quinta-feira, 24 de junho de 2010

Nº 1046 - 24 DE JUNHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

• João Baptista, Santo
Junho 24   -  Nascimento

Juan Bautista, Santo

João Baptista, Santo

Nascimento de João Baptista


O nosso guia mais seguro para a vida de S. João, desde que foi concebido, é o texto dos Evangelhos. Dá-lo-emos portanto integralmente, limitando-nos a juntar-lhe algumas notas históricas e a sublinhar as virtudes do Precursor. «Nos dias de Herodes, rei da Judeia, existiu um sacerdote chamado Zacarias, da turma de Abiã, cuja esposa era da descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos diante de Deus, cumprindo irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Não tinham filhos, pois Isabel era estéril e os dois de idade avançada» (Lc 1, 5-7). Pouco sabemos dos antepassados de João. Lucas informa-nos unicamente que Zacarias era, como seu pai, sacerdote judaico, isto é, descendente de Aarão. Como havia 24 classes de sacerdotes, cada classe servia apenas duas vezes por ano. Era à sorte que os sacerdotes distribuíam entre si as diversas funções próprias. Uma das mais importantes era a oferta do incenso duas vezes ao dia, de manhã, ao raiar a aurora, e de tarde, às 3 horas. Nesse dia, a sorte designou Zacarias para queimar o incenso; era muito provavelmente a primeira vez na sua vida que esta honra lhe tocava. «Ora, estando Zacarias no exercício das funções sacerdotais diante de Deus, na ordem da sua turma, coube-lhe, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso. Todo o povo estava da parte de fora em oração, à hora do incenso. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. mas o Anjo disse-lhe: “Não tenhas receio, Zacarias, a tua súplica foi atendida”»… (Lc 1, 8-13). Que intenção recomendava ele? Santo Agostinho julga que a oração de Zacarias tinha por objecto a vinda do Messias, mais que obter um filho para si. Na oferta do incenso actuava como representante oficial do povo judaico: e este homem justo tinha obrigação de apresentar a Deus a importantíssima oração, o grandíssimo desejo de todo o povo. «… “a tua súplica foi atendida. Isabel, tua mulher, vai dar-te um filho e chamar-se-á João. Será para ti motivo de regozijo e de júbilo, e muitos se regozijarão com o seu nascimento. Será grande aos olhos do Senhor e não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo já desde o ventre da sua mãe e reconduzirá a muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente, diante d’Ele, com o espírito e o poder de Elias para fazer volver os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de proporcionar ao Senhor um povo com boas disposições”. Zacarias disse ao anjo: “Como hei-de verificar isso, se estou velho e a minha mulher avançada em anos?”» (Lc 1, 13-18). Zacarias duvidou, e assim o sinal por ele obtido foi castigo. «O anjo respondeu: “Sou Gabriel, aquele que está diante de Deus, e fui enviado para te falar e dar-te estas boas novas. Vais ficar mudo, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto acontecer, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão na altura própria”» (Lc 1, 19-20). «O povo, entretanto, aguardava Zacarias e admirava-se por ele se demorar no santuário. Quando saiu,. não lhes podia falar e eles compreenderam que havia tido uma visão, no santuário. Fazia-lhes sinais e continuava mudo» (Lc 1, 21-22). Saindo do santuário, devia Zacarias pronunciar sobre o povo uma bênção ritual. O mutismo tornou-lho impossível: «Terminados os dias do seu serviço, regressou a casa» (Lc 1, 23).

Uma tradição antiga (século V) diz que habitou na aldeia de Ain Kharin, a seis quilómetros a oeste de Jerusalém. Lá, durante os longos meses do retiro de ambos, deve ter contado à esposa por escrito os pormenores da aparição e da promessa. «Passados estes dias, sua mulher Isabel concebeu e, durante cinco meses, permaneceu oculta. “Assim procede o Senhor para comigo, nos dias em Lhe aprouve tirar-me da ignominia entre os homens”, dizia ela» (Lc 1, 24-25). Ora, no sexto mês, o mesmo anjo Gabriel foi enviado por Deus à Virgem Maria para lhe anunciar que dela viria a nascer o Messias. Maria não foi, como Zacarias, incrédula; mas, humildemente admirada, perguntou: «Como será isso, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: “O Espírito Santo virá sobre ti… Também a tua parenta Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês, ela, a quem, chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus”» (Lc 1, 34-37). O parentesco entre Isabel, membro da tribo de Levi, e Maria, membro da tribo de Judá, explica-se facilmente pelo casamento dum antepassado de Maria com um ascendente de Isabel. Ignora-se, aliás, a natureza e o grau deste parentesco, que faz de João um  primo mais ou menos afastado de Jesus. «Por aqueles dias, pôs-se Maria a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo…» (Lc 1, 39-41). Muitas e muito diversas opiniões se formularam a respeito dos acontecimentos misteriosos que São Lucas narra tão brevemente. Seguindo vários Santos Padres, admite-se hoje como coisa comum que João foi purificado da mancha original antes do nascimento e recebeu o dom da graça santificante. «Maria ficou com Isabel cerca de três meses. depois regressou a casa» (Lc 1, 56). Partiu antes do nascimento do Precursor. «Chegou, entretanto, o dia em que Isabel devia dar á luz e teve um filho. os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram. Ao oitavo dia vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias; mas, tomando a palavra, a mãe disse: “Não, há-de chamar-se João”. Disseram-lhe : “Não há ninguém na tia família que tenha esse nome!” Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse. Este, pedindo uma placa, escreveu: “O seu nome é João”. E todos se admiraram. Imediatamente abriu-se-lhe a boca, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus. O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles factos. Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam a si próprios: “Que virá a ser este menino?”. E, de facto, a mão do Senhor estava com ele"» (Lc 1, 57-66). «Entretanto, o menino crescia e o seu espírito robustecia-se. E, viveu no deserto até ao dia da sua apresentação a Israel» (Lc 1, 80). Faltando indicações exactas por parte de S. Lucas, é difícil precisar a idade em que João se retirou para o deserto. parece provável que.embora jovem, ele seria bastante grande para se bastar a si mesmo, o que supõe cerca de 10 a 12 anos. Os pais, sem dúvida, já tinham morrido. Depois, S. Lucas passa em silêncio uns 20 anos, vazios com certeza de qualquer acontecimento histórico, mas cheios de graças íntimas e secretas: toda a preparação do Precursor para a sua augusta missão. «Inútil é, escreve o padre Buzy, determo-nos a descrever o género de vida do Precursor no deserto… É certo que o precoce anacoreta viveu regido pela divina providência. mas digamos, em qualquer hipótese, que a sobriedade era para ele virtude de vocação, pois os ermos judaicos não haviam então de ser naturalmente mais férteis que nos nossos dias. Algumas ervas da Primavera, algumas raízes, mel e frutos silvestre, eis mais ou menos as únicas riquezas deles. Mas, se o corpo era tratado com rigor, a alma alimentava-se abundantemente nos divinos festins da oração e da reflexão». Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.  Ver também http://es.catholic.net/santoral

No seguinte enlace encontrarás mais informação sobre o Nacimiento de Juan el Bautista
La natividad de San Juan Bautista por Jesús Martí Ballester

 

Iván de Boémia, Santo
Junho 24 Eremita

Iván de Bohemia, Santo

Iván de Boémia, Santo

Eremita

Deste personagem há duas “Vidas”. Uma é a correspondente à latina do século XIV e outra do século XVII. 
O que se conhece deste personagem é que viveu na segunda metade do século IX em Boémia. Segundo a biografia latina era consanguíneo do rei de Hungría santo Estêvão, e segundo a outra foi o filho do rei dos croatas, Charvati.
Os estudos modernos afirmam que foi um monge beneditino do mosteiro saxão de Coevey. Seja como for a vida em comunidade não o satisfazia plenamente, retirou-se para uma ermida de Boémia.
Quando se apresentaram alguns problemas de tipo político e religioso. Buscaram por todos sítios a este monge. O encontrou o duque Borijov.
Este ficou no palácio durante um tempo determinado. Instruído pela mesma duquesa Ludmila, recebeu os santos sacramentos antes de volver a sua ermida.
O duque Borijov lhe prometeu que a sua morte, lhe edificaria um templo dedicado a
santo João Baptista.
Quando Lumidla viu que chegava a hora de sua morte, chamou ao sacerdote para que o administrasse o sacramento da Unção dos Enfermos.
Depois de sua morte se sucederam muitos milagres. Deles se tem noticia no ano 1205 no lugar de sua ermida. À ermida lhe chamavam a igreja de são João sob a Rocha.
Os beneditinos se encarregaram de transmitir seu culto por todos sítios, apesar das guerras husitas que se haviam suscitado.

¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários a P. Felipe Santos:
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• María Guadalupe Garcia Zavala, Beata
Junho 24   -  Fundadora

María Guadalupe García Zavala, Beata

María Guadalupe Garcia Zavala, Beata

Fundadora da Congregação
das Servas de Santa Margarita María e dos Pobres

Nasceu em Zapopan, Jalisco, México em 27 de Abril de 1878. Foram seus pais Fortino Garcia e Refugio Zavala de Garcia.
Dom Fortino, era comerciante, tinha uma tenda de objectos religiosos frente à Basílica de Nossa Senhora de Zapopan, portanto a pequena Lupita visitava a igreja com muita frequência e desde pequena mostrou grande amor aos pobres e às obras de caridade.
Lupita tinha fama de ser uma jovem muito bonita e muito simpática, sem deixar de ser simples e transparente em seu trato, amável e serviçal com todos. Teve um noivado com o Senhor Gustavo Arreola, e já prometida em matrimónio com a idade de 23 anos, sentiu a chamada do Senhor Jesús para se consagrar à vida religiosa sobretudo na atenção aos enfermos e aos pobres. 
Contou esta inquietação a seu director espiritual, o Padre Cipriano Iñiguez, que lhe disse que por sua vez, ele havia tido a inspiração de fundar uma Congregação Religiosa para atender aos enfermos do Hospital e a convidava a começar este trabalho, e foi assim que entre os dois fundaram a Congregação religiosa de “Servas de Santa Margarita Maria e dos Pobres”. 
A Madre Lupita exerceu o oficio de enfermeira ajoelhando-se no piso para atender aos primeiros enfermos no Hospital, que por certo no inicio carecia de muitas coisas, sem embargo sempre reinou a ternura e compaixão, procurando sobretudo para os enfermos um bom cuidado na vida espiritual. 
A Madre Lupita foi proclamada Superiora Geral da Congregação, cargo que teve durante toda sua vida, e ainda que proviesse duma família de um bom nível económico, ela se adaptou com alegria a uma vida extremamente sóbria e ensinou as Irmãs da Congregação a amar a pobreza para poder doar-se mais aos enfermos. Houve um período de graves dificuldades económicas no Hospital e a Madre Lupita pediu a permissão a seu director espiritual de poder mendigar pelas ruas, e obtida a autorização, o fez junto com outras irmãs por vários anos até que se solucionaram os problemas para sustentar aos enfermos.
El cuadro político-religioso en México fue grave desde 1911, con la caída del presidente Porfirio Díaz, hasta prácticamente 1936 porque la Iglesia fue perseguida por los revolucionarios Venustiano Carranza, Alvaro Obregón, Pancho Villa y sobre todo Plutarco Elías Calles en el período más sangriento de 1926 a 1929.
En este tiempo de persecución en México contra la Iglesia católica, la Madre Lupita arriesgando su vida y la de sus mismas compañeras escondió en el hospital a algunos sacerdotes y también al mismo Arzobispo de Guadalajara, Su Excelencia D. Francisco Orozco y Jiménez. Por otra parta a los mismos soldados persecutores les daban alimento y los curaban de sus heridas; éste fue un motivo para que los soldados que estaban encuartelados cerca del hospital no sólo no molestaban a las Hermanas sino que hasta las defendieron, lo mismo que a los enfermos.
Durante el período en que vivió la Madre Lupita se abrieron 11 fundaciones en la República Mexicana, y después de su muerte siguió creciendo la Congregación; en la actualidad las Siervas de Santa Margarita María y de los Pobres cuentan con 22 Fundaciones en México, Perú, Islandia, Grecia e Italia.
El 13 de octubre de 1961 la entera Congregación de las Siervas de Santa Margarita María y de los Pobres festejaron el jubileo de diamante de la Madre Lupita, es decir, los 60 años de vida religiosa de la amada fundadora, sin embargo ella que tenía 83 años de edad padecía de una penosa enfermedad que después de dos años la llevó a la muerte.
Se durmió en el Señor el 24 de junio de 1963 en Guadalajara, Jalisco, México a la edad de 85 años, gozando desde entonces de una sólida fama de santidad.
Fue amada por pobres y ricos de la ciudad de Guadalajara y de otros lugares en donde tenían hospitales, esto se confirma también porque desde el momento en que se supo de su muerte, muchísima gente se congregó en el hospital para ver por última ocasión sus restos mortales y al día siguiente que se celebraron los funerales también participó mucha gente porque ya la consideraban como una santa.
La Madre Lupita se presenta ahora como un digno ejemplo de vida de santidad para que sea imitada no sólo por las Religiosas por ella fundadas, sino por todos los fieles por la práctica constante y heroica de las virtudes evangélicas que ejercitó a través de su vida, y sobretodo por su dedicación incondicional al servicio de Dios en los hermanos, especialmente en los pobres y en los que sufren todo tipo de enfermedades.
Fue beatificada por el Papa Juan Pablo II, el 25 de abril de 2004 (III Domingo de Pascua de aquel año).
Reproduzido com autorizacção de Vatican.va

Rumoldo de Malinas, Santo
Junho 24   -  Mártir

Rumoldo de Malinas, Santo

Rumoldo de Malinas, Santo

Filho do rei de Escócia, nascido possivelmente no ano 720.
Consagrado bispo regional, pregou o Evangelho na Holanda e Alemanha, acompanhando a São Wilibrordo.
Morreu martirizado, em Malinas (Bélgica), pelos idólatras, perto de Malinas, 775.

 

BEATA RAINGARDA

(Viúva, religiosa – 1135)

Raingarda foi mulher de Maurício de Montboissier. Montboissier é um castelo cujas ruínas se elevam ainda agora na Alvérnia, França. A maior glória da família está nos filhos que ela teve, oito: o primeiro, arcebispo de Lião; quatro abades beneditinos; um que morreu jovem; Hugo que teve duas filhas e se vieram a juntar com a avó no mosteiro de Marcigny; e, por último, Eustáquio, o único a perpetuar o nome. Tendo-se casado nova, Raingarda deu-se completamente ao marido e aos cuidados da numerosa família, conservando embora no fundo do coração a pena de não se ter desapegado mais completamente do mundo. Recebia com solicitude no castelo os monges que por lá passavam. Maurício de Montboissier era bom cristão, mas não tinha pressa de se ir encerrar num mosteiro. Raingarda empenhou-se em convencê-lo. Estava quase decidido quando, no regresso duma peregrinação à terra santa, caiu gravemente doente. A mulher tratou-o com a maior dedicação, preparou-o para a morte e ajudou-o a dispor as suas coisas. Era mulher activa e conseguia dominar os maiores desgostos para não ser inútil quando era necessário que actuasse. Depois do falecimento do marido, todos os amigos lhe aconselhavam que se tornasse a casar. Mas ela fingiu dar-se ao mundo mais do que no matrimónio, ao mesmo tempo que preparava secretamente a entrada no mosteiro de Marcigny, que preferiu por ter clausura estrita. Passou em orações, junto do túmulo do marido, a noite antes da sua partida, e depois seguiu com séquito numeroso para Marcigny. As pessoas do cortejo não sabiam qual o termo da viagem. Ao verem-no, romperam em soluços e quiseram deter Raingarda. Mas ela respondeu-lhes com terrível ironia: «Depois da tempestade, vem a calmaria; o bom tempo sucede à chuva. E as lágrimas que chorais agora serão seguidas de riso e alegria. Voltai portanto ao século, e eu vou ter com Deus». Imediatamente entrou com as monjas na clausura, onde com enorme alegria cortou o cabelo e mudou de vestuário. O seu primeiro empenho esteve em sujeitar-se a todas as irmãs com a mais profunda humildade. Tornou-se deste modo tão agradável que todas a amaram, sem qualquer reticência. E rapidamente subiu na virtude, porque, segundo nota seu filho, Pedro, o Venerável, «ela não viveu assim apenas nos primeiros anos da conversão, como fazem os outros, mas durante o resto da vida». Raingarda sentia-se de todo feliz nesta vida tão oculta, quando recebeu o cargo de celeireira. Toda a administração diária da casa caiu em cima dela; viu-se absorvida por uma quantidade de questões materiais e frequentemente precisava de sair. Conseguiu adivinhar rapidamente as necessidades e os gostos de cada uma e, para os satisfazer quanto possível, aprendeu a cozinhar: «dava a uma assado, a outra cozido, a uma coisas salgadas , a outra doces». Ocupava-se com especial cuidado das doentes e não se fechava só no seu mosteiro, praticava generosamente a caridade para com os pobres. O mais admirável era ver que todos os cuidados materiais não lhe abafavam a vida espiritual e que sabia ser ao mesmo tempo Marta e Maria. Todavia, a austeridade da vida e a grande actividade esgotaram-na. Caiu doente e pediu imediatamente que lhe dessem a unção dos doentes e o viático. Passados três dias, vendo que a morte estava a chegar, as irmãs depuseram-na em cinza, como desejava, e nela morreu a 24 de Junho de 1135. Tinha um pouco mais de 60 anos. Raingarda não foi beatificada solenemente, mas os mosteiros de Cluny prestavam culto a esta cristã perfeita.  Do livro SANTOS DE CADA DIA, www.jesuitas.pt

 

http://es.catholic.net/santoral   e   www.jesuitas.pt

 

Recolha, transcrição e tradução (incompleta) de espanhol ,para português, por António Fonseca

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Chuvas no Nordeste deixam mais de mil desaparecidos : Gabeira.com.br

Chuvas no Nordeste deixam mais de mil desaparecidos : Gabeira.com.br

Nº 1045 - 23 DE JUNHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

José Cafasso, Santo
Junho 23   -  Confessor

José Cafasso, Santo

José Cafasso, Santo

Confessor

SÃO JOSÉ CAFASSO

Sacerdote  -  (1811-1860)

Dom José Cafasso, sacerdote da diocese de Turim, viveu de 1811 a 1860. Os Salesianos vêem nele o mestre do próprio fundador, S. João Bosco. O clero piemontês saúda neste sacerdote um dos seus melhores treinadores e modelos. Nasceu na diocese de Ásti, a 15 de Janeiro, numa família cristã. Foi baptizado a 16. Sendo novíssimo, gostava já muito da oração e do catecismo. Dava aos pobres as moedas e o pão. Aos 16 anos tomou a batina clerical; foi ordenado sacerdote em 1833. Em 1836, entregavam-lhe a cátedra de teologia moral no colégio eclesiástico de Turim, primeiro como auxiliar e depois como professor de pleno direito. Conservou-a até à morte. Formou o clero piemontês nos bons princípios de S. Francisco de Sales e de Santo Afonso de Ligório, princípios que tinham sido desprezados pelos jansenistas, e foi confessor e director espiritual excelente. O seu zelo atingia mesmo as prisões, visitando, catequizando, ajudando em tudo os reclusos e acompanhando os condenados até à execução capital. Em 1848, sucedeu ao fundador do colégio eclesiástico para o dirigir, e fez da Igreja de S. Francisco de Assis, anexa ao Colégio, igreja modelo em todos os sentidos. A sua vida era pobre, humilde; incomodava-se para ajudar os outros. Auxiliou os princípios da piedosa sociedade de S. Francisco de Sales, onde João Bosco, o futuro santo, foi seu discípulo querido. Pregava quase por toda a parte, sendo muito hábil em adaptar-se a auditórios diversos. A sua vida foi muito penitente; trazia cilício, comia pouco, contentava-se com o estritamente necessário. Era muito devoto de Nossa Senhora da Consolação e morreu num sábado, a 23 de Junho de 1860, com 49 anos. Foi beatificado em 1925 e canonizado em 1947, juntamente com S. João de Brito.   www.jesuitas.pt  Ver também http://es.catholic.net/santoral

• Audrey ou Eteldreda, Santa
Junho 23   -  Abadessa

Audrey o Eteldreda, Santa

Audrey ou Eteldreda, Santa

Abadessa

Martirológio Romano: No mosteiro de Eli, em Inglaterra oriental, santa Ediltrude ou Eteldreda, (ou ainda Audrey) abadessa, que, filha de reis e ela própria rainha de Northumbria, depois de dois matrimónios recebeu o véu monástico de mãos de são Wilfrido no mosteiro que ela mesma havia fundado, dirigindo maternalmente com seus exemplos e conselhos a suas monjas (679).
Santa Eteldreda (636 a 679 em Inglês Audrey, um nome feminino muito comum) era a filha do rei Anna (? -653), Rei de Inglaterra Oriental, foi irmã de outras três santas: Etelburga (? -664), Sesburga (? -699) e Withburga (? -743): coincidência algo rara mas não única entre as famílias reais europeias. Eteldreda nasceu em Exning, Suffolk, muito jovem foi comprometida em matrimónio com o Príncipe de Tonberto Gyrwe (? -655), que lhe deu como prenda de bodas uma propriedade em Ely. Naqueles dias existia um grande fervor espiritual em Inglaterra já que recentemente se havia convertido ao cristianismo. O casal decidiu viver em castidade.
Três anos depois de se casar morreu o príncipe e Eteldreda se retirou a sua quinta em Ely para levar uma vida de penitência e oração. Mas por razões políticas teve que se casar novamente, desta vez com o príncipe Egfrido (645-685), filho de Oswiu rei de Northumbria (612-670). O noivo tinha tão só quinze anos, e também aceitou a proposta de Eteldreda a viver em castidade. Doze anos mais tarde, sem embargo, pediu ser libertado da promessa. Eteldreda se negou, alegando sentir-se dedicada a Deus.
Pediu a mediação do bispo San Wilfrido (633-709) que declarou que o casal devia manter a promessa. Mas como Egrfrido, agora convertido em rei, já não desejava mantê-la, o bispo aconselhou a Eteldreda se separasse de seu marido e entrasse num convento. Se converteu em noviça no mosteiro de Codingham e logo regressou a Ely, onde fundou um grande mosteiro duplo (quer dizer, tinha um ramo masculino e um rama feminino), ela foi eleita abadessa do novo convento. Morreu no convento de Ely em 23 de Junho 695.
Na vida de Santa Eteldreda vemos um atisbo da Inglaterra primitiva a princípios da Idade Média, que é uma mistura do selvagem e do sobrenatural, criando um contraste de extraordinária beleza.
Não devemos imaginar a Santa Eteldreda e a suas três santas irmãs como as delicadas e frágeis princesas filhas de Luis XV de França (1710-1774), vestidas com sedas e que para os retratos parecem bonecas de porcelana. Estas princesas eram mulheres fortes, acostumadas a cortar lenha no bosque, a cuidar pessoalmente dos animais e lavar sua própria roupa. Mas ao mesmo tempo, sobressaem por sua estatura moral num país a que apenas estava chegando a Luz. Suas vidas são o berço das dinastias futuras, e seus povos, o ponto de partida de novas civilizações.

¡Felicidades a quem leve este nome!

Lanfranco de Pavia, Santo
Junho 23   -  Bispo

Lanfranco de Pavia, Santo

Lanfranco de Pavia, Santo

Bispo

Etimologicamente significa “ homem livre”. Vem da língua alemã
Nascido em Pavia, de nobre família, no primeiro decénio do século XII, foi consagrado Bispo de sua cidade por Alexandre III (1159-1181).
Foi um dos bispos que lhe tocou sofrer mais que a ninguém por causa de suas relações com o poder temporal e com a autoridade de sua nobre cidade.
Era uma figura ascética por seu aspecto. Fazia penitência para estar em contacto com Deus no meio de tantas dificuldades como lhe correspondeu viver em seu tempo. 
A paz a levava metida na alma. E em seus muitos trabalhos por a restabelecer, deixou todo o ardor e a oração de que foi capaz.
Recomendava aos fieis e aos sacerdotes que o fundamental para estar bem com todo o mundo, consigo mesmo e com Deus, era levar uma profunda vida espiritual.
Sem ela se apaga tudo e nada resulta frutífero. Lhe tocou também ter que estar lutando mais de meio século contra as injustiças que se cometiam contra os pobres. Não as suportava. 
A autoridade queria ganhá-lo e tê-lo de seu lado. Queriam a conivência dos poderes. Nunca cedeu.
Foi muito clamorosa “sua greve de fome”. Se opôs a que construíssem novas muralhas na cidade à custa dos cidadãos.
Protestou com todas as suas forças. Teve que ir de Pavia e voltou a ela por ordem do Papa. Morreu no ano 1194.

¡Felicidades a quem leve este nome!

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María Rafaela Cimatti, Beata
Junho 23   -  Virgem

María Rafaela Cimatti, Beata

María Rafaela Cimatti, Beata

Santina Cimatti nasceu numa família humilde em 6 de Junho de 1861, em Celle di Faenza, Ravenna, Itália. De seus cinco irmãos, os dois que sobreviveram foram sacerdotes e também morreram em odor de santidade.
Quando o sacerdote da paróquia se deu conta de sua inteligência e doce natureza, lhe deu o sacramento de Confirmação na idade de 7 anos.
Depois da morte de seu pai em 1882, ela assumiu a educação de seus irmãos, e também era catequista de sua paróquia.
Se sentia atraída à vida religiosa, mas teve que esperar pacientemente para poder ajudar a sua mãe e irmãos. Logo de que eles se uniram à nascente congregação de Dom Bosco, e sua mãe havia sido alojada adequadamente numa casa reitoral, foi finalmente livre de seguir sua vocação.
Em Novembro de 1889 ingressa nas Irmãs Hospitalárias da Misericórdia, na casa mãe em Roma, tomando o nome de María Rafaela. Fez sua primeira profissão religiosa em 1891, fazendo além disso o voto hospitaleiro. A enviaram então a Alatri como ajudante de farmacêutico, e posteriormente a trasladaram a Frosinone. Fez seus votos finais em 1905.
Em 1921 ela foi a superiora da casa em Frosinone, e em 1928, em Alatri. Era mãe, irmã, amiga e conselheira, sempre pronta para ajudar e um modelo de virtudes.
Depois de 50 anos de vida religiosa ela, em 1940, renunciou a seu cargo de superiora, mas pediu permanecer na comunidade de Alatri como uma religiosa mais para servir a suas irmãs, aos enfermos e ao pessoal do hospital e consagrando mais tempo à oração.
Em 1944, durante uma das etapas mais duras da Segunda Guerra Mundial, chegavam muitos feridos que necessitavam atenção, e ainda que já tivesse 83 anos de idade, Soror Rafaella dava tanto amor e consolo que eles a chamavam "mamã".
Apresentou pessoalmente, com êxito, um protesto ao General Kesserling do Quartel General Alemão em Alatri, ao ouvir um rumor de que para deter as forças aliadas iam a bombardear a cidade. O general mudou seus planos e Alatri se salvou.
Soror Rafaella morreu em 23 de Junho de 1945, deixando na memória a santidade de sua vida e suas virtudes heróicas. 
A causa para sua canonização se começou em 1962. Em 1988-89 o processo atribuiu a sua intercessão à recuperação milagrosa de Loreto Arduini de uma "encefalitis viral, convulsiones e fracasso respiratório". Isto levou à promulgação do decreto para sua beatificação pela Congregação para as Causas de Santos em 1993. 
A beatificação se levou a cabo em 12 de Maio de 1996 por S.S. João Paulo II.

 

MÁRTIRES DA NICOMÉDIA

(303)

A notícia que lemos no martirológio deve-se ao Cardeal Barónio, que desejou recordar assim a lembrança dos cristãos sacrificados em Nicomédia (actual Ismid), no principio da grande perseguição de Diocleciano, em 303. Eis a narrativa que Eusébio nos deixou na sua História Eclesiástica:

«Logo que foi afixado em Nicomédia o edital contra as Igrejas, um homem, não desconhecido mas dos mais consideráveis entre os dignitários deste mundo, incitado pelo zelo da causa de Deus e levado por fé ardente, tirou e rasgou o exemplar colocado muito em vista, num local público; o que fez como a objecto ímpio, completamente digno de desprezo. Dois imperadores estavam presentes nesta mesma cidade, o mais antigo de todos (Diocleciano) e o que tinha o quarto lugar no poder abaixo dele (Galério). Esse cristão era a primeira personagem da gente do país, a qual se fez notar com o acto referido; e logo, como era natural, sofreu aquilo que pedia a sua audácia; mas conservou tal audácia, serenidade e calma, ate ao último suspiro».  «Acima de todos os que foram alguma vez célebres como dignos de admiração, e louvados pela coragem tanto entre os gregos como entre os bárbaros, a época presente colocou os divinos e gloriosos mártires que foram os servos imperiais, companheiros de Doroteu. Os seus senhores tinham-nos julgado dignos da mais alta distinção e tinham-lhes dedicado o afecto que dirigiam aos seus próprios filhos. Mas estes cristãos julgaram, como tesouro verdadeiramente maior do que a glória e o prazer do mundo, os opróbrios suportados pela religião, os sofrimentos e os géneros variados de morte inventados para eles. Não recordaremos senão, para um dentre eles, qual foi o termo da sua vida, e deixaremos imaginar assim o que aos outros aconteceu. Mandaram, na cidade acima citada (Nicomédia), comparecer um diante dos príncipes de que falámos, e ordenaram-lhe que sacrificasse; recusando-se ele, mandaram que fosse elevado no ar despido e, com azorragues, lhe fosse rasgado o corpo todo até que, vencido, se visse constrangido a fazer o que estava mandado. Sofrendo ele isto sem se mostrar abalado, puseram-se então a regar-lhe os ossos desarmados com vinagre misturado com sal, e derramaram a mistura nas partes do corpo pisadas; ele desprezou também estes sofrimentos; então foram trazidas uma grelha e fogo e, como se faz à carne destinada a ser comida, foi exposto à chama o que restava do seu corpo, não de maneira brutal, com medo que ele morresse rapidamente , mas de modo que fosse morrendo pouco a pouco. Os que tinham colocado na fornalha não tinham autorização de o soltar antes que ele, em seguida a tais sofrimentos, fizesse sinal de consentir naquilo que lhe era mandado. Ele manteve porém a sua resolução sem fraquejar no combate e, depois de vencidas estas torturas, entregou a alma. tal foi o martírio dum dos servos imperiais; era verdadeiramente digno deste nome; chamava-se Pedro. Os suplícios dos outros não foram menores; para evitar uma narração que lhes seja proporcionada, pô-los-emos de parte e diremos unicamente que Doroteia e Gorgónio, assim como bom número doutros da domesticidade imperial, depois de combates múltiplos, perderam a vida pela estrangulação e ganharam os prémios da divina vitória». «Nesta época, aquele que então presidia à Igreja de Nicomédia, Ântimo, por causa do testemunho que deu de Cristo, foi decapitado, e juntaram-lhe uma multidão numerosa de mártires. Surgiu, não sei como, um incêndio nos palácios imperiais de Nicomédia, nesses dias. Com uma desconfiança mentirosa, espalhou-se o boato de o terem acendido os nossos; então os cristãos do local, em massa e sem distinção foram, em obediência à ordem imperial, uns degolados pela espada, os outros mortos pelo fogo, e conta-se que, sob o impulso dum zelo divino e indizível, homens e mulheres se lançaram na fogueira; os algozes prenderam em barcos uma multidão doutros e precipitaram-nos nos abismos do mar. Os servos imperiais , depois de serem mortos, tinham sido confiados à terra com as honras convenientes; mas vieram depois desenterrá-los para os deitar ao mar. Aqueles que eram considerados como senhores, julgavam que era precisa tal coisas, com medo de que, se continuassem a repousar nos túmulos, houvesse gente que os viesse adorar e fossem tidos como deuses; assim pelo menos se pensava. Tais os acontecimentos verificados em Nicomédia, no começo da perseguição».  Do livro SANTOS DE CADA DIA – WWW.JESUITAS.PT

 

SÃO BENTO MENNI

Fundador (1841-1914)

O Padre Menni nasceu em Milão, Itália, a 11 de Março de 1841, mas boa parte da vida passou-a em Espanha, sempre dedicado à fundação de centros hospitalares. Aos 19 anos, Bento Menni entre na Ordem de S. João de Deus. Em 1866 recebeu em Roma a ordenação sacerdotal. E pouco depois, envia-o Pio IX a Espanha, para nela restaurar a sua Ordem. Contava ele então 26 anos. Inicia o seu trabalho apostólico em Barcelona, num ambiente social, político e religioso de conflitos que chegarão a custar-lhe não poucos sofrimentos e até o cárcere e a expulsão da cidade. Apesar dos mil e um embaraços e dificuldades a que teve de sujeitar-se, Bento Menni não recuou no bem nobre empenho de espalhar a caridade entre os doentes mais desprotegidos e mais necessitados. Toma parte na guerra carlista como enfermeiro da Cruz Vermelha; colabora na campanha contra a cólera, que nessa altura invade Madrid, Aragão e a Andaluzia; funda hospitais e reforma a assistência psiquiátrica, prestando às vítimas de enfermidades mentais uma atenção humana e sanitária bem acima do que então se estilava. Por último, o Padre Bento funda a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, em 31 de Maio de 1881, em colaboração com duas mulheres insignes de Granada: Maria José Récio e Maria das Angústias Jiménez. Graças ao esforço dos três, a Congregação abre o primeiro centro hospitalar em 1881, nas cercanias de Madrid, em Ciempozuelos. Foi o primeiro passo na elaboração duma grande obra, que hoje conta com uns cem hospitais espalhados por 18 pauses. Em toda a parte se ocupa da assistência e tratamento de doentes mentais. A Congregação tem Província Portuguesa desde 1946. Presentemente, encontra-se na Europa, África e América. Tudo graças ao esforço e aos sacrifícios do «antecipado» da caridade, que foi Bento Menni. S. Bento Menni viria a falecer em França, em Dinan, a 24 de Abril de 1914, depois de ter pedido os últimos Sacramentos e ter passado quatro dias de agonia bem penosa e meritória. Foi beatificado em 1985 e canonizado, por João Paulo II, no dia 21 de Novembro de 1999.  Do livro SANTOS DE CADA DIAWWW.JESUITAS.PT.

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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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