quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Nº 1161 - 20 DE OUTUBRO DE 2010 – SANTOS DO DIA

 

SANTA MARIA BERTILA BOSCARDIN

Religiosa (1888-1922)

María Bertila, Santa

María Bertila, Santa

Outubro 20

Maria Bertila Boscardin, batizada simplesmente com o nome de Ana, foi beatificada em 1952 por Pio XII e canonizada por João XXIII em 1961. Era a mais velha de três filhos duma família de pobres lavradores que habitavam em Brendola, na província de Vicenza, Itália. Nascida em Outubro de 1888, instruída pela mãe, cuja doçura devia compensar a violência do marido, aliás bom homem. Aninhas gostava de rezar muito tempo de joelhos diante dum quadro de Nossa Senhora que se encontrava dependurado na cozinha. Isto desde a idade dos cinco anos. Ajudava a mãe nos cuidados da casa e o pai nos trabalhos do campo. Sendo tão piedosa, conseguiu, coisa não fácil nessa altura, fazer a primeira comunhão com a idade de nove anos. Aos treze, fez voto de castidade. Muito tímida, com inteligência lenta e fraca memória, era chamada na aldeia a ignorante e a pata, mas ela não se ofendia. Es estava sempre cheia de boa vontade. Quando manifestou ao pároco o desejo secreto de entrar na vida religiosa, este respondeu-lhe: «Aninhas, tu não serves para nada. Quaisquer religiosas não saberiam que fazer duma aldeã ignorante como tu és». Ela afastou-se, muito desgostosa. Mas o padre surpreendeu o olhar entristecido da rapariga, arrependeu-se da sua recusa e no dia seguinte, de manhã, chamou-a. A 8 de Abril de 1905, Aninhas saiu da casa paterna para entrar nas religiosas de Santa Doroteia (não nas de Santa Paula Frassinetti). Tomou entre elas o nome de Maria Bertila. Sã e robusta, foram-lhe entregues os trabalhos mais custosos, o forno e a lavandaria. Fez o segundo ano de noviciado no hospital de Treviso. A Superiora Geral destinava-a para o cargo de enfermeira. Mas a superiora do hospital, Irmã Margarida, pensou diferentemente; que esperar de bom dessa noviça tímida, com rosto pastoso e inexpressivo? Pô-la na cozinha como ajudante duma freira idosa e enferma, encarregada de a vigiar e formar. A 8 de Dezembro de 1907, foi a profissão solene da jovem religiosa, com a presença dos pais na casa-mãe de Vicenza. A Superiora Geral decidiu pela segunda vez que ela seria enfermeira e mandou-a de novo para o hospital de Treviso. «Tu de novo aqui? – exclamou ao vê-la a Irmã Margarida. Preciso de enfermeiras para a cirurgia e para as doenças contagiosas, e mandam-me gente desta!» E a boa religiosa voltou às suas panelas. No dia seguinte, por falta de pessoal, foi preciso colocá-la na secção de crianças atacadas de difteria ou garrotilho. Como por encanto, a sua imperícia desapareceu. Dum momento para o outro, manifestou-se enfermeira diligente e hábil. Impunha respeito e inspirava confiança. Embora não tivesse em seu favor senão três anos de escola primária, preparou exames que superou com brilho. A primeira guerra mundial forneceu a Irmã Bertila outras ocasiões para se dedicar como enfermeira aos soldados feridos. Mas foi preciso sair de Treviso, que se encontrava na frente das operações militares. Muito teve de sofrer nessa altura, devido à incompreensão duma nova superiora. Mas aceitou esta prova como as precedentes. A esta humilhações juntou-se o cansaço dum velar contínuo. A saúde ressentiu-se. Voltando ao hospital de Treviso, sujeitou-se a uma operação cirúrgica. Mas a recuperação não veio. Morreu no dia 20 de Outubro de 1922, depois de converter, com a sua agonia resignada e serena, o médico-chefe do hospital. E a 11 de Maio de 1961, festa da Ascensão de Nosso Senhor, não chegavam as proporções gigantescas da Basílica de S. Pedro do Vaticano; não chegavam luzes, nem galas, nem cerimónias da liturgia papal, para que João XXIII proclamasse infalivelmente, ao mundo inteiro, a santidade de vida de Soror Maria Bertila Boscardin, que morreu tão simples como tinha vivido. Roma falou, a Roma sagrada, e por entre a perturbação que produzem os grandes contrastes, é exaltada uma mulher simplicíssima cuja vida, sem história aparente, decorre numa penumbra humilde. E esta vida sem brilho transforma-se agora numa luz no candelabro, numa tocha que ilumina a verdade de tantas vidas semelhantes à sua. Ana Boscardin teve a sorte de ter uma mãe extraordinária. Ante a pobreza que sempre rondou o seu lar, ante a iracúndia do marido, ante o mal-estar ambiente, ante as dificuldades de toda a vida, Maria Teresa Benetti cala-se, tem paciência, reza muito e os filhos veem tudo isto. Veem e escutam dos seus lábios palavras sempre suaves, que lhes falam das fé, de Deus, do céu e da paciência.

Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS,PT.

BEATO CONTARDO FERRINI

Leigo (1859-1902)

«A sua fé e vida cristã sempre me pareceram quase milagrosas na sua situação e na nossa época», declarava Mons. Aquiles Ratti, prefeito da Biblioteca ambrosiana de Milão (futuro Pio XI). Na verdade, o nosso Ferrini (1859-1902) nascia na Itália no momento em que este país atravessava uma perigosa crise de crescimento: o zelo pela independência e a unidade misturava-se então con o anticlericalismo. O grande poeta Carducci chamava ao Vaticano «vergonha sem nome», às igrejas «prisões». Na ponte Vítor Manuel, um  grupo patético de pedra esforçava-se por preservar a chama da Liberdade contra o vento que sopra do bairro papal. Em 1881, o corpo de Pio IX, ao ser transferido para S. Lourenço fora dos muros, pouco faltou para que fosse lançado ao rio entre gritos de «Ao Tibre o cadáver!». Todavia, não vamos enegrecer exageradamente o quadro para fazer ressaltar o nosso herói. Rinaldo Ferrini, professor de física geral e tecnologia no Politécnico de Milão, e sua mulher Luísa Buccellati formavam um par profundamente cristão. A 4 de Abril de 1859, um ano exatamente a contar do casamento, tinham um filho que foi batizado com o nome de Contardo nesse mesmo dia. Não lhe ponhamos depressa demais uma auréola. Um dia, Contardinho lembrou-se de lançar um par de chinelos ao fundo dum poço. Grande maroto! Birichino! Aos doze anos, já ajuizado e amadurecido, fez a primeira comunhão. Escrevia um pouco mais tarde a uma irmã mais nova, que se preparava para o mesmo: «Uma combinação eterna, inefável, em que nos comprometemos a não querer senão o bem…, promessa de imperecível amor que nos faça passar através do mundo sem conseguir mesmo compreender como o mal é possível nele; depois disso já não falta senão suspirar pela plenitude da nossa adoração no céu». Contardo era estudante de memória prodigiosa, hábil para versejar e para atingir coisas abstractas. Chamavam-lhe «o Aristóteles». Para apresentar aquele que devia ser um perfeito helenista, seja-nos permitido referir o elogio do jovem Teeteto que Platão atribui a Teodoro: «Aprender com uma facilidade que dificilmente se encontraria noutro, eis o que, por minha parte, eu julgaria impossível, e não vejo disso outro exemplo. Aqueles, na verdade, que têm o espírito penetrante como ele o pensamento pronto e a memória boa, têm em geral também propensão para a ira; dão saltos que os levam como navios sem lastro, e são de temperamento mais impulsivo do que corajoso; aqueles, que pelo contrário, têm mais ponderação lançam-se aos estudos com uma espécie de lentidão e por assim dizer carregados de esquecimento. Mas ele, é com um passo tão igual, tão seguro, e para tão belo resultado, que encara as noções e os problemas com doçura espantosa, como lavra silenciosa uma gota de azeite. Podemos assim admirar-nos de ver uma pessoa tão jovem vencer do modo dito tais dificuldades». E Sócrates, conclui: «A tua descrição é perfeita». Sendo jovem liceísta, Contardo veio pedir a Mons. Ceriani, prefeito da Ambrosiana, lições de hebraico. Depois do hebraico, foi o síriaco. Depois, lições de sânscrito e de copta. Foi estudar Direito em Pavia, em 1876, aos 17 anos. Seu tio, o Padre Buccellati, ensinava lá direito penal. Contardo conheceu, no colégio Borromeu, um internato um tanto análogo aos de Oxford ou Cambridge. Os camaradas viram logo que o recém-chegado era duma pureza escrupulosa. Assim, logo que ele entrava numa sala comum, os patifes começavam com as grandes saídas de obscenidade; e Contardo punha-se a andar. O inverno é frio e húmido em Pavia. O de 1879-1880 foi especialmente rigoroso e só as salas comuns estavam aquecidas. Contardo ficava no seu quarto gelado. «Senhor, escreveu ele, antes a infelicidade que o pecado; melhor uma vida inteira de lágrimas que uma hora de riso inconveniente». A menor alusão ambígua trazia ao seu rosto um trejeito. Nunca olhava para as pessoas de cara. Não ia às festas mundanas, aos serões. Nas carruagens, estar defronte duma senhora levava-o a mudar de lugar. Já na juventude usava o cilício e confessava-se todos os dias. Tinha-se «a impressão de alguma coisa verdadeiramente delicada no capitulo da virtude e de verdadeiramente virginal, que emanava de toda a sua pessoa», notava Mons. Ratti. Com o tempo, estabeleceu-se a paz nesta alma um pouco tensa e inquieta. Por outro lado, não queria ser melancólico. Ouvia-se cantar, desafinado, e foi visto dançar um pouco, no campo, com a irmã. Sorria. A respeito do sorriso escreveu: «É muitas vezes acto de heroísmo, o cúmulo da abnegação, um maravilhoso acto de fé. Essas almas sorridentes são, de verdade, as flores do jardim de Deus; têm o perfume de Cristo. Ele recebeu a unção do óleo da alegria (Sl 44, 8); desta alegria podemos nós participar: ela será tanto maior quanto maior for a caridade». No verão de 1881, fez voto de castidade, com  a aprovação do seu diretor de consciência. Apesar disso ofereceram-lhe raparigas interessantes, boas escolhas. Uma vez diziam-lhe que escolhesse entre duas irmãs; respondeu que se reservava para a terceira: ainda por nascer. Em Junho de 1880 defendeu brilhantemente tese em Pavia; uma dissertação latina sobre a importância de Homero e de Hesíodo para a história do direito penal. Rendeu-lhe uma bolsa de estudos. Foi a Berlim. Lá apreciou muito o catolicismo sério, corajoso, dos militantes aguerridos por causa do Kulturkampf bismarkiano. Aproveitou muito do ensino de grandes juristas, que reconheceram imediatamente o valor excepcional deste jovem italiano. Ferrini era um sábio com gostos de ermitão contemplativo, «santamente tímido». A ciência foi a sua dama. Com muito desinteresse, não procurou no estudo um meio de subir a algum posto lucrativo e agradável. O professorado foi para ele uma espécie de sacerdócio; procurava a verdade para o ensino. Não se especializou nas matérias de êxito fácil, com publicidade assegurada; escolheu o direito penal romano e o direito bizantino. Para esta última disciplina, foi quase um iniciador na Itália. Em 1881, lançou-se a uma edição crítica da paráfrase grega das Institutas de Justiniano, atribuídas a Teófilo, e teve de procurar os manuscritos em grandes arquivos europeus. Em Outubro de 1883, aos vinte e quatro anos, foi encarregado em Pavia dum curso de história do direito penal romano. Depois deram-lhe uma cátedra, criada por ele, de exegese das fontes do direito romano. Concorreu à cátedra de Bolonha, mas foi preferido por um partidário do divórcio. Em 1887 veio ensinar em Messina, e em 1890 em Módena. Em 1894, voltou à faculdade – ao Ateneu – de Pavia. Foi sempre um mestre compenetrado da seriedade do seu ofício e do respeito devido ao auditório. Nuns vinte anos, este homem laborioso redigiu uns 200 trabalhos. Pio XI evocava assim em 1931 a sua obra de sábio: «O trabalho! Trabalho científico no mais alto grau, trabalho de investigação, reflexão e ensino. trabalho que Ferrini realizava com um zelo apaixonado, mas que bem se pode classificar entre os mais áridos, desenvolvendo-se quase integralmente sobre textos antigos, escritas difíceis de decifrar e ainda mais difíceis de compreender. Vimo-la em exercício, mais que uma vez, essa inteligência soberana. Lia à primeira vista textos embrulhados, escondidos em escritas indecifráveis dos séculos antigos: do latim, do grego, do síriaco; pois ele passava com a maior facilidade duma língua à outra. Lia os textos, e ao mesmo tempo captava-lhes o sentido, e, ao correr da pena, apresentava logo a tradução latina ou italiana. Labor muito fatigante, essencialmente difícil e árduo, e que só pode apreciar quem ele tem experiência, labor que se parecer a verdadeiro e longo cilício, trazido a vida inteira». Em vista duma síntese futura sobre Cristo e o direito romano, estudou o pensamento jurídico de Arnóbio, Lactâncio, Minúcio Félix e de Santo Ambrósio. «É necessária, escrevia ele, minuciosa e pacientíssima comparação entre os escritos dos juristas e as obras dos escritores cristãos». Este homem de escritório e biblioteca soube ser um carácter. Afirmou-se, impôs-se com doçura humilde. Em política, era conservador. A sua docilidade às diretrizes pontifícias foi incensurável. Em 1895, era vereador da Câmara de Milão e mostrou-se excelente neste cargo. Um homem que pelo pensamento vivia nos séculos antigos, lutou valentemente pelas boas causas do seu tempo; contra o divórcio; para salvar a infância abandonada. Na família, este sábio mantinha-se como empregadinho, disposto para os deveres enfadonhos que lhe impunha a mãe. Deixava os Digestos para pôr a mesa ou descer à adega, abandonava os livros para recolher lenha. Tinha para com o pai o respeito antigo devido ao paterfamílias. Foi julgada excessiva a sua modéstia. Se recebia um cumprimento por um artigo, um livro, respondia sorridentemente: «Não tem importância!». Tinha o sentido da liturgia, sabia dar honra à sua Missa quotidiana. Diante do tabernáculo, a sua oração parecia-se às vezes com  êxtase: podia-se-lhe pegar no chapéu ou no casaco, sem ele reagir. Em Agosto de 1898, foi visto estar horas em adoração num santuário de montanha. Porque ele era, durante as férias, robusto alpinista. «Faça como se eu fosse um penedo», dizia a quem se apoiava nele durante uma excursão. Levou-o rapidamente desta vida uma febre tifoide em Suana (Novara), a 17 de Outubro de 1902. Pio XI assim o pintou: «De estatura média, forte, harmoniosa, elegante nas linhas; o passo rápido, mas firme, o passo dum caminhante a isso habituado, e que sabe para onde vai; a pena sempre pronta e sábia, a palavra fácil e persuasiva; no rosto um ar de alegria sempre igual, que o não deixou nunca até à véspera da sua morte; mas, sobretudo, neste rosto, uma irradiação de pureza e de amável juventude. O seu olhar tinha todas as doçuras da bondade do coração excelente; os seus olhos e a sua testa vasta tinham o encantador reflexo duma inteligência verdadeiramente soberana». Era terceiro franciscano desde 1886. Citemos algumas passagens do seu regulamento de vida: «… Procurarei ser modelo de mansidão, de doçura, de caridade e humildade. Repararei cada falta redobrando a atenção e procurando sempre as ocasiões de praticar essas virtudes… Quanto ao café, manter-me-ei indiferente e, se possível, não lhe deitarei açúcar. resistirei a desejar gulodices, mesmo parecendo-me precisar delas. Durante o dia farei uma visita a Jesus no Santíssimo Sacramento, recordando-me do Seu amor, da Sua ternura e da Sua doçura inefáveis: irei ter com Ele com espírito de afectuosa confiança e humildade. Conservar-me-ei em união com Ele o dia inteiro com frequentes aspirações e grande pureza de intenção… A caridade espiritual para com os outros será o meu primeiro cuidado: tornar-me-ei humilde e afável. Falando aos outros de Deus, pedir-Lhe-ei que dê fruto ao que digo pela sua ação inefável…» O espírito de pobreza de Contardo era real. Emprestara todas as suas economias, 30 000 francos-ouro, a um amigo que os dissipou num mau negócio. Ferrini não se queixou nem o mínimo. Não tentou recuperar a quantia nem sequer em parte. Sendo professor em Pavia, morava com a irmã numa quinta a 3 quilómetros da cidade. Levantar às cinco e meia, ou 6; voltava ao quarto só às 22 horas. Depois de se entregar às suas devoções em Pavia, almoçava num alojamento que tinha o cunhado na cidade. dava o curso vestindo casaco escuro e usando luvas pretas,. Os professores gostavam de se encontrar no café; Ferrini preferia a biblioteca ou a igreja. Visitava o bispo. Depois de receber os estudantes que lhe desejavam falar, voltava a pé para casa da irmã. Depois do jantar, algumas vezes jogava uma partida de cartas. O dia terminava com o terço rezado em família. A uma pergunta, que um  dia faziam ao porteiro, este respondeu da seguinte maneira: «Nos dias de festa, o professor não é fácil de encontrar. está sempre na igreja, onde tem  muitas coisas para fazer». Ferrini, falecido aos 43 anos, faz pensar no francês Ozanam, falecido aos quarenta anos, em 1853. Ambos mostraram pelo exemplo que a ciência é compatível com o Cristianismo. Ozanam com uma vida mais ativa. Ferrini de maneira mais oculta. Contardo Ferrini foi beatificado em 1947 pelo Papa Pio XII.

Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS,PT.

SANTA IRIA

Mártir (em 653)

Venerada em Espanha e sobretudo em Portugal, esta santa tem uma história romanesca que se conta assim. No reinado de Recesvinto, vivia em Nabância (hoje Tomar), na Lusitânia (Portugal), uma donzela chamada Iria, filha de Ermígio e Eugénia, pessoas de sangue ilustre. Eugénia tinha um irmão, chamado Célio, abade dum mosteiro daquela região. Vendo este a vivacidade e boa disposição da sobrinha, encarregou o monge Remígio, homem douto e religioso, de a instruir nas letras e bons costumes. A menina vivia retirada do mundo em companhia de Casta e Júlia, irmãs de seu pai. Todas costumavam, uma só vez por ano, em dia de S. Pedro, visitar a igreja dedicada a este Apóstolo, que se erguia junto ao palácio de Castinaldo, governador daquelas terras. Também este acudia devotamente à Igreja com a sua família e um filho único, chamado Britaldo, que, ao ver a donzela numa dessas festas, ficou enamorado da sua formosura. Não se atreveu, porém, a manifestar-lhe o seu amor, porque o conteve o amor de Deus e o respeito devido aos pais de Iria e ao abade Célio. Essa paixão reprimida ia-o consumindo dia a dia, sem que nada valesse o carinho da família e o auxílio da medicina. Sabendo do estado do enfermo por divina revelação, Iria decidiu-se a ir visitá-lo, para lhe dizer que a doença não era mortal e que Deus lhe restituiria a saúde, se ele afastasse o mau afecto a que os olhos o tinham inclinado. Alentado com as exortações da santa, o doente tranquilizou-se. Como ela lhe prometesse que não casaria com outro, Britaldo em breve se restabeleceu, e seus pais ficaram a ter maior devoção pelo mosteiro onde Iria estava recolhida, dando-lhe muitas esmolas e privilégios. Passados dois anos, entrou o demónio no coração do monge Remígio, inspirando-lhe um amor impuro pela discípula. Como a santa recusasse as suas solicitações e o repreendesse, o monge ministrou-lhe ocultamente uma beberagem que lhe deu o aspecto de mulher grávida. Britaldo acreditou nos rumores a respeito do mau procedimento de Iria e, julgando que ela tinha faltado à promessa, encarregou um soldado de a matar. Estava ela uma noite a rezar junto do rio Nabão, quando sobreveio o soldado e a degolou, atirando depois o cadáver para a corrente. De manhã, como ela não aparecesse, correu a fama de que tinha fugido com um amante. Conhecendo, porém, a verdade por divina revelação, o abade Célio divulgou o acontecimento e todos começaram a procurar o cadáver pelo Nabão e pelo Zêzere até ao Tejo. Encontraram-no, enfim, junto à cidade de Scálabis. As águas do Tejo afastaram-se da margem e deixaram em seco o sepulcro de mármore dentro do qual estava encerrado o corpo da virgem. Não houve forças humanas que o pudessem removê-lo. espraiou-se outra vez o Tejo e cobriu-o com as suas águas. Por memória, a cidade ficou a chamar-se de Santa Irene, e daí vem o nome de Santarém.

Concluindo esta biografia, a edição portuguesa das Vidas dos Santos, 1955, apresenta esta nota: «Retocamos a lenda apresentada pelo Autor, de harmonia com as lições «próprias» de Lisboa. O caso é atribuído ao ano de 653 e anda contado de modo diverso, num conhecido romance popular». E Santos de Portugal, diz nas páginas 21 e 22: «Com semelhante associação de ideias, e ainda outras mais arrojadas, se adensaram, sobre Santa Iria, a lenda e até o romance tão maravilhosamente que, no seu sermão, o Padre Vieira começou por exclamar, desde o exórdio: «Ó Iria, Virgem entre todas, e em tudo, singularíssima! Singular na vida,  singular na morte, singular na sepultura, e com singularidade, nem antes nem depois de vós, comunicada a outrem, verdadeiramente única!”». Nabância, diz o Ano Cristão, vol. X, p. 270, é o nome antigo de Tomar.

. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS,PT. Ver também www.es.catholic e, ainda, www.santiebeati.it. Comentários a P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

 

SÃO CAPRÁSIO

Mártir

Mártir em Agem, França, depois de presenciar os tormentos que sofreu a virgem Santa Fé. Celebra-se a 20 de Outubro. Outro Caprásio foi ermitão dos Vosgos, França, o qual, em união com Santo Honorato, fundou o mosteiro de Letrins. Foi bispo de Arles e morreu pelo ano de 430. É celebrado no dia 1 de Junho. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS,PT.

Honório, Santo
Outubro 20 Abade

Honorio, Santo

Honório, Santo

Abade

Fregenal de la Sierra (Badajoz) remonta suas origines ao ano 580 antes de Cristo, quando a povoaram os celtas da Lusitânia, chamando-a Nertóbriga.
Inscrições romanas confirmam a presença do Novo Imperio de Lácio. Foi sede episcopal, que no reinado de Wamba já havia sido extinta. Depois foi vila dos templários com seu castelo como praça forte e com as encomendas de Higuera e Bodonal.
Um dos quatro santos que figuram na sua história cristã foi santo Honório, abade. Numa lápida achada na ermida de São Miguel lê-se a seguinte inscrição: "In nomine Domini respicis augustum praeciosa rupe supulcrum. Hospitium Beatissimi Honorii abbatis caelestia tenentis regna. In saecula saeculorum amen. Hic tumullus Honorii abbatis".
Assim, sabemos de sua vida exemplar, de suas orações e penitências, do testemunho ante os cristãos da primeira época. Nos fica o desejo de dar a Deus, seguindo seus passos, o melhor de nosso tempo.

Leopardo, Santo
Outubro 20 bispo,

Leopardo, Santo

Leopardo, Santo

Outubro 20  - bispo

Etimologicamente significa “ leão atrevido”. Vem da língua alemã.
Jesús disse: “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; chamai e se vos abrirá”.
Leopardo foi bispo no
século V.
Há dois santos com o nome de Leopardo e outro com o de Leopardino.
O primeiro Leopardo importante foi aquele que esteve relacionado com a cidade encantadora de Aquisgrán, capital de Carlomagno e em que foi coroado.
O segundo Leopardo é o patrono da cidade de Osimo, e a ele está dedicada a catedral, românica ainda que com reminiscências antigas do
século VII.
É provável que a catedral ocupe agora o lugar que antes ocupava o Capitólio da Antiga Auximium romana com as termas e o templo dedicados a Igea e Esculápio, as duas divindades pagãs encarregadas da saúde dos habitantes.
O culto a santo Leopardo de Osimo é antigo. Remonta ao menos ao ano mil.
Viveu no século V em tempos do Papa Inocêncio I e dos imperadores Valentiniano e Teodósio.
Ainda que hoje seja muito raro este nome e ninguém, na prática, o leve, sem embargo, naqueles tempos era a coisa mais normal do mundo que se pusesse aos filhos na região de Osimo, Itália.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Jerzy Popieluszko, Beato
Outubro 20 Sacerdote e Mártir,

Jerzy Popieluszko, Beato

Jerzy Popieluszko, Beato

Sacerdote e Mártir

Nos arredores de Wloclawek (Polónia), Beato Jerzy Popieluszko, sacerdote diocesano assassinado por ódio à fé. ( 1984)
Data de beatificação: 6 de junho de 2010 durante o pontificado de Bento XVI.

Jerzy Popiełuszko nasceu em 14 de setembro de 1947 em Okopy perto de Suchowola (Polónia), foi um sacerdote católico, associado com o sindicato Solidariedade. Foi assassinado pela agência de inteligência interna comunista operada pelos soviéticos, a Służba Bezpieczeństwa.
Jerzy Popiełuszko era um sacerdote carismático que foi primeiro enviado aos grevistas na fábrica de aço de Varsóvia. Logo, se associou com trabalhadores e sindicalistas do movimento Solidariedade, que se opunham ao regime comunista polaco. Era um acérrimo anticomunista e, em seus sermões, intercalava exortações espirituais com mensagens políticas que criticavam o sistema comunista e motivavam as pessoas a protestar. Durante o período de vigência da lei marcial, a Igreja Católica foi a única força que pôde ter uma voz de protesto comparativamente aberta, com a celebração regular de missas que apresentavam oportunidades para as reuniões públicas nas igrejas.
Os sermões de Popiełuszko eram normalmente transmitidos por Rádio Free Europe, com a qual se viu famoso ao longo de toda Polónia por sua postura intransigente contra o regime. A Służba Bezpieczeństwa tratou de o silenciar ou intimidá-lo. Quando estas técnicas não funcionaram, fabricaram evidência contra ele. Assim, foi preso em 1983, mas cedo foi libertado pela intervenção do clero e perdoado por uma amnistia.
Encenou-se um acidente automobilístico para assassinar a Jerzy Popiełuszko em 13 de Outubro de 1984, mas conseguiu escapar com vida. O plano alternativo era sequestrá-lo e foi levado a cabo em 19 de Outubro de 1984. O sacerdote foi golpeado e assassinado por três oficiais da policia de segurança. Logo, seu corpo foi lançado ao interior do Reservatório do rio Vístula, perto de Włocławek, onde foi recuperado em 30 de Outubro de 1984.
As notícias do assassinato político causaram uma comoção em toda Polónia e os assassinos e um de seus superiores foram condenados pelo crime. Mais de 250.000 pessoas assistiram ao funeral do sacerdote, incluindo a Lech Wałęsa, em 3 de novembro de 1984. Apesar do assassinato e de suas repercussões, o regime comunista permaneceu no poder até 1989. Em 1997, a Igreja Católica começou o processo para sua beatificação; para o ano 2008 já se encontrava com o estatuto de Servo de Deus.
O conhecido compositor polaco Andrzej Panufnik escreveu seu Bassoon Concerto (1985) em memória de Popiełuszko. O documental de Ronald Harwood A morte deliberada de um sacerdote polaco foi estreado no teatro Almeida em Londres em Outubro de 1985, como um cenário do julgamento aos assassinos de Popieluszko.

Aurora, Santa
Outubro 20 Biografia,

Outubro 20

Etimologicamente significa “ “brilhante”. Vem da língua latina e tem origem indo-europeia.
Muitas vezes é importante buscar a vida dos santos. Quando se está en sintonia com eles e elas, os projetos de nossa vida adquirem um matiz novo e até um belo encanto.
Eles não são seres longínquos, mas sim de muito perto. Com o exemplo de suas virtudes nos animam cada dia a prosseguir nosso caminho pela conquista da santidade que, ao fim e ao cabo, é a melhor carta de identidade, a melhor credencial para se presentar ante Deus, quando no fim de nossa existência, ele nos julgue pelo amor e a entrega.
É justamente a festa de santa Aurora ou Orora se celebra no dia 20 de Outubro segundo consta nos diversos santorais que consultei. Um mês belo do outono en que talvez o brilho do sol adquire uma beleza distinta.
A data e ou a origem desta santa permanece desconhecida.
O que se sabe é que é muito venerada na preciosa Ilha de Man ( no sul de Inglaterra).
É uma pena que sua história se haja perdido por causa das invasões e guerras..
Não obstante, o que há de certo é que o bispo Mark de Sodor celebrou um sínodo na igreja de são Bradan e Aurora no ano 1291.
Mais tarde, no século XVI, os beneditinos escreveram notas acerca da bela igreja situada na sem par Ilha de Man, com o fim de que todo el mundo soubesse algo da história desta jovem e da grande devoção que por ela sentiam os habitantes desse lugar paradisíaco.
¡Felicidades a quem leve o nome de Aurora!
“Todo o humano, se não avança, deve retroceder” ( Gibbon).

Jacobo de Strepa, Beato
Outubro 20 bispo,

Jacobo de Strepa, Beato

Jacobo de Strepa, Beato

Bispo da Primeira Ordem

Jacobo de Strepa, de nobre família polaca, nasceu em 1340. Muito jovem ingressou na Ordem dos Irmãos Menores. Por muitos anos exerceu o ministério na Rússia, foi vigário geral daquela missão e trabalhou ativamente pela unidade dos cristãos. Eleito bispo de Halicz, cuja sede metropolitana foi logo mudada a Leópoli.
Como obispo y pastor de almas, Jacobo de Strepa se consagró por entero a las necesidades de la diócesis y se mostró modelo perfecto del pastor de almas. En muchos distritos el número de las iglesias era insuficiente para las necesidades de la población, para remediarlo, hizo construir nuevas iglesias, erigió nuevas parroquias y colocó allí sacerdotes de probado celo. Fundó también casas religiosas para multiplicar los medios de santificación, edificó hospitales, proveyó a los pobres con largueza y generosidad. Las rentas de su obispado eran enteramente destinadas al mantenimiento de los lugares de culto y a la caridad y beneficencia para con los pobres y necesitados.
El celoso pastor se esforzó por infundir la fe en los fieles con prácticas de devoción que produjeron frutos abundantes de santidad. Amó con tierno y filial afecto a la Santísima Virgen. En su escudo episcopal colocó la imagen de la Madre de Dios que también había hecho esculpir en su anillo pastoral. Difundió ampliamente el culto a la Santísima Virgen. Todas las tardes el pueblo se reunía en las iglesias para rezar el Rosario y otras oraciones a la Virgen. La Eucaristía fue el centro irradiador de toda su vida. En Leópoli instituyó la adoración perpetua. Tuvo la alegría de ver reflorecer en su diócesis la piedad y la moral.
Recorrió su extensa diócesis a pie, vestido con el hábito franciscano, sembrando en su camino la palabra de Dios, uniendo a su apostolado activo una vida de austeridad y de penitencia. Nombrado senador en el consejo de su patria, dio sabios consejos e hizo tomar importantes y útiles decisiones. Por su interés se frenaron en el territorio polaco las incursiones de los bárbaros, los enemigos fueron rechazados. Después de 19 años de dinámico episcopado el Beato Jaime fue a recibir el premio de sus trabajos. Murió el 20 de octubre de 1409. Por sus excepcionales méritos civiles fue proclamado defensor y custodio de su patria. Fue sepultado en la iglesia de los franciscanos de Leópoli, vestido con el hábito religioso y con las insignias pontificales. En su tumba se produjeron milagros. Su culto se difundió en Polonia, Lituania y Rusia, de donde en un tiempo venían numerosos peregrinos para invocar su protección. En su exhumación realizada en 1419, su cuerpo fue encontrado incorrupto.
Su culto fue aprobado por Pio VI el 11 de septiembre de 1790

Jakob Kern, Beato
Outubro 20 Sacerdote,

Jakob Kern, Beato

Jakob Kern, Beato

Francisco Alejandro Kern, nasceu em Viena, Áustria, em 11 de abril de 1897, provinha de uma modesta família vienense de operários. A primeira guerra mundial o impediu bruscamente prosseguir seus estudos no seminário menor de Hollabrunn.
Uma grave ferida de guerra converteu-se num calvário, como ele mesmo dizia, sua breve existência terrena no seminário maior e no mosteiro de Geras.
Por amor a Cristo não se aferrou à vida, mas ofereceu-a conscientemente pelos demais. Num primeiro momento queria ser sacerdote diocesano. Mas um acontecimento o fez mudar de caminho. Quando um religioso premonstratense abandonou o convento, filiando-se na Igreja nacional checa que se havia formado após a recente separação de Roma, Jakob Kern descobriu sua vocação neste triste evento. Quis reparar a ação daquele religioso. Jakob Kern ocupou seu lugar no mosteiro de Geras.
Su enfermedad, sin embargo, progresó cruelmente. Durante la estación de Pascua de 1923 contrajo influenza, sus heridas de guerra descargaban pus. Como una consecuencia una costilla debió ser extraida. Debido a su condición debilitada los doctores tenían que operar sin anestesia. El paciente soportó el dolor con conciencia llena y incluso se disculpó al cirujano por causar tanto problema.
Pareció recuperarse después de una corta estancia en Meran, pero sus pulmones se deterioraron rápidamente. Su profesión solemne estaba fijada pra el 20 de octubre de 1924, pero una nueva cirugía se programó para ese mismo día. Al recibir la sagrada comunión el día preiva a su operación dijo: "Mañana será mi última sagrada comunión. Yo celebraré mi profesión solemne en cielo". Él murió durante la cirugía y fue enterrado en Geras cinco días despues.
El beato Jakob Kern se nos presenta como testigo de la fidelidad al sacerdocio. Al inicio era un deseo de infancia que se expresaba imitando al sacerdote en el altar. Sucesivamente, el deseo maduró. A través de la purificación del dolor, apareció el profundo significado de su vocación sacerdotal: unir su vida al sacrificio de Cristo en la cruz y ofrecerla en sustitución por la salvación de los demás.
Fue beatificado por Su Santidad, Juan Pablo II, el 21 de Junio de 1998

 

74465 > Sant' Adelina di Mortain Badessa MR
74460 > Sant' Alderaldo di Troyes Arcidiacono MR
74455 > Sant' Andrea in Crisi (o il Calibita) Monaco  MR
94757 > Beato Berengario Aleman de Pellpuig Mercedario
74440 > San Caprasio di Agen Martire  MR
91032 > San Cornelio il centurione  MR
94759 > Beato Diego de Cervantes Mercedario 
90373 > Beato Giacomo degli Strepa (Strepar o Strzemie) MR
74450 > Sant' Irene del Portogallo Martire 
91195 > Beato Jakob Kern Sacerdote premostratense  MR
90484 > San Leopardo di Osimo Vescovo 
35100 > Santa Maria Bertilla Boscardin Vergine MR
94760 > Beata Maria di Gesù Vergine mercedaria 
74445 > San Sindulfo (Sindolfo) Eremita  MR
74451 > San Vitale di Salisburgo Vescovo  MR

 

 

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António Fonseca

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nº 1160 - 19 DE OUTUBRO DE 2010–SANTOS DO DIA

Pedro de Alcântara, Santo
Outubro 18 Penitente

Pedro de Alcántara, Santo

Pedro de Alcântara, Santo

Penitente Estrela

Estrela Esta biografia conforme podem verificar já foi ontem, dia 18/10, publicada neste blogue, através do site www.es.catholic.net/santoral, (que aproveito para transcrever hoje novamente) mas sob texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

Descendente de família nobre, Pedro Gavarito nasceu em 1499, em Alcântara (Extremadura espanhola). Estudou em Salamanca e entrou aos dezasseis anos para a Ordem, dos Franciscanos, em Manxarretes. Durante cerca de vinte anos, pregou em Espanha e Portugal, e desempenhou os cargos de provincial e de comissário geral da Ordem; morreu no convento de Arenas, em 1562. É um dos grandes místicos espanhóis do século XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano. Escreveu um Tratado da Oração Mental que Santa Teresa, Luís Granada e S. Francisco de Sales consideravam obra-prima. O papa Gregório XV declarava encontrar nesse livro «uma luz brilhante para guiar as almas ao céu e uma doutrina ditada pelo Espírito Santo», e quando beatificou o seu autor, em 1623, concedeu-lhe o título de «Doutor de teologia mística».Declarou a santa Teresa que tinha vivido três anos num convento sem levantar os olhos, conhecendo os confrades apenas pela voz, Andava sempre descalço, sem sandálias; durante 40 anos, só comeu de dois em dois dias; só dormia duas horas por dia. Já na agonia e devorado de febre, recusou o copo de água que lhe ofereciam, suspirando: «Jesus, também suportou a sede, pregado na cruz!». A mesma Santa escreveu sobre ele o seguinte: «´É à afeição que  me dedicava que devo as confidências que me fez. Contou-me que dormia sentado no chão e com a cabeça encostada à parede. Não tinha senão a pele sobre os ossos quando o conheci. Dir-se-ia que tinha um corpo formado com raízes de árvore. Ele, tão afável e de palavras tão saborosas, não falava se não era interrogado. Apareceu-me um ano antes da sua morte, embora estivesse a várias léguas daqui; apareceu-me no momento da sua morte; continua a aparecer-me frequentemente, guiando-me. ajudando-me, consolando-me, mais ainda depois que está na glória do que antes». Quanto aos gritos que o Santo lançava no êxtase, santa Teresa acrescenta: «Vários dos que os ouviram persistem em dizer que estava doido. Feliz doidice, minhas irmãs; oxalá nós participássemos todas dela». Esteve S. Pedro de Alcântara duas vezes em Portugal: a primeira, chamado por D. João III para sua consolação e direcção espiritual; e a segunda para, no convento da Arrábida, com alguns portugueses, dar princípio à reforma dos Franciscanos arrábidos ou Alcantarinos. Quando lhe anunciaram que estava a morrer, murmurou: Laetatus sum in his quae sunt mihi – «Regozijo-me com o que dizem, vou para a casa do Senhor»?. Depois da morte apareceu aureolado de glória a Santa Teresa e disse-lhe: «Bendita seja a penitência que me valeu tal recompensa». A célebre carmelita venerava-o como benfeitor insigne; foi ele, com efeito, quem a amparou quando todos se lhe opuseram, ou a abandonaram. Foi ele que lhe obteve autorização para fundar em Ávila, o seu primeiro convento de carmelitas «descalças». E, tendo passado pelos mesmos estados místicos, só ele compreendeu Teresa e a animou; apesar de toda a oposição, declarou-lhe estar convencido que Deus a destinava para reformar o Carmelo. Pedro de Alcântara introduziu na sua Ordem uma reforma severa, da qual saiu um a plêiade de santos. Cada convento de «alcantarinos» não podia ter mais de oito religiosos que faziam cada dia três horas de oração mensal. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também, como acima informo, www.es.catholic e ainda, www.santiebeati.it

 

SANTOS JOÃO DE BRÉBEUF, ISAAC JOGUES

e Companheiros

ANTÓNIO DANIEL, GABRIEL LALEMANT, CARLOS GARNIER, NATAL CHABANEL

e ainda,

RENATO GOUPIL e JOÃO DE LA LANDE

Mártires (século XVII)

Neste dia celebram-se oito mártires franceses, da Companhia de Jesus, que se dedicaram ao duríssimo trabalho missionário entre os Hurões; cinco sacerdotes sofreram com extraordinária fortaleza um martírio atroz no território do atual Canadá: João de Brèbeuf (16 de Março de 1649), António Daniel (4 de Julho de 1648), Gabriel Lalemant (17 de Março de 1649), Carlos Garnier (7 de Dezembro de 1649) e Natal Chabanel (8 de Dezembro de 1649); os outros três – o sacerdote Isaac Jogues (18 de Outubro de 1646) e os irmãos coadjutores Renato Goupil (29 de Setembro de 1642) e João de La Lande (19 de Outubro de 1646) – ofereceram heroicamente o sacrifício supremo em território dos atuais Estados Unidos da América do Norte. Foram todos canonizados por Pio XI em 1930. De entre os oito mártires, salientamos as suas duas figuras principais, João de Brébeuf e Isaac Jogues.

Condições de evangelização – A missão entre os Hurões – na qual se exerceu principalmente o apostolado de Brébeuf, Jogues e seus companheiros – pode ser considerada como uma das mais difíceis de todos os tempos. Estes missionários conheceram, de facto, condições tremendas de clima, alimentação e alojamento. Através dum país de grandes dimensões (Canadá e Norte dos Estados Unidos), venceram distâncias de várias centenas de quilómetros em frágeis embarcações de troncos de árvore. Viagens que se tornavam estafantes por causa das coisas que era preciso transportar dum rio para outro rio, das caminhadas nas florestas, das nuvens de mosquitos, das dificuldades de abastecimento e da ausência de higiene dos índios. No Inverno, após grandes percursos, de patins, na neve, como único abrigo encontravam, ou uma cabana  feita com  abetos, dentro do qual o vento circula com tanta liberdade como fora, ou umas choças miseráveis, sem janelas, onde se amontoam pessoas a e animais, enquanto o ar se vai carregando com o cheiro penetrante de peixe e o fumo ataca a garganta, o nariz e os olhos. Depois, foi, durante anos, a aprendizagem duma língua nova, sem qualquer laço de parentesco com as línguas europeias, para compor, à custa de inauditos esforços, um dicionário e uma gramática que permitissem balbuciar, em hurão, os rudimentos da doutrina cristã. A todas estas provas, veio juntar-se o espectro, mais temível ainda, do insucesso. Com efeito, depois duma fase bastante reconfortante da amizade, os missionários encontraram, por parte daqueles a quem vinham pregar o Evangelho, resistência crescente e obstinada. Esta devia atribuir-se, segundo Brébeuf, a três factores; imoralidade dos Hurões; apego aos seus costumes; e sucessivas epidemias, a responsabilidade das quais eles atribuíam aos missionários; estas epidemias, em poucos anos, reduziram a 12 000 uma população de 30 000 habitantes. De 1636 a 1641, a missão viveu constantemente num, clima de ameaças, perseguições e tentativas de morte. Como consequência, o ritmo das conversões foi desesperadamente lento. Só em 1637, após seis anos de trabalho duro, é que Brébeuf pôde por fim batizar um adulto com saúde (isto é, não em perigo de morte). Em 1641, a missão não tinha ainda mais de 60 cristãos. A partir de 1642, hordas de Iroqueses envolvem com uma imensa rede todo o país dos Hurões. Começam então grandes desastres que continuarão até 1649; ataque aos comboios de canoas ou de gente a pé, correspondência dos missionários apanhada e destruída, Hurões e Franceses capturados, torturados e chacinados, aldeais saqueadas e incendiadas. Tantas desgraças tiveram como desenlace trágico o esmagamento dos Hurões e o martírio daqueles que tinham dado a sua vida para anunciar o Evangelho.

Princípios espirituais – Num contexto destes, a mediocridade não podia ter lugar. Era preciso optar pelo heroísmo, ou abandonar a missão. De facto, os missionários dos Hurões foram todos homens duma vida religiosa excecional. Vários dos que não receberam a graça do martírio, eram dignos dela; e os que foram martirizados, já eram verdadeiros Santos. Todos esses homens formados pelos Exercícios Espirituais de Santo Inácio, que prosseguiram sendo, para eles, a experiência determinante da sua vida. Cristo é para eles uma presença viva: companheiro de viagem, de solidão, de apostolado, de sofrimento, de martírio. Em seus escritos, a presença de Cristo aflora em todas as linhas. Como S. Paulo, foram eles atraídos por  Cristo e não vivem senão para Ele. O seu amor vai principalmente para Cristo Crucificado. Vários deles pediram a missão do Canadá, porque nela se sofria mais por Cristo. Para alguns, como Brébeuf e Jogues, esta preferência é acompanhada duma verdadeira vocação à cruz. Entre as influências que marcaram a vida espiritual destes Mártires, é também preciso mencionar a do Padre Luis Lallemant, cuja forte personalidade domina toda esta geração de jesuitas.

Figuras dominantes: – Brébeuf e Jogues – As duas figuras dominantes do grupo são as de S. João Brébeuf e Santo Isaac Jogues. Três textos principais marcam a evolução espiritual do primeiro: em 1631, promessa de servir a Cristo até à morte do martírio; entre 1637 e 1639, voto de não recusar nunca a graça do martírio; em 1645, voto do mais perfeito. A vida de Brébeuf aparece-nos assim toda ela inscrita sob o signo da cruz e atravessada pela graça do martírio que desponta nos primeiros dias da sua vida religiosa e cresce até se transformar no fogo que o consome. «Jesus Cristo é a nossa verdadeira grandeza, escreve em 1635; é só a Ele e à  Cruz que devemos buscar correndo atrás destes povos». No decurso dum período de perseguições, depois de ter sido insultado, escarnecido, espancado e assaltado pelos poderes infernais, Cristo confirma-o na sua vocação para a cruz: «Volta-te para Jesus Cristo crucificado: que Ele seja, de hoje em diante, a vítima consagrada ao sacrifício. «O que aparece com mais frequência nas suas Memórias, observa Ragueneau, são os sentimentos que tinha de morrer pela glória de Jesus Cristo… desejos que se mantinham oito ou dez dias seguidos». O martírio, no termo duma vida assim, é apenas uma recapitulação, a derradeira oferta. Em Brébeuf, encontram-se e harmonizam-se dois extremos: por um lado, o homem  realista, amigo da tradição, organizador da missão, humilde religioso; e, por outro lado, o apóstolo que se oferece para todas as loucuras da cruz. Ao lado de Brébeuf, contrasta a personalidade de Jogues. Não foi nem fundador nem superior da missão: Foi sempre, um subalterno. Se não fosse o incidente da sua prisão, todo o seu apostolado se teria desenvolvido na obscuridade. É uma alma delicada, duma extrema sensibilidade, sempre pronto a emocionar-se; alma de humanista cuidadoso ma expressão: homem que desconfia de si, do seu parecer, das suas iniciativas pessoais. E, no entanto, a graça fez deste homem um Santo. A consciência das suas fraquezas, fá-lo admirador de seus companheiros e magnânimo para com eles. A sua obediência enche-o de silenciosa coragem. A sua sensibilidade inspira-lhe para com os selvagens, seus algozes, gestos de ternura maternal. O seu coração, que nasceu para as grandes amizades e sempre pronto a vibrar, a compadecer-se, fez dele um apaixonado de amor a Cristo, sobretudo a Cristo que sofre. Como Brébeuf, conheceu na ação as noites purificadoras di insucesso e sofrimento. Como ele, recebeu uma vocação especial para a cruz. E como ele também, foi favorecido de graças místicas, todas dominadas pela presença do martírio.

Sementes de cristãos – A missão dos Hurões desapareceu com o martírio dos que a fundaram. Da própria tribo, não restavam, em 1650, mais que umas centenas de sobreviventes. A dispersão dos Hurões teve como efeito a propagação da fé entre os povos da bacia dos Grandes Lagos do Canadá e das margens do Rio Hudson. Estes convertidos formaram o núcleo das cristandades que os jesuitas irão fundar entre os Iroqueses e os povos do Oeste. Por um desígnio misterioso de Deus. A salvação dada aos Hurões no sangue dos mártires, germinou e propagou-se por toda a América Setentrional. Por eles, a luz brilhou nas trevas. Em cada época, a igreja descobre de novo a Cristo e esta descoberta é marcada por um novo esforço missionário. Os jesuitas missionários que largaram de França no século XVII, formados pelos Exercícios de Santo Inácio, descobriram a Cristo no sinal do seu chamamento supremo à Caridade: a Cruz. Só um amor apaixonado a Cristo, que Se deu e entregou pelos homens até à maior prova de amor, pode explicar a presença na América do Norte deste grupo de jovens missionários de zelo tão inflamado. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver tambérm, www.es.catholic. e www.saqntiebeati.it

Isaac Jogues, Santo
Outubro 19 Mártir Jesuita,

Isaac Jogues, Santo

Isaac Jogues, Santo

Sacerdote e Mártir

Etimologicamente significa “aquele a quem Deus sorri”. Vem da língua hebraica.

EL HOMBRE DE ORLEANS

Isaac Jogues, nació en Orleans, el 10 de enero de 1607, era el quinto de nueve niños. A la edad de diez él asistió a las escuelas Jesuítas, y, cuando tenía diecisiete, decidío volverse jesuita. Una vez aceptado, entró en el noviciado de Rouen y tenía el privilegio de ser dirigido por Louis Lalemant Padre, maestro de religion y vida espiritual.

Después de dos años de noviciado Jogues siguió sus estudios en la Universidad de La Fle y en 1629 empezó a enseñar en Rouen humanidades a los jóvenes franceses. Él era un maestro exitoso, porque era un humanista dotado con un notable dominio del idioma. Cuatro años después retomó al estudio de teología en Clermont (París), y, después de tres años, se ordenó sacerdote en la capilla a Clermont.

Era 1636, y Jogues se sintió listo para el trabajo de misionero en Nueva Francia, un apostolado que él había anhelado.

Sus hermanos jesuítas habían lanzado la misión en Nueva Francia en 1625 mientras Jogues todavía era un novicio. En 1626, ellos habían enviado al famoso Jean de Brebeuf a abrir otra misión entre el Hurons, 900 millas tierra adentro. Éste era un apostolado muy difícil y exigente, pero Jogues deseaba ir.

De los primeros años de Jogues como jesuita, el Padre Jacques Buteux, un amigo, dijo: "fue amado por Nosotros como ser muy gentil y por estar muy atento de nuestro estilo de vida."

El jóven sacerdote jesuíta partió de Dieppe, el 8 de abril de 1636, y ocho semanas después su nave dejó caer ancla en la Bahía de Chaleurs. Él localizó Quebec sólo varias semanas después, el 2 de julio.

EN TERRITORIO HURÓN

En una carta a su madre, datado el 20 de agosto de 1636, enviado desde Three Rivers, Jogues describió su llegada, estado de salud y las impresiones iniciales. Él también agregó una breve pero importante posdata: "He recibido órdenes de estar listo para proseguir hacia la misión en territorio Hurón en dos o tres días".

El 24 de agosto, Jogues se embarcó en una canoa con cinco Hurons que habían venido a comerciar y hiban de regreso a su territorio. Sería un viaje tranquilo para el nuevo misionero con el poco familiar idioma Hurón. De hecho, este primer viaje a debe de haber sido uno de los eventos memorables en las vidas de estos o de cualesquiera otros viajeros a territorio Hurón en el futuro. Jogues nos ha dejado algunas de sus impresiones del viaje.

Mencionó que su única comida para la jornada era maíz indio, aplastó entre dos piedras y hervido en agua sin ningún aliño; durmiendo en precipicios altos a orillan del río Ottawa, al aire libre y bajo la luz de la luna; la incomodidad de viajar en una canoa atestada, sin poder cambiar de posición o estirar los músculos acalambrados; el silencio forzado por no conocer una palabra del lenguaje indigena; y las costumbres extrañas y bruscas de sus compañeros de viaje.

Había también los acarreos interminables alrededor de los rápidos y cascadas tan abundantes en el río de Ottawa. Y todavía, pese a todos los riesgos usuales del viaje, el grupo de Jogues hizo un tiempo excelente. Ellos tomaron sólo diecinueve días para cubrir una distancia que normalmente tomaba veinticinco a treinta. Jogues desembarcó de su canoa en Ihonatiria el 11 de septiembre.

Algunos años más tarde, retornando de Quebec a su misión fueron enboscados por los Iroquis, los más grandes enemigos de los Hurones, entre los pocos sobrevivientes se contaba Jogues quien terminó como prisionero.

Incluso entre los mártires Isaac Jogues es algo único, porque estubo bajo arresto algunos años de martirio antes de que le llegara la muerte con un tomahawh. En cierto sentido, nosotros podríamos decir que el martirio de Jogues duró de 1642 a 1646.

La verdadera grandeza de Jogues sólo surgió bajo la tensión de la captura y el sufrimiento increíble. Era como que si su conocidos nunca hubieran conocido la profundidad de su fe y amor hasta que fue probado en el fuego de tortura y cautiverio Iroqui. Eso ocurrió en 1642 cuando Jogues se fue tomado prisionero cerca de Sorel.

San Isaac Jogues fue canonizado el 26 de junio de 1930, conjuntamente con Juan de Brébeuf, Natal Chabanel, René Goupil, Juan de La Lande, Antonio Daniel, Gabriel Lalement y Carlos Garnier. Un grupo de "amigos en el Señor", en la tierra y en el cielo.

Para ver mais sobre os mártires no Canadá faz "click" AQUI. Como se observa este nome faz parte também do texto anterior mencionado exatamente antes deste – embora seja uma transcrição feita através de www.jesuityas.pt

Mártires de Canadá
Outubro 19 Mártires no Canadá,

Mártires de Canadá

Mártires de Canadá

Martirologio Romano: Santos mártires Juan de Brébeuf e Isaac Jogues, presbíteros, y compañeros de la Compañía de Jesús, en el día en que san Juan de la Lande, religioso, fue asesinado por los paganos en el lugar llamado Ossernenon, entonces en territorio del Canadá (hoy Auriesville, estado de Nueva York), el mismo lugar donde algunos años antes había conseguido la corona del martirio san Renato Goupil. Son venerados conjuntamente sus santos compañeros Gabriel Lalemant, Antonio Daniel, Carlos Garnier e Natal Chabanel, que en la región canadiense, en días distintos, después de fatigar en la misión del pueblo de los hurones para anunciar el evangelio de Cristo a aquellos pueblos, terminaron muriendo mártires (1642-1649).

Ocho fueron los santos mártires de Canadá, que a comienzos del siglo XVII dieron sus vidas por la evangelización de las poblaciones indígenas que habitaban las regiones donde hoy se encuentran las ciudades de Quebec y Montreal.

Los primeros en llegar fueron misioneros franciscanos, pero en 1623 llegaron a Canadá los jesuitas, quienes se dedicaron con entusiasmo a la misión entre los indios hurones y a la fundación de los poblados de San José, San Ignacio, San Luis y Santa María.

En 1642, estas misiones fueron atacadas por los temibles iroqueses, que vivían al sur de los lagos San Lorenzo y del Ontario y se desencadenó una guerra implacable durante la cual fueron hechos prisioneros el Padre Isaac Jogues, y el hermano Renato Goupil, que fue muerto por un indio, enfurecido por verlo predicar a los verdugos. El padre Jogues, después de trece meses de cautiverio fue bárbaramente mutilado y perdió la vida en el martirio junto con otro sacerdote jesuita, el Padre Juan Ladande.

Después de un período de paz, los iroqueses ocuparon nuevamente el país hurón y arrasaron la misión de San José, dando muerte al Padre Antonio Daniel. Más tarde desbastaron San Ignacio, San Luis y Santa María, dando muerte en martirio a los Padres Juan Brébeuf y Daniel Lalemant.

Después fue desbastada la misión de San Juan Bautista, matando al Padre Carlos Garnier. También murió el Padre Natal Chabanel, quien poco antes había dicho: "Esta vida vale poco; en cambio, la felicidad del cielo no me la podrán arrebatar los iroqueses".

La lista de estos 8 santos es la siguiente:

Natal Chabanel;

Juan Brébeuf;

Isaac Jogues;

Renato o René Goupil;

Juan de La Lande:

Antonio Daniel;

Gabriel Lalement y

Carlos Garnier.

Para ver más sobre los mártires Canadá haz "click" AQUI . Ver atrás, 2º texto deste blogue

Antonio Daniel, Santo
Outubro 19 Mártir,

Antonio Daniel, Santo

Antonio Daniel, Santo

Nacido a Dieppe, en Normanía, el 27 de mayo de 1601.

Después de estudiar dos años de filosofía y un año de ley, ingresó en la Sociedad de Jesús en Roma, 1, Octubre, 1621.

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Enviado a Canadá en 1633 él se acantonó primero en el Cabo Bretón, donde su hermano Captain Daniel había establecido un fuerte francés en 1629. Durante dos años él tubo a cargo en Quebec una escuela para los niños indios

En el verano de 1648, los Iroquis hicieron un súbito ataque a la misión mientras la mayoría de los braves de Hurón estaban ausentes. El Padre Daniel hizo todo lo posible por ayudar a su gente. Antes que las murallas sean escaladas él sea había apresurado a la capilla, donde mujeres, niños, y ancianos se reunieron para recibir la absolución general y se bautizó a los catecúmenos. El propio Daniel no hizo ningún esfuerzo por escapar, más bien esperó serenamente al enemigo. Capturado por los salvajes fue ejecutado bajo una lluvia de flechas.

Esto ocurrio en Teanaostae, cerca de Hillsdale, en el Condado de Limcoe, Ontario, Canadá, el 4 julio de 1648.

San Antonio Daniel fue canonizado el 26 de junio de 1930, conjuntamente con Juan de Brébeuf, Isaac Jogues, René Goupil, Juan de La Lande, Natal Chabanel, Gabriel Lalement y Carlos Garnier. Un grupo de "amigos en el Señor", en la tierra y en el cielo.

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SÃO PAULO DA CRUZ

Outubro 19 O místico do Calvário,

Pablo de la Cruz, Santo

Pablo de la Cruz, Santo

O místico do Calvário

Martirologio Romano: São Paulo da Cruz, presbítero, que desde sua juventude se destacou por sua vida penitente, seu zelo ardente e sua singular caridade a Cristo Crucificado, em que via nos pobres e enfermos. Fundou a Congregação dos Clérigos Regulares da Cruz e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. (1775)

Etimologicamente: Paulo = Aquele que é pequeno ou débil, é de origem latina.

El día 3 de enero de 1694 en la pequeña ciudad Ovada, cerca de Alejandría. al norte de Italia, nació Pablo Francisco Danei Massari. Es el siglo XVIII, también llamado "siglo de las luces" pues, en general, se pensaba que la inteligencia humana es la única autoridad y que la fe y la revelación son un obstáculo al desarrollo de la humanidad.

Pablo vivió su niñez en un hogar auténticamente cristiano, desde el cual experimentó las alegrías y los sufrimientos de la vida: de 16 hijos del matrimonio Lucas Danei y Ana María Massari sólo sobrevivieron 6. No faltaron también las dificultades económicas, por lo que la familia tuvo que cambiar continuamente de domicilio en busca del trabajo. Pablo, quien desde muy pronto debió ayudar a su padre, no pudo asistir con regularidad a la escuela.

El gran testimonio de la fe cristiana de Ana Maria -su madre- ejerció gran influencia en la educación religiosa de Pablo, a la que éste correspondió con una respuesta generosa.

A los 19 años, en 1713, el joven Pablo tomó la primera gran decisión de su vida. La predicación de un sacerdote o una charla espiritual con él le impresionó de tal forma que, profundamente emocionado y arrepentido, hizo confesión general de sus pecados y decidió consagrar su vida a Dios de un modo más radical y absoluto. Él mismo llamará después a este momento su "conversión a penitencia ".

Años más tarde, cuando en 1716 el Papa Clemente XI invitó a la cristiandad a una cruzada contra los turcos, Pablo creyó oír en esto la voz de Dios, pues quería morir mártir y se alistó voluntario, pasando algún tiempo en cuarteles y campamentos. Convencido de que éste no era el servicio que Dios le pedía, regresó a la casa de sus padres a quienes siguió ayudando en sus necesidades, dedicaba muchas horas a la oración, participaba diariamente en la misa y se entregaba a duras penitencias.

Pablo Francisco tenía 26 años sus hermanos habían crecido y sus padres no necesitaban tanto de su de ayuda. Por este tiempo, sintió la llamada de Dios a fundar una orden religiosa: "... sentí mi corazón movido por el deseo de retirarme a la soledad; ... me vino la inspiración de llevar una túnica, de andar descalzo, vivir en estrechísima pobreza y llevar, con la gracia de Dios, vida de penitencia; ...me vino la inspiración de reunir compañeros para vivir con ellos promoviendo en las almas el santo temor de Dios; me vi en espíritu vestido de una túnica negra, con una cruz blanca sobre el pecho, y bajo la cruz escrito el nombre santísimo de Jesús con

letras blancas...

El 22 de noviembre de 1720 Pablo se despidió de su familia y se dirigió a su obispo, Mons. Gattinara, en Alejandría. Este, en una ceremonia sencilla y en su capilla privada, revistió a Pablo de la Cruz con el hábito negro de ermitaño. Las seis semanas siguientes del 23 de noviembre de 1720 al 1 de 1721, las vivió en el trastero de la sacristía de la Iglesia de San Carlos, de Castellazzo, en las más precarias condiciones de alojamiento. Son como los ejercicios espirituales preparatorios para su misión de ermitaño y fundador . En adelante su apellido será "de la Cruz".

Por orden de su obispo, Pablo de la Cruz consigna por escrito los sentimientos y vivencias interiores de esos días en un "Diario espiritual". En él vemos a qué grado de oración ha llegado ya, así como las grandes líneas de la doctrina espiritual que vivirá y enseñará durante los 55 años siguientes. En las anotaciones del primer día aparece ya la idea fundamental y programática de toda su vida: "No deseo saber otra cosa ni quiero gustar consuelo alguno; sólo deseo estar crucificado con Jesús ".

Acabados estos días el Pablo de la Cruz pasó los meses siguientes en distintas ermitas de las cercanías viviendo en soledad; daba catecismo a los niños en los lugares vecinos, predicaba los domingos e incluso dio una misión. Quiso ir a Roma para pedir personalmente al Papa le aprobara las Reglas de la nueva Orden religiosa, misma que escribió durante los 40 días de Castellazzo. En Septiembre de 1721 se dirigió a Roma, pero sufrió una gran desilusión. Es rechazado por los guardias de Papa con palabras no muy amables. Aunque profundamente decepcionado, no se desanimó. En la Basílica María la Mayor hizo un voto especial: “dedicarse a promover en los fieles la devoción a la Pasión de Cristo y empeñarse en reunir compañeros para hacer esto mismo”.

A su vuelta a Castellazzo, se les unió su hermano Juan Bautista que, lleno de los mismos ideales, fue hasta su muerte en 1765 el compañero fiel de Pablo. Durante los años siguientes vemos a los dos experimentar la Regla pasionista en diferentes ermitas y colaborando con las parroquias vecinas mediante el catecismo y la predicación.

Tras la etapa eremítica Pablo de la Cruz creyó necesario que él y su hermano vivieran en Roma para conseguir de la Santa Sede la aprobación de las Reglas; por eso prestaron sus servicios en el Hospital de San Gallicano cuyo Director les aconsejó hacerse sacerdotes. Después de un breve curso de Teología pastoral, en junio de 1727 los dos hermanos Danei fueron ordenados sacerdotes en la Basílica de San Pedro por el Papa Benedicto XIII.

Siguiendo su gran impulso a vivir en la soledad y a reunir más compañeros formando la primera comunidad los dos hermanos se dirigieron al Monte Argentario, unos 150 Kilómetros al norte de Roma, junto a la costa. Ahí vivieron en una pequeña ermita. El aumento de candidatos hizo pequeño el local, y construyeron el primer convento de la naciente Congregación, el cual, por innumerables dificultades, fue inaugurado hasta 1737.

Pero faltaba todavía la aprobación de las Reglas o Una comisión de cardenales nombrada para su estudio suavizó algo su gran austeridad, y en mayo de 1741 fueron aprobadas por Benedicto XIV; habían transcurrido 21 años desde que fueron escritas el nombre de la nueva orden religiosa sería: ”Congregación de la Santísima cruz y Pasión de Nuestro Señor Jesucristo”, título que expresaba claramente su peculiaridad en la Iglesia. Los Religiosos Pasionistas anunciarán por todas partes el misterio de la Cruz y Pasión de Jesucristo a lo cual se obligarían por el voto específico.

Pablo de la Cruz encontró el sentido completo de su existencia en la Memoria de Jesús Crucificado, quien dio su vida por todos nosotros (Jn 3,16). En su asidua contemplación del crucificado, Pablo encontró un camino de acceso al misterio de Dios que es vida y amor, y que desea destruir el peso del pecado y del sufrimiento. Él descubrió que Dios está más cerca de los pobres, de los que no tienen nada, y sintió la urgencia de salir a su encuentro para esto: voz anunciarles al Dios de la vida.

Fundó la Congregación de la Pasión con la esperanza de que continuara haciendo presente al Crucificado, que pronuncia su juicio sobre el pecado del mundo, que es la causa de la injusticia y del sufrimiento de muchos hermanos y hermanas, y hace al hombre capaz de amar de un modo nuevo. Quiso que la Congregación fuera un signo humilde del grande Amor de Dios.

A lo largo de su vida -murió a los 82 años-, Pablo de la Cruz fundó 11 conventos. En 1771, el santo, ya anciano, inauguró el primer monasterio de religiosas pasionistas de clausura, que vivirían el mismo espíritu según la Regla escrita también por él.

Además de fundador, Pablo de la Cruz, fue predicador de misiones populares y gran director espiritual. Poseía cualidades muy especiales para esto: voz potente, agradable presencia física, dotes retóricas extraordinarias. Pero lo que más impactaba de él era su testimonio de íntima unión con Dios, su devoción y su santidad.

Por su gran actividad apostólica -200 misiones y 80 tandas de ejercicios espirituales- mantuvo contacto con gran número de personas que solicitaban su consejo en la vida espiritual, a quienes él sirvió especialmente por correspondencia.

El 18 de octubre de 1775 pasó Pablo a la Casa del Padre con una muerte tranquila y santa en el convento de los Santos Juan y Pablo en Roma. Así terminaba su larga vida de trabajos y sufrimientos por Cristo y por el prójimo. Fue beatificado por Pío IX el 1 de mayo de 1853; fue canonizado por el Papa el 29 de junio de 1867.

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Felipe Howard, Santo
Outubro 19 Biografia,

Felipe Howard, Santo

Felipe Howard, Santo

Etimológicamente significa “amante de los caballos”. Viene de la lengua griega.

Los Padres de la Iglesia captaron perfectamente bien todo el engranaje interior de las primeras comunidades cristianas. Donde estaba la Iglesia, también estaba el Espíritu de Dios, y allí donde está el Espíritu de Dios, también está la Iglesia y toda gracia.

No importa mucho la categoría social de este joven y sus enlaces con reyes y reinas.

Lo que importa más es su dimensión de creyente.

Nació en 1557 y murió en 1595. Los 38 años que vivió lo constituyeron en uno de los cuarenta mártires de la Iglesia de Inglaterra y de Gales.

Lo bautizaron como católico y lo educaron como protestante. Durante algunos años fue indiferente a la fe.

A la edad de 12 ó 14 años lo casaron con Ana Dacre. Estudió en Cambridge.

La reina Isabel mandó que mataran a su padre, él se convirtió en uno de sus favoritos.

Llevó una vida disipada y frívola en la corte.

Años después, se dio cuenta de que necesitaba reformar sus costumbres. Cuando la reina se enteró, puso bajo arresto a su mujer Ana Dacre y a Felipe lo envió a la prisión de la Torre de Londres.

Tras esta dura experiencia, volvió con mucho fervor a la Iglesia católica.

En 1585 intentó huir de Inglaterra por el Canal de la Mancha hacia Flandes con su familia, amigos y muchos católicos.

El capitán del barco lo traicionó y fue derecho a la Torre de Londres de nuevo. Murió seis meses más tarde envenenado.

¡Felicidades a quien lleve este nombre!

Laura de Córdova, Santa
Outubro 19 Mártir,

Laura de Córdoba, Santa

Laura de Córdoba, Santa

Del latín Lurus = Laurel. significando también "triunfo"

En el latín imperial se encuentra como nombre masculino "Lurus" siendo sus femeninos "Laurea" y "Laurilla".

Pertenecía a una noble familia y además estaba casada con un importante funcionario del emirato independiente cordobés.

Pero quedó viuda y entra al monasterio de Santa María de Córdoba, llegando incluso a ser abadesa. Proclamó en público su fe cristiana y el emir Muhammad I la mandó prender y azotar, ya que en esos tiempos España estaba invadida por los musulmanes.

Al ver que no renegaba del cristianismo, fue llevada a los más duros castigos de varas antes de ser sumergida en una caldera de plomo hirviendo, y aún así en plena agonía seguía con sus cánticos y alabanzas día y noche que habían hecho las delicias de sus compañeras de monasterio, su muerte fue el 19 de octubre del año 864.

Inés de Jesús de Langeac, Beata
Outubro 19 Religiosa Dominicana,

Inés de Jesús de Langeac, Beata

Inés de Jesús de Langeac, Beata

Hoy se está celebrando la fiesta de la Beata Inés de Jesús Galand, monja del Monasterio de Langeac, Francia.

Inés de Jesús Galand nació en 1602 y vivió una vida corta, falleció en 1634. Entró en el monasterio en Langeac que todavía existe hasta el día de hoy. En 1627 Inés fue elegida para servir a su comunidad como Priora.

En 1631, Jesús y María interiormente invitan a Inés a interceder y orar por un sacerdote a quien ella no conocía. Tres años después, en el parlour del monasterio ella se encontró con Jean-Jacques Olier, fundador del Seminario Mayor de S. Sulpice y ella comprendió que él era el sacerdote por quien ella estaba ofreciendo su vida de oración y sacrificio. Ella murió un año después y deja a sus hermanas su vocación particular de orar por los sacerdotes.

Nuestro presente Santo Padre, Juan Pablo II beatificó a Inés de Jesús el 20 de noviembre de 1994.

Querídisima Beata Inés de Jesús, hoy más que nunca, nosotros le pedimos que sigas intercediendo por nuestros sacerdotes, que ellos pueden ser hombres llenos del fuego de Dios, llenos de amor para servir al rebaño de Cristo.

Frideswide, Santa
Outubro 19 Abadessa,

Frideswide, Santa

Frideswide, Santa

Patrona de Oxford

Martirologio Romano: En Oxford, en Inglaterra, santa Frideswide, virgen, que, siendo de estirpe regia, fue elegida abadesa de un monasterio doble de monjes y de monjas (735).

Santa Frideswide es la patrona de Oxford. Guillermo de Malmesbury nos dejó la reseña más sencilla de la leyenda de la santa en un escrito anterior al año 1125. Frideswide, una vez que se vio libre de las solicitudes de un reyezuelo, fundó en Oxford un monasterio y pasó ahí el resto de su vida. Según la forma más compleja de la leyenda, Frideswide era hija del cortesano Didán y de su esposa Safrida. La educación de la niña fue confiada a una dama llamada Algiva. Cuando Frideswide leyó que "todo lo que no es Dios es nada" se sintió llamada a la vida religiosa. Pero el príncipe Algar, prendado de su belleza, trató de raptarla. Entonces, la joven huyó con dos compañeras por el río Isis y se ocultó durante tres años en la cueva que servía de guarida a un jabalí. Como continuase la persecución de Algar, Frideswide invocó la ayuda de Santa Catalina y Santa Cecilia, con el resultado de que el pretendiente quedó ciego hasta que prometió dejar en paz a la doncella. Según la leyenda, esa era la razón por la que los reyes de Inglaterra, hasta Enrique II, no iban jamás a Oxford. Para poder consagrarse más plenamente a Dios en la soledad, Santa Frideswide construyó con sus manos una celda en el bosque de Thornbury (actualmente Binsey), donde se acercó al Reino de los Cielos mediante el fervor y la penitencia. Se cuenta que la santa hizo brotar la fuente de Binsey con sus oraciones y que los peregrinos solían acudir allá en la Edad Media. La muerte de Frideswide suele situarse en el año 735. Dios honró su sepulcro con numerosos milagros, de suerte que se convirtió en uno de los principales santuarios de Inglaterra.

Por lo que parece, la leyenda de Santa Frideswide, tal como se canserva carece de fundamento histórico y no merece crédito alguno. Sin embargo, es probable que la santa haya fundado un monasterio en Oxford, en el siglo VII El monasterio fue restablecido en el siglo XII por los canónigos regulares de San Agustín. En 1180, las reliquias de Santa Frideswide fueron trasladas solemnemente a la iglesia construida en su honor. El canciller y los miembros de la Universidad solían ir al santuario dos veces al año, a la mitad de la Cuaresma y el día de la Ascensión. En 1525, el cardenal Wolsey, con autorización del Papa Clemente VII, disolvió el convento de Santa Frideswide y fundó ahí el Cardinal College; la iglesia conventual se convirtió en capilla del colegio. En 1546, Enrique VIII cambió el nombre de colegio por el de "Aedes Christi" (Christ Church) y la capilla se convirtió en catedral de la nueva diócesis de Oxord. Durante el reinado de María, la Santa Sede reconoció la diócesis y catedral. Por entonces, las reliquias de Santa Frideswide fueron recogidas, aunque probablemente no dispersadas, ya que el año de 1561, cierto canónigo de Christ Church, que probablemente estaba loco, profanó las reliquias con un fanatismo increíble. Durante el reinado de Eduardo VI, había sido sepultada en la iglesia la monja apóstata Catalina Cathie, quien había contraído matrimonio con el fraile Pedro Mártir Vermigli. Los restos de Catalina habían sido removidos en la época de la reina María; pero el canónigo Calfhill los reunió con los de Santa Frideswide y los sepultó en la iglesia. Al año siguiente, vio la luz un escrito latino (y otro alemán) en el que se relataban los sucesos, con ciertos comentarios seudopiadosos sobre el texto "Hic jacet religio cum superstitione" (aquí yace la religión junto con la superstición). No es seguro que dicho texto haya sido grabado sobre el sepulcro, aunque varios autores, entre los que se cuenta Alban Butler, lo afirman así. Este comenta: "el sentido obvio de la inscripción nos lleva a pensar que aquellos hombres querían matar y sepultar toda religión."

El nombre de Santa Frideswide figura en el Martirologio Romano. Su fiesta celebra en la arquidiócesis de Birmingham.

74400 > Santa Laura di Cordova Martire 19 ottobre
29700 >
Santi Martiri Canadesi (Giovanni de Brébeuf, Isacco Jogues e compagni) Martiri 19 ottobre - Memoria Facoltativa MR
29750 >
San Paolo della Croce Sacerdote  - Memoria Facoltativa MR 90809 > Beata Agnese di Gesù (Galand) de Langeac Domenicana  MR
74420 >
Sant' Aquilino di Evreux Vescovo  MR
74390 >
Sant' Asterio di Ostia Martire  MR
91027 >
Santa Cleopatra 
74410 >
Sant' Etbino Eremita  MR
93086 >
San Filippo Howard Martire  MR
74430 >
Santa Fridesvita Badessa  MR
91509 >
San Gioele Profeta d’Israele  MR
91720 >
Beato Giorgio (Jerzy) Popieluszko Sacerdote e martire 
92992 >
San Giovanni de la Lande Martire 
94756 >
Beato Giovanni Januari Mercedario
92393 >
Santi Giusto, Flaviano e compagni Monaci e martiri 
74405 >
San Grato di Oloron Vescovo  MR
74400 >
Santa Laura di Cordova Martire
93351 >
Santi Luca Alonso Gorda e Matteo Kohioye Martiri domenicani  MR
90483 >
San Lupo di Soissons Vescovo 
29700 >
Santi Martiri Canadesi (Giovanni de Brébeuf, Isacco Jogues e compagni) Martiri  - Memoria Facoltativa MR
29750 >
San Paolo della Croce Sacerdote  - Memoria Facoltativa MR
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Santi Sabiniano e Potenziano Martiri  MR
93649 >
Beata Sancia d’Aragona Vergine mercedaria 
90487 >
Santi Tolomeo e Lúcio Martiri  MR
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Beato Tommaso Helye Sacerdote  MR
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San Varo e compagni Martiri in Egitto  MR
74415 >
San Verano di Cavaillon Vescovo  MR

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António Fonseca

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nº 1159 - 18 DE OUTUBRO DE 2010 - SANTOS DO DIA

SÃO LUCAS

Evangelista

Lucas, Santo

Lucas, Santo

Evangelista
 

São Lucas é uma das figuras mais simpáticas do Cristianismo primitivo. Homem de posição e qualidades, de formação literária, de profundo sentido artístico e divino, entrega-se plenamente, ao Cristianismo logo que toma conhecimento dele na sua cidade, Antioquia, a grande metrópole romana do Oriente; subjuga-o a grandeza de S. Paulo e converte-se no mais fiel e incondicional dos seus discípulos. Toda a sua ciência médica e literária põe-na à disposição do grande Apóstolo, entrega-lhe a sua pessoa e segue-o para toda a parte, como a sombra ao sol. Humilde e devoto, pode dizer-se dele que foi um desses homens admiráveis que brilham como estrelas de segunda ordem, ou melhor, que renunciam a brilhar por si mesmos para se entregarem a outros de mais altura, oferecendo assim o mérito da modéstia e uma ação mais fecunda, ainda quer menos pessoal. Assim é S. Lucas. teve a sorte invejável de encontrar-se no caminho da sua vida com um mestre espiritual incomparável. Entregou-se a ele sem reservas e com fé cega, na prosperidade e na adversidade. S. Lucas deixou-nos como escritor duas obras divinas: o terceiro Evangelho canónico e a história dos primeiros dias cristãos e das missões de S. Paulo. Em ambos os livros se mostra S. Lucas o discípulo e admirador incondicional de S. Paulo. Olha para Cristo com os olhos de S. Paulo, «o seu iluminador», como lhe chama Tertuliano. A história primeira do Cristianismo centra-a na figura de S. Paulo. S. Lucas identificou-se com a alma do seu mestre. Por isso o seu Evangelho pode chamar-se «o evangelho de S. Paulo».A mensagem divina de Jesus, vê-a S. Lucas através do prisma de S. Paulo, que lhe dá a inteligência profunda do mistério de Cristo. A filantropia (amizade para com os homens) de Deus resplandece de maneira extraordinária em S. Lucas; a bondade misericordiosa, a benignidade que se inclina sobre todas as misérias. Jesus é o Salvador de todos os homens, de todos os povos, de todas as raças. A parábola da ovelha perdida, do filho pródigo, do bom, samaritano, realçam em forma concreta o espírito universalista e misericordioso do Evangelho, que profundamente sentiu S. Paulo. S. Lucas é «o escritor da mansidão de Cristo». Notou-se com razão o papel importante que desempenham as mulheres no Evangelho de S. Lucas. O paganismo tinha rebaixado a nobre condição delas como companheiras do homem. S. Paulo fez sobressair a igualdade de todos em Cristo, onde não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem ou mulher. S. Lucas recolhe, da vida e ensinamento de Jesus, tudo o que pode realçar o valor e estima que teve pela mulher  Como médico, S. Lucas tinha coração compassivo, conhecedor das misérias da humanidade, e estava preparadíssimo para assimilar o espírito filantrópico e essencialmente humano do Evangelho. Onde nasceu S . Lucas? A opinião mais provável diz-nos que foi natural de Antioquia da Síria. De origem pagã, deve lá ter conhecido muito cedo o Cristianismo e deve tê-lo abraçado com todas as veras do seu coração, como homem recto, bem disposto e desapaixonado. A tradição diz-nos que desde a juventude guardou perfeita castidade. Foi como açucena a brotar dentre águas corrompidas. Cumpriu-se nele a máxima de Jesus: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus». S. Lucas viu e sentiu profundamente a formosura do Cristianismo. Num mundo que desconhecia, odiava ou opunha a ridículo o nome do cristão, ele sentiu-lhe a formosura e diz-nos cheio de santo orgulho, que foi a sua cidade, Antioquia, a primeira terra onde se começaram a distinguir os discípulos de Jesus com o nome glorioso de «cristãos». Pelo ano de 50, durante a segunda missão de S. Paulo, aparece pela primeira vez ao lado do Apóstolo. Acompanha-o pela Macedónia e a seguir aparta-se dele, em Filipos, até à terceira missão, pelo espaço de quase seis anos. Por 58 sobe com Paulo a Jerusalém, onde conheceu muitos discípulos imediatos de Jesus e se informou minuciosamente de tudo o que se referia à infância do Senhor, ao seu ministério público e à sua paixão e morte. Assim recolheu, com carinho de enamorado, os dados da Anunciação. Encarnação, Nascimento e crescimento de Jesus. Que cenas tão cheias de colorido, de luz, de paz e gozo espiritual! Quanto temos de agradecer, nós cristãos, à diligente e adorável pena de S. Lucas! Uma tradição – que recolheu no século XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do século VI – diz-nos que S. Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. santo Agostinho,  No século IV, diz-nos pela sua  parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade.- Este é o retrato que nos transmitiu S. Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santissima e é tomado de S. Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso S. Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo S. Lucas, «médico queridíssimo». Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que «Lucas é o único companheiro» na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. Não podemos explicitar onde esteve S. Lucas no intervalo que separa os dois cativeiros de S. Paulo, dos anos de 64 a 67. Neste período, consta-nos que veio S. Paulo à Hispânia; não se pode excluir a hipótese, para os peninsulares tão honrosa, de também S. Lucas nos ter visitado. Com a morte de S. Paulo, eclipsa-se na história de S. Lucas. Um escrito do século III diz-nos que morreu virgem na Bitínia, com a idade de 74 anos, cheio do Espírito Santo. Santo Epifânio, no século IV, acrescenta que pregou o Evangelho na Itália, França, Dalmácia e Macedónia. Sobre a sua morte não temos dados concretos nenhuns, mas uma tradição autorizada, que vem do século IV, assegura-nos que derramou o sangue por Cristo. Assim rubricou a verdade que tinha escrito para toda a Igreja e para o mundo inteiro, com a carta magna do seu Evangelho e com a história dos atos apostólicos. Podemos repetir a sentença de Pascal, falando de todos os Evangelistas: “Creio firmemente na história dos que se deixam matar para dar testemunho da verdade do que escreveram. S. Lucas é médico bondoso e serviçal, é literato, mas sobretudo é santo e mártir, que morreu pela fé que pregou de palavra e exarou nos seus livros”. É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse oficio, conforme diz S. Paulo aos Colossensses (3, 14): «Saúda-vos Lucas, nosso querido médico». Do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it

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A ciência confirma a autenticidade das relíquias de são Lucas

Pedro de Alcântara, Santo
Outubro 18 Penitente

Pedro de Alcántara, Santo

Pedro de Alcântara, Santo

Penitente

Martirológio Romano: Na vila de Arenas, na região espanhola de Castela, são Pedro de Alcântara, presbítero da Ordem dos Irmãos Menores, que adornado com o dom de conselho e de vida penitente e austera, reformou a disciplina regular nos conventos da Ordem em Espanha, sendo conselheiro de santa Teresa de Jesús na sua obra reformadora da Ordem dos Carmelitas (1562).
Era o ano do Senhor de 1494 [ou melhor 1499] quando na Extremadura Alta, na vila de Alcântara, nascia do governador dom Pedro Garabito e da nobre senhora dona María Vilela de Sanabria um varão cuja vida havia de ser um contínuo milagre e uma mensagem espiritual de Deus aos homens, porque não ia a ser outra coisa senão uma potente encarnação do espírito enquanto sofre a humana natureza. Ocorreu quando Espanha inteira vibrava até às entranhas pela força do movimento contra-reformista. Era o tempo dos grandes reis, dos grandes teólogos, dos grandes santos. No céu da Igreja espanhola e universal fulgiam com luz própria Ignacio, Teresa, Francisco de Borja, Juan de la Cruz, Francisco Solano, Javier... Entre eles o Santo de Alcântara havia de brilhar com potentíssima e indiscutível luz.
Había de ser santo franciscano. La liturgia de los franciscanos, en su fiesta, nos dice que, si bien «el Seráfico Padre estaba ya muerto, parecía como si en realidad estuviese vivo, por cuanto nos dejó copia de sí en Pedro, al cual constituyó defensor de su casa y caminó por todas las vías de su padre, sin declinar a la derecha ni hacia la izquierda». Todo el que haya sentido alguna vez curiosidad por la historia de la Orden de San Francisco, se encontrará con un fenómeno digno de ponderación, que apenas halla par en la historia de la Iglesia: iluminado por Dios, se apoderó el Santo de Asís del espíritu del Evangelio y lo plasmó en una altísima regla de vida que, en consecuencia, se convierte en heroísmo. Este evangelio puro, a la letra, es la cumbre de la espiritualidad cristiana y hace de los hombres otros tantos Cristos, otros tantos estigmatizados interiores; pero choca también con la realidad de la concupiscencia y pone al hombre en un constante estado de tensión, donde las tendencias hacia el amor que se crucifica y hacia la carne que reclama su imperio luchan en toda su desnuda crudeza. Por eso ya en la vida de San Francisco se observa que su ideal, de extraordinaria potencia de atracción de almas sedientas de santidad, choca con las debilidades humanas de quienes lo abrazan. Y las almas, a veces, ceden en puntos de perfección, masivamente, en grandes grupos, y parece, sin embargo, como si el espíritu del fundador hubiese dejado en ellas una simiente de perpetuo descontento, una tremenda ansia de superación, y constantemente, apenas la llama del espíritu ha comenzado a flaquear, se levanta el espíritu hecho llama en otro hombre y comienza un movimiento de reforma. Nuestro Santo fue, de todos esos hombres, el más audaz, el más potente y el más avanzado. Su significación es, por tanto, doble: es reformador de la Orden y, a través de ella, de la Iglesia universal.
San Francisco entendió la santidad como una identificación perfecta con Cristo crucificado y trazó un camino para ir a Él. El itinerario comienza por una intuición del Verbo encarnado que muere en cruz por amor nuestro, moviendo al hombre a penitencia de sus culpas y arrastrándole a una estrecha imitación. Así introduce al alma en una total pobreza y renuncia de este mundo, en el que vivirá sin apego a criatura alguna, como extranjera y peregrina; de aquí la llevará a desear el oprobio y menosprecio de los hombres, será humilde; de aquí, despojada ya de todo obstáculo, a una entrega total al prójimo, en purísima caridad fraterna. Ya en este punto el hombre encuentra realizada una triple muerte a sí mismo: en el deseo de la posesión y del goce, en la propia estima, en el propio amor. Entonces ha logrado la perfecta identificación con el Cristo de la cruz. Esto, en San Francisco, floreció en llagas, impresas por divinas manos en el monte de la Verna. Y, cuando el hombre se ha configurado así con el Redentor, su vida adquiere una plenitud insospechada de carácter redentivo, completando en sí los padecimientos de Cristo por su Iglesia; se hace alma víctima y corredentora por su perfecta inmolación. Cuando el alma se ha unido así con Cristo ha encontrado la paz interior consumada en el amor y sus ojos purificados contemplan la hermosura de Dios en lo creado; queda internamente edificada en sencilla simplicidad; vive una perpetua y perfecta alegría, que es sonrisa de cruz. Es franciscana.
Por estos caminos, sin declinar, iba a correr nuestro Santo de Alcántara. Nos encontramos frente a una destacadísima personalidad religiosa, en la que no sabemos si admirar más los valores humanos fundamentales o los sobrenaturales añadidos por la gracia. San Pedro fue hombre de mediana estatura, bien parecido y proporcionado en todos sus miembros, varonilmente gracioso en el rostro, afable y cortés en la conversación, nunca demasiada; de exquisito trato social. Su memoria fue extraordinaria, llegando a dominar toda la Biblia; ingenio agudo; inteligencia despejadísima y una voluntad férrea ante la cual no existían los imposibles y que hermanaba perfectamente con una extrema sensibilidad y ternura hacia los dolores del prójimo. Es de considerar cómo, a pesar de su extrema dureza, atraía de manera irresistible a las almas y las empujaba por donde quería, sin que nadie pudiese escapar a su influencia. Cuando la penitencia le hubo consumido hasta secarle las carnes, en forma de parecer –según testimonio de quienes le trataron– un esqueleto recién salido del sepulcro; cuando la mortificación le impedía mirar a nadie cara a cara, emanaba de él, no obstante, una dulzura, una fuerza interior tal, que inmediatamente se imponía a quien le trataba, subyugándole y conduciéndole a placer.
Sus padres cuidaron esmeradamente de su formación intelectual. Estudió gramática en Alcántara y debía de tener once o doce años cuando marchó a Salamanca. Allí cursó la filosofía y comenzó el derecho. A los quince años había ya hecho el primero de leyes. Tornó a su villa natal en vacaciones, y entonces coincidieron las dudas sobre la elección de estado con un período de tentaciones intensas. Un día el joven vio pasar ante su puerta unos franciscanos descalzos y marchó tras ellos, escapándose de casa apenas si cumplidos los dieciséis años y tomando el hábito en el convento de los Majarretes, junto a Valencia de Alcántara, en la raya portuguesa, año de 1515.
Fray Juan de Guadalupe había fundado en 1494 una reforma de la Orden conocida comúnmente con el nombre de la de los descalzos. Esta reforma pasó tiempos angustiosos, combatida por todas partes, autorizada y suprimida varias veces por los Papas, hasta que logró estabilizarse en 1515 con el nombre de Custodia de Extremadura y más tarde provincia descalza de San Gabriel. Exactamente el año en que San Pedro tomó el santo hábito.
La vida franciscana de éste fue precedida por larga preparación. Desde luego que nos enfrentamos con un individuo extraordinario. De él puede decirse con exactitud que Dios le poseyó desde el principio de sus vías. A los siete años de edad era ya su oración continua y extática; su modestia, sin par. En Salamanca daba su comida de limosna, servía a los enfermos, y era tal la modestia de su continente que, cuando los estudiantes resbalaban en conversaciones no limpias y le veían llegar, se decían: «El de Alcántara viene, mudemos de plática».
Claro está que solamente la entrada en religión, y precisamente en los descalzos, podía permitir que la acción del espíritu se explayase en su alma. Cuando San Pedro, después de haber pasado milagrosamente el río Tiétar, llamó a la puerta del convento de los Majarretes, encontró allí hombres verdaderamente santos, probados en mil tribulaciones por la observancia de su ideal altísimo, pero pronto les superó a todos. En él estaba manifiestamente el dedo de Dios.
Apenas entrado en el noviciado se entregó absolutamente a la acción de la divina gracia. Fue nuestro Santo ardiente amador y su vida se polarizó en torno a Dios, con exclusión de cualquier cosa que pudiese estorbarlo. El misterio de la Santísima Trinidad, donde Dios se revela viviente y fecundo; la encarnación del Verbo y la pasión de Cristo; la Virgen concebida sin mancha de pecado original, eran misterios que atraían con fuerza irresistible sus impulsos interiores. Ya desde el principio más bien pareció ángel que hombre, pues vivía en continua oración. Dios le arrebataba de tal forma que muchas veces durante toda su vida se le vio elevarse en el aire sobre los más altos árboles, permanecer sin sentido, atravesar los ríos andando sin darse cuenta por encima de sus aguas, absorto en el ininterrumpido coloquio interior. Como consecuencia que parece natural, ya desde el principio se manifestó hombre totalmente muerto al mundo y al uso de los sentidos. Nunca miró a nadie a la cara. Sólo conocía a los que le trataban por la voz; ignoraba los techos de las casas donde vivía, la situación de las habitaciones, los árboles del huerto. A veces caminaba muchas horas con los ojos completamente cerrados y tomaba a tientas la pobre refacción.
Gustaba tener huertecillos en los conventos donde poder salir en las noches a contemplar el cielo estrellado, y la contemplación de las criaturas fue siempre para su alma escala conductora a Dios.
Como es lógico, esta invasión divina respondía a la generosidad con que San Pedro se abrazara a la pobreza real y a la cruz de una increíble mortificación. Esta fue tanta que ha pasado a calificarle como portento, y de los más raros, en la Iglesia de Cristo. Ciertamente parece de carácter milagroso y no se explica sin una especial intervención divina.
Si en la mortificación de la vista había llegado, cual declaró a Santa Teresa, al extremo de que igual le diera ver que no ver, tener los ojos cerrados que abiertos, es casi increíble el que durante cuarenta años sólo durmiera hora y media cada día, y eso sentado en el suelo, acurrucado en la pequeña celda donde no cabía estirado ni de pie, y apoyada la cabeza en un madero. Comía, de tres en tres días solamente, pan negro y duro, hierbas amargas y rara vez legumbres nauseabundas, de rodillas; en ocasiones pasaba seis u ocho días sin probar alimento, sin que nadie pudiese evitarlo, pues, si querían regalarle de forma que no lo pudiese huir, eran luego sus penitencias tan duras que preferían no dar ocasión a ellas y le dejaban en paz.
Llevó muchísimos años un cilicio de hoja de lata a modo de armadura con puntas vueltas hacia la carne. El aspecto de su cuerpo, para quienes le vieron desnudo, era fantástico: tenía piel y huesos solamente; el cilicio descubría en algunas partes el hueso y lo restante de la piel era azotado sin piedad dos veces por día, hasta sangrar y supurar en úlceras horrendas que no había modo de curar, cayéndole muchas veces la sangre hasta los pies. Se cubría con el sayal más remendado que encontraba; llevaba unos paños menores que, con el sayal, constituían asperísimo cilicio. El hábito era estrecho y en invierno le acompañaba un manto que no llegaba a cubrir las rodillas. Como solamente tenía uno, veíase obligado a desnudarse para lavarlo, a escondidas, y tornaba a ponérselo, muchas veces helado, apenas lo terminaba de lavar y se había escurrido un tanto. Cuando no podía estar en la celda por el rigor del frío solía calentarse poniéndose desnudo en la corriente helada que iba de la puerta a la ventana abiertas; luego las cerraba poco a poco, y, finalmente, se ponía el hábito y amonestaba al hermano asno para que no se quejase con tanto regalo y no le impidiese la oración.
Su aspecto exterior era impresionante, de forma que predicaba solamente con él: la cara esquelética; los ojos de fulgor intensísimo, capaces de descubrir los secretos más íntimos del corazón, siempre bajos y cerrados; la cabeza quemada por el sol y el hielo, llena de ampollas y de golpes que se daba por no mirar cuando pasaba por puertas bajas, de forma que a menudo le iba escurriendo la sangre por la faz; los pies siempre descalzos, partidos y llagados por no ver dónde los asentaba y no cuidarse de las zarzas y piedras de los caminos.
San Pedro era víctima del amor de Dios más ardiente y su cuerpo no había florecido en cinco llagas como San Francisco, sino que se había convertido en una sola, pura, inmensa. Su vida entera fue una continua crucifixión, llenando en esta inmolación de amor por las almas las exigencias más entrañables del ideal franciscano.
No es de extrañar, claro está, que su vista no repeliese. Juntaba al durísimo aspecto externo una suavidad tal, un profundo sentido de humana ternura y comprensión hacia el prójimo, una afabilidad, cortesía de modales y un tal ardor de caridad fraterna, que atraía irresistiblemente a los demás, de cualquier clase y condición que fuesen. Es que el Santo era todo fuerza de amor y potencia de espíritu. Aborrecía los cumplimientos, pero era cuidadoso de las formas sociales y cultivaba intensamente la amistad. Tuvo íntima relación con los grandes santos de su época: San Francisco de Borja, quien llamaba «su paraíso» al convento de El Pedroso donde el Santo comenzó su reforma; el beato Juan de Ribera, Santa Teresa de Jesús, a quien ayudó eficazmente en la reforma carmelitana y a cuyo espíritu dio aprobación definitiva. Acudieron a él reyes, obispos y grandes. Carlos V y su hija Juana le solicitaron como confesor, negándose a ello por humildad y por desagradarle el género de vida consiguiente. Los reyes de Portugal fueron muy devotos suyos y le ayudaron muchas veces en sus trabajos. A todos imponía su espíritu noble y ardiente, su conocimiento del mundo y de las almas, su caridad no fingida.
Secuela de todo esto fue la eficacia de su intenso apostolado. San Pedro de Alcántara es un auténtico santo franciscano y su vida lo menos parecido posible a la de un cenobita. Como vivía para Dios completamente no le hacía el menor daño el contacto con el mundo. A pesar de ello le asaltaron con frecuencia graves tentaciones de impureza, que remediaba en forma simple y eficaz: azotarse hasta derramar sangre, sumergirse en estanques de agua helada, revolcarse entre zarzas y espinas. Desde los veinticinco años, en que por obediencia le hacen superior, estuvo constantemente en viajes apostólicos. Su predicación era sencilla, evangélica, más de ejemplo que de palabra. En el confesonario pasaba horas incontables y poseía el don de mover los corazones más empedernidos. Fue extraordinario como director espiritual, ya que penetraba el interior de las almas con seguro tino y prudencia exquisita: así fue solicitado en consejo por toda clase de hombres y mujeres, lo mismo gente sencilla de pueblo que nobles y reyes; igual teólogos y predicadores que monjas simples y vulgo ignorante. Amó a los niños y era amado por ellos, llegando a instalar en El Pedroso una escuelita donde enseñarles. Predicó constantemente la paz y la procuró eficazmente entre los hombres.
Dios confirmó todo esto con abundancia de milagros: innúmeras veces pasó los ríos a pie enjuto; dio de comer prodigiosamente a los religiosos necesitados; curó enfermos; profetizó; plantó su báculo en tierra y se desarrolló en una higuera que aún hoy se conserva; atravesó tempestades sin que la lluvia calara sus vestidos, y en una de nieve ésta le respetó hasta el punto de formar a su alrededor una especie de tienda blanca. Y sobre todas estas cosas el auténtico milagro de su penitencia.
Aún, sin embargo, nos falta conocer el aspecto más original del Santo: su espíritu reformador. No solamente ayuda mucho a Santa Teresa para implantar la reforma carmelitana; no se contenta con ayudar a un religioso a la fundación de una provincia franciscana reformada en Portugal, sino que él mismo funda con licencia pontificia la provincia de San José, que produjo a la Iglesia mártires, beatos y santos de primera talla. Si bien él mismo había tomado el hábito en una provincia franciscana austerísima, la de San Gabriel, quiso elevar la pobreza y austeridad a una mayor perfección, mediante leyes a propósito y, sobre todo, deseó extender por todo el mundo el genuino espíritu franciscano que llevaba en las venas, cosa que, por azares históricos, estaba prohibido a la dicha provincia de San Gabriel, que sólo podía mantener un limitado número de conventos. Con muchas contradicciones dio comienzo a su obra en 1556, en el convento de El Pedroso, y pronto la vio extendida a Galicia, Castilla, Valencia; más tarde China, Filipinas, América. Los alcantarinos eran proverbio de santidad entre el pueblo y los doctos por su vida maravillosamente penitentes. Dice un biógrafo que vivían en sus conventos –diminutos, desprovistos de toda comodidad– una vida que más bien tenía visos de muerte. Cocinaban una vez por semana, y aquel potaje se hacía insufrible al mejor estómago. Sus celdas parecían sepulcros. La oración era sin límites, igual que las penitencias corporales. Y si bien es cierto que las constituciones dadas por el Santo son muy moderadas en cuanto a esto, sin exigir mucho más allá que las demás reformas franciscanas conocidas, no se puede dudar que su poderosísimo espíritu dejó en sus seguidores una imborrable huella y un deseo extremo de imitación. Y es sorprendente el genuino espíritu franciscano que les comunicó, ya que tal penitencia no les distanciaba del pueblo, antes los unía más a él. Construían los conventos junto a pueblos y ciudades, mezclándose con la gente a través del desempeño del ministerio sacerdotal, en la ayuda a los párrocos, enseñanza a los niños; siempre afables y corteses, penitentes y profundamente humanos.
El 18 de octubre de 1562 murió en el convento de Arenas.
La Santa de Avila vio volar su alma al cielo y la oyó gozarse de la gloria ganada con su excelsa penitencia. El Santo moría en paz. Dejaba una obra hecha: una escuela de santos, un colegio de almas intercesoras y víctimas por las culpas del mundo. Sus penitencias llegaron a parecer a algunos «locuras y temeridades de hombre desesperado»; las gentes le tuvieron muchas veces por loco al ver los extremos a que le llevaba su vida de contemplación. Sólo que, como muy gentilmente aclaró a sus monjas Santa Teresa, aquellas locuras del bendito fray Pedro eran precisamente locuras de amor. Cuando Cristo ama intensamente a un alma no descansa hasta clavarla consigo en la cruz. Cuando un alma ama a Cristo no desea sino compartir con Él los mismos dolores, oprobios y menosprecios. La vocación franciscana es, recordémoslo, una vocación de amor crucificado y San Pedro supo vivirla con plenitud. Su penitencia venía condicionada por su papel corredentivo en la Iglesia de Dios y, si no a todos es dado imitarla materialmente, sí es exigido amar como él amó y desprenderse por amor, y al menos en espíritu, de las cosas temporales, abrazándose a la cruz.

Pedro de Tsetinia, Santo
Outubro 18 bispo

Pedro de Tsetinia, Santo

Pedro de Tsetinia, Santo

Etimologicamente significa “rocha”. Vem da língua hebraica.
Há pessoas que marcam toda uma época e estilo de vida, inclusive quando são reis de um povo.
Sentem a necessidade de estar cheio de Deus e vazios de muitas tonterias que se nos acumulam na vida. Balduíno, rei de Bélgica, disse um dia estas palavras: "O Senhor concedeu-nos uma graça ao fazer-nos sentir um vazio perante tudo o que não é ele".
Este jovem era originário de Niegouch, Montenegro. Deve ter sido um rapaz muito bem dotado nos valores que dão consistência à pessoa.
Aos 12 anos entrou para monge. Tinha firmemente arraigada a fé. E em consonância  com ela, dedicou toda sua vida a defender a seu povo para que nunca a perdesse.
Supo llevar muy bien tanto el gobierno de su pequeño reino del que era el soberano, como la pastoral y la dirección espiritual del mismo, ya que era el metropolita.
En su tiempo había luchas entre clanes rivales. Con sus dotes de gobierno y la santidad de su propia vida logró que todos se entendieran e hiciesen las paces.
Cuando el peligro provenía del exterior, también tuvo arranque y valor para combatir – como soberano – contra los ejércitos del mismo Napoleón I.
Consiguió dominarlo en la batalla de Boka. Esto contribuyó a que su fama corriera por Europa como la espuma.
En el trato con los otros demostraba su recia personalidad, su bondad e indulgencia para con los demás, pero era muy exigente consigo mismo.
Aunque fue el príncipe y obispo de Montenegro, llevó una vida personal parecida más bien a la de asceta o monje.
¡Felicidades a quien lleve este nombre!

Justo de Auxerre, Santo
Outubro 18 Mártir

Justo de Auxerre, Santo

Justo de Auxerre, Santo

Etimologicamente significa “ prudente, recto”. Vem da língua latina.
Jesús disse:”Não são os sãos os que têm necessidade de médico mas sim aos enfermos; não vim chamar os justos, mas sim a s pecadores”.
Nasceu este mártir da Igreja na cidade de Auxerre, na Borgonha.
Seus pais eram profundamente cristãos. Ainda que era todavía uma criança, sem embargo, graça a sua educação, parecia mais maduro do que aparentava.
Aos oito anos sustentava controvérsias contra os pagãos, que invadiam a região, sobre temas religiosos.
Tinha uma inteligência pouco comum. Não chegou a conhecer a seu irmão Justiniano.
Roubaram-no a seus pais para o vender a uns mercadores de Beauvais.
Deus o revelou a Justo onde estava. Chegados a  casa do comerciante, este reuniu aos doze escravos. Este devolveu o filho com a única condição de que saíssem em seguida da cidade.
Mas o governador mandou que os apanhassem. Queria vingar-e de sua condição cristã. Não podia, influído pelos pagãos pudentes, ver a um seguidor de Jesus Cristo.
Uma vez que teve ante sua presença ao bom  de Justo, o enviou a uma fogueira. Não se sabe que fez com seu pai e sua mãe.
Sua cabeça se venera hoje em Beauvais.
Era o ano 306.
¡Felicidades a quem leve este nome!

SANTO MONON

Eremita (639)

É um dos santos mais venerados pelos povos das Ardenas, França. Diz-se que, tendo partido da Escócia, sua terra natal, a fim de se dirigir a Roma, encontrou, ao atravessar a Bélgica, S. João, o Cordeiro, bispo de Maastricht, a quem se ligou por grande amizade. Terminada a peregrinação, fixou-se na floresta das Ardenas, como o bispo lhe aconselhara, e viveu como eremita nos bosques de Saint-Hubert. Cerca do ano de 630 foi assassinado por bandidos. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

 

74370 > Sant' Amabile di Rium  MR
74360 > Sant' Asclepiade Vescovo  MR
94755 > Beato Domenico da Perpignano Mercedario 
91954 > San Giusto Martire 
92991 > Sant' Isacco Jogues Sacerdote e martire  MR
21800 > San Luca Evangelista  - Festa MR
94532 > Beata Margherita Tornielli Clarissa
74380 > San Monone Eremita  MR
74425 > San Pietro d'Alcantara  MR
91924 > Santi Procolo, Eutiche e Acuzio Martiri di Pozzuoli  MR
94752 > Beato Teobaldo da Narbona Martire mercedario
94551 > Santa Zlata di Muglen Vergine e martire (Chiese Orientali)

 

 

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António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...