domingo, 17 de outubro de 2010

Nº 1158 - 17 de outubro de 2010 - santos do dia


SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
Mártir (107)
Ignacio de Antioquía, Santo
Ignacio de Antioquia, Santo
Mártir
Se se pudesse falar de campeões no martírio, como símbolo do testemunho máximo do cristão, eu proporia, para ocupar esse lugar, Santo Inácio de Antioquia. A sua amável figura, amassada com a doçura, mística e valentia, desconhecendo o medo à dor e à morte, e resplandece, desde os tempos apostólicos, como farol e convite para todos os que têm de sofrer para se mostrarem fiéis a Jesus Cristo. O seu retrato está envolto em luz celestial, não pelo extraordinário dos milagres ou de qualquer forma de prodígios, mas pela sobrenatural simplicidade do seu proceder, movendo-se unicamente no mundo da fé, a partir do qual dirige lógica indomável aquilo que, aos nossos olhos humanos, parece encerrar aterradoras perspectivas de dor. Além disso, Santo Inácio é, sem pretendê-lo, o cantor do seu próprio martírio. As suas cartas apaixonadas, de estilo único, continuam a ser vivas, agitando o leitor, que descobre nelas o rugido das feras, o bater das garras que tiram sangue, o ranger dos ossos triturados e todo o horror do circo romano, em que pereciam as primícias do Cristianismo, convertidas em semente de sangue, cuja esplêndida colheita recolheu a história. Mas estes horrores perdem em Santo Inácio os seus tons repulsivos, para se transformarem em canto de glória. Não é a morte cruel, mas o martírio por Jesus Cristo; não é o sofrimento, mas a oferta duma hóstia pacifica – aquilo que ali se retrata. A crueldade fica sepultada na caridade, a morte é entrada triunfal na vida eterna e a ignominia da condenação fica convertida em apoteose de imortalidade. As cartas do santo bispo de Antioquia, que hoje nos comovem, certamente constituiriam, para os cristãos dos séculos de perseguição, para aqueles que sabiam estar destinados para morte violenta, uma incitação ao combate, uma fonte pura de fortaleza e de esperança, porque melas estava presente a eternidade, iluminando a passagem tenebrosa desta vida para a outra. Inácio é cognominado de Theophóros, portador de Deus, O Martyrium, que relata a sua vida, atribuiu ao santo bispo – ao apresentar-se voluntariamente em Antioquia a Trajano, orgulhoso este pelo seu triunfo militar contra os dácios – o seguinte diálogo que, se historicamente não parece genuíno, reflete a verdade da sua vida. Trajano pergunta-lhe: – Quem és tu, demónio mísero, que tanto empenho pões em transgredir as minhas ordens e persuades outros a transgredi-las, para que miseramente pereçam? – Responde Inácio: – Ninguém pode chamara demónio mísero ao portador de Deus, sendo que os demónios fogem dos servos de Deus. Mais, se por ser eu objecto de aborrecimentos para os demónios, me chamas mau contra eles, estou conforme contigo, pois, tendo Cristo, rei celestial, comigo, desfaço todas as ciladas dos demónios. – Disse Trajano: – Quem é Theophóros ou portador de Deus? – Respondeu Inácio: – O que tem a Cristo no seu peito… Nada sabemos com certeza dos primeiros anos de Inácio. A lenda, todavia, aureolando a sua figura, viu nele aquele menino de que S. Mateus conta: «Naquele momento, os discípulos aproximaram-se de Jesus, e perguntaram-lhe: “Quem é o maior no reino dos Céus?” Ele chamou um menino, colocou-o no meio deles, e disse: “Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no reino dos céus. Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no reino dos Céus. Quem receber um menino como este em meu nome, é a Mim que recebe. mas se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem em Mim seria preferível que lhe suspendessem em volta do pescoço uma mó de moinho, das movidas pelos jumentos, e o lançassem nas profundezas do mar”» (Mt 18, 1-6). A fé em Santo Inácio é completa, com formulações dum credo que preludia já o símbolo de Niceia: «Assim, pois, fechai os vossos ouvidos, escreve aos Tralenses, onde quer que se vos fale fora de Jesus Cristo, que é da linhagem de David e filho de Maria; que nasceu verdadeiramente e comeu e bebeu; foi verdadeiramente perseguido sob Pôncio Pilatos e verdadeiramente crucificado e morto, à vista dos moradores do céu e da terra e do inferno. O qual em verdade também ressuscitou dentre os mortos por virtude do seu Pai, que, à semelhança sua, nos ressuscitará também a nós, crentes n’Ele. Sim, o seu Pai nos ressuscitará em Jesus Cristo, fora de quem não teremos a vida verdadeira» (Trall. IX). As cartas de Inácio podem considerar-se como a “segunda formação doutrinal cristã”; nelas reflete-se o que pensavam os cristãos da segunda geração, a imediatamente posterior aos apóstolos. Está nela toda a doutrina evangélica e paulina, elaborada, profundamente compartilhada e aceite, realizada diante dos ataques dos primeiros desvios heréticos, desejosos de romper a unidade, tanto jerarquica como doutrinal. A semelhança de doutrina não é tanto repetição de textos quanto principio idêntico, do qual brotam as fórmulas sem citações, mas com a coincidência exata de quem vive na alma a mesma fé e as mesmas verdades, todas emanadas da mesma fonte, Jesus Cristo. Por isso, o pensamento de Santo Inácio está centrado na união com Cristo dentro da Igreja: «Como o amor não consente calar-se a respeito de vós, daí veio determinar-me a exortar-vos a correr à uma para o pensamento de Deus. Com efeito, ao modo de Jesus Cristo, vida nossa inseparável, é o pensamento do pai; assim, os bispos, estabelecidos pelos confins da terra, estão no pensamento de Jesus Cristo» (Eph. III, 3). É o inventor da palavra católica aplicada à Igreja. «Nas cartas de Inácio – escreve L. de Grandmaisonenlaça-se pela primeira vez o epíteto glorioso de católica ao nome da Igreja: “Onde aparecer o bispo, aí está também a multidão, de maneira que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica” (Smyrn. VIII, 2). Desta maneira, o bispo encarna a sua Igreja particular, exatamente como a grande Igreja é a encarnação continuada do Filho de Deus. Não julgaríamos estar a ler um dos campeões da unidade eclesiástica do nosso tempo, um Adan Moelhe, um Jaime Balmes, um Eduardo Pie? Mostra-nos deste modo Santo Inácio que no seu tempo, fins do século I, a estrutura e o pensamento sobre a Igreja estão completos e amadurecidos. Bispos, presbíteros e diáconos constituem a hierarquia tripartida, sobre a qual se apoia toda a realidade do Cristianismo. É necessário permanecermos unidos a esta hierarquia para viver dentro do espírito de Cristo. «Por conseguinte, da maneira que o Senhor nada fez sem contar com o seu Pai, feito como estava uma coisa com Elenada, digo, nem por Si mesmo nem pelos seus apóstolos – ; assim vós nada façais também sem contar com o vosso bispo e com os anciãos; nem trateis de colorir, como louvável, nada que façais por vós somente, mas sim reunidos em comum; haja uma só oração, uma só esperança na caridade, na alegria sem mancha, que é Jesus Cristo; nem melhor que Ele nada existe» (Mag. VII, I), Sem esta hierarquia não existe a Igreja: «Por vossa parte, escreve aos Tralenses, todos haveis também de respeitar os  diáconos como a Jesus Cristo. O mesmo digo do bispo, que é figura do Pai, e dos anciãos (presbíteros), que representam o senado de Deus e a aliança ou colégio dos Apóstolos. Tirados estes, não há nome de Igreja» (Trall. III, I). Santo Inácio foi detido e condenado a ser devorado pelas feras em Roma. Ouvida a sentença, o Santo responde: «Dou-te graças Senhor, porque Te dignaste honrar-me com perfeita caridade para contigo, prendendo-me juntamente com o apóstolo S. Paulo, em cadeias de ferro…» (Mart. II, 8). Não há nesta atitude nada que se pareça com o orgulho de revolucionário ou com a rigidez do rebelde. Não existe a menor partícula de protesto contra os poderes temporais, nem sequer contra as leis. As disposição do mártir cristão é coisa inédita e única na história. A serenidade e o valor são mantidos por uma visão sobrenatural interna, na consciência de cumprir uma missão: a de ser testemunha – isso significa mártir – de Jesus Cristo, fazendo-se semelhante a Ele no seu sacrifício. Assim o afirma o nosso bispo, escrevendo aos fiéis de Éfeso: «Logo que ficastes informados que vinha eu da Síria – carregado de cadeias, pelo nome comum e nossa comum esperança, confiando que, pelas vossas orações, conseguirei lutar em Roma contra as feras para poder desse modo ser discípulo – apressastes-vos a sair para me ver» (Eph. I, 1). Desde o momento da sua detenção, podemos seguir passo a passo os de Santo Inácio, devido à preciosa coleção das suas sete cartas autênticas, escritas durante a peregrinação que fez como preço. Com Zózimo e Rufo, outros dois cristãos condenados como ele, e guardados por um pelotão de soldados, embarcam em Selêucia, porto de Antioquia, para arribarem às costas da Cilícia ou Panfília, continuando desde aí outra parte da viagem por terra. estes ásperos caminhos da Ásia Menor – poucos anos antes percorridos por S. Paulo, fazendo sementeira de cristandades – seriam para Santo Inácio novas provas da sua ansiada semelhança com o Grande Apóstolo. As fervorosas comunidades daquelas terras transforma a viagem em ronda triunfal da admiração e caridade.  Ao chegar a Esmirna, toda a comunidade cristã, presidida pelo seu bispo S. Policarpo, discípulo pessoal de S. João Evangelista, sai a recebê-lo e prestar-lhe homenagem como se fosse Jesus Cristo em pessoa. Devido a esta recepção, escrever-lhes-á mais tarde: «Eu glorifico a Jesus Cristo, Deus, que é quem até esse ponto vos fez sábios; pois muito bem me dei conta de quão preparados estais com fé indestrutível, bem assim como se estivésseis pregados, em carne e espírito, sobre a cruz de Jesus Cristo, e estivésseis assegurados na caridade pelo sangue do mesmo Cristo. É que vos vi cheios de certeza no que diz respeito a Nosso Senhor» (Esm,1). Outras comunidades vêm saudá-lo e ajudá-lo com a maior caridade. Algumas delas ficam enriquecidas com as suas cartas; Éfeso, Trales e Magnésia. Escreve-as de Esmirna, como também a enviada aos fiéis de Roma. Esta carta, documento único e impressionante da literatura universal, merece menção à parte. Teve Santo Inácio conhecimento de que os romanos tratavam de interpor toda a sua influência para salvar-lhe a vida; e alarma-se profundamente , porque essa caridade é o mesmo que apartá-lo do martírio, da sua anelada meta. Para evitar esta possibilidade, escreve a famosa carta. O próprio Renan viu-se obrigado a comentá-la assim: «A mais viva fé e a sede ardente da morte não inspiraram nunca traços tão apaixonados. O entusiasmo dos mártires, que foi durante 200 anos o espírito dominante de todo o Cristianismo, recebeu do autor desta peça extraordinária a sua expressão mais exaltada». Seria necessário copiar a carta inteira, mas, não sendo possível, uns parágrafos darão a ideia da sua altura celestial. Depois de saudar a Igreja de Roma, dando testemunho do seu lugar na hierarquia – ao dizer que “preside na capital do território dos romanos» e está «posta na cabeça da caridade», títulos preciosos para provar que a Igreja de Roma era considerada já como cabeça da cristandade – escreve:
«Por fim, à força de orações a Deus, consegui ver os vossos rostos divinos, e de tal maneira o alcancei que me é concedido mais do que pedia. Com efeito, encandeado por Jesus Cristo, tenho esperança de ir-vos saudar , se for vontade do Senhor fazer-me a graça de chegar até ao fim. Porque os começos , sem dúvida, bem postos estão, contanto que obtenha a graça para alcançar sem impedimento a herança que me toca.E é que temo com razão a vossa caridade, não seja ela quem me prejudique. Porque para vós, na verdade, coisa fácil é fazerdes o que pretendeis; para mim, pelo contrário, se vós não tendes consideração comigo, vai ser-me difícil alcançar a Deus, nem vós, só com vos calardes, podeis pôr a vossa assinatura em obra mais bela. Porque, se vós vos calardes quanto a mim, eu converter-me-ei em palavra de Deus; mas, se vos deixardes levar pelo amor à minha carne, ficará tudo outra vez em mera voz humana. Não me procureis outra coisa senão permitir que me imole a Deus, enquanto há ainda um altar preparado, a fim de, formando um corpo pela caridade, cantardes ao pai por meio de Jesus Cristo, por ter Deus feito a graça, ao bispo da Síria, de chegar até ao Ocidente depois de o ter mandado chamar do Oriente. Como é belo que o sol da minha vida, ao sair do mundo, se transponha para Deus, a fim de n’Ele eu amanhecer!» «Pelo que a mim  toca, escrevo a todas as igrejas, e diante de todas encareço que estou pronto a morrer de boa vontade por deus, contanto que vós não mo impeçais. Eu vo-lo suplico: não mostreis para comigo uma benevolência inoportuna. Permiti-me ser pasto das feras, por meio das quais me é dado alcançar a Deus. Trigo sou de deus, e pelos dentes das feras hei-de ser moído, a fim de ser apresentado como limpo pão de Cristo. Afagai, pelo contrário, as feras, para se converterem em sepulcro meu e não deixarem sinal do meu corpo; assim, depois da minha morte, não serei molesto a ninguém. Quando o mundo já não vir sequer o meu corpo, então serei o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Pedi a Cristo por mim, para que por esses instrumentos consiga ser sacrifício para Deus. Não vos dou ordens como Pedro e Paulo. Eles foram apóstolos, eu não sou senão um condenado à morte; eles foram livres, eu, até a presente, sou escravo. Mas, se conseguir sofrer o martírio, ficarei sendo liberto de Jesus Cristo e ressuscitarei livre n’Ele. E é agora que aprendo, encadeado como estou, a não ter desejo algum. Desde a Síria até Roma estou já a lutar com as feras, por terra e por mar, de noite e de dia, atado como estou a dez leopardos, quer dizer, a um pelotão de soldados que, mesmo com benefícios que lhes são feitos, se tornam piores. Agora sim, com os seus maus tratos, aprendo eu a ser melhor discípulo do Senhor, embora nem, por isto me tenha por justificado.» «Oxalá eu goze das feras que estão para mim destinadas e que faço votos se mostrem velozes para comigo! Eu mesmo as atiçarei para que me devorem rapidamente, e não seja eu como alguns, a quem, cheias de medo, elas não se atrevem a tocar. E se elas não quiserem aquilo que de boa vontade se lhes oferece, eu mesmo as obrigarei. Perdoai-me, eu sei o que me convém. Agora começo a ser discípulo. Nenhuma coisa, visível nem invisível, seja posta diante de mim por má vontade, impedindo-me alcançar Jesus Cristo. Fogo e cruz, e manadas de feras, quebras dos meus ossos, desconjuntamentos de membros, triturações de todo o meu corpo, tormentos atrozes do diabo, tudo venha sob e mim, unicamente sob a condição de eu alcançar a Jesus Cristo.» «Porque vos escrevo agora com ânsias de morte. O meu amor está crucificado e já não há em mim fogo que busque alimentar-se de matéria; mas sim, em troca, há uma água viva que murmura dentro de mime do intimo me está dizendo: “Vem para o Pai”. Não sinto prazer pela comida corruptível nem me atraem os deleites desta vida. Quero o pão de Deus, que é a carna de Jesus Cristo, da linhagem de David; o seu sangue quero por bebida, que é amor incorruptível».
Partindo de Esmirna, toca em Alexandria de Troas, donde escreve aos filadélfios, aos esmirniotas e a Policarpo, bispo destes últimos. seguem viagem, parando também em Filipos; atravessam a Macedónia. Tornam a embarcar em Dirráquio, rodeiam o sul da Itália, desembarcando em Óstia. Em Roma estavam, no fim uns festas nunca vistas, para comemorar o triunfo de Trajano, conseguido dos dácios no ano 106. Duraram cento e vinte e três dias, e nelas morreram dez mil gladiadores e doze mil feras. A 18 de Dezembro do ano seguinte, 107, foram lançados às feras Zózimo e Rufo, os dois companheiros de Santo Inácio, e dois dias mais tarde, o santo bispo de Antioquia. As suas poucas relíquias corporais foram enviadas para Antioquia. Mas as verdadeiras relíquias imortais foram as suas cartas: sobre elas escreveu o Padre J. Huby: «Inácio, entregue às feras no tempo de Trajano, é o exemplar do pontífice entusiasta e o modelo de mártir. É a realização viva das palavras apostólicas: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim… Desejo ser desfeito e estar em Cristo. As suas insistências não comoveram menos a Igreja que as de S. Paulo, e em certas frases, mil vezes citadas, parece estar concentrado todo o espírito dos mártires». Do Livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
SANTA SOLINA ou ZÉLIA
Diz-se que deixou a região da sua naturalidade, o Poitou, na França, para ir viver em Chartres, junto dum santuário da Virgem Maria. Lá, segundo se diz também, foi martirizada numa das peregrinações dos primeiros séculos.Do Livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt.
SÃO BALDUÍNO
São Balduíno, arcediago de Laon, na França, foi assassinado pela gente de Ebroíno, governador do palácio de Nêustria, que o tinha com o partidário da Austrásia. Sua irmã Anstruda, que também hoje é celebrada, sepultou-o solenemente na abadia de Nossa Senhora de Laon, de que era abadessa; e Balduíno ficou passando por mártir.Do Livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt.
BEATO GILBERTO
Monge (1168)
Gilberto, cognominado o Grande, era de origem inglesa. Veio a ser abade do mosteiro cisterciense de Ourscamp, na França; foi eleito abade de Cister depois do concílio de Tours (1163) e colocado assim à frente duma Ordem que se tornava grande potência europeia. Tomava o governo em tempos difíceis: o poder civil elevava-se contra os direitos da Igreja e causava cismas. Estas circunstâncias levaram Gilberto a tomar partido pelo seu compatriota Tomás Becket, arcebispo de Cantuária, em 1162, contra Henrique VII Plantageneta. Becket refugiou-se entre os cistercienses de Pontigny – a algumas léguas de Sens. Seguia os ofícios deles, vestido de cógula branca. Mas Henrique ameaçou expulsar os Cistercienses da Inglaterra, se Pontigny continuasse a esconder o traidor. Becket passou assim para entre os Beneditinos de Sens. «Os prelados são servidores de Deus, o rei deve-os acarinhar», escrevia um clérigo francês numa Vida de  São Tomás, morto em 1170 e canonizado pouco depois. Mas, na Alemanha como na Inglaterra, o papado defrontava-se com «reis» rebeldes, como Frederico I Barba-Roxa.- A Ordem Cisterciense não regateou o seu concurso ao Papa Alexandre III, que lhe ficou por isso reconhecidíssimo. Morreu Gilberto a 17 de Outubro de 1168 em Tolosa (Toulouse). Foi enterrado em Cister. Diz-se que lhe retiveram a cabeça em Tolosa.Do Livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt.
Outubro 17 Ermitão,
Juan de Licópolis, Santo
Juan de Licópolis, Santo
Ermitão
Martirológio Romano: Em Licópolis, de Egipto, são João, eremita, que entre suas muitas virtudes se distinguiu por seu espírito profético (s. IV).
Etimologicamente: João = Deus é misericórdia, é de origem hebraica.
Nació en Licópolis, hoy Asiut, en los comienzos del siglo IV y pasó la mayor parte de su vida en la Tebaida, dedicado a la oración y a la penitencia. Parece ser que nació en el seno de una familia pobre y que tuvo en la juventud la profesión de carpintero.
Muy joven marcha a buscar la soledad del desierto; se pone bajo el amparo de santo monje que le orienta en las difíciles sendas de la imitación de Jesucristo, siguiéndole en la soledad. El maestro pone a prueba su disposición mandándole, de modo insólito, que riegue una rama de árbol seca y podrida que ha plantado en la tierra. El joven aprendiz de anacoreta no se complica la vida con disquisiciones por muy razonadas que parezcan; va y viene dos veces al día a por el agua escasa que tiene a distancia y moja y riega su pobre leño. No sabemos cuál fue el resultado de su prueba, pero a él -entonces inexperto- le sirvió para mortificarse y enraizar la obediencia.
Come hierbas y raíces; bebe agua abundante; es de poco dormir, hace mucha oración y extremada penitencia. Las pocas gentes que conoce lo ven lleno de buen humor, servicial, parco en las palabras, acertado en las sentencias que salen de su boca siempre dispuesta a enseñar a Cristo; lo describen barbudo con figura alargada y seca. No daba para otra apariencia aquella vida de ayuno con sol y aire abundante.
Con el paso del tiempo, se aproxima a él gente más apartada. Al correrse las voces sobre la santidad de Juan, el solitario anacoreta, vienen desde lejos a rezar y aprender cosas de Dios. Algunos consultan problemas personales, mientras que otros buscan arreglos de asuntos enconados y con poca solución entre clanes y familias. Algún militar se acerca a exponer sus temores ante los bárbaros que se acercan. Profetiza victorias que se cumplen. Hasta en mismo emperador Teodosio manda embajada de consultas sobre acciones políticas y militares que está a punto de comenzar y requieren prudencia. Nunca permite que una mujer mire ni se acerque a su celda.
En la pobreza del desierto, aunque no dispone de espacio digno donde recibir visitas ilustres, van a verle también monjes como Evagrio del Ponto y su discípulo Paladio del monasterio que está en el desierto de Nitria; en esa ocasión, profetiza a Paladio su futura elección de obispo y las cruces que va a llevar anejas. ¡Y uno de sus visitantes es también Alipio, gobernador de Tebaida!
Juan vivió hasta el año 394, habiendo pasado 75 en el desierto.
Que se sepa, Juan no escribió cosa alguna. Pero quienes le conocieron quedaron tan impresionados de su vida y tan vivamente conmovidos por sus palabras que sí aumentaron su fama. Dicen de él que le oyeron hablar de algún solitario que conoció un fantasma de mujer que le llevó al abandono del desierto -la imaginación descontrolada siempre fue mala consejera-; comentan que hablaba de otros que se dejaron seducir por la sensualidad, se enterraron en la impureza, y arruinaron la vida de entrega en el desierto; y también narran que hablaba de otros a los que el buen Dios les concedió la vuelta por el arrepentimiento. Quizá los testigos y biógrafos querían contar con esto que su larga vida en años fue también larga en experiencia.
La escena del fresco que está en el camposanto de Pisa, pintada por el sienés Pietro Lorenzetti, mostrando a una mujer de extraña hermosura que clava su glacial mirada en el monje barbudo que aprieta su mano, bien pudiera ser un eco artístico de las tentaciones que, como cualquier mortal, hubieron de superar los ermitaños; así, abajados del pedestal de gloria que envuelve sus repetidas historias de santidad, nos los aproxima a la cotidiana vulgaridad de los pecadores mostrándonos el camino tan frecuentado del arrepentimiento.
Outubro 17 bispo de Gubbio,
Etimologicamente significa “lobo glorioso”. Vem da língua alemã.
Algo sumamente importante para el creyente es tomar conciencia de que la vida que lleva, la lleva en vasos de barro, en los que va mezclada la gracia divina. Con esta realidad, más que hundirse y deprimirse, el creyente sale a flote en la aventura a la que Dios le llama. Este joven nació en Gubbio en el año 1034 y murió en 1064. Una vida corta,30 años, vividos con profunfidad de alma y de entrega a las cosas de Dios. Estuvo cinco años de obispo. A los 25 asistió al Concilio Romano, celebrado el año 1059. Tenemos la suerte de saber su biografía gracias a su maestro san Pedro Damián, una de las cinco personalidades más influyentes en el siglo XI. Fue el guía de los ermitaños de Fonte Avellana.  Aquí estuvo Rodolfo con su hermano mayor Pedro. De estos ermitaños vino el “rinnovamento”.  Rodolfo llegó a ser obispo de Gubbio. Hizo grandes obras y tenía en mente otras, pero murió muy joven. Todo lo que él no pudo hacer, lo llevaría a cabo Juan de Lodi. Pedro Damián le comunicó la noticia de su muerte al Papa Alejandro II. Era una carta en la que contaba al Pontífice la vida de este joven.  Alababa su penitencia, su oración y celo pastoral. Le tenía gran estima por su cultura teológica. El culto a san Rodolfo fue grande una vez que todo el mundo se enteró de cómo era y había muerto. Su cuerpo fue enterrado en la catedral de Gubbio, pero, por desgracia, no ha quedado ni rastro después de los trabajos del 1670.
¡Felicidades a quien lleve este nombre!
Outubro 17 Jurista,
Contardo Ferrini, Beato
Contardo Ferrini, Beato
Jurista
Laico, de la Tercera Orden Franciscana, estudioso y catedrático de derecho romano en las universidades de Pavía, Mesina y Módena. Nació en Milán el 4 de abril de 1859 y murió en Suna de Verbania (Lago Maggiore) el 17 de octubre de 1902. Lo beatificó Pío XII en 1947, y está sepultado en la capilla de la Universidad Católica de Milán, como modelo de catedrático católico.
Nos lo ha descrito el papa Pío XI: «Era de estatura media, llena de solidez, de armonía, de elegancia de líneas; el paso rápido, pero firme; paso de un caminante que tiene costumbre y sabe adónde va; la pluma, siempre presta y llena de sabiduría; la palabra, cuidada y persuasiva; en su rostro, un aire de simpatía siempre igual, y que jamás le abandonó hasta la misma víspera de su muerte; pero ante todo, sobre ese rostro brillaba un resplandor de pureza y de amable juventud. Su mirada tenía toda la dulzura de la bondad, excelente corazón; sus ojos, su amplia frente, llevaban consigo el reflejo de una inteligencia verdaderamente soberana». Los retratos que de él conservamos añaden a esta descripción hecha por el Papa una barba densa, un bigote bien poblado y un pelo corto y fuerte.
Como Federico Ozanam, iba a morir muy joven. Si Federico muere a los cuarenta años, Ferrini muere a los cuarenta y tres. Sin embargo, su corta vida resulta maravillosamente densa.
Para explicarnos todo su valor es necesario hacernos cargo primero del ambiente de tensión religiosa y de fermentación intelectual que atravesaba Italia en la segunda mitad del siglo XIX. Planteada la unidad italiana, puesto en difícil conflicto el católico, que de una parte debía desear la unificación de su patria, y de otra, el triunfo de la Santa Sede; abiertas las inteligencias y los corazones a las corrientes ideológicas más avanzadas, una vida católica normal, no digamos revestida de heroica santidad como la de Contardo, resultaba extraordinariamente difícil. Y mucho más cuando tenía que desarrollarse en el cargadísimo ambiente de las universidades.
Y, sin embargo, Contardo, de naturaleza tímida, de carácter retraído, va a pasar largos años de profesorado universitario viviendo con tal intensidad su catolicismo que llegamos a verle en los altares. Es verdad que había nacido en una familia cristianísima el 4 de abril de 1859, un año exactamente después del casamiento de sus padres Rinaldo Ferrini y Luigia Buccellati. Pero la educación allí recibida pudo muy bien malograrse. Al menos ocasiones no faltaron. Contardo resultó desde el primer momento un superdotado, alumno de memoria prodigiosa, hábil versificador, inteligencia agudísima para captar las cosas más abstractas. Cuando aún estaba haciendo la enseñanza media se presentó un buen día a monseñor Ceriani, prefecto de la célebre biblioteca Ambrosiana, para pedirle lecciones de hebreo. Aprendido el hebreo, comenzó con el siríaco. Y después continuó con el sánscrito y el copto. Esta preparación llevaba cuando a los diecisiete años acudía a la Universidad de Pavía, en 1876, para emprender la carrera de Derecho.
Le esperaban duras pruebas. El ambiente del colegio Borromeo, en el que se iba a hospedar, era un ambiente difícil. Sus compañeros vivían continuamente entre conversaciones impuras, a las que él tenía horror. Contardo prefería quedarse solo, en su celda helada, antes que bajar a las salas de estudio a compartir la conversación con sus compañeros. El invierno es frío y húmedo en Pavía, y parece que lo fue de una manera especial en aquella ocasión. Pero la delicadísima virtud de Contardo, que en muchas ocasiones llegó hasta el escrúpulo, prefería pasar por todo antes que poner en peligro su pureza o su fe. En el verano de 1881, previo el consejo de su director espiritual, hizo voto de castidad. Muchísimas veces durante su vida se le ofrecerían partidos brillantes y espléndidas ocasiones de casarse. Pero él murió soltero y fiel al voto hecho entonces.
Su carrera científica fue impresionante. Desde el primer momento prefirió no los estudios fáciles y brillantes, sino los difíciles y pesados. Por influencia de su tío, el abate Buccellati, que enseñaba Derecho penal, tuvo esta ciencia sus preferencias. Su tesis doctoral, defendida brillantemente en junio de 1870, versó sobre la importancia de Homero y Hesiodo en la historia del derecho penal. Le concedieron una beca, con la que pudo proseguir sus estudios en Berlín. El papa Pío XII destacó, en el discurso pronunciado con motivo de su beatificación, lo que para Contardo supuso el contacto con los grandes pandectistas alemanes. La ciencia germana del Derecho romano alcanzaba entonces su más alta cúspide: Mommsen, Voigt, Pernice... se dieron cuenta de la extraordinaria capacidad de aquel joven italiano y le ayudaron. Es curioso que fuese un luterano, von Lingenthal, el que más íntimamente influyera sobre él en el aspecto científico.
Al morir este sabio, Contardo publicó una breve biografía, en la que se deshace en elogios de la ciencia y religiosidad de su antiguo maestro. Alaba en él un sentimiento vivísimo de la naturaleza y un sentimiento religioso muy acendrado.
Sin embargo, el juicio de Contardo sobre el protestantismo es severísimo: «Ciertamente hay virtud entre los protestantes, hay sinceros admiradores del Hombre-Dios, hay flores que se embellecen con el rocío celestial y que Dios no rechazará; pero cuanto de bueno hay queda imperfecto, privado de aquella eficacia que tendría del Dios vivo a la sombra de los altares católicos. El protestantismo nos da personas honradas, que en nuestra religión inmaculada serían santos».
Disfrutó, en cambio, inmensamente en su contacto con los católicos alemanes. Era un catolicismo serio, lleno de coraje y de entusiasmo, depurado por las pruebas del Kulturkampf. Características todas ellas que iban muy bien con su manera de ser.
En 1881 emprende una edición crítica de la paráfrasis griega de las Instituciones de Justiniano atribuida a Teófilo, para la que hubo de buscar manuscritos en Copenhague, París, Roma, Florencia y Turín. Y en octubre de 1883, a los veinticuatro años, se encarga en la Universidad de Pavía de la cátedra de exégesis de las fuentes del derecho y de un curso de historia del Derecho penal romano. Iniciaba así sus tareas docentes. Poco después concursa a una cátedra de Bolonia, que no se le dio por motivos políticos. En 1887 pasa a enseñar a Mesina, y en 1890 a Módena. Por fin, en 1894, volvía a su amada Facultad de Pavía, en la que había de perseverar hasta la muerte.
Hizo de su consagración al estudio y a la enseñanza un verdadero sacerdocio. Al principio sus clases eran pesadas, llenas de referencias y citas. Con el tiempo fueron aclarándose y simplificándose, hasta llegar a ser verdaderamente modelos de pedagogía. Los alumnos sabían que podían contar con él a todas las horas, seguros de encontrar siempre un consejero leal y un profesor amigo de ayudarles. Independientemente del cumplimiento escrupuloso de sus deberes de catedrático, llevó toda su vida en lo más íntimo de su corazón un apasionado amor a la investigación científica. En veinte años publicó cerca de doscientos trabajos. Pero no se trataba de fáciles improvisaciones, ni de escritos ligeros de vulgarización. Una vez más escuchamos a Pio XI describir su obra de investigador: «¡El trabajo! Un trabajo científico en sumo grado; un trabajo de investigación, de reflexión, de enseñanza. Un trabajo que Ferrini realizaba con celo apasionado, pero que puede muy bien clasificarse entre los más áridos, por desarrollarse casi por entero sobre textos antiguos, sobre escrituras difíciles de descifrar y más difíciles aún de comprender. Nos mismo le hemos visto más de una vez puesto el trabajo, con su inteligencia soberana. Leía a primera vista los textos embrollados, ocultos bajo las escrituras indescifrables de los siglos antiguos: en latín, en griego, en siríaco, porque él pasaba con la mayor facilidad de una lengua a otra. Leía los textos, y al primer golpe de vista captaba su sentido y, a vuela pluma, daba la traducción latina o italiana. Labor fatigosísima, esencialmente difícil y ardua, y que sólo puede apreciar el que tiene la experiencia de ella; una labor que asemeja a un verdadero y largo cilicio llevado durante toda la vida».
Aún hoy tropezamos con su nombre, después de tantos descubrimientos y de tantos avances en el derecho romano, en las monografías y estudios que actualmente se publican. Algunas de sus obras pueden considerarse verdaderamente definitivas. Son el fruto de larguísimas horas de trabajo, de una vida de recogimiento y de laboriosidad.
Ocasiones hubo, sin embargo, en que debió salir de su aislamiento. Así, por ejemplo, en 1895, fue elegido concejal del Ayuntamiento de Milán. Y en verdad que sus contemporáneos hubieron de reconocer que su actuación resultaba ejemplar. Supo luchar como bueno en los difíciles problemas planteados en aquel tiempo contra el divorcio, por la salvación de la infancia abandonada. Pero en este mismo terreno de la política se mostró fiel hijo de la Iglesia. Eran tiempos verdaderamente difíciles, en que católicos de buenísima voluntad resbalaron a veces. Contardo se mantuvo siempre fiel a las directivas pontificias.
Es lástima que no podamos recoger rasgos encantadores de su vida que se han conservado. Su modestia excesiva, sin consentir nunca que alabaran en su presencia algunas de sus obras científicas; su vivo sentido de la liturgia y su amor apasionado por la santa misa; su encantadora sumisión a sus padres, a los que obedecía como un niño, siendo ya catedrático respetable; su figura de excepcional alpinista; su devoción a San Francisco de Asís, de quien era terciario; su espíritu de pobreza, verdaderamente extraordinario; su irradiación apostólica, dentro de la que muy bien puede englobarse otra figura, posterior, pero también muy importante del catolicismo italiano y que pronto esperamos ver en los altares: Vico Necchi.
Resulta encantador verle regresar por la noche a casa de su hermana, a tres kilómetros de Pavía, cenar allí con el matrimonio, jugar, por complacerles, una partida de cartas, rezar el rosario en familia, y acostarse para emprender al día siguiente, a las cinco y media de la madrugada, su nueva jornada universitaria.
Así hasta el 17 de octubre de 1902. Una fiebre tifoidea le llevó rápidamente al sepulcro en Suma (Novara). La fama de santidad le rodeó muy pronto. Su causa fue introducida en 1924, y en 1947 Pío XII realizaba uno de los deseos más queridos de su antecesor en el solio pontificio: su solemne beatificación.
Su tumba se encuentra hoy en la Universidad Católica del Sagrado Corazón, de Milán, que no llegó a conocer, pero que sí podemos decir que presintió y amó anticipadamente. En aquella recogidísima capilla, profesores y alumnos aprenden, frecuentándola, a vivir el auténtico ideal del universitario católico.
Outubro 17 Virgem
Etimologia: Célia = a que veio do céu, vem de língua latina.


Cecília = Cega, vem da língua latina

Estamos en el siglo I en Aquitania, en donde nació esta joven mártir por defender a Jesús y morir por su fe. Durante su infancia tuvo una educación completamente pagana. Cuentan que su belleza física era prenda apetecida para muchos que soñaban contraer matrimonio con ella. Estaba en esta encrucijada de su vida, cuando llegaron los primeros apóstoles a evangelizar Aquitania. Celia descubrió la gran verdad de cuanto decían los misioneros. Después de recibir la catequesis, se convirtió al cristianismo con inmensa alegría para su alma. En una de las predicaciones se trató el tema dela virginidad. Ella se lo pensó despacio en sus ratos de oración, y vio que era una maravilla entregar toda la vida a Cristo. Nació entonces en Celia una profunda devoción a la Virgen María, la virgen por excelencia. Los padres y los jóvenes no la entendieron nunca en su nueva opción. E le decían: ¿Por qué no te casas con algún noble de la ciudad? No pudo aguantar en casa y se marchó a Chartres. Estando aquí se desencadenó la persecución de Diocleciano. Ella, al ser juzgada y verlo todo perdido, le presentó su cabeza al verdugo para que se la cortara.
¡Felicidades a quien lleve este nombre! Comentarios al P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com
Outubro 17 Mártir Marianista,
Fidel Fuidio Rodriguez, Beato
Fidel Fuidio Rodriguez, Beato
Nació en Yécora (Alava) el 24 de abril de 1880. Hizo el Postulantado marianista en Vitoria (España) y en Pontacq (Francia) de 1892 a 1896 y emitió sus primeros votos en la Compañía de María en 1897.
Después de dos años de preparación en Escoriaza (Guipúzcoa), inició su carrera de profesor y educador que ejerció durante 35 años. Enseñó en varios colegios Marianistas de España: Jerez de la Frontera, Cádiz, Madrid (1910-1933) y Ciudad Real. Dotado de una personalidad alegre y expansiva, exuberante de celo apostólico, se valió de la simpatía como método educativo, consiguendo notables resultados y dejando una imborrable huella entre sus alumnos. Durante su estancia en Madrid, y sin dejar la enseñanza, obtuvo el grado de Doctor en Ciencias Históricas. Su tesis doctoral “Carpetania Romana” (1934) es el fruto de numerosos descubrimientos arqueológicos, llevados a cabo con la colaboración de sus alumnos. Discípulo de Hugo Obermaier, gran amigo de los Marianistas, el Dr. Fuidio es considerado en la actualidad como uno de los pioneros de la arqueología madrileña. Como religioso, observaba fielmente sus compromisos y siempre estaba dispuesto a ayudar a sus cohermanos. En su vida de comunidad trató de ser según su propia expresión, “propagador de entusiasmo y sembrador de optimismo”. Amaba a su Instituto con cariño filial y cultivaba una devoción especial a la Virgen María.
A finales de junio de 1936, Fidel Fuidio fue operado de una hernia en Madrid, regresando a su comunidad de Ciudad Real el 17 de julio, aún convaleciente de su operación. El 25 de julio, Fidel tuvo que dejar su comunidad y trasladarse a una fonda, ya que el Colegio había sido requisado por la Guardia Civil. El 7 de agosto, los milicianos se presentaron de noche en la pensión para proceder a una detención y se llevaron también a Fidel, al verle un crucifijo en el pecho. Lo condujeron al Gobierno Civil, en cuyo desván habían instalado un cárcel provisional. El tiempo de su prisión lo pasó preparándose a bien morir y tratando de levantar la moral a los demás detenidos. Rezaba constantemente y se confesaba a menudo con los sacerdotes presos, manifestando muchas veces su prontitud a “morir por la fe”. El 15 de octubre fue dejado en libertad después de un simulacro de juicio. Pero antes de salir de la prisión fue llevado por los milicianos a la “Casa del Pueblo”. De allá lo sacaron en la noche del 16 al 17 de octubre y lo fusilaron en Carrión de Calatrava.
Outubro 17 Mártir,
Isidoro Gagelin, Santo
Isidoro Gagelin, Santo
Nació en Montperreaux diócesis de Besancom (Francia) en 1799. Estudió en el Seminario Mayor de Besancom, era miembro de la Sociedad de Misioneros en el Exterior de París, en 1822 fue enviado como misionero a Vietnam. Cuando el gobierno comenzó su ofensiva contra los cristianos, Isidoro convirtió al cristianismo a las autoridades de Bongson. Fue estrangulado  asta morir en Hue (1833) y enterrado en Phukam, luego sus religuias fueron trasladadas a París. San Isidoro Gagelin es uno de los 117 mártires de Vietnam, en Octubre 17 se recuerda su festividad particular.
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Outubro 17 Sacerdote Escolapio,
Pedro Casani, Beato
Pedro Casani, Beato
Nacido en Lucca, Italia, en 1572. Impresionado por la muerte ejemplar de su madre, él se sentía llamado entrar en la Congregación de la Virgen Bendita, fundado en Lucca por San Juan Leonardi. Antes de entrar en el noviciado había estudiado con los franciscanos en Lucca. Se ordenó en la Basílica de Lateran y se realizó su ministerio sacerdotal predicando, oyendo confesiones y en el cuidado pastoral de juventud para quienes fundó la Congregación de Nuestra Señora el Nieve en Lucca.
Después de la muerte de San Juan Leonardi en 1609, sus hijos ofrecieron su ayuda pastoral a las Escuelas Pías. Con el fin de asegurar su continuidad, San José de Calasanz los unió con la Congregación en Lucca. Pablo V aprobó esta unión en 1614.
Fr Casani fue nombrado rector de San Pantaleon, oficina principal de las Escuelas Pías. Pero los padres en Lucca muy pronto comprendieron que ellos no pudieran aceptar el ministerio de las escuelas definitivamente sin traicionar su propio carisma fundador. Pablo V separó las dos instituciones en 1617. Fr Casani decidió permanecer en las Escuelas Pías como parte del grupo de Calasanz y jugó un papel eficaz en la transformación gradual del instituto de una congregación secular simple sin votos a un orden con votos solemnes.
San José de Calasanz continuó, durante 30 años, dándole cada vez más responsabilidades a Fr Casani y lo designa como el primer rector de la casa matriz de San Pantaleon, primer auxiliar general, primer maestro de novicios y primer Provincial de Genoba y Nápoles, comisionado general para las fundaciones en Europa Central y el primer candidato para suceder al fundador como Vicario General. Fr Casani era un hombre pío y predicador dotado que incansablemente emprendía misiones que promueven la observancia regular en Roma y donde sea.
Su amor de pobreza religiosa era una razón para su unión espiritual con San José de Calasanz y era consistente con la dedicación preferencial hacia sus escuelas para los niños pobres. Para mantener esta pobreza rigurosa, los dos estaban en contra de aceptar generosidad excesiva de los bienhechores. Ellos también compartieron los dolores del nuevo instituto, las alegrías y frustraciones de ser incapaces de satisfacer tantas demandas para fundaciones. Sin embargo, Fr Casani no estubo libre de lios. Fue tomado prisionero, despojado de su oficina como ayudante genrral y la orden fue reducida a una congregación simple sin votos. Durante todas estas humillaciones, Fr Casani defendió al fundador y su trabajo con resignación heroica. Él pidió en vano la intercesión favourable de amigos y del poderoso. Murió 17 el 1647 de octubre, asistido por San José de Calasanz que escribió muchas cartas comunicando su muerte pía y comenzando su causa para la beatificación. Pero Calasanz murió apenas 10 meses después y la orden dió preferencia por su causa a la de otros.
En 1738, en Szeged, Hungría, donde los Piaristas han tenido una escuela desde 1720, una mujer moribunda en un hospital se recuperó de una enfermedad incurable después de besar una imagen de Fr Casani que le habia sido dada por un sacerdote Piarista. Esto llevó a un proceso canónico regular que se repasó recientemente. El milagro se ha reconocido y ha sido aprobado por la Congregación para las Causas de Santos.
traducido por Xavier Villalta
Outubro 17 Mártir espanhol,
Raimondo Stefano Bou Pascual, Beato
Raimondo Stefano Bou Pascual, Beato
Raimondo fue un sacerdote español nacido en Benimanteil, España, el 12 de Octubre de 1903. Muerto en La Nucia el 17 de Octubre de 1936.
Es uno de los 233 mártires en españa, el 17 de Octubre es la fecha de su festividad particular.
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Outubro 17 Mártir Inglês,
Ricardo Gwyn, Santo
Ricardo Gwyn, Santo
Uno de los cuarenta Mártires de Inglaterra y Gales. también llamado Richard White, nació en Montgomeryshire, Gales, en 1547, y estud­ió en la Universidad de Cambridge, Inglaterra.
Convertido de Protestantismo, retornó a Gales en 1562, casado, tenía seis niños, y abrió una escuela.
Arrestado en 1579, él pasó cuatro años en prisión antes de su ejecución siendo ahorcado, arrastrado, y descuartizó en Wrexham el 15 de octubre, por ser un católico.
Mientras estubo encarcelado, él escribió muchos poemas religiosos en galés. Él es considerado el protomártir de Gales y está incluido entre los mártires canonizados de Inglaterra y Gales por Papa Pablo VI en 1970.
traducido por Xavier Villalta
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Outubro 17 Mártir espanhola,
Tarsila Cordoba Belda, Beata
Tarsila Cordoba Belda, Beata
Nació en Sollana en 1861, madre de tres hijos, viuda, asesinada en Algemesí el 17 de Octubre de 1936.
Miembro de acción católica, ejerció el apostolado social y practicó la caridad con enfermos, pobres y necesitados, alimentando su vida espiritual con la misa y comunión diaria.
Hoy, 17 de Octubre festejamos su fiesta particular, ella es una de los 233 mártires en España.
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74300 > Beato Baldassarre Ravaschieri da Chiavari Sacerdote francescano  MR
94754 > Beato Battista de Bonafede Mercedario 
35050 > Beato Contardo Ferrini Laico  MR
94753 > Beato Domenico Navarro Mercedario 
93817 > San Dulcidio Vescovo  MR
94343 > Santi Etelredo ed Etelberto Principi del Kent, martiri
90614 > Beato Fedele Fuidio Rodriguez Marianista, Martire Spagnolo  MR
91877 > San Fiorenzo di Orange Vescovo  MR
93296 > Beato Giacomo Burin Sacerdote e martire  MR
74280 > Beato Gilberto di Citeaux Abate  MR
74270 > San Giovanni Eremita MR
94650 > Beato Giovanni de Zamora Mercedario 2
4900 > Sant' Ignazio di Antiochia Vescovo e martire  - Memoria MR
93410 > Sant' Isidoro Gagelin Sacerdote e martire  MR
90608 > Sant' Osea Profeta  MR
93444 > Beato Raimondo Stefano Bou Pascual Sacerdote e martire  MR
93045 > San Riccardo Gwyn Martire  MR
82100 > San Rufo Martire  MR
93047 > Beata Tarsila Cordoba Belda Vedova, martire  MR
82150 > San Zosimo Martire  MR
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António Fonseca

sábado, 16 de outubro de 2010

Nº 1157 - 16 DE OUTUBRO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE

Religiosa (1647-1690)

Margarita María de Alacoque, Santa

Margarita María de Alacoque, Santa

Recipiente das revelações
do Sagrado Coração de Jesus

Toda a vida desta grande vidente do século XVII anda estreitamente unida às origens e história da grande devoção moderna ao Sagrado Coração de Jesus. Foi o meio humilde e diminuto que Deus utilizou para dar a conhecer uma das melhores e mais eficazes de todas as devoções. Toda a glória e toda a história da Santa deriva da missão que o Céu lhe confiou. Ela própria nos conta no seu diário espiritual que tendo quatro anos – nascera a 22 de Julho de 1647 –, sem saber o que era voto nem castidade, consagrou o seu coração a Deus. Menina ainda, Deus introdu-la nos segredos da vida interior e comunicação com o Céu. O pai morreu-lhe antes de ela completar 10 anos. Paralisada durante um quadriénio por uma espécie de forte reumatismo, promete à Virgem Maria ser «sua», se se curar. As religiosas salésias ou da Visitação chamavam-se então «filhas de Santa Maria». Sua mãe, perseguida pelos parentes do marido defunto, vê-se em grande falta de meios e empurra a filha para que se case. Margarida começou então a conhecer o mundo e o desejo de agradar. Mas Jesus disse-lhe: «Não te basto Eu? De que tens medo?» Ela convence-se do amor de Jesus e sente-o, ao escrever: «Não é Nosso Senhor o mais rico, o mais formoso, o mais poderoso e cumpridor de todos os que O amam?» O amor de Jesus apodera-se-lhe da alma e transforma-a. Renuncia ao prazer, à vaidade e ao amor humano. Entusiasma-se com a mortificação. «Eu atava este miserável corpo com cordas e nós; entravam-me profundamente na carne; dormia num colchão de varas pontiagudas». Decidiu deixar o mundo e esconder-se dos seus olhares na escuridão do claustro. Pensou nas Ursulinas, mas Nosso Senhor disse-lhe: «Não te quero aí, mas em Santa Maria». Parece-lhe que um retrato de S. Francisco de Sales lhe dirige o amável nome de «filha». Quando ouve falar de Paray, o seu coração dilata-se e respira. A 20 de Junho de 1671 vai para o Noviciado, pensa em ser «uma escrava que recupera a liberdade e vai para casa de seu esposo». A Mestra de Noviças diz-lhe: «Ponha-se diante de Deus como uma tela diante do pintor». O preceito cumpriu-se à letra durante a sua atormentada vida. Deus desenhou nela a imagem do seu Divino Coração.

 

No noviciado, o seu ar tímido, absorto e inflamado em amor divino, chamava a atenção, e mais numa comunidade que tinha por norma o conselho de S. Francisco de Sales: «Não ser extraordinário senão à força de ser ordinário». Completava o ano de noviciado a 25 de Agosto de 1672, mas atrasaram-lhe a profissão até 6 de Novembro. Nestes meses de purgatório espiritual, Cristo comunica-Se-lhe e começa a levantar o véu que encobre a missão para que a destina. «Diz à tua Superiora que Eu respondo por ti… Eu tornar-te-ei utilíssima à religião, mas de maneira que ainda ninguém conhece senão Eu… Eu arranjarei maneira de os meus planos sobre ti triunfarem». «Busco uma vítima para o meu Coração, que desejo sacrificar como hóstia de imolação para nela se realizarem os meus desígnios». A noviça fez a profissão a 6 de Novembro de 1672. Aproximava-se o momento crucial na vida de Santa Margarida. Jesus diz-lhe: «Aqui tens o meu Coração, a tua morada de agora e para sempre… Tu não deves viver para ti, a fim de Eu viver perfeitamente em ti». A jovem professa responde por escrito com o seu próprio sangue: «Eu, pobre e miserável nada, protesto diante do meu Deus, pois quero submeter-me e sacrificar-me por tudo o que Ele me queira pedir… Tudo para deus e nada para mim; tudo por Deus e nada por mim; tudo de Deus e nada de mim». Queixa-se de não ter nada para sofrer por Deus. Então mostra-se-lhe uma cruz coberta de flores e é-lhe dito: «Estas flores cairão; ficarão apenas os espinhos que elas escondem por causa da tua debilidade. Terás necessidade de toda a força do teu amor para suportar a dor». Jesus mostra-lhe o seu Coração «mais radiante que o sol e duma grandeza infinita». Vê-O coberto de chagas, e é convidada a contemplar a chaga do lado «que era um abismo sem fundo, aberto por uma seta sem limites, a do amor». Até agora as visões têm sido para a instrução e preparação particular de Margarida. Vão começar as revelações de carácter universal, para bem da Igreja e de toda a humanidade. Quatro foram as principais. A 27 de Dezembro de 1673, festa de S. João Evangelista, acabava de sair da enfermaria e tinha-se ajoelhado diante da grade do coro. Sente-se repleta da presença divina e Jesus convida-a a ocupar o lugar que teve João na ceia: «O meu Coração está tão apaixonado pelos homens, que não pode conter por mais tempo as chamas que o inflamam e necessita expandir-se. Escolhi-te como abismo de indignidade e ignorância, a fim de tudo ser meu». A missão é explicita. Jesus dá-lhe os meios e descobre-lhe «as maravilhas do Seu amor e os segredos inefáveis do Seu Coração». Em princípios de 1674 realiza-se outra manifestação. O Coração de Jesus coroado de espinhos, com a cruz arvorada, descobre-lhe a íntima relação que existe entre esta devoção e a Sagrada Paixão. Daqui o seu espírito de reparação. Numa sexta-feira do ano de 1674, estando diante do Santissimo exposto, Jesus mostra-Se radiante de glória, com as cinco chagas, que brilham como sois. De todo o seu Sagrado Corpo saem chamas, especialmente do peito, que parece um forno: «Estava aberto e descobriu-me o seu amante Coração, que era a fonte das chamas». Queixou-Se da ingratidão dos homens e pediu-lhe que ela com o seu amor suprisse tanta frieza. Deverá comungar sempre que lho permita a obediência, fazer a novena das nove primeiras sextas feiras seguidas, prostrar-se com o rosto por terra das onze às doze da noite, da quinta-feira para sexta. No mês de Junho do seguinte ano de 1675, na oitava do Corpo de Deus, deu-se a revelação mais transcendental. O Sagrado Coração de Jesus voltou a queixar-Se da ingratidão dos homens, especialmente das almas consagradas a Ele, e pede que, na sexta-feira seguinte à oitava do Corpo de Deus, se estabeleça a festa do seu Sagrado Coração.  Como auxiliar do seu apostolado, recomenda-lhe o Padre Cláudio la Colombière. As provas por que teve que passar Santa Margarida foram dolorosíssimas.  Sua própria comunidade dividiu-se: umas tinham-na como alucinada, histérica ou visionária; outras entregaram-se à sua direcção como discípulas humildes. Foram-lhe impostas penitências públicas, foi-lhe proibido o acesso à Sagrada Eucaristia e fazer oração; o demónio tentou-a horrivelmente com desconfiança, gula e até luxúria. Deus quis purificá-la e mostrar a sua pequenez para que resplandecesse a obra da sua omnipotência ao estabelecer-se a grande devoção. As suas últimas palavras foram: «Não necessito de nada senão de Deus». e apagou-se a sua voz a 17 de Outubro de 1690. Foi canonizada em 1920 por Bento XV e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus triunfou através da pequenez da sua Serva. Assim aconselhava ela uma alma a que aproveitasse bem a Sagrada Comunhão; «Sereis a Sulamita, a esposa amada que honra a vida do amor de Jesus no Santissimo Sacramento, insistindo em vos tornar pura e inocente, para aguardar a este divino Esposo… Fareis 33 comunhões espirituais e uma Sacramental para desagravar o Sagrado Coração de Jesus e suplicar-lhe perdão por todas as comunhões mal feitas, assim por nós como pelos maus cristãos. Não percais uma só comunhão, porque a maior alegria que podemos dar ao nosso inimigo é de nos retirarmos d’Aquele que lhe tira o poder que sobre nós tem». Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

Este dia também se festeja a Santa Eduviges, San Rodolfo e San Galo

SÃO LEOPOLDO DE CASTELNUOVO

Sacerdote (1866-1942)

 

Adeodato Mandic (na Ordem Religiosa, Leopoldo de Castelnovo) nasceu na costa dálmata do mar Adriático, em 1866, Admitido entre os Capuchinhos em 1884, morreu em Pádua, a 30 de Julho de 1942. Paulo VI beatificou-o a 2 de Maio de 1976 e João Paulo II canonizou-o a 16 de Outubro de 1983. Na Missa da canonização, o Santo Padre fez uma homília, da qual extraímos as passagens que descrevem o novo Santo: Nascido em Castelnovo, na baía de Cattaro, deixou aos 16 anos a família e a sua terra, para entrar no Seminário dos Capuchinhos de Udine. A sua vida decorreu sem grandes acontecimentos; algumas transferências dum convento a outro, segundo o costume dos Capuchinhos, mas nada mais.Por último a nomeação para o convento de Pádua, onde vive até à morte. Pois bem, foi porecisdamente sobre esta pobreza, duma vida exteriormente insignificante, que o Espírito desceu para despertar uma nova grandeza; a duma heroica fidelidade a Cristo, ao ideal franciscano, ao serviço sacerdotal para com os irmãos. S. Leopoldo não deixou obra teológica ou literária, não chamou as atenções pela sua cultura, não fundou obras sociais. À vista de todos quantos o conheceram, não foi senão um pobre religioso; pequeno, enfermiço. A sua grandeza está noutra coisa; na imolação, na entrega de si mesmo, dia após dia, durante toda a sua vida sacerdotal, isto é, ao longo de 52 anos, no silêncio, na discrição, na humildade dum confessionário: “O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas”. Frei Leopoldo estava sempre presente disponível e sorridente, prudente e modesto, confidente discreto e pai fiel das almas, mestre respeitável e conselheiro espiritual compreensivo e paciente. Se o quiséssemos definir com uma palavra só, como faziam durante a sua vida os penitentes e  os seus irmãos, diríamos que era o «confessor»; só sabia «confessar». Todavia, foi precisamente nisto que esteve a sua verdadeira grandeza, nesta maneira de desaparecer para deixar o lugar ao verdadeiro Pastor das Almas. Assim exprimia o seu compromisso: “Escondamos tudo, até o que possa parecer dom de Deus, a fim de não tirar dele proveito. Só para Deus a honra e a glória! E a quem lhe perguntava muitas vezes como fazia para viver assim, respondia: “É a minha vida!”O Bom Pastor oferece a vida pelas suas ovelhas”. Segundo as vista humanas, a vida do nosso Santo parece uma árvore a que mão invisível e cruel tivesse cortado todos os ramos. O  Padre Leopoldo era sacerdote, a quem um defeito de pronúncia vedava a pregação. Foi sacerdote com a ambição ardente de se consagrar às missões, e até ao fim esperou o dia de partir, mas nunca partiu por ter uma saúde excessivamente frágil. Foi sacerdote com espírito ecuménico tão pronunciado, que se ofereceu ao Senhor, em dádiva quotidiana, para que se reconstituísse a plena unidade entre a Igreja latina e as Igrejas orientais ainda separadas, e para que se reconstituísse “um só rebanho sob um só pastor” (cf. Jo 10, 16); mas que viveu a sua vocação ecuménica de maneira oculta. Entre lágrimas declarava: “Serei missionário aqui, na obediência e no exercício do meu ministério”. E dizia ainda: “Qualquer pessoa, que requeira o meu ministério, será desde já o meu Oriente”. Mas, afinal, que resultou disso para S. Leopoldo? Para quem, e para quê serviu a sua vida? Aproveitou aos irmãos e irmãs que tinha deixado Deus, o amor e a esperança. Aos pobres seres humanos que tinham perdido Deus e invocavam o fradinho, pedindo-lhe perdão, consolação, paz e serenidade. A estes “pobres” S. Leopoldo deu a sua vida, por eles ofereceu as suas dores e a sua oração; mas, acima de tudo, celebrou com eles o sacramento da reconciliação. Nisto esteve o seu carisma. Nisto se manifestaram as suas virtudes de maneira heroica. Celebrou o sacramento da reconciliação, exercendo o seu ministério como à sombra de Cristo crucificado. O seu olhar firmava-se no crucifixo colocado sobre o genuflexório do penitente. O crucifixo era sempre o protagonista. É ele que perdoa, é ele que absolve! Ele, o pastor do rebanho… O ministério de S. Leopoldo alimentava-se na oração e na contemplação. Foi confessor a rezar sem pausa, confessor que vivia habitualmente absorvido em Deus, numa atmosfera sobrenatural. A primeira leitura da liturgia de hoje lembra-nos a prece de intercessão de Moisés durante a batalha entre Israel e Amaleque. Quando às mãos de Moisés se levantavam e, a vitória inclinava-se para o lado do seu povo; quando o  cansaço lhe fazia cair as mãos, Amaleque levava a melhor. A Igreja, colocando hoje diante de nós a figura do seu humilde servo, S. Leopoldo, que foi guia de tantas almas, quer também mostrar-nos essas mãos que se levantam para o céu enquanto decorrem as diversas lutas do homem e do Povo de Deus. Elevam-se na oração. Levantam-se no acto de absolvição dos pecados, que sempre encontra esse Amor que é Deus; esse amor que, uma vez por todas, se nos revelou em, Cristo crucificado e ressuscitado. «Suplicamo-vos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Que nos dizem essas mãos de Moisés levantadas na oração? Que nos dizem essas mãos de S. Leopoldo, humilde servo do confessionário? Dizem-nos que a Igreja não se pode nunca cansar de dar testemunho a Deus, que é amor! Não pode nunca deixar-se desanimar e abater pelas contrariedades; na verdade, a ponta extrema deste testemunho ergue-se imutavelmente, na cruz de Jesus Cristo, acima de toda a história do homem e do mundo. Mesmo sobre a nossa dura época em que o homem parece ameaçado, não só pela autodestruição e pela morte nuclear, mas também  pela morte espiritual. De facto, como deve viver o espírito do homem “se não crê no amor” (Cf. I Jo 10, 16)?” Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.+pt.

SÃO GERARDO MAJELA

Religioso (1726-1755)

Gerardo Mayela, Santo

Gerardo Majela, Santo

Gerardo Majela nasceu a 6 de Abril de 1726, em Muro, a vinte léguas ao sul de Nápoles. Seu pai era um pobre alfaiate, piedoso e honesto. Desde os mais tenros anos, o único atrativo de Gerardo era levantar altarzinhos e imitar as cerimónias do culto. A pouca distância de Muro encontra-se a capela de Capotinhano, onde se venera uma estátua da Virgem Maria, tendo o Menino Jesus nos braços. Quando tinha cinco anos, Gerardo foi a este santuário e, logo que ajoelhou, o Menino Jesus, descendo dos braços de sua Mãe, foi brincar familiarmente com ele, dando-lhe depois um pãozinho branco. A criança, toda satisfeita, levou este presente à mãe. «Quem te deu isto?, perguntou ela. «Foi, respondeu, o menino duma senhora, que brincou comigo». Todas as manhãs Gerardo corria à capela, e sempre o Menino Jesus ia brincar com ele e lhe fazia a oferta dum pão branco. Sua irmã seguiu-o um dia e, escondendo-se, viu o Menino Jesus descer dos braços da Senhora, acariciar Gerardo e dar-lhe o costumado pão branco.Pelos sete anos, Gerardo, possuído dum amor sobrenatural pelo Pão Eucarístico, desejava ardentemente comungar; um dia, à missa, aproximou-se com os fiéis da Mesa Santa para receber a Hóstia. O celebrante, vendo-o tão pequeno, passou adiante, e Gerardo retirou-se a chorar. Mas, na noite seguinte, o Arcanjo S. Miguel veio trazer-lhe o Pão dos Anjos. Por outra vez, em que estava de joelhos junto do altar, uma criancinha saiu do tabernáculo e deu-lhe a Santa Comunhão. Aos dez anos, Gerardo foi admitido à Sagrada Mesa; depois comungava sempre de dois em dois dias, além dos domingos e dias santos. Mas compreendeu que, para participar da glória de Jesus, devia antes participar da sua dolorosa Paixão. Por isso, como prémio da hóstia recebida, impôs-se uma cruel flagelação. Depois da morte do pai, Gerardo foi como aprendiz para casa dum alfaiate. Entregou-se por completo ao trabalho, mas continuou a corresponder fielmente à graça, e a seguir a sua inclinação para a oração, apesar dos maus tratos do mestre, que lhe batia muitas vezes com furor. Um sorriso era sempre a resposta da doce vítima. «Quê? tu ris-te, exclamou um dia o mestre; diz-me, porque te ris?É porque a mão de Deus me feriu». respondeu o angélico jovem. Sentindo-se chamado à vida religiosa, pediu para ser admitido nos Capuchinhos, o que lhe foi recusado por causa da fraqueza. Esperando a hora de Deus, foi como criado para casa do bispo titular da Lacedónia, e aí esteve três anos, sendo a admiração de todos. Um dia em que o bispo estava ausente, Gerardo tinha fechado à chave a porta do palácio. Quis beber água, enquanto estava inclinado, a chave caiu ao poço. A princípio ficou aflito: depois, em seguida a uma oração, foi buscar uma imagem do Menino Jesus e desceu-a ao poço, dizendo: «A vós, pertence, Senhor, dar-me a chave a fim de o senhor Bispo não ficar triste». Ó maravilha! À vista duma multidão de espectadores, Gerardo sobe o Menino Jesus que trazia na mão a chave. Depois da morte de seu mestre, Gerardo teve de viver do seu ofício de alfaiate. Com o consentimento da mãe, dividia o ordenado em três partes: uma para a família, outra para os pobres, e a terceira para as almas do Purgatório. Seu amor pelo sofrimento era tão ardente que lhe inspirou fingir-se louco, o que lhe atraía injúrias e pancadas. Outras vezes fazia-se flagelar duramente por um amigo. Era grande a sua devoção à Rainha do Céu. «A Senhora atraiu o meu coração, repetia muitas vezes, e eu fiz-lhe presente dele». Falando-se-lhe em casamento, respondia com entusiasmo: «Pertenço à Senhora». Deste modo conservou sem mancha o lírio da castidade e o vestido da inocência baptismal. Mais tarde, o nome de Maria era suficiente para o fazer entrar em êxtase. Tal foi a sua vida até à idade de vinte anos. No mês de Agosto de 1748, passaram em Muro dois Redentoristas; Gerardo falou-lhes da sua vocação. E sua mãe, temendo vê-lo afastar-se, fechou-o à chave, no dia da partida dos missionários. Mas o prisioneiro, com o auxílio de um lençol, fugiu pela janela, deixando um bilhete em que tinha escrito: «Vou fazer-me santo, não penseis mais em mim». Tendo alcançado os missionários, suplicou-lhes que o recebessem. O superior, admirando a sua energia e firmeza, resolveu experimentá-lo e enviou-o à casa de Deliceto com uma carta de recomendação concebida nestes termos: «Envio-vos um Irmão inútil». No dia 1 de Maio de 1749, Gerardo batia à porta do convento de Deliceto. Fundado pelo bem-aventurado Félix de Corsano, da Ordem dos Agostinhos, era dedicado a Nossa Senhora da Consolação; estava abandonado há muito tempo quando Santo Afonso de Ligório, atraído pela santa imagem de Maria, aí foi estabelecer os seus religiosos. Será nesta santa casa que Gerardo passará a maior parte da vida. Desde o primeiro dia mostrou-se um modelo acabado de humildade, paciência, mortificação e dedicação. O trabalho não lhe era obstáculo à vida de oração, porque, se de dia trabalhava muito, de noite retirava-se para a igreja para adorar Jesus Cristo no Santissimo Sacramento. Gerardo tinha a nobre ambição de se tornar santo; daí o voto heroico que fez, de acordo com o seu diretor, de fazer tudo o que fosse mais perfeito. Por ordem do mesmo diretor escreveu as suas mortificações, resoluções e sentimentos. Citemos algumas passagens deste código de perfeição. Mortificações. Todos os dias tomo disciplina e trago um cilício de ferro em volta dos rins. Misturo ervas amargas no meu alimento ao jantar e à ceia. Trago um coração com pontas de ferro sobre o peito. Aos sábados jejuo a pão e água. Quintas, sextas e sábados, durante a noite, cinjo a fronte e os rins com uma cadeia. Sentimentos. Tudo o que se faz por Deus é oração; uns consagram-se a isto, outros àquilo; eu consagro-me unicamente a fazer a vontade de Deus. A ocasião de me tornar santo somente me foi oferecida uma vez; se não a aproveito, é para sempre. Se me perco, perco a Deus; e, perdido Deus, que me resta? Resoluções. Quero repetir em todas as tentações, tribulações: Fiat voluntas tua.Somente falarei em três casos: quando se tratar da glória de Deus, do bem do próximo ou duma verdadeira necessidade. Nunca me desculparei, embora tenha as melhores razões para o fazer, a não ser que o meu silêncio cause alguma ofensa a Deus, ou algum prejuízo ao próximo. Tinha grande vocação ao Arcanjo S. Miguel. Em 1753, os jovens estudantes redentoristas de Deliceto obtiveram licença de fazer uma peregrinação ao monte Gargano, célebre pela aparição do Santo Arcanjo. Gerardo foi encarregado de os acompanhar. Os peregrinos receberam ao todo doze liras para a viagem. Eram doze e deviam demorar nove dias. «Deus providenciará», dizia Gerardo aos que lhe objectavam a modicidade da quantia. Só tinham uma lira quando chegaram a Manfredónia. Gerardo foi ao mercado comprar um ramalhete e colocou-o na igreja, diante do santo tabernáculo, dizendo a Jesus: «Pertence-vos cuidar da minha familiazinha». O capelão da igreja, tendo observado este acto de devoção, convidou o santo a hospedar-se em sua casa com todos os companheiros. Gerardo recompensou-o desta caridade, curando, com um  sinal da cruz, sua mãe enferma. Estiveram dois dias no monte Gargano. No segundo dia, Gerardo, vendo a bolsa vazia, foi-se recomendar ao santo Arcanjo, e imediatamente um desconhecido apareceu a dar-lhe um rolo de moedas. Um dia em que entrava em Deliceto, um aventureiro, vendo o pobre vestuário de Gerardo, tomou-o por feiticeiro e disse-lhe: «Se procurais um tesouro, eis-me pronto a auxiliar-vos e acompanhar-vos». Mas, respondeu o santo, sois homem de coragem?» – «Ah!, vou dizer-vos quem sou». E o miserável contou a sua triste vida. «Bem, disse Gerardo, vou procurar um tesouro para vós». Penetrando ambos no bosque e tendo chegado ao lugar mais espesso, Gerardo coloca misteriosamente o seu manto no chão, manda que o pecador se ponha de joelhos com as mãos erguidas, e diz-lhe: «Prometi-vos um tesouro, vou cumprir a minha palavra». E mostrando o seu crucifixo, disse: «Eis o tesouro que perdestes há muitos anos». A seguir mostrou-lhe o triste estado em que tinha a alma: o pecador começou a chorar, indo dali a confessar-se. Em Caltelgrande, o assassínio dum  jovem tinha produzido ódio mortal entre duas famílias, encontrando-se toda a cidade dividida em dois partidos rivais; estavam para começar uma luta fratricida. O Santo apresenta-se em casa do pai da vítima, fala-lhe de Deus e obtém uma promessa de perdão. Mas a mãe, ofendida com isto, tomando o fato ensanguentado do filho, atira-o à cara do marido, exclamando com furor: «Olha para estes vestidos ensanguentados, e depois vai reconciliar-te, se tens coração para isso!» E deste modo despertou os sentimentos de ódio e vingança do marido- Ao saber disto, Gerardo exclamou: «O inferno não há-de vencer!» Voltou a casa do pai da vítima, pôs no chão o seu crucifixo e disse: «Caminhai sobre esta cruz, calcai aos pés Aquele que perdoou aos seus algozes… Ou Jesus ou o demónio! Ou o perdão ou o inferno! É Deus que envia; o vosso filho está no Purgatório e estará tanto tempo quanto durarem os vossos ressentimentos… Se recusais perdoar, esperai pelos mais terríveis castigos». A estas palavras de fogo, os pais renderam-se e a paz estabeleceu-se em toda a cidade. Deus dá muitas vezes a seus santos uma parte do império que o primeiro homem, no estado de inocência, tinha sobre a natureza. Bastava a Gerardo chamar pelas avezinhas para que viessem colocar-se-lhe sobre as mãos, parecendo prestar atenção às suas doces palavras. Passando um dia junto do mar, notou grande multidão que olhava com horror para um barco cheio de gente; a tempestade ia submergi-lo nas ondas. Gerardo fez o sinal da cruz, e avançando pelo meio das ondas, gritou ao barco: «Em nome da Santissima Trindade, detém-te». Em seguida, trouxe-o para a praia com a maior facilidade. Teve dificuldade em evitar o entusiasmo da  multidão. Interrogado mais tarde por um padre sobre este prodígio, disse: «Ó meu padre, quando Deus quer, tudo é possível , No estado em que eu me encontrava, poderia até ter voado pelos ares». Segundo os contemporâneos de Gerardo, as curas milagrosas que operou durante a vida são em tão grande número que seriam precisos muitos volumes para as descrever. Corria a data de 1755. O santo tinha anunciado que morreria nesse ano. Em Julho caiu doente, enfraquecendo de dia para dia. A 6 de Setembro chegou uma carta do Superior, ordenando-lhe que pedisse a sua cura, em nome da obediência. «Eu devia morrer a 8 deste mês, disse ele, mas o Senhor retardou um pouco a minha morte». A 5 de Outubro recolheu à cama para não tornar a levantar-se. «Eu sofro todas as dores da Paixão de Jesus Cristo», dizia ele: A 15 anunciou que seria o seu último dia. Das 10 para as 11 da noite disse com alegria: «Eis a Senhora», e entrou em êxtase. Duas horas depois, voava sua alma para Deus. Foi canonizado por S. Pio X em 1904. Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

BIBLIOGRAFIA
Butler, Vida de los Santos, Vol IV
Sálesman, P. Eliécer; Vidas de Santos - # 4
Sgarbossa, Mario y Luigi Giovannini; Un Santo Para Cada Día
Consulta também
San Gerardo Mayela

SANTA HEDVIGES

Viúva (1243)

Eduviges, Santa

Eduviges, Santa

Modelo exemplaríssimo de todas as  virtudes nos apresenta hoje a Igreja na pessoa da santa duquesa Edviges ou Hedviges. O pai foi Bertoldo, duque de Caríntia, Margrave de Meran e conde do Tirol. A mãe era igualmente de alta linhagem. Hedviges, ainda menina de tenros anos, dava a conhecer aos pais que era privilegiada de Deus, por uma inteligência não comum naquela idade. Além disso, notava-se-lhe uma inclinação bem acentuada para todas as virtudes, coisa raríssimas vezes observada em crianças. Donzela, nenhum atrativo experimentava para os prazeres e divertimentos mundanos. Ler e rezar era-lhe, por assim dizer, a única distração. Tendo atingido 12 anos, para obedecer aos pais contraiu núpcias com Henrique, duque da Polónia e Silésia. Esposa exemplaríssima, não tinha em mira outra coisa senão a glória de Deus, a santificação da alma e a felicidade do próximo. Com permissão do esposo, dedicava os dias de festa, bem como a santa quaresma, a exercícios de mortificação. Um dos seus lemas era: «Quanto mais ilustre for pela origem, tanto mais a pessoa se deve distinguir pela virtude, e quanto mais alta a posição social, tanto maior obrigação se tem de edificar o próximo pelo bom exemplo». Deus abençoou o matrimónio do casal com seis filhos, que foram educados no temor de Deus. Edviges contava apenas 20 anos e o esposo 30, quando, impelida pelo desejo de servir a Deus em maior perfeição, de acordo com Henrique, tomou a resolução de viver em completa continência, e ambos fizeram um voto nesse sentido, que depositaram nas mãos do Bispo. Desde aquele momento, rapidamente prosseguiu ela no caminho da perfeição. Todo o tempo não tomado pelas ocupações do dever, pertence desde então à oração e à beneficência. Consolo particular lhe dava ouvir a santa Missa, tanto que assistia quotidianamente a tantas missas quantas lhe era possível, e com devoção que edificava  a todos. Era grande protetora das viúvas e dos órfãos. Grande parte dos protegidos comiam na sua própria mesa, onde ela mesma os servia. Frequentes visitas fazia aos hospitais e a dedicação, como o amor ao sacrifício, faziam que em pessoa lavasse os pés aos leprosos e lhes beijasse as úlceras. Com o esposo insistiu para que, nas proximidades de Breslau, erigisse um convento para as Religiosas da Ordem de Cister. Nesse convento, muitas meninas pobres receberam educação e instrução religiosa. Hedviges mesma costumava passar dias entre as freiras, acompanhando todos os exercícios da comunidade. No vestir não se lhe notava nenhuma ostentação, nem liberdade alguma, de modo que o exemplo de duquesa obrigava a todos na corte ao maior recato. Contrariedades e graves desgostos não faltaram para pôr-lhe em prova as virtudes. Uma guerra imprevista arrebatou-lhe o esposo, caído nas mãos do inimigo. Ao receber esta última noticia, Hedviges, cheia de fé, levantou os olhos para o céu e disse: «Espero vê-lo em breve são e salvo». Ela mesmo se dirigiu ao duque Conrado, que lhe guardava preso o marido, e rogou com tanta insistência que obteve a libertação de Henrique. Este, porém, adoeceu e pouco depois morria. Às pessoas que lhe apresentavam pêsames, Hedviges respondia : «É necessário adorarmos os desígnios da divina Providência na vida e na morte. A nossa consolação deve consistir no cumprimento da sua santíssima vontade». Três anos depois, seu filho Henrique perdeu a vida numa batalha contra os Tártaros. Embora este golpe crudelíssimo lhe ferisse profundamente o coração de mãe, Hedviges demonstrou a mesma resignação que por altura da morte do esposo. O resto da vida passou-a no convento. Aí viveu como a última das freiras. As regras e as constituições da Ordem viram na santa Duquesa a observadora mais fiel. Se a sua vida antes da entrada no coinvento era de sacrifícios e penitências, no mosteiro redobrou os exercícios de austeridade. Só interrompia o jejum aos domingos e dias santos, O único alimento que tomara era pão e legumes, abstendo-se por completo do vinho e da carne. O cilicio era-lhe companheiro inseparável, e o leito eram, duas tábuas. No inverno mais rigoroso, andava descalça sobre neve e gelo. Apenas três horas antes das matinas dedicava ao sono, passando o resto da noite em oração, sujeitando o corpo não raras vezes à mais severa flagelação. Com esses exercícios tão duros de penitências, Hedviges emagreceu, e o corpo tomou-lhe feições esqueléticas. Tinha devoção terníssima à sagrada Paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, que era o assunto das suas meditações quotidianas. Acompanhando a Nosso Senhor nos sofrimentos, derramava abundantes lágrimas. Terno amor dedicava à Santíssima Virgem. O rosto tornava-se-lhe incandescendente ao pronunciar o doce nome da Mãe Celeste. A humildade de Edviges foi recompensada com o dom dos milagres. Fazendo uma vez o sinal da cruz sobre uma cega, esta recuperou a vista imediatamente. Muitas curas maravilhosas se efetuaram por sua intercessão. O fim de tão santa vida, foi uma morte santíssima. Acometida de grave doença, pediu os santos Sacramentos, os quais recebeu com tanto fervor que a todos que assistiram comoveu. Veio a falecer em 1243, Numerosos foram os milagres que se observaram no seu túmulo. Clemente IV deu-lhe honra nos altares. Santa Hedviges é padroeira da Polónia. Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

 

SÃO GUILHERME DE MALAVALLE 

e o BEATO JOÃO BOM

Eremitas (em 1157 e 1249)

São Guilherme, chamado também, S. Guilherme, o Grande ou de Malavalle, era natural de França. depois duma vida de pecados, converteu-se e entregou-se à vida eremítica, em vários lugares da Toscana. Morreu em Malavalle, perto de Castiglione della Pescaia (Grosseto), no dia 10 de Fevereiro de 1157. Amou intensamente a contemplação. Os seus dois últimos discípulos, seguindo-lhe o espírito, deram origem à Ordem de S. Guilherme. Integrada na Ordem Agostiniana na união de 1256, separou-se no ano seguinte, permanecendo alguns dos seus membros na Ordem de Santo Agostinho. Esta começou a dar culto a S. Guilherme já no século XIII. O Beato João Bom tivera também uma vida dissipada e fora jogral da corte. Cumprindo um voto que fizera para pedir a cura duma enfermidade, retirou-se à soledade eremítica,. . A sua fama espalhou-se e alguns devotos uniram-se a ele. Assim nasceu a sua Ordem, em Botriolo (Cesena). Morreu em Mântua, a 16 de Outubro de 1249, onde o seu corpo repousa na igreja ex-agostiniana de Santa Inês. Distinguiu-se pelo espírito de penitência, confiança em Deus e amor à Igreja. A sua Ordem passou a formar parte da Agostiniana na união de 1256. O culto dele foi permitido por Sisto IV com a bula Licet Sedes Apostólica de 1483. Por este motivo, o nome do Beato João entrou no Martirológio Romano. O seu ofício foi concedido à Ordem em 1672. Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

BEATO GUILHERME

Eremita (século XII)

Honrava-se na abadia de Savigny, diocese de Avranches, França, um noviço falecido em odor de santidade no século XII, antes dessa abadia passar à Ordem de Cister. As suas ações não deixaram nenhum vestígio; é o melhor elogio que se pode fazer dum noviço. Já não era um jovenzinho se, conforme se ficou dizendo, tinha sido eremita antes de entrar em Savigny. Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt.

Galo, Santo
Outubro 16 Sacerdote,

Galo, Santo

Galo, Santo

Etimologicamente significa “formoso”. Vem da língua francesa.
Pedro escreve:" Em nosso coração reconheçamos a Cristo como ao Senhor, dispostos sempre a dar razão de nossa esperança a todo o que nos peça uma explicação".
Foi um abade que nasceu na Irlanda no ano 646 e morreu em Bregenz. Foi um dos doze que acompanharam a são Columbano à Europa continental.
Estiveram juntos até Columbano ir para a Itália. Conta sua biografia que pelos vistos não se davam muito bem. A causa era a discussão acerca do método de evangelizar.
Columbano lhe impôs uma dura penitência por desacato à autoridade.
Galo, sem embargo, lhe obedeceu em tudo quanto lhe ordenou. A penitência consistiu em não celebrar a missa durante os anos que restaram de vida a
são Columbano.
Se estabeleceu um grupo de amigos em Bregenz, perto do lago Constanza. Há lendas com pouco fundamento na realidade. Por exemplo, não é são Galo o fundador do mosteiro que leva seu nome. Se inaugurou um século depois de sua morte.
Hoje é o que ocupa a catedral de
são Galo.
Ainda que tenha nascido na Irlanda, todo o mundo o conhece como o evangelizador de Suíça.
Há que ter em conta que, apesar de certas discrepâncias com são Columbano, não obstante, soube ser fiel à Regra.
Ordenado de sacerdote, fez um gran bem em toda a Igreja. João, bispo de Constanza, trasladou seus restos para a capela em que santificou sua vida.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Aniceto Koplinski, Beato
Outubro 16 Mártir Capuchinho,

Aniceto Koplinski, Beato

Aniceto Koplinski, Beato

Nasceu na Alemanha em 1875, mártir na Polónia 1971, um dos 108 mártires na Polónia durante a segunda guerra mundial.
Sacerdote professo, capuchinho desde os 18 anos e presbítero desde 1900.
Apóstolo da misericórdia em Varsóvia, onde viveu desde 1918, se fez famoso como esmoler e protetor dos pobres, e foi chamado o «são Francisco de Varsóvia»; já em vida gozava de fama de santidade.
Foi preso na noite de 26 para 27 de Julho de 1941, junto com outros 22 religiosos. Não se valeu de sua ascendência alemã para salvar-se da morte.
Em 4 de setembro, junto com outros religiosos, foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz, onde morreu na câmara de gás em 16 de outubro de 1941.
Se esforçou por viver seu sofrimento na oração e à imitação do divino Mestre. Nos interrogatórios declarou: «Sou sacerdote e onde quer que haja homens, ali trabalho, sejam eles Hebreus ou polacos, E mais se sofrem e são pobres». A miúdo repetia a seus irmãos prisioneiros as que foram suas últimas palavras: «Devemos beber até ao fundo este cálix».
Para ver mais sobre os 108 mártires Polacos durante a segunda guerra mundial faz "click" AQUI

Jozef Jankowski, Beato
Outubro 16 Mártir Polaco,

Jozef Jankowski, Beato

Jozef Jankowski, Beato

É um dos 108 mártires de Polónia durante a segunda guerra mundial
Oriundo de Pomerânia (1910), estudou filosofia e teologia en O³tarzew e foi ordenado sacerdote em 1936.
Trabalhou como capelão das escolas de O³tarzew e nos arredores e foi assessor espiritual do movimento eucarístico e dos candidatos para ingressar na Sociedade.
Nos primeiros dias da segunda guerra mundial, em setembro de 1939, o nomearam capelão militar e da povoação civil. Durante a ocupação nazi foi administrador do seminário.
Em 16 maio de 1941 foi preso pela Gestapo e levaram-no para o campo de concentração de Auschwitz. Esgotado pelos trabalhos forrados e pela fome e castigado a morte por um guarda do campo, entregou sua alma em 16 de outubro de 1941.
Para ver mais sobre os 108 mártires Polacos durante a segunda guerra mundial faz "click" AQUI

Agustín Thevarparampil "Kunjachan", Beato
Outubro 16 "O Padrezinho",

Agustín Thevarparampil

Agustín Thevarparampil "Kunjachan", Beato

Agustín Thevarparampil foi um sacerdote humilde, que se entregou em favor de seus irmãos marginados da sociedade. Exerceu seu ministério na paróquia durante 47 anos. Ainda que seu verdadeiro nome fosse Agustín, todos o conheciam como "Kunjachan" ("o padrezinho"), porque era baixo de estatura.
Nasceu em 1 de abril de 1891 em Ramapuram, na família Thevarparampil. Era o mais novo de cinco filhos. Terminada a primária, completou sua formação sacerdotal no seminário de Changacherry y em Puthenpally. Em 17 de dezembro de 1921 recebeu a ordenação sacerdotal de mãos do bispo Mar Thomas Kurianacherry.
Desempeñó su ministerio un año como vicario parroquial en Ramapuram y luego, tres años, en Kadanad. Seguidamente, a causa de sus problemas de salud, volvió a su parroquia para recuperarse. Durante ese tiempo descubrió por casualidad un nuevo campo de actividad: en el retiro anual, realizado en la parroquia de Ramapuram, los predicadores reunieron cerca de cuarenta dalit -desheredados- en la iglesia y les predicaron las verdades de la fe. Al recibir esa enseñanza religiosa, se mostraron dispuestos a recibir el bautismo. "Kunjachan" decidió dedicarse al servicio de esas personas. Esa decisión lo convirtió en guía y liberador de miles de pobres de esa aldea.
Prosiguió su apostolado en favor de los dalit hasta su muerte. Como dijo san Arnold Jansen, fundador de la Sociedad del Verbo Divino, el acto primero y principal de amor al prójimo consiste en comunicarle la buena nueva de Jesucristo. "Kunjachan" se realizó en plenitud sirviendo con paciencia y compasión a los demás, especialmente a los marginados, viendo en ellos a Cristo.
Durante casi cuarenta años se dedicó al progreso de sus hermanos dalit. En ese tiempo las condiciones sociales de los dalit eran dramáticas, pues se les consideraba "intocables" y se les discriminaba por su casta y el color de su piel. Todos eran analfabetos. En consecuencia, eran supersticiosos y la sociedad los obligaba a realizar trabajos manuales propios de esclavos. Todos estos factores hacían muy difícil el ministerio de "Kunjachan".
No tenía un talento o capacidad excepcional. Era un sencillo párroco. No recibió ninguna honorificencia ni ningún reconocimiento por su incansable servicio orientado a la emancipación de los pobres. Su programa diario preveía visitas a los dalit en su domicilio y en sus lugares de trabajo. Su único ayudante era un catequista. Sin embargo, logró acercar a Dios a muchas personas.
No sólo tuvo que afrontar la oposición y duras críticas de los miembros de castas superiores, sino también de los cristianos tradicionales. Estos obstáculos no frenaron su celo misionero. Acercó a la Iglesia a más de cinco mil personas.
Creó un vínculo muy firme con todos aquellos a quienes ayudaba. Los llamaba "hijos míos" y ellos lo llamaban "nuestro sacerdote". Los conocía a todos y los llamaba por su nombre, desde los niños hasta los ancianos...
No sólo se esforzaba por la elevación espiritual de los dalit, sino también por su emancipación social, cultural, intelectual y artística. Resistió a la oposición con calma y mansedumbre. No se desalentó cuando el gobierno negó privilegios a los dalit convertidos al cristianismo. La gracia constante de Dios le daba fuerza y valentía. La fuente de su fuerza era la oración ante el santísimo Sacramento. También fue devoto de la santísima Virgen María. Obedecía a su párroco y a su obispo con gran humildad.
Murió el 16 de octubre de 1973. Beatificado el 30 de abril de 2006

91983> Beato Agostino Thevarparampil (Kunjachan) Sacerdote
74215 >
Santi Amando e Giuniano  MR
93044 >
Sant' Anastasio di Cluny  MR
92954 >
Beati Aniceto Adalberto (Anicet Wojciech) Koplinski e Giuseppe (Jozef) Jankowski Sacerdoti e martiri  MR
90989 >
Beata Vergine Maria della Provvidenza Terzo sabato di ottobre (celebrazione mobile)
74235 >
San Bertrando di Cominges Vescovo  MR
74230 >
Santa Bonita di Brioude  MR
94651 >
Beato Bononato Marimondi Mercedario

74160 > Sant' Edvige Religiosa e Duchessa di Slesia e di Polonia  - Memoria Facoltativa MR
74205 >
Sant' Elifio Martire  MR
94649 >
Santi Ferdinand Perez e Luigi Blanc Martiri mercedari 
91526 >
San Fortunato di Casei Martire  e III domenica di ottobre
74175 >
San Gallo Eremita a Bregenz MR
74225 >
San Gauderico MR
74240 >
Beato Gerardo da Chiaravalle Abate  MR
35000 >
San Gerardo Maiella Religioso redentorista  MR
45450 >
San Longino Martire  MR
93043 >
San Lullo di Magonza Vescovo  MR
91949 >
Beata Lutgarda di Wittichen Badessa 
29650 >
Santa Margherita Maria Alacoque Vergine - Memoria Facoltativa MR
74210 >
Santi Martiniano, Saturiano e Massima Martiri MR
92972 >
San Mommolino di Noyon Vescovo  MR
74220 >
San Vitale Eremita in Bretagna  MR

www.jesuitas.ptwww.es.catholicwww.santiebeati.it

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...