domingo, 12 de junho de 2011

Nº 948 - (163) - 12 DE JUNHO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

124 Santos e Beatos
Nº 948
PENTECOSTES
Pentecoste
O Espírito Santo
A 24 de Março de 1981, ao ocorrer o 1600º aniversário do I Concílio de Constantinopla e o 1500º aniversário do Concílio de Éfeso, dirigiu o Papa João Paulo II uma carta a todos os sacerdotes do mundo, na qual assim exalta a acção do Divino Espírito Santo na Igreja e na Encarnação do Verbo de Deus:
«Consumada a obra que o Pai confiara ao Filho para realizar na terra (cf. Jo 17, 4), foi enviado no dia de Pentecostes o Espírito Santo para santificar continuamente a Igreja, e para que os crentes tivessem, por Cristo, acesso ao Pai, num único Espírito (cf. Ef 2, 18). É Ele o Espírito que dá a vida; é a fonte de água que jorra para a vida eterna (cf. Jo 4, 14; 7, 38-39); por Ele o Pai dá novamente a vida aos homens, mortos pelo pecado, até que um dia ressuscite em Cristo os seus corpos mortais (cf. Jo 4, 14; 7, 38.-39). O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis, como num templo (cf. 1 Cor 3, 16; 6, 19), e ora neles e dá testemunho da sua adoção filial (cf. Gal 4, 6; Rom 8, 15-16 e 26). Ele guia a Igreja à verdade total (cf. Jo 16, 13), unifica-a na comunhão e no mistério, dota-a e dirigi-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos e embeleza-a com os seus frutos (cf. Ef 4, 11-12; 1 Cor 12, 4; Gal 5,22). Com a força do Evangelho faz rejuvenescer a Igreja renova-a continuamente e leva-a à união perfeita com o seu Esposo. Porque o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: “Vem(cf. Ap 22, 17). Assim a Igreja Universal apresenta-se como “um povo congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen Gentium, nº 4). É esta a passagem certamente mais rica, mais sintética, embora não a única, que indica como no conjunto do ensino do Concílio Vaticano II vive com vida nova e brilha com esplendor novo a verdade sobre o Espírito Santo, à qual deu tão autorizada expressão, há 1600 anos, o Concílio de Constantinopla. Toda a obra de renovação da Igreja, tão providencialmente proposta e iniciada pelo Concílio Vaticano II – renovação que tem de ser simultaneamente “atualização” (aggiornamento) e consolidação naquilo que é eterno e constitutivo para a missão da mesma Igreja – não poderá nunca realizar-se senão no Espírito Santo; ou seja, com a ajuda das suas luzes e do seu poder. Isto é importante, mesmo muito importante para com a Igreja Universal e também para cada Igreja particular em comunhão com todas as outras Igrejas particulares. É importante também para a caminhada ecuménica no interior do Cristianismo e para a caminhada da Igreja no mundo contemporâneo, caminhada que deve orientar-se no sentido da justiça e da paz. É importante ainda para a obra das vocações sacerdotais e religiosas e, ao mesmo tempo, para o apostolado dos leigos, como fruto da nova maturidade da sua fé.
A Encarnação, a maior obra do Espírito Santo
As duas formulações do Símbolo Niceno-Constantinopolitano – “E encarnou pelo Espírito Santo… Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida” (Et incarnatus est de Spiritu Sancto… Credo in Spiritum Sanctum, Dominum et vivificantem) – recordam-nos também que a maior obra realizada pelo Espírito Santo, obra à qual todas as outras constantemente se referem, indo a ela haurir como a uma fonte, é precisamente a obra da Encarnação do Verbo Eterno, a obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Cristo, Redentor do homem e  do mundo, é o centro da história. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje…” (Hebr 13, 8), Num momento em que os nossos pensamentos e os nossos corações se dirigem para Ele, na perspectiva do segundo milénio prestes a encerrar-se e que nos separa da sua primeira vinda ao mundo, voltam-se também para o Espírito Santo, por obra do Qual se verificou a concepção humana do mesmo Cristo e voltam-se para Aquela, por quem foi concebido e de quem Ele nasceu: a Virgem Maria. Os aniversários dos dois grandes Concílios este ano comemorados orientam de modo especial os nossos pensamentos e os nossos corações para o Espírito Santo e para Maria, Mãe de Deus. Ao recordarmos a grande alegria e mesmo alvoroço que suscitou há 1550 anos a profissão de fé na maternidade divina da Virgem Maria (Theotókos), compreendemos que naquela profissão de fé foi simultaneamente glorificada a particular obra do Espírito Santo; obra que inclui a concepção humana e o nascimento do Filho de Deus pelo poder do Espírito Santo, como, igualmente por obra do Espírito Santo, a maternidade santíssima da Virgem Maria. Esta maternidade é a fonte e o fundamento de toda a santidade excepcional de Maria e da sua particularíssima participação em toda a economia da Salvação. Estabelece também permanentemente um vínculo materno entre Maria e a Igreja, devido ao facto de Ela ter sido escolhida pela Santíssima Trindade como Mãe de Cristo, o qual é “a Cabeça do Corpo, que é a Igreja” (Col 1, 18). Este vínculo revela-se particularmente aos pés da Cruz, onde Maria esteve, “padecendo acerbamente com o seu Filho Unigénito, e associando-se com coração de mãe ao sacrifício d’Ele… Jesus Cristo, agonizante na Cruz, deu-a por Mãe ao discípulo, com estas palavras: “Mulher, eis aí o teu filho” (cf Jo 19, 26-27)” (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 58). O mesmo Concílio Vaticano II sintetizou de modo feliz a relação indissolúvel de Maria com Cristo e com a Igreja: “Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da Salvação humana antes que viesse o Espírito prometido por Cristo, vemos que, antes do dia de Pentecostes, os Apóstolosperseveraram unanimemente em oração, com as mulheres, Maria, Mãe de Jesus, e seus irmãos"’ (Act 1, 14). “Implorando Maria, com as suas orações, o dom daquele Espírito que já sobre si descera na Anunciação” (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 59). Com esta expressão, o texto do Concílio une entre si os dois momentos em que a maternidade de Maria está mais intimamente ligada com a obra do Espírito Santo: primeiro, o momento da Encarnação; e depois, o momento do nascimento da Igreja de Jerusalém.
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Orações ao Espírito Santo
1. Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora; fechado a todas as ambições mesquinhas; alheio a qualquer desprezível competição humana; compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo o tédio, todo o cansaço, toda a desilusão, toda a ofensa! Um coração grande e forte e constante até ao sacrifício, quando for necessário! Um coração, cuja felicidade seja palpitar com o Coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente a Vontade Divina. Ámen. (do Papa Paulo VI).
2. Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre: o que devo pensar; o que devo dizer e como devo dizê-lo; o que devo calar; o que devo escrever; como devo agir; e como devo realizar tudo; a fim de promover a vossa maior Glória, o bem das almas e minha própria santificação. (Cardeal Verdier).
3. Ó Espírito Santo, Espírito divino de luz e de amor, eu Vos consagro a minha inteligência, o meu coração e a minha vontade, todo o meu ser no tempo e na eternidade. seja a minha inteligência sempre dócil às vossas celestes inspirações e à doutrina da santa Igreja Católica, da qual sois infalível  guia; seja o meu coração sempre inflamado de amor por Deus e pelo próximo; seja a minha vontade sempre conforme a vontade divina, e toda a minha vida uma fiel imitação da vida e das virtudes de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador, ao qual com o Pai e Convosco seja dada honra e glória para sempre. Assim seja.
Ó Espirito Santo, eu Vos adoro. Esclarecei-me, guiai-me, fortalecei-me, consolai-me, dizei-me tudo o que devo pensar, dizer, fazer e dai-me as vossas ordens; prometo submeter-me a tudo o que desejardes de mim  e aceitar tudo o que permitirdes que me aconteça, fazei-me unicamente conhecer a vossa vontade Santíssima e concedei-me a graça de a cumprir fielmente. (Do «santo» Padre Cruz). Do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
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NOSSA SENHORA DO SAMEIRO
Festa da Coroação - (Braga)
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O Monumento da Imaculada
A 8 de Dezembro de 1854, definiu solenemente o Papa Pio IX que «a Bem-aventurada Virgem Maria no primeiro instante da sua Conceição foi, por graça e privilégio singular de Deus todo-poderoso e em vista dos merecimentos de Jesus Cristo Salvador do género humano, preservada e imune de toda a mancha da culpa original».
A devoção a Nossa Senhora da Conceição, tão querida a todo o mundo católico, e de modo particular a Portugal, do qual é Padroeira, adquiriu com este solene acto do Magistério eclesiástico novos esplendores. Imenso foi o júbilo de todos os bons cristãos; numerosos foram os monumentos erectos para comemorar este triunfo de Maria. Passados sete anos, em Setembro de 1861, num passeio ao alto do Monte Sameiro, a 10 kms da cidade primaz, um culto e fervoroso sacerdote bracarense, Padre Martinho António Pereira da Silva, teve a inspiração de erigir, naquelas alturas, um monumento em honra da Conceição Imaculada de Maria, à semelhança de tantos outros levantados por esse mundo fora. Exposto o projecto aos amigos e a muitas pessoas devotas de Maria, de todos recebeu calorosa aprovação. Para adquirir os meios indispensáveis organizou uma Comissão. O lançamento e bênção da primeira pedra processou-se a 14 de Junho de 1863, pois em igual data de 1637, o Sínodo de Braga, presidido pelo Arcebispo D. Sebastião de Matos de Noronha, jurou solenemente crer e defender sempre o privilégio da Imaculada Conceição de Maria, que só passados mais de dois séculos haveria de ser definido como dogma de fé. Presidiu à cerimónia o Deão da Sé Primaz que, no seu eloquente discurso, proferiu estas palavras: «É, por certo, aqui onde estará bem colocado o trono da Rainha do Céu e da terra! É deste lugar que um monumento, mais perene que o bronze, bradará, por assim dizer ao céu e à terra, que a bem-aventurada Virgem Maria, por uma graça singular de Deus omnipotente, em vista dos merecimentos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, foi preservada e inteiramente isentas, desde o primeiro instante da sua Conceição, de toda a mancha do pecado original». O monumento veio a constar de um amplo quadrado no centro do qual se erguia uma coluna encimada por uma bela estátua de mármore da Imaculada Conceição, esculpida pelo artista italiano, radicado em Portugal, Emídio Carlos Amatucci. Passados seis anos, a 29 de Agosto de 1869, último Domingo do mês em que então se celebrava a festa do Imaculado Coração de Maria, foi o monumento inaugurado e benzido pelo Arcebispo D. José Joaquim de Azevedo e Moura. Durou 14 anos, pois a 9 de Janeiro de 1883, ruiu, ou por acção de um raio, ou por deficiência da construção, ou, mais provavelmente, por acto criminoso dos inimigos da Igreja. No ano seguinte, começaram as obras para o novo monumento, que veio a ser inaugurado com uma nova estátua, passados dois anos, a 9 de Maio de 1886. Esta segunda estátua transitou para o terceiro monumento, que agora se encontra na esplanada em frente da Basílica, inaugurado a 13 de Junho de 1954, na conclusão do II Congresso Mariano Nacional. Ao lado, e de iguais proporções, ergue-se o monumento ao Coração de Jesus, edificado pelo Apostolado da Oração e inaugurado a 13 de Julho de 1930. Como o da Imaculada, foi substituído por outro de maiores proporções – o actual – inaugurado também a 13 de Junho de 1954.
O Templo do I Concílio Vaticano
Projetou o mesmo Padre Martinho a ereção de uma capela, perto do monumento da Senhora da Conceição, a fim de comemorar o I Concílio Vaticano e a Infalibilidade Pontifícia nele definida. A 19 de Junho de 1873, dirigiu a Comissão um apelo a todos os portugueses: «Entre os assinalados feitos que ilustram o gloriosíssimo Pontificado do actual Vigário de Cristo, o nosso Santíssimo Padre o Papa Pio IX, dois sobretudo o tornarão para sempre memorável nos fastos da Igreja; são a definição dogmática da Imaculada Conceição da beatíssima Virgem e a celebração do Sacrossanto Concilio Ecuménico Vaticano. Para comemorar o primeiro e perpetuar sua recordação nas idades futuras, já por iniciativa da religiosa cidade de Braga se erigiu, em nome de todos os portugueses, o monumento que se eleva na eminência do Monte do Sameirotrata-se agora de levantar, junto deste padrão da glória da Virgem, outro monumento que sirva de memória do Sagrado ConcílioConsistirá o novo monumento numa espaçosa Capela que se edificará na mesma eminência do Monte SameiroSerá dedicada a capela à Santíssima Virgem Imaculada na sua Conceição, debaixo de cujo patrocínio foi convocado o Concilio Ecuménico e aberto no dia da sua festividade. O altar maior será dedicado em honra da Imaculada Conceição, e os dois laterais em honra do Patriarca S. José, Patrono da Igreja católica, e do Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro, primeiro Vigário de Cristo, cabeça visível da Igreja, que sempre vive e fala na sua imortal cadeira pela boca infalível do seu sucessor». No sábado, 28 de Agosto de 1880, sete anos após a bênção da primeira pedra, foi benzida a nova capela, que no dia seguinte devia receber a imagem de Nossa Senhora da Conceição (a chamada Senhora do Sameiro), esculpida em Roma e benzida pelo Papa Pio IX, a 22 de Dezembro de 1876. Depressa se notou que esta ermida, pela exiguidade das suas proporções, não condizia com a grandiosidade do Santuário, nem albergava os fiéis que continuamente visitavam a Mãe de Deus. Por isso, dez anos mais tarde, no dia 31 de Agosto de 1890, na tradicional peregrinação anual, foi solenemente colocada a primeira pedra para o novo templo, que é o actual remodelado, com o enorme zimbório e continuado com a vasta cripta. Na festa da Imaculada Conceição de 1964 foi elevado por Paulo VI à categoria de Basílica. O seu novo altar de granito polido tinha sido sagrado a 12 de Julho de 1941 e a cripta do Imaculado Coração de Maria veio a ser inaugurada a 17 de Junho de 1979. Em frente da Avenida do Padre Martinho destacam-se as estátuas dos quatro maiores doutores marianos: S. Cirilo de Alexandria (30/8/1959), Santo António de Lisboa (8/12/1959), S. Bernardo (29/5/1960), Santo Afonso Maria de Ligório (28/8/1960). O amplo e moderno edifício do Centro Apostólico «Mater Ecclesiae» é o polo orientador e dinamizador de toda a vida católica da Diocese, e foi construído para comemorar o primeiro centenário da fundação do Sameiro e o Concílio Vaticano II.
Farol de Luz
No tempo da grave crise religiosa que afectou Portugal no fim do século XIX e no primeiro quartel do século XX, o Sameiro aparece como centro de convergência, de orientação e apoio de todas as forças católicas da Nação contra o indiferentismo, o liberalismo e a perseguição religiosa reinante. D. António Bento Martins Júnior, Arcebispo de Braga desde 29/9/1932 até 19/8/1963, escreveu a 5 de Maio do ano da sua morte: «Se é certo que a devoção à Santíssima Virgem e ao Mistério da sua Imaculada Conceição foi sempre o enlevo do povo português, especialmente do povo do Minho, berço da nossa nacionalidade, não é menos verdade que, no passado século, quando Portugal era vítima dos ataques do mal, o Sameiro surgiu como um novo farol, a galvanizar a alma da gente lusa… Com força sempre crescente, se vão sentindo atraídas para este lugar as almas dos fiéis que, angustiados, sobem, esta montanha para implorar o auxílio de Maria. O movimento de piedade aumentou em ritmo tão intenso que o Sameiro pode considerar-se um centro de piedade mariana e eucarística donde, na roda do ano, as almas sobem aos milhares suavemente, por Maria até Jesus». O Sameiro é a confirmação da profecia que a humilde donzela de Nazaré proferiu na casa de sua prima Isabel: «Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada» (Lc 1, 48). De Maio de 1955 a igual mês do ano seguinte, entrou na Basílica um milhão de pessoas. Se contarmos aqueles que, sobretudo nos dias de peregrinação, vão ao Santuário mas não conseguem entrar no templo, podemos calcular em bastante mais de um milhão o número de fiéis que já nesse ano subiu ao Sameiro. Desde então, a afluência de peregrinos aumentou muito, de modo que o Sameiro se tornou o principal Santuário do Norte e o segundo maior de Portugal, logo depois de Fátima. Mas o que sobretudo conta é o movimento de piedade: a regeneração, purificação e santificação contínua das almas, por meio de Maria. Aqui se registam, estimulam, e vivificam todas as manifestações de piedade: oração, penitência, confissões, comunhões, missas, casamentos, baptizados, retiros espirituais, concentrações, congressos. É, como alguém escreveu, um «Céu aberto». Aqui se concluíram os Congressos nacionais: I e II Eucarísticos (respectivamente, (1924 e 1974), I e II Marianos (1926 e 1954), e I e III do Apostolado da Oração (1930 e 1957), Catequistico (1932), além de vários Diocesanos. Estes Congressos despertaram a vida católica, galvanizaram as forças do Bem e animaram os fiéis em horas de angústia e desânimo. Aqui os Prelados levantaram corajosamente a voz contra as invectivas do mal.
Os Papas e o Sameiro
Os Papas distinguiram o Sameiro com graças e privilégios, com as suas mensagens e até com a sua presença. Pio IX, o Papa da Imaculada, honrado com uma estátua no principio do escadório, cumulou o Sameiro com graças espirituais e benzeu a imagem do Santuário. O Papa S. Pio X, por meio do Núncio Apostólico de Lisboa, coroou a imagem de Nossa Senhora do Sameiro, a 12 de Janeiro de 1904, no decurso das festas cinquentenárias da definição do dogma da Imaculada Conceição. Foi o acto mais solene de culto prestado até então em Portugal em honra de Maria e a primeira coroação que se fez no nosso país em nome do Sumo Pontífice. Por isso a Diocese de Braga obteve o privilégio de celebrar todos os anos, no dia 12 de Junho, a festa da coroação de Nossa Senhora do Sameiro. Foi Pio XII o primeiro Pontífice que fez ouvir a sua voz no Sameiro, através de uma radiomensagem, a 19 de Maio de 1957: «Portugal já não é visto como um país mártir, mas é julgado nação católica… Para além do alcance dos sentidos , quem não descortina a acção da providência que, na hora oportuna prepara, suscita e acompanha até ao final triunfo, os seus instrumentos? E o Sameiro, Trono da Imaculada, e a Fátima, milagre do carinho maternal de que se declarou Senhora do Rosáriocentros de oração simples, humilde e penitente – não mostram bem a acção da Providência?» Ao comemorar-se, a 7 de Junho de 1964, o centenário da Fundação do Santuário do Sameiro, dirigiu Paulo VI nova radiomensagem, da qual extraímos estas palavras: «Hoje, concluís, amados filhos e filhas, de um modo tão solene, na presença de todo o Episcopado, a celebração do I Centenário do Santuário do Sameiro… Quanto é consolador para Nós recordar que o Nosso antecessor Pio IX, de memorável memória, depois de enriquecer esse templo de indulgências, benzeu ele mesmo a imagem de Nossa Senhora, que aí tendes diante de vós…». A maior glória e honra do Sameiro foi por certo a visita do Santo Padre João Paulo II, do dia 15 de Maio de 1982, aquando da sua viagem apostólica a Portugal. O santuário reconheceu este favor inaugurando, a 3 de Junho de 1984, um digno monumento ao Papa Peregrino. Devido ao mau tempo, que não permitiu fazer o percurso de helicóptero, o Santo Padre chegou ao Sameiro com 4 horas de atraso. Depois de, na esplanada fronteiriça ao Santuário, ser saudado pelas Autoridades civis e aclamado pelos jovens, entrou na Basílica, onde ofereceu um ramo de flores a Nossa Senhora e ficou seis minutos de joelhos em recolhida oração diante do Santíssimo Sacramento. Depois de se paramentar, seguiu num jipe branco aberto para o altar na extremidade da Avenida do padre Martinho, num delírio de entusiasmo da multidão. No principio da concelebração, foi saudado pelo Arcebispo D. Eurico Dias Nogueira: «Sede bem-vindo a este recanto mariano do velho Portugal. Aqui se venera, com especial carinho e devoção há mais de 100 anos, a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem, em recordação da definição dogmática de tão sublime mistério. A essa feliz memória associou-se, pouco depois, a da Infabilidade Pontifícia, proclamada alguns anos mais tarde. Assim respondia o povo católico de Braga à campanha sectária contra a Igreja no século passado… Bem hajais, Santo Padre! deixai-nos a Vossa preciosa bênção de pai e Pastor Universal. E que as bênçãos maternais da Senhora do Sameirorepresentada na linda imagem benzida pelo Vosso Predecessor Pio IX de santa memória – estejam sempre convosco e o Vosso luminoso pontificado». Depois da proclamação do Evangelho, na concelebração, em que participaram os bispos de Portugal e alguns da Galiza, desenvolveu João Paulo II a doutrina católica sobre a família, terminando com esta súplica:
«Virgem Imaculada, Nossa Senhora do Sameiro, Mãe do “Menino” posto como “sinal de contradição”; junto do Vosso Filho Jesus Cristo, cujas palavras conserváveis e meditáveis no Vosso Coração, dai a todas as famílias de Portugal a graça de saberem ouvir e guardar fielmente a palavra de Deus Mãe do Verbo Divino na Sagrada Família de Nazaré, obtende para estas famílias a harmonia, o amor e a graça! Que nelas nunca seja contradição “o sinal”, nunca seja contradito o amor de Deus misericordioso, manifestado em Jesus Cristo. Ámen».
BEATA JOBENTA
a Penitente Religiosa (século XII)
Religiosa beneditina de Aquíria, no Brabante, Bélgica, no século XII. Do seu mosteiro de monjas negras, onde se observava a regra de S. Bento, passou, com dispensa, para a reforma cisterciense, que então florescia com extrema observância. Morreu a 10 de Dezembro, não se sabe de que ano. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SÃO JOÃO DE SAHAGÚN ou de SÃO FECUNDO
Religioso (1479)
Juan de Sahagún, Santo
Juan de Sahagún, Santo
S. João nasceu em Sahagún, vila da província de Leão, e dela tomou o nome. Havia na sua freguesia uma abadia beneditina e nela estudou as humanidades. ´Depois passou ao serviço de D. Afonso de Cartagena, que o ordenou sacerdote, o nomeou capelão, camareiro do palácio e cónego. João tinha apenas 20 anos. Em 1456 morre o seu protetor. Sai ele de Burgos e vai para Salamanca, que se tornará a sua segunda pátria. Começa por sentar-se nos bancos das aulas como estudante, para ouvir as lições daqueles grandes mestres, embora o ensino que mais o atrai seja o do Divino Mestre, que fala aos corações. Consegue uma bolsa no colégio de S. Bartolomeu, mas logo renuncia a ela para dedicar-se plenamente à pregação. Anda todavia em experiências, sem ter encontrado o caminho real da sua vocação. Uma doença paralisa-o nas suas correrias de apóstolo e vê-se obrigado a estar de cama. Na solidão e retiro do leito, reflete, faz oração, vê e promete fazer-se religioso logo que se restabeleça. Deus concede-lhe a saúde e ele toma o hábito no convento de Santo Agostinho. Professa em 1436. É agora homem feliz; encontrou o seu caminho; os seus dias estão cheios de luz e as suas noites de alegrias misteriosas. Como anjo de paz, surge para sossegar as contendas conhecidas pelo nome dos «bandos de Salamanca», despertadas pela fúria vingativa de Dona Maria de Monróy, chamada a Brava. A liberdade com que pregava e exercia o apostolado causou-lhe sérios desgostos. Pregava em Salamanca e em todos os arredores, nas igrejas e nas praças, e muitas vezes mandava que lhe colocassem o púlpito diante das casas dos chefes das fações e dos pecadores públicos. A multidão aglomerava-se à sua volta e não se cansava nunca de ouvir os seus sermões, porque pela sua boca falava o Espírito de Deus. Não era tanto a ciência como a força divina que transparecia das suas palavras. esta força do céu comunicava-se-lhe especialmente durante a Santa Missa. Ele e Deus eram os únicos que sabiam o que se passava, enquanto oferecia o Sacrifício Eucarístico. O próprio Cristo se lhe mostrava na Sagrada Hóstia como sol resplandecente, segundo comunicou aos seus Superiores. falava com Ele e recebia as mais altas comunicações; via as suas chagas, saborosas como favos de mel e rutilantes como astros. «Digo-vos, declarava depois o Prior, que tantos e tais segredos me disse que via, que eu ia desfalecendo e pensei que ia cair no chão, morto, pelo grande terror que me invadiu». Assim se explica que as suas Missas fossem tão longas, como também os sermões. Quanto ao mais, como dizem os seus hagiografos, não fazia penitências extraordinárias. Jejuava quando a regra lho mandava e comia quando a sineta o chamava para comer. Era como os outros no exterior. Mas tinha um coração cheio de caridade para com Deus e para com o próximo. Tinha-se feito o director, o mestre, o pai e a consolação de todos os desgraçados de Salamanca. das suas mãos desprendiam-se, com palavras bondosas, prodígios estupendos em favor dos pobres e dos aflitos. Morreu a 11 de Junho de 1479 e, ao que parece, envenenado por uma mulher má, irritada contra a pregação e zelosos conselhos do Santo. Foi canonizado em 1690 por Alexandre VIII. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,pt. Ver também  www.es.catholic e www.santiebeati.it.
SANTO ONOFRE
Ermita (400)
Onofre, Santo
Onofre, Santo
Santo Onofre é-nos conhecido graças à narrativa dum abade, Pafnúcio, grande visitador dos eremitas da Tebaida. Chegaram até nós várias versões desse texto. Pafnúcio visitava os desertos egípcios, no fim do século IV ou princípios do V, quando um dia descobriu um velho com uma cabeleira e uma barba que lhe caíam até aos joelhos; usava apenas um cinto de folhas. Pafnúcio teve medo e quis fugir. Mas a aparição chamou-o e convidou-o a ficar. Onofre (tal era o nome deste ser felpudo) tinha sido monge entre outros cem irmãos; depois, o chamamento do deserto separara-o deles havia sessenta anos. Tinha sofrido calor e frio, fome e sede, sem contar muitas tentações. Mas consolava-o Deus e, por meio duma palmeira, fornecia-o de tâmaras. Entraram os dois na gruta para falar das coisas do céu. Ao entardecer, apareceram de repente pão e água. Restabeleceram eles as forças para rezar toda a noite. De manhãzinha, Pafnúcio inquietou-se vendo Onofre todo mudado e quase moribundo. «Não tenhas medo, irmão Pafnúcio, disse Onofre, o Senhor, na sua infinita bondade, enviou-te aqui para me sepultares». Então recomendou-lhe as intenções por que orava, abençoou-o e prostrou-se para morrer. E Pafnúcio enterrou-o. Logo a seguir, a gruta desabou e a palmeira secou. As Cruzadas tornaram a dar vida a Santo Onofre. O seu nome (com a forma de Humphrey) é bastante conhecido na Inglaterra; e a igrejinha de Sant’Onofrio em Roma, no Janículo, tem pinturas requintadas, algumas das quais mostram o velho ermitão. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
Guido (Guy) de Cortona, Beato
Guido (Guy) de Cortona, Beato
Seu culto e missa foram concedidos por Gregório XIII em 1583. Guido, companheiro de São Francisco, nasceu em Cortona em 1190, da familia Vignotelli. Passou sua juventude adquirindo uma boa cultura que lhe permitiu chegar a ser sacerdote, e dado à oração, à mortificação e ao trabalho em ajuda dos pobres. Em 1211 o Poverello de Assis foi hóspede seu. Comeram juntos e quando tomavam a sobremesa, confiou ao Santo com grande simplicidade seu desejo de se fazer discípulo seu. Perguntou que devia fazer e a resposta foi breve. Dar tudo os pobres, renunciando a todos os bens terrenos. Guido não perdeu tempo. Seguiu com tanta rapidez o conselho do Pobrecillo, que ao outro dia, arrumados todos seus assuntos, pôde receber o hábito e cingir a corda da penitência franciscana. Cortona teve assim fora dos muros seu convento de Irmãos Menores, do qual Guido foi a alma e guia. Foi sacerdote e irmão, sem faltar em nada à humildade franciscana e à perfeita modéstia. O Santo de Assis o quis sinceramente e o estimou como a poucos outros discípulos. Mas quem o amou particularmente foi o povo de Cortona, de que o Beato foi um grande benfeitor. A devoção popular lhe atribui clamorosos milagres, como o da água convertida em vinho, da farinha prodigiosamente multiplicada, da cura de um paralítico e sobretudo o devolver à vida a uma rapariga que caíra num poço. Entre os milagres e as muitas boas obras, a oração e a penitência, as práticas religiosas e o cuidado do convento transcorreu serena e luminosa a vida de Guido. Com o Seráfico Padre se retirou por algum tempo a um lugar solitário a um quilómetro de Cortona, chamado o convento de Las Celdas, que se considera um dos primeiros construídos na Ordem, e cultivou mais intensamente a vida de piedade e de mortificação. Mais tarde visitou a São Francisco de Assis e obteve a permissão da pregação, com a qual, como com seus milagres, recolheu abundantes frutos de bem. Ao voltar Francisco a Cortona, foi novamente aonde ele estava, e recebeu dele mesmo um grande elogio diante dos cortoneses, que obtiveram a segurança da poderosa intercessão que ele sempre havia exercitado em seu favor, predição que não ficou sem ser cumprida. Um dia o Patriarca de Assis, morto havia cerca de vinte anos, apareceu ao frade cortonés anunciando-lhe a hora da recompensa. Quando esta chegou, pareceu que Guido partira para uma viagem longamente ansiada, em companhia da pessoa mais amada: “Eis aqui a meu querido São Francisco, exclamou agonizando. Todos de pé! Vamos atrás dele”. Aos 60 anos de idade, voou sua alma da terra ao céu em junho de 1250. Seu corpo permaneceu onde viveu e morreu, em Cortona, que assim veio a ser a cidade do Beato Guido, antes de ser, uns decénios depois, a cidade de Santa Margarita, a mulher apaixonada, depois do homem generoso e benfeitor. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
León III, Santo
León III, Santo
Nasceu em Roma em 770. Era presbítero cardeal de Santa Susana. Morreu em 12 de Junho de 816. Foi eleito por unanimidade e sagrado em 27 de Dezembro de 795, dois dias após a morte de Adriano I. A carta que, de imediato, escreve a Carlos Magno, não tinha em conta pedir-lhe protecção, sendo apenas o testemunho de fidelidade, como provam as chaves do sepulcro de São Pedro e a bandeira de Roma que acompanhavam as cartas. O rei dos Francos responde com amizade e Leão III faz com que os representantes do povo jurem fidelidade ao imperador. Em 798, Carlos Magno sente-se com autoridade para ordenar ao papa a convocação de um concilio que volte a condenar o adopcionismo que Félix, bispo de Argel, teimava em defender. Não houve concílio. Entretanto, em Roma, parte da nobreza aparentada com os dois papas anteriores provoca agitação com  o pretexto  de que Leão III se submetia demasiado ao rei dos Francos e espalham uma série de calúnias contra o papa. Como nada conseguiram, resolvem eliminá-lo. A 25 de Abril de 799, dia das litanias maiores, quando Leão III cavalgava à frente da procissão, dois sobrinhos de Adriano I atiraram-se a ele, acusando-o de perjúrio e adultério, despindo-lhe as vestes pontifícias e desancando-o. Enquanto isto, em Roma, os revoltosos destruíam e saqueavam os bens de São Pedro. Encarcerado e torturado num mosteiro, Leão III conseguiu fugir, indo a Paderborn, no Saxe, a pedir ajuda ao rei. Este concede-lha e fá-lo regressar a Roma no Outono de 799, acompanhado de prelados e condes, para procederem a um inquérito sobre o papa. Um ano mais tarde, em Agosto de 800, o rei põe-se a caminho e a 24 de Novembro, a 20 quilómetros de Roma, é recebido respeitosamente pelo papa. O rei vinha examinar o resultado do inquérito, pelos crimes de que o pontífice era acusado. Carlos Magno reúne em São Pedro um tribunal solene e em 23 de Dezembro o papa foi absolvido e os detratores condenados à pena capital, sentença que viram comutada a instâncias de Leão III, que saiu do tribunal guiado pelo rei. Dois dias depois, na noite de Natal, em São Pedro, o papa coroou Carlos Magno imperador do Ocidente e terá sido aqui, neste acto, que teve origem o sacro Império Romano-Germânico. Quando o papa lhe colocou na cabeça a coroa, o povo romano aclamou-o: «A Carlos Augusto, corado por Deus, grande e pacifico imperador dos romanos, paz e vitória». Um novo rito se introduzia. No futuro nenhum imperador do Ocidente se sentiria seguro se o papa não proferisse em Roma o ritual da unção que conferia a sagração divina. Terminava definitivamente o domínio bizantino e consolidava-se o sacro Imperio Romano, testemunhado pela cunhagem de moedas, inscrições e selos, mesmo com Constantinopla a não o reconhecer durante quatro anos. Em 810, Leão III recebe uma embaixada de bispos francos em consequência de uma queixa feita ao imperador por alguns bispos ocidentais residentes em Jerusalém, perseguidos por defenderem que o Espirito Santo procedia do Pai e também do Filho. Os bispos propunham a inclusão do discutido Filioque (e do Filho) na fórmula do credo niceno. Leão III, embora reconhecendo e reafirmando como doutrina católica a procedência do Pai e do Filho, recusou-se a introduzi-la para evitar conflitos com o oriente. Com efeito, embora chegassem a acordo e ambas as Igrejas admitissem substancialmente o mesmo, no Ocidente empregava-se a expressão ex Patre Filioque (=do Pai e do Filho»), no Oriente usava-se a fórmula ex Patre per Filium (=do Pai pelo Filho»). Os bispos francos acabaram por compreender e aceitar a atitude prudente do papa, O Filioque só viria a ser introduzido no símbolo da fé dois séculos mais tarde, no pontificado de Bento VIII. Em 814, com 74 anos, morre Carlos Magno. Sobre ele escreveu Gregorovius: «Apagou-se a vida do herói e do sábio e a história regista a morte do fundador do no Imperio. Moisés da Idade Média, guiou a humanidade através dos desertos da barbárie, dando-lhe um novo código de constituições políticas, eclesiásticas e civis». A notícia da morte causou consternação em Roma e os inimigos de Leão III voltaram a intentar novos distúrbios, sendo presos e castigados. No ano seguinte, já com o papa gravemente enfermo, apareceram novas sublevações, com incêndios e tentativas de assalto ao Vaticano. Leão III faleceu amargurado com estes acontecimentos. Para além do frutuoso relacionamento com Carlos Magno, sem nunca ser subserviente, Leão III restaurou e adornou diversas igrejas e mosteiros e fundou, junto do Vaticano, uma hospedaria para acolhimento dos peregrinos. Do livro “O PAPADO – 2000 anos de Cristianismo” do Círculo de Leitores. Ver também, www.jesuitas.pt; www.es.catholic e www.santiebeati.it.
María Cándida de la Eucaristía, Beata
María Cándida de la Eucaristía, Beata
María Barba nasceu em 16 de Janeiro de 1884 em Catanzaro (Itália), onde a familia, oriunda de Palermo, se havia trasladado momentaneamente por motivos de trabalho do pai, Pedro Barba, conselheiro do Tribunal Superior. Quando a menina tinha dois anos a familia regressou à capital siciliana e ali viveu María Barba sua juventude, no seio de uma familia profundamente crente, mas que se opôs obstinadamente à sua vocação religiosa, experimentada desde os quinze anos de idade. María, com efeito, teve que lutar quase vinte anos até ver realizada sua aspiração, demonstrando, durante esses anos de espera e de sofrimento interior, uma surpreendente fortaleza de ânimo e uma fidelidade pouco comum à inspiração inicial. Nesta batalha, que se prolongou até sua entrada no Carmelo teresiano de Ragusa em 25 de setembro de 1919, María Barba foi sustentada por uma especialíssima devoção ao mistério eucarístico: na Eucaristía via ela o mistério da presença sacramental de Deus no mundo, a mostra concreta de seu amor infinito aos homens, em motivo de nossa plena confiança em suas promessas. Nela, o amor à Eucaristía se manifesta desde a mais tenra infância. «Quando era pequenita —conta ela mesma— e todavia não se me havia dado Jesús, esperava a minha mãe, quando voltava da Santa Comunhão,quase no umbral de casa, e, em bicos de pés, para chegar até ela, dizia: “A mim também o Senhor!”. Minha mãe se inclinava com afecto e soprava sobre meus lábios; eu a deixava em seguida e, cruzando e apertando as mãos sobre o peito, cheia de alegria e de fé, repetia saltando: “Eu também tenho ao Senhor! Eu também tenho ao Senhor”». São sinais de uma vocação e de uma chamada de Deus, cuja iniciativa começa a preparar um presente extraordinário para a Igreja. Desde que, aos 10 anos, foi admitida à Primeira Comunhão, sua maior alegria era poder comungar. Desde então, privar-se da Santa Comunhão, era para ela «uma cruz e um tormento bem grande». Com efeito, após a morte de sua mãe em 1914, não podia acercar-se da Comunhão senão raramente, por não discutir com seus irmãos que não lhe permitiam sair sozinha de casa.
María Cándida de la Eucaristía, Beata
María Cándida de la Eucaristía, Beata
Entrada no Carmelo, onde tomou o nome, em certo modo profético, de María Cándida de la Eucaristía, quis «acompanhar a Jesús, na sua condição de Eucaristía, o mais que pudesse». Prolongava suas horas de adoração, e, sobretudo, a hora das 23 às 24 de cada sexta-feira, a passava ante o Tabernáculo. A Eucaristía polarizava verdadeiramente toda sua vida espiritual, não tanto pelas manifestações devocionais, quanto pela incidência vital na relação entre sua alma e Deus. Da Eucaristía tirou forças María Cándida para consagrar-se a Deus como vítima em 1 de novembro de 1927. María Cándida desenvolveu plenamente o que ela mesma define como sua «vocação à Eucaristía» ajudada pela espiritualidade carmelitana, a que se havia acercado através da leitura da História da alma de Santa Teresita. São bem conhecidas as páginas em que santa Teresa de Jesús descreve sua especialíssima devoção à Eucaristía e como, na Eucaristía, experimentou a santa Fundadora o mistério fecundo da Humanidade de Cristo. Eleita prioresa do mosteiro em 1924, o foi, salvo uma breve interrupção, até 1947, infundindo na sua comunidade um profundo amor às Constituições de santa Teresa de Jesús e contribuindo de forma directa à expansão do Carmelo teresiano na Sicilia, fundação de Siracusa, e ao retorno do ramo masculino da Ordem. A partir da solenidade do Corpus Domini de 1933, ano santo da Redenção, María Cándida começa a escrever o que poderíamos definir como sua pequena obra mestra de espiritualidade eucarística, A Eucaristía, «verdadeira joia de espiritualidade eucarística vivida». Se trata de uma longa, intensa meditação sobre a Eucaristía, sempre tensa entre a recordação da experiência pessoal e o aprofundamento teológico dessa mesma experiência. Na Eucaristía vê sintetizadas, a Madre Cándida, todas as dimensões da experiência cristã. A : «Oh meu Amado Sacramentado, eu Te vejo, eu Te creio!... Oh Santa Fé». «Contemplar com Fé redobrada a nosso Amado no Sacramento: viver d’Ele que em cada dia». A esperança: «Oh minha divina Eucaristía, minha querida esperança, tudo espero de ti... Desde menina foi grande minha esperança na Santíssima Eucaristía». A caridade: «Jesús meu, quanto Te amo! É um amor imenso o que nutro em meu coração por Ti, oh Amor Sacramentado... Quão grande é o amor de um Deus feito pão pelas almas! De um Deus feito prisioneiro por mim». Na Eucaristía, a Madre Cándida, então prioresa de sua comunidade, descobre também o sentido profundo dos três votos religiosos, que numa vida intensamente eucarística encontram, não só sua plena expressão, mas também um exercício concreto de vida, uma espécie de profunda ascese e de progressiva conformação ao único modelo de toda consagração, Jesus Cristo morto e ressuscitado por nós: «¿Que hino não deveria entoar-se à obediência de nosso Deus Sacramentado? E ¿que é a obediência de Jesús em Nazaré, comparada com sua obediência no Sacramento desde há vinte séculos?». «Depois de instruir-me sobre a obediência, quanto me falas, quanto me instróis na pobreza, oh branca Hóstia! Quem mais despojada, mais pobre que Tu...Não tens nada, não pedes nada!... Divino Jesús, faz que as almas religiosas estejam sedentas de desprendimento e de pobreza sincera!».«Se me falas de obediência e de pobreza..., que fascinação de pureza não suscitas Tu só para te ver! Senhor, se teu descanso o encontras nas almas puras, ¿que alma, tratando contigo, não se fará tal?». Daí o propósito: «Quero permanecer junto a Ti por pureza e amor». Mas é sem dúvida a Virgem María o verdadeiro modelo de vida eucarística, Ela que levou em seu seio ao Filho de Deus e que continuamente o engendra no coração de seus discípulos: «Quisera ser como María — escreve María Cándida numa das páginas mais intensas e profundas de La Eucaristía —, ser María para Jesús, ocupar o posto de sua mãe. Em minhas Comunhões, María a tenho sempre presente. De suas mãos quero receber a Jesús, ela deve fazer me uma só coisa com Ele. Eu não posso separar a María de Jesús. Salve! Oh Corpo nascido de María!. Salve María, aurora da Eucaristía!». Para María Cándida, a Eucaristía é alimento, é encontro com Deus, é fusão de coração, é escola de virtude, é sabedoria de vida. «O Céu mesmo não possui mais. Aquele único tesouro está aqui, é Deus! Verdadeiramente, sim verdadeiramente: meu Deus e meu Tudo». «Peço ao meu Jesús ser posta como sentinela de todos os sacrários do mundo até ao fim dos tempos». O Senhor a chamou, depois de alguns meses de agudos sofrimentos físicos, em 12 de junho de 1949, Solenidade da Santíssima Trindade nesse ano. Foi beatificada em 21 de março de 2004 por S.S. João Paulo II. Por mera curiosidade, esclareço que hoje, 12-Junho-2011, é dia de Pentecostes (que antecede a Santíssima Trindade, a ocorrer no próximo Domingo, 19-Junho-2011) AF. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt; www.es.catholic e www.santiebeatio.it.
108 mártires de Polonia durante la segunda guerra, Beatos
108 mártires de Polonia durante a segunda guerra, Beatos
Em 13 de junho de 1999, o papa João Paulo II beatificou, em Varsóvia, a 108 mártires da última Guerra Mundial na Polónia, e estabeleceu que sua Festa se celebre em 12 de Junho. Entre eles há 3 bispos, 52 sacerdotes diocesanos, 26 sacerdotes religiosos, 3 clérigos, 7 religiosos no sacerdotes, 8 religiosas e 9 pessoas laicas. Durante a II Guerra Mundial, na Polónia foram numerosas as vítimas da encarniçada perseguição nazi contra a Igreja. Também outros muitíssimos cidadãos foram perseguidos e assassinados naquelas terríveis circunstâncias. Mas os 108 beatificados pelo Papa foram todos eles assassinados por ódio à fé cristã em diversas circunstâncias ou lugares, ou morreram como consequência dos sofrimentos infligidos pelo mesmo motivo nos cárceres e campos de concentração. A maioria dos sacerdotes morreram por não deixar de exercer seu ministério, apesar das ameaças; muitos destes mártires perderam a vida por defender a judeus; as religiosas, por seu lado, em seu serviço amoroso e silencioso, aceitaram com espírito de fé os sofrimentos e a morte. Todos foram em sentido estrito testemunhos da fé de Cristo. Os padecimentos dos 108 mártires polacostorturados e executados pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial —elevados aos altares pelo Papa João Paulo II— evidenciam os sofrimentos da Igreja durante a Segunda Guerra Mundial, assim como a ajuda que eles prestaram a judeus, comunistas e em geral a todo perseguido pelas forças do Eixo. O Postulador Geral dos mártires, P. Tomasz Kaczmarek, informou que os 108 polacos, que morreram às mãos de soldados alemães durante a ocupação nazi (1939-1945) e que foram declarados beatos em 13 de junho em Varsóvia, procedem de 18 dioceses diferentes e 22 órdens religiosas. Salvadores de judeus
Entre os polacos a ser beatificados estão 15 vítimas do campo de concentração de Auschwitz e outros 43 que sofreram em Dachau, campo situado perto de Munich. Também se contam vários católicos que foram perseguidos, torturados e executados por salvar a judeus e comunistas que eram procurados pelos soldados alemães. Assim por exemplo, duas religiosas, que se encontram na lista dos futuros beatos, foram assassinadas por resgatar a dezenas de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Da mesma maneira, a religiosa dominicana Julia Rodzinska (1899-1945) morreu de tifo no campo de concentração de Stutthof, logo depois de dar ajuda, junto com outras sete religiosas, a várias mulheres judias. Os judeus encontrados pelos nazis no átrio do convento das irmãs da Imaculada Conceição foram causa de tortura e execução das religiosas Bogumila Noiszewska (Maria Ewa) e Kazimiera Wolowska (Maria Marta), que morreram fuziladas em Slonim em 1942. Do mesmo modo, o pároco de Gdeszyn, P. Zygmunt Pisarski, foi preso e assassinado em Dachau em 1943 por recusar entregar comunistas locais à Gestapo.
Perseguidos por ser católicos
O P. Kaszmarek afirmou também que a mesma experiência de sofrimento foi vivida por Mons. Julian Nowowiejski, Arcebispo de Plock (1858-1941), que foi duramente maltratado e finalmente assassinado no campo de concentração de Dzialdow.
Outro dos bispos que foram acossados pelo nazismo foi o também prisioneiro em Dachau,
Michal Kozal (1893-1943), bispo de Wloclawek, diocese que sofreu o extermínio de metade de seus sacerdotes, onze dos quais estão na lista de beatificações. "O ódio aos polacos misturou-se com o ataque à Igreja Católica, que representava um inconveniente obstáculo à implementação da insana visão de Hitler sobre a raça e a vida política e social", afirma o P. Kaczmarek. O Postulador da causa dos beatos crê que o Papa Wojtila conheceu a um dos mártires durante sua juventude, quando ele estudava em Cracóvia, o P. Jozef Kowalski, que foi assassinado em Auschwitz em 1942 por recusar-se a cometer sacrilégio com seu próprio rosário. Entre os 52 sacerdotes que passaram pelas torturas e execuções nazis, a maioria deles jovens, há dos padres Kazimierz e Stefan Grelewski, procedentes de Radom, o primeiro dos quais foi pendurado e o segundo torturado até morrer em Dachau em 1943. Outros dois exemplos de sacrifício e amor à Igreja foram o frei Anicet Koplinski (1875-1941), um capuchinho nascido na Alemanha que preferiu morrer nas câmaras de gás a abandonar sua ordem, e dois marianistas Jerzy Kaszyra (1904-1943) e Antoni Leszczewicz (1890-1943), que morreram queimados em duas atrocidades cometidas em Rosica. Também laicos
Entre os 108 mártires polacos, existe um total de nove laicos como Natalia Tulasiewicz, uma agente pastoral de 39 anos, que foi assassinada numa câmara de gás em Ravensbruck, e Mariana Biernacka (1888-1943), uma camponesa que pediu para ser fuzilada em lugar de sua nora que tinha vários meses de gravidez, em Grodno. Documentação. O padre Kaczmarek explicou que as causas dos mártires foram solidamente fundamentadas em 92,000 páginas de documentação, que foram entregues oportunamente ao Vaticano em 1994. Na investigação participaram 600 especialistas, entre arquivistas, historiadores e teólogos. "Uma pergunta me vem à mente muitas vezes: ¿por que Deus quis revelar seus mártires a seus compatriotas contemporâneos justamente agora, no umbral do Terceiro Milénio? Uma só resposta vem sempre à minha mente: necessitamos destes testemunhos para nossos tempos´´, disse o padre Kaczmarek.
Em continuação a lista dos 108 mártires:
- Adam Bargielski - Aleksy Sobaszek - Alfons Maria Mazurek - Alicja Maria Jadwiga Kotowska - Alojzy Liguda - Anastazy Jakub Pankiewicz - Anicet Koplinski - Antoni Beszta-Borowski - Antoni Julian Nowowiejski - Antoni Leszczewicz - Antoni Rewera - Antoni Swiadek - Antoni Zawistowski , sacerdote (1882-1942 KL Dachau) - Boleslaw Strzelecki , sacerdote (1896-1941, Germania Auschwitz) - Bronislaw Komorowski , sacerdote (1889-22.3.1940 KL Stutthof) - Bronislaw Kostkowski , estudante (1915-1942 KL Dachau) - Brunon Zembol , religioso (1905-1922 KL Dachau) - Czeslaw Jozwiak (1919-1942 prisioneiro em Dresden), - Dominik Jedrzejewski , sacerdote (1886-1942 KL Dachau) - Edward Detkens , sacerdote (1885-1942 KL Dachau) - Edward Grzymala , sacerdote (1906-1942 KL Dachau) - Edward Kazmierski (1919-1942 prisioneiro en Dresden), - Edward Klinik (1919-1942 prisioneiro en Dresden), - Emil Szramek, sacerdote (1887-1942 KL Dachau) - Ewa Noiszewska, religiosa (1885-1942, Góra Pietrelewicka in Slonim) - Fidelis Chojnacki, religioso (1906-1942 KL Dachau) - Florian Stepniak, religioso, sacerdote (1912-1942 KL Dachau) - Franciszek Dachtera, sacerdote (1910-23.8.1942 KL Dachau) - Franciszek Drzewiecki, religioso, sacerdote (1908-1942 KL Dachau) - Franciszek Kesy (1920-1942 prisioneiro en Dresden), - Franciszek Rogaczewski, sacerdote (1892-11.1.1940) - Franciszek Roslaniec, sacerdote (1889-1942 KL Dachau) - Francisco (Franciszek) Stryjas, padre de familia, (1882-31.7.1944 prisioneiro en Kalisz) - Gregorio (Grzegorz) Boleslaw Frackowiak, religioso (1911-1943 decapitado en Dresden) - Henryk Hlebowicz, sacerdote (1904-1941 Borysewo) - Enrique (Henryk) Kaczorowski, sacerdote (1888-1942 KL Dachau) - Henryk Krzysztofik, religioso, sacerdote (1908-1942 KL Dachau) - Hilario (Pawel) Januszewski, religioso, sacerdote (1907-1945 KL Dachau) - Jan Antonin Bajewski, religioso, sacerdote (1915-1941 KL Auschwitz) - Jan Nepomucen Chrzan, sacerdote (1885-1942 KL Dachau) - Jarogniew Wojciechowski (1922-1942 prisioneiro en in Dresden). - Jerzy Kaszyra, religioso,sacerdote (1910-1943, in Rosica), - Jozef Achilles Puchala, religioso, sacerdote (1911-1943) - Jozef Cebula, religioso, sacerdote (1902-1941 KL Mauthausen) - Jozef Czempiel, sacerdote (1883-1942 KL Mauthausen) - Jozef Innocenty Guz, religioso, sacerdote (1890-1940 KL Sachsenhausen) - Jozef Jankowski, religioso,sacerdote, (1910 -16.10.1941, Auschwitz) - Jozef Kowalski - Jozef Kurzawa, sacerdote (1910-1940) - Jozef Kut, sacerdote (1905-1942 KL Dachau) - Jozef Pawlowski, sacerdote (1890-9.1.1942 KL Dachau) - Jozef Stanek, religioso, sacerdote (1916-23.9.1944, morto a seguito delle torture in Varsavia) - Jozef Straszewski, sacerdote (1885-1942 KL Dachau) - Jozef Zaplata, religioso (1904-1945 KL Dachau) - Julia Rodzinska, religiosa (1899-20.2.1945 Stutthof); - Karol Herman Stepien, religioso, sacerdote (1910-1943) - Katarzyna Celestyna Faron, religiosa (1913-1944 KL Auschwitz) - Kazimierz Gostynski, sacerdote (1884-1942 KL Dachau) - Kazimierz Grelewski, sacerdote (1907-1942 KL Dachau) - Kazimierz Sykulski, sacerdote (1882-1942 KL Auschwitz) - Cristino (Krystyn) Gondek, religioso, sacerdote (1909-1942) - Leon Nowakowski, sacerdote (1913-1939) - Leon Wetmanski (1886-1941, Dzialdowo), Obispo - Ludwik Gietyngier - Ludwik Mzyk, religioso, sacerdote (1905-1942) - Ludwik Pius Bartosik, religioso, sacerdote (1909-1941 KL Auschwitz) - Maksymilian Binkiewicz, sacerdote (1913-24.7.1942, Dachau) - Marcin Oprzadek, religioso (1884-1942 KL Dachau) - Maria Antonina Kratochwil, religiosa (1881-1942) - Maria Klemensa Staszewska, religiosa (1890-1943 KL Auschwitz) - Marian Gorecki, sacerdote (1903-22.3.1940 KL Stutthof) - Marian Konopinski, sacerdote (1907-1.1.1943 KL Dachau) - Marian Skrzypczak, sacerdote (1909-1939 in Plonkowo) - Mariana Biernacka (1888-1943), - Marta Wolowska, religiosa (1879-1942, Góra Pietrelewicka in Slonim) - Michal Czartoryski, religioso, sacerdote (1897-1944) - Miguel (Michal) Ozieblowski, sacerdote (1900-1942 KL Dachau) - Michal Piaszczynski, sacerdote (1885-1940 KL Sachsenhausen) - Michal Wozniak, sacerdote (1875-1942 KL Dachau) - Mieczyslaw Bohatkiewicz, sacerdote (1904-4.3.1942 shot in Berezwecz) - Mieczyslawa Kowalska, religiosa (1902-1941 KL Dzialdowo) - Narcyz Putz, sacerdote (1877-1942 KL Dachau) - Narciso Turchan, religioso, sacerdote (1879-1942 KL Dachau) - Natalia Tulasiewicz (1906-31.3.1945 Ravensbrück), - Piotr Bonifacy Z|ukowski, religioso (1913-1942 KL Auschwitz) - Piotr Edward Dankowski, sacerdote (1908-3.4.1942 KL Auschwitz) - Roman Archutowski, sacerdote (1882-1943 KL Majdanek) - Roman Sitko, sacerdote (1880-1942 KL Auschwitz) - Stanislaw Kubista, religioso, sacerdote (1898-1940 KL Sachsenhausen) - Stanislaw Kubski, religioso, sacerdote (1876-1942 KL Dachau) - Stanislaw Mysakowski, sacerdote (1896-1942 KL Dachau) - Stanislaw Pyrtek, sacerdote (1913-4.3.1942 Berezwecz) - Stanislaw Starowieyski, padre de familia (1895-13.4.1940/1 KL Dachau) - Stanislaw Tymoteusz Trojanowski, religioso (1908-1942 KL Auschwitz) - Stefan Grelewski, sacerdote (1899-1941 KL Dachau) - Symforian Ducki, religioso (1888-1942 KL Auschwiitz) - Tadeusz Dulny, seminarita (1914-1942 KL Dachau) - Wincenty Matuszewski, sacerdote (1869-1940) - Wladyslaw Bladzinski, religioso, sacerdote (1908-1944) - Wladyslaw Demski, sacerdote (1884-28.5.1940, Sachsenhausen) - Wladyslaw Goral,(1898-1945 KL Sachsenhausen), Obispo - Wladyslaw Mackowiak, sacerdote (1910-4.3.1942 Berezwecz) - Wladyslaw Maczkowski, sacerdote (1911-20.8.1942 KL Dachau) - Wladyslaw Miegon, sacerdote, (1892-1942 KL Dachau) - Wlodzimierz Laskowski, sacerdote (1886-1940 KL Gusen) - Wojciech Nierychlewski, religioso, sacerdote (1903-1942 KL Auschwitz) - Zygmunt Pisarski, sacerdote (1902-1943) - Zygmunt Sajna, sacerdote (1897-1940 Palmiry)
BEATA MERCEDES DE JESUS MOLINA
Fundadora (1828-1883)
Mercedes de Jesús Molina y Ayala, Beata
Mercedes de Jesús Molina y Ayala, Beata
Fundadora do Instituto das Irmãs de Santa Mariana de Jesus, viu a luz do dia em Baba, na província de «Los Rios» (Equador), no ano de 1828. Ignoram-se o dia e o mês, devido a um incêndio que devorou os documentos. Aos 15 anos perdeu os pais e em seguida entregou-se durante anos a uma vida despreocupada dos deveres religiosos. Todavia, a queda de um cavalo despertou-lhe a consciência e voltou a um regime de piedade e de penitência, de tal forma que em 1849, estando a ponto de contrair matrimónio, renunciou a ele e decidiu consagrar-se totalmente a Deus. Fez em particular os três votos de pobreza, castidade e obediência e entregou-se a cuidar de raparigas abandonadas. Favorecida de dons místicos e submetida às provações da noite escura, em 1863 tomou por director espiritual o Padre Domingos Garcia, S. J. Em 1867 abandona a casa da irmã, vende todos os seus bens e distribui o dinheiro pelos pobres. Permaneceu três anos à frente de um asilo para raparigas. Depois, partiu com duas alunas para Guadalaquiza, na cordilheira dos Andes, a fim de cooperar com os jesuítas na evangelização dos índios Jíbaros. Partindo os jesuitas de Guadalaquiza, ela viu-se obrigada a fazer o mesmo e, depois de trabalhar algum tempo em Cuenca, estabeleceu-se definitivamente em Riobamba. Ali, com a aprovação do bispo, no dia 14 de Abril de 1873 dá início a uma Comunidade religiosa, sob a protecção de Beata Mariana de Jesus de Paredes (1618-1645), virgem natural de Quito e que fora beatificada a 20 de Novembro de 1853. O novo Instituto destinava-se à instrução e educação da juventude, à reeducação das jovens desviadas e das encarceradas. Financeiramente foram auxiliadas pelo presidente da república equatoriana, Gabriel Garcia Moreno. Depois do assassinato deste em 1875, surgiram tantas dificuldades que a Fundadora se achou incapaz de confirmar como Superiora. Entregou o governo à Irmã Maria Uquillas (1910), tomando para si o encargo de Mestra de Noviças. O instituto desenvolveu-se não só no Equador, mas também na Colômbia, Venezuela e estados Unidos. Em 1986. contava 73 casas e 533 membros. A bem-aventurada faleceu a 12 de Junho de 1883 e foi beatificada no dia 1 de fevereiro de 1985. AAS 74 (1982) 647-50; DIP 5, 1656-8; 8, 725-6. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt; www.es.catholic e www.santiebeatio.it.
BEATO LOURENÇO SALVI
Religioso (1782-1856)
Lorenzo Salvi, Beato
Lorenzo Salvi, Beato
Nasceu em Roma, a 30 de Outubro de 1782. Estudou no Colégio Romano e teve durante algum tempo por professor particular o religioso camaldulense Mauro Cappellari, que em 1831 subiria ao trono pontifício com o nome de Gregório XVI. Desejando ardentemente entregar-se a uma vida de perfeição, em Novembro de 1801, ingressou na Congregação dos Passionistas. No fim do noviciado, fez os três votos de pobreza, castidade e obediência, aos quais acrescentou mais um, próprio do Instituto que abraçara, isto é, de promover a devoção à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. recebeu a Ordenação sacerdotal a 29 de Dezembro de 1805. A 1 de Outubro de 1989, na homilia de beatificação, João Paulo II apresenta-nos o roteiro espiritual do fervoroso religioso: «… Homem de Deus, não só na intensa oração, mas também na incansável dedicação ao ministério sacerdotal. Ele foi plenamente consciente da missão confiada por Cristo a todos os apóstolos e, durante toda a sua vida, esforçou-se por seguir os exemplos do Filho de Deus, que quis salvar o mundo mediante a humilhação da cruz. Lourenço combateu o “bom combate da fé”, segundo o espírito da sua Congregação religiosa, trabalhando intensamente na pregação das missões ao povo, nos cursos do exercício espirituais, no ministério das confissões. A quantos se aproximavam dele, procurava insinuar o amor de Cristo pobre e humilde, mediante a devoção à infância de Jesus e à sua Paixão, momentos que enormemente se revelem a humildade e a mansidão do Salvador. Convicto da misericórdia infinita do Coração de Cristo, ele não se cansava de exortar as almas à confiança, seguindo o exemplo da criança que em tudo se confia aos braços amorosos e fortes do pai. Lourenço conheceu o beato Domingos Barberi (Domingos da Mãe de Deus, 26 de Agosto) e o seu projecto para o diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Anglicana: desejaria acompanhar o amigo a Inglaterra, mas a obediência reteve-o na pátria. Também nesse caso, como em tantos outros, ele soube encontrar em Cristo Crucificado, ideal da sua Família religiosa, a forças para renunciar ao proprio plano apostólico e para se deixar guiar apenas pela preocupação de ”guardar este mandamento sem mácula e sem repreensão” (1 Tim 6, 14), isto é, o empenhamento da adesão incondicional à vontade de Deus. Com estes sólidos fundamentos, o beato Salvi conseguiu ser mestre de vida espiritual de muitas almas, que o escutaram na pregação, no confessionário, na direção de consciência. A elas anunciou, com fervor jamais aplacado, o mistério de Cristo, “o único que possui a imortalidade e habita na luz inacessível, a Quem nenhum homem viu, nem pode ver” (1 Tim. 6, 15-16)». O bem-aventurado faleceu em Capranica, a 12 de Junho de 1856. AAS 82 (1990) 939-42; L’OSS. ROM. 8.10.1989. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt; www.es.catholic e www.santiebeati.it.

Gaspar Luis Bertoni, Santo
Gaspar Luis Bertoni, Santo
GASPAR BERTONI nasceu em Verona, na República de Veneza, em 9 de Outubro de 1777, filho de Francis Bertoni e Brunora Ravelli de Sirmione. Foi batizado no dia seguinte por seu tio avô, Fr. James Bertoni, na igreja da paróquia de San Pablo, em Campo Marzo da secção de Verona. En ambos lados de la familia, se ejercía la profesión de "Notario", y en un viejo documento legal, puede verse que la familia era bastante rica. Pero aun más aun rica, era sin embargo, la práctica de la fe. A consecuencia de la temprana muerte de su pequeña hermana, Gaspar siguió siendo el único hijo. Tuvo el beneficio de una educación excelente, tanto en su casa como en la escuela de San Sebastían que era dirigida por la municipalidad luego de la supresión de los Jesuitas. Ellos, sin embargo, continuaban enseñando el enseñando y también dirigiendo la Congregación Mariana. El joven Bertoni ingresó aquí bajo la influencia de de Fr. Louis Fortis quien luego habría de ser el primer General de los Jesuítas luego de la reintegración de la Compañía de Jesús. Como fruto de la gracia de su primera comunión, a edad de 11 años, Gaspar Bertoni fue llamado a una vida de unión mística. Su vocación al sacerdocio maduró, y a las 18 años, entró en el seminario. Asistiendo al curso teológico como un estudiante externo, él encontró en su profesor de teología moral, Fr. Nicolás Galvani, un director espiritual excelente. Durante su primer año de teología, fue testigo de la invasión de los ejércitos franceses, (1 de junio de 1796). Esto era el principio de un periodo de 20 años de gran lucha para su ciudad natal. Inspirado por su profunda caridad, se dedicó a la ayuda de los enfermos y heridos, como un miembro de la Fraternidad del Evangelio para los Hospitales que había sido creada por el Siervo de Dios Fr. Peter Leonardi. A su ordenación sacerdotal (el 20 de septiembre de 1800), se encontró en un mundo con necesidad de mucha ayuda para solucionar los serios problemas que perturbaban el alba de un nuevo siglo. Se dedicó con todos su energías y gran habilidad organizativa a su nueva misión pastoral. Estableció un Oratorio bajo la forma de una "Cohorte Mariana", que tenía fomo meta el cristianizar y formar a los jóvenes. Todas esas organizaciones fueron suprimidas por un decreto de Napoleon (1807), y Fr. Bertoni guardó sus planes para tiempos mejores. Entretanto, él tomó la dirección espiritual de una comunidad fundada en aquel entonces por Santa Magdalena de Canossa en el Convento de San José (mayo de 1808), aquí conoció a la Sierva de Dios Leopoldina Naudet, a quien él guiaría espiritualmente a lo más alto del misticismo del santo abandono y en la fundación de las Hermanas de la Sagrada Familia. Él extendió esta faceta de su ministerio a otra Sirvia de Dios, Teodora Campostrini, de noble cuna, quien también estaba en la etapa de discernimiento de su vocación, para la fundación de su Comunidad, la de las "Hermanas Mínimas" de la Caridad de la Madre Dolorosa. En su espíritu de abandono a Dios, y servicio a la Iglesia, Fr. Bertoni fue guiado por el espíritu santo para fundar una Congregación llamada de los "Estigmatinos" quienes quiso que fueran "Misioneros Apostólicos para Ayudar a los Obispos". El 4 de noviembre de 1816 se mudó con otros 2 religiosos a la casa de los estigmas de San Francisco, de la cual derivó parte del nombre de su congregación y en ella interiorizó sobre la meditación de los estigmas de Jesucristo, se abrió una escuela gratuita con otros servicios gratuitos a la comunidad. Sus últimos años Gaspar Bertoni cayó gravemente enfermo, y mientras era atendido en la enfermería de la casa generalicia, dijo sus últimas palabras: "Preciso sufrir". Pronunciando estas palabras, murió el dia 12 de junio de 1853. Fue canonizado el 1 de noviembre de 1989 por Juan Pablo II.
Florida Cevoli, Beata
Florida Cevoli, Beata
Florida Cevoli, no século Lucrécia Elena, filha do conde Curzio Cevoli e da condessa Laura della Seta, nasceu em Pisa (Italia) em 11 de novembro de 1685. Educada na fé no seio de sua familia, afinou seu espírito sob a guia das clarissas do mosteiro de San Martín, de Pisa, aonde a levaram aos 13 anos e onde viveu como educanda durante cinco anos. Aquele clima de silêncio que se respirava ali suscitou nela um grande desejo da vida religiosa. A los 18 años ingresó en el monasterio de las Clarisas capuchinas de Città di Castello (Perusa), el 7 de junio de 1703; tomó el nombre de Florida. Guiada por los consejos y sobre todo por los ejemplos de santa Verónica Giuliani, maestra de las novicias, sor Florida demostró un espíritu de oración excepcional y un gran deseo de progresar en el camino de la contemplación. Se insertó en la vida comunitaria con espíritu atento y humilde, prodigándose en los trabajos más modestos. Hizo la profesión religiosa el 10 de junio de 1704. Desempeñó varios oficios: cocinera, despensera, panadera, responsable de la farmacia, maestra de novicias, vicaria y abadesa. En 1716 sor Verónica fue nombrada abadesa del monasterio y sor Florida, vicaria; estaban tan compenetradas, que toda la comunidad recibió un gran impulso hacia el ideal de la íntima unión con Cristo: era la confidente de la Santa y además le ayudaba como secretaria. En 1727, al morir sor Verónica, fue llamada a ocupar su puesto, y hasta su muerte, ejerció el oficio de abadesa, reelegida en trienios consecutivos, con algunos intervalos. Como su maestra, fue una gran reformadora: se distinguió por una vida de pobreza y austeridad, propia de la reforma de las capuchinas. Los sufrimientos de Cristo en su pasión y la presencia eucarística constituían el objeto primario de su contemplación y de su amor; tenía una devoción especial a la Virgen de los Dolores. Su fama de santidad en vida fue mayor que la de santa Verónica. Es de destacar el servicio que prestó a Città di Castello como mediadora de paz, con ocasión del levantamiento popular que estalló a la muerte del papa Benedicto XIV, en 1758. Murió el 12 de junio de 1767. La beatificó Juan Pablo II el 16 de mayo de 1993.
 
94337 > Beato Antonio de Pietra Mercedario 12 giugno
Beato Antonio de Pietra
56865 > San Basilide Martire presso Roma 12 giugno MR
Basilide
94338 > Beato Corrado da Maleville Mercedario 12 giugno
Beato Corrado da Maleville
56880 > Sant' Eskillo (Eschillo) Vescovo e martire 12 giugno MR
Eskillo (Eschillo)
90834 > Beata Florida Cevoli Religiosa 12 giugno MR
Beata Florida Cevoli
56900 > San Gaspare Luigi Bertoni 12 giugno MR
Gaspare Luigi Bertoni
57000 > Beato Guido da Cortona Sacerdote 12 giugno MR
Beato Guido da Cortona
56925 > San Leone III Papa 12 giugno MR
Leone III - Papa
91456 > Beato Lorenzo Maria Salvi Passionista 12 giugno MR
Beato Lorenzo Maria Salvi
91538 > Beata Maria Candida dell'Eucaristia Carmelitana Scalza 12 giugno MR
Beata Maria Candida dell'Eucaristia
56950 > Beata Mercedes Maria di Gesù Fondatrice 12 giugno MR
Beata Mercedes Maria di Gesú
56870 > Sant' Odolfo 12 giugno MR
Odolfo
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Odulfo di Utrecht
56850 > Sant' Onofrio Eremita 12 giugno MR
Onofrio
20266 > Pentecoste 12 giugno (celebrazione mobile) - Solennità MR
Pentecoste
56890 > San Placido di Ocre Abate 12 giugno MR
Placido di Ocre

Compilação e tradução de espanhol para português, com excepção das duas últimas, por falta de tempo.
Por António Fonseca

sábado, 11 de junho de 2011

Nº 947 - (162) - 11 DE JUNHO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

43 Santos e Beatos

Nº 947

SÃO BARNABÉ

Apóstolo

Bernabé, Santo

Barnabé, Santo

São Paulo chama constantemente a São Barnabé apóstolo, designação que a liturgia lhe conservou. São Barnabé recebeu na verdade um chamamento especial para a evangelização nos primeiros anos da Igreja. O próprio Deus, pela boca de São Lucas, no-lo apresenta como homem bom, cheio de fé e do espírito. Era judeu da tribo de Levi, que nascera em Chipre, mas vivia em Jerusalém por altura da primeira pregação apostólica, e tinha lá família muito próxima, como a mãe de São Marcos. Depressa se abriu à graça cristã com ardor e generosidade. Possuía um campo em Jerusalém, vendeu-o e o dinheiro pô-lo nas mãos dos Apóstolos. O seu nome era José, mas os Apóstolos chamavam-no pelo sobrenome de Bárnaba ou Barnabé, que significa filho da consolação. São João Crisóstomo julga que aludiam assim à bondade e simpatia do seu carácter. Pelo fervor religioso, pelos bons dotes de pregador, S. Barnabé ocupa lugar destacado na Igreja de Jerusalém. Introduz Saulo no meio dessa comunidade, quando todos desconfiavam do antigo perseguidor. Segundo alguns, Barnabé e Saulo tinham-se conhecido na escola de Gamaliel. Saulo retira-se depois para a sua pátria, Tarso. Entretanto, chegam a Jerusalém notícias sobre o fervor da comunidade cristã de Antioquia e sobre o número grande de gentios que abraçam a fé. Os anciãos resolveram enviar um homem de confiança para dirigir aquele movimento. O eleito foi S. Barnabé. Para lá se dirigiu; não tardou que notasse precisar dum colaborador. E lembrou-se do seu amigo Saulo, retirado na Cilícia. Apresentou-se em Tarso e voltou com Paulo a Antioquia. Um ano se passou de extraordinários resultados, que lhes faz pensar na evangelização do mundo inteiro. A voz do espírito diz aos anciãos de Antioquia: «Separai-me Saulo e Barnabé para a obra a que os destinei». Era a eleição especialíssima de Paulo e Barnabé como apóstolos da gentilidade. Jejuou-se e orou-se entre os cristãos; os presbíteros impuseram-lhes as mãos e os dois eleitos ficaram submetidos ao sopro do Espírito Santo. Juntou-se-lhes João Marcos, sobrinho de Barnabé; e dirigiram-se directamente a Chipre. Desembarcaram em Salamina e começaram logo a pregação; «nas sinagogas dos Judeus». Instruíam e batizavam, quando lhes chegou uma mensagem do governador da ilha para que se apresentassem em Pafos, centro político e religioso. O procônsul recebeu-os otimamente. Era romano de nobre linhagem e espírito elevado, que se chamava Sérgio Paulo. Foi a conversão mais ilustre dos missionários. Desde então, Saulo chamar-se-à Paulo, talvez como recordação e por respeito a este ilustre convertido. De Chipre dirigiram-se para a Ásia Menor e desembarcaram na costa da Panfília, para evangelizar toda a parte sul da província romana da Ásia. Em Antioquia da Pisídia houve muitas conversões, até ao ponto de os judeus se alarmarem e os obrigarem a partir. Seguiram por Icónio, Derbe e Listra, cidades da Lacaónia. Em Listra curaram um coxo e a gente começou a aclamá-los como deuses. De Paulo diziam que era Mercúrio e de Barnabé , pela maior estatura e aspecto de majestade, que era Júpiter, o pai dos deuses. Quiseram adorá-los e oferecer-lhes sacrifícios, até que por fim, eles conseguiram convencê-los de que eram homens mortais como a outra gente. O primeiro fervor mudou-se depois em terrível perseguição e lapidação, que os obrigou a retroceder e a voltar à Síria. De Antioquia subiram a Jerusalém e tomaram parte nas deliberações do primeiro concílio apostólico, entre os anos de 49 e 50. Todos louvaram publicamente o zelo dos dois missionários, «os amadíssimos Barnabé e Paulo, que expuseram as vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Quando se dispunham, a empreender a segunda viagem apostólica, surgiu num incidente humano que separou os dois companheiros definitivamente. Barnabé quis que os acompanhasse o seu sobrinho Marcos, mas Paulo opôs-se, porque os tinha abandonado na primeira viagem. «Paulo, mais severo, - diz S. Jerónimo, - Barnabé, mais clemente. Cada um insiste no seu parecer. Seja como for, a discussão algo tem de humana fragilidade». Não se entenderam e Barnabé dirigiu-se para Chipre com Marcos; Paulo foi para a Ásia Menor. A última parte da vida de S. Barnabé fica na penumbra. O que é certo é que teve de continuar a influir em muitas Igrejas, mesmo afastadas. Em fins do século I, um cristão de Alexandria publicava um comentário de textos bíblicos que a tradição conhece como Epístola de S. Barnabé. Os Coríntios também o conheciam e S. Paulo diz-lhes que tinha permanecido como celibatário. Uma tradição antiga supõe que morreu em Chipre, em cuja capital, Salamina, se encontrou, pelo ano de 488, o seu sagrado corpo. A glória de S. Barnabé está em ter descoberto o mérito extraordinário de S. Paulo e tê-lo apresentado à Igreja Mãe de Jerusalém. Só por isto, merece a veneração e o reconhecimento de todos os cristãos. Do livro SANTOS DE CADA DIA de  www.jesuitas.pt. Veja-se também http://es.catholic.net/santoral e www.santiebeati

SANTA PAULA FRASSINETTI

Fundadores (1809-1882)

Paola Frassinetti, Santa

Paola Frassinetti, Santa

Paula Frassinetti nasceu em Génova (Itália), a 3 de Março de 1809. Era a terceira de 5 irmãos e a única rapariga. Foi baptizada na igreja paroquial de Santo Estêvão e confiada à protecção de Nossa Senhora, no santuário chamado da «Madonneta». Aos 9 anos, morreu a mãe. Aos 12, após o falecimento duma tia idosa, Paula ficou com a responsabilidade da casa. Teve assim uma adolescência muito dura: vivia rodeada pelo carinho do pai e dos irmãos, mas assumia tarefas excessivas para a sua idade. O pai não consentiu que frequentasse as escolas de Génova. Tinha medo das ideias novas trazidas pelos soldados de napoleão. A sua consciência de católico fechava-se ao que lhe parecia origem de perigos e violência. Era difícil, em plena mudança social, descobrir a tonalidade evangélica das aspirações à liberdade, à justiça, à fraternidade. A cultura literária de Paula ficou a dever-se ao esforço pessoal, à ajuda do pai e dos irmãos e sobretudo à convivência do mais velho, José. O resto aprendeu-o fazendo face inteligentemente, firmemente às dificuldades de todos os dias. Uma existência praticamente limitada ao pequeno círculo familiar talvez explique em parte a repugnância que Paula sempre teve pelas viagens – embora as tenha feito e bem longas – e uma certa timidez no estabelecimento de relações novas. Por outro lado, era corajosa e viril, e tinha um trato simples e agradável. Em 1830, José Frassinetti, já sacerdote, é encarregado da paróquia de Quinto, pequena aldeia dos arredores de Génova. Paula, enfraquecida por um teor de vida demasiado áspero, tinha adoecido gravemente. O irmão convence o pai a deixá-la ir passar uns tempos a Quinto, para uma mudança de ares. Tem 22 anos. A casa do pároco era pegada à igreja e do quarto de Paula via-se o sacrário. A sua fé profunda fazia-lhe encontrar sentido no gesto de vigiar a lâmpada que simboliza a presença de Cristo na Eucaristia. A pedido do irmão, abre uma escola paroquial para as crianças da aldeia – iniciação à leitura, mas sobretudo lavores e catequese. As crianças gostam muito dela. As irmãs mais velhas, já raparigas, vêem em Paula a menina da cidade que pode trazer algum colorido à sua vida monótona e cansativa. Primeiro uma, depois várias, começam a procurá-la e estabelece-se o costume de irem juntas passear, aos domingos, para o vizinho monte Moro. Paula fala do que, há muitos anos, lhe vai no coração. A sua fé em Jesus Cristo, tornou-se feliz e equilibrada, apesar da escassez de contactos e do excesso de trabalho. Sonha ajudar os outros a descobrir também Jesus Cristo. Em Génova, só conhece mosteiros de clausura. Compreende, aprecia mas sente que não é o seu caminho. As companheiras pensam como ela. E surge, de acordo com  o irmão José, o projeto duma forma diferente de vida religiosa em que a consagração a Jesus Cristo se vai exprimir na ajuda aos outros – sobretudo às crianças, sobretudo aos pobres. No dia 12 de Agosto de 1834Paula tem 25 anos – , o padre José Frassinetti celebra missa na igreja do convento de Santa Clara. Era o início da vida religiosa daquele grupo que ia morar numa pequena casa alugada e dedicar-se às crianças  pobres de Quinto. Chamavam-se “Filhas da Santa Fé”. Cerca de um ano depois, passou por Quinto, um sacerdote, Lucas Pássi. Preocupado com a situação das crianças do meio operário, nos princípios da revolução industrial, imaginou integrá-las em pequenos grupos de que seriam animadoras jovens também operárias, auxiliadas por alguns adultos. Chamou a essa iniciativa «Obra de Santa Doroteia». Pássi receava pelo futuro da Obra e pediu a Paula que se responsabilizasse por ela. Depois de consultar o irmão e as companheiras. Paula aceitou. As irmãs passaram por isso a chamar-se “Irmãs de Santa Doroteia”. Paula sonhou com uma existência feliz mas exigente e austera. Algumas sentiram-se desiludidas e cansaram-se. Propôs então que se separassem temporariamente mas não desistiu. Algum tempo depois, encontrou-se com duas das primeiras companheiras na igreja de S. Bento, em  Génova, e no dia de Páscoa de 1836 estavam de novo reunidas na escola de S. Teodoro. Começou a expansão em Génova e nos arredores. Num palacete alugado, em Rivarolo,  abriram uma escola para as crianças pobres da aldeia. Aos domingos, percorriam as povoações das margens do rio Polcevera, dando catequese, entusiasmando os grupos das Obras de Santa Doroteia, reunindo as crianças para que pudessem entreter-se e brincar. Em 1840, abriu o primeiro colégio para meninas economicamente menos necessitadas. A este seguiram-se outros, mas Paula achou sempre que os principais cuidados deviam ir para as crianças mais pobres. No dia 19 de Maio de 1841, chega a Roma com duas companheiras. Começam logo a trabalhar em várias paróquias, a ensinar algumas crianças. Os princípios foram muito duros, pois a casa era pequena e os recursos escasseavam. Nem sempre arranjavam trabalho remunerado e a restante atividade era gratuita. Fixou por fim a sua residência na «salita di S. Onófrio», numa Casa de Assistência que o papa de então, Gregório XVI, lhe tinha pedido para transformar numa verdadeira casa de educação. O ano de 1848 foi muito doloroso para as Irmãs de Génova. Travavam-se lutas pela unificação da Itália. Os católicos daquela época não conseguiram imaginar que um Papa sem Estados Pontifícios pudesse existir. Geraram-se oposições e mal entendidos. Nesse clima de intolerância, as Doroteias foram expulsas das suas casas e só pouco a pouco conseguiram, reunir-se de novo. Entretanto, rasgaram-se horizontes de trabalho. A 10 de Janeiro de 1866, partem 6 Irmãs para o Brasil. Encontraram ali um bom acolhimento mas um clima político perturbado. A 16 de Junho do mesmo ano, chegam 3 Irmãs a Lisboa, onde abre um Colégio. Quando, em 1875, Paula visitou Portugal, já encontrou mais duas casas: uma de Assistência, no Porto, e um colégio, na Covilhã. Os princípios , em Portugal, foram lentos e difíceis, pelas características da época de transição que se vivia na altura. A partir de 1870 e durante perto de 10 anos, as casas de Roma viveram sob a ameaça de serem suprimidas. Paula dava os passos que a prudência aconselhava e encontrava na sua fé profunda a coragem de viver tranquila. escreve: «Habituemo-nos a viver dia a dia e pensemos só em fazer diariamente a nossa obrigação, deixando o cuidado de tudo mais a Deus». Tentava inspirar às Irmãs a mesma tranquila e corajosa confiança: «Quanto a nós, escreve, não aconteceu até agora nada de novo. Todos os dias desfilam frades e freiras mandados embora de suas casas. Nós, entretanto, vivemos alegres e tranquilas, e fazemos o pouco que podemos como se fossem tempos normais, sem pensar no que acontecerá a seguir: estamos nas mãos de Deus, estamos portanto muitíssimo bem». «O pouco que podemos» era o serviço que parecia mais necessário  a que era possível lançar mão. Se uma obra esmorecia, tentava outra ali ou noutro lugar. Crianças, adolescentes, jovens, mulheres; para todos se imaginava a melhor abordagem com entusiasmo e tenacidade. Paula escreveu muitas cartas. Era a única maneira de acompanhar as Irmãs do Brasil, de Portugal, das várias casas de Itália. Escrevia geralmente à pressa, cansada, interrompida muitas vezes e nem  sempre podendo reler cartas acabadas à última da hora. Tinha um sonho no coração e diariamente tentava exprimi-lo em palavras para as companheiras, continuamente descobria novas maneiras de o traduzir, á medida que as circunstâncias lhe faziam frente com novos problemas, com, novas necessidades. Recomendava muito a alegria, a calma, o bom senso, Era uma mulher de trabalho e gostava de ver trabalhar com entusiasmo. Recomendava sobretudo a cordialidade, a amizade. Acreditava na eficácia do amor. Mais com o exemplo que com as palavras, ensinou a viver a fé profunda que a iluminava, na aparente banalidade da existência quotidiana, no inesperado de cada momento, na aventura nunca repetida da relação com os outros. Faleceu em Roma, a 11 de Junho de 1882. Um sacerdote, seu contemporâneo, resumiu assim a sua vida: «Conheci muita gente boa e que fazia muito bem, mas nunca vi fazê-lo com tanta simplicidade como Paula Frassinetti». Foi canonizada pelo Papa João Paulo II em 11 de Março de 1984. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic.net/santoral e www-.santiebeati.it

• María Rosa Molas e Vallvé, Santa
Fundadora

María Rosa Molas y Vallvé, Santa

María Rosa Molas y Vallvé, Santa

Fundadora da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação, veio ao mundo em Réus (Espanha), a 24 de Março de 1815. O Santo Padre na homilia da canonização a 11 de Dezembro de 1988, assim retrata a figura da nova Santa: «A existência desta mulher, impregnada de caridade, totalmente entregue ao próximo, é um anúncio profético da misericórdia e da consolação de Deus. Como lemos no livro do profeta Isaías, também Maria Rosa contempla “as tristezas e as angústias” do seu povo e faz próprias as suas esperanças, anunciando com o testemunho da sua vida que Deus é Pai, “o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação(2 Cor 1, 3). Com efeito, “o mundo dos homens só se poderá tornar cada vez mais humano se introduzirmos no quadro multiforme das relações interpessoais e sociais, juntamente com a justiça, aqueleamor misericordiosoque constitui a mensagem messiânica do Evangelho “ (Dives in misericordia, 14). A nova Santa descobre e acolhe, vive e transmite às suas Filhas esta vocação, Fá-lo a partir da consciência da sua própria pequenez e a partir duma confiança ilimitada no Pai: “Não desconfiemos do amor de Deus. Embora sejamos insignificantes, podemos ser instrumentos da sua misericórdia”, diz às suas Filhas. Sabe que também ela tem necessidade da misericórdia e repete: “O Misericordioso faz bem a si mesmo” porque quem faz misericórdia recebe misericórdia. A vida de Maria Rosa, transcorrida a praticar o bem, traduz-se para o homem do seu tempo e para o homem de hoje numa mensagem de conforto e de esperança… Dizem as testemunhas que a conheceram que “da sua caridade não é possível formar uma ideia cabal”. Era, o seu, um amor que libertava da ignorância, da solidão, do pecado, do desespero. Um amor que se tornava solicitude materna para com o homem, o ancião, o órfão, o jovem, o enfermo, para com todo o homem: encarcerado ou moribundo num lazareto, marginalizado ou desorientado, sempre necessitado de conhecer e de experimentar a misericórdia do Pai. A nossa Santa consolava “olhando para Jesus Cristo” e dando a conhecer Jesus Cristo como manancial de toda a consolação (Regra das Irmãs da Consolação, nº 4…). Ela teve o carisma de ser instrumento de reconciliação e de promoção espiritual e humana. É bem conhecido aquele episódio da sua vida em que, acompanhado a Irmã Estivil, atravessou a linha de fogo para suplicar que cessasse a luta durante um ataque à cidade de Reus, em 1843». A Congregação fundada por ela foi crescendo rapidamente. À sua morte, a 11 de Junho de 1876, contava já 17 casas. L’OSS. ROM. 18.12.1988; DIP 5, 1655. Do Livro Santos de cada dia, de WWW.JESUITAS.PT Ver também, HTTP://ES.CASTHOLIC.NET/SANTORAL  E WWW.SANTIEBEATI.IT

BEATA MARIA DO SAGRADO CORAÇÃO

Fundadora (1844-1910)

Beata Maria del Sacro Cuore di Gesú (Maria Schininá Arezzo)

O seu nome de família é Maria Schininá Arezzo. Foi a quinta de seis filhos dos <barões de S. Filipe e do Monte”. Nasceu em Ragusa, na Itália, a 10 de Abril de 1844. Teve por preceptor na casa paterna um padre de grande virtude. Aos seis anos recebeu o sacramento do Crisma e aos sete fez a primeira Comunhão. Em criança comungava duas vezes por mês e na adolescência de oito em oito dias. Apesar de tão bons princípios, a jovem deixou-se arrastar pelas vaidades do mundo. Todavia, não largou as práticas de piedade nem interrompeu os actos de caridade. Com admiração de todos, recusou vários pretendentes ao matrimónio. Aos 22 anos perdeu o pai. Esta morte repentina afligiu-a vivamente, mas nem por isso se apartou das vaidades mundanas. Quando, porém, atingiu os 30 anos, inexplicavelmente mudou de vida. Passou a assistir diariamente à santa missa, comungar com frequência, visitar e socorrer os pobres e doentes, e ir à Igreja para fazer companhia a Jesus Sacramentado. Vestia-se com modéstia e ensinava o catecismo ás crianças. Tornou-se apóstola fervorosa da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora do Rosário. Começou a sentir atracão pela vida consagrada no mosteiro de clausura de Malta, mas o pároco aconselhou-a a ficar com a mãe, já idosa e a cuidar dela. Em 1884 morreu-lhe a progenitora e veio-lhe de novo o pensamento de se retirar para o mosteiro, mas desta vez foi o Arcebispo de Siracusa que a persuadiu a ficar na terra e fundar ali um Instituto religioso que se dedicasse a obras de caridade. Ela acedeu e a partir do ano seguinte logrou juntar algumas companheiras, que sem empenharam com ela na instrução e educação da juventude, na protecção aos órfãos e na assistência aos idosos e doentes. A 9 de Maio de 1889, o próprio Arcebispo presidiu à Eucaristia em que a Serva de Deus e cinco companheiras fizeram os votos de pobreza, castidade e obediência, tomando o nome de Irmãs do Sagrado Coração de Jesus. Como sempre acontece, os começos do Instituto foram difíceis. A hábil Fundadora superou todos os vexames e adversidades. Costumava dizer: «Tudo posso n’Aquele que me dá força» (Fil 4, 13). A sua caridade foi sem limites. estendeu-se não só aos pobres e doentes, mas também aos presos. Para poder socorrer todos os necessitados, não se envergonhou de pedir esmolas de porta em porta, o que para ela, que havia sido rica, significava um acto de humildade fora do vulgar. Interessou-se não apenas pelos carenciados de bens materiais, mas também pelos que precisavam de auxilio espiritual, como eram os que se achavam em perigo de perder a fé. Todos os anos punha particular empenho para que os operários recebessem os sacramentos da confissão e comunhão. Assim viveu a Serva de Deus até à morte, que ocorreu a 11 de Junho de 1910. As suas virtudes heroicas foram oficialmente reconhecidas a 13 de Maio de 1989. Tendo sido aprovado um milagre atribuído à sua intercessão, foi beatificada no dia 4 de Novembro de 1990, por João Paulo II, que na homilia da Missa assim se exprimiu: «O caminho espiritual da Beata Maria Schininá do Sagrado Coração partiu da penetração profunda do amor de Deus, como se revela no símbolo do Coração de Jesus; para corresponder a este amor, ela acentuou na sua espiritualidade a contemplação, a adoração e a reparação. Desgostosa do luxo e das cerimónias fúteis do seu nobre palácio, iniciou uma vida totalmente dedicada ao serviço dos pobres, a exemplo de Jesus, que no seu amor pelos homens se fez bom samaritano de toda a enfermidade humana. Os pobres, para a Beata, eram os doentes e os anciãos, os ignorantes, os necessitados de instrução, os trabalhadores nas minas de betume e de enxofre, os quais não conheciam Deus e precisavam de catecismo, os prisioneiros, aos quais a Beata pregava cursos de exercícios espirituais por ocasião da Páscoa; as pecadoras públicas, que mais do que nunca se mostravam sensíveis às suas iniciativas de caridade…» AAS 67 (1975) 396-9; DIP 8, 1058; 8, 339; L’OSS. ROM. 11.11.1990. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt . Ver também www.es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it

• Estevão Bandelli, Beato
Dominicano

Esteban Bandelli, Beato

Esteban Bandelli, Beato

Este apóstolo eloquente e zeloso, de tal modo que se lhe chamou um novo Paulo, nasceu no ano 1369 em Castelnuovo Scrivia, perto de Alexandria (Itália) e tomou o hábito da Ordem em Piacenza. Ensinou filosofia e teologia na universidade de Pavia, mas sobressaiu principalmente na pregação e no ministério da confissão. Muitos pecadores se converteram por sua pregação. Morreu aos oitenta e um anos no dia 11 de Junho de 1450 em Saluzzo, cidade que depois de sua morte livrou de um grande assédio, e seu corpo se venera ali na igreja de São João Baptista.  Seu culto foi confirmado por Pío IX em 21 de Fevereiro de 1856.

• Inácio Maloyan, Beato
Bispo e Mártir

Ignacio Maloyan, Beato

Ignacio Maloyan, Beato

Estrela e mais 27 mártires

Martirológio Romano: Na aldeia de Kara-Kenpru, perto de Amida, na Turquia, beato Ignacio Maloyan, bispo de Mardin, na Arménia, e mártir durante o genocídio dos cristãos daquela região por obra dos perseguidores da fé. Por não haver querido abraçar outra religião, depois de haver consagrado o pão para a refeição espiritual de seus companheiros de cativeiro, foi fuzilado junto com um ingente número de cristãos, oferecendo seu sangue para obter o fruto da paz (1915). Ignacio Maloyan (Shoukrallah), filho de Melkon e Faridé, nasceu em 1869, em Mardin, Turquia. Seu pároco, notou nele indícios de uma vocação sacerdotal, pelo que o enviou ao convento de Bzommar, Líbano; tinha catorze anos.  Después de terminar sus estudios superiores en 1896, el día dedicado al Sagrado Corazón de Jesús, fue ordenado sacerdote en la Iglesia del convento de Bzommar, pasó a ser miembro del Instituto de Bzommar y adoptó el nombre de Ignacio en memoria del famoso mártir de Antioquía.  Durante los años 1897-1910, el padre Ignacio fue nombrado párroco en Alejandría y El Cairo, donde su buena reputación se propagó rapidamente. El Patriarca Boghos Bedros XII lo nombró como su asistente en 1904. A causa de una enfermedad que afectó sus ojos y una asfixiante dificultad para respirar, regresó a Egipto y permaneció allí hasta 1910. La Diócesis de Mardin estaba en un estado de anarquía, por lo que el Patriarca Sabbaghian envió al Padre Ignacio Maloyan para restablecer el orden. El 22 de octubre de 1911, los Obispos del Sínodo reunido en Roma eligen al Padre Ignacio como Arzobispo de Mardin. Él se hizo cargo de sus nuevas funciones y planeó la renovación de su destrozada Diócesis, fomentando especialmente la devoción al Sagrado Corazón. Lamentablemente, tras el estallido de la Primera Guerra Mundial, los armenios residentes en Turquía (que fueron aliados de Alemania) comenzaron a soportar sufrimientos inenarrables. De hecho, el 24 de abril de 1915 marcó el comienzo de una verdadera campaña de exterminio. El 30 de abril de 1915, los soldados turcos rodearon el Obispado Católico Armenio y las iglesias en Mardin, bajo el argumento de que eran escondites para armas. A principios de mayo, se reunieron el Obispo y sus sacerdotes, él les informó de la situación peligrosa que se veía venir. El 3 de junio de 1915, soldados turcos se llevaron al Obispo Maloyan arrastrado con cadenas a los tribunales con otras veintisiete personalidades católicas armenias. Al día siguiente, veinticinco sacerdotes y ochocientos sesenta y dos creyentes estaban encadenados. Durante el juicio, el jefe de la policía, Mamdooh Bek, pidió al Obispo convertirse al Islam. El obispo respondió que él nunca traicionaría a Cristo y su Iglesia. El buen pastor le dijo que estaba dispuesto a sufrir todo tipo de malos tratos e incluso la muerte y en esta estaría su felicidad. Mamdooh Bek le golpeó en la cabeza con la parte trasera de su pistola y ordenó que le pusieran tras las rejas. Los soldados le encadenaron los pies y las manos, lo arrojaron sobre el suelo y le golpearon sin piedad. Con cada golpe, al Obispo se le escuchó decir "Oh Señor, ten piedad de mí, oh Señor, dame fuerza", y pidió a los sacerdotes presentes la absolución. Por eso, los soldados volvieron a golpearle y le arrancaron las uñas de los pies. El 9 de junio, su madre lo visitó y lloró por su estado. Pero el valiente Obispo la alentó. Al día siguiente, los soldados reunieron cuatrocientos cuarenta y siete armenios y los subieron en camiones. El comvoy militar tomó la ruta del desierto. El Obispo alentó a sus feligreses a permanecer firmes en su fe. Luego, se arrodillaron y el oró a Dios que los ayude a aceptar el martirio con paciencia y coraje. Los sacerdotes concedieron a los creyentes la absolución. El Obispo tomó un trozo de pan, lo bendijo, recitó las palabras de la Eucaristía y lo dio a sus sacerdotes para distribuir entre la población. Uno de los soldados, testigo ocular, relató esta escena: "A esa hora, vi una nube que cubría a los prisioneros y de todos lados se emitía un aroma perfunado. Había una mirada de alegría y serenidad en sus rostros". Como todos los que van a morir por amor a Jesús. Después de dos horas a pie, hambrientos, desnudos y encadenados, los soldados atacaron a los presos y los mataron ante los ojos del Obispo. Luego de la matanza llegó el turno del obispo Maloyan. Mamdooh Bek pidió entonces Maloyan de nuevo a convertirse al Islam. El soldado de Cristo contestó: "Yo he dicho que voy a vivir y morir por la causa de mi fe y la religión. Me enorgullezco en la cruz de mi Dios y Señor". Mamdooh se enfadó mucho, le apuntó con su pistola y disparó a Maloyan. Antes que él respirara su último aliento gritó en voz alta: "Dios mío, ten piedad de mí; en tus manos encomiendo mi espíritu". Foi beatificado em 7 de Outubro de 2001 por Sua santidade João Paulo II Se tiverem informação relevante para a canonização do Beato Ignacio, contacte a: Patriarcat Arménien-Catholique  Rue de l’Hopital Orthodoxe  Jeitaoui  2400 Beyrouth, LEBANON  - ou - Institut du Clergé Patriarcal de Bzommar  5081 Bzommar, LEBANON

• Iolanda de Polónia, Beata
Duquesa

Yolanda de Polonia, Beata

Yolanda de Polónia, Beata

Seu culto foi aprovado por León XII el 26 de Setembro de 1827. Yolanda, princesa de Polónia, nasceu em 1235, filha de Bela IV rei de Hungría e de María Lascaris, da casa imperial grega. Foi irmã de Cunegunda, venerada também como santa. Também seu pai era Terceiro franciscano. Sua família fundava suas raízes na santidade de Santa Edviges, Santo Esteban rei e São Ladislau. Lateralmente estava aparentada con Santa Margarita, rainha de Suécia. Sendo ainda menina, Yolanda foi encomendada a sua irmã Cunegunda, que se havia casado com o rei de Polónia, em tudo digno de sua esposa, tanto que era chamado Boleslao o Casto. Yolanda ao crescer também encontrou esposo no país adoptivo de sua irmã. Era outro Boleslao, duque de Kalisz, chamado Boleslao o Pío. Assim a filha do rei de Hungría, que havia crescido na Boémia e desposada com um nobre polaco, foi considerada e amada ali como em sua própria pátria. O reinado de Yolanda e Boleslao não teve longa duração. Cedo morreu o esposo de Yolanda. Ela havia tido três filhas: colocou duas com digno matrimónio, e junto com a terceira filha, que aspirava à vida religiosa, se retirou entre as clarissas de Sandeck. Naquele modesto convento vivia já sua irmã, a viúva rainha Cunegunda, fundadora do mesmo. O silêncio do claustro escondeu assim por muitos anos las virtudes de las tres mujeres, excepcionales por nacimiento y por vocación. En 1292 murió Cunegunda. Yolanda, para huir a las incursiones de los bárbaros, dejó aquel monasterio y pasó a otro más al occidente, el convento de las clarisas de Gniezno. Era un convento fundado por su esposo Boleslao el Pío, sin pensar él que más tarde su propia esposa se ocultaría entre aquellas hijas de Santa Clara bajo el hábito franciscano. A pesar de ser la superiora, actuaba como si fuera inferior a todas: practicó intensamente las virtudes cristianas y religiosas, especialmente la humildad, la oración y la meditación de la pasión de Cristo. Se dice inclusive que tuvo revelaciones y apariciones de Jesús crucificado. Supo conducir a sus co-hermanas por la vida de las más heroicas virtudes, precediéndolas en la práctica de la penitencia y de la contemplación con una generosidad constante que era alimentada por la meditación diaria de la Pasión de Cristo. El Esposo celestial la recompensó apareciéndosele varias veces y embriagándola con las delicias de su amor. La soledad no le impidió ocuparse de los pobres, a quienes daba alegremente alimento y generosas ofrendas. En 1298 enfermó gravemente y predijo la hora de su muerte. Mientras sus cohermanas lloraban alrededor de su lecho de enferma, las exhortó a la fidelidad en la observancia de la regla y a la perseverancia en el desprecio de las cosas terrenas. Luego habló con ellas de la magnífica recompensa que la esperaba en el cielo. Fortalecida con los últimos sacramentos, se durmió dulcemente en el Señor. Era el 11 de junio de 1298. Tenía 63 años de edad.

• Alicia de Schaerbeek, Santa
Virgem

Alicia de Schaerbeek, Santa

Alicia de Schaerbeek, Santa

No mosteiro de La Camabre, perto de Bruxelas, em Brabante, santa Alicia ou Alaide, virgem, da Ordem Cisterciense, que aos vinte e dois anos de idade adoeceu de lepra e se viu obrigada a viver como reclusa. No final de sua vida viu-se privada da vista, de modo que nem um só membro de seu corpo estivesse são, excepto sua língua para cantar os louvores de Deus.

http://es.catholic.net/santoral e www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução incompleta, de espanhol para português, por António Fonseca

93710 > Santi 3 Martiri Mercedari di Damietta 11 giugno

Santi 3 Martiri Mercedari di Damietta 
56840 > Sant' Aleide di Schaerbeek Vergine 11 giugno MR

Aleide di Schaerbeek 
56830 > San Bardone (Bardo) di Magonza Vescovo 11 giugno MR

Bardone (Bardo) di Magonza 
23350 > San Barnaba Apostolo 11 giugno - Memoria MR

Barnabé (ou Barnaba) 
90159 > San Giovanni da San Facondo Gonzalez de Castrillo Sacerdote eremita agostiniano 11 giugno MR

Giovanni da San Facundo Gonzalez de Castrillo 
90336 > Beato Ignazio (Choukrallah) Maloyan Vescovo e martire 11 giugno MR

Beato Ignazio (Choukrallah) Maloyan   27 mártires 
90383 > Beata Iolanda di Polonia Badessa 11 giugno MR

Beata Iolanda di Polonia 
91055 > Beata Maria del Sacro Cuore di Gesù (Maria Schininà Arezzo) Fondatrice 11 giugno MR

Beata Maria del Sacro Cuore di Gesú (Maria Schininà Arezzo) 
91617 > Santa Maria Rosa Molas y Vallvè Fondatrice 11 giugno MR

Maria Rosa Molas y Vallvè
91854 > San Massimo di Napoli Vescovo e martire 11 giugno MR

Massimo di Napoli
33300 > Santa Paola Frassinetti Vergine 11 giugno MR

Paola Frassinetti
92682 > San Parisio (108 anos) Sacerdote camaldolese 11 giugno MR

Parísio (108 anos) 
56820 > San Remberto Vescovo di Amburgo e Brema 11 giugno MR

Remberto 
90781 > Beato Stefano Bandelli Domenicano 11 giugno MR

Beato Stefano Bandelli 

Sites: www.es.catholic.net/santoral  -   www.santiebeati.it  -  www.jesuitas.pt

Compilação e tradução incompleta por

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...