quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nº 13 - 13 de Janeiro de 2011 - Santos do dia - 3º ano

Nº 1246

SANTO HILÁRIO DE POITIERS

Bispo, Doutor da Igreja (315-267)

Hilario de Poitiers, Santo

Hilário de Poitiers, Santo

Martirológio Romano: Santo Hilário, bispo e doutor da Igreja, que foi elevado à sede de Poitiers, em Aquitânia (hoje França), no tempo do imperador Constâncio, que havia abraçado a heresia ariana, e lutou denodadamente em favor da fé nicena acerca da Trindade e da divindade de Cristo, sendo desterrado, por esta razão, durante quatro anos para a Frigia. Compôs uns comentários muito célebres sobre os Salmos e sobre o evangelho de são Mateus (367). Etimologia; Hilário = Aquele que esta sorridente, é de origem latina. Nasceu a princípios de século IV em Poitiers. Foi chamado “o Atanásio de Ocidente”, de quem era contemporâneo. Ambos tiveram que combater contra o mesmo adversário, o arianismo. Participaram nas polémicas teológicas com discursos e sobretudo com escritos. Hilário foi desterrado para Frigia pelo imperador Constâncio, que havia alinhado com as decisões do sínodo ariano de Béziers do ano 356. O contacto com o Oriente foi providencial para o bispo de Poitiers. Durante os cinco anos de permanência na Frigia aprendeu o grego e descobriu a Orígenes, como também a grande produção teológica dos Padres orientais, obtendo uma documentação importantíssima para o livro que lhe mereceu o título de doutor da Igreja: De Trinitate, cujo título original é De Fide adversus Arianos. Com efeito, era o tratado mais importante e profundo que havia aparecido até então sobre o dogma principal da fé cristã. Apesar de estar desterrado, não permaneceu inativo. Com o opúsculo Contra Maxertiam atacou violentamente o mesmo Constâncio, acusando-o de cesaro-papismo e de imiscuir-se nas disputas teológicas e assuntos internos da disciplina eclesiástica. De regresso a Poitiers, o valente bispo continuou sua obra pastoral, ajudado eficazmente pelo jovem Martinho, o futuro santo bispo de Tours. Hilário nasceu no seio do paganismo. Seu afã por buscar a verdade, o levou a estudar as diferentes correntes filosóficas da época, recebendo um influxo especial do pensamento neo-platónico. A procura da resposta sobre o fim do homem o levou à leitura da Bíblia, onde finalmente encontrou o que buscava; então se converteu ao cristianismo. Era um nobre terra-tenente, e quando se converteu estava casado e tinha uma filha, Abre, a quem amava ternamente. Pouco depois do baptismo, o povo o aclamou como bispo de sua cidade natal. Foram seis anos de intenso estudo e pregação, antes de partir para o desterro que, como atrás se recorda, aperfeiçoou sua formação cultural e teológica. Junto à voz retumbante do polemista e do defensor da ortodoxia teológica, há nele também outra voz, a do pai e pastor. Humano na luta, e humaníssimo na vitória. Defendeu aos bispos que reconheciam seu próprio erro, e até apoiou o direito a conservar seu cargo. Morreu em Poitiers no ano 367.

SANTOS GUMERSINDO e SERDIEU

Mártires (852)

Gumersindo ou Gomes, natural de Toledo, era ainda criança quando veio para Córdova com os pais. Admitido no clero e elevado ao diaconado, ocupou-se em formar os piedosos mestres para a juventude, junto da Basílica dos Santos Mártires Fausto, Januário e Marcial. Ordenado sacerdote, foi encarregado de ocupar-se duma igreja da aldeia, perto de Córdova. Abderramão II, que reinava nesta cidade, tinha permitido a qualquer muçulmano tirar a vida, sem inquérito prévio, a qualquer cristão que se atrevesse a dizer mal de Maomé. Um dia que Gumersindo, acompanhado dum monge chamado Serdieu (=Servus Dei), veio a Córdova, foram ambos denunciados como cristãos e decapitados por causa da fé (13 de Janeiro de 852). Os corpos destes mártires foram levados às escondidas pelos cristãos, que os sepultaram na igreja de S. Cristóvão. Começaram logo a ser venerados como objetos de culto; e os nomes foram incluídos no martirológio romano na data de hoje. Do livro Santos de Cada Dia, de www.kjesuitas.pt

• Remígio de Reims, Santo
  Bispo

Remigio de Reims, Santo

Remígio de Reims, Santo

Martirológio Romano: Na cidade de Reims, na Gália Bélgica (hoje França), morte de são Remígio, bispo, que depois de iniciar ao rei Clodoveo na fonte baptismal e nos sacramentos da fé, converteu a Cristo todo o povo franco e, depois de mais de sessenta anos no episcopado, faleceu célebre por sua vida e sua santidade (c. 530). Etimologia: Remígio = aquele que rema, é de origem latina. São Remígio foi o grande apóstolo dos franceses. Se fez célebre por sua sabedoria, sua admirável santidade e seus muitos milagres. Durou de bispo 70 anos e chegou a ser famoso em toda a Igreja. Recém ordenado sacerdote já era considerado como um dos melhores oradores de sua época, e quando tinha só 22 anos, foi eleito bispo. O rei dos franceses, Clodoveo, era pagão e não aceitava converter-se ao cristianismo. Sua esposa santa Clotilde rezava muito por ele e o recomendava à conversão. E sucedeu que os germanos ou alemães atacaram com forte exército aos francos e Clodoveo saiu com seus soldados a defender a pátria. Ao despedir a seu esposo que ia para a guerra, Clotilde lhe disse: "Se quer obter a vitória, invoque ao Deus dos cristãos. Se tem confiança n’Ele ninguém será capaz de o derrotar". Clodoveo prometeu converter-se se conseguisse a vitória. Em plena batalha, quando o triunfo lhe parecia impossível, recordando as palavras de sua esposa gritou para o céu: "Oh Cristo, a quem minha esposa invoca como filho de Deus. Te peço que me ajudes. Creio em Ti. Se me salvas de meus inimigos receberei o baptismo e entrarei na tua religião". Em seguida os franceses atacaram aos alemães com extraordinário valor e obtiveram uma grande vitória.
Santa Clotilde mandou então chamar a São Remígio, que tinha fama de santo e de sábio, e lhe pediu que se dedicasse a ensinar a Clodoveo a doutrina cristã. O rei ao volver vitorioso, saudou a sua esposa com estas palavras: "Clodoveo venceu aos alemães, e tu venceste a Clodoveo". Mas ela lhe respondeu: "Essas duas vitórias são obra de um só: Nosso Senhor Jesus Cristo". Desde então o terrível pagão começou a estudar a religião para se fazer batizar. Tinha temor de que o povo se revoltasse por lhes querer tirar a religião de seus antigos deuses, mas o exército e a multidão, ao saber que seu rei tão estimado se ia fazer cristão, lhe gritaram em uníssono: "Desde hoje nos separamos dos deuses mortais, e nos declaramos seguidores do Deus imortal do qual nos fala Remígio". Nosso santo e seus sacerdotes se dedicaram com todo o empenho a ensinar a religião a Clodoveo e a todos os que iam fazer-se batizar junto com ele a Rainha Clotilde, para impressionar a imaginação daquele povo bárbaro, mandou que adornassem com palmas e flores as ruas que levavam desde o palácio do rei até ao templo onde ia a ser o baptismo. E que todo o trajeto e também o templo se iluminasse com grande quantidade de tochas e que fossem queimando incenso que enchesse o ar de agradáveis aromas. Os que iam ser batizados dirigiram-se até a Casa de Deus cantando as ladainhas dos santos e levando cada um sua cruz. São Remígio conduzia a mão ao rei, seguido pela rainha e todo o povo. Antes de lhe deitar a água do baptismo o santo bispo lhe disse : "Orgulhoso guerreiro: tens que queimar o que hás adorado, e adorar o que hás queimado". Com isto queria dizer-lhe que daí em diante devia abandonar seus antigos maus costumes pagãos e observar a santa religião de Cristo Jesus. Em seguida São Remígio, ajudado por outros três bispos e por muitos outros sacerdotes, batizou a duas irmãs do rei e a três mil de seus soldados com suas mulheres e filhos. Esse foi um dia grande em que a nação francesa começou a pertencer à nossa santa religião. O resto de sua vida a empregou Remígio em instruir ao povo e em ajudar aos necessitados, e combater os hereges que ensinavam doutrinas equivocas. Deus lhe concedeu o dom de fazer curas e anunciar o que ia a suceder no futuro. Morreu em 530. Quando já era um ancião de mais de noventa anos, alguns se riram dele dizendo-lhe que era demasiado velho, e lhes respondeu: "Em vez de se rirem porque cheguei a esta idade, o melhor que deveriam fazer seria dar graças a Nosso Senhor, porque em todo este tempo não dei mau exemplo a ninguém". Oxalá pudéssemos repetir também nós semelhante afirmação tão consoladora. Os franceses têm tido sempre uma grande admiração e veneração por São Remígio e nós damos graças a Deus porque nunca deixará de enviar a sua Igreja apóstolos que convertam os pecadores.

Hildemar, Beato
  Mártir

Hildemar, Beato

Hildemar, Beato

Etimologicamente significa “guerreiro”. Vem da língua alemã. Há nomes que não são próprios de nossa cultura e, sem embargo, em outras abundam muito. O jovem Hildemar havia seguido a Guillermo o Conquistador em todas suas aventuras guerreiras por vários lugares de Europa. Em recompensa por sua fidelidade e amizade, uma vez que conquistou Inglaterra, lhe deu o cargo de capelão da corte. Durou nada mais que o tempo em que esteve Guillermo no poder, pois apenas morreu, o perdeu. Então, após chorar a morte de seu amigo, voltou a Tournai (Bélgica), de onde era originário. Foi neste tempo quando se recompôs de novo sua vida para lhe dar uma nova volta. Com efeito, com dois bons amigos muito devotos, empreendeu uma nova aventura distinta das outras que havia levado com Guillermo. Eles três se foram a um bosque em Arrouaise (Somme) com a santa intenção de viver entregues à oração e à penitência como ermitãos. Nenhum dos três sabia que este bosque era propriedade de Berenger, um chefe de bandidos e ladrões que assaltavam e roubavam quanto podiam. Durante o tempo que julgou conveniente, fez vista grossa ante os novos visitantes, mas as suspeitas lhe vinham à mente com não muitos bons fins. Por curiosidade enviou um dia a um de seus ladrões com toda a maior educação que se pode imaginar. Lhes rogou que o deixassem entrar em seu grupo para fazer oração e penitência. Era pura falsidade. Efetivamente, o admitiram como noviço entre eles para que aprendesse as regras de se comportar e saber a arte de fazer oração e levar uma vida segundo manda o Evangelho. Hildemar o recebeu com os braços abertos. Ao cabo de 24 horas, o falso noviço os apunhalou enquanto oravam humildemente ao Senhor.
Isto ocorreu em 13 de Janeiro de 1087.
¡Felicidades a quem leve este nome!
“A maior vitória: o vencer-se a si mesmo” (Calderón de la Barca). Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

• Verónica de Binasco, Beata
  Virgem Agostinha

Verónica de Binasco, Beata

Verónica de Binasco, Beata

Martirológio Romano: Em Milão, de Lombardia (hoje Itália), beata Verónica de Binasco Negroni, virgem, que entrou no mosteiro de santa Marta, onde se seguia a Regra de santo Agostinho, alcançando uma profunda contemplação (1497). Verónica nasceu em Binasco, perto de Milão, em 1445, era filha de humildes camponeses. Aos vinte e dois anos entrou no convento agostinho de Santa Maria em Milão, e nele passou trinta anos de vida religiosa no humilde ofício de Irmã mendicante. Morreu em 13 de Janeiro de 1497, e aos dez anos da morte, Leão X lhe concedeu o culto privado. Enquanto viveu em família só aprendeu o duro trabalho camponês; não foi à escola, assim que quando entrou no convento teve que lutar bastante para aprender a ler e escrever, mas os resultados foram escassos. Sem embargo, aprendeu a mais importante lição de vida ascética, quando a Virgem lhe revelou numa visão qual era o caminho a seguir para aprender a ciência divina que leva a Deus:
1) A pureza de coração.
2) A paciência para com o próximo, que não nos faz escandalizar das culpas, mas que nos leva a orar pelos que as cometem.
3) A meditação diária sobre a Paixão de Jesus.

Para que se lhe gravassem na memória estas simples mas preciosas noções, a Virgem as traduziu não em letras de alfabeto, mas com poético simbolismo de cores: o branco da pureza e do amor de Deus, o negro da paciência e o roxo da Paixão. Assim, esta humilde monja analfabeta aprendeu a sabedoria diretamente da fonte divina. Sem haver aberto nenhum livro de teologia, e muito menos um tratado de psicologia. Soror Verónica maravilhava a quantos se lhe acercavam pela audácia de sua doutrina. Também tinha uma clara intuição das aflições dos outros. Soror Verónica, estava em contacto permanente com a gente pelo ofício que tinha de pedir esmola de porta em porta, mas ela dava mais do que recebia dando a quantos se aproximavam o pão que alimenta a alma. Por convite da Virgem, viajou a Roma a levar uma mensagem ao Papa, Alexandre Vl. O Papa (um grande devoto da Virgem) a recebeu amavelmente e a escutou com atenção porque compreendeu que se encontrava ante uma alma privilegiada.
A beata Verónica gozou do dom da profecia e usou-o para pré-anunciar o dia e a hora de sua morte. A profecia se cumpriu pontualmente, e soror Verónica expirou serenamente, em 13 de Janeiro de 1497. O Papa Leão X confirmou seu culto em 1517.

• Godofredo de Cappenberg, Santo
  Conde e Religioso

Godofredo de Cappenberg, Santo

Godofredo de Cappenberg, Santo

Martirológio Romano: No mosteiro de Ilbenstad, na Alemanha, são Godofredo, que, sendo conde de Cappenberg, desejou uma vida mais perfeita, para o qual converteu seu castelo em mosteiro e, havendo tomado o hábito canonical, se entregou a servir a pobres e enfermos (1127). Etimologia: Godofredo = que vive em paz, é de origem germânica. Godofredo, que morreu aos trinta anos de idade, pertence à categoria dos santos jovens que passaram sua vida na terra, preparando-se para o céu. Godofredo era conde de Krappenberg e senhor de um grande distrito na diocese de Münster de Westfalia. Sua esposa provinha de uma família tão distinta como a sua.  Sob a influência de São Norberto, fundador dos canónicos Premonstratenses, Godofredo decidiu converter seu castelo de Cappenberg em mosteiro dessa ordem,e em seguida persuadiu a sua mulher e a seu irmão para que renunciassem como ele ao mundo e se fizessem religiosos sob a direção de São Norberto. O sogro de Godofredo lhe opôs uma resistência muito violenta e ainda o ameaçou de morte, mas o beato não deixou por isso de dar todas as suas posses aos premonstratenses.  Perto de Cappenberg construiu um convento em que sua esposa e duas de suas irmãs tomaram o véu. Fundou além disso vários hospitais e outras instituições de caridade. Sendo noviço premonstratense, se empregava nas ocupações mais humildes e lavava os pés aos enfermos e peregrinos albergados no hospital. Ainda que haja recebido já as ordens menores, não viveu o tempo suficiente para ser ordenado sacerdote. Em 13 de Janeiro de 1127 entregou gozosamente sua alma a Deus, declarando que não queria viver um momento mais, nem por todo o ouro do mundo. Os premonstratenses celebram sua festa em 16 de Janeiro.

• Agricio (ou Agrécio) de Tréveris, Santo
  Bispo

Agricio de Tréveris, Santo

Agricio de Tréveris, Santo

Martirológio Romano: Em Tréveris, cidade da Gália Bélgica (hoje Alemanha), são Agricio, bispo, que converteu em igreja o palácio que lhe deu santa Elena (c. 330). A vida de São Agrécio (ou Agrício) há adquirido particular interesse nestes últimos anos, devido às discussões sobre a autenticidade da "Santa Túnica de Tréveris". Segundo a vida do santo (se trata de un documento certamente não anterior ao século XI e considerado pelos críticos como obra de pura imaginação), Agrécio foi primeiro, Patriarca de Antioquia; depois, o Papa São Silvestre, a instâncias da Imperatriz Elena, mãe de Constantino, o nomeou bispo de Tréveris. Essa região de Alemanha, que havia sido evangelizada quase dois séculos antes, voltou a cair praticamente no paganismo. São Agrécio se dedicou a construir ali igrejas e a estabelecer relações mais estreitas com o centro da cristandade. Santa Elena o animou nesta tarefa e lhe enviou uma parte das preciosas relíquias descobertas por ela na Terra Santa. Assim chegaram a Tréveris um dos cravos da cruz, a faca da Última Ceia, os corpos dos santos Lázaro e Marta, e o que passava por ser a túnica inconsútil (de uma só peça) do Senhor. Mas o carácter pouco fidedigno da biografia de São Agrécio, que narra isto, não é um argumento em favor da autenticidade dos factos. Por outra parte, a placa de marfim de origem bizantina, que alguns interpretam como uma representação dos santos Silvestre e Agrécio transportando num carro as relíquias a Tréveris, se refere provavelmente a outra translação de relíquias a Constantinopla, sob o imperador Leão I (457-474). Se afirma também que São Silvestre concedeu a Tréveris, na pessoa de São Agrécio, a primazia sobre todos os bispos da Gália e Germânia. Deixando aparte estas ficções, os únicos dados certos que possuímos sobre São Agrécio são que assistiu como bispo de Tréveris ao Concílio de Arlés, em 314, e que foi sucedido por São Maximino.

• Kentigerno (Mungo), Santo
Bispo e Abade

Kentigerno (Mungo), Santo

Kentigerno (Mungo), Santo

Martirológio Romano: Em Glasgow, cidade de Escócia, são Kentigerno, bispo e abade, que estabeleceu naquele lugar sua sede, e dele se conta que reuniu uma grande comunidade de monges, para imitar a vida da primitiva Igreja (603/612). Kentigerno, mais conhecido pelo apodo de Mungo (“querido amigo”) teve um mau começo em sua vida, a princípios do século VI. Quando se descobriu que a princesa pictia Tanew ou Tannoch ia a dar a luz a um filho sem estar casada, seu enfurecido pai a atirou juntamente com o filho  (que ainda não havia nascido) desde a cúspide de sua fortaleza de Caprain Law. Tanto a mãe como o filho escaparam milagrosamente desta experiência terrível e fugiram para Este, acolhendo-se em sagrado na capela de São Ninian de Glasgow. Com a passagem dos anos, o filho de Tanew foi ordenado, e com o tempo foi ordenado bispo desta cidade. Sua mãe, após seus começos infortunados, pôde recompor-se e se fez uma pia mulher. Anos depois foi canonizada. St Enoch, no coração de Glasgow é uma corrupção de seu nome, St Tannoch. Kentigerno é uma figura de que temos muito pouca informação, tal como sucede com São Ninian, e se lhe recorda principalmente por seus quatro milagres representados no escudo de Glasgow, da qual é padroeiro. Foi obrigado a fugir para Gales, onde se refugiou com São David em Menevia, e mais tarde fundou o mosteiro de São Asaph’s. Quando o rei Rhydderch venceu aos pagãos na batalha de Arderydd no ano 573, Mungo voltou a Strathclyde,preparando sua sede em Hoddam no condado de Dumfries-Dumfriesshire) antes de voltar a Glasgow, onde deixou sua grande catedral que permanece ainda hoje. São Kentigerno morreu no ano 612.

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• Outros Santos e Beatos
  Completando o santoral deste dia

São Pedro,

presbítero e mártir

Na cidade de Capitolias, em Batanea (hoje Israel), são Pedro, presbítero e mártir, que acusado ante Walid, príncipe dos sarracenos, de pregar em público a fé em Cristo, consumou seu martírio cravado numa cruz, depois de lhe terem amputado a língua, mãos e pés (713).

Santa Juta ou Iveta,

reclusa

Perto de Huy, na região de Liege, na Bélgica, santa Juta ou Iveta, a qual, havendo ficado viúva, se dedicou a curar leprosos e, mais tarde, se fez reclusa numa cela perto deles (1228).

Santos  e  mártires

Domingo Pham Trong (An) Kham,

Lucas (Cai) Thin, seu filho, e

José Pham Trong (Cai) Tá

Na cidade de Nam Dinh, em Tonquín (hoje Vietname do Norte), santos mártires Domingo Pham Trong (An) Kham, Lucas (Cai) Thin, seu filho, e José Pham Trong (Cai) Tá, todos os quais, em tempo do imperador Tu Duc, preferiram os tormentos e a morte antes que pisar a cruz (1859).

Beato Emílio Szramek

presbítero e mártir

B. EMILIO SZRAMEK

No campo de concentração de Dachau, perto de Munich, de Baviera, na Alemanha, beato Emílio Szramek, presbítero e mártir, que sendo oriundo de Polónia, durante a guerra foi enviado a este lugar por defender a fé e Cristo, e ali faleceu depois de haver sido atormentado de diversas maneiras (1942).

Santos Hermilio e Estratonico,

mártires

SANTOS HERMILIO Y ESTRATONICO

Em Singidón, em Mesia (hoje Roménia), santos mártires Hermilio e Estratonico, que, depois de cruéis tormentos, foram precipitados no rio Ister (hoje Danúbio), em tempo do imperador Licínio (c. 310).

37420 > Sant' Agrizio di Treviri Vescovo  MR
92234 >
Beato Amedeo di Clermont Monaco 
37440 >
San Chentingerno (Kentingern) Vescovo e abate  MR
37480 >
Santi Domenico e Giuseppe Pham Trong Kham e Luca Thin Martiri  MR
37490 >
Beato Emilio Szramek Sacerdote e martire  MR
94501 >
Sant' Erbino (Ervan) Re di Cornovaglia 
93021 >
Santi Ermilio e Stratonico Martiri  MR
37450 >
San Goffredo di Cappenberg Monaco MR
37460 >
Santi Gumesindo e Servidio Martiri MR
25700 >
Sant' Ilario di Poitiers Vescovo dottore da Chiesa  - Memoria Facoltativa MR
37470 >
Santa Ivetta (Iutta) di Huy  MR
90621 >
San Leonzio di Cesarea di Cappadocia Vescovo
93927 >
Beato Matteo de Lana Mercedario 
72850 >
San Pietro di Capitolias Martire  MR
72600 >
San Remigio di Reims Vescovo  MR
37500 >
Beata Veronica da Binasco Vergine  MR
90700 >
San Vivenzio 

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António Fonseca

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SEGURA NA MÃO DE DEUS - PADRE MARCELO ROSSI


Nº 12 - 12 DE JANEIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Nº 1245

SÃO MODESTO mais 40 soldados seus companheiros

Mártir (início século IV)

São Modesto: nome de Santo que pertence a seis mártires e dois Bispos. O Santo de hoje é um dos Mártires e poder-se-ia dizer, com um jogo de palavras sem nada de irreverente; é o mais modesto de todos os Modestos. Não se sabe, de facto, em que época foi martirizado, nem porquê. Parece que foi sacrificado no princípio do século IV. É recordado com Zótico, Rogato e Cástulo, ele e uns 40 militares, executados na África, numa das primeiras perseguições. Com a fantasia pode imaginar-se este jovem modesto mas intrépido, nas fileiras duma legião romana, na África. Bronzeado pelo Sol, com saudades da casa longínqua, pesado debaixo da mortificante armadura; mas, apesar disso, disciplinado, pronto, obediente, sem vícios, nem rancores. Não maledicente com os colegas, não mentiroso com os superiores. Leal e sincero. Talvez objecto de troça para os companheiros debaixo da tenda, pela sua fé num Deus morto na Cruz; talvez mofado pela sua probidade, talvez metido a ridículo pela sua pureza. E uma manhã, com o sol a bater nas armas polidas, uma voz fá-lo sair da fileira, contra a sua natural modéstia mas com irresistível chamamento; “Quem é  cristão, um passo à frente!”. O soldado Modesto levanta o pé da areia; dá o passo requerido. Não faz caso do conselho daqueles que o exortam a manter-se firme, resistindo à voz da consciência. Nem sequer olha à volta , para ver se os outros avançaram com ele. São uns quarenta, rapados e quase dispersos, no interminável alinhamento. Quarenta modestos como ele e como ele intrépidos na fé. Quarenta jovens sobre os quais pende já o fio da espada. O sangue deles é bebido rapidamente pela abrasada terra africana. Os vazios por eles deixados desaparecem logo, mas fileiras que se recompõem. A Legião fica assim depurada. As Águias das insígnias, com asas pontiagudas, parecem mais sólidas, sobre os artelhos contraídos. A divindade do Imperador recebeu o seu tributo de incenso. Que pode significar aquele sangue derramado na intenção dum Deus sem honra, crucificado? Já desapareceu na areia quente e doirada. Nada parece perturbar o “sol invicto” a quem os Imperadores pedem nova energia para manterem o ordenamento político. Mas na tenda os colegas de armas do mártir Modesto já não conseguem rir-se do companheiro justiçado. E os oficiais perguntam-se entre si que justiça é aquela, a ferir os virtuosos e matar os melhores. Do livro Santos de cada dia, de www.jesuitas.pt

SÃO JOÃO DE RAVENA

Bispo (494)

No pontificado de S. Leão Magno (440-461), foi este Santo eleito Bispo de Ravena, na Itália. A invasão dos bárbaros, que se dera pouco antes, tinha deixado a Europa em estado deplorável e aflitivo. S. João, imitando aquele grande Papa que embargou o passo a Átila, salvou Ravena da ira dos bárbaros. Unido com muitas famílias que desejavam estabelecer um Estado no meio das águas, para assim oporem as suas pessoas a salvo da rapacidade das hordas do Norte, foi um dos principais fundadores de Veneza. Caritativo e generoso por excelência, era verdadeiro pai do seu povo. Reformou a disciplina da diocese, morigerou o clero e conservou intacto o rebanho de Jesus Cristo, apesar da calamidade da época. Por último, depois duma gloriosa e trabalhosa vida, entregou o espírito ao Senhor no ano de 494. Do livro Santos de cada dia, de www.jesuitas.pt

SÃO BENTO BISCOP

Abade (690)

Benito Biscop, Santo

Benito Biscop, Santo

Martirológio Romano: No mosteiro de Wearmouth, em Northumbria (hoje Inglaterra), são Benito Biscop, abade, que peregrinou cinco vezes a Roma, de onde trouxe muitos mestres e livros para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de são Benito progrediram na ciência do amor de Cristo, no bem da Igreja (c. 690). Etimologia: Benito = Aquele que Deus bendiz, é de origem latino.

Talvez as palavras mais apropriadas para louvar a São Bento Biscop são as que se encontram na Vita quinque sanctorum abbatum do Venerável são Beda: “Foi confiado por seus pais aos sete anos para que o educasse, e se converteu assim no meu mais ilustre discípulo e numa de minhas maiores glórias”. Aos 25 anos, Bento renunciou aos favores do rei Oswiu para pôr-se ao serviço do verdadeiro Rei, Jesus Cristo, para receber não um corruptível dom terreal, mas sim um reino eterno na cidade celestial; abandonou sua casa, seus familiares e a pátria por Cristo e pelo Evangelho, para receber o cêntuplo e possuir a vida eterna. No ano 653, depois de haver feito sua eleição, Bento fez a primeira de suas seis viagens a Roma para manifestar sua devoção aos Santos Pedro e Paulo e ao Papa, como também para buscar modelos de vida e de instituições monásticas, tanto em Roma como nos vários lugares por onde passava. Com razão pôde dizer em seu leito de morte: “Filhinhos meus, não creiam que inventei a constituição que lhes dei. Depois de haver visitado dezassete mosteiros, de que tratei de conhecer perfeitamente as leis e os costumes, reuni as regras que me pareceram melhores e esta seleção é a que lhes dei”. Em Lerino, por exemplo, durante a segunda viagem a Roma, em 665, permaneceu quase dois anos. Não só se contentava com buscar modelos de vida, mas também numerosos livros, documentais iconográficos, relíquias de santos, ornamentos sagrados e outros objetos que servissem para o culto em perfeita sintonia com a Igreja de Roma. Inclusive, uma vez pediu ao Papa Agatão que lhe enviasse o cantor da Basílica de São Pedro, o abade João, para que lhes ensinasse o canto romano a seus monges dos mosteiros de Wearmouth e de Yarrow, dedicados naturalmente um a São Pedro e o outro a São Paulo. Quando regressou da sexta viagem a Roma, teve a desagradável surpresa de encontrar quase destruídas suas instituições por causa de uma epidemia. São Bento Biscop morreu em 12 de Janeiro do ano 690 com a idade de 62 anos.

SANTO ANTÓNIO MARIA PUCCI

Pároco (1818-1892)

Antonio María Pucci, Santo

António María Pucci, Santo

Presbítero Servita

Nasceu em Poggiole (Itália), a 16 de Abril de 1818. Seus pais eram agricultores e bons cristãos. Aos dez anos dez a primeira comunhão e o pároco, ao ver a piedade do menino, começou a ensinar-lhe latim. A criança foi crescendo em piedade e amor a Deus e à Santíssima Virgem. Em 1837 entrou na Ordem dos Servos de Maria. No fim do noviciado fez os votos de pobreza, castidade e obediência. À medida que avançava nos estudos, progredia igualmente na prática de todas as virtudes. Ordenado sacerdote, foi mandado para Viareggio como auxiliar do pároco de Santo André. Três anos depois assumiu a responsabilidade da paróquia. Mereceram-lhe particular atenção os que não podiam ir à igreja: marinheiros e doentes. Homem de ação e muita oração que prolongava pela noite dentro. Durante a peste de cólera-morbo fez prodígios de caridade. E foi a caridade que o levou á morte, pois em Janeiro de 1892, sendo chamado par atender um  doente, enfrentou o gélido frio da noite sem o devido agasalho, porque tinha dado a um pobre o próprio capote. Voltou para casa com alta febre que em poucos dias o levou à sepultura. Foi beatificado em 1952 e canonizado a 9 de Dezembro de 1962. AAS 55 (1963) 761-9.Do livro Santos de cada dia, de www.jesuitas.pt. Ver TAMBÉM WWW.ES.CATHOLIC E WWW.SANTIEBEATI.IT

SANTA MARGARIDA BOURGEOYS

Fundadora (1620-1700)

Margarita Bourgeoys, Santa

Margarita Bourgeoys, Santa

Fundadora da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora

Martirológio Romano: Em Montreal, na província de Quebec, no Canadá, santa Margarita Bourgeoys, virgem, que prestou grande ajuda aos colonos e aos soldados, e trabalhou para assegurar a formação cristã das jovens, fundando para isso a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora (1700). Etimologia: Margarita = Aquela de beleza pouco comum, é de origem latino. Margarita era a sexta filha dos doze do matrimónio de Abraham Bourgeoys e Guillermina Garnier. Nasceu em Troyes (França), em 17 de Abril de 1620. Aos vinte anos quis ingressar com as carmelitas e as clarissas, sem ser aceite. O padre Gendret, ao ver que os dois conventos a recusaram, viu o sinal para fundar uma congregação sem clausura, mas a dita fundação também fracassou. Em 1652 o governador da pequena colónia francesa Villa Maria, no Canadá, convidou-a como mestra. Troyes, Paris, Orleães, Nantes foram as primeiras etapas de sua viagem para o Canadá. Saiu do porto de São Nazário e, depois de quatro meses, em 16 de Novembro de 1653, chegou ao Canadá e, num mês, a Villa María, a pequena colónia que logo se converteria na cidade de Montreal, e que nesse momento se reduzia a um forte em que habitavam umas duas mil pessoas, com um pequeno hospital e uma capela atendida ocasionalmente por algum missionário. Aí Margarita ensinava o catecismo, curava enfermos, socorria aos soldados feridos e ajudava aos necessitados. Fez restaurar a grande cruz de Montreal que havia sido destruída pelos índios iroqueses e as arranjou para construir uma nova capela dedicada a Nossa Senhora em 1667. No ano seguinte inaugurou a primeira escola de Montreal num antigo estábulo com uma dezena de alunos. Os anos seguintes foram agitados e difíceis por causa da guerra contra os iroqueses. Ao terminar a guerra, Montreal se converteu numa verdadeira cidade. Em sua escola Margarita acolheu também aos filhos dos índios. Viajou oito vezes a França para buscar a jovens que quisessem ajudar na tarefa da educação. Nessas ocasiões levava consigo a raparigas órfãs camponesas que desejavam educar-se no Novo Mundo e formar mais tarde seu lar, pois havia muitos soldados e comerciantes mas as filhas dos colonos eram poucas e não se podiam formar lares cristãos. Quando esteve em França de 1670 a 1672 conseguiu a aprovação do rei Luís XIV para seus planos de fundação da Congregação de Nossa Senhora, no ano 1676. Em 1683 o convento se incendiou e duas irmãs morreram, entre elas sua sobrinha. Foi então quando monsenhor Laval quis fazer a fusão com as ursulinas já que era difícil aceitar a ideia de uma comunidade religiosa missionária sem clausura... Finalmente no ano 1698 as vinte e quatro irmãs puderam fazer a profissão religiosa. Desde o momento em que Margarita renunciou ao cargo de superiora aos setenta e três anos, sua saúde começou a declinar. Mas o fim chegou de uma maneira inesperada. No último dia do ano 1699 a fundadora ofereceu sua vida para salvar a de uma religiosa que estava gravemente enferma. Havendo recobrado ela a saúde, a madre morreu em 12 de Janeiro de 1700. Alguns anos mais tarde, em 1768, num novo incêndio se queimou a capela onde se conservava o coração da madre Margarita e, ao resgatá-lo das chamas, notaram que saía sangue. Foi beatificada pelo papa Pío XII em 12 de Novembro de 1950 e canonizada pelo papa João Paulo II em 31 de Outubro de 1982.

Arcádio de Mauritânia, Santo

Mártir

Arcadio de Mauritania, Santo

Arcádio de Mauritânia, Santo

Martirológio Romano: Em Cesareia de Mauritânia (hoje Argélia), santo Arcádio, mártir, que se escondeu em tempo de perseguição, mas, ao ser detido um familiar seu se apresentou espontaneamente ao juiz e, por negar-se a sacrificar aos deuses, sofreu dolorosos tormentos até consumar seu martírio (c. 304). Etimologia: Arcádio = Aquele que é venturoso, é de origem grega. Se desconhece a data exata de seu martírio, mas parece que teve lugar em alguma cidade de Mauritânia, provavelmente em Cesareia, a capital. 

Arcadio de Mauritania, Santo

Arcádio de Mauritânia, Santo

As perseguições estavam em todo o seu furor e milhares de cristãos eram torturados pelos soldados romanos sem esperar a sentença do juiz. Em tão terríveis circunstâncias, Santo Arcádio se retirou para a solidão. Sem embargo, o governador da cidade ao saber que não se havia apresentado aos sacrifícios públicos, capturou a um parente e o manteve como refém até que o fugitivo se apresentasse. Ao sabê-lo, o mártir voltou à cidade e se entregou ao juiz que o obrigou a que se sacrificasse aos deuses. Ante sua negativa, o juiz o condenou à morte, cortando cada um de seus membros de maneira lenta. Ao encontrar-se totalmente mutilado, o mártir se dirigiu à comunidade pagã, exortando-os a abandonar a seus deuses falsos e a adorar ao único Deus verdadeiro, o Senhor Jesus. Os pagãos se ficaram, espantados de tanto valor e os cristãos recolheram seu cadáver e começaram a honrá-lo como a um grande santo.

Elredo de Rievaulx, Santo

 Abade

Elredo de Rievaulx, Santo

Elredo de Rievaulx, Santo

Martirológio Romano: No mosteiro de Rievaulx, também em Northumbria (hoje Inglaterra), santo Elredo, abade, o qual, educado na corte do rei de Escócia, ingressou na Ordem Cisterciense, sendo mestre exímio da vida monástica e promovido constante e suavemente, com seu exemplo e seus escritos, a vida espiritual e a amizade em Cristo (c. 1166). Abade de Rievaulx, escritor de homilias e historiador (1109-66). Santo Elredo, cujo nome também há sido escrito como Aelred, Ailred, Æthelred e Ethelred, foi filho de um daqueles sacerdotes casados dos quais muitos se podem encontrar em Inglaterra nos séculos onze e doze. Nasceu em Hexham, mas em tenra idade conheceu a David, o filho menor de Santa Margarita, que pouco depois foi Rei de Escócia, em cuja corte aparentemente atuou por alguns anos como um tipo de pajem, ou acompanhante para o jovem Príncipe Enrique.  O Rei David amava ao pio jovem inglês, o promoveu a seu lar, e desejava fazê-lo bispo, mas Elredo decidiu converter-se em monge cisterciense, na recentemente fundada abadia de Rievaulx em Yorkshire.  Cedo foi nomeado mestre de noviços, e por muito tempo foi recordado por sua extraordinária paciência e ternura para com aqueles a seu cargo. Em 1143 enquanto Guillermo, Earl de Lincoln, fundou uma nova abadia cisterciense em suas terras em Revesby em Lincolnshire, Santo Elredo foi enviado com doze monges a tomar posse da nova fundação. Sua estadia em Revesby, onde parece haver conhecido a São Gilberto de Sempringham, não foi longa, pois em 1146 foi eleito abade de Rievaulx. Neste posto o santo não só foi superior de uma comunidade de 300 monges, mas também esteve à cabeça de todos os abades cistercienses em Inglaterra. As causas lhe eram referidas, e com frequência tinha que fazer longas viagens para visitar os mosteiros de sua ordem. Uma viagem tal o levou em 1153 a Escócia, onde se encontrou com o Rei David por última vez e no seu regresso a Rievaulx pouco depois lhe chegou a notícia da morte de David, pelo que traçou um esboço sobre o personagem do falecido rei, a maneira de pêsames. Parece haver exercido influência considerável sobre Enrique II nos primeiros anos de seu reinado, e havê-lo persuadido de unir-se a Luís VII de França para encontrar-se com o Papa Alexandre III, em Touci em 1162. Ainda que sofresse de uma complicação de males muito dolorosos, viajou a França para assistir à reunião geral de sua Ordem. Esteve presente na Abadia de Westminster, na traslação de Santo Eduardo o Confessor, em 1163, e em vista deste evento, escreveu a biografia do santo rei e deu uma homilia dedicada a ele. No ano seguinte Elredo efetuou uma missão às tribos bárbaras Pictish de Galloway, onde se diz que seu chefe se comoveu tão profundamente por suas exortações que se converteu em monge. Através de seus últimos anos Elredo deu extraordinário exemplo de paciência heroica ao sofrer uma série de enfermidades.  O que é mais, era tão abstémio que se o descrevia “mais como um fantasma que como um homem.” Se supõe em geral que sua morte ocorreu em 12 de Janeiro de 1166, ainda que haja razões para pensar que o ano realmente foi 1167. Santo Elredo deixou uma considerável coleção de sermões, cuja eloquência lhe fez ganhar o título de “o Santo Bernardo Inglês”. Foi autor de vários tratados ascéticos, dos quais sobressai “Speculum Charitatis”,  também um compêndio do mesmo (realmente um rascunho a partir do qual se desenvolveu o trabalho completo), um tratado “De Spirituali Amicitiâ” e uma certa carta a uma eremita. Tudo isto, junto com um fragmento de sua obra histórica, foi coleccionado e publicado por Richard Gibbons, S.J., em Douai, em 1631. Uma edição mais completa e melhor está contida no quinto volume da “Biblioteca Cisterciensis” de Tissier, 1662, da qual foi impressa em P.L., vol. CXCV. As obras históricas incluem uma “Vida de Santo Eduardo,” um reconto importante da “Batalla del Estándar”, (1138), obra incompleta sobre a genealogia dos reis de Inglaterra, um tratado “De Sanctimoniali de Watton” (sobre a Monja de Watton), uma “Vida de Santa Ninian”, uma obra sobre os “Milagres da Igreja de Hexham”, um reconto das fundações da Abadia de Santa María de York e Fuentes, assim como outras que estão perdidas. Nunca se há publicado uma edição completa do opúsculo histórica de Aelred. Umas poucas foram impressas por Twysden em seu “Decem Scriptores”, outros devem ser buscados na Série Rolls ou em “Prior de Hexham” de Raine (Surtees Society, Durham, 1864).

• Bernardo de Corleone (Filippo Latini), Santo

Laico Capuchinho

Bernardo de Corleone (Filippo Latini), Santo

Bernardo de Corleone (Filippo Latini), Santo

Martirológio Romano: Em Palermo, cidade de Sicília (hoje Itália), são Bernardo de Corleone, da Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos, admirável por sua caridade e exímio por sua penitência (1667). Filippo Latini, que assim se chamava de secular nosso santo, nasceu em Corleone (Sicília, Itália), em 6 de Fevereiro de 1605. De jovem exerceu o oficio de sapateiro. Sua casa era conhecida como «a casa dos santos», porque tanto seu pai como seus irmãos eram muito caritativos e virtuosos. Por isso, recebeu uma boa formação religiosa e moral. Era muito devoto de Cristo crucificado e da santíssima Virgem. Sem embargo, tinha um carácter muito forte. Em certa ocasião, teve um confrontação com outro jovem; depois das palavras passaram às mãos: ambos desembainharam a espada e, após um breve duelo, o outro ficou gravemente ferido. Ao fugir da justiça humana, buscou refúgio numa igreja, invocando o direito de asilo, mas, ainda que se livrou da justiça humana, não pôde escapar de sua consciência. Na solidão e na meditação refletiu longamente sobre o delito cometido e sobre toda sua vida, desperdiçada, inútil e dissipada, odiosa aos demais e daninha para sua alma, o mais precioso que o homem possui. Se arrependeu, invocou o perdão de Deus e dos homens e fez áspera penitência. Para reparar seus pecados, com vestidos de penitente decidiu tomar o saial dos Irmãos Menores Capuchinhos. Abandonou Corleone, que lhe recordava seu passado, e chamou à porta do convento de Caltanissetta, em Sicília, onde foi admitido e tomou o nome de Bernardo. Como laico professo da ordem dos Frades Menores Capuchinhos, foi em verdade um homem novo, decidido a alcançar uma perfeição cada vez mais alta, com humildade, obediência e austeridade. No convento exerceu quase sempre o ofício de cozinheiro o ajudante de cozinha. Além disso, atendia aos enfermos e realizava uma grande quantidade de trabalhos complementares, com o desejo de ser útil a todos, aos irmãos sobrecarregados de trabalho e aos sacerdotes, aos que lavava a roupa e prestava outros serviços. Dormia no chão, não mais de três horas diárias, e multiplicava sues jejuns. Ainda que inculto e iletrado, alcançou as alturas da contemplação, conheceu os mais profundos mistérios, curou enfermos, distribuiu consolos e conselhos, intercedeu com sua oração para alcançar de Deus abundantes graças para os outros. Isto o realizou durante trinta e cinco anos, até sua morte. Sua oração assídua, sua caridade fervente, sua filial devoção à Virgem Imaculada e sua acendrada devoção à Eucaristia - apesar dos costumes daqueles tempos, recebia a comunhão diariamente -, foram o segredo de sua santidade. Se preocupou por conformar-se a Cristo crucificado. Tomou a sério o Evangelho e tratou sempre de o viver com todas suas consequências. Morreu em 12 de Janeiro de 1667 em Palermo. Tinha 62 anos. O papa Clemente XIII o beatificou em 15 de Maio de 1768, e João Paulo II o canonizou em 10 de Junho de 2001.  Reproduzido com autorização de Vatican.va

Pedro Francisco Jamet, Beato

  Presbítero

Pedro Francisco Jamet, Beato

Pedro Francisco Jamet, Beato

Segundo Fundador do Instituto de Filhas do Bom Pastor

Martirológio Romano: Na cidade de Caen, em França, beato Pedro Francisco Jamet, presbítero, que se distinguiu por sua ajuda a  religiosas Filhas do Bom Pastor e por seu trabalho para a restituição da paz à Igreja, depois de um tempo de instabilidade (1845). Considerou-se e se lhe chamou o "Segundo Fundador" do Instituto das Filhas do Bom Pastor. Pedro Francisco Jamet, nasceu em 12 de Setembro de 1762 em Fresnes, França, seus pais, ricos agricultores, tiveram oito filhos, dos que dois foram sacerdotes e uma foi religiosa. Pedro Francisco Jamet Estudou no Colégio de Vire e aos 20 anos sentiu-se chamado ao sacerdócio, pelo que se matriculou na renomeada Universidade de Caen, em que seguiu os cinco anos de estudo em filosofia e teologia. Em 1784 entrou no seminário e em 22 de Setembro de 1787 foi ordenado sacerdote, obteve o título de licenciado em teologia e o título de "Master of Arts", mas não pôde continuar sua especialização por rebentar a Revolução Francesa. Existia em Caen uma comunidade das Filhas do Bom Pastor, instituto fundado em 1720 pela Mãe de Anna Leroy, em 1790 o P. Jamet foi nomeado capelão e confessor do Instituto, de que chegou a ser superior religioso em 1819. Em 1798 se negou realizar o juramento imposto pelas autoridades da Revolução Francesa, pelo que foi detido e recebeu ameaças de morte. Milagrosamente recuperou a liberdade e se dedicou com todos os meios a ajudar as Filhas do Bom Pastor, celebrando a Missa  secretamente, apoiando os irmãos vacilantes e alentando aos fieis perseguidos. Depois da Revolução, pôde dedicar-se abertamente à restauração e ao crescimento da Congregação do Bom Pastor. Iniciou a assistência educativa aos surdo-mudos, para o que realizou estudos específicos sobre sua educação, introduzindo novos métodos de ensino específico. Durante oito anos, desde 1822 a 1830, foi reitor da Universidade de Caen, logrando entre os docentes e os estudantes uma nova atmosfera de fé cristã, posterior à grande tormenta da Revolução e à propagação de ideias "ilustradas e racionalistas". Tudo o fazia para a glória de Deus, porque interiormente era todo de Deus. Aos 83 anos, em consequência de esgotamento e à idade, Pedro Francisco Jamet morreu em 12 de Janeiro de 1845. Os acontecimentos políticos fizeram, que pese o reconhecimento público de sua fama de santidade, o necessário processo canónico se iniciasse apenas em 1930, completado com a aprovação do milagre atribuído a sua intercessão, em 11 de Dezembro de 1985. O Papa João Paulo II o beatificou em 10 de Maio de 1987.

• Nicolás Bunkerd, Beato

Sacerdote e Mártir

Nicolás Bunkerd, Beato

Nicolás Bunkerd, Beato

Sacerdote Tailandês, Mártir

Martirológio Romano: No lugar chamado Tomhom, perto de Bangkok, na Tailândia, beato Nicolás Bunkerd Kitbamrung, presbítero e mártir, pregador exímio do Evangelho, que foi encarcerado no tempo de perseguição contra a Igreja e por causa da tísica, que contraiu ajudando aos enfermos, faleceu de modo exemplar (1944). Nasceu em 28 de Fevereiro de 1895 em Sam Phran, Nakhon Pathom, Tailândia. Foi um de seis filhos. Seus pais se converteram ao cristianismo e educaram a seus filhos na fé. Ingressou no Seminário Menor de Hang Xan com a idade de 13 anos, e em 1920 no Seminário Maior em Penang, Malásia. Ordenado sacerdote na Arquidiocese de Bangkok, Tailândia em 1926. Foi pastor em Bang Nok Khneuk e Phitsanulok. Missionário no norte de Vietname de 1930 a 1937, trabalhando para recuperar aos católicos que haviam decaído em sua prática devido à pobreza. Durante a guerra entre França e Indochina, Nicholas foi acusado de espiar para os franceses. Em 1941 foi detido e condenado a 10 anos de prisão. Ali contraiu a tuberculose que, somando às penúrias da cadeia, finalmente lhe causou a morte (em 12 de Janeiro de 1944). Mas antes disso, durante os dois anos que viveu na prisão, converteu a seus companheiros, batizando pelo menos a 68 deles.  É o primeiro sacerdote mártir de Tailândia. Foi beatificado por S.S. João Paulo II em 5 de Março de 2000.

Santos Tigrio, presbítero, e

Eutrópio, mártires

Em Constantinopla (Istambul, hoje na Turquia), santos mártires Tigrio, presbítero, e Eutrópio, leitor, aos quais, em tempo do imperador Arcádio, foram acusados falsamente de haver incendiado a igreja principal e o palácio senatorial como reação ao desterro do bispo são Juan Crisóstomo, sendo submetidos ao martírio sob Optato, prefeito da cidade, partidário do culto aos falsos deuses e contrário à religião cristã (406).

Santa Cesária, abadessa

Em Arlés, cidade da Provença, na Gália (hoje França), santa Cesária, abadessa, irmã do bispo são Cesário, que, para ela e para suas irmãs, escreveu uma Regra destinada a santas virgens (c. 529).

Santo Ferreol, bispo e mártir

Em Grenoble, em Burgundia (hoje França), são Ferreol, bispo e mártir, que foi ferido de morte por um sicário enquanto exortava a  multidão (c. 659).

São Martín (Martinho) de la Santa Cruz,

religioso presbítero

Na cidade de Leão, em Espanha, são Martín de la Santa Cruz, presbítero e canónico regular, que foi varão perito na Sagrada Escritura (1203).

Beato António Fournier, mártir

Em Preuilly, de Anjou, em França, beato António Fournier, mártir, o qual, artesão de ofício, foi fuzilado durante a Revolução Francesa por sua fidelidade à Igreja (1794).

São Victoriano, abade

No mosteiro de Asán, na região de Barbastro, do Reino de Aragão, são Victoriano, que, havendo nascido em Itália, abraçou a vida monástica, e estando dedicado à oração na solidão das montanhas pirenaicas, aceitou a responsabilidade de dirigir o mosteiro que depois levou seu nome (c. 561).

90569 > Sant' Aelredo (Etelredo) di Rielvaux Abate  MR
37370 > Beato Antonio (Antoine) Fournier Padre di famiglia, martire  MR
37225 > Sant' Antonio Maria Pucci Religioso  MR
37400 > Sant' Arcadio di Cesarea di Mauritânia Martire  MR
37300 > San Benedetto Biscop Abate MR
30850 > San Bernardo da Corleone Religioso  MR
93928 > Beato Bernardo de Plano Mercedario 
37350 > Santa Cesira (Cesaria) di Arles Sorella di S. Cesario  MR
37270 > San Ferreolo di Grenoble Vescovo e martire  MR
91614 > Santa Margherita (Marguerite) Bourgeoys Fondatrice  MR
37320 > San Martino di Leon (di Santa Croce) Sacerdote  MR
90007 > Beato Nicola Bunkerd Kitbamrung Sacerdote thailandese, martire  MR
91213 > Beato Pier Francesco Jamet Fondatore francese  MR
91585 > Santa Taziana di Roma Martire 
92510 > Santi Tigrio ed Eutropio Martiri  MR

www.jesuitas.pt  -  www.santiebeati.it  - www.es.catholic

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...