quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nº 48 - 17 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA – 3º ANO

 

Nº 1280

Os Sete Santos fundadores da Ordem dos Servitas

Bonfiglio Monaldi, Bongiunta Manetto, Manetto Antelense, Amídio Amidei, Ugoccio Ugoccioni, Sosténio de’Sostegni e Alessio Falconieri

Sete Fundadores dos Servos de Santa Maria Virgem

Fundadores de la Orden de los Servitas, Santos

Fundadores da Ordem dos Servitas, Santos

No século XIII, andando os mais cultos povos da Itália divididos pelo cisma de Frederico II, e pelas sanguinolentas lutas das facções políticas, quis Deus, na sua misericórdia e providência, suscitar, além doutros varões ilustres pela santidade, sete nobres de Florença que, unidos entre si pela caridade, dessem notável exemplo de amor fraterno. Chamavam-se Bonfiglio Monaldi, Bongiunta Manetto, Manetto Antelense, Amídio Amidei, Ugoccio Ugoccioni, Sosténio de’Sostegni e Alessio Falconieri. No ano de 1233, no dia da Assunção de Nossa Senhora, estando eles numa reunião piedosa duma irmandade chamada dos Laudantes, foram avisados pela Mãe de Deus que deveriam abraçar um modo de vida mais santo e mais perfeito. De acordo com o Bispo de Florença, estes sete varões ilustres, pondo de parte as riquezas, vestiram-se pobremente, cingiram-se com cilícios e, no dia 8 de Setembro, natividade de Maris Santíssima, retiraram-se para uma capelinha de aldeia, afim de começarem nova e mais santa vida. Quis Deus mostrar por um milagre quanto Lhe era agradável este modo de viver. De facto, como depois estes sete ilustres varões andassem na cidade de Florença a pedir esmola de porta em porta, aconteceu que de repente foram chamados servos de Maria pela voz das crianças, entre as quais se contava S. Filipe Benício, que tinha apenas cinco meses de idade. Daí em diante foram sempre chamados os Servos de Maria. Para evitar o bulício do mundo, e levados pelo amor da solidão, reuniram-se todos no monte Senário e aí levaram vida quase celestial. Viviam em cavernas, alimentando-se apenas de legumes e água, mortificavam o corpo com vigílias e outras austeridades, meditando assiduamente a Paixão de Jesus Cristo e as dores da sua amargurada Mãe. E, como numa ocasião, em sexta-feira santa, se empregassem  mais fervorosamente nesta meditação, apareceu-lhes de novo a Santíssima Virgem e mostrou-lhes o vestuário de luto que deviam usar, certificando-os que lhe seria muito agradável se eles fundassem na Igreja uma nova Ordem religiosa. Devia ocupar-se em promover a devoção às suas dores, pela contínua meditação do que ela sofreu junto à Cruz do Senhor. E como Pedro de Verona, glorioso mártir da Ordem dos Pregadores, pelas suas familiares relações com aqueles santos e ainda por uma particular visão da Santíssima Virgem, tivesse conhecimento disto, convenceu-os a fundar uma Ordem regular, chamada dos Servos da Bem-aventurada Virgem Maria, Ordem que depois foi aprovada pelo Papa Inocêncio IV. Tendo estes santos varões agregado a si muitos companheiros, começaram a percorrer as cidades e aldeia de Itália, principalmente da Toscana, pregando em toda a parte Jesus Crucificado, acalmando as guerras civis e trazendo muitos desorientados à senda da virtude. E não limitaram os seus trabalhos apostólicos à Itália apenas, mas pregaram ainda na França, na Alemanha e na Polónia. Finalmente, tendo espalhado, ao largo e ao longe, o bom odor de Jesus Cristo, notáveis ainda pelo dom dos milagres, adormeceram no Senhor. Mas, como em vida a caridade fraterna e o amor da religião os unia, assim depois da morte foram colocados no mesmo sepulcro, e venerados em conjunto pelo povo. Por isso, Clemente XII e Bento XIII confirmaram o culto, de há séculos prestado a cada um  deles, e Leão XIII, aprovados alguns milagres obtidos pela invocação colectiva dos mesmos santos, canonizou-os no quinquagésimo aniversário do seu sacerdócio, 1888, e decretou que a memória deles fosse celebrada anualmente em toda a Igreja, com  ofício e Missa. (cf. 15 de Setembro: Nossa Senhora das Dores). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt . Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

• Eutrópio de Fregenal , Santo
  Bispo

Eutropio de Fregenal , Santo

Eutrópio de Fregenal , Santo

O Padre Jerónimo Román de la Higuera em seu martirológio diz: «de Fregenal de Extremadura o trânsito glorioso de Santo Eutrópio bispo daquela cidade que conhecendo os erros que por Espanha semeavam os dois Auitos, enviou a África ao venerável presbítero Paulo Osório, para que consultadas estas heresias com Santo Agostinho, apontasse o modo mais seguro para as condenar». Foi este santo Prelado parente muito próximo de Flávio Caupernico, Arcebispo de Toledo e sucessor de Castino, morreu em paz com opinião de santidade, a 17 de Fevereiro perto dos anos 420.  Marco Máximo, arcebispo de Zaragoza afirma que os dois monges hereges, chamados Auitos provinham um de Jerusalém e outro de Roma com doutrinas de Orígenes, Victorio e Basílio não muito ortodoxas, uma vez superadas as correntes priscilianistas.  O Bispo Santo Eutrópio enviou a Paulo a consultar a São Jerónimo sobre a origem da alma.  O Santo Bispo informado dos Santos Padres, Agostinho e Jerónimo, exerceu seu magistério com segurança, zelo e inteireza. Consumiu sua vida, havendo guardado o depósito da fé. ¡Felicidades a quem leva este nome!

• Teodoro de Anasea, Santo
Mártir

Teodoro de Anasea, Santo

Teodoro de Anasea, Santo

Martirológio Romano: Em Amasea, no Helesponto, paixão de são Teodoro, soldado, que sob o imperador Maximiano, por confessar abertamente sua fé cristã, foi terrivelmente açoitado, recluso na cadeia e finalmente queimado vivo. São Gregório de Nisa cantou os louvores deste santo, num de seus discursos (306). Etimologicamente Teodoro = Aquele que é um regalo de Deus. Vem da língua grega. Na cidade Amasea, na província Panónia, nos tempos das perseguições pelo imperador Maximiano (anos 286-305), um guerreiro chamado Teodoro, junto com outros cristãos a quem intentaram obrigar a abjurar a Cristo e fazer um sacrifício aos ídolos. (O sobrenome Tiro significa em latim "recluta"). Ao negar-se a fazê-lo, Teodoro foi submetido a cruéis martírios e encerrado na cadeia. Aí, durante a oração ele foi consolado com a milagrosa aparição do  Senhor Jesus. Pouco tempo depois o tiraram da cadeia e com diferentes torturas novamente queriam obrigá-lo a abjurar a Cristo. Finalmente, vendo sua firmeza, o governador o condenou à fogueira. Sem nenhum temor, São Teodoro subiu à fogueira e orando e glorificando a Deus entregou sua alma. Foi perto do ano 306. Seu corpo foi sepultado na cidade de Eujaita (actualmente Marcivan na Ásia Menor) Mais tarde suas relíquias foram trasladadas para Constantinopla para a Igreja consagrada a seu nome. Sua cabeça se encontra em Gaeta, Itália. ¡Felicidades a quem leve este nome!

• Silvino de Auchy, Santo
Bispo

Silvino de Auchy, Santo

Silvino de Auchy, Santo

Silvino, que alguns apresentam como nascido na região de Tolosa, França, passou os primeiros anos na corte dos reis Childerico II e Teodorico III. Estava para se casar, quando, tocado pela graça divina, resolveu deixar a corte e o mundo, para abraçar a vida religiosa. Antes de se fixar nalgum retiro, fez várias peregrinações, visitou os túmulos dos santos, foi até à Palestina e veio de novo a Roma, onde recebeu o presbiterado e foi mesmo sagrado bispo. Não parece que tenha vivido ligado a alguma sé; segundo um autor, foi uma espécie de bispo regional, como havia nessa época. Sem razão julgaram alguns que teria sido bispo de Tolosa. Tudo o que se pode dizer é que exercitou o zelo nessa região e que evangelizou o país dos Morins, onde havia ainda muitos pagãos. Os exemplos da vida penitente e das pregações contribuíram para os converter. Deram-se pormenores prodigiosos sobre as austeridades de Silvino; foi garantido que passou 40 anos sem comer outro pão a não ser o eucarístico; que, durante todo este tempo, se contentou com ervas e frutas; que não tinha outra cama senão apenas a terra; que, por baixo do vestuário, simples e grosseiro, trazia um cilicio e revestia os membros com argolas de ferro. depois de usar das forças no serviço de Deus e do próximo, depois de santificar-se com penitência contínua e com o exercício do ministério evangélico, morreu em Auchy, departamento do Artois, onde tinha fixado residência habitual; perdera a esperança de receber a coroa do martírio; e as suas doenças corporais impediram-no de se retirar para o deserto. faleceu a 15 de Fevereiro de 717Felicidades a quem leve este nome! Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuítas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it - Comentários a P. Felipe Santos: al Santoral" fsantossdb@hotmail.com

• Lucas Belludi, Beato
  Presbítero Franciscano

Lucas Belludi, Beato

Lucas Belludi, Beato

Martirológio Romano: Em Pádua, na região de Veneza, beato Lucas Belludi, presbítero, da Ordem dos Frades Menores, discípulo e companheiro de santo António (1286). Etimologicamente: Lucas = Aquele que é luminoso, é de origem latina. Lucas nasceu em Pádua (Itália) no ano 1200, da nobre e muito rica família dos Belludi. Os dados que temos de sua vida, e em particular de sua juventude, são muito escassos. Com toda probabilidade estudou na Universidade de Pádua, como o prova sua grande cultura, e no ano 1220 se encontrou com são Francisco que, no seu regresso de Oriente, havia desembarcado em Veneza e, de caminho para sua terra, passou por Pádua. Em Santa Maria de La Cella ou Arcella, perto da cidade, o Santo fundou um mosteiro de clarissas, em que recebeu a beata Elena Enselmini, e junto ao mesmo um pequeno hospício para os frades que as atendiam; nele recebeu Lucas o hábito de mãos de Francisco e nele morreria anos mais tarde santo António. Parece que foi o próprio são Francisco quem orientou a Lucas ao sacerdócio, tida em conta de sua formação e suas virtudes.  Na humilde residência da Arcella passou o já sacerdote Lucas anos de oração e penitência, à medida que começava a perfilar seus sermões. O ano 1227, santo António, que havia estado pregando no sul de França, regressou a Itália e foi eleito Ministro provincial do norte de Itália. Por então, talvez no mesmo ano, António se encontrou com Lucas, e este seria daí em diante o discípulo e companheiro inseparável do Santo, em suas correrias apostólicas e na redação de seus Sermões. Quando depois da intensíssima Quaresma que pregou em Pádua no ano 1231, santo António se retirou ao eremitério de Camposampiero, perto de Pádua, ali o atendeu e cuidou o beato Lucas. Em 13 de Junho de 1231, durante a comida, António sofreu um colapso e se sentiu morrer; pediu que o trasladassem para Pádua e uma vez mais, Frei Lucas foi seu companheiro inseparável; o assistiu durante a viagem em carreta e permaneceu a seu lado na Arcella até que expirou naquela mesma tarde. Depois, nosso Beato foi um dos editores dos sermões do Santo, testemunha de sua santidade e promotor de sua glorificação mediante a pronta canonização e a construção de sua Basílica em Pádua. Tão estreita foi a relação entre o Santo e nosso Beato, que a este se chama também «Lucas de Santo António».  Na vida do beato Lucas destaca-se sobretudo o haver sido companheiro e colaborador de santo António; mas, além disso, foi um homem de grande talento e profunda espiritualidade, um verdadeiro sábio, famoso pregador, de vida simples e sã doutrina. Foi eleito Ministro provincial várias vezes. Depois da morte de santo António, o beato Lucas foi um dos editores de seus Sermões; por outro lado, Lucas é também autor de seus próprios Sermões Dominicais e outros, que se conservam inéditos na Biblioteca Antoniana de Pádua. Morreu no hospício da Arcella (Pádua) em 17 de Fevereiro de 1286. Seu corpo foi depositado, na Basílica de Santo António, no próprio sepulcro em que esteve sepultado ao princípio o Santo, seu amigo e mestre. Em 1971 os restos do Beato foram trasladados para outro túmulo dentro da mima Basílica, onde repousam na atualidade. Foi beatificado por Pío XI em 18 de Maio de 1927. Entre os lugares da Basílica paduana que merecem visitar-se se encontra a Capela do Beato Lucas Belludi, totalmente pintada ao fresco por Giusto de Menabuoi (1382). Ainda hoje são muitos estudantes que acodem a seu sepulcro para pedir-lhe sua intercessão à hora dos exames.

• Flaviano, Santo
Bispo e Mártir

Flaviano, Santo

Flaviano, Santo

Martirológio Romano: Comemoração de são Flaviano, bispo de Constantinopla, que, por defender a fé católica proclamada em Éfeso, foi atacado com socos e pontapés pelos partidários do ímpio Dióscoro e, enviado ao exílio, faleceu pouco depois (449). São Flaviano, sacerdote e tesoureiro da Igreja de Constantinopla, sucedeu em patriarcado a São Proclo, o ano 447. O cortesão Crisáfio, que gozava de grande favor ante o imperador Teodósio II, lhe sugeriu que pedisse a Flaviano um presente como mostra de gratidão por sua elevação à dignidade de patriarca. O bispo enviou ao imperador uns pães benzidos, segundo o costume daquele tempo, pois o pão era um símbolo de bênção e comunhão. Crisáfio fez saber ao santo que o imperador esperava um presente muito diferente e muito mais rico; mas o bispo respondeu resolutamente que as rendas da Igreja estavam destinadas a outros usos. A partir desse instante, o favorito do imperador decidiu acabar com Flaviano. Com efeito, valendo-se da imperatriz Eudócia, persuadiu o imperador para que obrigasse o patriarca a nomear a  Santa Pulquéria, irmã do mesmo Teodósio II, diaconisa de sua Igreja, com o que a corte se veria livre da influência da santa. Flaviano se negou a isso, coisa que Crisáfio considerou como uma nova ofensa. Por outro lado, a condenação que Flaviano fez dos erros de Eutiques, abade de um mosteiro próximo à cidade, acabou de enfurecer a Crisáfio. Eutiques, movido de um zelo excessivo por convencer a Nestório de que havia duas pessoas em Cristo, caiu no erro de negar que também tivera duas naturezas. Isto o constituiu em chefe da heresia monofisita. Num sínodo reunido por São Flaviano em 448, Eusébio de Dorileo desmascarou o erro de Eutiques; o sínodo condenou como herética a opinião de Eutiques e o mandou comparecer para justificar-se. O alegado de Eutiques não convenceu ao sínodo, que o depôs e o excomungou. Eutiques apelou então aos bispos de Roma, Egipto e Jerusalém, e escreveu uma carta ao Papa São León I, queixando-se da forma em que o sínodo o havia tratado e havia entendido sua doutrina. Mas o Papa não se deixou enganar. Numa carta cuidadosamente redigida que enviou a Flaviano e que se fez famosa na História da Igreja com o nome de "Tomo" ou "Carta Dogmática," São León definiu a fé ortodoxa sobre os principais pontos da discussão. Um novo concílio confirmou as decisões do sínodo anterior. Crisáfio, humilhado mas não vencido, tratou de conseguir seus fins por outros meios. Assim pois escreveu a Dióscoro, sucessor de São Cirilo na sede de Alexandria, prometendo-lhe sua amizade e apoio na condição de que se constituísse en defensor de Eutiques contra Flaviano e Eusébio. Dióscoro aceitou a proposta e ambos se valeram da imperatriz Eudócia, a qual pensava que, fazendo dano a Flaviano, molestaria a sua cunhada Pulquéría, a que detestava, Eudócia logrou persuadir a Teodósio de que convocasse a um concílio em Éfeso. O imperador convidou a Dióscoro de Alexandria a presidir ao concílio; com ele acudiram alguns bispos africanos e um grupo de laicos. Ao que parece, se tratava simplesmente de um bando organizado de malfeitores. Ao concílio foram também outros bispos de oriente, e São Leão enviou delegados.  A assembleia, conhecida geralmente com o nome de Latrocinium ou "conciliábulo de bandidos," como a chamou mais tarde São León por causa das violências a que deu lugar, se abriu em Éfeso, em 8 de Agosto de 449. Eutiques esteve presente, assim como dois oficiais do imperador, acompanhados por um forte contingente de soldados. As deliberações, em que predominavam os partidários de Eutiques, se desenvolveram num ambiente de violências, se impediu aos legados papais que lessem as Cartas de São León ao concílio e se terminou, no meio de maior desordem, com a sentença de deposição de Flaviano e Eusébio, apesar dos protestos dos legados do Papa. Quando Dióscoro começou a ler a sentença, vários bispos pediram a gritos que se calasse. Dióscoro interrompeu a leitura e deu vozes para chamar aos enviados do imperador, Elpidio e Eulógio. Estes mandaram ao ponto que se abrissem as portas da igreja e Proclo, o procônsul de Ásia, entrou escoltado por soldados e seguido por uma multidão armada com paus. Esta incursão intimidou tanto a assembleia, que praticamente nenhum bispo teve o valor de negar-se a firmar a sentença, excepto os legados papais que se retiraram decepcionados. São Flaviano fez uma apelação ao Papa São León e a outros bispos do ocidente, e entregou suas cartas aos legados papais. Mas quando se dispunha a abandonar a sala no meio do tumulto que seguiu à assembleia, a turba o derrubou e, segundo contam Dióscoro e o abade Barsumas, foi tão selvagemente golpeado a pontapés pelos soldados e malfeitores, que morreu pouco depois, não em Éfeso (como supõem alguns autores) mas em Sardis de Lidia, a onde havia sido desterrado.  O triunfo de Crisáfio foi de curta duração. O imperador morreu no ano seguinte e Marciano mandou executar a Crisáfio. Santa Pulquéría, a esposa de Marciano, mandou levar a Constantinopla o corpo de São Flaviano para que fosse sepultado, com grande pompa na sede episcopal, junto a seus predecessores. O Concílio de Calcedónia que teve lugar em 451, reivindicou sua memória, restituiu a Eusébio de Dorileo e depôs e desterrou a Dióscoro de Alexandria. ¡Felicidades a quem leve este nome!

• Mesrob, Santo
Monge

Mesrob, Santo

Mesrob, Santo

Martirológio Romano: Em Arménia, são Mesrob, doutor dos arménios, que, sendo discípulo de são Narsete e escriba no palácio real, se fez monge. Inventou os sinais do alfabeto para que o povo fosse instruído nas sagradas Escrituras, traduziu em arménio os dois testamentos e compôs hinos e cânticos (c. 440). Mesrob Mashtots nasceu em Taron e morreu em Vagharshapat. Koryun, seu pupilo e biógrafo, nos diz que Mesrob recebeu uma educação liberal, e foi versado nos idiomas grego, siríaco e persa. Devido à sua piedade e aprendizagem Mesrob foi nomeado secretário do rei Cosroes III. Seu dever era escrever em Grego, Persa e Siríaco os decretos e éditos do soberano. Mas Mesrob sentiu a chamada a uma vida mais perfeita. Deixou a vida na corte para servir a Deus, tomou os hábitos, e retirou-se para um mosteiro com uns poucos companheiros eleitos. Ali, de acordo com Koryun, se submeteu a grandes austeridades, suportando a fome e a sede, o frio e a pobreza. Vivia de vegetais, vestia só um cilicio, dormia no chão, e a miúdo passava noites inteiras orando e estudando a Bíblia. Continuou com este regime de vida por uns poucos de anos, durante os quais se preparou para o grande labor para que a Providência o chamaria em breve. Então, tanto a Igreja como o Estado necessitariam de seus serviços. Arménia, foi durante largo tempo campo de batalha entre Romanos e Persas, perdeu sua independência no ano 387, e foi dividida entre o Império Bizantino e Persa, aproximadamente quatro quintas partes foram entregues à Pérsia. O oeste de Arménia foi governado por generais bizantinos, enquanto o rei arménio mantinha seu cargo mas tão só simbolicamente. A Igreja logicamente se viu afectada por estas mudanças, ainda que a perda de independência civil e a divisão territorial não possa ter destruído sua organização nem dominar seu espírito. Os principais eventos deste período são a invenção do alfabeto arménio, a revisão da liturgia, a criação de uma literatura nacional e eclesiástica e o reajuste das relações hierárquicas. Três homens estão associados com este extraordinário trabalho: Mesrob, Isaac de Arménia, e o rei Vramshapuh, que sucedeu a seu irmão Cosroes III em 394. Mesrob havia passado algum tempo num mosteiro preparando-se para a vida monacal. Com o apoio do príncipe Shampith, pregou os Evangelhos no distrito de Golthn +perto do rio Araxes, convertendo muitos hereges e pagãos. Sem embargo, passou por grandes dificuldades instruindo a sua gente, já que os arménios não tinham alfabeto próprio; utilizavam a escritura grega, persa e síria,mas nenhuma era adequada para representar corretamente os numerosos sons complexos de sua língua nativa. Novamente, as Sagradas Escrituras e a liturgia, escritas em sírio, resultavam, para muitos, ilegível. Dali a constante necessidade de tradutores e intérpretes que explicassem a Palavra de Deus ao povo. Desejoso de corrigir a situação, Mesrob decidiu inventar um alfabeto nacional, para o qual o rei Vramshapuh e Isaac prometeram ajudar. Resulta difícil determinar exatamente que rol teve Mesrob na criação do novo alfabeto. De acordo com seus biógrafos arménios, consultou a Daniel,um bispo de Mesopotâmia, e a Rufinus, um monge de Samosata e com sua ajuda pôde dar uma forma definitiva, que provavelmente adaptou do grego. Outros, como Lenormant, pensam que foi derivado do Zend. O alfabeto de Mesrob consiste em 36 letras, outras duas (a O larga e a F) foram agregadas durante o século XII. A invenção do alfabeto no ano (406) foi o começo da literatura arménia, e provou ser um factor poderoso na formação de um espírito nacionalista. "O resultado do trabalho de Mesrob e Isaac", diz San Martín, "foi separar para sempre o povo arménio de outros povos do este, para os converter numa nação própria, e para fortalecer neles a fé cristã proibindo o uso de alfabetos estrangeiros profanos que eram utilizados para transcrever os livros pagãos dos seguidores de Zoroastro (também chamado Zarathustra). A Mesrob devemos a preservação da linguagem e da literatura arménias; porque sem seu trabalho, seu povo haveria sido absorvido pelos persas e sírios, e teria desaparecido como muitas outras nações do este". Ansiando que outros se beneficiem por sua descoberta, e incentivado pelo patriarca e o rei, Mesrob fundou numerosas escolas em diferentes partes do país. Nelas os jovens aprendiam o novo abecedário. Mas seu acionar não esteve confinado só à Arménia oriental. Provisionado de cartas de Isaac, foi a Constantinopla e obteve permissão do imperador Teodósio o Jovem para pregar e ensinar em suas possessões arménias. Mesrob evangelizou sucessivamente os Gregorianos e os Albanos (Aghouanghks), adaptando o alfabeto a seus idiomas, e, onde quer que pregasse Os Evangelhos, construía escolas e selecionava mestres e sacerdotes para que continuassem seu trabalho. Havendo regressado à Arménia Oriental para reportar os resultados de suas missões ao patriarca, pensou pela primeira vez em prover a seus compatriotas de literatura religiosa. Havendo reunido numerosos discípulos, enviou alguns a Edessa, Constantinopla, Atenas, Antioquía, Alexandria, e outros centros de aprendizagem, a estudar o idioma grego e trazer de regresso peças mestras da literatura grega. Alguns de seus mais famosos discípulos foram John de Egheghiatz, Joseph de Baghin, Yeznik, Koryun, Moses de Chorene, y John Mandakuni. O primeiro monumento à literatura arménia é a versão das Sagradas Escrituras. Isaac, segundo Moses de Chorene, realizou uma tradução da Bíblia de um texto sírio para o ano 411. Este trabalho deve ter sido considerado imperfeito, já que pouco depois John de Egheghiatz y Joseph de Baghin foram enviados a Edessa para traduzir as escrituras. Chegaram até Constantinopla e regressaram com as cópias autênticas da versão grega. Com a ajuda de outras cópias obtidas de Alexandria, a Bíblia foi traduzida, novamente do grego, de acordo com o texto de Septuagint e Orígen "Hexapla". Esta versão, atualmente em uso na igreja arménia, foi completada em redor do ano 434. Os decretos dos três primeiros concílios — Nicæa, Constantinopla, e Concílio de Éfeso — e a liturgia nacional (que foi escrita em siríaco) também foram traduzidas em arménio, a última foi revista liturgicamente por são Basilio. Muitas obras dos Padres Gregos foram traduzidas também em arménio. A posterior perda dos originais gregos deram uma importância especial a algumas de suas traduções, por exemplo, a segunda parte da crónica de Eusebius de que tão só existem uns fragmentos em grego, foi conservada completa em arménio. No meio de seus labores literários Mesrob não descuidou as necessidades espirituais das pessoas que o buscavam, voltando a visitar os distritos que havia evangelizado em seus primeiros anos, e, depois de Isaac em 440, fez-se cargo da administração espiritual da freguesia. Ele sobreviveu a seu mestre e amigo só seis meses. Os arménios o mencionam no cânon da Missa, e celebram sua memória em 19 de fevereiro. Está enterrado em Oshakan, um povo situado a 8 km do sudoeste de Ashtarak.

Constavel, Santo 
Abade,

Constable, Santo

Constable, Santo

Martirológio Romano: No mosteiro de Cava de’ Tirreni, na Campânia, em Itália, são Constable, abade, que por sua eximia mansidão e caridade para todos, mereceu ser chamado «refúgio protetor dos irmãos» (1124). Em 21 de dezembro de 1893 o Papa Leão XIII, reconheceu o antiquíssimo culto tributado e o título de santos, aos primeiros quatro abades da célebre Abadía da Santíssima Trindade de Cava de’ Tirreni, fundada no século XI.  Eles são santo Alferio o fundador e primeiro abade (†1050), são Leão I (1050-79), são Pedro I Pappacarbone (1079 -1123) e são Constable (1122-24), suas relíquias descansam na igreja da abadia na ´Capela dos Santos Padres´.Constable nasceu em 1070 em Tresino na Lucania (hoje Basilicata) da nobre família Gentilcore; quando tinha sete anos foi confiado ao abade de Cava são Leão I, convertendo-se logo em monge na mesma abadia. Demonstrou uma perseverança encomiavel na Regra Beneditina na sua vida monástica, tal, que foi considerado um exemplo para seus confrades e encarregado pelo abade de importantes negociações para a abadia. Em 10 de Janeiro de 1118, com o pleno consentimento dos monges, o abade são Pedro I  nomeou-o seu coadjutor no governo da abadia que havia crescido notavelmente, sucedendo-lhe como abade em 4 de março de 1122. Sua obra a exercitou com amabilidade, compreensão a cada um dos monges e a seus individuais problemas, sem abusar de sua autoridade. Morreu em 17 de fevereiro de 1124 aos 53  anos e foi enterrado na parte da igreja junto da gruta ´Arsicia´ usada por santo Alferio. Depois de sua morte apareceu várias vezes aos abades sucessores, vindo a eles para os ajudar nas contingências, se fala de suas intervenções prodigiosas pela salvação dos botes que pertenciam à Abadía, ao ponto que durante a Idade Média foi nomeado o protetor dos marinheiros da abadia. Sua festa é em 17 de fevereiro; é o santo patrono da cidade de Castellabate no Cilento, que foi fundada em 1123responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta

SANTA MARIANA

Virgem (século I)

Desconhecida dos latinos mas honrada pelos Orientais, esta viúva, depois da Ascensão do Senhor, terá acompanhado S. Filipe e S. Bartolomeu a Hierópole e, a seguir, terá ajudado a levar o Evangelho à Licaónia. Aí terá morrido ainda no século I.  Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral deste dia,

Santo Bonoso, bispo

Em Tréveris, na Gália Bélgica, santo Bonoso, bispo, que, junto com santo Hilário de Poitiers, trabalhou com zelo e doutrina para que nas regiões da Gália se mantivesse a integridade da fé (c. 373).

Santo Fintán, abade

No mosteiro de Clúain Ednech, na Irlanda, são Fintán, abade fundador do mesmo e prestigioso por sua austeridade (c. 440).

Santo Fian, abade e bispo

Em Lindisfarne, de Northumbria, santo Fian, bispo e abade, célebre por sua doutrina e por seu zelo na evangelização (c. 656).

Santo Evermodo, bispo

Em Ratzeburg, em Holsacia, de Germania, santo Evermodo, bispo, que, discípulo de são Norberto na Ordem Premonstratense, se dedicou à evangelização dos wendos (1178).

São Pedro Yu Chong-nyul, mártir

Em Pyongyang, na Coreia, são Pedro Yu Chong-nyul, mártir, que, sendo pai de família, enquanto lia aos fieis congregados durante a noite em casa do catequista, foi preso e açoitado até à morte por sua condição de cristão (1866).

Beato António Lesczewicz,

religioso presbítero e mártir

Em Rzeszow, na Polónia, beato Antonio Lesczewicz, presbítero da Congregação dos Clérigos Marianistas e mártir, que, na ocupação militar durante a guerra, foi queimado pelos perseguidores da Igreja por causa de sua fé em Cristo (1943).

!

 

93060 > Beato Antonio Leszczewicz Sacerdote e martire  MR
91414 >
San Benedetto di Dolia Vescovo 
41360 >
San Bonoso di Treviri Vescovo MR
91125 >
San Constabile (Costabile) Quarto Abate di Cava  MR
41420 >
Sant' Evermodo di Ratzeburg Vescovo MR
36725 >
San Finan di Lindisfarne (di Iona) Vescovo  MR
41380 >
San Fintan Abate di Cluain Ednech  MR
41550 >
San Flaviano Patriarca di Costantinopoli MR
90249 >
Beato Luca Belludi Francescano  MR
94424 >
San Lupiano 
41370 >
San Mesrop Dottore della Chiesa armena  MR
41430 >
San Pietro Yu Chong-nyul Martire  MR
26150 >
Santi Sette Fondatori dell'Ordine dei Servi della Beata Vergine Maria - Memoria Facoltativa
41410 >
San Silvino di Therouanne Vescovo  MR
76900 >
San Teodoro di Amasea Soldato e martire  MR

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução  por

António Fonseca

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Nº 47 - 16 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA – 3º ANO

 

Nº 1279

• Juliana, (ou Eliana) Mártir, Santa
Biografia

Juliana, (o Ileana)  Mártir, Santa

Juliana, (ou Eliana) Mártir, Santa

Quando chegou a paz de Constantino, a matrona Sofrónia tomou as relíquias do corpo da mártir Juliana com a intenção de as levar consigo a Roma. Por causa duma tempestade, teve que desembarcar em Puzoli onde lhe edificou um templo que logo destruíram os lombardos. As relíquias estiveram ameaçadas de desaparecer mas prudentemente foram enviadas para Nápoles onde repousam e se veneram com grande devoção.  Em Nicomédia tiveram lugar os factos, de mil maneiras narrados e com toda classe de matizes comentados, em torno desta santa que fez um projeto de sua vida contraposto ao desejado por seu pai. Os mesmos são narrados a seguir adiantando-se já que foi por altura da  perseguição de Maximiano. Juliana era filha de uma conhecida família ilustre de que o pai era pagão e exercia  Direito - e quando chega o momento converter-se em perseguidor dos cristãos – e de uma mãe agnóstica. Assim e dado que situação familiar não era favorável para a vivência cristã, fez-se batizar em segredo. Além disso ocorreu-lhe entregar-se inteiramente a Cristo e  o casamento não faz parte dos seus planos de futuro. Este é o sinal.  As dificuldades  começam quando Eluzo, que é um senador jovem, quer casar-se com Juliana. A coisa se põe ainda mais interessante porque o pai, sabendo o que Eluzo quer sua filha, já concertouo matrimónio entre o senador e a jovem, comprometendo sua honorabilidade.  A suposta noiva recebe-o amavelmente e com cortesia fazendo gala de sua esmerada educação. Mas, ao chegar o momento culminante dos detalhes matrimoniais, coloca uma condição ao aspirante com a intenção de se desligar do compromisso. Não o aceitará -lhe diz - enquanto não seja juiz e prefeito da cidade. Claro que isso era como pedir a lua; mas foram vãs as suas palavras já que em pouco tempo, graças a influências, dinheiro e valia pessoal, Eluzo converte-se em juiz e prefeito de Nicomédia; e por isso, continua insistindo em suas pretensões matrimoniais com Juliana. A donzela mantém a dignidade dando-lhe toda classe de felicitações e parabéns, ao tempo que lhe assegura não poder aceitar o matrimónio até que se dê outra condição imprescindível para cobrir o cisma que os separa: deve fazer-se cristão. Perante tamanho disparate é o próprio Eluzo quem põe o pai ao corrente do que se está passando e da «novidade» que se apresenta. «Se isso é verdade, seremos juiz e fiscal para minha filha». Juliana só sabe contestar a seu pai furioso que anseia ser a primeira dama da cidade, mas que sem ser cristão, tudo o resto não vale nada. «Por Apolo e Diana! Antes quero ver-te morta que cristã» – diz-lhe então, o pai. Na conversação tratará a seu pai com respeito e amor de filha, mas... «meu Salvador é Jesus Cristo em quem tenho posta toda minha confiança». Convertida ao cristianismo, destacou-se por seu entusiasmo e ardor na difusão da fé, pelo que foi encarcerada, torturada com estanho derretido e fogo e finalmente com 18 anos de idade, foi decapitada em 16 de Fevereiro de 308. Seu corpo foi trasladado a Cumas, em Itália, e posteriormente suas relíquias chegaram a Espanha, onde em sua honra os condes de Castela levantaram o célebre mosteiro de Santillana (Santa Ileana), um dos melhores monumentos da Idade Média espanhola. Por vezes há pais «que se passam» ao forçar a seus filhos quando têm que eleger estado. Isto tem mais complicações sem razões profundas, como a fé prática, dificulta a compreensão dos motivos que distanciam. ¿Não pensaria o pai de Juliana que sem matrimónio e cristã sua filha seria desgraçada? Talvez com viva fé cristã chegasse a vislumbrar que Jesus Cristo enche mais que o dinheiro, o poder, a dignidade e a fama.

• Onésimo Santo
Discípulo de São Paulo,

Onésimo Santo

Onésimo Santo

 Estrela Como podem verificar esta biografia foi já publicada ontem, dia 15/2/2011, através de www.es.catholic, embora só hoje venha no Livro de Santos de Cada Dia, de www.jesuitas.pt, com um pequeno apontamento.

Martirológio Romano: Comemoração do beato Onésimo, que, sendo escravo fugido, foi acolhido por Paulo e enviado como filho na fé, passando a estar vinculado a Cristo, tal como o apóstolo escreveu a seu amo Filémon (s. I). Etimologicamente significa “proveitoso”. Vem da língua grega. Este escravo, morto no ano 90, nomeia-o são Paulo brevemente numa de suas cartas: Te rogo em favor de meu filho, a quem engendrei entre cadeias, Onésimo, que em outro tempo te foi inútil, mas agora é muito útil para ti e para mim (Flm 10-11). Sabe-se que estava ao serviço de Filémon, o líder da cidade de Colossos. Tinha uma amizade muito íntima com Paulo porque foi um de seus conversos. Gozava de uma boa reputação como pessoa amável, generosa e hospitaleira. O pecado de haver roubado a seu dono, o confessou e pediu perdão. Desde então já nunca deixaria os passos de são Paulo, o apóstolo das gentes. Voltou de novo a casa de Filémon que o aceitou como a um verdadeiro irmão, já que são Paulo o nomeou de novo na carta aos de Colossos: Enquanto a mim, de tudo os informará Tíquico, o irmão querido, fiel ministro e conservo no Senhor, a quem vos envio expressamente para que saibais de nós e console vossos corações. E com ele a Onésimo, o irmão fiel e querido compatriota vosso. Eles vos informarão de tudo quanto aqui sucede (Col. 4;7-9). Tudo o resto de sua vida é um tanto desconhecido. Sem embargo, autores da solvência e garantia como são Jerónimo, afirmam que Onésimo chegou a ser pregador da Palavra de Deus, e algo mais tarde foi consagrado bispo, possivelmente de Bereia em Macedónia, e seu anterior dono foi também consagrado bispo de Colossos. Outras fontes afirmam que Onésimo pregou em Espanha e aqui sofreu o martírio. O que realmente deu impacto a este santo foi a visita que fez a são Paulo quando estava encarcerado em Roma, nas prisões Mamertinas, no mesmo Foro romano que hoje em dia ainda se podem ver. Este encontro deixou-lhe a alma tão cheia, tão feliz e tão impressionada pela atitude de Paulo prisioneiro por Cristo, que foi a origem de sua verdadeira conversão à fé de Cristo para toda sua vida. Domiciano sentiu vontade de o conhecer, não tanto para ver seus milagres e costumes, mas para acabar com sua vida no ano 90 ou 95. ¡Felicidades a quem leve este nome! “O agradecimento envelhece rapidamente” (Aristóteles). Comentarios a P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

• Macário, (O Grande) São
Abade

Macario, San

Macário, São

Martirológio Romano: Comemoração de são Macário o Grande, presbítero e abade do mosteiro de Scete, em Egipto, que, considerando-se morto para o mundo, vivia só para Deus, ensinando-o assim a seus monges (c. 390). Etimologia: Macário = Aquele que encontrou a felicidade, é de origem grega. Este santo nasceu no Egipto no ano 300. Passou sua meninice como pastor, e na solidão do campo adquiriu o gosto pela oração e pela meditação e o silêncio.  Uma mulher atrevida lhe inventou a calúnia de que o menino que ia a ter era filho de Macário, o qual, segundo dizia ela, a havia obrigado a pecar. A gente endoidecida arrastou o pobre jovem pelas ruas. Mas ele pediu ao Senhor em sua oração que fizesse saber a todos a verdade, e sucedeu que tal mulher começou a sentir terríveis dores e não podia dar a luz, até que por fim contou a seus vizinhos quem era o verdadeiro pai do menino. Então a gente se convenceu da inocência de Macário e mudou seu antigo ódio por uma grande admiração a sua humildade e a sua paciência. Para fugir dos perigos do mundo, Macário foi viver no deserto de Egipto, dedicando-se à oração, à meditação e à penitência, e ali esteve 60 anos e foram muitos os que se lhe foram juntando para receber dele a direcção espiritual e aprender os métodos para chegar à santidade.  O bispo de Egipto ordenou sacerdote a Macário para que pudesse celebrar a missa aos seus numerosos discípulos. Depois foi necessário ordenar de sacerdotes a quatro de seus alunos para atender as quatro igrejas que se foram construindo ali perto onde ele vivia, para as centenas de cristãos que haviam ido a seguir seu exemplo de oração, penitência e meditação no deserto. Macário queria cumprir aquela exigência de Jesus: "Se algum quer ser meu discípulo, tem que negar-se a si mesmo", e dedicou-se a mortificar suas paixões e seus apetites. Estava convencido de que ninguém será puro e casto se não nega de vez em quando a seus sentidos algo do que estes pedem e desejam. Desejava dominar suas paixões e dirigir retamente seus sentidos. Sentia a necessidade de vencer suas más inclinações, e notou que o melhor modo para obter isto era a mortificação e a penitência. Como sua carne lutava contra seu espírito, se propôs por meio do espírito dominar as paixões da carne. A quem lhe perguntava porquê tratava tão duramente a seu corpo, lhes respondia: "Ataco o que ataca minha alma". E se a alguns lhe pareciam demasiadas suas mortificações lhe dizia: "Se souberes as recompensas que se conseguem mortificando as paixões do corpo, nunca te pareceriam demasiadas as mortificações que se fazem para conservar a virtude". Naqueles desertos, com 40 graus de temperatura e um vento espantosamente quente e seco, não tomava água nem nenhuma outra bebida durante o dia. Numa viagem ao vê-lo torturado pela sede, um discípulo lhe levou um vaso de água, mas o santo lhe disse:  "Prefiro acalmar a sede, descansando um pouco debaixo de uma palmeira", e não tomou nada. E a um de seus seguidores disse um dia: "Nestes últimos 20 anos jamais dei a meus sentidos tudo o que queriam. Sempre os privei de algo do que mais desejavam". Dominava sua língua e não dizia senão palavras absolutamente necessárias. A seus discípulos lhes recomendava muito que como penitência guardassem o maior silêncio possível. E os aconselhava que na oração não empregassem tantas palavras. Que dissessem a Nosso Senhor: "Deus meu, concede-me as graças que Tu sabes que necessito". E que repetissem aquela oração do salmo: "Deus meu, vem em meu auxilio, Senhor dá-te pressa em socorrer-me". Admirável era o modo como moderava seu génio e seu carácter, de maneira que a gente ficava muito edificada ao vê-lo sempre alegre, de bom génio e que não se impacientasse por mais que o ofendessem ou o humilhassem. A um jovem que lhe pedia conselhos de como livrar-se da preocupação do que dirão os demais, o mandou a um cemitério e que dissesse um montão de frases duras aos mortos. Quando voltou lhe perguntou Macário: Que te responderam os mortos? Não me responderam nada, lhe disse o jovem. ¡Então agora vais e diz-lhes toda classe de elogios e louvores! O rapaz foi e fez o que o santo lhe havia mandado, e este voltou a perguntar-lhe: ¿Que te responderam os mortos? ¡Padre, nada me responderam! "Pois olha",  disse o homem de Deus: "Tu tens que ser como os mortos: nem entristecer-te porque te criticam e te insultam, nem orgulhar-te porque te louvam e te felicitam. Porque tu és somente o que és ante Deus, e nada mais nem nada menos". A um que lhe perguntava que devia fazer para não deixar-se derrotar pelas tentações impuras disse-lhe: "Trabalhe mais, coma menos, e não conceda a seus sentidos e a suas paixões o gosto ao prazer imediato. Quem não se mortifica no lícito, tampouco se mortificará no ilícito". O outro praticou estes conselhos e conservou a castidade. Macário pediu a Deus que lhe dissesse a que grau de santidade havia chegado já, e Nosso Senhor lhe disse que ainda não havia chegado a ser como a de duas senhoras casadas que viviam na cidade mais próxima. O santo foi visitá-las e a perguntar-lhes que meios empregavam para santificar-se, e elas lhe disseram que os métodos que empregavam eram os seguintes: dominar a língua, não dizendo palavras inúteis ou danosas. Ser humildes, suportando com paciência as humilhações que recebiam e a pobreza e os ofícios simples que tinham que fazer. Ser sempre amáveis e muito pacientes, especialmente com seus maridos que eram de muito mau génio, e com os filhos rebeldes e os vizinhos ásperos e pouco caritativos. E como meio muito especial lhe disseram que se esmeravam por viver todo o dia em comunicação com Deus, oferecendo-lhe ao Senhor todo o que faziam, sofriam e diziam, tudo para maior glória de Deus e salvação das almas. Os hereges arianos que negavam que Jesus Cristo é Deus, desterraram a Macário e seus monges a uma ilha onde a gente não cria em Deus. Mas ali o santo se dedicou a pregar e a ensinar a religião, e cedo os pagãos que habitavam naquelas terras se converteram e se fizeram cristãos. Quando os hereges arianos foram vencidos, Macário pôde voltar a seu mosteiro do deserto. E sentindo que já ia a morrer, pois tinha 90 anos, chamou os monges para despedir-se deles. Ao ver que todos choravam, disse-lhes: "Meus bons Irmãos: choremos, choremos muito, mas choremos por nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro. Essas sim são lágrimas que aproveitam para a salvação". Jesus disse: "Ditosos os que choram, porque eles serão consolados (Mt. 5). Ditosos os que choram e se afligem por seus próprios pecados. Ditosos os que choram pelas ofensas que os pecadores fazem a Deus. Choremos arrependidos nesta vida, para que não tenhamos que ir a chorar os tormentos eternos". E morreu logo muito santamente. Levava 60 anos rezando, jejuando, fazendo penitência, meditando e ensinando, no deserto. Oração a São Macário; Santo penitente: consegue-nos de Deus a graça de fazer penitência por nossos pecados nesta vida, para não ter que ir a pagar nos castigos da eternidade. Ámen ¡Felicidades a quem tenha este nome!. O Martirológio Romano na atualidade recorda-o em 19 de Janeiro (*).

*) Por tal motivo, repito aqui, noutro tipo de letra a referida biografia. António Fonseca

Macário o Grande, Santo - Janeiro 19   - Abade

Macario el Grande, Santo

Macário o Grande, Santo

Martirológio Romano: Comemoração de são Macário o Grande, presbítero e abade do mosteiro de Scete, no Egipto, que, considerando-se morto para o mundo, vivia só para Deus, ensinando-o assim a seus monges (c. 390). Etimologia: Macário = Aquele que encontrou a felicidade, é de origem grega. Macário nasceu no alto Egipto, pelo ano 300, e passou sua juventude como pastor. Movido por uma intensa graça, se retirou do mundo muito cedo, confinando-se numa estreita cela, onde repartia seu tempo entre a oração, as práticas de penitência e a fabricação de esteiras. Uma mulher o acusou falsamente de que havia tentado fazer-lhe violência. Em resultado disso, Macário foi arrastado pelas ruas, espancado e tratado de hipócrita disfarçado de monge. Tudo sofreu com paciência, e ainda enviou à mulher o produto de seu trabalho, dizendo a si próprio: "Macário, agora tens que trabalhar mais, pois tens que sustentar a outro". Mas Deus deu a conhecer sua inocência: a mulher que o havia caluniado não pôde dar a luz, até que revelou o nome do verdadeiro pai da criança. Com isso, o furor do povo se tornou em admiração pela humildade e paciência do santo. Para fugir da estima dos homens, Macário refugiou-se no vasto e melancólico deserto de Scete, quando tinha ao redor de trinta anos. Aí viveu sessenta anos e foi o pai espiritual de inumeráveis servidores de Deus que se confiaram à sua direção e governaram suas vidas com as regras que ele lhes traçou. Todos viviam em ermidas separadas. Só um discípulo de Macário vivia com ele e se encarregava de receber aos visitantes. Um bispo egípcio mandou a Macário que recebesse a ordenação sacerdotal a fim de que pudesse celebrar os divinos mistérios para seus ermitãos. Mais tarde, quando os ermitãos se multiplicaram, foram construídas quatro igrejas, atendidas por outros tantos sacerdotes. As austeridades de Macário eram incríveis. Só comia uma vez por semana. Numa ocasião, seu discípulo Evágrio, ao vê-lo torturado pela sede, lhe rogou que tomasse um pouco de água; mas Macário se limitou a descansar brevemente na sombra, dizendo-lhe: "Nestes vinte anos, jamais comi, bebi, ou dormi o suficiente para satisfazer a minha natureza". Seu corpo estava debilitado e tremente; seu rosto, pálido. Para contradizer suas inclinações, não recusava beber um pouco de vinho, quando outros lhe pediam, mas depois se abstinha de toda bebida durante dois ou três dias. Em vista do que, seus discípulos decidiram impedir que os visitantes lhe oferecessem vinho. Macário empregava poucas palavras em seus conselhos, e recomendava o silêncio, o retiro e a contínua oração - sobretudo esta última - a toda classe de pessoas. Costumava dizer: "Na oração não faz falta dizer muitas coisas nem empregar palavras escolhidas. Basta repetir sinceramente: Senhor, dá-me as graças que Tu sabes que necessito. Ou melhor: Deus meu, ajuda-me". Sua mansidão e paciência eram extraordinárias, e conseguiram a conversão de um sacerdote pagão e de muitos outros. Macário ordenou a um jovem que lhe pedia conselhos que fosse a um cemitério a insultar os mortos e a louvá-los. Quando voltou o jovem, Macário lhe perguntou que lhe haviam respondido os defuntos. "Os mortos não contestaram a meus insultos, nem a meus louvores", lhe disse o jovem. "Pois bem, - lhe aconselhou Macário -, faz tu o mesmo e não te deixes impressionar nem pelos insultos, nem pelos louvores. Só morrendo para o mundo e para ti mesmo, poderás começar a servir a Cristo". A outro lhe aconselhou: "Está pronto a receber da mão de Deus a pobreza, tão alegremente como a abundância; assim dominarás tuas paixões e vencerás ao demónio". Como certo monge se queixara de que na solidão sofria grandes tentações para quebrar o jejum, enquanto que no mosteiro o suportava gozosamente, Macário lhe disse: "O jejum resulta agradável quando outros o veem, mas é muito duro quando está oculto aos olhares dos homens". Um ermitão que sofria de fortes tentações de impureza, foi a consultar a Macário. O santo, depois de examinar o caso, chegou o convencimento de que as tentações se deviam à indolência do ermitão; assim pois, o aconselhou que não comesse nunca antes da queda do sol, que se entregasse à contemplação durante o trabalho, e que trabalhasse sem cessar. O outro seguiu estes conselhos e se viu livre de suas tentações. Deus revelou a Macário que não era tão perfeito como duas mulheres casadas que viviam na cidade. O santo foi a visitá-las para averiguar os meios que empregavam para santificar-se, e descobriu que nunca diziam palavras ociosas nem ásperas; que viviam em humildade, paciência e caridade, acomodando-se ao humor de seus maridos, e que santificavam todas suas ações com a oração, consagrando à glória de Deus todas suas forças corporais e espirituais. Um herege da seita dos hieracitas, que negavam a ressurreição dos mortos, havia inquietado em sua fé a vários cristãos. Sozomeno, Paladio e Rufino relatam que São Macário ressuscitou a um morto para confirmar a esses cristãos em sua fé. Segundo Cassiano, o santo limitou-se a fazer falar ao morto e lhe ordenou que esperasse a ressurreição no sepulcro. Lúcio, bispo ariano que havia usurpado a sede de Alexandria, enviou tropas ao deserto para que dispersassem aos piedosos monges, alguns dos quais selaram com seu sangue o testemunho da sua fé. Os principais ascetas. Isidoro, Pambo, os dois Macários e alguns outros, foram desterrados para uma pequena ilha do delta do Nilo, rodeada de pântanos. O exemplo e a pregação dos homens de Deus converteu a todos os habitantes da ilha, que eram pagãos. Lúcio autorizou mais tarde os monges a retornar a suas celas. Sentindo que se acercava o seu fim, Macário fez uma visita aos monges de Nitria e os exortou, com palavras tão sentidas, que estes se ajoelharam a seus pés chorando. "Sim, irmãos, -- lhes disse Macário --, deixemos que nossos olhos derramem rios de lágrimas nesta vida, para que não vamos ao sítio em que as lágrimas alimentam o fogo da tortura". Macário foi chamado por Deus aos noventa anos, depois de haver passado sessenta no deserto de Scete. Segundo o testemunho de Cassiano, Macário foi o primeiro anacoreta deste vasto deserto. Alguns autores sustentam que foi discípulo de Santo António, que vivia a uns quinze dias de viagem do sítio onde estava Macário. Nos ritos copta e arménio, o Canon da missa comemora a São Macário.

• Bernardo de Escammaca
Religioso

Bernardo de Escammaca

Bernardo de Escammaca

Etimologicamente significa “coração de ouro”.Vem da língua alemã. Não podemos olvidar que, para Deus, todo ser humano é sagrado, consagrado pela inocência ferida de sua infância. Com efeito, muitas vezes, é da ferida da infância de onde tiramos energias para amar, para amar até ao final de nossa existência sobre a terra. Este jovem siciliano teve uma boa educação por parte de seus pais, ricos e endinheirados. Mas, ao chegar a sua juventude, gastou mal o tempo em jogos e em festas.  Num duelo resultou gravemente ferido. Este sucesso o fez assentar a cabeça. Sua longa convalescença lhe permitiu pensar muito. Uma vez que se pôs bom, saiu de casa e foi direito aos Dominicanos para pedir que o admitissem na Ordem.  Já como religioso, foi o oposto ao que era antes. Deixou tudo o que o atraía para dedicar-se à oração, à solidão e à contínua penitência. Sua ferida juvenil se ia curando pouco a pouco. Quando se punha a confessar era extremamente amável com os pecadores. Este foi seu trabalho fundamental durante sua vida, já que não tinha muitas qualidades para pregar. Exercia um grande poder sobre os pássaros e os animais, conta uma lenda. Quando saía a passear pelo jardim, os pássaros se punham diante para lhe cantar. Quando viam que havia entrada em êxtases, deixavam de cantar. Uma vez foi o porteiro à sua habitação para o chamar, e viu um grande resplendor na porta. Olhou e pôde ver um menino celestial que lhe sustentava o livro que lia. Foi correndo ao superior para que visse a maravilha. Tinha o dom da profecia. O empregava para que a gente mudasse de vida. Depois de sua morte, apareceu ao superior indicando-lhe que seus restos mortais, os levassem à capela do Rosário. Na sua mudança, curou a um paralítico que tocou em suas relíquias. Nasceu em Catânia e morreu em 1486. ¡Felicidades a quem leve este nome!

• José Allamano, Beato
Presbítero e Fundador (1851-1926) 

José Allamano, Beato

José Allamano, Beato

Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15).Um  dos que sentiram dirigidas a si estas palavras de Cristo foi o beato Padre José Allamano, que nasceu na Itália a 21 de Janeiro de 1851, na cidade que se denominava Castelnuovo d’Asti e depois tomou o nome de Castelnuovo Don Bosco. O Santo Padre, na homilia de beatificação, a 7 de Outubro de 1990, assim retratou o Servo de Deus: “O Beato José Allamano, sucedendo ao seu tio, São José Cafasso, na direcção da Hospedaria eclesiástica da Consolata, emulou com ele no amor para com os sacerdotes e na solicitude para com eles na formação espiritual, intelectual e pastoral, atualizando-a segundo as exigências dos tempos. Nada poupou para que inúmeras plêiades de sacerdotes compreendessem plenamente o dom da própria vocação e estivessem à altura das suas tarefas. Ele mesmo deu o exemplo, conjugando o empenho de santidade e com a atenção às necessidades espirituais e sociais do seu tempo. estava enraizada nem a profunda convicção de que o sacerdote é antes de tudo o homem da caridade: destinado a fazer o maior bem possível: a santificar os outros com o exemplo e palavra; com a santidade e a ciência. A caridade pastoralafirmavaexige que o presbítero arda de zelo pela salvação dos irmãos, sem pôr reservas ou atrasos na dedicação de si mesmo”. Ele foi o quarto de cinco filhos de uma família de agricultores. Aos três anos, perdeu o pai. A mãe, irmã de S. José Cafasso, na devida altura entregou o filho aos cuidados de S. João Bosco. Pôde assim  estudar quatro anos no Oratório Salesiano de Turim e depois no seminário diocesano da mesma cidade. Ordenou-se a 20 de Setembro de 1873. O Bispo, apesar de ele não contar mais que 23 anos, confiou-lhe a formação dos alunos do mesmo seminário. Deu boa conta de si, mostrando possuir dotes de excelente educador. Ao mesmo tempo, logrou tirar o doutoramento em teologia na faculdade teológica de Turim. Em 1880 foi nomeado reitor do famoso Templo Mariano das Consolata onde permanecerá 46 anos. É neste posto que vai desenvolver toda a sua profícua ação, a que em parte aludiu o santo Padre nas palavras acima transcritas. De facto, não só restaurou o deteriorado templo e aumentou as suas acomodações, mas tornou-o centro de intensa piedade mariana e vida espiritual, bem como sede das principais obras pastorais da arquidiocese. Aplicou-se igualmente a promover os exercícios espirituais para o clero e leigos. Atendia com seus doutos conselhos a bispos, sacerdotes, nobres e populares de qualquer condição, que o procuravam. Todavia, convencido da verdade que o Concílio Vaticano II mais tarde vai ensinar, isto é,  que “o dom espiritual que os sacerdotes receberam na ordenação não os prepara para uma restrita e determinada missão, mas para a amplíssima e universal missão da salvação até aos confins da Terra”, fundou em 1901 o instituto das missões da Consolata (IMC); e em 1910, as Missionárias da Consolata (MC). Só a morte, que ocorreu a 16 de Fevereiro de 1926, porá termo à vastíssima e polimorfa atividade deste bem-aventurado. AAS 81 (1989) 1375-79; L’OSS. ROM. 14-10.1990; DIP I, 488-91. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também  www.es.catholic e www.santiebeati.it - Se houver informação relevante para a canonização do Beato José, contacte a: - Rev. Francesco Pavese, IMC - Missionari della Consolata - Viale delle Mura Aurelie 11-13 - 00165 Roma, ITALIA

• Nicolás Paglia, Beato
Presbítero Dominicano

Nicolás Paglia, Beato

Nicolás Paglia, Beato

Martirológio Romano: Em Perusa, da Umbría, comemoração do beato Nicolás Paglia (ou Palea), presbítero da Ordem de Pregadores, que recebeu de santo Domingo o hábito e la missão de pregar (1256). Data de beatificação: Seu culto foi confirmado por Leão XII em 26 de março de 1828. Nasceu em finas do século XII em Giovinazzo, perto de Bari (Itália). Quando estudava em Bolonha foi conquistado pela palavra vibrante de santo Domingo, a que pediu ingressar na sua Ordem, sendo imediatamente companheiro de sua pregação. A limpeza de alma que irradiava seu rosto era um atrativo irresistível para tantos jovens a que atraiu para a vida dominicana. Sua palavra era agradabilíssima, «gratiosissimus praedicator» segundo seus contemporâneos, e foi confirmada por numerosos milagres. Foi duas vezes prior provincial da província Romana da Ordem, que então compreendia desde Roma até ao Sul de Itália e contribuiu à fundação de numerosos conventos. Promoveu especialmente o estudo da Sagrada Escritura e de modo especial contribuiu à compilação das concordâncias bíblicas. Gregório IX o encarregou da visita de alguns mosteiros e à pregação da cruzada contra os sarracenos. Morreu no convento de Perusa, fundado por ele, e ali foi sepultado no ano 1256.

• Felipa Mareri, Beata
Religiosa Clarissa,

Felipa Mareri, Beata

Felipa Mareri, Beata

De família nobre e rica da diocese de Riéti, na Itália, Filipa começou já na infância a dar mostras de virtude pouco ordinária e de aptidão excepcional para os estudos. Depressa se lhe tornou familiar a língua latina, e pôde aplicar-se à leitura dos Livros santos, substancioso e suave alimento para a sua piedade. as disposições que tinha para levar à prática o que lia desenvolveram-se quando logrou o beneficio de conhecer pessoalmente o seráfico Francisco de Assis, que se alojava em casa dos pais dela quando visitava o vale de Riéti. Aprendeu do ilustre penitente a desprezar as vaidades do mundo, para se unir unicamente a Jesus Cristo. Depressa se manifestou nela uma vontade firme e inquebrantável; quando o pai lhe propôs um matrimónio ao nível do nascimento que tivera, ela declarou não querer outro esposo além de Jesus Cristo. Para escapar às importunações da família, cortou por si própria o cabelo, vestiu hábito pobre, e foi, secretamente, apenas com algumas mulheres piedosas, retirar-se para a montanha de Mareri levantado vida eremítica, até que aprouve a Deus manifestar mais claramente a sua vontade. Tomás, um dos irmãos de Filipa, que na casa paterna com mais ardor trabalhara para a afastar das suas ideias, subiu ao monte para dela solicitar o perdão, e ofereceu às servas de Deus uma igreja dedicada a São Pedro, de que ela tinha o padroado. E prometeu ao mesmo tempo mandar reparar para elas um antigo mosteiro, pegado à igreja; nele poderiam, com toda a segurança, aplicar-se aos serviços da vida religiosa. A oferta foi aceite como presente do céu. Filipa não escolhera ainda qualquer regra, mas a lembrança de Francisco de Assis determinou-a a adoptar a regra das clarissas. Sob a direcção do beato Rogério de Todi, não tardou que aumentasse a comunidade. Filipa ficando sendo abadessa; foi para as religiosas modelos de todas as virtudes; sensível e compadecida para com o próximo, aplicava a si mesma pesadas austeridades, que lhe prejudicaram a saúde. Considerou como favor do céu as dores que a esmagaram. As suas orações conseguiram de Deus o regresso de mais de um pecador e deram-lhe a conhecer a ela a hora da própria libertação; três dias antes que se desse, anunciou-a às filhas. Expirou com suavidade, rodeada das suas religiosas e dalguns irmãos menores, vindos para a ajudarem neste último combate (16 de fevereiro de 1236). O culto que lhe foi prestado começou logo a seguir à morte. Vinte anos depois, Inocêncio IV animava-o, concedendo indulgências aos que visitassem o túmulo no dia da festa. E em 1806, Pio VII permitiu aos irmãos menores da observância celebrarem Missa e ofício em honra desta beata, que foi a primeira Clarissa honrada por meio de culto público. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também  www.es.catholic e www.santiebeati.it

• Marutas de Martirópolis, Santo
bispo,

Marutas de Martirópolis, Santo

Marutas de Martirópolis, Santo

Martirológio Romano: No reino dos persas, são Marutas, bispo, que, ao estabelecer-se a paz da Igreja, presidiu ao concílio de Selêucia, reparou as igrejas destruídas durante a perseguição sob o rei Sapor e colocou as relíquias dos mártires de Pérsia na cidade episcopal, a qual recebeu naquela ocasião o nome de Martirópolis (antes de 420). Este santo prelado foi um ilustre Padre da Igreja síria de fins do século IV. Era bispo de Maiferkat, que se encontra entre o Tigre e o Lago Van, perto da fronteira da Pérsia. O santo reuniu as atas dos mártires que sofreram aí durante a perseguição do rei Sapor, e trasladou para a sua diocese tal quantidade de relíquias, que a cidade episcopal acabou por se chamar Martirópolis. Ainda conserva esse nome [ainda que em turco se denomina Silvan] e é uma sede titular. São Marutas escreveu vários hinos em honra dos mártires. Costumam cantar-se nos ofícios em que se emprega a língua síria. No ano 339, Yezdigerdo ascendeu ao trono da Pérsia. São Marutas foi então a Constantinopla a suplicar ao imperador Arcádio que defendesse os cristãos ante o novo monarca. A corte estava então muito ocupada com o assunto de são João Crisóstomo. Numa carta que São João Crisóstomo escreveu a santa Olimpia, desde o desterro, lhe conta que havia escrito duas vezes a são Marutas e lhe rogou que o fosse visitar em seu nome: «Necessito de sua ajuda nos assuntos persas. Tratai de averiguar si teve êxito na sua missão. Se tem medo de me escrever pessoalmente, dizei-lhe que vos conte o que sucedeu. Não demoreis um só dia a vossa visita». Quando foi à corte de Pérsia como embaixador de Teodósio o jovem, são Marutas fez o que pôde para conseguir que o rei se mostrasse benévolo com os cristãos. O historiador Sócrates diz que, graças a seus conhecimentos de medicina, o santo curou a Yezdigerdo de umas violentas enxaquecas; desde então, o rei o chamou «o amigo de Deus». Os mazdeístas, temerosos de que o rei se convertesse ao cristianismo, recorreram a um truque. Com efeito, esconderam um homem debaixo do piso do templo. Quando o monarca foi aí a orar, o homem gritou: «Atirai deste lugar santo a quem cometeu o sacrilégio de prestar fé a um sacerdote cristão». Yezdigerdo então decidiu expulsar a Marutas de seu reino, mas o santo o persuadiu de que fosse outra vez ao templo e mandasse levantar o piso para descobrir o impostor. Assim o fez Yezdigerdo, e o resultado disso foi que descoberto o impostor, deu a Marutas permissão de construir igrejas onde quisesse. Como quer que fosse, Yezdigerdo favoreceu certamente a são Marutas e, graças a essa ajuda, este se dedicou a restabelecer a ordem entre os cristãos persas. A obra de organização de São Marutas durou até à invasão árabe do século VII. Mas a esperança dos cristãos (e o temor dos mazdeístas) de que Yezdigerdo II se convertesse em "o Constantino de Pérsia" não chegou a realizar-se. A obra de pacificação levada a cabo por são Marutas foi destruída pela violência de Abdas, bispo de Susa, que provocou uma nova perseguição no fim do reinado de Yezdigerdo. Provavelmente na altura são Marutas já havia morrido posto que faleceu antes que Yezdigerdo, que morreu no ano 420. É considerado como o principal dos doutores sírios, depois de santo Efrém, por causa dos escritos que se lhe atribuem.

Mártires de Cesareia de Palestina, Santos - Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel, e ainda Panfílio, Valente, Paulo, Porfirio, Seleuco, Teódulo e Julião – pouco mais tarde    
Mártires,

Mártires de Cesarea de Palestina, Santos

Mártires de Cesareia de Palestina, Santos

Às portas de Cesareia da Palestina, residência do governador romano, apresentaram-se um dia cinco egípcios jovens. Voltavam da Cilícia (Turquia), aonde tinham acompanhado, para os reconfortar, compatriotas cristãos condenados às minas. Aos guardas, que lhes faziam perguntas, dirigiram eles uma linguagem tão estranha que foram tidos como suspeitos e levados ao governador Firmiliano. – Quem sois vós? – perguntou-lhes. – Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel – respondeu Elias que falava em nome de todos. eram nomes desconhecidos no Império Romano; tinham-nos tomado do baptismo; ora Firmiliano não lia o Antigo Testamento. – Donde sois? – Prosseguiu. – Somos da Jerusalém do alto. – E onde é essa Jerusalém, do alto? – perguntou o governador que nem sabia com certeza onde era a Jerusalém de baixo, uma vez que este nome tinha sido substituído dois séculos antes por Élia Capitolina. – Está do lado do Oriente, pois é no Oriente que nasce o sol, e Jesus é para nós o Sol de justiça, a Luz que brilha nas trevas (Jo 1, 5). – Mas, afinal, qual é o vosso ofício? – perguntou Firmiliano que nada entendia dessa linguagem esotérica, se é que não se defrontava com inimigos de Roma, vindos do Oriente. – Somos cristãos; fazemos profissão de servos de Cristo, no qual pusemos a nossa esperança e o nosso amor. Desta vez o governador compreendeu; e mandou que os decapitassem. Isto mesmo é que eles procuravam; como não desejar sair deste mundo para entrar noutro melhor? Não pensavam eles nos seus amigos, de quem há pouco se tinham despedido, nesses irmãos que eram tratados pior que animais, nas minas da Cilícia? O historiador Eusébio de Cesareia é quem nos informa disto; estava nas vizinhanças quando, no ano de 309, eles foram justiçados.  Após  estes foram martirizados Panfílio, presbítero; Valente, diácono de Jerusalém; e Paulo, oriundo da cidade de Iamnia, que haviam permanecido dois anos no cárcere, assim como Porfirio, servo de Panfílio; além de Seleuco, capadócio que ostentava um grau na milícia; e Teódulo, ancião da família do prefeito Firmiliano. Finalmente, o capadócio Julião, chegado como peregrino naquele momento, foi denunciado como cristão por haver beijado os corpos dos mártires e, por ordem do prefeito, queimado a fogo lento (309). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.

94694 > Sant' Archinrico di Montmajour Abate 
41270 >
Santi Elia, Geremia, Isaia, Samuele e Daniele e compagni Martiri  MR
90669 >
Beata Filippa Mareri  MR
41250 >
Santa Giuliana di Nicomedia Vergine e martire  MR
41300 >
Beato Giuseppe Allamano  MR
92498 >
San Maruta Vescovo  MR
90758 >
Beato Nicola Paglia Domenicano MR
91686 >
San Panfílio e compagni Martiri di Cesarea di Palestina  MR

Compilação efectuada através dos sites www.es.catholic; www.santiebeati.it e www.jesuitas.pt, por

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...