sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nº 42 - 11 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1274

NOSSA SENHORA DE LOURDES

Invocação Mariana

Nuestra Señora de Lourdes

Nossa Senhora de Lourdes

Abriu-se o Templo de Deus no céu (Ap. 11, 19); o véu da fé rasgou-se e deixou-nos passar, a fim de vermos o céu, o que se passa em cima, a sua glória e perene juventude, a sua força e o seu poder. Isto é Lourdes (em português Lurdes), a porta do céu que se entreabre. Quando a ciência médica e cirúrgica pensava ter atingido o zénite dO progresso, a Virgem Santíssima valia àqueles que os médicos desenganavam. Quando a ciência racionalista se ria do sobrenatural e tinha como infantis os Vaticanistas que aceitavam a palavra infalível do “ultrapassadoPontífice, que a 8 de Dezembro de 1854 definira solenemente a Imaculada Conceição, a muralha do sobrenatural deu passagem a Maria e ela pareceu no Sul da França a um menina do campo, e disse-lhe também: “Sou a Imaculada Conceição”. A festa de hoje, ao que parece, mereceria ser chamada Memória ou Comemoração das aparições, porque, na verdade, de 11 de Fevereiro a 10 de Julho, a bem-aventurada Virgem Imaculada dignou-se transmitir uma missão durante 18 Aparições.

1ª Aparição – 11 de Fevereiro. Na manhã dessa quinta-feira, as duas irmãs Bernadette (ou Bernardina) e Antonieta, e uma amiga Joana Abadie, procuravam lenha junto à gruta de Massabielle, nas margens do rio Gave. As duas pequenas saltam sem dificuldade um regato. Bernadette descalça-se para meter os pés na água e passar-se ao outro lado. Entretantoescreve ela – “vi numa cavidade do rochedo uma moita, uma só, que se agitava como se estivesse muito vento. Quase ao mesmo tempo saiu do interior da gruta uma nuvem doirada, e logo a seguir uma Senhora nova e bela, bela mais que todas as criaturas, como eu nunca tinha visto nenhuma. Veio pôr-se à entrada da concavidade, por cima do tufo de verdura. Logo olhou para mim, sorriu-me e fez-me sinal para que me aproximasse, como o faria minha mãe. Tinha-me passado o medo, mas parecia-me que não sabia onde estava. Esfreguei os olhos, fechei-os, tornei-os a abrir; mas a Senhora estava lá sempre, continuando a sorrir-se e fazendo-me compreender não estar eu enganada. Sem saber o que fazia, tomei o terço e ajoelhei-me. A Senhora aprovou com um sinal de cabeça e passou para os seus dedos um rosário que trazia no braço direito. Quando quis começar a rezar e erguer a mão à testa, o meu braço ficou imóvel, como que paralisado. Só depois de a Senhora fazer o sinal da cruz é que eu o pude fazer também. A Senhora deixava-me rezar sozinha. Ela apenas passava as contas pelos dedos, sem falar. Só no fim de cada mistério dizia comigo: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo… Quando acabou a reza, a Senhora voltou a entrar no interior do rochedo e a nuvem de oiro desapareceu com Ela”. A quem lhe perguntava como era a Senhora, Bernadette fazia esta descrição: “Tem as feições duma donzela de 16 ou 17 anos. Um vestido branco cingido com faixa azul até aos pés. Traz na cabeça véu igualmente branco, que mal deixa ver os cabelos, caindo-lhe pelas costas. Na ponta de cada um sobressai uma rosa doirada. Do braço direito pende um rosário de contas brancas encadeadas em oiro, brilhante como as duas rosas dos pés”.

2ª Aparição – 14 de Fevereiro. Tudo, mais ou menos, como na primeira. Temendo que fosse alguma alma do outro mundo, como lhe tinham dito, Bernadette asperge o penedo com águia benta. Ela não se zanga – diz a pequena com satisfação. Pelo contrário, sorri para todos nós. Nestas duas primeiras aparições, Nossa Senhora nada disse, além de rezar as Glórias dos mistérios.

3ª Aparição – 18 de Fevereiro. A celestial Aparição pergunta delicadamente à menina: – Queres fazer-me o favor de vir aqui durante 15 dias?Assim o prometo – respondi. – Também eu prometo fazer-te feliz, não neste, mas no outro mundo.

4ª Aparição – 19 de Fevereiro. Enquanto a vidente rezava, uma multidão de vozes sinistras, que pareciam sair das cavernas da terra, cruzaram-se e entrechocaram-se, como os clamores duma multidão em desordem. Uma dessas vozes, que dominava as outras, gritava em tom estridente, raivoso, para a pastorinha: Foge! Foge daqui! Nossa Senhora ergueu a cabeça, franziu ligeiramente a fronte e logo aquelas vozes fugiram em debandada.

5ª Aparição – 20 de Fevereiro. Nossa Senhora ensinou pacientemente, palavra por palavra, uma oração só para Bernadette, que ela devia repetir todos os dias.

6ª Aparição – 21 de Fevereiro. “A Senhora – escreve a vidente – desviou durante um instante de mim o seu olhar, que alongou por cima da minha cabeça. Quando voltou a fixá-lo em mim, perguntei-lhe o que é que a entristecia e Ela respondeu-me: – Reza pelos pecadores, pelo mundo tão revolto.

7ª Aparição – 23 de Fevereiro. A Vidente, caminhando de joelhos e beijando o chão, vai do lugar onde se encontrava até à gruta. Nossa Senhora comunica-lhe um segredo que a ninguém podia revelar.

8ª Aparição – 24 de Fevereiro. A Santíssima Virgem disse estas palavras: – Reza a Deus pelos pecadores!  Penitência!  Penitência! Penitência!  Beija a terra em penitência pela conversão dos pecadores!

9ª Aparição – 25 de Fevereiro. “A Senhora disse-me: – Vai beber à fonte e lavar-te nela. Não vendo ali fonte alguma, eu ia ao rio Gave beber. Ela disse-me que não era ali. Fez-me sinal com  o dedo mostrando-me o sítio da fonte. Para lá me dirigi. Vi apenas um pouco de lama. Meti a mão e não pude apanhar água. Escavei e saiu água mais suja. Tirei-a três vezes. À quarta já pude beber”. Era a água milagrosa que tantos prodígios tem realizado. Nossa Senhora mandou-lhe ainda fazer esta penitência pelos pecadores: – Come daquela erva que ali está! Quando troçavam da pequena por tão estranha ordem, respondia: – “Mas vocês também não comem salada?”

10ª e 11ª Aparições – 27 e 28 de Fevereiro. Na primeira destas visitas, a Virgem Imaculada tornou a mandar beijar o chão em penitência pelos pecadores; na segunda sorriu e não respondeu quando a Vidente lhe perguntou o nome.

12ª Aparição – 1 de Março. A Aparição manda a Bernadette rezar o terço pelas suas contas e não pelas duma companheira, Paulina Sans, que lhe tinha pedido para usar as suas.

13ª Aparição – 2 de Março. A Virgem pede: – Vai dizer aos sacerdotes que tragam aqui o povo em procissão e que me construam uma capela.

14ª Aparição – 3 de Março. A Senhora não aparece à hora habitual, mas sim ao entardecer e deu a explicação: – Não me viste esta manhã porque havia pessoas que desejavam examinar o que fazias enquanto eu estava presente. mas elas eram indignas. Tinham passado a noite na gruta profanando-a.

15ª Aparição – 4 de Março. No segundo mistério do primeiro terço, Bernadette começa a ver Nossa Senhora. Acabou esse Terço e rezou outros dois, refletindo ora alegria, ora tristeza. Durante esta quinzena, Nossa Senhora comunicou à menina três segredos e uma oração com esta ordem: – Proíbo-te de dizer isto, seja a quem for.

16ª Aparição – 25 de Março. Na manhã da festa da Anunciação, dirigiu-se para a gruta a privilegiada menina. “Peguei no terço – escreve ela. Enquanto rezava, assaltava-me teimosamente o desejo de lhe pedir que dissesse o seu nome. Receava, porém, ser importuna com uma pergunta que já tinha ficado sem resposta mais de uma vez…Num impulso, que não me foi possível conter, as palavras saíram-me da boca…Senhora, quereis ter a bondade de me dizer quem sois? A única resposta foi uma saudação de cabeça, acompanhada dum sorriso. Nova tentativa, seguida de idêntica resposta. A terceira vez que lhe perguntei, tomou um ar grave e humilde. Em seguida, juntou as mãos, ergueu-as… olhou para o céu… depois, separando lentamente as mãos e inclinando-as para mim, deixando tremer um pouco a voz, disse-me: – Eu sou a Imaculada Conceição”.

17ª Aparição – 7 de Abril. Nossa Senhora nada disse, mas verificou-se nesta Aparição o chamado milagre da vela. A vela benta, que Bernadette segurava, escorregou-lhe pela mão atingindo-lhe os dedos. – Meu Deus, ela queima-se! – gritam várias pessoas. – Deixem-na estar! – ordena o Dr. Dozous. Bernadette não se queimou.

18ª Aparição – 16 de Julho. Como é festa de Nossa Senhora do Carmo, a Vidente assiste à Missa e comunga na Igreja. À tarde sente que Deus a chama para a gruta, mas não pode aproximar-se devido à sebe e aos soldados que, por malvada ordem do governo, cercam o recinto. A menina contempla a Senhora, além do rio e da sebe. “Não via o rio, nem as tábuas – explicará ela mais tarde. Parecia-me que, entre mim e a Senhora, não havia mais distância que nas outras vezes. Só a via a Ela. Nunca a vi tão bela”. Foi o último adeus da Senhora até ao céu.

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Desde 1858 até hoje, contínuas multidões se têm reunido em Lurdes, às vezes presididas por Papas ou seus Legados, e muito mais frequentemente por Bispos e Cardeais. Os milagres de curas são estudados com todo o rigor e só reconhecidos quando de todo certos. Mais numerosas são as curas de almas, embora mais difíceis de contar. Como vimos, Nossa Senhora pediu a Bernadette que se dirigisse aos sacerdotes e lhes dissesse que levantassem uma capela no lugar das Aparições. – Uma capela! – comentou um sacerdote a quem foi comunicado o pedido. Tens tu dinheiro para erguê-la?Não tenho – disse com muita naturalidade a Vidente. – Pois nós também não. Diz a essa Senhora que to dê. Maria Imaculada deu mais que dinheiro. Abriu-se o céu, choveram e continuam, a chover ainda agora os seus tesoiros. “O dedo de Deus” está em Lurdes há para cima de cem anos (cento e cinquenta e três anos, exatamente…)

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Quanto ao carácter sobrenatural das Aparições, indicamos alguns pensamentos que deveriam ser cotejados com os factos decorridos: Bernadette estava de perfeita boa fé ao relatar as manifestações recebidas, e, sendo a menos nervosa das meninas, não foi vítima de exaltação entusiasta. O carácter sobrenatural deduz-se da atitude que prudentemente assumiu a Hierarquia da Igreja: o pároco, o bispo e outros tantos prelados e mesmo os vários Papas. E tenha-se presente que o estudo dos pretensos milagres se faz em Lurdes por uma comissão médica que trabalha com a máxima seriedade. Qual é a mensagem que se depreende das 18 Aparições de Lurdes? O elemento principalresponde Laurentin, grande teólogo da Virgemé a manifestação de Maria na sua Imaculada Conceição… O resto é função deste primeiro elemento e pode também resumir-se numa palavra: em contraste com a Virgem sem mancha, o pecado… Mas, inimiga do pecado, Ela é também amiga dos pecadores, não enquanto estão ligados às suas faltas ou se gloriam delas, não enquanto se veem esmagados pelos sofrimentos físicos e morais, consequência do pecado. Reduzida à sua expressão mais simples, poderíamos sintetizar desta forma a mensagem de Lurdes: A Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores. E para isso propõe três meios…; a fonte de águas vivas, a oração e a penitência”. (Ver: Santa Bernadette18 de Fevereiro). Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it. - Consulta La aparición de Nuestra Señora de Lourdes - Visita Gruta del Santuário de Lourdes por medio de la Webcam en donde podrás também depositar tu intención de oración, a los pies de Nuestra Señora Comentarios al P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

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NOTA de António Fonseca: Aproveito a oportunidade para republicar o texto que inseri neste blogue no ano de 2010, com a transcrição da Mensagem de FILIPE DE URCA, em http://peque-semillitas@gruposyahoo.com.ar

“Mensagem de FILIPE DE URCA  em

http://peque-semillitas@gruposyahoo.com.ar

que com muito agrado abaixo transcrevo. António Fonseca”

Olá !!!

Hoje é um dia especial... Como filhos de Mamã María, estamos muito felizes de celebrar a Festividade de Nossa Senhora de Lourdes, uma das mais importantes e formosas invocações que Ela tem no calendário litúrgico, tão seguida em todo o mundo por milhões de pessoas, em especial por aqueles portadores de alguma enfermidade, já que precisamente a Virgem de Lourdes é a Padroeira e intercessora dos enfermos. Pessoalmente professo uma devoção infinita por Nossa Senhora de Lourdes, que é Padroeira também de "Pequeñas Semillitas" e me resulta particularmente grato iniciar o boletim de hoje com uma oração para Ela:

Lourdes inicio[2]

Santíssima Virgem de Lourdes, Rainha dos Céus e Senhora do mundo, que a nenhum desamparas nem desdenhas, olha-nos com olhos de piedade e concede-nos de teu Filho o perdão de todos nossos pecados, para que com devoto afecto celebremos tua Santa e Imaculada Conceição na tua milagrosa imagem de Lourdes,e alcancemos depois o galardão da bem aventurança do mesmo de quem és Mãe, Jesus Cristo Nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos.

Ámen

http://peque-semillitas@gruposyahoo.com.ar

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2ª NOTA de António Fonseca

Repito também a publicação feita igualmente em 2010, através do site www.es.catholic/net/santoral que traduzi diretamente naquela data, de espanhol para português – só para comparar com a que transcrevi agora do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt – embora correndo o risco de ser fastidioso.

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Nossa Senhora de Lourdes
Festa

Nuestra Señora de Lourdes

Nossa Senhora de Lourdes

Martirológio Romano: Memória da Bem-aventurada Virgem Maria de Lourdes. Quatro anos depois da proclamação de sua Imaculada Conceição, a Santíssima Virgem apareceu em repetidas ocasiões à humilde jovem santa María Bernarda Soubirous nos montes Pirenéus, junto ao rio Gave, na gruta de Massabielle, da povoação de Lourdes, e desde então aquele lugar é frequentado por muitos cristãos, que acodem devotamente a rezar. Bernadette de Soubirous foi a eleita por Deus para ser testemunha e mensageira de tão extraordinária iniciativa do Criador. A Mãe de Jesus, nossa Mãe também, soube como sempre enamorar as multidões e convocar os povos das nações em redor da majestosa imagem que d´Ela se difundiu.  Lourdes tem sido fonte de cura física para muita gente, e talvez haja sido este  o milagre mais visível que Deus realizou para confirmar e sustentar a fé na obra. Mas sem dúvidas que a cura espiritual, a conversão das almas, tem sido o fruto mais extraordinário que as gerações têm manifestado como evidência da potência dos atos de Deus nesta terra. Bernadette foi também instrumento de confirmação do Dogma da Imaculada Conceição, para alegria dos que amamos a pureza de Maria, reconhecida deste modo nas próprias palavras da Rainha do Céu: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Hoje, depois de 151 anos, as palavras de Maria ressoam em nossos ouvidos com a mesma força, como um cristal puro que ressoa e sacode com seu timbre os tímpanos do mundo.  Glória a Deus por Seu Amor manifestado em presente tão extraordinário. Nossa Senhora de Lourdes renove nossos corações e nossas mentes, para que possa emergir sorridente e esplendorosa nossa própria conversão.

www.reinadelcielo.org

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As duas vezes que visitei Lourdes, minha alma se sentiu feliz. Com uma felicidade que sobressai todos os limites do espiritual e transcendente.  Visitei tudo o que havia a ver na gruta das aparições. Inclusive um antigo aluno, que passa lá suas férias fazendo o bem à gente como camareiro, me contou que viu com seus próprios olhos os milagres maravilhosos que faz cada dia a Mãe de Deus. Foi em 11 de Fevereiro quando a Virgem apareceu a Bernadette, uma jovem de 14 anos na gruta de Massabielle. Viu uma nuvem doirada e a Virgem vestida de branco com um rosário na mão. Esta aparição se repetiu 18 vezes. Em 25 de Fevereiro foi quando a rapariga escavou no solo e saiu um manancial de água. Disse-lhe a Virgem que levantassem um templo e que rezasse o rosário pelos pecadores. Começou a acudir muita gente. As autoridades eclesiásticas, começando pelo pároco, davam crédito à jovem. Era impensável que com a sua idade e dada sua falta de cultura, soubesse algo acerca do mistério do dogma da Imaculada Conceição, declarado assim pelo Papa Pío IX em 1854O próprio Papa deu o nome de Basílica ao templo levantado em honra das aparições. Estas, por fim, foram declaradas autênticas e não pura fantasia de uma adolescente ignorante. ¿Qual é a síntese da mensagem de Lourdes? Em primeiro lugar, trata-se de um ato de gratidão pela definição do dogma, que se havia declarado oficialmente quatro anos antes. Em segundo lugar, exaltar a pobreza e a humildade, virtudes eminentemente cristãs. Em terceiro lugar, a importância da Cruz como caminho para ser feliz aqui e no mais além. E em quarto lugar, a chave para levar uma vida cristã autêntica, é a oração, sintetizada na oração do santo rosário.  Mas o importante, além das curas físicas, é que todo o mundo sai curado no espiritual, sempre e quando se vai de boa fé. ¡Felicidades às Lourdes! “O que o público te reprova, cultiva-o: és tu” (Jean Cocteau). Consulta A aparição de Nossa Senhora de Lourdes - Visita Gruta do Santuário de Lourdes por meio da Webcam onde poderás também depositar tua intenção de oração, aos pés de Nossa Senhora - Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

• A aparição de Nossa Senhora em Lourdes
Fevereiro 11

Em França em 11 de Fevereiro de 1858 a Virgem Maria apareceu a Bernardette numa gruta perto do rio.

La aparición de Nuestra Señora en Lourdes

A aparição de Nossa Senhora em Lourdes

¡A Virgem aparece a uma rapariga de 14 anos em Lourdes!

"Enche-nos de alegria o saber que a Virgem veio a apresentar-se a uns meninos e dar-nos uma mensagem a toda a humanidade.”

Um pouco de história
Em 11 de Fevereiro de 1858, três meninas: Bernadette de 14 anos, sua irmã Marie-Toinette, de 11 e sua amiga Jeanne Abadie, de 12 anos, saíram de sua casa em Lourdes, França para recolher lenha. Para chegar ao lugar que se lhes havia dito na margem do rio Gave, tinham que passar junto duma gruta natural. As duas meninas pequenas cruzaram o arroio por uma parte segura mas dando gritos porque a água estava muito fria. Bernadette não se atrevia a passar porque padecia de asma. As outras duas se negavam a ajudá-la e então ela decidiu tirar as meias. Nisso estava quando ouviu a seu lado o ruído de um murmúrio, como o que produz uma rajada de vento. Levantou a cabeça e comprovou que as árvores da outra margem estavam quietos; só que lhe pareceu advertir um leve movimento no mato que crescia em frente à gruta, muito perto dela, ao outro lado do arroio. Ficou olhando fixamente para a gruta e viu agitar-se com força os ramos das sarças, mas além disso, num nicho dentro da cova, detrás e acima dos ramos, estava a figura de uma jovem vestida de branco saudando com ligeiras inclinações de cabeça. Vestia túnica branca, cintada por uma banda azul e levava um largo rosário pendurado do braço. Ao vê-la, lhe pareceu que fazia sinais como convidando-a a orar. Bernardette se ajoelhou, tirou seu
rosário e começou a rezá-lo. A visão também o rezou mas sem mover os lábios, só passando as contas. Não se falaram, mas ao terminar os cinco mistérios, a figura sorriu e, retrocedendo para as sombras da gruta, desapareceu. As outras duas meninas regressaram de recolher a lenha e puseram-se a rir ao ver a Bernardette de joelhos. A amiga lhe reprovou que não tivesse ido a buscar lenha e a irmã lhe disse que a via assustada, que se havia visto algo que lhe desse medo. Ela lhe contou tudo, mas lhe pediu para não dizer nada a ninguém. Toinette disse a sua mãe ao regressar a casa. A mamã disse a Bernardette que se havia enganado e que seguramente havia visto uma pedra. Ela lhe disse que não, que era uma jovem e muito bela.

A mãe proibiu a Bernardette voltar à gruta. Muitos de seus vizinhos que se haviam inteirado do que se havia passado, lhe diziam que devia regressar ao lugar. A mamã disse a sua filha que fosse pedir conselho ao Padre Pomian que não lhe fez caso. Sua mãe lhe disse que fosse a falar com seu pai e este acedeu a que voltasse ao lugar. Várias meninas empreenderam o caminho à gruta, levando uma garrafa com água benta e, ao chegar, todas se ajoelharam a rezar o Rosário. Quando iam no terceiro mistério “a mesma jovem branca se fez presente no mesmo lugar de antes”. Bernardette disse “¡Aí está!” à que estava junto dela, mas esta não viu nada. Outra menina lhe deu a água benta e levantando-se, atirou algumas gotas sobre a visão; a figura sorriu e fez o sinal da cruz. Bernardette lhe disse “se vens de parte de Deus, aproxima-te”. A figura avançou um passo. Nesse momento, Jeanne Abadie com outras meninas lançaram uma pedra que caiu nos pés de Bernardette. A visão desapareceu. Mas Bernardette se voltou a ajoelhar e permaneceu imóvel com os olhos fixos na gruta. Não se podia mover, sua mãe lhe ralhou e ninguém a acreditava. Pensava que havia visto uma alma do purgatório.  A terceira aparição teve lugar em 18 de Fevereiro, quando uma dama chamada Millet e sua filha, levaram a Bernardette à gruta. Levavam uma vela benzida, pluma e tinta. As três se ajoelharam a rezar e quando Bernardette disse que a havia visto, lhe entregaram papel e tinta. Bernardette pediu à Senhora para escrever seu nome e o que quisesse. Então, falou pela primeira vez dizendo que não tinha necessidade de escrever para o que tinha que dizer e lhe pediu se podia ir todos os dias durante uma quinzena. Logo acrescentou que não prometia fazê-la feliz nesta vida mas sim na outra e elevando-se até ao tecto da gruta desapareceu.  No domingo 21 de Fevereiro grande número de pessoas a acompanharam à gruta. Esta vez a visão lhe pediu que orasse pelos pecadores. As autoridades a interrogaram e o chefe de policia lhe disse que se voltasse a ir seria sob suas próprias consequências. A eles os preocupava que se estava perturbando a ordem pública e que o lugar da gruta não era um lugar seguro para as multidões.  No dia 22, Bernardette foi à gruta apesar das proibições, mas este dia não houve aparição. No dia 23 às 6 da manhã, Bernardette chegou ao lugar e já havia umas 200 pessoas. Viu a aparição e caiu em transe que durou quase uma hora. Ao dia seguinte sucedeu o mesmo.  Na quinta-feira 25, depois de rezar um mistério do rosário, Bernardette começou a avançar de joelhos pela subida da cova. Ao chegar a esta se ficou vendo o nicho e a Virgem lhe disse que fosse a beber na fonte e a lavar-se em suas águas. Lhe assinalou com o dedo onde estava a fonte. Encontrou um charquito de água suja e meteu as mãos, mas não havia suficiente água para beber. Começou a escavar mas saiu turva. Depois de três vezes a tirar com as mãos, já se podia beber. As gentes viram que a menina tinha a cara suja com lodo. Parecia que mordiscava as folhas de uma planta. Depois se endireitou e se foi caminhando a Lourdes. Ao principio a gente se ria. Mas nesse mesmo dia à tarde, brotou um manancial de água na gruta e sua corrente desembocava no rio Gave. Antes de uma semana, o manancial estava produzindo 102,200 litros diários, como segue fazendo-o até hoje. No dia 26 havia umas 800 testemunhas que viram a Bernardette inclinar-se a beijar o solo. As visões de 27 e 28 seguiram o curso de costume, ainda que a multidão tenha crescido. Para o primeiro de Março Já haviam umas mil pessoas, entre elas um sacerdote. Aí teve lugar uma cura ainda que a notícia se tenha dado dois meses depois. Em 2 de Março a Senhora pediu a Bernardette que dissesse aos clérigos que lhe construíssem uma capela e se realizasse uma procissão. O senhor cura a despediu friamente e lhe disse que não. No dia 3 apareceu quando a maioria dos espectadores já se haviam ido embora. Em 4 de Março também apareceu e até ao dia 25 de Março em que Bernardette visitou a gruta na madrugada, e lhe perguntou quem era e ela lhe respondeu que era a Imaculada Conceição. Logo lhe pediu que lhe construíssem uma capela e ela lhe disse que já lhes havia dito mas que não fizeram caso e que queriam um milagre como prova de seu desejo. Logo se desvaneceu.

A penúltima das aparições teve lugar em 7 de Abril. A última aparição teve lugar em 16 de Julho, festa de Nossa Senhora do Carmo. Bernardette ingressou numa ordem religiosa de irmãs enfermeiras em 1886, aos 22 anos de idade morreu  de tuberculose em 1898. A partir desta data a devoção pela Virgem e as visitas à gruta adquiriram grande importância. Com a água do manancial tem havido muitas curas. Acodem milhares de enfermos cada ano. O papa João Paulo II visitou este santuário. Algumas pessoas te poderão dizer que isto de ir às peregrinações não tem sentido, que o mesmo se pode rezar à Virgem em qualquer igreja. Isto é certo, mas também o é o que se pode receber graças especiais assistindo com devoção a estes lugares, como se tem demonstrado com as numerosas curas que acontecem nesses santuários. ¡Oração! María de Lourdes, continua teu trabalho de cuidado materno a nós teus filhos necessitados para que sejamos sempre fieis a Deus. ¿Queres saber mais? Consulta corazones.org - Visita Gruta do Santuário de Lourdes por meio do Sitio Oficial de Lourdes onde poderás também depositar tua intenção de oração, aos pés de Nossa Senhora

SANTO ADOLFO

(bispo – 1224)

Sendo cónego de São Pedro de Colónia, Adolfo, conde de Teklenburg, foi visitar os monges cistercienses de Cap, nos confins dos ducados de Cléves e de Gueldre. Esta abadia cisterciense continuava no seu fervor primitivo e a influência de S. Bernardo, pouco antes falecido, ainda lá se fazia sentir. Velhos e novos acusavam as mais pequenas faltas em capítulo e flagelavam-se até ao sangue, para as expiar. Ao ver este espetáculo, o jovem cónego, cuja vida se passara até então em delicias, resolveu abandonar o mundo e pensar apenas na salvação da alma. Entrou logo para essa comunidade e chegou rapidamente a eminente grau de perfeição. Elevado a bispo de Osnabruck na Vestefália, conservou os hábitos piedosos que contraíra no claustro. Os historiadores dizem que administrava com sabedoria a sua Igreja e nada tinha mais a peito do que o esplendor do culto divino; e acrescentam que era para os leprosos que iam de preferência o seu afecto e as suas esmolas. Entre estes, havia um que vivia numa cabana muito afastada; ele visitava-o todas as vezes que por lá passava. O prelado ficava muito tempo a consolá-lo, falando-lhe da Paixão de Nosso Senhor, o que contrariava os seus acompanhantes, que se aborreciam a esperá-lo. Num dia em que o prelado devia passar por esses lados, resolveram sequestrar o leproso. Desta forma, pensavam eles, encontrando a cabana vazia, Adolfo passaria adiante e eles não perderiam tempo precioso. Mas enganaram-se nos cálculos. Por uma espécie de milagre, o infeliz encontrava-se no local costumado, quando o bispo chegou. Teve ainda forças para agradecer ao grande amigo a sua bondade e exortações caritativas, e entregou a alma a Deus na sua presença. Depois de governar a Igreja de Osnabruck durante vinte e um anos, Adolfo morreu em odor de santidade em 1224, e numerosos milagres tornaram famoso o seu túmulo. Do livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt.

 • Eloisa, Santa
Religiosa

Eloisa, Santa

Eloisa, Santa

Etimologia: Eloisa = guerreira ilustre. É de origem germânica. Nos encontramos hoje com uma santa francesa. Pertencia a uma família nobre. Depois de ficar viúva muito jovem, se passou francamente mal.  Cedo pensou que os bens do marido passariam para a abadia beneditina de Notre Dame de Coulombs, na diocese de Chartres. Além do dinheiro, também lhe cederam a abadia duas igrejas paroquiais em 1033 e suas terras anexas. Em sua peregrinação por este mundo, voltou a casar-se e enviuvou em seguida.  Na raiz desta morte, Eloisa determinou viver como uma religiosa na mesma abadia de Coulombs. Lhe doou todos seus bens, sem ter em conta nada de heranças para seus próprios familiares. Mandou que lhe construíssem uma pequena habitação junto à igreja. Aqui ficou reclusa para sempre. Viveu como uma verdadeira santa até que morreu em 1060. Seus restos mortais foram enterrados na catedral de Chartres, onde se conservam na atualidade. Quando na vida se toma a Deus a sério, é fácil ao ser humano o desprendimento de tudo aquilo que o impede alcançar a meta da santidade e o consolo que dão os favores do céu a quem sabe ser adorador do Deus vivo. ¡Felicidades a quem leve este nome! Comentários ao P. Felipe Santos: Santoral">fsantossdb@hotmail.com

• Tobias (Francisco) Borras Romeu, Beato
Religioso e Mártir

Tobías (Francisco) Borras Romeu, Beato

Tobias (Francisco) Borras Romeu, Beato

Martirológio Romano: Em Vinaroz, na região de Valência, em Espanha, beato Tobias (Francisco) Borras Romeu, religioso da Ordem Hospitalária de São João de Deus e mártir, que consumou seu glorioso sacrifício por ódio à fé durante a perseguição religiosa (1937). Etimologia: Tobias = Yahveh é bom, é de origem hebraica. Nasceu em São Jorge, Espanha, em 14 de Abril de 1861, e recebeu a palma do martírio em Valência, Espanha, em 11 de Fevereiro de 1936. Em 25 de Outubro de 1992, foi beatificado pelo Papa João Paulo II, junto com outros 69 companheiros, todos eles Religiosos da Ordem Hospitalária de São João de Deus.

• Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Santo
Sacerdote e Mártir

Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Santo

Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Santo

Martirológio Romano: Em Chihuahua, no México, são Pedro Maldonado, presbítero e mártir, que durante a perseguição, preso enquanto administrava o sacramento da penitência, alcançou o triunfo do martírio ao ser golpeado na cabeça (1927). É  o primeiro santo e mártir de Chihuahua, México. Pedro de Jesús foi filho legítimo do senhor Apolinar Maldonado e da senhora Micaela Lucero, e teve sete irmãos. Nasceu num bairro da cidade de Chihuahua conhecido como San Nicolás. Pedro Maldonado entrou no seminário diocesano aos 17 anos de idade, onde teve um bom desempenho, sem ser o melhor dos estudantes. Nos anos de 1913 a 1914 ante a perseguição religiosa muitos seminaristas fugiram para El Paso Texas, mas Pedro permaneceu na capital de Chihuahua, ainda que tenha sido também ordenado em El Paso Texas, já que o Bispo de Chihuahua se encontrava enfermo no Distrito Federal. Trabalhou pelos indígenas Tarahumaras e buscou reduzir a quantidade de bebidas alcoólicas que se consumiam. Viveu no distrito de Jiménez e ali foi perseguido e em múltiplas ocasiões, e golpeado por grupos maçónicos ainda dentro da igreja. O Padre Maldonado era sensível às necessidades da gente. Saía a ajudar aos pobres com dinheiro e roupa e ele próprio criou e educou a um órfão pobre. Gostava de visitar os campos em tempo de colheita e os campesinos lhe pediam que lhes benzesse os campos invadidos por pragas de lagosta. São muitos os testemunhos de que mais de uma vez expulsou as lagostas dos campos com sua oração. Teve um interesse especial na educação católica das crianças, dos jovens e dos adultos e lhes explicava a história da salvação por meio de fotografias. Entre 1926 e 1929 foi constantemente caçado segundo biógrafos "como a um animal". Os três períodos da perseguição religiosa viram o Padre Maldonado fugindo constantemente da policia e dos agentes de governo. Na Sexta-feira Santa de 1936, enquanto regressava ao seu esconderijo no povoado chamado La Boquilla, em Santa Isabel, depois de uma visita para ajudar a uma mulher moribunda na vizinhança da estação de trem do mesmo povo, foi emboscado junto com seus acompanhantes. No dia seguinte se contaram duzentos cartuchos no lugar da emboscada. O Padre Pedro de Jesús Maldonado morreu na cidade de Chihuahua em 11 de Fevereiro de 1937, 19  anos depois de sua primeira missa. Foi sacerdote da diocese de Chihuahua e até ao momento de sua morte havia estado exercendo seu ministério na paróquia de Santa Isabel, que tem sua sede no povo do mesmo nome, a que os revolucionários poucos anos antes haviam mudado pelo de General Trías, com a intenção de borrar da geografia chihuahuense toda alusão ao catolicismo. A causa de sua morte foi uma brutal e selvagem golpada que lhe causou um severo dano cerebral e feridas em diversas partes do corpo. Isto sucedeu na presidência municipal de Santa Isabel em 10 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas naquele ano, e terminou no dia seguinte en Chihuahua. No Registo Civil da cidade de Chihuahua, no livro número 117, da Secção de Defuntos, está registada a ata número 171, firmada pelo Juiz do Registo Civil em que faz constar que às 17 horas e 15 minutos, de quinta-feira, 11 de fevereiro de 1937, recebeu un oficio do Julgado 1o. do Penal, número 106, do Distrito Morelos, Chihuahua, em que se comunica que foi praticada a autópsia de lei alo cadáver de quem em vida levara o nome de PEDRO MALDONADO e se ordena proceder de imediato à sua inumação. Segundo essa mesma ata, o defunto contava no momento de falecer 42 anos de idade, era sacerdote católico originário da cidade de Chihuahua e vizinho de General Trías. Diz também que era filho legítimo do senhor Apolinar Maldonado e da senhora Micaela Lucero, já falecidos, e que tinha sete irmãos. Que a causa de sua morte foram lesões no crânio, e que se tratava, presuntivamente de um homicídio. O juiz dispôs também que se verificasse a inumação do cadáver nesse mesmo dia às 18 horas no Panteão de Dolores, no lote particular da família Enríquez. Em 23 de Outubro de 1985 a Santa Sé deu o ´Nihil obstat" (nada obsta) para que se abrisse oficialmente a Causa. Em 13 de Julho de 1986 Mons. Adalberto Almeida e Merino publicou o decreto por meio do qual se dava inicio oficialmente à Causa de Canonização do Padre Maldonado. Em 4 de Fevereiro de 1992 a Santa Sede aprovou por unanimidade a Causa dos Mártires Mexicanos, conhecida como "Causa do Servo de Deus Cristóbal Magallanes e seus 24 companheiros mártires", entre os quais se contava o Padre Maldonado. Deles 22 eram sacerdotes e três eram laicos.  O que estes mártires oram "companheiros" não significa que tivessem sido mortos todos juntos, mas que o processo de beatificação e canonização os englobava a todos no mesmo grupo.  Quase todos estes mártires morreram entre 1926 e 1928, excepto o P. David Galván Bermúdez, que foi assassinado em 1915, e o P. Pedro Maldonado, que foi assassinado em 1937. Os esforços anteriores culminaram em 22 de Novembro de 1992, quando o Papa João Paulo II beatificou solenemente, na basílica de São Pedro, ao P. Cristóbal Magallanes e a seus 24 companheiros mártires, entre estes ao padre Pedro Maldonado. Depois da beatificação o processo seguiu adiante para obter também a canonização, que é o culminar do processo e que autoriza a venerar a estes mártires não só em suas próprias regiões mas em todo o mundo. Em 28 de Junho de 1999, em presença do Papa João Paulo II, a Congregação das Causas dos Santos promulgou os decretos para a canonização dos mártires. Finalmente, em 10 de Março do ano 2000, em Consultório ordinário público, o Papa João Paulo II assinalou oficialmente a data de 21 de Maio do Ano do Grande Jubileu de 2000 para a canonização de nossos mártires.

Convém que recordemos todos seus nomes:

Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote  - Roman Adame Rosales, Sacerdote  - Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote  - Júlio Alvarez Mendoza, Sacerdote - Luis Batis Sainz, Sacerdote  - Agustin Caloca Cortés, Sacerdote  - Mateo Correa Magallanes, Sacerdote  Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote  - Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote  - Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote  - Margarito Flores Garcia, Sacerdote  - José Isabel Flores Varela, Sacerdote  - David Galvan Bermudez, Sacerdote  - Salvador Lara Puente, Laico  Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Sacerdote  - Jesus Mendez Montoya, Sacerdote  - Manuel Morales, Laico  - Justino Orona Madrigal, Sacerdote  Sabas Reyes Salazar, Sacerdote  - José Maria Robles Hurtado, Sacerdote  - David Roldan Lara, Laico  -Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote  - Jenaro Sanchez Delgadillo - David Uribe Velasco, Sacerdote  - Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote

Para ver as biografias dos Mártires Mexicanos do século XX
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• Pascoal I, Santo
XCVIII Papa,

Pascual I, Santo

Pascual I, Santo

Martirológio Romano: Em Roma, memória de são Pascual I, papa, que, levado pela devoção, trasladou muitos corpos de mártires desde as catacumbas a distintas igrejas da cidade (824). Etimologia  -  Pascual, nome masculino cristão-romano "Paschalis", de origem grega, evoca a celebração religiosa da Páscoa. Pertencente a uma família nobre, no momento de sua eleição como papa ocupava o cargo de superior do mosteiro de Santo Esteban em Roma e, após sua consagração recebeu como presente do filho de Carlomagno, Ludovico Pío (também chamado Luís o Piedoso), os territórios de Córsega e Sardenha e a confirmação, mediante o Pactum Ludovicianum, das doações feitas ao papado nas décadas precedentes por Pipino o Breve e Carlomagno: Roma, Tuscia, Perúgia, Campânia, Tivoli, Exarcado de Rávena, Pentápolis e Sabina), estabelecendo-se os limites do Estado da Igreja, dentro dos quais o pontífice gozava de plena soberania.  Durante seu pontificado teve que fazer frente à segunda crise iconoclasta que desde 814 volta a aparecer en Constantinopla, sob o mandato do imperador bizantino León V, e que devido às perseguições sofridas provocou uma importante afluência de monges gregos a Roma, e que encontraram refúgio nos mosteiros, recém construídos, de São Práxedes, Santa Cecília e Santos Sérgio e Baco. Em 823, coroou ao filho de Ludovico, Lotário, como imperador co-regente com seu pai. Durante seu pontificado, realizou a trasladação de muitas relíquias de mártires para as igrejas e mosteiros romanos e prestou ajuda aos cristãos de Palestina e Espanha nas suas lutas contra os sarracenos.  Faleceu em Roma, em 11 de Fevereiro de 824, enquanto comissionados imperiais enviados por Ludovico Pío investigavam a morte de dois funcionários papais que, partidários de primazia do imperador sobre o papa em assuntos terrenos, haviam sido assassinados por serventes do pontífice. Pascual, que havia sido acusado de haver sido o instigador de ditas mortes negou sob juramento qualquer implicação mas talvez devido a isto o povo romano se negou a que fosse enterrado na Basílica de São Pedro pelo que seus restos descansam na igreja de São Práxedes.

• Gregório II, Santo
LXXXIX Papa

Gregorio II, Santo

Gregório II, Santo

Martirológio Romano: Em Roma,na basílica d São Pedro, sepultura de são Gregório II, papa, que nos tempos difíceis sob o imperador León o Isáurico trabalhou em defensa da Igreja e do culto das sagradas imagens, e enviou a são Bonifácio a pregar o Evangelho em terras de Germânia (731). Etimologia: Gregório = Aquele que está sempre preparado, é de origem grega. Os historiadores o chamam o melhor Papa do século VIII, e nele se adverte muito bem o paradoxo dos pontífices - construtores de pontes, segundo a etimologia - que resume de modo espetacular a de todo cristão obrigando à dualidade de atender às coisas deste mundo e de não viver mais que para Deus.  Gregório era romano de nascimento e já prestou grandes serviços à Igreja sob os pontificados de Sérgio I e Constantino I; a este último o acompanhou numa viagem a Oriente como assessor, contribuindo a resolver de maneira pacífica - e desgraçadamente, também provisional - uma grande controvérsia.  Desde  715, quando foi eleito Papa, se desvive por uma parte no duplo labor de defesa e de conquista espiritual: reconstruir mosteiros como Monte cassino, berço da ordem beneditina, e consolidar as muralhas de Roma, mas pensando também em povos pagãos aos que havia que levar o Evangelho (ele foi quem mandou a são Bonifácio à Germânia). Bi-frontal teve que ser assim mesmo sua atitude política: pelo norte os lombardos ameaçavam com engolir o papado, pelo sul os bizantinos aumentavam suas exigências, e com o imperador León Isáurico, que favorecia aos iconoclastas, o repto adquiria especial gravidade. São Gregório teve que jogar arriscadamente em dois tabuleiros, o humano e o divino, o da fé e o da diplomacia, contendo à vez aos bárbaros e aos arqui-civilizados bizantinos. Não só Roma ou Itália, o orbe inteiro, a plenitude da fé e toda a política do mundo pesavam sobre seus ombros, como sobre os de qualquer Papa, cruzando a ponte do tempo até à beira da eternidade.

• Soteris, (ou SOTERA) Santa
  Virgem e Mártir

Soteris, Santa

Soteris, Santa Estrela já publicada em 10 de Fevereiro, sob o nome de Sotera

Martirológio Romano: Em Roma, na via Ápia no cemitério que leva seu nome, santa Soteris, virgem e mártir, que, como relata santo Ambrósio, renunciando por causa da fé à nobreza e às honras de sua família, não se prestou a imolar aos ídolos, nem se deixou vencer pelas injúrias humilhantes, nem temeu morrer ferida por uma espada (c. 304). Santo Ambrósio reconhece orgulhosamente a esta santa como a honra maior de sua família. Soteris descendia de uma larga linha de cônsules e prefeitos, mas sua glória principal radica no desprezo que, por amor a Cristo, sentiu por seu nobre berço, suas riquezas, sua grande beleza e tudo o que o mundo considera tão valioso. Desde muito jovem consagrou sua virgindade a Deus e para evitar os perigos a que estava exposta, se negou resolutamente a portar qualquer roupagem ou adorno que fizesse ressaltar sua beleza. Sua virtude a preparou para confessar a firmeza de sua fé, quando se iniciou a perseguição de Diocleciano e Maximiano contra os cristãos e ela foi obrigada a comparecer ante os magistrados. Por ordem do juiz a esbofetearam e Soteris deu graças ao céu por ver-se maltratada na mesma forma que seu Salvador. Ainda que o juiz mandou que a torturassem cruelmente, não conseguiu que a santa exalasse um gemido ou derramasse uma lágrima.  No fim, vencido por sua constância, ordenou que fosse decapitada. Devemos admitir que não sabemos claramente se tudo isto sucedeu a um mesmo tempo ou em várias etapas. Pode ser que Santa Soteris haja sido apreendida e torturada quando era uma jovenzinha durante a perseguição de Décio e que cinquenta anos depois, sob Diocleciano, alcançasse a coroa do martírio, ao morrer decapitada por sua fé.

Outros Santos e Beatos

Completando o santoral deste dia

Otros Santos y Beatos

Santos Mártires de Numídia, mártires

Comemoração dos numerosos santos mártires, que durante a perseguição sob Diocleciano foram presos em Numídia e, não querendo entregar as Sagradas Escrituras conforme o édito do imperador, foram vítimas de cruéis suplícios (s. IV in.).

São Castrense, mártir

Em Castel Volturno, na Campânia, são Castrense, mártir (s. inc.).

São Secundino, bispo

Em Apúlia, são Secundino, bispo (s. V/VI).

São Severino, abade

Em Chateâu-Laudon, na Gália, são Severino, abade do mosteiro de Agaune (s. VI).

Santo Ardano, abade

Em Borgonha, santo Ardano, abade de Tournus (1066).

40480 > Sant' Ardagno (Ardano) Abate di Tournus MR
93962 > Beato Bartolomeo di Olmedo Sacerdote mercedario
26100 > Beata Vergine Maria di Lourdes - Memoria Facoltativa MR
90646 > San Castrense (Castrese) di Sessa Vescovo e martire  MR
40500 > Sant' Elisa (Eloisa, lat. Helvisa) Reclusa
89089 > San Gregorio II Papa  MR
40440 > Santi Martiri della Numidia  MR
89098 > San Pasquale I Papa  MR
90125 > San Pedro De Jesus Maldonado Lucero Sacerdote e martire  MR
94534 > Beato Pietro da Cuneo Francescano, martire 
40460 > San Secondino Vescovo  MR
40470 > San Severino di Agaune Abate  MR
40430 > Santa Sotere Vergine e Martire  MR
40490 > Beato Tobia (Francesco) Borras Romeu Martire  MR

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nº 41 - 10 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1273

SANTA ESCOLÁSTICA

Virgem (543)

Escolástica, Santa

Escolástica, Santa

Santa Escolástica, irmã de São Bento, nasceu nos territórios de Núrsia ou Nórcia, na Úmbria, Itália. Dotada de excelentes disposições para a virtude, criada com máximas muito cristãs e nutrida nos exercícios de caridade e devoção. Escolástica fazia maravilhosos progressos no caminho da santidade, quando se soube na família da orientação que S. Bento havia abraçado e os prodígios que já se contavam dele em toda a Igreja. A resolução de S. Bento a ninguém impressionou tão profundamente como a Escolástica, que desde a morte dos pais vivia mais recolhida ainda no retiro de sua casa. Considerando ela que a perfeição evangélica, professada pelo irmão, era igualmente proposta a todos os cristãos, distribuiu pelos pobres os seus haveres e, acompanhada só duma criada de confiança, partiu secretamente em busca do irmão. Havia alguns anos que S. Bento, deixando o deserto de Subiaco, depois de ter lançado por terra os ídolos e abolido o paganismo no Monte Cassino, fundara o célebre mosteiro deste nome que foi como que o berço da vida monástica no Ocidente. Informado S. Bento da chegada da irmã, saiu da cela, e adiantou-se a recebê-la acompanhado de alguns monges, e falou-lhe fora da clausura.

Escolástica, Santa

Escolástica, Santa

Santa Escolástica declarou ao irmão o desígnio que tinha de passar o resto da vida numa solidão não longe da sua, suplicando-lhe fosse o seu pai espiritual e lhe prescrevesse as regras que tinha a observar para o aperfeiçoamento da alma. Anuiu S. Bento aos desejos de Escolástica, porque o céu já lhe tinha revelado a vocação da irmã; e tendo mandado fabricar uma cela não distante do mosteiro, para Escolástica e para a criada, deu-lhes, pouco mais ou menos, as mesmas regras que tinha dado aos monges. A fama da eminente santidade desta nova fundadora atraiu-lhe grande número de donzelas que, pondo-se sob a sua direção e sob a de S. Bento, se obrigaram a guardar a mesma regra. Tal foi a origem daquela célebre Ordem feminina, tão ditosamente estendida, que chegou a 14 000 conventos espalhados por todo o Ocidente. Embora não tivesse feito voto de clausura, Escolástica guardou-a sempre com toda a exatidão. Somente se reservou ir uma vez por ano visitar S. Bento, para lhe dar conta da comunidade e do particular da sua alma. Não queria permitir S. Bento que Escolástica chegasse ao seu mosteiro, e por isso meso ele a saía a recebê-la, acompanhado dalgum monge, a um lugar não distante dele. Advertida, segundo todos os indícios, do dia da sua morte, veio Escolástica fazer a sua última visita anual ao seu santo irmão. Depois de terem louvado a Deus e conversado como costumavam, sobre várias matérias de piedade, despediu-se S. Bento para voltar ao mosteiro; Escolástica, porém, rogou-lhe que se demorasse até ao dia seguinte para ela ter a consolação de falar mais demoradamente sobre a bem-aventurança da vida eterna. Bento negou-se resolutamente. Escolástica inclinou um pouco a fronte, e apoiando-a nas mãos, recolheu-se interiormente, fazendo uma breve oração. Logo que terminou a prece, o céu, que estava claro, turvou-se de repente. Desencadeou.-se tal tempestade de relâmpagos e trovões, acompanhados de chuva tão copiosa, que não foi possível a bento e aos monges, que tinham ido com ele, sair para o mosteiro. Queixou-se o Santo amorosamente à irmã; mas ela justificou-se dizendo: «Pedi-vos e não me quisestes ouvir, pedi a Deus e Ele ouviu-me. Agora sai, se podeis, deixai-me e voltai ao vosso mosteiro». S. Gregório que refere este facto, dá grande ideia da virtude e dos merecimentos de Santa Escolástica, dizendo que a vitória, nesta santa contenda, se declarou por quem tinha mais perfeito e mais forte amor de Deus. Tendo voltado na manhã do dia seguinte ao seu retiro, a santa aí morreu com a morte dos justos, três dias depois. No momento em que expirou, estava S. Bento só, na sua costumada contemplação, e levantando os olhos, diz S. Gregório, viu a alma de sua santa irmã voar ao céu em forma duma cândida pomba. Faleceu por 543, contando uns sessenta anos de idade. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

BEATO LUÍS (Alojzije Viktor) STEPINAC

Luis (Alojzije Viktor) Stepinac, Beato

Luis (Alojzije Viktor) Stepinac, Beato

Cardeal, Arcebispo e Mártir

Luís Stepinac nasceu a 8 de Maio de 1898, na aldeia de Brezaric, atual Croácia. Aos 17 anos pediu para entrar no seminário, mas foi chamado pelo exército e mandado para a frente italiana, em 1917. Aqui foi capturado pelos italianos, ficando prisioneiro durante cinco meses. Nos finais de 1924 inscreveu-se na Universidade Gregoriana, em filosofia e teologia. Em 1927 obtém a láurea em filosofia e em 1930 é ordenado sacerdote. No ano seguinte regressa à Croácia e em 1934 é feito coadjutor do bispo de Zagreb e nomeado sucessor do mesmo. Em 1937, toma posse da sede episcopal de Zagreb e desde o início desenvolveu intensa atividade apostólica . Apoiou um grupo que acolhia judeus fugidos ao regime de Hitler, exortando os padres da sua diocese a ajudá-los por “dever cristão” e também a denunciar os males do racismo. Em Março de 1941, quando as forças do eixo Roma-Berlim invadiram a Jugoslávia , a Croácia tornou-se um estado independente, governado por um regime filonazista. Stepinac opôs-se à colaboração, mas permitiu aos padres acolher as conversões daqueles que estavam em perigo de vida. À medida que foi sabendo dos crimes cometidos pelo novo regime, tornou-se o seu mais aceso opositor, denunciando os abusos e o racismo das leis que eram promulgadas. Quando a Croácia fica sob o regime comunista, como parte da República Popular Jugoslava, Stepinac foi preso, mas soltaram-no umas semanas depois. Num encontro com o presidente Tito, percebeu que este pensava numa espécie de igreja nacional. Stepinac recusou qualquer forma de compromisso e denunciou as perseguições sofridas pela Igreja na Jugoslávia. Em setembro de 1946, foi preso de novo e acusado de cumplicidade em crimes cometidos pelo Governo, durante a guerra. Depois de um simulacro de processo, é condenado a 16 anos de trabalhos forçados e a 5 de privação de direitos civis. Internado em Lepoglava, os carcereiros não quiseram obrigá-lo ao trabalho, mas tentaram envenená-lo lentamente. das as as suas condições de saúde, foi transferido para a sua terra natal, Krasic, onde permaneceu sob prisão domiciliária, até à sua morte, a 10 de Fevereiro de 1960. Os milhares de cartas que escreveu da prisão, a bispos, sacerdotes e leigos, são prova duma fé inabalável e do perdão para com os seus perseguidores.Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it Podes encontrar mais informação no seguinte artigo: Cardeal Luis Stepinac

SANTA SOTERA

Virgem, mártir (304)

Sotera, bela e nobre virgem da família romana dos Aurelii, estimou a sua fé cristã bem acima dos consulados exercidos pelos seus maiores: quando lhe mandaram que sacrificasse aos deuses, respondeu com  pronta recusa, senão à dor, pelo menos à vergonha; mas, ouvindo ela a ordem dada, logo descobriu a face, não querendo ter outro véu senão o do seu martírio. Antecipando-se ao ultraje, apresentou as faces, pronta a santificar pelo sofrimento belezas que lhe poderiam causar a ruína. Puderam atentar contra o seu rosto, mas a beleza interior ficou intacta. Assim, por meio dos injuriosos tratos reservados para os escravos, Sotera mostrou-se tão corajosa e tão terna, que se cansou o algoz de lhe bater nas faces antes de ela se cansar de receber ultrajes. Não se viu que ela baixasse ou desviasse o rosto; não soltou um gemido, não derramou uma lágrima. Tendo assim percorrido todos os tormentos, recebeu da espada o último golpe, muito tempo esperado. O martírio de Sotera decorreu em Roma no ano de 304, sendo imperador Diocleciano. O corpo enterram-lho na região cemiterial que tem o seu nome e pega com o cemitério de Calisto. Um ramo cristão da gens aurélia tinha arranjado, nesta parte, uma sala ampla para a sepultura dos membros da família. Importa não confundir esta virgem mártir, honrada na Via Ápia, com a que é honrada a 12 de Maio na via Aurélia, ao mesmo tempo que São Pancrácio. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

BEATO ARNALDO

Abade ( 1255)

Pádua estava em meados do século XIII sujeita a Ezelino, o Feroz, famoso tirano que diziam ser filho do diabo. Dante colocou-o no inferno, mergulhado até aos olhos em sangue a ferver. Para não ser assassinado como tantos outros, Arnaldo, abade do mosteiro de Santa Sabina, refugiou-se numa gruta. Quando chegou a notícia de Frederico II vir libertar a cidade, Arnaldo saiu do refúgio e foi, com os seus monges, ao encontro do Imperador. Se o abade fosse profeta quanto à própria sorte, adivinharia que Ezelino voltaria em breve e se mostraria tão cruel como antes. Arnaldo, na verdade, foi preso antes de poder voltar à sua gruta. Lançado num tremendo calaboiço, lá morreu ao cabo de oito anos de sofrimento, a 10 de Fevereiro de 1255. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

• Clara de Rimini, Beata
Viúva

Clara de Rimini, Beata

Clara de Rimini, Beata

Martirológio Romano: Em Rimini, na Romagna, beata Clara, viúva, que por meio da penitência, mortificação e jejuns expiou a vida dissoluta que havia levado antes e, depois de reunir um grupo de companheiras num mosteiro, serviu a Deus com humildade de espírito (entre 1324 y 1329). Etimologia: Clara = Aquela que está limpa de pecado, é de origem latina. Clara nasceu em Rímini, em 1260, por muito tempo não faz muita honra à Santa de Assis. O ambiente mundano e soberbo de seu tempo e de sua família a absorveu por largo tempo. Seu pai, ao enviuvar, casou com uma viúva rica, e para afiançar a união das duas famílias, casou a Clara com o filho de dita viúva. Cedo ela enviuvou, e pouco depois morreu seu pai. Estes dois lutos tampouco fizeram grande mossa em Clara. Ainda era jovem e bela, rica e admirada. Contraiu novas núpcias com um rico herdeiro de uma das principais famílias de Rímini, não teve filhos, pelo qual se sentiu inteiramente livre e seguiu sua conduta dissipada até os 34 anos. Logo teve um câmbio inesperado. Se diz que um dia, ao entrar numa igreja franciscana, ouviu uma voz que a convidava a recitar com atenção um Pai Nosso e uma Ave Maria. Clara obedeceu, enquanto recitava devotamente estas orações (fazia tanto tempo que não orava), se sentiu penetrada por uma dor vivíssima dos pecados cometidos e foi inundada de um gozo até então desconhecido e de uma serenidade interior que nunca havia sentido. Ficou comovida. Abandonou decididamente a vida dissipada, as companhias e os prazeres de antes.   Falou a seu esposo com uma seriedade que ninguém haveria suspeitado nela. Pediu a permissão de se retirar do mundo, de dedicar-se a uma vida de penitência e de solidão. O marido compreendeu o fogo de amor divino que ardia nela, até então entregue às paixões humanas, e lhe concedeu a permissão solicitada. Nasceu então a nova Clara. Foi penitente severíssima e humilíssima, sobretudo depois da morte de seu segundo marido, acontecida dois anos mais tarde. Vestida de gris, com cilícios e argolas de ferro em sua carne, dormia sobre uma tábua, se alimentava de sobras. Seu verdadeiro alimento era a oração e a Eucaristia. Teve êxtases e revelações. As desgraças políticas seguiram perseguindo-a. Deve ter-se retirado para Urbino, onde se havia refugiado um irmão gravemente enfermo. Em Urbino foi anjo de misericórdia para os enfermos, os pobres e os encarcerados. Voltou a Rímini com doze companheiras e fundou um convento onde vestiu o hábito e professou a regra das Clarissas. Era o ano 1306. Ali morreu aos 66 anos de idade, depois de inumeráveis provas, cega e quase ausente, em 1326. Se extinguiu serena como uma criança, e de imediato foi venerada como santa.
Seu culto foi confirmado pelo Papa Pío VI em 22 de Dezembro de 1784.

• Eusébia Palomino, Beata
Religiosa Salesiana

Eusebia Palomino, Beata

Eusébia Palomino, Beata

Martirológio Romano: Em Valverde do Caminho, perto de Huelva, na região espanhola de Andaluzia, beata Eusébia Palomino Yenes, virgem do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que, dando um egrégio exemplo de humildade e evitando toda ostentação, mostrou seu espírito de abnegação nas tarefas mais simples, merecendo os dons da graça (1935). Etimologia: Eusébia = Aquela de carácter piedoso, é de origem grega. Eusébia Palomino Yenes viu a luz no crepúsculo do século XIX – em 15 de Dezembro de 1899 – em Cantalpino, pequeno povo da província de Salamanca (Espanha) numa família tão rica de fé como escassa de meios económicos. Agustín, o pai, que todos recordam por seu aspecto humilde, homem de grande bondade e doçura, trabalha como operário temporário ao serviço dos proprietários terra tenentes dos arredores e sua mãe Juana Yenes atende a casa com os quatro filhos. Quando no inverno o campo repousa e o trabalho falta, o pão escasseia. Então o pai se vê obrigado a pedir ajuda à caridade de outros pobres nos povos da zona. Algumas vezes o acompanha a pequena Eusébia de apenas sete anos, que ignorante do que custam algumas humilhações, disfruta com aquelas caminhadas pelos caminhos do campo e alegremente corria e salta junto a seu pai que lhe faz admirar a beleza da criação, e a luminosidade da paisagem de Castela dando-lhe algumas catequeses que a encantam. Quando chegam aos povos, sorri às pessoas boas que a acolhem e pede «um pouco de pão por amor de Deus». O primeiro encontro com Jesús Eucaristia na idade de oito anos da  menina uma surpreendente percepção do significado de pertencer e de se oferecer totalmente ao Senhor como dom. Muito cedo em que deixar a escola para ajudar a  família e depois de haver dado prova de uma maturidade precoce em cuidar – ainda sendo criança – a meninos de algumas famílias do povo enquanto os pais vão trabalhar. Aos doze anos vai a Salamanca com sua irmã mais velha e põe-se a servir como ama. Aos domingos pela tarde vai ao oratório festivo das Filhas de Maria Auxiliadora, ali conhece às irmãs, que decidem pedir-lhe sua colaboração para ajudar a comunidade. Eusébia aceita com muito gosto e seguidamente põe mãos à obra: Ajuda na cozinha, acarreta a lenha, ajuda na limpeza da casa, estende a roupa no pátio grande, vai a acompanhar o grupo das estudantes à escola estatal e faz os recados na cidade. O desejo secreto de Eusébia, de se consagrar por inteiro ao Senhor, acende e nutre cada vez mais seus atos e sua oração. Diz: «Se cumpro com diligência meus deveres terei contente a Virgem Maria e poderei um dia ser sua filha no Instituto». Não se atreve a pedi-lo, por sua pobreza e falta de instrução, não se crê digna de tal graça: porque pensa, ¡é uma congregação tão grande!. A Superiora visitadora, em que ela se confia, a acolhe com bondade materna e lhe assegura: «Não te preocupes de nada» e com gosto decide admiti-la em nome da Mãe Geral. Em 5 de Agosto começa o Noviciado em preparação à profissão. Se alternam horas de estudo, de oração e de trabalho que constitui a jornada de Eusébia que a faz plenamente feliz. Depois de dois anos – 1924 – se consagra totalmente ao Senhor com os votos religiosos que a vinculam muito mais a ele. É destinada à casa de Valverde del Camino uma pequena cidade que naquela época conta com 9.000 habitantes, está situada no extremo sudoeste de Espanha, na zona mineira de Andaluzia nos confins com Portugal. As meninas do colégio e do oratório, no primeiro encontro ficam muito desiludidas, A Irmã nova tem um aspectos muito insignificante, pequena e pálida, não é bonita, com as mãos grossas e além disso um nome feio. Na manhã seguinte, a pequena Irmã está já em seu lugar de trabalho: Um trabalho variado que a ocupa na cozinha, na portaria, na rouparia, no cuidado do pequeno horto e na assistência às meninas do oratório festivo. É feliz de “estar na casa do Senhor por todos os dias de sua vida”. É esta a situação “real”, pela que se sente honrado seu espírito, que habita as esferas mais altas do amor. As pequenas se sentem cedo atraídas pelas narrações de factos missionários, vidas de santos, episódios da devoção mariana, ou histórias de Dom Bosco, que recorda graças a uma feliz memória e sabe fazê-las atrativas por seu convencimento e sua fé simples. Tudo em Sor Eusébia, reflete o amor de Deus e o forte desejo de o fazer amar. Suas jornadas de trabalho eram uma transparência continua e o confirmam seus temas prediletos de conversação: o amor de Jesús a todos os homens que salvou com sua Paixão. As Chagas santas de Jesús são o livro que Sor Eusébia lê todos os dias e do qual tira apontamentos de didascálica através de um simples “rosário” que aconselha a todos, também o faz através das cartas, faz-se apóstola da devoção ao Amor misericordioso segundo as revelações de Jesús a religiosa lituana – hoje santa – Faustyna Kowalska, divulgadas em Espanha pelo Padre dominicano João Arintero. O outro “polo” da piedade vivida e da catequese de Sor Eusébia é a “verdadeira devoção mariana” de São Luis Maria Grignion de Montfort. Esta será a alma e a arma do apostolado de Sor Eusébia durante sua breve existência: os destinatários serão as meninas, os jovens, as mães de família, os seminaristas, os sacerdotes. «Talvez não haja pároco em toda Espanha – se diz nos processos – que não haja recebido uma carta de Sor Eusébia a propósito da escravidão mariana»  Quando, a principio dos anos 30, Espanha se está preparando para a revolução pela raiva dos sem-Deus votados para o extermínio da religião, Sor Eusébia não dúvida em levar até ao extremo aquele principio de “disponibilidade”, pronta literalmente, a despojar-se de tudo. Se oferece ao Senhor como vítima para a salvação de Espanha, para a liberdade da religião. Deus aceita a vítima. Em agosto de 1932 um mal improvisado é o primeiro aviso. Depois a asma que em diversos momentos já a havia molestado, agora chega a níveis extremos de intolerância, se agrava com outros males que vão aparecendo e atentam contra sua vida. Neste tempo, visões de sangue afligem a Sor Eusébia ainda mais que as dores físicas. Em 4 de outubro de 1934, enquanto algumas irmãs rezavam com ela no lugar do sacrifício, interrompe e empalidece dizendo: «rezai muito por Catalunha». É o principio da sublevação operária de Astúrias e da catalana em Barcelona (4-15 octubre 1934) que se chamaram «antecipação reveladora». Visão de sangue também para sua querida diretora Sor Cármen Moreno Benítez, que será fuzilada com outra Irmã em 6 de setembro de 1936: Actualmente foi declarada beata, depois do reconhecimento do martírio.  Entretanto a enfermidade de Sor Eusébia se agrava: o médico que a assiste admite de não saber definir a enfermidade que, unida à asma lhe entorta todos os membros convertendo-a num ovo. Quem a visita sente a força moral e a luz de santidade que irradiam aqueles pobres membros doloridos, deixando absolutamente intacta a lucidez de pensamento, a delicadeza dos sentimentos e a gentileza do trato. Às irmãs que a assistem promete-lhes: «Darei minhas voltinhas». No coração da noite entre  9 e 10 de fevereiro de 1935 Sor Eusébia parece dormir serenamente. Durante todo o dia os restos mortais adornados com muitíssimas flores, são visitados por toda a população de Valverde. Todos repetem a mesma expressão: «Morreu uma santa» Foi beatificada em, 25 de abril de 2004 pelo Papa João Paulo II.

Se você tem alguma informação relevante para a canonização da Beata Eusébia, contacte a:
Filhas de María Auxiliadora
C/ María Auxiliadora, 8
21600 Valverde del Camino (Huelva), ESPAÑA
Reproduzido com autorização de
Vatican.va
¡Felicidades a quem leve este nome e às Salesianas!

• Guillermo (Guilherme) o Grande, Santo
Monge ermitão

Guillermo el Grande, Santo

Guillermo o Grande, Santo

Martirológio Romano: Na cova de Stabulum Rhodis, perto de Grossetto, na Toscana, são Guillermo, eremita de Malavalle, cuja vida inspirou e deu origem a numerosas congregações de eremitas (1157). Etimologia: Guillermo = Aquele que é um protetor decidido, vem do germânico. Guillermo era um jovem francês pagão. Não obstante, aberto à novidade que anunciavam os pregadores, converteu-se ao cristianismo. Submetido em seus princípios, intentou vivê-los da maneira que ele gostava, quer dizer, como monge ermitão. Suas ermidas estavam pela Toscana. Morreu no ano 1157 ¿Qual é a característica principal de sua vida? - A contemplação. Ante a natureza via as pegadas do Criador. O próprio João Paulo II dizia na quarta-feira, 5 de Junho na audiência geral:" Se convida à humanidade para reconhecer e dar graças ao Criador pelo dom fundamental de universo, que o circunda e permite respirar, a alimenta e a sustenta". Ele passava a vida indo de um lugar para outro fazendo oração, penitência, jejum, silêncio. Esta vivência a transmitiu Guillermo a seus discípulos. Estes deram lugar à Ordem de são Guillermo, que no ano 1256, se uniu à Ordem de santo Agostinho.Depois de uns anos, alguns de seus membros se separaram e voltaram a ser o que eram. O culto a são Guillermo data do século XIII. Quando morreu, comentam os biógrafos, suas relíquias começaram a ser veneradas pelos peregrinos que iam desde diferentes lugares de Itália. O Papa Alexandre III aprovou seu culto em 1174 e o confirmou mais tarde Inocêncio III em 1202¡Felicidades a quem leve este nome! Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Austreberta, Santa
  Abadessa

Austreberta, Santa

Austreberta, Santa

Martirológio Romano: Na região de Rouen, em Neustria, hoje em França, santa Austreberta, virgem e abadessa, que regeu o mosteiro de Pavilly, fundado piedosamente pelo bispo santo Audeno (704). Santa Austreberta ou Eustreberta foi filha de um dos principais cortesãos do rei Dagoberto, o conde Palatino Badefrido e de Santa Framechidis. Nasceu perto de Thérouanne, em Artois, e foi uma menina séria e piedosa, com a mente fixa em igrejas e convénios. Um dia, enquanto contemplava sua imagem reflectida na água, viu um véu sobre sua cabeça; aquela estranha experiência lhe produziu uma impressão permanente. Ao cumprir os doze anos, seu pai lhe anunciou que já tinha projetado seu matrimónio e a ideia resultou tão desagradável para Austreberta, que fugiu de casa, acompanhada por seu irmão mais novo. Se refugiou num mosteiro, onde o abade lhe deu asilo e lhe prometeu impor-lhe o véu. Sem embargo, ao saber quem era ela e pensando como estariam preocupados seus pais por sua ausência, a persuadiu para que regressasse com ele a seu lar. Omer explicou o assunto a seus pais, que terminaram por aceder a que a jovem entrasse para o convento, depois de viver com eles algum tempo. Aquele foi um período de prova para Austreberta que se sentia atormentada pelos escrúpulos de não haver respondido ao chamado de Deus. Tanto importunou aos seus para que a deixassem partir, que por fim seu pai a levou ao mosteiro de Port (depois Abbeville), no Somme, onde tomou o hábito ela mesma. Muito cedo ganhou lodos os corações com sua piedade e humildade. Ela mesma estava feliz naquela comunidade tão devota e observadora. Se conta que um dia quando Austreberta cozia o pão para a casa, ocorreu um sucesso extraordinário. No forno quente já se haviam extinguido as chamas. Os pães estavam prontos e só faltava tirar as brasas. Austreberta meteu a escova, que se incendiou logo e encheu o forno com fogo. Austreberta, temendo que o pão se queimasse, fechou primeiro a porta da cozinha e depois, inclinando-se entre as chamas, que não lhe fizeram nenhum dano, limpou o interior do forno com suas mãos e tirou o pão. À  assombrada rapariga que havia presenciado a cena a encarregou que não dissesse nada a ninguém e depois seguiu com sua tarefa tranquilamente, sem nenhuma queimadura na sua carne nem nas suas roupas. Só a seu confessor revelou Austreberta o sucedido e, ainda que este tenha ficado cheio de admiração, advertiu-a: "Filha, não voltes a ser tão temerária, não seja que a próxima vez tentes a Satanás e recebas algum dano." Naquele tempo vivia um homem piedoso chamado Audeno que havia fundado em Pavilly o mosteiro em que professou sua filha Áurea. Por conselho de São Filiberto, Audeno nomeou superiora de seu convento a Austreberta, que já desde há algum tempo era abadessa de Port. A santa resistiu a separar-se de suas amadas filhas para ir enfrentar-se com muitas dificuldades em outro mosteiro, mas ante a insistência de São Filiberto acabou por aceitar. Em sua nova casa encontrou uma completa falta de disciplina e se impôs a tarefa de urgir a suas monjas o estrito cumprimento das regras; mas as religiosas não se conformaram com aquela severidade e acudiram a protestar ante Audeno, e acusaram a santa de várias ofensas graves. O fundador deu crédito às calúnias e depois de injuriar a superiora, chegou ao grau de ameaçá-la com sua espada, mas Austreberta não teve medo e cingindo o véu em volta do pescoço, inclinou a cabeça esperando o golpe mortal. Seu valor fez que Audeno recuperasse a cordura e desde então deixou que governasse a suas monjas do modo que cresse conveniente.

• Calarampo, Profirio, Daucto e companheiras, Santos
Mártires

Calarampo, Profirio, Daucto y compañeras, Santos

Calarampo, Profirio, Daucto e companheiras, Santos

Martirológio Romano: Em Magnésia, na província de Ásia, santos Calarampo, Profirio e Daucto, que junto com três mulheres sofreram o martírio em tempo de Septimio Severo (s. III). Num resumo dos martirológios gregos se diz que, sob o reinado de Séptimo Severo, o prefeito Luciano, que governava em Magnésia, mandou deter a um sacerdote chamado Caralampio, porque este desprezava os éditos imperiais que proibiam pregar o Evangelho. Com o propósito de vencer a constância do sacerdote, Luciano mandou que o torturassem e ele próprio se uniu aos verdugos para rasgar as carnes do confessor com garfos de ferro. Se diz que naquele momento, por justo juízo de Deus, as mãos do prefeito Luciano ficaram paralisadas e coladas ao corpo do mártir, sem que seu dono as pudesse retirar.  Mas Caralampio elevou a Deus uma prece, pedindo o perdão para o inumano verdugo e as mãos de Luciano recuperaram o movimento. Ante um prodígio tão evidente, os dois lictores, Porfírio e Bato, que também desempenhavam o oficio de verdugos, abjuraram do culto dos ídolos e se declararam cristãos; três mulheres que presenciavam o suplicio, seguiram seu exemplo. Mas o prefeito persistiu na sua incredulidade e mandou que todos fossem decapitados nesse instante. Deve fazer-se notar que este resumo não menciona ao imperador nem fala de Antioquia de Pisidia. As "atas" que por seu lado são pouco dignas de confiança, se detêm em diversos detalhes, mas não dizem nada sobre os companheiros do mártir. A festa de São Caralampio figura em 10 de Fevereiro nos agregados ao martirológio de Usuardo e parece que seu culto se estendia até às regiões de Hainaut.

• José Sánchez del Río, Beato
Mártir

José Sánchez del Río, Beato

José Sánchez del Río, Beato

Mártir com catorze anos. Assim se resume a vida de José Luis Sánchez del Río, que segundo anunciou o cardeal Juan Sandoval Iñiguez, arcebispo de Guadalajara, beatificado junto a outros doze mártires nessa cidade em 20 de Novembro por disposição do Papa Bento XVI. Nascido em Sahuayo, Michoacán, em 28 de Março de 1913, filho de Macário Sánchez e de María del Río, José Luis foi assassinado em 10 de Fevereiro de 1928, durante a perseguição religiosa de México por pertencer a «los cristeros», grupo numeroso de católicos mexicanos levantados contra a opressão do regime de Plutarco Elías Calles. Um ano antes de seu martírio, José Luis se havia unido às forças «cristeras» do general Prudêncio Mendoza, encravadas no povo de Cotija, Michoacán. O martírio foi presenciado por dois meninos, um de sete anos e o outro de nove anos, que depois se converteriam em fundadores de congregações religiosas. Um deles o padre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, nascido em Cotija, que no livro entrevista «Minha Vida é Cristo» revela o papel decisivo que teria para sua vocação o testemunho de José Luis, de quem era amigo. «Foi capturado pelas forças do governo, que quiseram dar à população civil que apoiava os cristeros um castigo exemplar», recorda o fundador que então tinha sete anos. «Pediram-lhe que renegasse de sua fé em Cristo, sob pena de morte. José não aceitou a apostasia. Sua mãe estava trespassada pela pena e a angústia, mas animava a seu filho», acrescenta. «Então lhe cortaram a pele das plantas dos pés e o obrigaram a caminhar pelo povo, rumo ao cemitério – recorda --. Ele chorava e gemia de dor, mas não cedia. De vez em quando se detinham e diziam: "Se gritas ´Morra Cristo Rei´" te perdoamos a vida. "Diz ´Morra Cristo Rei´". Mas ele respondia: "Viva Cristo Rei"».«Já no cemitério, antes de disparar sobre ele, pediram-lhe pela última vez se queria renegar de sua fé. Não o fez e o mataram aí mesmo. Morreu gritando como muitos outros mártires mexicanos "¡Viva Cristo Rei!"».«Estas são imagens inesquecíveis de minha memória e da memória do povo mexicano, ainda que não se fale muitas vezes delas na história oficial», conclui o padre Maciel. Outro testemunho dos factos foi o menino de nove anos Enrique Amezcua Medina, fundador da Confraternidade Sacerdotal dos Operários do Reino de Cristo, com casas de formação tanto no México como em Espanha e presença em vários países do mundo. Na biografia da Confraternidade que ele próprio fundara, o padre Amezcua narra seu encontro -- que sempre considerou providencial -- com José Luis. Segundo comenta nesse testemunhal, ter-se cruzado com o menino mártir de Sahuayo -- a quem pediu segui-lo em seu caminho, mas que, vendo-o tão pequeno lhe disse: «Tu farás coisas que eu não poderei chegar a fazer»--, determinou sua entrada no sacerdócio. Mais tarde, no seminário de formação dos Operários em Salvaterra, Guanajuato o batizou como Seminário de Cristo Rei e seu internato se chamou «José Luis», em honra à memória deste futuro beato mexicano. Os restos mortais de José Luis descansam na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em seu povo natal. Foi beatificado em 20 de Novembro de 2005 no pontificado de S.S. Bento XVI. Artigos relacionados: José Sánchez del Río, Mártir de Cristo Rei  -  O menino cristero

• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral de este dia,

Otros Santos y Beatos

Santos Zótico e Amâncio, mártires

Em Roma, no décimo miliário da via Labicana, santos Zótico e Amâncio, mártires (s. II/IV).

São Silvano, bispo

Perto de Terracina, na Campânia, são Silvano, bispo (s. IV).

São Troyano, bispo

Na cidade de Santonas (hoje Saintes), em Aquitânia, são Troyano, bispo (c. 550).

São Protádio, bispo

Em Vesoncio (hoje Besançon), em Burgundia, são Protádio, bispo (c. 624).

Beato Hugo, abade

No  mosteiro premonstratense de Fosses, perto de Namur, em Lotaringia, beato Hugo, abade, a quem seu mestre são Norberto, ao ser eleito arcebispo de Magdeburgo, lhe encomendou a organização da nova Ordem, que regeu prudentemente durante trinta e cinco anos (c. 1163).

Beatos Pedro Fremond e cinco companheiras beatas Catalina e María Luisa du Verdier de la Sorinière, irmãs; Luisa Bessay de la Voûte; María Ana Hacher du Bois; e Luisa Poirier, esposa, mártires

Em Preuilly, no Anjou, em França, beato Pedro Fremond junto com cinco companheiras, mártires, que durante a Revolução Francesa foram fuzilados por sua fidelidade à Igreja católica (1794). Seus nomes são: beatas Catalina e María Luisa du Verdier de la Sorinière, irmãs; Luisa Bessay de la Voûte; María Ana Hacher du Bois; e Luisa Poirier, esposa.

90010 > Beato Alojzije Viktor Stepinac Vescovo e martire  MR
92323 > Santa Austreberta Badessa di Pavilly  MR
92688 > Santi Caralampo, Porfirio e Bapto Martiri  MR
90624 > Beata Chiara Agolanti da Rimini Clarissa  MR
90099 > Beata Eusebia Palomino Yenes Religiosa  MR
94441 > San Guglielmo d'Aquitania Duca 
90168 > San Guglielmo il Grande (di Malavalle) Eremita  MR
92608 > Beato José Sanchez Del Rio Martire 
40420 > Beati Pietro Fremond e 5 compagne Martiri  MR
40380 > San Protadio di Besancon Vescovo  MR
22750 > Santa Scolastica Vergine  - Memoria MR
40400 > San Silvano di Terracina Vescovo  MR
40370 > San Troiano Vescovo  MR
40410 > Beato Ugo di Fosses Abate  MR
92789 > Santi Zotico e compagni Martiri di Roma  MR

http://es.catholic.net/santoral ; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português (incompleta) por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...