quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nº 41 - 10 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1273

SANTA ESCOLÁSTICA

Virgem (543)

Escolástica, Santa

Escolástica, Santa

Santa Escolástica, irmã de São Bento, nasceu nos territórios de Núrsia ou Nórcia, na Úmbria, Itália. Dotada de excelentes disposições para a virtude, criada com máximas muito cristãs e nutrida nos exercícios de caridade e devoção. Escolástica fazia maravilhosos progressos no caminho da santidade, quando se soube na família da orientação que S. Bento havia abraçado e os prodígios que já se contavam dele em toda a Igreja. A resolução de S. Bento a ninguém impressionou tão profundamente como a Escolástica, que desde a morte dos pais vivia mais recolhida ainda no retiro de sua casa. Considerando ela que a perfeição evangélica, professada pelo irmão, era igualmente proposta a todos os cristãos, distribuiu pelos pobres os seus haveres e, acompanhada só duma criada de confiança, partiu secretamente em busca do irmão. Havia alguns anos que S. Bento, deixando o deserto de Subiaco, depois de ter lançado por terra os ídolos e abolido o paganismo no Monte Cassino, fundara o célebre mosteiro deste nome que foi como que o berço da vida monástica no Ocidente. Informado S. Bento da chegada da irmã, saiu da cela, e adiantou-se a recebê-la acompanhado de alguns monges, e falou-lhe fora da clausura.

Escolástica, Santa

Escolástica, Santa

Santa Escolástica declarou ao irmão o desígnio que tinha de passar o resto da vida numa solidão não longe da sua, suplicando-lhe fosse o seu pai espiritual e lhe prescrevesse as regras que tinha a observar para o aperfeiçoamento da alma. Anuiu S. Bento aos desejos de Escolástica, porque o céu já lhe tinha revelado a vocação da irmã; e tendo mandado fabricar uma cela não distante do mosteiro, para Escolástica e para a criada, deu-lhes, pouco mais ou menos, as mesmas regras que tinha dado aos monges. A fama da eminente santidade desta nova fundadora atraiu-lhe grande número de donzelas que, pondo-se sob a sua direção e sob a de S. Bento, se obrigaram a guardar a mesma regra. Tal foi a origem daquela célebre Ordem feminina, tão ditosamente estendida, que chegou a 14 000 conventos espalhados por todo o Ocidente. Embora não tivesse feito voto de clausura, Escolástica guardou-a sempre com toda a exatidão. Somente se reservou ir uma vez por ano visitar S. Bento, para lhe dar conta da comunidade e do particular da sua alma. Não queria permitir S. Bento que Escolástica chegasse ao seu mosteiro, e por isso meso ele a saía a recebê-la, acompanhado dalgum monge, a um lugar não distante dele. Advertida, segundo todos os indícios, do dia da sua morte, veio Escolástica fazer a sua última visita anual ao seu santo irmão. Depois de terem louvado a Deus e conversado como costumavam, sobre várias matérias de piedade, despediu-se S. Bento para voltar ao mosteiro; Escolástica, porém, rogou-lhe que se demorasse até ao dia seguinte para ela ter a consolação de falar mais demoradamente sobre a bem-aventurança da vida eterna. Bento negou-se resolutamente. Escolástica inclinou um pouco a fronte, e apoiando-a nas mãos, recolheu-se interiormente, fazendo uma breve oração. Logo que terminou a prece, o céu, que estava claro, turvou-se de repente. Desencadeou.-se tal tempestade de relâmpagos e trovões, acompanhados de chuva tão copiosa, que não foi possível a bento e aos monges, que tinham ido com ele, sair para o mosteiro. Queixou-se o Santo amorosamente à irmã; mas ela justificou-se dizendo: «Pedi-vos e não me quisestes ouvir, pedi a Deus e Ele ouviu-me. Agora sai, se podeis, deixai-me e voltai ao vosso mosteiro». S. Gregório que refere este facto, dá grande ideia da virtude e dos merecimentos de Santa Escolástica, dizendo que a vitória, nesta santa contenda, se declarou por quem tinha mais perfeito e mais forte amor de Deus. Tendo voltado na manhã do dia seguinte ao seu retiro, a santa aí morreu com a morte dos justos, três dias depois. No momento em que expirou, estava S. Bento só, na sua costumada contemplação, e levantando os olhos, diz S. Gregório, viu a alma de sua santa irmã voar ao céu em forma duma cândida pomba. Faleceu por 543, contando uns sessenta anos de idade. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

BEATO LUÍS (Alojzije Viktor) STEPINAC

Luis (Alojzije Viktor) Stepinac, Beato

Luis (Alojzije Viktor) Stepinac, Beato

Cardeal, Arcebispo e Mártir

Luís Stepinac nasceu a 8 de Maio de 1898, na aldeia de Brezaric, atual Croácia. Aos 17 anos pediu para entrar no seminário, mas foi chamado pelo exército e mandado para a frente italiana, em 1917. Aqui foi capturado pelos italianos, ficando prisioneiro durante cinco meses. Nos finais de 1924 inscreveu-se na Universidade Gregoriana, em filosofia e teologia. Em 1927 obtém a láurea em filosofia e em 1930 é ordenado sacerdote. No ano seguinte regressa à Croácia e em 1934 é feito coadjutor do bispo de Zagreb e nomeado sucessor do mesmo. Em 1937, toma posse da sede episcopal de Zagreb e desde o início desenvolveu intensa atividade apostólica . Apoiou um grupo que acolhia judeus fugidos ao regime de Hitler, exortando os padres da sua diocese a ajudá-los por “dever cristão” e também a denunciar os males do racismo. Em Março de 1941, quando as forças do eixo Roma-Berlim invadiram a Jugoslávia , a Croácia tornou-se um estado independente, governado por um regime filonazista. Stepinac opôs-se à colaboração, mas permitiu aos padres acolher as conversões daqueles que estavam em perigo de vida. À medida que foi sabendo dos crimes cometidos pelo novo regime, tornou-se o seu mais aceso opositor, denunciando os abusos e o racismo das leis que eram promulgadas. Quando a Croácia fica sob o regime comunista, como parte da República Popular Jugoslava, Stepinac foi preso, mas soltaram-no umas semanas depois. Num encontro com o presidente Tito, percebeu que este pensava numa espécie de igreja nacional. Stepinac recusou qualquer forma de compromisso e denunciou as perseguições sofridas pela Igreja na Jugoslávia. Em setembro de 1946, foi preso de novo e acusado de cumplicidade em crimes cometidos pelo Governo, durante a guerra. Depois de um simulacro de processo, é condenado a 16 anos de trabalhos forçados e a 5 de privação de direitos civis. Internado em Lepoglava, os carcereiros não quiseram obrigá-lo ao trabalho, mas tentaram envenená-lo lentamente. das as as suas condições de saúde, foi transferido para a sua terra natal, Krasic, onde permaneceu sob prisão domiciliária, até à sua morte, a 10 de Fevereiro de 1960. Os milhares de cartas que escreveu da prisão, a bispos, sacerdotes e leigos, são prova duma fé inabalável e do perdão para com os seus perseguidores.Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it Podes encontrar mais informação no seguinte artigo: Cardeal Luis Stepinac

SANTA SOTERA

Virgem, mártir (304)

Sotera, bela e nobre virgem da família romana dos Aurelii, estimou a sua fé cristã bem acima dos consulados exercidos pelos seus maiores: quando lhe mandaram que sacrificasse aos deuses, respondeu com  pronta recusa, senão à dor, pelo menos à vergonha; mas, ouvindo ela a ordem dada, logo descobriu a face, não querendo ter outro véu senão o do seu martírio. Antecipando-se ao ultraje, apresentou as faces, pronta a santificar pelo sofrimento belezas que lhe poderiam causar a ruína. Puderam atentar contra o seu rosto, mas a beleza interior ficou intacta. Assim, por meio dos injuriosos tratos reservados para os escravos, Sotera mostrou-se tão corajosa e tão terna, que se cansou o algoz de lhe bater nas faces antes de ela se cansar de receber ultrajes. Não se viu que ela baixasse ou desviasse o rosto; não soltou um gemido, não derramou uma lágrima. Tendo assim percorrido todos os tormentos, recebeu da espada o último golpe, muito tempo esperado. O martírio de Sotera decorreu em Roma no ano de 304, sendo imperador Diocleciano. O corpo enterram-lho na região cemiterial que tem o seu nome e pega com o cemitério de Calisto. Um ramo cristão da gens aurélia tinha arranjado, nesta parte, uma sala ampla para a sepultura dos membros da família. Importa não confundir esta virgem mártir, honrada na Via Ápia, com a que é honrada a 12 de Maio na via Aurélia, ao mesmo tempo que São Pancrácio. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

BEATO ARNALDO

Abade ( 1255)

Pádua estava em meados do século XIII sujeita a Ezelino, o Feroz, famoso tirano que diziam ser filho do diabo. Dante colocou-o no inferno, mergulhado até aos olhos em sangue a ferver. Para não ser assassinado como tantos outros, Arnaldo, abade do mosteiro de Santa Sabina, refugiou-se numa gruta. Quando chegou a notícia de Frederico II vir libertar a cidade, Arnaldo saiu do refúgio e foi, com os seus monges, ao encontro do Imperador. Se o abade fosse profeta quanto à própria sorte, adivinharia que Ezelino voltaria em breve e se mostraria tão cruel como antes. Arnaldo, na verdade, foi preso antes de poder voltar à sua gruta. Lançado num tremendo calaboiço, lá morreu ao cabo de oito anos de sofrimento, a 10 de Fevereiro de 1255. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

• Clara de Rimini, Beata
Viúva

Clara de Rimini, Beata

Clara de Rimini, Beata

Martirológio Romano: Em Rimini, na Romagna, beata Clara, viúva, que por meio da penitência, mortificação e jejuns expiou a vida dissoluta que havia levado antes e, depois de reunir um grupo de companheiras num mosteiro, serviu a Deus com humildade de espírito (entre 1324 y 1329). Etimologia: Clara = Aquela que está limpa de pecado, é de origem latina. Clara nasceu em Rímini, em 1260, por muito tempo não faz muita honra à Santa de Assis. O ambiente mundano e soberbo de seu tempo e de sua família a absorveu por largo tempo. Seu pai, ao enviuvar, casou com uma viúva rica, e para afiançar a união das duas famílias, casou a Clara com o filho de dita viúva. Cedo ela enviuvou, e pouco depois morreu seu pai. Estes dois lutos tampouco fizeram grande mossa em Clara. Ainda era jovem e bela, rica e admirada. Contraiu novas núpcias com um rico herdeiro de uma das principais famílias de Rímini, não teve filhos, pelo qual se sentiu inteiramente livre e seguiu sua conduta dissipada até os 34 anos. Logo teve um câmbio inesperado. Se diz que um dia, ao entrar numa igreja franciscana, ouviu uma voz que a convidava a recitar com atenção um Pai Nosso e uma Ave Maria. Clara obedeceu, enquanto recitava devotamente estas orações (fazia tanto tempo que não orava), se sentiu penetrada por uma dor vivíssima dos pecados cometidos e foi inundada de um gozo até então desconhecido e de uma serenidade interior que nunca havia sentido. Ficou comovida. Abandonou decididamente a vida dissipada, as companhias e os prazeres de antes.   Falou a seu esposo com uma seriedade que ninguém haveria suspeitado nela. Pediu a permissão de se retirar do mundo, de dedicar-se a uma vida de penitência e de solidão. O marido compreendeu o fogo de amor divino que ardia nela, até então entregue às paixões humanas, e lhe concedeu a permissão solicitada. Nasceu então a nova Clara. Foi penitente severíssima e humilíssima, sobretudo depois da morte de seu segundo marido, acontecida dois anos mais tarde. Vestida de gris, com cilícios e argolas de ferro em sua carne, dormia sobre uma tábua, se alimentava de sobras. Seu verdadeiro alimento era a oração e a Eucaristia. Teve êxtases e revelações. As desgraças políticas seguiram perseguindo-a. Deve ter-se retirado para Urbino, onde se havia refugiado um irmão gravemente enfermo. Em Urbino foi anjo de misericórdia para os enfermos, os pobres e os encarcerados. Voltou a Rímini com doze companheiras e fundou um convento onde vestiu o hábito e professou a regra das Clarissas. Era o ano 1306. Ali morreu aos 66 anos de idade, depois de inumeráveis provas, cega e quase ausente, em 1326. Se extinguiu serena como uma criança, e de imediato foi venerada como santa.
Seu culto foi confirmado pelo Papa Pío VI em 22 de Dezembro de 1784.

• Eusébia Palomino, Beata
Religiosa Salesiana

Eusebia Palomino, Beata

Eusébia Palomino, Beata

Martirológio Romano: Em Valverde do Caminho, perto de Huelva, na região espanhola de Andaluzia, beata Eusébia Palomino Yenes, virgem do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que, dando um egrégio exemplo de humildade e evitando toda ostentação, mostrou seu espírito de abnegação nas tarefas mais simples, merecendo os dons da graça (1935). Etimologia: Eusébia = Aquela de carácter piedoso, é de origem grega. Eusébia Palomino Yenes viu a luz no crepúsculo do século XIX – em 15 de Dezembro de 1899 – em Cantalpino, pequeno povo da província de Salamanca (Espanha) numa família tão rica de fé como escassa de meios económicos. Agustín, o pai, que todos recordam por seu aspecto humilde, homem de grande bondade e doçura, trabalha como operário temporário ao serviço dos proprietários terra tenentes dos arredores e sua mãe Juana Yenes atende a casa com os quatro filhos. Quando no inverno o campo repousa e o trabalho falta, o pão escasseia. Então o pai se vê obrigado a pedir ajuda à caridade de outros pobres nos povos da zona. Algumas vezes o acompanha a pequena Eusébia de apenas sete anos, que ignorante do que custam algumas humilhações, disfruta com aquelas caminhadas pelos caminhos do campo e alegremente corria e salta junto a seu pai que lhe faz admirar a beleza da criação, e a luminosidade da paisagem de Castela dando-lhe algumas catequeses que a encantam. Quando chegam aos povos, sorri às pessoas boas que a acolhem e pede «um pouco de pão por amor de Deus». O primeiro encontro com Jesús Eucaristia na idade de oito anos da  menina uma surpreendente percepção do significado de pertencer e de se oferecer totalmente ao Senhor como dom. Muito cedo em que deixar a escola para ajudar a  família e depois de haver dado prova de uma maturidade precoce em cuidar – ainda sendo criança – a meninos de algumas famílias do povo enquanto os pais vão trabalhar. Aos doze anos vai a Salamanca com sua irmã mais velha e põe-se a servir como ama. Aos domingos pela tarde vai ao oratório festivo das Filhas de Maria Auxiliadora, ali conhece às irmãs, que decidem pedir-lhe sua colaboração para ajudar a comunidade. Eusébia aceita com muito gosto e seguidamente põe mãos à obra: Ajuda na cozinha, acarreta a lenha, ajuda na limpeza da casa, estende a roupa no pátio grande, vai a acompanhar o grupo das estudantes à escola estatal e faz os recados na cidade. O desejo secreto de Eusébia, de se consagrar por inteiro ao Senhor, acende e nutre cada vez mais seus atos e sua oração. Diz: «Se cumpro com diligência meus deveres terei contente a Virgem Maria e poderei um dia ser sua filha no Instituto». Não se atreve a pedi-lo, por sua pobreza e falta de instrução, não se crê digna de tal graça: porque pensa, ¡é uma congregação tão grande!. A Superiora visitadora, em que ela se confia, a acolhe com bondade materna e lhe assegura: «Não te preocupes de nada» e com gosto decide admiti-la em nome da Mãe Geral. Em 5 de Agosto começa o Noviciado em preparação à profissão. Se alternam horas de estudo, de oração e de trabalho que constitui a jornada de Eusébia que a faz plenamente feliz. Depois de dois anos – 1924 – se consagra totalmente ao Senhor com os votos religiosos que a vinculam muito mais a ele. É destinada à casa de Valverde del Camino uma pequena cidade que naquela época conta com 9.000 habitantes, está situada no extremo sudoeste de Espanha, na zona mineira de Andaluzia nos confins com Portugal. As meninas do colégio e do oratório, no primeiro encontro ficam muito desiludidas, A Irmã nova tem um aspectos muito insignificante, pequena e pálida, não é bonita, com as mãos grossas e além disso um nome feio. Na manhã seguinte, a pequena Irmã está já em seu lugar de trabalho: Um trabalho variado que a ocupa na cozinha, na portaria, na rouparia, no cuidado do pequeno horto e na assistência às meninas do oratório festivo. É feliz de “estar na casa do Senhor por todos os dias de sua vida”. É esta a situação “real”, pela que se sente honrado seu espírito, que habita as esferas mais altas do amor. As pequenas se sentem cedo atraídas pelas narrações de factos missionários, vidas de santos, episódios da devoção mariana, ou histórias de Dom Bosco, que recorda graças a uma feliz memória e sabe fazê-las atrativas por seu convencimento e sua fé simples. Tudo em Sor Eusébia, reflete o amor de Deus e o forte desejo de o fazer amar. Suas jornadas de trabalho eram uma transparência continua e o confirmam seus temas prediletos de conversação: o amor de Jesús a todos os homens que salvou com sua Paixão. As Chagas santas de Jesús são o livro que Sor Eusébia lê todos os dias e do qual tira apontamentos de didascálica através de um simples “rosário” que aconselha a todos, também o faz através das cartas, faz-se apóstola da devoção ao Amor misericordioso segundo as revelações de Jesús a religiosa lituana – hoje santa – Faustyna Kowalska, divulgadas em Espanha pelo Padre dominicano João Arintero. O outro “polo” da piedade vivida e da catequese de Sor Eusébia é a “verdadeira devoção mariana” de São Luis Maria Grignion de Montfort. Esta será a alma e a arma do apostolado de Sor Eusébia durante sua breve existência: os destinatários serão as meninas, os jovens, as mães de família, os seminaristas, os sacerdotes. «Talvez não haja pároco em toda Espanha – se diz nos processos – que não haja recebido uma carta de Sor Eusébia a propósito da escravidão mariana»  Quando, a principio dos anos 30, Espanha se está preparando para a revolução pela raiva dos sem-Deus votados para o extermínio da religião, Sor Eusébia não dúvida em levar até ao extremo aquele principio de “disponibilidade”, pronta literalmente, a despojar-se de tudo. Se oferece ao Senhor como vítima para a salvação de Espanha, para a liberdade da religião. Deus aceita a vítima. Em agosto de 1932 um mal improvisado é o primeiro aviso. Depois a asma que em diversos momentos já a havia molestado, agora chega a níveis extremos de intolerância, se agrava com outros males que vão aparecendo e atentam contra sua vida. Neste tempo, visões de sangue afligem a Sor Eusébia ainda mais que as dores físicas. Em 4 de outubro de 1934, enquanto algumas irmãs rezavam com ela no lugar do sacrifício, interrompe e empalidece dizendo: «rezai muito por Catalunha». É o principio da sublevação operária de Astúrias e da catalana em Barcelona (4-15 octubre 1934) que se chamaram «antecipação reveladora». Visão de sangue também para sua querida diretora Sor Cármen Moreno Benítez, que será fuzilada com outra Irmã em 6 de setembro de 1936: Actualmente foi declarada beata, depois do reconhecimento do martírio.  Entretanto a enfermidade de Sor Eusébia se agrava: o médico que a assiste admite de não saber definir a enfermidade que, unida à asma lhe entorta todos os membros convertendo-a num ovo. Quem a visita sente a força moral e a luz de santidade que irradiam aqueles pobres membros doloridos, deixando absolutamente intacta a lucidez de pensamento, a delicadeza dos sentimentos e a gentileza do trato. Às irmãs que a assistem promete-lhes: «Darei minhas voltinhas». No coração da noite entre  9 e 10 de fevereiro de 1935 Sor Eusébia parece dormir serenamente. Durante todo o dia os restos mortais adornados com muitíssimas flores, são visitados por toda a população de Valverde. Todos repetem a mesma expressão: «Morreu uma santa» Foi beatificada em, 25 de abril de 2004 pelo Papa João Paulo II.

Se você tem alguma informação relevante para a canonização da Beata Eusébia, contacte a:
Filhas de María Auxiliadora
C/ María Auxiliadora, 8
21600 Valverde del Camino (Huelva), ESPAÑA
Reproduzido com autorização de
Vatican.va
¡Felicidades a quem leve este nome e às Salesianas!

• Guillermo (Guilherme) o Grande, Santo
Monge ermitão

Guillermo el Grande, Santo

Guillermo o Grande, Santo

Martirológio Romano: Na cova de Stabulum Rhodis, perto de Grossetto, na Toscana, são Guillermo, eremita de Malavalle, cuja vida inspirou e deu origem a numerosas congregações de eremitas (1157). Etimologia: Guillermo = Aquele que é um protetor decidido, vem do germânico. Guillermo era um jovem francês pagão. Não obstante, aberto à novidade que anunciavam os pregadores, converteu-se ao cristianismo. Submetido em seus princípios, intentou vivê-los da maneira que ele gostava, quer dizer, como monge ermitão. Suas ermidas estavam pela Toscana. Morreu no ano 1157 ¿Qual é a característica principal de sua vida? - A contemplação. Ante a natureza via as pegadas do Criador. O próprio João Paulo II dizia na quarta-feira, 5 de Junho na audiência geral:" Se convida à humanidade para reconhecer e dar graças ao Criador pelo dom fundamental de universo, que o circunda e permite respirar, a alimenta e a sustenta". Ele passava a vida indo de um lugar para outro fazendo oração, penitência, jejum, silêncio. Esta vivência a transmitiu Guillermo a seus discípulos. Estes deram lugar à Ordem de são Guillermo, que no ano 1256, se uniu à Ordem de santo Agostinho.Depois de uns anos, alguns de seus membros se separaram e voltaram a ser o que eram. O culto a são Guillermo data do século XIII. Quando morreu, comentam os biógrafos, suas relíquias começaram a ser veneradas pelos peregrinos que iam desde diferentes lugares de Itália. O Papa Alexandre III aprovou seu culto em 1174 e o confirmou mais tarde Inocêncio III em 1202¡Felicidades a quem leve este nome! Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Austreberta, Santa
  Abadessa

Austreberta, Santa

Austreberta, Santa

Martirológio Romano: Na região de Rouen, em Neustria, hoje em França, santa Austreberta, virgem e abadessa, que regeu o mosteiro de Pavilly, fundado piedosamente pelo bispo santo Audeno (704). Santa Austreberta ou Eustreberta foi filha de um dos principais cortesãos do rei Dagoberto, o conde Palatino Badefrido e de Santa Framechidis. Nasceu perto de Thérouanne, em Artois, e foi uma menina séria e piedosa, com a mente fixa em igrejas e convénios. Um dia, enquanto contemplava sua imagem reflectida na água, viu um véu sobre sua cabeça; aquela estranha experiência lhe produziu uma impressão permanente. Ao cumprir os doze anos, seu pai lhe anunciou que já tinha projetado seu matrimónio e a ideia resultou tão desagradável para Austreberta, que fugiu de casa, acompanhada por seu irmão mais novo. Se refugiou num mosteiro, onde o abade lhe deu asilo e lhe prometeu impor-lhe o véu. Sem embargo, ao saber quem era ela e pensando como estariam preocupados seus pais por sua ausência, a persuadiu para que regressasse com ele a seu lar. Omer explicou o assunto a seus pais, que terminaram por aceder a que a jovem entrasse para o convento, depois de viver com eles algum tempo. Aquele foi um período de prova para Austreberta que se sentia atormentada pelos escrúpulos de não haver respondido ao chamado de Deus. Tanto importunou aos seus para que a deixassem partir, que por fim seu pai a levou ao mosteiro de Port (depois Abbeville), no Somme, onde tomou o hábito ela mesma. Muito cedo ganhou lodos os corações com sua piedade e humildade. Ela mesma estava feliz naquela comunidade tão devota e observadora. Se conta que um dia quando Austreberta cozia o pão para a casa, ocorreu um sucesso extraordinário. No forno quente já se haviam extinguido as chamas. Os pães estavam prontos e só faltava tirar as brasas. Austreberta meteu a escova, que se incendiou logo e encheu o forno com fogo. Austreberta, temendo que o pão se queimasse, fechou primeiro a porta da cozinha e depois, inclinando-se entre as chamas, que não lhe fizeram nenhum dano, limpou o interior do forno com suas mãos e tirou o pão. À  assombrada rapariga que havia presenciado a cena a encarregou que não dissesse nada a ninguém e depois seguiu com sua tarefa tranquilamente, sem nenhuma queimadura na sua carne nem nas suas roupas. Só a seu confessor revelou Austreberta o sucedido e, ainda que este tenha ficado cheio de admiração, advertiu-a: "Filha, não voltes a ser tão temerária, não seja que a próxima vez tentes a Satanás e recebas algum dano." Naquele tempo vivia um homem piedoso chamado Audeno que havia fundado em Pavilly o mosteiro em que professou sua filha Áurea. Por conselho de São Filiberto, Audeno nomeou superiora de seu convento a Austreberta, que já desde há algum tempo era abadessa de Port. A santa resistiu a separar-se de suas amadas filhas para ir enfrentar-se com muitas dificuldades em outro mosteiro, mas ante a insistência de São Filiberto acabou por aceitar. Em sua nova casa encontrou uma completa falta de disciplina e se impôs a tarefa de urgir a suas monjas o estrito cumprimento das regras; mas as religiosas não se conformaram com aquela severidade e acudiram a protestar ante Audeno, e acusaram a santa de várias ofensas graves. O fundador deu crédito às calúnias e depois de injuriar a superiora, chegou ao grau de ameaçá-la com sua espada, mas Austreberta não teve medo e cingindo o véu em volta do pescoço, inclinou a cabeça esperando o golpe mortal. Seu valor fez que Audeno recuperasse a cordura e desde então deixou que governasse a suas monjas do modo que cresse conveniente.

• Calarampo, Profirio, Daucto e companheiras, Santos
Mártires

Calarampo, Profirio, Daucto y compañeras, Santos

Calarampo, Profirio, Daucto e companheiras, Santos

Martirológio Romano: Em Magnésia, na província de Ásia, santos Calarampo, Profirio e Daucto, que junto com três mulheres sofreram o martírio em tempo de Septimio Severo (s. III). Num resumo dos martirológios gregos se diz que, sob o reinado de Séptimo Severo, o prefeito Luciano, que governava em Magnésia, mandou deter a um sacerdote chamado Caralampio, porque este desprezava os éditos imperiais que proibiam pregar o Evangelho. Com o propósito de vencer a constância do sacerdote, Luciano mandou que o torturassem e ele próprio se uniu aos verdugos para rasgar as carnes do confessor com garfos de ferro. Se diz que naquele momento, por justo juízo de Deus, as mãos do prefeito Luciano ficaram paralisadas e coladas ao corpo do mártir, sem que seu dono as pudesse retirar.  Mas Caralampio elevou a Deus uma prece, pedindo o perdão para o inumano verdugo e as mãos de Luciano recuperaram o movimento. Ante um prodígio tão evidente, os dois lictores, Porfírio e Bato, que também desempenhavam o oficio de verdugos, abjuraram do culto dos ídolos e se declararam cristãos; três mulheres que presenciavam o suplicio, seguiram seu exemplo. Mas o prefeito persistiu na sua incredulidade e mandou que todos fossem decapitados nesse instante. Deve fazer-se notar que este resumo não menciona ao imperador nem fala de Antioquia de Pisidia. As "atas" que por seu lado são pouco dignas de confiança, se detêm em diversos detalhes, mas não dizem nada sobre os companheiros do mártir. A festa de São Caralampio figura em 10 de Fevereiro nos agregados ao martirológio de Usuardo e parece que seu culto se estendia até às regiões de Hainaut.

• José Sánchez del Río, Beato
Mártir

José Sánchez del Río, Beato

José Sánchez del Río, Beato

Mártir com catorze anos. Assim se resume a vida de José Luis Sánchez del Río, que segundo anunciou o cardeal Juan Sandoval Iñiguez, arcebispo de Guadalajara, beatificado junto a outros doze mártires nessa cidade em 20 de Novembro por disposição do Papa Bento XVI. Nascido em Sahuayo, Michoacán, em 28 de Março de 1913, filho de Macário Sánchez e de María del Río, José Luis foi assassinado em 10 de Fevereiro de 1928, durante a perseguição religiosa de México por pertencer a «los cristeros», grupo numeroso de católicos mexicanos levantados contra a opressão do regime de Plutarco Elías Calles. Um ano antes de seu martírio, José Luis se havia unido às forças «cristeras» do general Prudêncio Mendoza, encravadas no povo de Cotija, Michoacán. O martírio foi presenciado por dois meninos, um de sete anos e o outro de nove anos, que depois se converteriam em fundadores de congregações religiosas. Um deles o padre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, nascido em Cotija, que no livro entrevista «Minha Vida é Cristo» revela o papel decisivo que teria para sua vocação o testemunho de José Luis, de quem era amigo. «Foi capturado pelas forças do governo, que quiseram dar à população civil que apoiava os cristeros um castigo exemplar», recorda o fundador que então tinha sete anos. «Pediram-lhe que renegasse de sua fé em Cristo, sob pena de morte. José não aceitou a apostasia. Sua mãe estava trespassada pela pena e a angústia, mas animava a seu filho», acrescenta. «Então lhe cortaram a pele das plantas dos pés e o obrigaram a caminhar pelo povo, rumo ao cemitério – recorda --. Ele chorava e gemia de dor, mas não cedia. De vez em quando se detinham e diziam: "Se gritas ´Morra Cristo Rei´" te perdoamos a vida. "Diz ´Morra Cristo Rei´". Mas ele respondia: "Viva Cristo Rei"».«Já no cemitério, antes de disparar sobre ele, pediram-lhe pela última vez se queria renegar de sua fé. Não o fez e o mataram aí mesmo. Morreu gritando como muitos outros mártires mexicanos "¡Viva Cristo Rei!"».«Estas são imagens inesquecíveis de minha memória e da memória do povo mexicano, ainda que não se fale muitas vezes delas na história oficial», conclui o padre Maciel. Outro testemunho dos factos foi o menino de nove anos Enrique Amezcua Medina, fundador da Confraternidade Sacerdotal dos Operários do Reino de Cristo, com casas de formação tanto no México como em Espanha e presença em vários países do mundo. Na biografia da Confraternidade que ele próprio fundara, o padre Amezcua narra seu encontro -- que sempre considerou providencial -- com José Luis. Segundo comenta nesse testemunhal, ter-se cruzado com o menino mártir de Sahuayo -- a quem pediu segui-lo em seu caminho, mas que, vendo-o tão pequeno lhe disse: «Tu farás coisas que eu não poderei chegar a fazer»--, determinou sua entrada no sacerdócio. Mais tarde, no seminário de formação dos Operários em Salvaterra, Guanajuato o batizou como Seminário de Cristo Rei e seu internato se chamou «José Luis», em honra à memória deste futuro beato mexicano. Os restos mortais de José Luis descansam na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em seu povo natal. Foi beatificado em 20 de Novembro de 2005 no pontificado de S.S. Bento XVI. Artigos relacionados: José Sánchez del Río, Mártir de Cristo Rei  -  O menino cristero

• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral de este dia,

Otros Santos y Beatos

Santos Zótico e Amâncio, mártires

Em Roma, no décimo miliário da via Labicana, santos Zótico e Amâncio, mártires (s. II/IV).

São Silvano, bispo

Perto de Terracina, na Campânia, são Silvano, bispo (s. IV).

São Troyano, bispo

Na cidade de Santonas (hoje Saintes), em Aquitânia, são Troyano, bispo (c. 550).

São Protádio, bispo

Em Vesoncio (hoje Besançon), em Burgundia, são Protádio, bispo (c. 624).

Beato Hugo, abade

No  mosteiro premonstratense de Fosses, perto de Namur, em Lotaringia, beato Hugo, abade, a quem seu mestre são Norberto, ao ser eleito arcebispo de Magdeburgo, lhe encomendou a organização da nova Ordem, que regeu prudentemente durante trinta e cinco anos (c. 1163).

Beatos Pedro Fremond e cinco companheiras beatas Catalina e María Luisa du Verdier de la Sorinière, irmãs; Luisa Bessay de la Voûte; María Ana Hacher du Bois; e Luisa Poirier, esposa, mártires

Em Preuilly, no Anjou, em França, beato Pedro Fremond junto com cinco companheiras, mártires, que durante a Revolução Francesa foram fuzilados por sua fidelidade à Igreja católica (1794). Seus nomes são: beatas Catalina e María Luisa du Verdier de la Sorinière, irmãs; Luisa Bessay de la Voûte; María Ana Hacher du Bois; e Luisa Poirier, esposa.

90010 > Beato Alojzije Viktor Stepinac Vescovo e martire  MR
92323 > Santa Austreberta Badessa di Pavilly  MR
92688 > Santi Caralampo, Porfirio e Bapto Martiri  MR
90624 > Beata Chiara Agolanti da Rimini Clarissa  MR
90099 > Beata Eusebia Palomino Yenes Religiosa  MR
94441 > San Guglielmo d'Aquitania Duca 
90168 > San Guglielmo il Grande (di Malavalle) Eremita  MR
92608 > Beato José Sanchez Del Rio Martire 
40420 > Beati Pietro Fremond e 5 compagne Martiri  MR
40380 > San Protadio di Besancon Vescovo  MR
22750 > Santa Scolastica Vergine  - Memoria MR
40400 > San Silvano di Terracina Vescovo  MR
40370 > San Troiano Vescovo  MR
40410 > Beato Ugo di Fosses Abate  MR
92789 > Santi Zotico e compagni Martiri di Roma  MR

http://es.catholic.net/santoral ; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português (incompleta) por António Fonseca

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