terça-feira, 22 de junho de 2010

Nº 1044 - 22 DE JUNHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

Paulino de Nola, Santo
Junho 22   -  Bispo

Paulino de Nola, Santo

Paulino de Nola, Santo

Bispo e Confessor

S. Paulino nasceu em Bordéus, no ano de 353, duma família romana muito nobre e rica. Foi discípulo e amigo de Ausónio, retórico e poeta, que lhe ensinou as belas letras e a arte de versificação. Também, estudou jurisprudência, que nenhum romano podia ignorar. Paulino já conhecia o cristianismo, mas não se tinha ainda baptizado, porque a sua vida estava mais orientada para o mundo, para a glória das letras e da politica. Aos 20 anos ficou herdeiro dum património quase régio. Trasladou-se para Roma, onde entrou no Senado, brilhou pela eloquência e pelo fausto. No ano de 378 foi nomeado cônsul, sonho doirado de todos os patrícios romanos. Quando, ao deixar os «fasces» consulares, recebeu o Governo da Campânia, Paulino sentiu as primeiras desilusões da vaidade humana. Como governador não residiu em Cápua, capital da província, mas em Nola, cidadezinha do seu património. Aqui principiou todavia a sentir-se cristão, sem ainda o ser. Junto ao sepulcro do confessor S. Félix, que lá se venerava, sentiu que a alma «se voltava para a fé, que uma luz nova abria o seu coração ao amor de Cristo». Foi acusado de ter dado a morte a seu irmão, mas pôde defender-se e salvar a inocência, pela intercessão do glorioso São Félix, como ele sempre pensou. Por isso, ao acabar o governo, ofereceu ao santo mártir a sua barba primeira, como Nero consagrara a sua a Júpiter Capitolino. Era o principio da conversão. Embora o mundo tivesse começado a amargurá-lo, tinha contudo muito para gozar e não pensava no baptismo. Decidiu voltar à sua cidade, Bordéus, e, ao passar pela Espanha, encontrou uma jovem de importante família e rara virtude, chamada Terásia, com quem se casou. «Estrangeiro cheguei, guiado por Ti, ao país dos Iberos; lá tomei uma esposa segundo as leis humanas; ganhaste duas vidas ao mesmo tempo». A mulher deve ter influído muito nele. Depressa recebeu o baptismo, no ano de 390, na tranquilidade de Bordéus. Viviam como cristãos modelos, mas estavam ainda longe da suprema imolação a Deus. Por essa altura, conheceu Paulino, S. Martinho de Tours e travou correspondência íntima e frequente com Santo Ambrósio de Milhão, que teve como pai espiritual. Não sabemos se foi a mulher que influiu na mudança para Espanha. Fixaram residência nas vizinhanças de Saragoça. Deus abençoou-os com um menino que muito depressa perderam: «Muito tempo o tínhamos desejado, mas apressou-se a ir para as moradas celestiais. Noutro tempo, fui eu pecador, talvez esta gotinha do meu sangue seja a minha luz». Deus ia preparando a alma dos dois esposos para o sacrifício e a entrega total. Pensavam já em consagrar-se a Deus como religiosos e viver como dois irmãos. S. Jerónimo, a quem tinham consultado, escreve-lhes: «Não duvideis um momento, cortai o cabo que prende a barca à margem,não percais tempo a desatá-lo». Paulino começou a praticar o conselho do Evangelho, vendendo tudo o que tinha e dando-o aos pobres: «Ainda que possuais o mundo inteiro, valeria todo ele alguma coisa em comparação com  o Senhor Jesus?» Em 392 foi ordenado sacerdote. Dois anos mais tarde, tomava o caminho de Itália, juntamente com a mulher. Em Roma, o povo viu em hábito de monge aquele que anos antes tinha admirado como Cônsul. Roma era caminho para o retiro e soledade de Nola, onde Paulino tinha o coração, desde que lá sentiu pela primeira vez os toques da graça. Vivia como monge desde 395, quando em 409 foi eleito bispo de Nola. Com tranquilo heroísmo defendeu o seu rebanhozinho contra os godos, ladrões e assassinos, que Alarico deixara no país a seguir ao saque de Roma (410). Por sua morte, no ano de 431, escrevia um dos seus contemporâneos: «Presenciámos a morte dum justo; presenciámo-la com lágrimas e soluços, e ao mesmo tempo com alegria; vimos as pessoas a lamentar-se pela perda do mais bondoso de todos os sacerdotes; e ouvimos os judeus e os pagãos dizerem entre soluços; também nós perdemos um pai; também nós perdemos um protector». Com Prudêncio (por 415), forma o par dos últimos poetas latinos. Quando estava para morrer, sentia o acerto da sua renúncia ao mundo e, inspirado na parábola do Evangelho, dizia: «Preparei uma lâmpada para o meu Cristo». Esta é a verdadeira sabedoria do homem; aproveitar o dia da vida para ter preparada a luz das boas obras, da graça santificante, na noite da morte, na hora da conta diante do tribunal de Cristo. www.jesuitas.pt.  Ver também http://es.catholic.net/santoral

Tomás More, Santo
Junho 22   -  Mártir inglês, patrono dos governantes e dos políticos

Tomás Moro, Santo

Tomás Moro, Santo

Mártir inglês
Patrono dos governantes e dos políticos

Tomás More era inglês. Foi decapitado em Londres por ordem de Henrique VIII, pela sua fidelidade à Sé Apostólica Romana. Fisionomia rica e complexa, tão humana e tão verdadeiramente simpática! É um padroeiro naturalmente indicado para todo o chefe de família culta. As duas correntes que agitaram o século XVI, Renascimento e Reforma, conheceu-as More em plenitude, tendo vivido o humanismo cristão e tendo morrido por causa do cisma inglês. Era alma solidamente honrada, mas que sem dúvida não se julgava chamada ao heroísmo categórico e definitivo. Tomás More é londrino de honrada burguesia, filho dum juiz. Nascido em 1478, muito novo foi pajem do arcebispo de Cantuária; assim se iniciou praticamente na vida real, em contacto com a alta sociedade. Aos 14 anos vai estudar para Oxford, uma das capitais da inteligência cristã, lâmpada da ciência medieval, onde cresce uma chama de entusiasmo pela língua grega reencontrada. Depois, vêm os estudos jurídicos em Londres. Encarregado de um curso de direito, toma como base das conferências a Cidade de Deus de Santo Agostinho. Trava conhecimento com Erasmo, príncipe do humanismo; este encontra em Tomás More um amigo verdadeiro. Juntos traduzem do grego, e Erasmo escreve para o seu caro More o Elogio da loucura. Em 1516, More publica a Utopia (vocábulo grego que significa: Em parte nenhuma). Em parte nenhuma está a ilha em que a inspiração do nosso herói faz que vivam os seus sonhos, as suas críticas e as suas caricaturas da sociedade humana e da Inglaterra em particular. O seu humanismo cristão exprimiu-se, em 1510, numa Vida de Pico de Mirândola; nela celebra a piedade, a virtude austera e a submissão à Igreja do ilustre sábio. Em 1518 toma a defesa dos estudos gregos contra o partido dos «Troianos». Pensara muito seriamente em fazer-se cartuxo, mas as suas reflexões e conselhos recebidos levaram-no ao casamento em 1505. Viúvo em 1511, com quatro filhos, tornou a casar-se com uma viúva. As filhas receberam instrução cuidadosa; latim, grego e astronomia. Pretendia inspirar-se em S. Jerónimo e no principio de que a ciência bem dirigida é mestra da humildade. Correndo-lhe bem a vida, instala em Chelsea um confortável solar junto do Tamisa. Tomás vive nele «sem aversão pelo prazer inofensivo», diz Erasmo. O que não obsta a que se vista de cilício. Nas refeições, uma das filhas lê uma passagem da Sagrada Escritura, com um comentário de Nicolau de Lira ou doutro autor antigo. Termina a leitura com Tu autem Domine, como num refeitório monástico. À noite, toda a família se reúne para a oração, que toma o aspecto de Completas. Na sexta-feira santa, lê-se a Paixão e o dono da casa acrescenta reflexões piedosas. A casa é muito acolhedora, recebe até doentes e velhos. Possui também um macaco, uma raposa, um furão e uma doninha. Um dia, as suas lojas ardem, o que lhe inspira esta passagem duma carta à esposa: «Embora, a não ser que nisto se veja a vontade de Deus, houve grande prejuízo que tanto bom grão se tenha perdido. mas se agradou a Deus enviar-nos tal prova, devemos, somos obrigados, a estar contentes, e até a felicitarmo-nos de ter sido visitados por Ele». E toda a família é convidada «a alegrar-se no Senhor». Em Chelsea a vida era confortável, More tinha atingido o ápice das honras; desempenhara funções importantes, jurídicas, parlamentares e diplomáticas. Foi mandado ao continente negociar as tréguas entre Carlos V e Francisco I de França. Mas surge a tragédia do rei Henrique VIII. Esquecendo a sua esposa Catarina de Aragão, volta-se para a amante Ana Bolena e com ela pretende recasar-se. Necessitando dum homem popular, igualmente simpático ao poder civil e às potências eclesiásticas, vira-se para Tomás More, escolhendo-o para chanceler. Este tudo fez para ser leal com o soberano. mas quando este pediu o parecer sobre a anulação do primeiro casamento, ele fechou-se, dizendo que era assunto de direito canónico e teologia moral, que ultrapassava a suja competência. A Igreja de Inglaterra, com excepção do bispo de Rochester, João Fisher, deixava-se no conjunto intimidar pelo rei. E a 16 de Maio de 1532, More, vendo que não podia manter a sua situação com  dignidade, renunciou às suas funções junto da Coroa. Em 1533, Ana Bolena era coroada. Ofereceram a More um vestuário de veludo para ir assistir à cerimónia. Ele recusou o facto e convite. O desgosto do rei foi grande e o seu favorito, Cromwell, compreendeu que era preciso castigar o atrevido. Acusaram-no, a ele a Fischer, de estarem feitos com uma iluminada, que foi condenada à morte por atacar o novo casamento de Henrique VIII. More é um sábio que tem horror a qualquer exaltação; o seu caminhar para o sacrifício progride lentamente; por humildade intelectual, por bondade, projecta fazer todas as concessões compatíveis com as exigências duma consciência lúcida, delicada, embora ao mesmo tempo inflexível. A 23 de Março de 1534, os cardeais pronunciaram-se em Roma contra o casamento com Ana Bolena; a 30, proclamou Henrique a sua supremacia espiritual como preâmbulo para uma lei sucessória. Os súbditos têm de jurar fidelidade a este édito. More recusa-se, por causa da declaração preliminar, que é de teologia insegura. Houve esforços para o trazer à razão, mas ele não cede. A 17 de Abril, More foi encarcerado na Torre de Londres. Proibiram-lhe as visitas da mulher e da filha Meg. Estas últimas, por outro lado, constituíam grande tentação. Ela, na sua ingenuidade, pedia-lhe que fizesse como tanta gente honrada, que obedecesse ao rei. More manteve-se firme. Rezava e escreveu o Diálogo do conforto nas tribulações. A 22 de Junho de 1535, é Fisher executado. No 1º de Junho, More comparecera diante dum último júri. Está doente. envelhecido, mas lúcido, e defendeu-se com uma exactidão cortês, acabando por apelar à Igreja Universal contra a Igreja anglicana. A sua defesa tem a chama irónica dum Sócrates diante dos seus juízes, a figura dum S. Paulo diante de Agripa. Acaba por desejar ao júri reencontrarem-se no céu, onde Saulo encontro Estêvão, que ele fez que fosse lapidado. Ao voltar à Torre, More, apesar da guarda, é estreitado, abraçado, pela filha Meg, a gritar: «Meu pai!, ó meu pai!» Expulsa, ela corta mais uma vez o cordão da tropa e lança-se de novo ao pescoço do pai. Outras senhoras da família fazem o mesmo. Ele agradecer-lhes-á, depois, numa carta, serena e boa, em que não esquece nada, nem sequer recordaçõezinhas: uma miniatura, um lenço e uma «pedra de algoritmo». A 6 de Julho é o dia do suplicio. More mantém-se como viveu sempre, sério e gracejador, natural, simples. pede ao genro que dê uma moeda de ouro ao algoz. Com algumas palavras, restitui a paz a um homem tentado a suicidar-se, que viera pedir conforto, lembrado de quem se distinguira como tão hábil em consolar. Eis os últimos instantes. Pede que o ajudem a subir ao cadafalso: «Para a descida, bastarei eu sozinho». Dirige algumas palavras ao povo: «Morro leal a Deus e ao rei, mas a Deus antes de tudo». Reza o Miserere e abraça o algoz: «Coragem, amigo, não tenhas medo. mas como tenho o pescoço muito curto, atenção! está nisso a tua honra!» Vela os olhos a si mesmo, deita-se no cadafalso e, estando o cepo muito baixo, tira a barba, «porque ela, ela ao menos, não cometeu traição!». E cai a lâmina. More era fantasia e sabedoria, moderação e firmeza. O martírio foi para ele a paga dum apego simples e naturalíssimo à Igreja, duma fidelidade sem desfalecimento ao dever, dum bom humor que é a flor da valentia cristã.  Beatificado em 1886 por Leão XIII, foi canonizado em 1935 por Pio XI.  www.jesuitas.pe.  Ver também http://es.catholic.net/santoral

Consulta também Tomás Moro, um político como Deus manda

 

Juan Fisher, Santo
Junho 22   -  Cardeal e Mártir

Juan Fisher, Santo

Juan Fisher, Santo

Cardeal e Mártir

Nasceu S. João Fischer em 1469, no Yorkshire, país em que muito tempo a «velha religião» se opôs à Reforma. Em 1483, vemo-lo em Cambridge; tinha apenas 14 anos. Depressa chegou a bacharel e a mestre em Artes. Ordenado sacerdote em 1494, com 25 anos, foi promovido a alto cargo na Universidade; e em 1504 obtinha o título altíssimo de chanceler. Desde 1502 que era confessor da mãe do rei, condessa de Richmond – Lady Margaret. Empregou o seu crédito na corte em favor da religião católica e do progresso na vida espiritual da sua dirigida. Em 1503 a venerável senhora fundou, a seu conselho, duas cátedras de teologia. Em 1504 foi instituído um pregador para Londres e outras cidades. Graças a ele, o Saint John’s College renascia. Aos 48 anos, Fischer lançou-se corajosamente ao grego, e três anos mais tarde ao hebreu. Escolhido por Henrique VIII para tomar parte do V Concílio de Latrão, convidou Erasmo como seu teólogo; mas não puderam ir. Erasmo dizia dele: «Não há homem mais sábio, não há prelado mais santo». Em 1504, o rei tinha-o nomeado bispo de Rochester. E dirigia ao mesmo tempo a Universidade de Cambridge. Foi bispo aos 35 anos. Evitou as honras, lutou contra os abusos na diocese. Visitava os pobres, os doentes, e preparava-os para a morte. Este bom pastor opôs-se ao protestantismo com livros contra Lutero, do qual já tinha criticado as famosas Teses. Tendo Henrique VIII publicado uma defesa dos sete sacramentos e merecido assim da Igreja romana o título de Fidei defensor (Defensor da Fé). Lutero atacou-o. Fischer escreveu uma refutação do ataque, defendeu o carácter sagrado do sacerdócio e tratou da autenticidade da Sagrada Eucaristia. Por outro lado, não se coibia em dizer o que pensava da corte romana, precisamente quanto à polémica contra Lutero; insurgia-se contra a ambição, a cobiça e a luxúria. Entretanto, o cardeal Pole defendia, diante de Carlos V, o bispo Fisher, como resoluto defensor da velha fé. Henrique VII, que reinava desde 1509, apaixonou-se em 1522 por Ana Bolena, senhora holandesa, dama de honra de sua esposa, Catarina de Aragão. era preciso o concurso da autoridade eclesiástica para dissolver o casamento. Então, o agraciado com a rosa de ouro e juntamente defensor da fé começou a pensar que as teorias religiosas novas podiam favorecer o seu capricho e que o respeito quanto a Roma era bem pesado. Encontrou conivência no principal dignitário da Igreja inglesa, o cardeal Wolsey, e o legado pontifício hesitava. Mas Fischer declarou com toda a rudeza que o matrimónio real, seguido de 20 anos de vida comum, «não podia ser dissolvido por nenhum poder divino ou humano; em defesa desta opinião, estava disposto a sacrificar até a própria vida». E recordava S. João Baptista, morto para defender o laço matrimonial. Assim começou a luta entre o bispo e o rei. Em 1533, foi preso Fischer. Henrique impôs o juramento de se respeitarem, na sucessão do trono, os direitos dos filhos de Ana Bolena; isto implicava rejeitar a jurisdição papal sobre a Igreja. Fischer negou-se e foi internado na Torre de Londres. Alguns bispos esforçaram-se por dobrar o colega que chefiava a diocese de Rochester; este comentou: «A fortaleza está traída por esses mesmos que a deveriam defender». No principio de 1535, o papa Paulo III nomeou Fischer cardeal; Henrique VIII comentou, furioso: «O papa envia-lhe um chapéu! Farei que, ao chegar, ele o ponha aos ombros, pois cabeça já não terá para lhe pôr o chapéu!» Foi condenado à morte a 17 de Junho de 1535. A 22, dia da execução, foi despertado ás cinco horas. Pediu licença para descansar ainda algum tempo; e dormiu profundamente mais duas horas. Vestiu-se, pegou no seu Novo Testamento e leu nele, com grande consolação, estas palavras de S. João (17, 2): «A vida eterna consiste nisto: que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste. Glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer». Chegado ao lugar do suplicio, dirigiu algumas palavras ao povo: «Vim aqui para morrer pela fé da Igreja Católica e de Cristo». Depois de rezar o Te Deum e o salmo In Te Domine speravi, foi decapitado. A cabeça esteve exposta 14 dias numa estaca na ponte de Londres, juntamente com  as dos mártires cartuxos. João Fischer, com o seu amigo Tomás More, foi canonizado em, Maio de 1935, pelo papa Pio XI.  www.jesuitas.pt  Ver também http://es.catholic.net/santoral

 

Albano de Inglaterra, Santo
Junho 22   -  Mártir

Albano de Inglaterra, Santo

Albano de Inglaterra, Santo

Mártir

Etimologicamente significa “de Alba”. Vem da língua latina.
Este jovem pertence ao século III ou  IV. É muito provável que já houvesse cristãos em Inglaterra no século I, porque no final do século II, muitos dos habitantes do sul de Inglaterra eram cristãos.
Albano é o primeiro que se recorda como mártir. Tradicionalmente, todos estão de acordo que deve ter morrido assim em 304. Mas há outros estudiosos que situam sua morte no ano 209. Todos estes argumentos estão tirados do manuscrito “A Paixão de Albano” que se conserva em Turim.
Se supõe que foi um soldado romano que alojou a um sacerdote cristão em sua casa durante a dura perseguição de Diocleciano.
Ao ver como queria a Deus e como lhe rezava, decidiu fazer-se cristão. Renunciou à adoração de seus ídolos. 
A noticia chegou a ouvidos do imperador. Inteirado Albano, deu ao sacerdote o que tinha para que escapasse. Não o fez sem que junto com seu neófito fossem presos.
Já perante o tribunal, disse na sua cara que era cristão. Em seguida o condenaram à morte.
De caminho para o lugar onde ia a ser executado, Holmhurst. Teve que ir por passagens difíceis. A gente, ao vê-lo tão alegre e com os sofrimentos que lhe proporcionavam, o foi seguindo e adorando ao mesmo Deus que  Albano
No alto da colina, quando o verdugo ia a dar-lhe morte, sentiu pena, atirou a espada e disse a todos: “Quero seguir o exemplo deste homem”.
Baptizou o soldado com seu próprio sangue. À sua morte, ouve muitos milagres, ante os quais ficou impressionado o próprio governador. San Beda o Venerável dizia que sempre se fariam milagres na tumba deste primeiro mártir das ilhas britânicas.

¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários a P. Felipe Santos
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Nicetas de Remesiana, Santo
Junho 22   -  Bispo

Nicetas de Remesiana, Santo

Nicetas de Remesiana, Santo

Bispo

Etimologicamente significa “ triunfador, vitorioso”. Vem da língua grega..
Desde o principio Cristo estava em Deus. Desde o nascimento da humanidade, ele foi a Palavra viva. Veio à terra para fazer acessível a confiança da fé. Ressuscitado, faz de nós sua morada, nos habita… e descobrimos que o amor de Cristo se manifesta perante todos por seu perdão e sua contínua presença.
Estas palavras introdutórias hão marcado a vida de muitos santos e seguem convertendo-se hoje no lema dos crentes em Cristo.
Sem a presença vivificadora sua, ¿que seria de nós?
Nasceu no ano 335 e morreu em 414.
Este santo foi um amigo íntimo de São Paulino de Nola. O nomearam bispo de Remesiana (Bela Palanca na Sérvia) em 370.
Não se conhece muito acerca de sua vida, salvo que foi muito conhecido por suas actividades missionárias, especialmente entre os Godos, Dacianos e Bessi.
Tudo isto o comemora Paulino num belo poema.
Eram amigos. Nicetas teve a ocasião – e não as buscou – de visitá-lo duas vezes em Itália. 
Fala dele como um autêntico evangelista entre os habitantes de uma terra gélida.
Nicetas escreveu uma exposição muito importante acerca do Credo dos Apóstolos, dissertações sobre a fé, a Trindade e o valor dos salmos cantados.
Escreveu também sobre a importância do canto na igreja. Se crê que foi ele o autor e redactor do TE DEUM.
¡Felicidades a quem leve este nome!
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Inocêncio V (Pedro de Tarentásia), Beato
Junho 22   -  CLXXXV Papa

Inocencio V (Pedro de Tarentasia), Beato

Inocêncio V (Pedro de Tarentásia), Beato

CLXXXV Papa

Nascido em Tarentásia, em 1225; eleito em Arezzo em 21 de Janeiro de 1276; morreu em Roma em 22 de Junho de 1276. Tarentásia no Alto Isère no sudeste de França certamente foi sua província natal, e o povoado de Champagny com alta certeza foi seu lugar de nascimento. Aos dezasseis anos ingressou na ordem dos dominicanos.
Logo de completar seus estudos na Universidade de París, de onde se graduou com um mestrado em teologia sagrada em 1259, logrou distinção como professor dessa instituição, na qual se lhe conhece como “o mais famoso doutor” (Doutor famosissimus). Por algum tempo foi provincial de sua ordem em França, foi nomeado Arcebispo de Lyon em 1272 e Cardeal-bispo de Ostia em 1273. Jogou um papel importante no Segundo Concilio Ecuménico de Lyon (1274), durante o qual deu dois discursos aos padres conciliares e também pronunciou a oração fúnebre de Santo Boaventura.
Ao ser eleito sucessor de Gregório X, de quem era conselheiro íntimo, tomou o nome de Inocêncio V e foi o primeiro papa dominicano. Sua política foi pacifista. Buscou a reconciliação entre os güelfos e os gibelinos em Itália, restaurou a paz entre Pisa e Lucca e, mediou entre Rodolfo de Habsburgo e Carlos de Anjou. Assim mesmo, buscou consolidar a união dos gregos com Roma, a qual havia sido pactuada no Concilio de Lyon. 
É o autor de várias obras relacionadas com a filosofia, teologia e leis canónicas, algumas das quais ainda não se hão publicado. A mais importante destas é seu “Comentário sobre as Sentenças de Pedro Lombardo” (Toulouse, 1652). Quatro tratados filosóficos também são de autoria sua: “De unitate formæ”, “De materia cæli”, “De æternitate mundi”, “De intellectu et voluntate”. Alguns críticos também lhe adjudicam um comentário sobre as Epístolas Paulinas, o qual frequentemente se publica sob o nome de Nicolás de Gorran (Colónia, 1478).

http://es.catholic.net/santoral  e   www.jesuitas.pt

NOTA: Quando escrevo www.jesuitas.pt, quero dizer que as biografias estão publicadas no livro SANTOS DE CADA DIA, editado pela Editorial A. O. que se identifica pelo referido site.

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MUNDIAL DE FUTEBOL NA ÁFRICA DO SUL – 2010

 

21-06-2010 001 21-06-2010 002 

    

ÚLTIMA HORA

Portugal derrota expressivamente a Coreia do Norte, por 7 golos a 0, com golos de Raul Meireles, Simão, Hugo Almeida, Tiago (2), Ronaldo (finalmente…). Liedson (finalmente, também), num jogo bonito, que Portugal há muito tempo não conseguia fazer.

Nº 1043 - 21 DE JUNHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

Luis Gonzaga, Santo
Junho 21   -  Religioso

Luis Gonzaga, Santo

Luis Gonzaga, Santo

Religioso

O Marquês de Castiglione, Dom Ferrante Gonzaga, Príncipe do Sacro Império, pretendia que seu filho primogénito, Luís, fosse grande na política, na nobreza e na vida militar. Pelo contrário, sua esposa, Dona Marta de Tâni, alimentava sentimentos bem opostos. Queria fazer de Luís grande na glória dos santos e não na glória do mundo. Quando se aproximava a altura de ser mãe, as coisas complicaram-se. Prometeu então peregrinar até ao Santuário de Loreto com a criança que nascesse e consagrá-la a Nossa Senhora. A 9 de Março de 1568 nasceu o primeiro dos seus oito filhos, a quem puseram o nome de Luís. A piedosa senhora cumpriu o seu voto, entregou-se a Nossa Senhora em Loreto e pediu-lhe que o fizesse santo. A Virgem Santíssima atendeu os seus rogos, para além do que imaginava. Luís, naturalmente permeável aos bons conselhos, voltou-se todo para Deus, a partir dos sete anos, S. Roberto Belarmino, Doutor da Igreja, que mais tarde foi seu Confessor e Director Espiritual, no testemunho que nos deixou, escreve acerca do seu pupilo: «Na idade dos sete anos é que Luís começou a conhecer mais a Deus, desprezar o mundo e empreender uma vida de perfeição. Ele mesmo com frequência me repetia que o 7º ano da sua idade marcava a  data da sua conversão». Antes tivera uns pecados ou pecadinhos de que mais tarde muito se arrependeu: tirar pólvora para fazer explodir uma bombarda e pronunciar algumas palavras inconvenientes, cujo sentido desconhecia, ouvidas aos soldados de seu pai. Dom Ferrante não via com bons olhos a evolução espiritual do seu primogénito, que parecia só pensar no sacrifício, na oração e no amor a Nossa Senhora. Para o desviar desses propósitos, mandou-o para a corte requintada do Grão Duque de Médicis. mas em Florença, em vez de se mundanizar, mais se divinizou o nosso jovem. Ainda que pareça estranho, é historicamente certo que pelos 10 anos fez voto de castidade perpétua, diante do maravilhoso altar de Nossa Senhora da Anunciação, no templo do mesmo nome. Foi nessa cidade que começou a confessar-se com o Reitor do Colégio da Companhia de Jesus e a seguir a sua orientação espiritual. O Arcebispo de Milão, S. Carlos Borromeu, estacionando uns dias no castelo de Castiglione, contactou intimamente com Luís, vindo a declarar «que jamais encontrara jovem que em tal idade atingisse tão elevada perfeição». Foi ele mesmo que lhe quis administrar a Primeira Comunhão, despedindo-se com dois conselhos: comunhão frequente e leitura assídua do Catecismo Romano. Aos 12 anos, declara Luís aos pais que decidira fazer-se religioso quando atingisse a idade adequada. O pai, exasperado, para lhe fazer perder essas ideias, fê-lo jornadear pelas cortes mais ricas da Europa e participar nas festas requintadas da sociedade. Os anos de 1582 a 1584 passa-os a família Gonzaga na Corte de Madrid, onde reinava Filipe II, que acabara de absorver Portugal. É nessa altura que Luís visita o nosso país, demorando alguns dias em Lisboa. Está certo da sua vocação, mas duvida da Ordem em que há-de ingressar. Estando um dia, como de costume, a rezar diante da imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho, na igreja dos Jesuítas, em Madrid, por inspiração celeste, compreende que Deus o chama para a Companhia de Jesus. depois do regresso à Itália, consente finalmente o pai na vocação do filho.  A 1 de Novembro de 1585, perante os parentes mais próximos e o representante do Imperador, assinou Luís a renúncia a todos os seus direitos de Primogénito, aos títulos nobiliárquicos e aos bens da fortuna, em favor do seu segundo irmão, Rodolfo. No dia seguinte, ajoelha-se diante de seu pai e de sua santa mãe a pedir-lhes a bênção. Ambos lha concedem com enternecimento e lágrimas, e após alguns instantes lá partiu, a caminho da Cidade Eterna. Chegado a Roma, hospeda-se em casa do patriarca Cipião Gonzaga, seu tio, para visitar nos dias seguintes outros Cardeais e Bispos de sua família e ser admitido à presença do Papa Sisto V. Todos se maravilham com a prudência, aprumo, delicadeza e santidade do jovem Príncipe.

 

Luis Gonzaga, Santo

Luis Gonzaga, Santo

A 25 de Novembro de 1585, festa de Santa Catarina, virgem e mártir, contando 17 anos e oito meses, é admitido na Companhia de Jesus. Os seus cinco anos de vida religiosa distinguiram-se pela exacta observância de todas as regras, pela piedade e pelo exercício das virtudes cristãs. Frequentou o Colégio Romano, actual Universidade Gregoriana, com brio e distinção. Compôs um tratado sobre os anjos que um censor assim qualificou: «São páginas cheias de unção, de graça de estilo, de inspirações felizes e evocações inflamadas». Seu pai, ao cabo de uma vida demasiado mundana, faleceu com os sentimentos de sincera contrição e de ardente fé, exclamando no leito de agonia: «É o fruto do sacrifício do meu Luís. Foi ele, e só ele, que me alcançou tão grande graça do Senhor». Seu tio, D. Vicente Gonzaga, Duque de Mântua, e seu irmão Rodolfo viviam em tal discórdia que estavam prestes a fazer a guerra um ao outro. Luís, a pedido da família, veio a Castiglione e o que nem as solicitações dos grandes do mundo e da Igreja tinham conseguido, alcançou-o ele. Ambos os contendores fizeram as pazes e acabaram com o litigio. Outro grava escândalo, que causava a maior preocupação da mãe, acabou: Rodolfo regularizou, por meio do matrimónio, a situação pecaminosa em que vivia. Na missa de despedida, Dona Marta, sua mãe, Rodolfo e sua esposa, os principais fidalgos e 700 vassalos participaram na missa e na Sagrada Comunhão. No ano de 1591, espalhou-se a peste em Roma, vitimando centenas de pessoas. Luís ofereceu-se para tratar dos empestados, que ia visitar às suas casas e tratava com extremos de carinho; chegou mesmo a acarretar um pobre doente, conduzindo-o aos ombros ao hospital. Contraiu a mesma peste, da qual veio a falecer aos 23 anos de idade, em Roma, depois de ter recebido todos os sacramentos, a 21 de Junho de 1591, na sexta-feira a seguir à oitava do Corpo de Deus, dia em que mais tarde seria consagrado ao Coração de Jesus, de cuja devoção foi Luís um precursor. O Cardeal S. Roberto Belarmino, que, como ficou dito, foi seu Confessor e Director Espiritual em Roma, escreveu sobre ele o mais elogioso depoimento e pediu para ser sepultado junto da sua campa, o que realmente lhe concederam. Treze anos após o falecimento de Luís, pôde sua mãe venerá-lo nos altares com o título de Beato. A canonização ocorreu em 1726. A instâncias de D. João V e da rainha D. Maria Ana de Áustria, sua esposa, concedeu em 1737 o Papa Clemente XII que em todo o Portugal e seus domínios se celebrasse com particular devoção a festa de S. Luís Gonzaga. A Santa Sé proclamou-o Protector da Juventude, título que Pio XI veio a confirmar. Na Epistola ApostólicaSingulare illud” de 1926, sobre o 3º Centenário da Canonização, o papa Pio XI escreve: «Contemplar e imitar S. Luís Gonzaga é o melhor meio que pode empregar a juventude para atingir a santidade. Desde que a Igreja o proclamou padroeiro da Juventude, S. Luís tem exercido uma influência maravilhosa sobre os jovens. Basta recordar que ele é o modelo e protector de São Domingos Sávio e de São João Bosco, que tanto pregou a sua devoção e a deixou em herança aos Salesianos. Em virtude da nossa autoridade apostólica, proclamamos mais uma vez São Luís Gonzaga celeste patrono da Juventude Universal». Na audiência concedida por Pio XI a 5 000 jovens  de todo o mundo, foram apresentados ao Papa, 30 volumes com dois milhões de assinaturas de jovens que prometeram imitar valorosamente o exemplo de S. Luís, segundo as palavras que transcrevemos:

«1. Permaneceremos sempre firmes nacatólica, ainda que muitos outros a abandonem e dela se apartem;

2. Amaremos fielmente a Igreja, esposa de Jesus Cristo, e defendê-la-emos sempre como nossa Mãe, contra todos os embates dos que a perseguirem;

3. Impor-nos-emos o honroso dever de alcançar uma grande Cultura Católica e um profundo conhecimento da nossa religião;

4. Como a verdadeira fortaleza consiste na vitória sobre as paixões, conservaremos valorosamente, o exemplo de S. Luís, a pureza da alma e do corpo, principalmente por meio da comunhão frequente e de uma singular devoção à Santíssima Virgem».  www.jesuitas.pt.  Ver também http://es.catholic.net/santoral

 

Inocêncio de Mérida, Santo
Junho 21   -  Bispo

Inocencio de Mérida, Santo

Inocêncio de Mérida, Santo

Bispo

Sua vida fez honra a seu nome.
Parece ser que sua candidez e humildade adornaram seu ministério em Mérida, capital da província Lusitana, no tempo da Espanha visigoda.
Se conta dele que sua santidade e penitência as punha ao serviço para pedir as chuvas, tão desejadas nos tempos de seca, presidindo rogativas, que sempre eram escutadas pelo Omnipotente.
Quando o elegeram para ser consagrado bispo, era, segundo se nos diz, o último na ordem dos diáconos. E o consagraram para servir a diocese emeritense como sucessor do grande bispo visigodo Masona que abriu a «Idade de Ouro» do episcopado de Mérida. «Depois dele foi eleito um virtuoso varão, de suma santidade e lhaneza, chamado Inocêncio, cuja condição a expressa bem seu próprio nome. Inocente, em verdade, e cândido; que a ninguém julgou, a ninguém condenou, a ninguém julgou; e viveu humilde e piedoso todos os dias de sua vida»
Assistiu ao Concilio de Toledo do ano 610 a que presidiu Santo Leandro de Sevilha em tempos de Gundemaro.
Deve ter estado poucos anos á frente de sua sede.
Sua festa é em 21 de Junho.

Rodolfo de Bourges, (ou Rodulfo, ou Raul)Santo
Junho 21   -  Bispo

 

Rodolfo de Bourges, Santo

Rodolfo de Bourges, Santo

Bispo de Bourges

Raul, Rodulfo ou Rodolfo, pertencia a uma família de alta nobreza da Monarquia Franca. O pai, chamado também Raul, era conde de Cahours e tinha o título de Abade leigo de Tulle. Em 840, Raul filho subiu à cátedra episcopal de Burges. Assistiu desde então a todos os concílios francos e tomou parte importante no governo da Igreja e do Estado. Os assuntos públicos não o afastaram da solicitude pela sua Igreja. Escreveu ao papa Nicolau I para lhe apresentar alguns pontos de disciplina, em particular a questão dos corepíscopos. O papa, ao responder-lhe, dá-lhe o título de patriarca das Aquitânias e das Narbonenses. Raul é, quanto sabemos, o primeiro arcebispo de Burges que teve tal título. A Instrução pastoral que dirigiu mostra-nos solicitude pelo governo da diocese. Contém prescrições que se encontram nos documentos de todos os bispos do tempo, mas indica o zelo de Raul porque os seus sacerdotes observem as regras canónicas. Discutira primeiro com  eles cada um dos artigos, para estar bem seguro de os mesmos corresponderem a necessidades reais. 45 capítulos tratam da fé e dos costumes, dos sacramentos, da conservação das igrejas, das penitências que hão-de impor-se, etc…. É interessante notar que animou ardorosamente os fiéis bem dispostos a que todos os dias comungassem. Raul ocupou-se também dos religiosos e das religiosas. Veio a morrer a 21 de Junho de 866. A diocese de Burges celebra ainda a sua memória neste dia.  www.jesuitas.pt.  Ver também http://es.catholic.net/santoral

 

José Isabel Flores Varela, Santo
Junho 21   -  Mártir Mexicano

José Isabel Flores Varela, Santo

José Isabel Flores Varela, Santo

Nasceu em Santa María de la Paz, da paróquia de San Juan Bautista de Teúl, Zac. (Arquidiocese de Guadalajara), em 28 de Novembro de 1866. Capelão de Matatlán, da paróquia de Zapotlanejo, Jal. (Arquidiócese de Guadalajara).
Por 26 anos derramou a caridade de seu ministério nessa capelania, sendo para todos um padre bondoso e abnegado que os edificou com sua pobreza, seu espírito de sacrifício, sua piedade e sua sabedoria.
Um antigo companheiro, a quem o Padre Flores havia protegido, o denunciou ante o cacique de Zapotlanejo e foi preso em 18 de Junho de 1927, quando se encaminhava a um rancho para celebrar a Eucaristía.
Foi encerrado num lugar degradante, atado e maltratado; o cacique o fez escutar música ao mesmo tempo que lhe oferecia: «Olhe, que bonita música, se afirmas acatando as leis, te deixo em liberdade». Sem se alterar, o mártir lhe expressou: «Eu vou a ouvir uma música melhor no céu». O Padre José Isabel cumpria a palavra expressa várias vezes: «Antes morrer que falhar a Deus».
Em 21 de Junho de 1927 foi conduzido, na noite, ao campo santo de Zapotlanejo. Intentaram enforcá-lo mas não puderam. Ordenou o chefe que lhe disparassem, mas o soldado, que reconheceu ao sacerdote que o havia baptizado, se negou a fazê-lo, então enfurecido o verdugo assassinou o soldado. Misteriosamente as armas não fizeram fogo contra o Padre Flores pelo que um daqueles assassinos sacou uma grande faca e degolou o valoroso mártir. 
O Papa Juan Pablo II o canonizou, junto a
outros 24 mártires mexicanos em 21 de Maio de 2000.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Tomás de Orvieto, Beato
Junho 21   -  Servita

Tomás de Orvieto, Beato

Tomás de Orvieto, Beato

O beato Tomás nasceu em Orvieto, cidade de Umbría, a fins do século XIII ou princípios de XIV.
Para alcançar com maior segurança a pátria celestial, em que estavam concentrados todos seus pensamentos e anseios, decidiu consagrar-se completamente a Deus numa família religiosa e, por seu acendrado afecto  para com a Virgem, pediu e foi admitido na Ordem dos Servos de santa María. Nele resplandeceram com luz meridiana as virtudes típicas dos Servos, consideradas como carisma de nossa Ordem: a humildade, a caridade fraternal, o espírito de serviço, a misericórdia. Com efeito, - como se lê nos Anais da Ordem -; “com o objectivo de se dedicar de uma vez para sempre ao serviço da Virgem […] e de seus servos”, pediu ser agregado no número dos frades que a gente soa chamar “leigos”.
Durante muitos anos pediu esmola de porta em porta e, exercendo este oficio, mostrou suma afabilidade, paciência e caridade- Sentia uma entranhável compaixão pelos pobres, a quem não só dava com alegria do que sobrava da mesa dos frades, mas também do sustento que lhe era necessário. Deus olhou com agrado a simplicidade com que o Beato desempenhava sua actividade e segundo o testemunho de antigos escritores, manifestou sua aprovação com diversos prodígios. As imagens do beato Tomás, algumas delas notáveis por sua antiguidade e valor artístico, o representam carregado com o alforge e levando um ramo de figueira na mão ou dando, em pleno inverno, uns figos a uma mulher grávida desejosa desses frutos. Em tais imagens os artistas quiseram expressar a solicitude deste homem de Deus para com todos os que pediam sua ajuda, e seu poder de intercessão ante Deus, do qual podia obter milagres. 
O humilde servo da Virgem morreu em Orvieto, no ano 1343, como se lê na Crónica de frei Miguel Poccianti; seu corpo recebeu honrosa sepultura na igreja dos Servos desta mesma cidade. Pelos milagres, cada vez mais frequentes, os habitantes de Orvieto muito cedo começaram a tributar-lhe uma grande devoção e a celebrar sua memória. Este culto, popular e imemorável, foi ratificado e confirmado pelo papa Clemente XIII no ano 1768.

• Lázaro, Santo
Junho 21   -  Leproso

Lázaro, Santo

Lázaro, Santo

Este é um caso insólito, ainda que não único; A fusão de um Lázaro são e santo (que se existiu) com outro Lázaro leproso e fictício, mas suporte de um modelo de santidade evangélica, contado e aprovado pelo mesmíssimo Jesús: Eis aqui o quid do tema de tal fusão.
As fontes verídicas para um resultado incorrecto, mas rico em consequências de arte, devoção e caridade muito valiosas. São os dois relatos evangélicos seguintes e bem conhecidos de todos: 
A ressurreição, por Jesus Cristo, de seu amigo Lázaro de Betânia (Jn, XI,1-44 y XII,1-11) e a parábola do pobre ulceroso Lázaro e o rico Epulón (Lc, XVI,16-31). O amigo e hospedeiro de Jesús era são e por isto mesmo, não via a medida para referência directa com os de pele enferma e por isto, segregados da sociedade, mas era acolhedor. 
O da parábola carece de corpo (é fictício), mas sim que se o apresenta chagado, também com o nom­e de Lázaro e etiquetado por Cristo (na parábola) como cidadão apto para o céu ou santo modelar, em especial para santos leprosos e assimilados. 
A coincidência do nome e posse de virtudes: caridade acolhedora no homem de Betânia e a humildade postulante no modelo para padecidos, são genes estupendos para criar um tipo: nesta circunstância. São Lázaro. 
Já que as duas fontes evangélicas as temos todos a mão ¿para quê copiá-las aqui?
Mas, visto o visto, parece conveniente, pelo sentir devocional e artístico dos séculos, que não convém uma dicotomia e que deve seguir nos altares a imagem de Lázaro leproso, mas recordando que tão só é uma personagem fictício criado por Jesús como referente de santidade.
E, por outro lado, celebrar a Lázaro são e acolhedor ou hospedeiro nas liturgias.

 

http://es.catholic.net/santoral  e   www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...