no Senhor». Em Chelsea a vida era confortável, More tinha atingido o ápice das honras; desempenhara funções importantes, jurídicas, parlamentares e diplomáticas. Foi mandado ao continente negociar as tréguas entre Carlos V e Francisco I de França. Mas surge a tragédia do rei Henrique VIII. Esquecendo a sua esposa Catarina de Aragão, volta-se para a amante Ana Bolena e com ela pretende recasar-se. Necessitando dum homem popular, igualmente simpático ao poder civil e às potências eclesiásticas, vira-se para Tomás More, escolhendo-o para chanceler. Este tudo fez para ser leal com o soberano. mas quando este pediu o parecer sobre a anulação do primeiro casamento, ele fechou-se, dizendo que era assunto de direito canónico e teologia moral, que ultrapassava a suja competência. A Igreja de Inglaterra, com excepção do bispo de Rochester, João Fisher, deixava-se no conjunto intimidar pelo rei. E a 16 de Maio de 1532, More, vendo que não podia manter a sua situação com dignidade, renunciou às suas funções junto da Coroa. Em 1533, Ana Bolena era coroada. Ofereceram a More um vestuário de veludo para ir assistir à cerimónia. Ele recusou o facto e convite. O desgosto do rei foi grande e o seu favorito, Cromwell, compreendeu que era preciso castigar o atrevido. Acusaram-no, a ele a Fischer, de estarem feitos com uma iluminada, que foi condenada à morte por atacar o novo casamento de Henrique VIII. More é um sábio que tem horror a qualquer exaltação; o seu caminhar para o sacrifício progride lentamente; por humildade intelectual, por bondade, projecta fazer todas as concessões compatíveis com as exigências duma consciência lúcida, delicada, embora ao mesmo tempo inflexível. A 23 de Março de 1534, os cardeais pronunciaram-se em Roma contra o casamento com Ana Bolena; a 30, proclamou Henrique a sua supremacia espiritual como preâmbulo para uma lei sucessória. Os súbditos têm de jurar fidelidade a este édito. More recusa-se, por causa da declaração preliminar, que é de teologia insegura. Houve esforços para o trazer à razão, mas ele não cede. A 17 de Abril, More foi encarcerado na Torre de Londres. Proibiram-lhe as visitas da mulher e da filha Meg. Estas últimas, por outro lado, constituíam grande tentação. Ela, na sua ingenuidade, pedia-lhe que fizesse como tanta gente honrada, que obedecesse ao rei. More manteve-se firme. Rezava e escreveu o Diálogo do conforto nas tribulações. A 22 de Junho de 1535, é Fisher executado. No 1º de Junho, More comparecera diante dum último júri. Está doente. envelhecido, mas lúcido, e defendeu-se com uma exactidão cortês, acabando por apelar à Igreja Universal contra a Igreja anglicana. A sua defesa tem a chama irónica dum Sócrates diante dos seus juízes, a figura dum S. Paulo diante de Agripa. Acaba por desejar ao júri reencontrarem-se no céu, onde Saulo encontro Estêvão, que ele fez que fosse lapidado. Ao voltar à Torre, More, apesar da guarda, é estreitado, abraçado, pela filha Meg, a gritar: «Meu pai!, ó meu pai!» Expulsa, ela corta mais uma vez o cordão da tropa e lança-se de novo ao pescoço do pai. Outras senhoras da família fazem o mesmo. Ele agradecer-lhes-á, depois, numa carta, serena e boa, em que não esquece nada, nem sequer recordaçõezinhas: uma miniatura, um lenço e uma «pedra de algoritmo». A 6 de Julho é o dia do suplicio. More mantém-se como viveu sempre, sério e gracejador, natural, simples. pede ao genro que dê uma moeda de ouro ao algoz. Com algumas palavras, restitui a paz a um homem tentado a suicidar-se, que viera pedir conforto, lembrado de quem se distinguira como tão hábil em consolar. Eis os últimos instantes. Pede que o ajudem a subir ao cadafalso: «Para a descida, bastarei eu sozinho». Dirige algumas palavras ao povo: «Morro leal a Deus e ao rei, mas a Deus antes de tudo». Reza o Miserere e abraça o algoz: «Coragem, amigo, não tenhas medo. mas como tenho o pescoço muito curto, atenção! está nisso a tua honra!» Vela os olhos a si mesmo, deita-se no cadafalso e, estando o cepo muito baixo, tira a barba, «porque ela, ela ao menos, não cometeu traição!». E cai a lâmina. More era fantasia e sabedoria, moderação e firmeza. O martírio foi para ele a paga dum apego simples e naturalíssimo à Igreja, duma fidelidade sem desfalecimento ao dever, dum bom humor que é a flor da valentia cristã. Beatificado em 1886 por Leão XIII, foi canonizado em 1935 por Pio XI. www.jesuitas.pe. Ver também http://es.catholic.net/santoral
Consulta também Tomás Moro, um político como Deus manda
• Juan Fisher, Santo
Junho 22 - Cardeal e Mártir
Juan Fisher, Santo
Cardeal e Mártir
Nasceu S. João Fischer em 1469, no Yorkshire, país em que muito tempo a «velha religião» se opôs à Reforma. Em 1483, vemo-lo em Cambridge; tinha apenas 14 anos. Depressa chegou a bacharel e a mestre em Artes. Ordenado sacerdote em 1494, com 25 anos, foi promovido a alto cargo na Universidade; e em 1504 obtinha o título altíssimo de chanceler. Desde 1502 que era confessor da mãe do rei, condessa de Richmond – Lady Margaret. Empregou o seu crédito na corte em favor da religião católica e do progresso na vida espiritual da sua dirigida. Em 1503 a venerável senhora fundou, a seu conselho, duas cátedras de teologia. Em 1504 foi instituído um pregador para Londres e outras cidades. Graças a ele, o Saint John’s College renascia. Aos 48 anos, Fischer lançou-se corajosamente ao grego, e três anos mais tarde ao hebreu. Escolhido por Henrique VIII para tomar parte do V Concílio de Latrão, convidou Erasmo como seu teólogo; mas não puderam ir. Erasmo dizia dele: «Não há homem mais sábio, não há prelado mais santo». Em 1504, o rei tinha-o nomeado bispo de Rochester. E dirigia ao mesmo tempo a Universidade de Cambridge. Foi bispo aos 35 anos. Evitou as honras, lutou contra os abusos na diocese. Visitava os pobres, os doentes, e preparava-os para a morte. Este bom pastor opôs-se ao protestantismo com livros contra Lutero, do qual já tinha criticado as famosas Teses. Tendo Henrique VIII publicado uma defesa dos sete sacramentos e merecido assim da Igreja romana o título de Fidei defensor (Defensor da Fé). Lutero atacou-o. Fischer escreveu uma refutação do ataque, defendeu o carácter sagrado do sacerdócio e tratou da autenticidade da Sagrada Eucaristia. Por outro lado, não se coibia em dizer o que pensava da corte romana, precisamente quanto à polémica contra Lutero; insurgia-se contra a ambição, a cobiça e a luxúria. Entretanto, o cardeal Pole defendia, diante de Carlos V, o bispo Fisher, como resoluto defensor da velha fé. Henrique VII, que reinava desde 1509, apaixonou-se em 1522 por Ana Bolena, senhora holandesa, dama de honra de sua esposa, Catarina de Aragão. era preciso o concurso da autoridade eclesiástica para dissolver o casamento. Então, o agraciado com a rosa de ouro e juntamente defensor da fé começou a pensar que as teorias religiosas novas podiam favorecer o seu capricho e que o respeito quanto a Roma era bem pesado. Encontrou conivência no principal dignitário da Igreja inglesa, o cardeal Wolsey, e o legado pontifício hesitava. Mas Fischer declarou com toda a rudeza que o matrimónio real, seguido de 20 anos de vida comum, «não podia ser dissolvido por nenhum poder divino ou humano; em defesa desta opinião, estava disposto a sacrificar até a própria vida». E recordava S. João Baptista, morto para defender o laço matrimonial. Assim começou a luta entre o bispo e o rei. Em 1533, foi preso Fischer. Henrique impôs o juramento de se respeitarem, na sucessão do trono, os direitos dos filhos de Ana Bolena; isto implicava rejeitar a jurisdição papal sobre a Igreja. Fischer negou-se e foi internado na Torre de Londres. Alguns bispos esforçaram-se por dobrar o colega que chefiava a diocese de Rochester; este comentou: «A fortaleza está traída por esses mesmos que a deveriam defender». No principio de 1535, o papa Paulo III nomeou Fischer cardeal; Henrique VIII comentou, furioso: «O papa envia-lhe um chapéu! Farei que, ao chegar, ele o ponha aos ombros, pois cabeça já não terá para lhe pôr o chapéu!» Foi condenado à morte a 17 de Junho de 1535. A 22, dia da execução, foi despertado ás cinco horas. Pediu licença para descansar ainda algum tempo; e dormiu profundamente mais duas horas. Vestiu-se, pegou no seu Novo Testamento e leu nele, com grande consolação, estas palavras de S. João (17, 2): «A vida eterna consiste nisto: que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste. Glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer». Chegado ao lugar do suplicio, dirigiu algumas palavras ao povo: «Vim aqui para morrer pela fé da Igreja Católica e de Cristo». Depois de rezar o Te Deum e o salmo In Te Domine speravi, foi decapitado. A cabeça esteve exposta 14 dias numa estaca na ponte de Londres, juntamente com as dos mártires cartuxos. João Fischer, com o seu amigo Tomás More, foi canonizado em, Maio de 1935, pelo papa Pio XI. www.jesuitas.pt Ver também http://es.catholic.net/santoral
• Albano de Inglaterra, Santo
Junho 22 - Mártir
Albano de Inglaterra, Santo
Mártir
Etimologicamente significa “de Alba”. Vem da língua latina.
Este jovem pertence ao século III ou IV. É muito provável que já houvesse cristãos em Inglaterra no século I, porque no final do século II, muitos dos habitantes do sul de Inglaterra eram cristãos.
Albano é o primeiro que se recorda como mártir. Tradicionalmente, todos estão de acordo que deve ter morrido assim em 304. Mas há outros estudiosos que situam sua morte no ano 209. Todos estes argumentos estão tirados do manuscrito “A Paixão de Albano” que se conserva em Turim.
Se supõe que foi um soldado romano que alojou a um sacerdote cristão em sua casa durante a dura perseguição de Diocleciano.
Ao ver como queria a Deus e como lhe rezava, decidiu fazer-se cristão. Renunciou à adoração de seus ídolos.
A noticia chegou a ouvidos do imperador. Inteirado Albano, deu ao sacerdote o que tinha para que escapasse. Não o fez sem que junto com seu neófito fossem presos.
Já perante o tribunal, disse na sua cara que era cristão. Em seguida o condenaram à morte.
De caminho para o lugar onde ia a ser executado, Holmhurst. Teve que ir por passagens difíceis. A gente, ao vê-lo tão alegre e com os sofrimentos que lhe proporcionavam, o foi seguindo e adorando ao mesmo Deus que Albano.
No alto da colina, quando o verdugo ia a dar-lhe morte, sentiu pena, atirou a espada e disse a todos: “Quero seguir o exemplo deste homem”.
Baptizou o soldado com seu próprio sangue. À sua morte, ouve muitos milagres, ante os quais ficou impressionado o próprio governador. San Beda o Venerável dizia que sempre se fariam milagres na tumba deste primeiro mártir das ilhas britânicas.
¡Felicidades a quem leve este nome!
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• Nicetas de Remesiana, Santo
Junho 22 - Bispo
Nicetas de Remesiana, Santo
Bispo
Etimologicamente significa “ triunfador, vitorioso”. Vem da língua grega..
Desde o principio Cristo estava em Deus. Desde o nascimento da humanidade, ele foi a Palavra viva. Veio à terra para fazer acessível a confiança da fé. Ressuscitado, faz de nós sua morada, nos habita… e descobrimos que o amor de Cristo se manifesta perante todos por seu perdão e sua contínua presença.
Estas palavras introdutórias hão marcado a vida de muitos santos e seguem convertendo-se hoje no lema dos crentes em Cristo.
Sem a presença vivificadora sua, ¿que seria de nós?
Nasceu no ano 335 e morreu em 414.
Este santo foi um amigo íntimo de São Paulino de Nola. O nomearam bispo de Remesiana (Bela Palanca na Sérvia) em 370.
Não se conhece muito acerca de sua vida, salvo que foi muito conhecido por suas actividades missionárias, especialmente entre os Godos, Dacianos e Bessi.
Tudo isto o comemora Paulino num belo poema.
Eram amigos. Nicetas teve a ocasião – e não as buscou – de visitá-lo duas vezes em Itália.
Fala dele como um autêntico evangelista entre os habitantes de uma terra gélida.
Nicetas escreveu uma exposição muito importante acerca do Credo dos Apóstolos, dissertações sobre a fé, a Trindade e o valor dos salmos cantados.
Escreveu também sobre a importância do canto na igreja. Se crê que foi ele o autor e redactor do TE DEUM.
¡Felicidades a quem leve este nome!
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• Inocêncio V (Pedro de Tarentásia), Beato
Junho 22 - CLXXXV Papa
Inocêncio V (Pedro de Tarentásia), Beato
CLXXXV Papa
Nascido em Tarentásia, em 1225; eleito em Arezzo em 21 de Janeiro de 1276; morreu em Roma em 22 de Junho de 1276. Tarentásia no Alto Isère no sudeste de França certamente foi sua província natal, e o povoado de Champagny com alta certeza foi seu lugar de nascimento. Aos dezasseis anos ingressou na ordem dos dominicanos.
Logo de completar seus estudos na Universidade de París, de onde se graduou com um mestrado em teologia sagrada em 1259, logrou distinção como professor dessa instituição, na qual se lhe conhece como “o mais famoso doutor” (Doutor famosissimus). Por algum tempo foi provincial de sua ordem em França, foi nomeado Arcebispo de Lyon em 1272 e Cardeal-bispo de Ostia em 1273. Jogou um papel importante no Segundo Concilio Ecuménico de Lyon (1274), durante o qual deu dois discursos aos padres conciliares e também pronunciou a oração fúnebre de Santo Boaventura.
Ao ser eleito sucessor de Gregório X, de quem era conselheiro íntimo, tomou o nome de Inocêncio V e foi o primeiro papa dominicano. Sua política foi pacifista. Buscou a reconciliação entre os güelfos e os gibelinos em Itália, restaurou a paz entre Pisa e Lucca e, mediou entre Rodolfo de Habsburgo e Carlos de Anjou. Assim mesmo, buscou consolidar a união dos gregos com Roma, a qual havia sido pactuada no Concilio de Lyon.
É o autor de várias obras relacionadas com a filosofia, teologia e leis canónicas, algumas das quais ainda não se hão publicado. A mais importante destas é seu “Comentário sobre as Sentenças de Pedro Lombardo” (Toulouse, 1652). Quatro tratados filosóficos também são de autoria sua: “De unitate formæ”, “De materia cæli”, “De æternitate mundi”, “De intellectu et voluntate”. Alguns críticos também lhe adjudicam um comentário sobre as Epístolas Paulinas, o qual frequentemente se publica sob o nome de Nicolás de Gorran (Colónia, 1478).
http://es.catholic.net/santoral e www.jesuitas.pt
NOTA: Quando escrevo www.jesuitas.pt, quero dizer que as biografias estão publicadas no livro SANTOS DE CADA DIA, editado pela Editorial A. O. que se identifica pelo referido site.
Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca