sexta-feira, 1 de julho de 2011

Nº 967 - (182) - 1 DE JULHO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

51 SANTOS E BEATOS

Nº 967

NOTA PRÉVIA  -  Curiosamente, foi precisamente há um ano (1-7-2010) que iniciei com carácter mais quotidiano, ou seja, com publicação diária, a apresentar nomes de santos indicados em www.santiebeati.it que ficaram a acrescer às biografias de todos os Santos e Beatos que vinha recolhendo no site www.es.catholic.net/santoral (ou www.wikipedia.listadesantos.com, eventualmente e do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt, isto além de outros sites que uma vez por outra, eu consulto para esse efeito. Aproveito ainda para inserir parte da Nota que fiz naquela data, dada a sua actualidade… ( Aproveito para esclarecer ainda – principalmente aqueles que só agora visitam a minha página - que tudo o que aparece escrito ou transcrito neste blogue é apenas da minha responsabilidade porque é feito “com muito carinho e dedicação” – diariamente e quase sempre ocupando várias horas, sem qualquer ajuda exterior, por este Vosso Irmão em Cristo Nosso Senhor, Daí, portanto, as falhas que acontecem, as traduções incompletas, “e os amadorismos” etc., etc. Os meus cumprimentos. António Fonseca.

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PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS

Preciosissimo Sangue de Jesus2

«Pregado enfim na Cruz o nosso amoroso e pacientíssimo Jesus, tomaram os algozes a Cruz em peso, e ficou arvorado no Monte Calvário o Estandarte da nossa Redenção com o verdadeiro Crucifixo. Oh que dor! (…) que aflição foi a daquela Humanidade Sagrada neste rigorosíssimo acto! Caiu a Cruz de golpe na cova, que era funda, estremeceu e ficou suspenso o Corpo com todo o peso, e com este abalo de todos os membros e de todas as veias, as quatro fontes de Sangue, que estavam abertas, começaram a correr com maior ímpeto e a regar a terra (…). Correm estas quatro fontes no Monte Calvário, e nele se dividem em quatro rios por todas as quatro partes do mundo, e não há terra que não alcancem; todos (…) temos parte naquele Divino Sangue, (e que fora de nós se não a tivéramos). (…) O fim para que correm estas fontes e estes rios, é para que nossas almas leprosas se lavem, e fiquem limpas da lepra de nossos pecados. (…) Lavai, Cristãos, e cada um lave aquele vício que mais areia a sua alma. Lavem-se nesta fonte de humildade as soberbas; lavem-se nesta fonte de pureza as desonestidades; lavem-se nesta fonte de liberalidade as cobiças e avarezas; lavem-se nesta fonte de caridade os ódios, as invejas, as vinganças; lavem-se nesta fonte de santidade todos os nossos pecados e maldades do Mundo. (…) Quanto mais corre o Sangue, tanto mais enfraquece e se aflige aquele atormentadíssimo Corpo! Oh! que (…) angustiado Vos vejo, meu Jesus! Se o Senhor Se queria firmar sobre o cravo dos pés, lastimavam-se mais os pés; se Se queria suspender sobre os cravos das mãos, rasgavam-se mais as mãos; se Se queria arrimar à Cruz, cravavam-se mais os espinhos. (…) Faltava-Lhe o sangue para o alento, faltava-Lhe o ar para a respiração, e até a terra, que não falta aos bichinhos dela, faltava ao Criador do Céu e da terra…» (Padre António Vieira, Prática espiritual da Crucifixão do Senhor – em Jorge de Vil’Alva, Espírito e Vida, 7, p. 161).

Preciosissimo Sangue de Jesus

O sangue de Jesus deve ser para nós nesta hora o Sangue do Testamento, o penhor da aliança que Deus nos propõe. «Tenhamos, pois, confiança, amados irmãos, nos diz o Apóstolo, e, pelo sangue de Cristo, entremos no Santo dos Santos. Sigamos o caminho novo cujo segredo ser tornou nosso, o caminho vivo que Ele nos traçou através do véu da sua carne. Aproxime-mo-nos com um coração puro, com uma fé viva, mantendo firme a profissão da nossa inquebrantável esperança. Excite-mo-nos todos à porfia, ao crescimento do amor. E que o Deus da paz, que ressuscitou dos mortos Nosso Senhor Jesus Cristo, o grande pastor das ovelhas no sangue da Aliança eterna, vos disponha para operardes em tudo conforme a sua vontade…!»

Esta festa foi instituída por Pio IX, no século XIX, assinalando o restabelecimento do poder papal sobre Roma. Na verdade, em 1848 o Pontífice tinha sido expulso da Cidade Eterna pela revolução triunfante. Mas no ano seguinte via restabelecido o seu poder, através da intervenção militar da França. Entre 28 de Junho e 2 de Julho concluíram-se as operações militares. Pouco depois, um duplo decreto notificava à cidade e aio mundo o reconhecimento do Pontífice e a maneira como ele desejava perpetuar, liturgicamente, a memória de tais acontecimentos. A 10 de Agosto, de Gaeta mesmo, onde se refugiara, Pio IX, antes de retomar o governo dos Estados Pontifícios, dirigia-se ao Chefe Invisível da Igreja e lha consagrava, estabelecendo a festa deste dia e recordando-Lhe que, por esta mesma Igreja, Ele derramara todo o seu Sangue. Pouco depois, já em Roma, o Pontífice dirigia-se a Maria, como em circunstâncias idênticas o tinham feito Pio V e Pio VII, agradecendo a sua intercessão em hora tão difícil e a vitória alcançada no dia da sua Visitação; e estatuía que a festa de 2 de Julho subisse de categoria em todas as Igrejas – prelúdio da definição do dogma da Imaculada Conceição, projetada desde aí pelo Pontífice. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic,.net e www.santiebeati.it

• Aarão, Santo
Irmão de Moisés

Aaron, Santo

Aarão, Santo

Nasceu no Egipto. Moisés escolheu-o para seu colaborador na libertação do povo hebreu do cativeiro. Tomaram ambos o glorioso mas difícil encargo de requerer ao faraó que deixasse sair o povo. Esta distinção ocasionou turbulência em um povo tão propenso à murmuração, como aquele era. Coré, Datã e Abirão rebelaram-se por inveja, e em castigo foram tragados pela terra que se lhes abriu debaixo dos pés. Duzentos e cinquenta homens do partido dos rebeldes, que praticaram a temeridade de oferecer incenso no altar, foram abrasados pelo fogo que dele saiu e, não escarmentando ainda os sediciosos, o fogo do céu rodeou a multidão, devorou mais de 14 000, e talvez os tivera totalmente exterminado, se Aarão, oferecendo incenso, não se houvera interposto entre os mortos e os vivos, para apaziguar a cólera do céu. Foi depois confirmado o sacerdócio de Aarão com novo milagre que pôs termo às murmurações do povo. Mandou Moisés que se encerrassem no tabernáculo as doze varas das doze tribos, concordando todos em que se conferisse o supremo sacerdócio à tribo cuja vara florescesse. No dia seguinte, a de Levi, que era a de Aarão, apareceu coberta de flores e de frutos. Em consequência disso foi o nosso profeta declarado pontífice supremo., Susteve em Hur os braços de Moisés que orava a Deus, enquanto Josué combatia contra os amalecitas. Morreu, depois de impor os ornamentos pontificais a Eleázar, seu filho e sucessor. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it

• Simeão o Louco (Salos), Santo
Monge

Simeón el Loco (Salos), Santo

Simeão o Louco (Salos), Santo

Martirológio Romano: Em Emesa, cidade de Síria, são Simeão, chamado “Salos”, que, impulsionado pelo Espírito Santo, por amor a Cristo ansiou ser tido pelos homens como um tonto e um plebeu. Comemoração também de são João, ermitão, que conviveu durante quase trinta anos con são Simeão, peregrinando com ele e fazendo também a seu lado vida eremítica junto ao Mar Morto.  Reza o refrão castelhano que "cada mestre tem seu livrinho" referindo-se aos modos diversíssimos de ensinar aos demais o que cada um sabe. Logo, a ciência pedagógica se encarrega de propor aos pedagogos a melhor maneira de transmitir o saber em cada uma das matérias, ditando normas e dizendo o que se pode e o que não se pode fazer para conseguir que os alunos aprendam mais e os mestres desperdicem menos sua energia e seu tempo. Inclusive se necessitam títulos, diplomas, cursos bem aproveitados, conhecimentos de técnicas para programar, concretizar objectivos, distribuir por tempos e avaliar os resultados para chegar a ser um excelente mestre e inclusive conseguir um posto de trabalho. Assim temos complicado as coisas hoje. Simeão, como vamos a ver, rompeu os esquemas da pedagogia de todos os tempos. É catalogado como anacoreta e o que cabe esperar-se de tal sujeito é o retiro no deserto, a vida de oração e a ascese da penitência; com tudo isso, o solitário dá testemunho e bom exemplo que estimula ao resto dos mortais crentes a ser menos egoísta, mais piedoso e também melhor disposto a fazer o bem ao próximo com quem convive. Desta maneira viveu trinta anos Simeão, mas deixou de ser anacoreta e converteu-se voluntariamente em Louco. Nasceu em Emesa no ano 522. Aos trinta anos foi para o deserto onde o abade Nicon tinha seus domínios, ajudando a seus monges na entrega e recordando-lhes os compromissos adquiridos. Passados trinta anos de solidão, oração e penitência decide deixar o retiro para se converter em seu povo no estranho louco que entre risos, chistes, choros, brincadeiras, gritos, graças, ameaças, conselhos, conduta de lunático e atitudes de escândalo para os bons, acaba sendo a consciência moral do povo. E é que Simeão não quis ser um santo de cliché, nem de esquema. Nem sequer quis ensinar o Evangelho como mandam os cânones; teve seu estilo e, pondo-o em prática, conseguiu, sendo Louco, falar do Reino. Não é a lenda, a imaginação ou a fábula que nos apresenta sua imagem; é um personagem bem definido na época, na geografia e no modo razoado de actuar do modo menos razoável que se possa pensar; vinte anos depois de morto, o bispo de Chipre, Leôncio, escreveu sua vida e milagres bem provados que lhe contou o diácono João, de Emesa, entre Damasco e Antioquia, que soube ver com os anos a santidade deste Simeão Salos -assim se diz louco em sírio - que se propôs jogar com o mundo e rir-se dele. Começou a sua façanha em Edesa que o viu nascer noutro tempo, arrastando a um cão morto que encontrou numa lixeira próxima, atando-lhe uma pata ao cinto de esparto de seu hábito, correndo e gritando pelo povo e levando atrás de si uma buliçosa nuvem de rapazes que gritavam em uníssono entre risos e piadas perseguindo o monge que se comportava de tal modo o que estranhou tanto aos sérios do povo. No primeiro domingo não faz outra coisa que atirar nozes às velas do altar com o intuito de as apagar, e quando se indignaram o presbítero e seus fregueses, subiu ao púlpito e atirou as que restavam às mulheres piedosas do templo. Voltou as mesas dos vendedores de bolos e doces para a oferenda do culto, conseguindo uma boa confusão. Contratado para vender verduras por um taberneiro, repartiu entre os pobres a mercadoria e disse ao taberneiro que "havia encarregado a Deus para lhe guardar seu dinheiro"; ralhava entre seriedade e risos aos borrachos dizendo-lhes que arruinavam sua vida, enquanto ele bebia um copo de bom vinho; os clientes riem dos seus ditos e se preocupam com suas ridículas máximas de doido pelo que o negócio não diminui ao taberneiro; pensando os donos que talvez não estivesse tão louco o Louco abade, decidiu Simeão inventar outra loucura que lhe evitasse uma possível boa quebra: estando adormecida a dona, entra em seu quarto, começa a despir-se, grita a senhora e roda as escadas até à rua pelos empurrões que lhe proporciona o taberneiro. Vive numa cova, a sujidade e o desalinho são agora sua propriedade, mas passeia pelo povo adornado com ramos de palmeira na cabeça e cachos de uvas e de alhos; assim vai à praça do povo pregando conversão; o Louco, entre risos e saltos, se retorce como um réptil pelo solo, com os punhos cerrados ameaça destruição, para a gente é um cínico e lunático, simples, louco ou bruxo. Para que não fique nenhuma dúvida de sua maldade, as moças perigosas por sua beleza deixa-as com os olhos estrábicos, ainda que as volt guapas de novo se deixam que lhes beije os olhos tortos, permitindo que se lhes aproxime com sua rala e suja barba. Não se sabe como, mas não lhe faltam cinco soldos para organizar mesa e comida para pobres na praça do povo; se alguém pensou que isso era coisas de bons, pergunta às de vida alegre se aceitam sua amizade e assim se vê que é para vício seu dinheiro (talvez falte acrescentar que algumas delas terminaram no convento). Como disseram que não provava bocado na Quaresma, apareceu à saída da Igreja em Quinta-feira Santa devorando - que não comendo - meio cordeiro. Busca ocasiões de infâmia, aceitando a calúnia de uma criada jovem grávida de ser o pai do que leva em seu seio; à hora do parto confessou a pobrezinha a sua senhora a mentira, descobrindo a estratégia do Louco que a cuidou com esmero todo o tempo de gravidez, como se fosse verdade ser ele o pai. ¿Por que o santo decidiu ser Salos (Louco) deixando de ser cordato? Quando era anacoreta, se acostumou à pobreza, não lhe custava ser casto, lhe importava pouco a solidão, não sentia falta de sono, o trabalho era normal, comer ervas cozidas não tinha mais interesse, o calor, o frio e a penitência dura não o metiam na cama. Tudo era pouco por Cristo; Ele merecia mais do que isso. Mas a soberba, o amor próprio, o orgulho, a fama era outro conto; que o disseram "santo" lhe dava gozo e que o chamaram "penitente observante" lhe trazia consolo; sim, de noviço, de professo, de asceta consagrado... sempre tinha serpeando a soberbia enredada em seu corpo. Amando a Deus tanto, pensou que era preciso rir-se de si, do mundo e chegar ao desprezo. A loucura era bom recurso para limpar o deserto do orgulho que sob a capa de santo se pode encerrar no anacoreta de seu tempo, porque parecia tentar bater records de fome e querer superar marcas de penitências anteriores. Para fazer o bem, sem perigo de que o chamassem "bom", a loucura foi o remédio certo; assim podia aparecer como frívolo, mau, pecador, tonto, néscio, Louco ou Salos que é o mesmo. Sim, além disso, a Deus lhe gostou o trabalho de seu bufão risonho, profeta, taumaturgo, excêntrico escandaloso, palhaço que rompia a avareza tesa dos crentes premiando-o com milagres ¿que "mas" poderemos pôr ao método pedagógico de Simeão Salos?

• Ester, Santa
Rainha de Pérsia

Ester, Santa

Ester, Santa

Etimologicamente significa “estrela”. Vem da língua persa. O livro de Ester contém uma das mais emocionantes cenas da História Sagrada. Havendo o rei Assuero (Jerjes) repudiado a rainha Vasti, a judia Ester veio a ser sua esposa e rainha de Pérsia. Ela, confiada em Deus e sobrepondo-se à sua debilidade, intercedeu por seu povo quando o primeiro ministro Amã concebeu o projecto de exterminar a todos os judeus, começando por Mardoqueo, pai adoptivo de Ester. Num banquete, Ester descobriu ao rei sua nacionalidade hebraica e pediu protecção para si e para os seus contra seu perseguidor Amã. O rei concedeu o pedido: Amã foi pendurado no mesmo patíbulo que havia preparado para Mardoqueo, e o povo judeu foi autorizado a vingar-se de seus inimigos no mesmo dia em que segundo o édito de Amã, devia ser aniquilado no reino dos persas. Em memória deste feliz acontecimento os judeus instituíram a festa de Purim (Festa das Sortes). O texto masorético que hoje temos na Bíblia hebraica, só contém 10 capítulos, e é mais curto que o originário, devido a que a Sinagoga omitiu certas passagens religiosas, quando a festa de Purim, em que se lia este livro ao povo, tomou carácter mundano. São Jerónimo acrescentou os últimos capítulos (10, 4-16, 24), que contêm os pedaços que se encontram na versão grega de Teodoción, mas faltam na forma actual do texto hebraico. O carácter histórico do livro sempre há sido reconhecido, tanto pela tradição judaica, como pela cristã. Um facto manifesto nos mostra a historicidade do livro, e é a existência da mencionada festa de Purim, que os judeus celebram ainda em nossos dias. Sem embargo, hão surgido não poucos exegetas, sobretudo acatólicos, que relegam o livro de à categoria dos livros didáticos ou lhe atribuem somente um carácter histórico no sentido lato. É este um ponto que deve estudar-se à luz das normas traçadas na Encíclica "Divino Afflante Spiritu". Até se aclarar a questão damos preferência à opinião tradicional. Enquanto ao tempo da composição se decidem alguns pela época de Jerjes I (485-465 a. C.), outros pelo tempo dos Macabeos. A canonicidade do livro de Ester está bem assegurada. O Concilio de Trento há definido também a canonicidade da segunda parte do livro de Ester (cap. 10, vers. 4 a cap. 16, vers. 24), enquanto os judeus e protestantes conservam somente a primeira parte em seu Canon de livros sagrados. Os santos Padres vêem em Ester, que intercedeu por seu povo, uma figura da Santíssima Virgem María, auxilium christianorum. O que Ester foi para seu povo por disposição de Deus, o é María para o povo cristão.

• Casto e Secundino, Santos
Mártires

Casto y Secundino, Santos

Casto e Secundino, Santos

Etimologicamente significam “puro e segundo”. Vêm da língua latina. Bispos e mártires do século III. Não figurava nenhum santo depois da reforma litúrgica, em que desapareceu a festa do Precioso Sangue de Jesús, instituída no ano 1849 por Pío X.  Na história do cristianismo encontramos, por sua vez, a figura de dois mártires de época desconhecida, recordados neste dia antes de que se levasse a cabo a reforma litúrgica e que eram de memória obrigatória neste dia. Entre Gaza e Pozzuoli, limites do Lazio, existia uma colona romana com o nome de Sinuesa. Hoje restam daqueles restos de civilização a cidade de Mondragone na província de Caserta. Hoje é famoso Mondragone por ser o centro balneário de águas termais sulfurosas, empregadas para curar enfermidades da pele e artrite. Se construiu esta cidade no ano 1500 pelo Papa Gregório XIII. Casto e Secundino são dois mártires daquela antiga Sinuesa e hoje o são da moderna Mondragone. São santos muito amados e venerados. Seu culto se estendeu inclusive a regiões e cidades muito longínquas. Não há nada seguro acerca destes personagens. Isso sim, existem as Actas de seu martírio. Possivelmente não eram originários de Sinuesa, mas sim que sua devoção tenha chegado do ultramar, de África, em concreto. O certo é que são dois grandes mártires locais e aos que há muita devoção. ¡Felicidades a quem leve estes nomes!  Comentários a P. Felipe Santos: al Santoral">al Santoral">al Santoral">al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

• Oliverio Plunkett, Santo
Bispo e Mártir

Oliverio Plunkett, Santo

Oliverio Plunkett, Santo

Martirológio Romano: Em Londres, santo Oliverio Plunkett, bispo de Armagh e mártir, que em tempo do rei Carlos II, falsamente acusado de traição, foi condenado à pena capital, e ante o patíbulo, que rodeava uma multidão depois de perdoar a seus inimigos, confessou com grande firmeza a fé católica (1681). Etimologicamente: Oliverio = Aquele que traz a paz, é de origem latino. Houve uma época na história de Irlanda que se caracterizou por uma sanhuda perseguição religiosa. Como toda a perseguição organizada, esta da história irlandesa tem um nome, um tirano e um mártir. O nome é "época penal"; o tirano, Oliver Cromwell, e o mártir, Oliverio Plunket. Isto não quer dizer que não houve outros perseguidores nem outros mártires. Estes se contam em milhares. A história religiosa de Irlanda, que já no século XI continha em seus três martirológios mil oitocentos santos, apresenta, a partir de então, uma plêiade de defensores da fé que dão sua vida generosamente pela religião católica. Um facto evidente e um fenómeno extraordinário na vida de um povo pouco numeroso. Enquanto os perseguidores triunfam na ordem política, militar e económica, fracassam em seu intento de arrebatar a fé católica ao povo subjugado. A população da "ilha dos santos" perde quase quatro milhões de habitantes por causa da perseguição, mas esta contribuí para que uma nação insignificante, que na atualidade não alcança os quatro milhões dentro de seu território, haja lançado a outros países, como Norte América, mais de doze milhões de católicos que estão semeando seu espírito e sua psicologia em outros povos jovens de grandes perspectivas no porvir. Era preciso apresentar este quadro geral numas rápidas pinceladas para situar em seu justo ponto a figura do arcebispo de Armagh decapitado. Um personagem histórico não pode considerar-se independente de seu marco e de sua época. Perde talha. Um mártir é sempre um herói da fé, mas, quando esse mártir representa uma situação histórica, é, além disso, um símbolo. Esta é a mais saliente característica de Santo Oliverio Plunket. É um símbolo.
Um símbolo da unidade religiosa do povo irlandês, que não tolera a ruptura do cristianismo, iniciada na Alemanha por Lutero e consumada em Inglaterra por Enrique VIII. Um símbolo de lealdade à Igreja de Roma. Um símbolo de constância até à morte.
Durante a "época penal" as leis são ominosas. Se necessitaria de muito mais espaço de que dispomos somente para dar uma ideia do que foram as "leis penais". Os católicos não tinham direito à cultura nem aos cargos públicos. Não havia acesso à universidade ou aos centros educativos. Não se podia falar o idioma próprio. Não se podia ter possessões. Somente quando a perseguição amaina se tolera que um católico possua um cavalo, na condição de que seu valor não exceda as cinco libras. Se persegue aos clérigos, se calúnia aos bispos, se destroem povos inteiros... Se trata de fazer da população católica um grupo de ignorantes empobrecidos. O lema de Cromwell é este: "Os católicos, a Connor ou... ao inferno". Connor era a parte mais pobre do país, onde a gente morria de miséria e de fome. Ainda no mesmo século XVII podem encontrar-se factos como a matança do padre John Murphy (que, por certo, estudou sua carreira sacerdotal na actual Casa da Santa Caridade, de Sevilha, então seminário), a quem dividiram em pedaços, oferecendo os restos de sua carne a um vizinho católico "para que os comesse". Um monumento comemorativo se acha actualmente perto de Westford, lugar de seu martírio. É surpreendente que um povo sobreviva indemne depois de uma perseguição de séculos. Se se viaja pelos lugares onde, um dia, estiveram as cristandades paulinas não se encontra nem um supervivente nem um templo. Tudo desapareceu sob a invasão dos turcos e depois da primeira guerra europeia. Somente nas cavernas dos montes se acham, às vezes, restos de antigos mosaicos. Em troca, aqui, na "Ilha Esmeralda", o viajante contempla um povo rejuvenescido depois de séculos de sofrimento. Suas igrejas são esplêndidas, enquanto que as de seus velhos perseguidores estão vazias, obscuras e cheias de pó. Não importa que estes alardeiem de ter as igrejas "tradicionais" do país. A "Igreja" não é um edifício arrebatado pela força, mas uma fé e uma sociedade perfeita instituída por Cristo. E isso é o que se descobre sobre os jaspes dos templos recentes da católica Irlanda. Quando, em 1828, Daniel O´Connel consegue a emancipação, uma nova vida começa para o catolicismo irlandês. A liberdade dos 26 condados, lograda em 1921, fez possível que a nova geração seja a primeira que experimente a consciência de viver. Mas, como um fundamento desta realidade, na catedral de São Pedro da cidade de Drogheda se conserva, numa urna de cristal, a cabeça incorrupta do último Santo irlandês: Oliverio Plunket. No dia 8 de junho de 1681 chega a Londres o arcebispo de Armagh, removido de sua cadeira, deposto e confinado durante dez meses sem nenhuma classe de juízo ou investigação jurídica e sem possibilidade de obter permissão para comunicar-se com seus amigos ou de buscar testemunhos. O julgamento em Londres é dirigido por Maynard y Jefries contra toda consideração de justiça e em violação flagrante de toda forma legal. Um "agente da Coroa", cujo nome se dá como Gorman, é introduzido "por um desconhecido" na sala ante o tribunal e "voluntariamente" faz de testemunha em favor do réu. O conde de Essex intercede ante o rei em seu favor, mas Carlos responde quase com as mesmas palavras de Pilatos: "Não lhe posso perdoar porque... não me atrevo. Seu sangue caia sobre vossa consciência. Vós o podeis salvar se quiserdes". Somente um quarto de hora de deliberação foi preciso para que o jurado desse o veredicto: Condena-se a ser enforcado e esquartejado no día 1 de julho de 1681. O mártir somente pronunciou duas palavras ante esta sentença: "Deo gratias". Há um facto estranho, como todos os acontecimentos providenciais da história. Oito anos mais tarde, no mesmo dia exato em que Santo Oliverio Plunket havia sido decapitado, o último dos reis Estuardos era lançado de seu trono e sua dinastia eliminada para sempre. A acusação urdida contra o Santo era esta: Manter correspondência "traidora" com Roma e com França, e também com os irlandeses do Continente; preparar uma insurreição em Armagh, Monagham, Cavan, Louth e outros condados, organizar em Carlingford o recebimento de forças francesas e haver dirigido várias reuniões para levantar homens com estes propósitos. Poderia facilmente fazer-se uma defesa histórica frente a estes cargos, mas não é da incumbência desta obra. A semelhança com a perseguição e condenação de hierarcas da Igreja em nossos mesmos tempos pode ser uma ilustração da identidade de métodos empregados pelos perseguidores da fé quando tratam de os acusar sob pretextos económicos ou políticos. Eis aqui alguns parágrafos tomados do julgamento celebrado contra ele: O juiz: "Considerai, senhor Plunket que haveis sido acusado do mais grave crime: a traição". E continua: "Estais mantendo vossa falsa religião, que é dez vezes pior que todas as superstições". O Santo responde: "Meus princípios religiosos são tais que o mesmo Deus todo-poderoso não me pode dispensar deles". O juiz conclui: "Vejo com desgosto que persistis em professar os princípios dessa religião". O delito de traição não era mais que um pretexto, como se vê, para condenar o primado de Irlanda pela defesa da fé católica. O juiz insiste: "Se vos aconselha que tenhais algum ministro para os atender, algum ministro protestante". Por fim ante a insistência do Santo, é autorizado a receber os auxílios de algum sacerdote católico dos que estão encerrados na prisão e ele faz esta última declaração: "Posto que sou um homem morto a este mundo e posto que espero misericórdia no outro, quero declarar que Jamais fui culpável de traição nem de nenhum dos cargos que me fizeram, como sua senhoria saberá algum día". Apesar de sua confissão foi sentenciado a morte. O efeito desta sentença foi tal que uma torrente de pessoas, católicos e protestantes, se juntou ante sua cela pedindo sua bênção ou admirando seu heroísmo. Até altas personalidades do protestantismo declararam que "Inglaterra ia voltar cedo a ser "papista" se o Governo persistia em condenar a morte a pessoas de tanta constância". De una carta escrita por el mártir en su celda de muerte tomamos estas edificantes líneas: "Se ha dictado contra mí sentencia de muerte. Los que me perseguían han conseguido su intento. Como San Esteban quiero clamar: "Señor, no les imputes este pecado". Y de otra carta escrita en aquellos mismos momentos: "Siento la responsabilidad de ser el primer irlandés y tener que dar ejemplo de morir sin temor. Pero veo que Nuestro Redentor sintió temor y tristeza ante la muerte y me pregunto por qué yo no la siento. Es que Cristo, con su pasión, mereció para mí el no tenerla ante mi muerte". Las últimas líneas que escribió a vuelapluma en una breve nota fueron éstas: "Se me ha comunicado que mañana seré ejecutado. Estoy contento de que sea en viernes y en la octava de San Juan, y de que se me haya concedido el tener un sacerdote en esa última hora". Desde que en 1533 Enrique VIII separó la iglesia de Inglaterra de la unidad de Roma hasta este momento de 1681, habían pasado muchos años de odios y persecuciones a los defensores de la fe católica. Después de la ejecución de Carlos I en 1649, y durante los años de Cromwell, de 1653 a 1659, la persecución de los católicos irlandeses fue intensa hasta el exterminio. El reinado de Carlos II —a partir de 1675— se caracterizó por la debilidad y la indecisión. Las diferencias de fechas históricas sobre la vida de San Plunket deben explicarse por la oposición de Inglaterra a adoptar las reformas del calendario gregoriano. Mientras que casi toda Europa las había aceptado desde 1582, todavía en 1681 Inglaterra vivía diez días retrasada, y al mismo sol que en Roma señalaba el amanecer del 11 de julio marcaba, media hora después, en Londres, el día primero. Hasta en estos pormenores aparecía el exceso de nacionalismo religioso y anglicano del siglo XVII. Ya, desde el cadalso, Oliverio Plunket leyó su último sermón, que le había costado muchas horas de meditación, y el texto fue entregado al embajador de España en Londres, quien lo hizo imprimir y traducir a varios idiomas confirmando su fidelidad. Después de una fervorosa oración, en la que de nuevo perdonó a sus acusadores, murió con la paciencia y constancia de los mártires. La persecución se hizo tan violenta que no fue posible protestar públicamente por la injusticia de su degollación. Pero sus restos fueron recogidos y venerados inmediatamente, y Roma envió al superior de los franciscanos irlandeses una orden de la Sagrada Congregación de Propaganda en que se excomulgaba a dos religiosos apóstatas, McMoyer y Duffy, que habían tenido parte en la acusación del arzobispo de Armagh. El 23 de mayo de 1920 fue beatificado y en el mismo corazón de Londres una fervorosa procesión de católicos honró su memoria. Comenzar la vida de un mártir por el relato de su martirio no es ninguna infidelidad histórica, porque teológicamente el martirio es suficiente prueba de la heroicidad de las virtudes. Oliverio Plunket era hijo de una noble familia avecindada en el condado irlandés de Meath. Allí nació, en 1629, en la localidad de Loughcrew. Su madre pertenecía a la nobleza de Roscommon y su padre a la de Fingall. Su infancia se desarrolló en un ambiente de luchas y persecuciones y entre escenas de matanzas y feroces batallas. De Irlanda pasó a Roma, en donde vivió durante ocho años estudiando filosofía, teología y derecho civil y eclesiástico, siendo uno de los primeros alumnos del Colegio Irlandés en Roma "Ludovisi" y uno de los primeros irlandeses en la universidad romana "La Sapienza". Una vez ordenado de sacerdote continuó en Roma, y el 20 de noviembre de 1669 se anunció en Irlanda que Oliverio Plunket había sido nombrado obispo de Armagh. A pesar de la amnistía que siguió a los años de Cromwell, aún perduraban muchas de las leyes isabelinas. La vida de un sacerdote católico estaba valorada en el mismo precio que la de un lobo, y las cinco libras estipuladas se pagaban, en uno y otro caso, en el momento de la presentación de sus cabezas. En 1649 había veintiséis obispos irlandeses residentes en sus sillas y en 1669 sólo quedaban cinco vivos y otros tres en el destierro. En cuanto se conoció la elección de Oliverio Plunket para obispo de Armagh el virrey, lord Roberts, recibió una comunicación en que se le decía que, si podía hallarlo y apresarlo, habría realizado un "aceptable servicio". Durante algún tiempo pudo acogerse a la hospitalidad de Bélgica, hasta que le fue posible navegar a Londres y de allí a Irlanda, en donde tomó posesión de su silla de Armagh. A la muerte del virrey presbiteriano lord Roberts, su sucesor, lord Berkeley, cambió la política en pacifista y trató incluso con cortesía a algunos miembros del clero. Esto facilitó la labor pastoral del arzobispo de Armagh, que pronto llegó a ser primado al declararse Armagh sede primada de toda Irlanda. Su caridad para con sus sacerdotes y su humildad y modestia se hicieron proverbiales y caracterizaron todo su apostolado y gobierno. Su celo y actividad por la organización de su diócesis fue incansable. Aunque eran muchas las diócesis sufragáneas —en total once—, él consiguió reunir en sínodos a los obispos dependientes de la metrópoli tratándolos como hermanos y no como forasteros. Recorrió su diócesis en visitas pastorales, congregó a sus sacerdotes con afecto de pastor y sencillez de amigo, hablándoles con verdadera veneración y agradeciéndoles sus servicios, y soportó con entereza las injusticias que, en algunos lugares de su diócesis, fueron impuestas contra los católicos aun bajo el moderado virreinato de lord Berkeley. La pobreza y la austeridad presidían la vida del arzobispo. En realidad, los católicos habían quedado empobrecidos. Una de las tácticas de la persecución fue las llamadas "plantaciones" o traídas de protestantes escoceses, que se hacían dueños de las propiedades que antes tuvieron los católicos. Aún en 1672 el arzobispo primado denunciaba el abuso de que los católicos fueran obligados a pagar a los ministros protestantes dos chelines por cada hijo que se bautizaba en una iglesia católica. Su bondad para con sus fieles y sacerdotes se convertía en valentía y tenacidad cuando tenía que defender, frente a las injusticias, los derechos de la verdad y la fe. Conociendo ahora estas virtudes características del primado irlandés y el marco histórico de su vida, es fácil comprender que la persecución haría presa en él sin demasiada dilación. La atmósfera tormentosa y la audacia de su espíritu explican suficientemente por qué fue detenido y apartado de sus fieles. La acusación de felonía y traición, y la sumisión a un tribunal inglés, eran igualmente elementos de la trama urdida contra su fe. Nunca Irlanda consideró legal el traslado del arzobispo a Londres y su juicio por los jurados ingleses. Desde 1495 las leyes inglesas carecían de vigor en Irlanda, a no ser que fueran aprobadas por las decisiones del Parlamento de Dublín, y la disposición de Enrique VIII de someter a los tribunales ingleses a cualquier acusado de traición que viviera en uno de los dominios de la Corona había prescrito ante el uso de los juristas desde que el Parlamento había sustituido a las Cortes. No obstante todo este cúmulo de factores ilegales, Oliverio Plunket fue sacado un día de su diócesis y llevado a Inglaterra para, después de las formalidades acostumbradas por todos los tribunales injustos de la historia, escuchar, de boca del juez inglés, la palabra definitiva: Guilty (¡Culpable!). La misma estratagema e idéntico procedimiento, con especie de legalidad, que un día llevara al sanedrín a proclamar ante el más Justo de los acusados su "Reus est mortis" (Reo es de muerte). Sus dos únicas palabras de respuesta: "Deo gratias" (gracias a Dios) resuenan todavía bajo los arcos de la catedral de Drogheda y su cabeza incorrupta, en parte ennegrecida por las llamas a que fue entregado su cuerpo después de degollado, es el mejor clamor que los siglos han podido conservar para la posteridad. Terminemos con estas palabras tomadas de la declaración de la Sagrada Congregación de Propaganda en el mismo año de 1681: "Las conjuras en Inglaterra pretendieron ser dirigidas contra la vida del rey o como intentos de las conspiraciones irlandesas, pero, en realidad, no había más que una finalidad: atacar el establecimiento de la fe". Oliverio Plunket pasará a la posteridad como un símbolo de constancia en defensa de la fe católica y como una prueba de la voluntad indestructible de un pueblo, tradicionalmente fiel a Roma, por conservar a toda costa su unidad religiosa. Fue canonizado el 12 de octubre de 1975 por el Papa Pablo VI.

• Antonio Rosmini Serbati, Beato
Filósofo e Teólogo

Antonio Rosmini Serbati, Beato

Antonio Rosmini Serbati, Beato

Antonio Rosmini (Rovereto 1797 – Stresa 1855) viveu na primeira metade do século XVII, época de grandes transformações e movimento, no qual foi pessoalmente comprometido Rosmini. Aos 16 anos descobre a vocação do sacerdócio, à qual responde de imediato, apesar da oposição inicial da família. Seu desejo de consagrar-se a Deus encerra também o de servir ao próximo com todos os meios à sua disposição: cultura e bens materiais. Como estudiante de teología en la universidad de Padova era abierto a todas las disciplinas para comprender mejor la problemática del hombre. Invierte su energía de joven en grandes proyectos como por ejemplo la Enciclopedia cristiana, en contraposición a la francesa, y la Sociedad de los Amigos para la animación cristiana de la sociedad. A pesar que estas iniciativas no tuvieron seguimiento, es en este periodo que descubre el principio esencial que guiará de ahora en adelante su conducta. Se ofrece como instrumento a la Providencia para cualquier bien que desee cumplir. Por lo demás Rosmini se sumerge en un compromiso de continua conversión, emprendiendo solo las iniciativas indicadas por la voluntad de Dios por medio de la petición del prójimo. Aqui germina ese servicio de caridad universal, que abraza todo el hombre y se expresa como caridad material, intelectual y espiritual. Guíado por la Providencia, Rosmini realiza una actividad extraordinaria: Además de ser fundador y guía espiritual de dos institutos religiosos, mantiene relaciones de amistad con diferentes clases de personas, sostiene una comunicación espistolar que actualmente forman trece volumenes. Trabaja en un nuevo sistema filosófico.En 1848 trabaja como diplomático del gobierno del Piamonte ante la Santa Sede. A pesar de su absoluta fidelidad al Papa Pío IX, al que siguió en su exilio en Gaeta (1848), las autoridades eclesiásticas, en 1849, pusieron en el «Índice» de los libros prohibidos dos de sus obras. Más tarde, fueron condenadas con el decreto doctrinal «Post Obitum» cuarenta proposiciones suyas, extraídas de obras sobre todo póstumas y de otras editadas en vida. Es elegido como cardenal pero jamás llegó a concretarse este nombramiento. Esta prodijiosa actividad la realiza junto a un largo sufrimiento, vivido con fe heróica. Humillado y perseguido, mantiene intacto su amor a la Iglesia, recibiendo todo como medio necesario para el progreso del Reino de Dios. Con el Concilio Vaticano II el pensamiento de Antonio Rosmini es redescubierto y estudiado. Fue beatificado bajo el pontificado de Su Santidad Benedicto XVI el 18 de noviembre de 2007. Para ver más sobre los pensamientos y obras del beato Antonio Rosmini, haz click AQUI

• Tomás Maxfield, Beato
Sacerdote e Mártir

Tomás Maxfield, Beato

Tomás Maxfield, Beato

Tomás Maxfield nasceu em redor de 1590 em The Mere do condado de Stafford. Seu pai, chamado Guillermo, havia confessado valentemente a fé católica e, quando nasceu Tomás, estava sentenciado a morte por haver dado asilo a vários sacerdotes. Tomás partiu para a missão de Inglaterra em 1615, depois de haver recebido a ordenação sacerdotal. Três meses depois, foi preso em Londres e encarcerado na prisão de Westminster. Ao cabo de oito meses de prisão, Tomás, com a ajuda de um jesuíta que estava também preso, tratou de escapar fugindo pela janela do calabouço. Desgraçadamente, um transeunte deu a voz de alarme aos guardas, que lhe deitaram a mão e "o colocaram debaixo duma mesa com uma cadeia em redor do pescoço, atada a outra cadeia que pesava mais de cem libras ... E nessa incómoda posição o mantiveram até à manhã seguinte". Depois trasladaram-no a um sombrio e pestilento calabouço subterrâneo, com as pernas atadas a uns bancos de madeira, de sorte que não podia pôr-se em pé nem recostar-se bem. Assim esteve desde a madrugada de sexta-feira até domingo pela note. Alguns de seus companheiros de prisão conseguiram fazer-lhe chegar um cobertor, e seu confessor, que era um jesuíta, lhe dirigiu umas palavras de alento através de um buraco do tecto. Segundo o testemunho de dito jesuíta, o mártir não havia perdido o ânimo no absoluto. Conducido ante el tribunal, el P. Maxfield se negó a prestar el juramento de fidelidad al rey en la forma en que los jueces se lo exigían, pero protestó de su lealtad, pues le consideraba como su verdadero y legítimo soberano. Al día siguiente, fue condenado a ser ahorcado, arrastrado y descuartizado por ser sacerdote. El duque de Gondomar, embajador de España, trató en vano de obtener que los jueces perdonasen al mártir o le mitigasen la pena. Al día siguiente, 1º de julio, una multitud más numerosa que de ordinario, acudió a ver al Beato Tomás cuando le trasladaban de la prisión a Tyburn. Muchos siguieron a la comitiva hasta el cadalso; entre ellos, numerosos españoles. Las autoridades se enfurecieron al descubrir que alguien había adornado con guirnaldas de flores y había esparcido en el suelo hojas y yerbas aromáticas. El Beato Tomás habló a la multitud desde la carreta y declaró que había predicado la misma fe en que San Agustín de Canterbury instruyera a sus antepasados, "con el único fin de prestar servicio a las almas de los ingleses". El oficial que dirigía la ejecución, dio al verdugo la orden de cortar la cuerda de la horca rápidamente; pero la multitud exigió que se dejase morir al mártir en la horca para evitarle los horrores del descuartizamiento. Las autoridades tomaron todas las precauciones posibles para impedir que se conservasen reliquias de Tomás Maxfield. A pesar de ello, el embajador español consiguió recuperar algunos restos del mártir y todavía se conserva parte de ellos en la población española de Gondomar y en la localidad inglesa de Downside. El Dr. Kellison publicó una biografía del P. Maxfield el año mismo de su muerte, y al año siguiente, un testigo presencial de la ejecución la relató por escrito. Véanse las publicaciones de la Catholic Record Society, vol. III; MMP., pp. 344-353; DNB., vol. XXVIII; y Downside Review, vol. XXXIV.

• Junípero Serra, Beato
Franciscano

Junípero Serra, Beato

Junípero Serra, Beato

Nascido em Petra (Mallorca) em 24 de Novembro de 1713, Miguel José foi filho de Antonio Serra e Margarita Ferrer, agricultores. Depois do ensino primário nos Franciscanos de Petra, Miguel foi para Palma, a Capital, e ingressou nos Frades Menores em 1730, tomando o nome de Junípero em honra de um dos primeiros seguidores de São Francisco. Ordenado de sacerdote em 1737, Serra foi destinado a ensinar filosofia. Entre seus alunos houve dois que foram seus últimos colaboradores no Novo Mundo, Francisco Palou e Juan Crespí. Após se doutorar em Teologia na Universidade do Beato Ramón Llull em 1742, Serra continuou ensinando filosofia e teologia e adquiriu grande fama como pregador. En 1749, en unión de Palou, partió para el Colegio de San Fernando, en la Ciudad de México. Temiendo comunicar a sus padres su próxima partida, Serra pidió a un fraile compañero suyo que les informara sobre el particular. «Yo quisiera poder infundirles la gran alegría que llena mi corazón», decía. «Si yo pudiera hacer esto, seguro que ellos me instarían a seguir adelante y no retroceder nunca». Les pedía que comprendieran su vocación misionera y prometía recordarlos en la oración. Poco después de su llegada a México, Serra sufrió la picadura de un insecto que le produjo la hinchazón de un pie y una úlcera en la pierna de la que le resultó una cojera para el resto de su vida. Tras unos meses en el Colegio de San Fernando, Serra fue destinado a las misiones de Sierra Gorda al nordeste de la ciudad de México. Allí trabajó durante ocho años, tres de ellos como presidente de las misiones. Llamado a la Ciudad de México, fue maestro de novicios durante nueve años y continuó su predicación en las zonas alrededor de la capital. En 1767 los jesuitas fueron expulsados de México y sus misiones de la Baja California fueron encomendadas al Colegio de San Fernando. Serra fue nombrado presidente de esas misiones, cuya cabecera estaba en la Misión de Loreto. En 1769, la Corona de España decidió colonizar la Alta California (hoy Estado de California en los EE.UU.). Serra fue nombrado nuevamente presidente; supervisó la fundación de las nueve misiones: San Diego (1769), San Carlos Borromeo (1770), San Antonio de Padua (1771), San Gabriel Arcángel (1771), San Luis Obispo (1772), San Francisco de Asís (1776), San Juan de Capistrano (1776). Santa Clara de Asís (1777) y San Buenaventura (1782). En 1773 Junípero fue a la Ciudad de México para entrevistarse con el Virrey Bucarelli y tratar de resolver los problemas que habían surgido entre los misioneros y los representantes del Rey en California. La Representación de Serra (1773) ha sido llamada «Carta de los Derechos» de los indios; una parte decretaba que «el gobierno, el control y la educación de los indios bautizados pertenecerían exclusivamente a los misioneros». Durante esta visita a la Ciudad de México Serra escribió a su sobrino, el Padre Miguel Ribot Serra diciéndole: «En California está mi vida y allí, si Dios quiere, espero morir». Ni siquiera el martirio del Padre Luis Jaime en la Misión de San Diego (1775) apagó el deseo de Serra de añadir nuevas misiones a la cadena de las ya existentes a lo largo de la costa de California. En todas estas misiones, Junípero y los frailes enseñaron a los indios métodos de cultivo más eficaces y el modo de domesticar a los animales necesarios para la alimentación y el transporte. Cuando fue capturado el indio que dirigía a los rebeldes en la Misión de San Diego, Serra escribió al Virrey, pidiéndole que perdonara la vida del indio. Los que fueron capturados, fueron eventualmente perdonados. En la misma carta al Virrey, Serra pedía que «en el caso de que los indios, tanto paganos como cristianos, quisieran matarme, deberían ser perdonados». Serra explicaba: «Debe darse a entender al asesino, después de un moderado castigo, que ha sido perdonado y así cumpliremos la ley cristiana que nos manda perdonar las injurias y no buscar la muerte del pecador, sino su salvación eterna». Serra pasó los últimos años de su vida ocupado en las tareas de la administración, la necesidad de escribir muchas cartas a las otras misiones y a la Iglesia y a los oficiales del gobierno en la Ciudad de México, y con el ansia de fundar las misiones necesarias. Sin embargo, trabajó con gran fe y tenacidad, aunque le iban faltando las fuerzas. Los indios le pusieron de apodo «el viejo», porque tenía 56 años cuando llegó a la Alta California, pero Serra trabajó constantemente hasta su muerte el 28 de agosto de 1784 en la Misión de San Carlos Borromeo, que había sido su cuartel general y se convirtió en el lugar de su descanso definitivo. Los indios y los soldados lloraron la muerte de Serra y lo llamaban «Bendito Padre». Muchos se llevaban un trozo de su hábito como recuerdo; otros tocaban medallas y rosarios a su cuerpo. Poco tiempo después de la muerte de Serra, el Guardián del Colegio de San Fernando escribía al Provincial de los Franciscanos en Mallorca: «Murió como un justo, en tales circunstancias que todos los que estaban presentes derramaban tiernas lágrimas y pensaban que su bendita alma subió inmediatamente al cielo a recibir la recompensa de su intensa e ininterrumpida labor de 34 años, sostenido por nuestro amado Jesús, al que siempre tenía en su mente, sufriendo aquellos inexplicables tormentos por nuestra redención. Fue tan grande la caridad que manifestaba, que causaba admiración no sólo en la gente ordinaria, sino también en personas de alta posición, proclamando todos que ese hombre era un santo y sus obras las de un apóstol». El 14 de septiembre de 1987, el Papa Juan Pablo II tuvo un encuentro con los Indios nativos americanos en Fénix, Arizona, durante el cual alabó los esfuerzos de Serra para proteger a los indios contra la explotación. Tres días más tarde el Papa visitó la tumba de Serra en la Misión de S. Carlos Borromeo y recordó la Representación de Serra en 1773 en favor de los indios de California. Juan Pablo II dijo que Serra y sus misioneros compartían la convicción de que «el Evangelio es un asunto de vida y de salvación. Ellos estimaban que al ofrecer a Jesucristo a la gente, estaban haciendo algo de un valor, importancia y dignidad inmensos». Esta convicción los sostenía «frente a cualquier vicisitud, desazón y oposición». El mismo Juan Pablo II beatificó solemnemente en Roma a Fray Junípero el 25 de septiembre de 1988. En los Estados Unidos se lo festeja el 1 de julio, el resto del mundo lo recuerda el 28 de agosto

• Atilano Cruz Alvarado, Santo
Sacerdote e Mártir

Atilano Cruz Alvarado, Santo

Atilano Cruz Alvarado, Santo

Martirológio Romano: No Rancho das Cruzes, aldeia de Guadalajara, no México, santos Justino Orona y Atilano Cruz, presbíteros e mártires, que durante a perseguição desencadeada nesse país, pelo Reino de Cristo juntos foram assassinados (1928). Etimologicamente: Atilano = Aquele que é cabeça de uma estirpe, é de origem germânico. Nasceu em Ahuetita de Abajo, pertencente à paróquia de Teocaltiche, Jal. (Diocese de Aguascalientes), em 5 de Outubro de 1901. Ministro da paróquia de Cuquío, Jalisco. Se ordenó sacerdote cuando esto se consideraba como el mayor crimen que podía cometer un mexicano. Pero él, con una alegría que le desbordaba extendió sus manos para que fueran consagradas bajo el cielo azul de una barranca jalisciense donde se escondía el Arzobispo y el Seminario. Once meses después, el pacífico y alegre sacerdote, mientras ejercía a salto de mata su ministerio, fue llamado por su párroco el Sr. Cura Justino Orona. Obediente se encaminó al rancho de “Las Cruces”, lugar que sería su calvario. Poco antes había escrito: «Nuestro Señor Jesucristo nos invita a que lo acompañemos enla pasión». Mientras dormía llegaron las fuerzas militares y la autoridad civil. El padre Atilano, al oír la descarga que cortó la vida de su párroco, se arrodilló en la cama y esperó el momento de su sacrificio. Allí fue acribillado, dando testimonio de su fidelidad a Cristo Sacerdote, la madrugada del 1° de julio de 1928. Fue canonizado el 21 de mayo de 2000 junto a 24 compañeros mártires de México, por S.S. Juan Pablo II. Reproducido con autorización de Vatican.va

• Ignacio Falzon, Beato
Clérigo

Ignacio Falzon, Beato

Ignacio Falzon, Beato

Nasceu em La Valletta em 1 de Julho de 1813, numa família acomodada. Seu pai, el advogado Giuseppe Francesco, formava parte da comissão para a redação do novo Código civil e mais tarde foi nomeado juiz de Sua Majestade. Dois de seus irmãos, doutorados em direito, foram sacerdotes. A los quince años recibió la primera tonsura; tres años más tarde recibió las órdenes menores, pero nunca se sintió digno de recibir la ordenación sacerdotal. A los veinte años, el 7 de septiembre de 1833, obtuvo el doctorado en derecho canónico y civil en el Ateneo de Malta, aunque nunca ejerció esa profesión. Estudió la lengua inglesa, cosa rara en esos tiempos, pero esencial para mantener relaciones con los soldados ingleses (por entonces eran cerca de veinte mil) que llegaban a Malta para preparar la guerra de Crimea. Se dedicó a la oración y a la enseñanza del catecismo. Fue muy devoto de la Eucaristía. La adoración y la meditación fueron su alimento espiritual, hasta el punto de que suscitaron admiración en todos los fieles que frecuentaban la iglesia parroquial de San Pablo Náufrago y la franciscana de Santa María de Jesús. Tenía devoción particular a la santísima Virgen y a san José. Cada día rezaba el rosario. Siempre apoyó las vocaciones sacerdotales. Socorría continuamente a los necesitados. Destacó especialmente por la misión que desempeñó entre los soldados y marineros ingleses. Comenzó organizando oraciones y clases de catecismo para los militares católicos que se preparaban para partir al frente. Luego hacía amistad con sus compañeros protestantes y no cristianos, a los que daba buenos consejos. Así atrajo a la fe católica a centenares de hombres. Los documentos que se conservan en la iglesia de los jesuitas en La Valletta recogen los nombres de más de 650 personas que Ignacio preparó para recibir el bautismo. Además, sobresalía por su capacidad de inspirar confianza incluso en los que no se habían convertido: le encomendaban sus objetos personales y valiosos, para que se los entregara a sus seres queridos en caso de muerte. Pionero en el campo del ecumenismo, desempeñó esta misión con la ayuda de laicos. Algunos de sus colaboradores se hicieron sacerdotes y capellanes militares o navales, y uno de ellos, que permaneció en Malta, prosiguió esta misión. Vivió una existencia silenciosa: su santidad se intuía viéndolo orar ante el Santísimo. Murió el 1 de julio de 1865, día de su 52° cumpleaños. Era miembro de la Orden Franciscana Seglar. Fue sepultado en la tumba de familia en la iglesia franciscana de Santa María de Jesús, en La Valletta. Las gracias obtenidas por su intercesión divulgaron su fama de santidad no sólo en la isla de Malta, sino también en los países que acogieron y acogen a los emigrantes malteses. En mayo de 2001 fue beatificado por S.S. Juan Pablo II. Reproducido con autorización de Vatican.va

• Justino Orana Madrigal, Santo
Sacerdote e Mártir

Justino Orana Madrigal, Santo

Justino Orana Madrigal, Santo

Martirológio Romano: NO Rancho das Cruzes, aldeia de Guadalajara, no México, santos Justino Orona y Atilano Cruz, presbíteros e mártires, que durante a perseguição desencadeada nesse país, pelo Reino de Cristo juntos foram assassinados (1928). Etimologicamente: Justino = Aquele que obra com justiça, é de origem latino. Nasceu em Atoyac, Jal. (Diocese de Cidade Guzmán), em 14 de Abril de 1877. Pároco de Cuquío, Jal. (Arquidiocese de Guadalajara). Fundador da Congregação religiosa das Irmãs Clarissas do Sagrado Coração. Sua vida esteve marcada pela cruz mas sempre se conservou amável e generoso. Em certa ocasião escreveu: «Os que seguem o caminho da dor com fidelidade, podem subir ao céu com segurança». Quando receou a perseguição, permaneceu entre seus fregueses dizendo: «Eu entre os meus vivo ou morro». Uma noite, depois de planear com seu vigário e companheiro de martírio, o padre Atilano Cruz, sua especial actividade pastoral, exercida no meio de incontáveis perigos, ambos sacerdotes se recolheram para descansar em uma casa de rancho de “Las Cruces” perto de Cuquío. En la madrugada del 1° de julio de 1928 las fuerzas federales y el presidente municipal de Cuquío irrumpieron violentamente en el rancho y golpearon la puerta donde dormían el párroco y su vicario. El Sr. Cura Orona abrió y con fuerte voz saludó a los verdugos:«¡Viva Cristo Rey!» La respuesta fue una lluvia de balas. El 21 de mayo de 2000 fue canonizado junto a 24 compañeros mártires de México. Reproducido con autorización de Vatican.va

• Nicásio Camuto de Burgio, Santo
Mártir

Nicasio Camuto de Burgio, Santo

Nicásio Camuto de Burgio, Santo

Santo Nicásio nasceu entre 1130 e 1140 e morreu mártir em 1187, era siciliano de origem, provavelmente palermitano, descendente de sarracenos por parte de pai e de normandos por parte de mãe. O sarraceno Hammud (também conhecido como Kamut, Kamet ou Achmet), Emílio de Girgenti (Agrigento) e de Castrogiovanni (Enna), quando foi conquistada Girgenti pelo Conde Ruggero em 1086, se retirou em Castrogiovanni, resistindo por muito tempo. Em 1088 se converteu ao cristianismo junto com toda sua família; foi baptizado em Sciacca pelo bispo de Girgenti, Gerlando, sendo seu padrinho o mesmo Conde Ruggero de que tomou seu nome cristão, convertendo-se em Ruggero Camuto. Em 4 Julho de 1088, o conde Ruggero lhe doou o castelo do Burgio no Valle de Mazara. De esa investidura, sus descendientes tomaron el nombre de “BURGIO”. El hijo de Ruggero Camuto, Roberto de Burgio, se casó con Aldegonda, noble normana consanguínea de los Hauteville; de Roberto y Aldegonda nacieron: Ruggero, Ferrandito y NICASIO los dos últimos abrazaron la vida religiosa come miembros de la Orden Hospitalaria de los Caballeros de San Juan de Jerusalén, conocida hoy como Orden de Malta. Los dos hermanos, Ferrandito y Nicasio como frailes, pronunciaron los tres votos religiosos de pobreza, castidad, obediencia y el cuarto voto de "permanecer en armas" para dedicarse a confortar a los afligidos, a la asistencia de los peregrinos y enfermos, a la defensa de los territorios cristianos de Tierra Santa, adhiriéndose plenamente al espíritu de la Orden Hospitalaria de San Juan de Jerusalén que tenía como principio inspirador la defensa de la fe, la asistencia a los peregrinos y enfermos, comprometida con la caridad, justicia, paz, sobre las bases de la enseñanza evangélica, en estrecha comunión con la Santa Sede, a través de una caridad activa y dinámica, sostenida por la oración. Se comprometían a responder al llamado del Gran Maestre de la Orden de San Juan de Jerusalén, Ruggero Des Moulins, cuando solicitara ayuda para la liberación de Tierra Santa. Es así, que en 1185, se embarcaron siguiendo a Ruggero Des Moulins que regresaba a Jerusalén escoltado por dos galeras del Rey Guillermo II, partiendo para Tierra Santa, en donde según el espíritu de la Orden, prestaron servicio a enfermos y peregrinos en el Hospital de San Juan de Jerusalén. El 30 de junio de 1187, el Sultán Saladino, cuyo reino se extendía desde el desierto de Libia al valle del Tigris, invadió el Reino de Jerusalén; los cristianos, después de haber defendido el castillo de Tiberiades, dezmados al extremo, se refugiaron en la colina Corni de Hattin, en donde el 4 de Julio fueron derrotados definitivamente. En esta batalla, que concluyó rendición de Tiberiades y de Tolemaide, murió Ruggero Des Moulins y gran parte de los miembros de la Orden de los Hospitalarios. San Nicasio, que era capitán del ejército de Ruggero Des Moulins fue tomado prisionero durante la batalla de Hattin y, como se negó a abjurar de la fe, fue decapitado en presencia del Sultán Saladino. Cuando el Arzobispo de Tiro, Josias, llegó a Palermo en 1187, dio la noticia de la ejecución de los hermanos Ferrandito y Nicasio al Rey Guillermo II, quien vistió luto y declaró duelo durante cuatro días. Nicasio fue venerado como Mártir desde los primeros años después de su muerte, pues había muerto como cristiano en defensa de Cristo y de la fe. San Nicasio fue, por lo tanto, un Cruzado que dio testimonio de su fe con el martirio, dando así ejemplo de cómo vivir en el espíritu de la santidad evangélica, dando su vida por Cristo. Parece que el culto del mártir Nicasio comenzó en Caccamo, en donde en 1305 se le dedicó un altar en la iglesia de San Pedro, en Trapani. El Sacerdote Vicente Venuti en su “discurso histórico-crítico” editado en 1762, escribe sobre San Nicasio Mártir: “…creo que la introducción del culto de nuestro santo se debió o bien al dominio de la familia del Burgio en Caccamo, o bien a la devoción que la familia Cabrera profesó a San Nicasio o por ambos motivos…”.

91566 > Beato Antonio Rosmini Teologo, filosofo, fondatore 1 luglio

Beato Antonio Rosmini
60050 > Sant' Aronne Fratello di Mosè 1 luglio MR

Aarão (Aronne) 
90118 > San Atilano Cruz Alvarado Sacerdote e martire 1 luglio MR

Atilano Cruz Alvarado 
60120 > San Carilelfo Abate 1 luglio MR

Carilelfo
92329 > Santi Casto e Secondino Vescovi e martiri 1 luglio

Santi Casto e Secundino
60070 > San Domiziano di Bebron Abate 1 luglio MR

Domiziano di Bebron 
60080 > Sant' Eparchio di Angouleme Abate 1 luglio MR

Eparchio di Angouleme
60100 > Santa Ester Regina 1 luglio

Ester - Rainha
90579 > Sant' Eutizio (Euticio) Martire in Umbria 1 luglio

Eutizio (Euticio)
60130 > Beati Giorgio Beesley e Montford Scott Martiri 1 luglio MR

Beati Giorgio Beesley e Montford Scott
90720 > Beati Giovanni Battista Duverneuil e Pietro Aredio Labrouhe de Laborderie Martiri 1 luglio MR

Beati Giovanni Battista Duverneuil e Pietro Aredio Labrouhe de Laborderie
93093 > Beato Giovanni Nepomuceno (Jan Nepomucen) Chrzan Sacerdote e martire 1luglio MR

 Beato Giovanni Nepomuceno (Jan Nepomucen) mais 170 mártires

60090 > San Golveno di Leon Vescovo 1 luglio MR


 Golveno di Leon
91232 > Beato Ignazio (Nazju) Falzon Chierico 1 luglio MR

Beato Ignazio (Nazju) Falzon 
90128 > San Justino Orona Madrigal Martire Messicano 1 luglio MR

Justino Orona Madrigal
60060 > San Martino di Vienne Vescovo 1 luglio MR

Martino di Vienne 
91044 > San Nicasio Camuto de Burgio Cavaliere di Malta, martire 1 luglio

Nicasio Camuto de Burgio - cavaleiro de Malta
90987 > Sant' Oliviero Plunkett Martire 1 luglio MR

Oliviero Plunkett 
92037 > Preziosissimo Sangue di Gesù 1 luglio

Preziosissimo Sangue di Gesù
92213 > Santa Regina di Denain 1 luglio

Regina di Denain
20280 > Sacro Cuore di Gesù 1 luglio (celebrazione mobile) - Solennità MR

Sacro Cuore di Gesù 
60200 > San Teodorico di Mont-d'Or Abate 1 luglio MR

Teodorico di Mont-d'Or 
60250 > San Teodorico di St. Evroult Abate 1 luglio

Teodorico di St. Evroult


60140 > Beato Tommaso Maxfield Martire 1 luglio MR

Beato Tommaso Maxfield
60170 > San Zhang Huailu Martire 1 luglio MR

Zhang Huailu

In: Martirológio Romano, de www.siticattolici.it,

http://es.catholic.net/santoral e livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução (incompleta, devido à grande extensão de algumas biografias por

António Fonseca

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nº 965 - (180) - 29 DE JUNHO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

NOTA PRÉVIA: Por lapso e problemas técnicos, esta biografia não pôde ser publicada ontem, dia 29 de Junho


12 SANTOS E BEATOS – (incluindo os 2 maiores Santos da Igreja católica…)
Nº 965
Pedro, Santo
Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja
Pedro, Santo
Pedro, Santo
S. Pedro foi príncipe dos Apóstolos, cabeça visível da Igreja de Jesus Cristo, coluna imóvel da fé, como se exprime o concílio de Éfeso, pedra e base da religião, como diz o Calcedonense, vigário de Jesus Cristo na terra, cimento, diz Santo Agostinho, sobre que se fundou e sobre que assenta a Santa Igreja. Chamava-se Simão antes de subir ao apostolado. Era de Betsaida, povoação na Galileia, nas margens do lago de Genesaré, filho de Jonas ou João, de condição muito obscura, pescador de mister, mas homem de muita bondade. Não se sabe ao certo o ano em que nasceu. Tendo casado em Cafarnaum, o porto mais célebre daquele grande lago, chamado em todo o país o mar de Tiberiades, aí residia em companhia do irmão, André. Era este discípulo do Baptista, e tendo visto a Jesus, de quem, ouvira dizer a seu mestre que era o verdadeiro Messias, deu esta notícia ao irmão Simão, dizendo-lhe: «Vi o Messias». Simão, que era de natural vivo e ardente, e que, cheio de religião, suspirava pela vinda do Messias, não deixou sossegar André enquanto este o não levou a ver o Salvador. No dia seguinte foram juntos procurá-Lo. Logo que o Filho de Deus viu o nosso Santo, disse-lhe com a sua particular bondade, que bem mostrava não sei que assinalado amor: «Simão. filho de Jonas, assim te tens chamado até agora; mas daqui em diante quero que te chames Cefas, que quer dizer Pedro». Ficaram os dois irmãos com o Salvador aquele dia, e desde então se declarou Pedro por um de seus mais fervorosos discípulos. De volta a sua casa, ganhou para Jesus Cristo toda a família, e ainda prosseguia em seu ordinário mister de pescador; passavam-se poucos dias em que não visse o Salvador , e tem-se por certo que se encontrou presente nas bodas de Canaã, quando o Senhor fez o primeiro milagre. Ainda não havia deixado nem o mister nem a casa, quando, voltando Cristo de Jerusalém, o encontrou com André nas margens do lago, levantando as redes. Entrou o Senhor no barco, e disse a Pedro que O levasse pelo mar fora a sítio mais profundo, onde teriam boa pesca. «Mestre, disse-Lhe, toda a noite nos temos afadigado inutilmente sem ter colhido nada; mas já que me mandais, vou deitar a rede à vossa ordem». Foi extraordinária a pesca; atónito, S. Pedro lançou-se aos pés do Salvador, dizendo-lhe: «Senhor, eu sou o grande pecador, não sou digno de aparecer na vossa presença». Levantou-o o Senhor e disse-lhe: «Tem confiança e segue-Me»; quero que, sem deixares o ofício, o melhores; «daqui nem diante serás pescador de homens». Fez tanto efeito no espírito e no coração do Santo a graça de vocação, encerrada nestas palavras, que no mesmo instante deixou tudo; e dando-lhe permissão sua mulher, nunca mais se apartou do lado do Salvador. Em todas as ocasiões se traduziu o amor e ternura que por Ele professava. Uma noite velejava no lago em companhia dos demais discípulos, e vendo vir Cristo para eles sobre as águas, impaciente Pedro por se arrojar a seus pés, disse-lhe: «Senhor, mandai-me ir também a Vós sobre as ondas, antes que entreis no barco». «Vem», respondeu-lhe o Salvador. Obedeceu Pedro, saltou ao mar com intrepidez; o vento refrescou um pouco, e como viu que se ia afundando, teve medo e exclamou: “Senhor, salvai-me». Colheu-o o Salvador pela mão, e repreendeu-o brandamente, dizendo-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» Mas no meio disto ia crescendo a fé com o seu amor. Explicou o Salvador aos discípulos em Cafarnaum o mistério da Eucaristia; pareceu duro e muitos deles, que principiaram a desconfiar da sua doutrina, retiraram-se. Votando-se então o Senhor para os doze que escolhera para apóstolos, disse-lhes: «E vós não vos ides também?» Tomou Pedro a palavra e respondeu em nome de todos: «Senhor, aonde é que iremos? Só vossas palavras nos ensinam o caminho da vida eterna, e estamos bem persuadidos de que sois o verdadeiro Messias».
Não foi só esta a única confissão pública que fez Pedro da sua fé. Perguntou Jesus aos discípulos o que se dizia d’Ele na Judeia e em que reputação era tido? Responderam que uns O tinham por João Baptista ressuscitado; outros por Elias; outros por Jeremias, ou enfim por algum dos profetas. «E vós, replicou-lhes o Salvador, quem dizeis que Eu sou?» Pedro de novo toma a palavra em nome de todos e com a sua natural vivacidade e costumado fervor responde: «Vós, Senhor, sois o Cristo, Filho de Deus vivo». «E tu, Simão, filho de Jonas (replicou o Salvador) és bem-aventurado, porque essa importante verdade não ta revelou a carne, nem o sangue», tão sublime conhecimento nem é, nem pode ser, efeito da razão natural, «meu Pai celestial te iluminou, para que soubesses quem Eu era» e agora vou Eu dizer-te a ti o que és desde este momento: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»; debaixo do meu poder serás a sua base, não menos que a sua defesa. «Em vão se armará todo o inferno contra ela»; poderá combatê-la com heresias, persegui-la pelos tiranos e ainda oprimi-la; mas «o todo do edifício», cuja base te constituo deste esta hora, «jamais trepidará». Todas as seitas que houverem de levantar-se na série dos séculos hão-de fundar-se sobre areia, porque não terão por fundamento esta pedra. «Dar-te-ei a chave do reino dos Céus: àqueles a quem tu abrires as portas, franquear-se-lhes-ão; e àqueles a a quem as cerrares, ser-lhes-ão cerradas», porque a justiça do céu confirmará as sentenças que tu pronunciares na terra. Serás nela o meu vigário e quanto dispuseres em meu nome será ratificado por Mim. Concordam os Santos Padres em que desde este momento ficou Pedro constituído príncipe dos apóstolos, pedra fundamental da religião e cabeça visível da Igreja. Crescia com a fé o amor que professava a Jesus Cristo. certo dia, o Filho de Deus declarou aos apóstolos que era indispensável passar a Jerusalém e padecer nesta cidade as maiores ignomínias e sofrer morte afrontosa; horrorizado o nosso Santo ao ouvir isto, saiu-se com esta exclamação espontânea: «Que dizeis, Senhor! Não queira Deus que tal suceda», e que nós o permitamos; prontos estamos a a defender-vos, ainda que seja à custa da própria vida. Repreendeu-o o Salvador com severidade, dizendo-lhe: «Aparta-te de Mim e sai da minha presença, se hás-de falar dessa maneira. Fazes o ofício de Satanás sem o perceberes, pois pretendes estorvar a obra da Redenção». Bem conhecia Jesus Cristo o amoroso principio donde nascia este indiscreto zelo; e assim, passados cinco dias, o escolheu para testemunha da sua gloriosa transfiguração no Tabor, onde, deslumbrado o apóstolo pelos resplendores da glória que jorravam da face do Salvador, exclamou estático e gozoso; «Belo sítio é este, aqui sim, é que devíamos estar». Em todas as ocasiões distinguira Cristo o nosso Santo com algum especial favor. Dispôs que fosse ele quem achasse dentro de um peixe uma moeda de quatro dracmas para pagar a César o tributo em nome dos dois, e quando se aproximava o tempo da paixão, enviou Pedro e João, para que arranjassem o Cenáculo, onde havia de celebrar a Páscoa. Concluída a ceia, tendo ido o divino Salvador lavar os pés aos apóstolos, começou por S. Pedro; mas, cheio de confusão, quando viu a seus pés o divino Mestre, retirou-os prontamente, protestando que nunca o consentiria; porém, ameaçando o Salvador com não o reconhecer por seu se não se deixasse lavar, atemorizado Pedro com tão formidável ameaça, exclamou fervoroso: «Que dizeis Senhor! Não só deixarei lavar os pés, mas as mãos e a cabeça antes do que desagradar-Vos». Contente o Salvador com esta disposição, disse-lhe que o demónio faria todos os seus esforços para o derribar; mas que Ele tinha feito oração a seu Eterno Pai, a fim de que, se chegasse a titubear com a tentação, logo voltasse a fortalecer-se mais do que nunca lhe sobrassem forças para alentar e fortificar a seus irmãos. Nenhum discípulo professou amor mais abrasado ao divino Mestre, ainda que todos os outros O abandonassem, não obstante a profecia em contrário que acabava de ouvir. Tardou pouco em dar mostras do seu zelo, quando, ao ver no Horto das Oliveiras os soldados lançarem mão do seu Mestre, puxou da espada e descarregou tal golpe em Malco, que lhe deitou ao chão uma orelha, acção que o Salvador repreendeu. Preso o Pastor, dispersaram-se as ovelhas. Só Pedro, em companhia de João, teve coragem para o seguir Cristo até casa de Caifás, mas, reconhecido como um dos discípulos, caiu na fraqueza de negar por três vezes que conhecesse tal homem. Despertou-lhe a lembrança da sua miséria o canto do galo, como lho havia prognosticado o Salvador. Foi inexplicável o seu arrependimento e a sua dor; retirou-se desfeito em lágrimas, e três dias inteiros passou em amargo pranto sem se atrever a aparecer diante da gente. Reparou a sua queda com generosa contrição, pelo que nem o discípulo perdeu nada do ardente amor que professava ao divino Mestre, nem o Mestre diminuiu um pouco da ternura com que olhava o seu caro discípulo; e por isso, logo que ressuscitou, apareceu em particular a S. Pedro. Esta ternura nunca se mostrou tão claramente como nas perguntas que lhe dirigiu junto ao mar de Tiberiades, poucos dias antes da sua gloriosa ascensão aos céus. Perguntando-lhe três vezes, em presença dos demais apóstolos, se O amava mais do que todos, escarmentado Pedro com as quedas precedentes, respondeu com sinceridade que, pois o mesmo Senhor conhecia bem todas as coisas, sabia igualmente o amor que lhe tinha. «Apascenta os meus cordeiros, lhe respondeu o Salvador, apascenta as minhas ovelhas», e com estas palavras, disse Santo Agostinho, confirmou a Pedro no primado que lhe havia conferido, entregando-lhe o cuidado de todo o rebanho. O primeiro acto de autoridade que exerceu S. Pedro foi propor aos Apóstolos a eleição que se devia fazer de um indivíduo que tomasse o lugar de Judas. Logo que o Espírito Santo baixou sobre os Apóstolos, no dia de Pentecostes, Pedro, como cabeça da Igreja, pregou um sermão tão enérgico, tão eloquente, tão eficaz à multidão que se encontrava às portas do Cenáculo, que três mil pessoas receberam o baptismo. Entrou depois no templo, acompanhado de S. João; e encontrando á porta um pobre de quarenta anos tolhido de nascença, mandou-lhe em nome de Jesus Cristo que se levantasse; o paralítico fê-lo imediatamente e foi saltando de contente por toda a cidade, publicando em altos gritos a maravilha. A este prodígio correu o povo a rodear os apóstolos. Aproveitando Pedro tão bela ocasião, falou de Jesus Cristo com tanta eloquência, com tanto espírito e com tanta unção, que nesse dia converteu cinco mil pessoas. Como estas maravilhas faziam tanto ruído, não era fácil que a recém-nascida Igreja gozasse por muito tempo a paz. os dois apóstolos foram presos e interrogados em nome de quem tinham operado o milagre; Pedro respondeu intrepidamente que em nome do mesmo Jesus Cristo que eles haviam crucificado. Proibiram-lhes continuar a falar de tal Cristo ou da sua doutrina; ao que respondeu com uma firmeza que os deixou atónitos: «Considerai se será justo obedecer-vos, antes do que a Deus», o qual nos manda publicar a ressurreição do Salvador, da qual nós mesmos fomos testemunhas. Cada dia crescia o número dos fiéis, e cada dia se mostrava Pedro mais poderoso em obras e em palavras. Aquele que dias antes era um pobre pescador, rústico e grosseiro, falava agora como grande doutor da lei. Todas as suas palavras eram oráculos; multiplicavam-se em suas mãos as maravilhas; punham os enfermos nas ruas e nas praças públicas, para que a sombra de Pedro os tocasse e no mesmo instante ficavam curados. Tantos prodígios forçosamente o haviam de pôr em sobressalto os magistrados; mandaram-no prender, açoutaram-no cruelmente; Pedro não cabia em si de contente por ser digno de padecer estas afrontas por Jesus Cristo.
Por ocasião da terrível perseguição que se seguiu à morte do proto-mártir Santo Estêvão, saíram os discípulos de S. Pedro a pregar o Evangelho fora dos termos da Judeia. Convertidos já os de Samaria, passou o apóstolo a esta província, juntamente com S. João, para tornar os fiéis participantes do Espírito Santo, administrando-lhes o sacramento da confirmação. Ao voltar da Samaria, entrou na cidade de Lida; vendo um paralítico, chamado Eneias, estendido sobre a cama, onde havia oito anos que jazia, disse-lhe: «Eneias, o Senhor Jesus Cristo te salva; levanta-te e leva a tua cama». Levantou-se logo Eneias, publicou o milagre e o seu autor; e toda a cidade recebeu o baptismo. Repetiam-se a cada passo os prodígios e a cada passo se dilatavam as conquistas para Jesus Cristo. Morreu em Jope uma virtuosa viúva, chamada Tabita; S. Pedro chegou a esta cidade dois dias depois da sua morte; fez oração junto do cadáver, à vista de todo o povo; manda a Tabita que se levante em nome de Jesus Cristo; Tabita abre os olhos, levanta-se do ataúde e toda a cidade de Jope reclama o baptismo. Nesta cidade teve Pedro aquela misteriosa visão, em que Deus lhe manifestou que, tendo seu Filho morrido por todos os homens, nenhum povo ou nação era excluída do beneficio da redenção. Estava um dia em oração, à hora do meio-dia, quando, arrebatado de repente em êxtase, viu abrir-se o céu, baixar dele um suporte em figura de lençol, contendo toda a espécie de animais, répteis, quadrúpedes, aves,e ao mesmo tempo ouviu uma voz que lhe disse: «Pedro levanta-te, mata e come». - «Não permita Deus, replicou Pedro, que eu coma coisa profana e imunda». Porém a mesma voz replicou: «Não chames imundo, nem profano, o que já purificou o próprio Deus». O apóstolo voltou em si do rapto, e ainda não compreendia bem o que significava a visão, quando entraram em sua casa os criados de um oficial, chamado Cornélio, natural de Roma, que comandava um corpo de infantaria da legião italiana, aquartelada em Cesareia. Pela comissão que traziam, claramente conheceu o sentido da visão, isto é, que também devia pregar a fé aos gentios, pois não era só para os habitantes da Judeia. Partiu sem demora para Cesareia; encontrou Cornélio que o esperava rodeado de gente; pregou-lhes, instruiu-os; e ainda não tinha acabado de falar quando baixou sobre todos o Espírito Santo visivelmente, em forma de brilhante resplendor. Seguiu-se o baptismo à vinda do Espírito Santo; de volta á Judeia, contou Pedro a toda a Igreja as misericórdias do Senhor, pelo que os fieis glorificaram a Deus por se ter dignado fazer participantes os gentios, como os Judeus, do dom da penitência para a salvação. À vocação dos gentios seguiu-se muito de perto a dispersão que o Espírito Santo fez dos apóstolos, para que fossem anunciar o Evangelho a todas as partes do universo. Tocou a Pedro nesta distribuição ir pregar à capital do mundo; e sendo Antioquia a capital do oriente, deu princípio por ela, fundando aquela Igreja onde os discípulos começaram a chamar-se «cristãos». S. Pedro manteve poucos anos a sua cadeira naquela cidade. Depois de percorrer grande parte da Ásia, anunciando Jesus Cristo aos Judeus, espalhados pelo Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, voltou a Jerusalém, onde se deteve algum tempo. Renovou-se com o maior furiosa perseguição contra os fieis em Jerusalém. Querendo Herodes Agripa congraçar-se com os Judeus, tirou a vida ao apóstolo S. Tiago, e persuadido de que daria o maior gosto à nação em fazer o mesmo a S. Pedro, que era a cabeça dos outros, mandou prendê-lo; mas como era o tempo da Páscoa, em que não podia castigar-se nenhum delinquente, deu ordem para que fosse bem custodiado no cárcere, nomeando para este fim dezasseis soldados que se revezariam de quatro em quatro, sem o perder nunca de vista. Era seu intento tirar-lhe a vida depois de passar a Páscoa, e dar prazer ao povo com um espectáculo tanto do seu gosto; mas ouviu Deus as orações de toda a Igreja e confundiu o tirano, porque na noite anterior ao dia assinalado para a execução, o anjo do Senhor apareceu no cárcere, despertou Pedro, a quem as cadeias com que estava preso caíram; abriram-se-lhe as portas de par em par; o anjo do Senhor conduziu-o até ao cabo da rua e desapareceu. Foi-se direito S. Pedro a casa de Maria, mãe de João Marcos, onde se haviam reunido muitos fiéis e estavam em oração; bateu à porta; saiu silenciosamente uma donzela por nome Rode a ver quem chamava; conheceu o apóstolo pela voz e foi tamanha a sua alegria que, em lugar de ir abrir a porta, correu apressada a dar a notícia aos que estavam dentro. Disseram-lhe que estava louca; ela replicou: «Repito que é ele, e que pela voz o conheci». Entretanto, continuava S. Pedro chamando; abriram afinal e é fácil de imaginar qual seria a admiração e o gozo de todos quantos o viram; e mais ainda quando lhes referiu circunstanciadamente tudo o que se havia passado e o modo porque estava livre do cárcere e das cadeias. Depois deste sucesso, percorreu o apóstolo outra vez quase toda a Judeia e uma parte da Ásia para animar os fiéis com santo fervor; tendo permanecido por algum tempo em Antioquia, passou a Roma pelo ano 43 e nela fixou a sua cadeira pontifical. «Dispô-lo assim a divina Providência, diz S. Leão, para aquela cidade, que era a cabeça do mundo, ser também o centro da religião e a escola da verdade, depois de o ter sido do erro, ficando constituída por mestra das demais Igrejas da terra».
De Roma escreveu S. Pedro a sua primeira epístola aos fiéis do Oriente. E a data é de Babilónia, porque assim chamava àquela capital do mundo pagão; não obstante, a fé fazia nela maravilhosos progressos pelos desvelos do apóstolo e de seus discípulos. Na mesma cidade escreveu Marcos o seu Evangelho, que S. Pedro aprovou para satisfazer a devoção dos fiéis que nela havia. Aos três ou quatro anos da sua residência em Roma, publicou-se o decreto do imperador Cláudio, para que saíssem da cidade todos os judeus. Partiu Pedro para Jerusalém, onde presidiu ao concílio em que se definiu que a lei do Evangelho abolira a da circuncisão. As decisões foram levadas a Antioquia por S. Paulo e S. Barnabé. Veio também S. Pedro a essa cidade e não teve escrúpulo em se misturar com os gentios convertidos à fé, comendo com eles sem fazer diferença de viandas. Mas informado de que isto escandalizava os Judeus, absteve-se de o fazer por mera complacência. Não pareceu bem, a S. Paulo esta nímia condescendência, e com santa liberdade lhe disse que semelhante atitude podia levar a crer que ainda subsistia a obrigação de observar a lei antiga. Rendeu-se S. Pedro à advertência de S. Paulo «e o que era príncipe dos apóstolos e cabeça da Igreja, diz santo Agostinho, não se valeu da sua primazia; cedeu a autoridade à modéstia». Não considerou, observa S. Gregório, que S. Paulo era inferior a ele, e admitiu docilmente a sua repreensão: Ecce a minore reprehenditur, et reprehendi non dedignatur. Restituído a Roma, dedicou-se a cultivar a vinha do Senhor que havia plantado e que era já o modelo de todas as Igrejas, custando-lhe este cultivo imensos trabalhos e fadigas. Mas não se limitava a Roma a sua pastoral solicitude, antes se dilatava a toda a Igreja, à qual escreveu a sua segunda epistola, dirigida a todos os fieis em geral. Afirmam alguns Santos Padres que percorrera todas partes do mundo, desprezando os perigos e as perseguições que lhe suscitavam os Judeus e os gentios. Diz-se que de Roma levara ele próprio o Evangelho a várias províncias da Europa; e quando não fosse em pessoa, tem-se por certo que o fez por meio de discípulos. Muitas Igrejas de França, Itália, Espanha, Inglaterra, África e Sicília e ilhas adjacentes conservam, os nomes dos seus primeiros bispos, persuadidas de que foram discípulos de S. PEDRO. Enquanto S. Pedro trabalhava em Roma tão gloriosamente chegou a esta cidade S. Paulo, dispondo-o assim a divina Providência para que os dois maiores luminares do mundo cristão terminassem a sua carreira na capital do universo e a ilustrassem com o seu glorioso martírio. Os milagres feitos em Roma por um e outro apóstolo inflamaram a mais terrível das perseguições no reinado do ímpio Nero. Fugindo da tempestade, assim se conta, saía um dia o apóstolo para se retirar de Roma, quando à porta dela encontrou o Salvador, como quem ia para entrar. Não lhe pareceu novidade a visão, por estar acostumado a muitas semelhantes, e assim lhe perguntou sem estranheza: «Senhor, aonde ides?» «Vou a Roma, respondeu-lhe Jesus Cristo, a ser crucificado de novo». Compreendeu o apóstolo o que queria dizer, e ocorrendo-lhe então à memória o que o Senhor lhe havia prognosticado, antes e depois da ressurreição, voltou para trás e dispôs-se para o martírio. Há também a velha tradição seguinte: No mesmo dia foi preso e conduzido ao cárcere Mamertino, junto do Capitólio, onde esteve nove meses com S. Paulo, acrescentando em cada dia conquistas para Jesus Cristo, pois foram convertidos e baptizados por S. Pedro dois dos seus guardas, Processo e Martiniano, com quarenta e sete pessoas que estavam na mesma prisão. Enfim, depois de empregar a vida a fazer conhecer e amar a Jesus Cristo, depois de contribuir com tão imensos trabalhos para fundar e estabelecer a Igreja em todo o Universo, mas muito particularmente na capital do mundo, viu finalmente aproximar-se o tempo, prognosticado por Jesus Cristo, em que outro havia de o cingir e conduzir aonde naturalmente não quereria. Tiraram-no do cárcere e levaram-no à outra banda do Tibre, ao Vaticano. Seguindo outra tradição, queriam crucificá-lo ao modo ordinário; mas conseguiu dos verdugos que o pregassem na cruz de cabeça para baixo, porque disse que não merecia ser tratado como o seu divino Mestre. É o que nos dizem Orígenes e S. Jerónimo. Foi sepultado o príncipe dos apóstolos muito perto, e desde então foi o seu sepulcro, depois do de Jesus Cristo, o mais respeitável e o mais respeitado de todo o mundo cristão; começando na terra o culto dos dois apóstolos S. Pedro e S. Paulo quase ao mesmo tempo que teve principio a sua eterna felicidade no céu. Logo que o imperador Constantino deu a paz à Igreja, levantaram-se sumptuosíssimos templos em toda a parte, em honra dos dois santos. No dia 18 de Novembro celebra a Igreja a dedicação das duas formosas basílicas fundadas em Roma em honra dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo, cuja construção se deveu ao grande Constantino e a dedicação ao papa Silvestre. Mas ambas foram refeitas: a de S. Pedro, durante mais de cem anos, a partir do início do século XVI; e a de S. Paulo (menos completamente) , desde o incêndio que sofreu em 1823, até ser reinaugurada em 1854. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral, e www.santiebeati.it, além de outros Martirológios. ¡Felicidades a quem leve este nome!
• Paulo, Santo
Apóstolo das Gentes
Pablo, Santo
Pablo, Santo
São Paulo, apóstolo, doutor das gentes e oráculo do mundo, era judeu da tribo de Benjamim e chamava-se Saulo. Nasceu em Tarso, cidade célebre da Cilícia, dois anos depois do nascimento de Nosso Senhor. Por nascimento era cidadão romano, privilégio concedido pelo imperador Augusto aos tarsenses em prémio da sua fidelidade. Seu pai, que era da seita dos fariseus, mandou-o para Jerusalém, sendo ainda jovem, para cursar a escola de Gamaliel, aprendendo a doutrina das leis e das tradições. Em pouco tempo fez grandes progressos, e sendo um dos mais zelosos partidários da lei, foi também um dos mais ardentes perseguidores da Igreja. Depressa chegou a furor o seu falso zelo. Não contente com pedir encarniçadamente a morte de Santo Estêvão, quis ter o gosto de guardar as capas dos que o apedrejavam. A perseguição, excitada em Jerusalém contra a Igreja depois da morte do protomártir, deu boa ocasião a este furioso inimigo dos discípulos de Cristo de satisfazer o seu ódio. Percorria a cidade, entrava no templo, revistava as casas e delas arrancava a quantos criam no Senhor, arrastando-os pelas ruas, metendo-os nos calabouços e carregando-os de cadeias. Pareciam muito estreitos os limites da Judeia, da Galileia e da Palestina para contentar o fementido zelo deste furioso perseguidor. Respirando sangue, mortes e carnificina dos fiéis, apresentou-se ao Conselho, pedindo cartas e mandados para as sinagogas e judeus de Damasco, com pleno poder para devassar e proceder contra todos os cristãos, para exterminar, se pudesse, aquela recém nascida Igreja. Partiu para Damasco com amplíssimos poderes, lançando reptos e fulminando ameaças. Já ia perto da cidade, quando, pela hora do meio-dia, viu de repente descer do céu uma luz extraordinária, mais resplandecente que o Sol, a qual o rodeou, a ele e aos que o acompanhavam. Atónitos e atemorizados, caíram todos por terra, e estando Saulo derribado, ouviu uma voz que, distinta e claramente, lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?» Comove-se o seu coração ao ouvir tão amorosa quanto inesperada queixa; recobrando o espírito, respondeu: «Quem sois vós, Senhor?» «Eu sou Jesus, lhe respondeu o Salvador, a quem tu persegues». «Em vão pretendes recalcitrar contra o estímulo». Ao ouvir isto, o santo, tremendo, perturbado e fora de si, exclamou: «Senhor, que quereis que eu faça?» «Levanta-te, respondeu-lhe o Salvador, entra na cidade, e ali te dirão o que deves fazer». Os que o acompanhavam não estavam menos atónitos do que ele; só Paulo via o Salvador distintamente. Levantou-se, quis abrir os olhos e achou-se em trevas; de modo que foi necessário conduzirem-no pela mão à cidade, onde esteve três dias sem ver, sem comer nem beber. Neste meio tempo, revelou Deus o que se passava a um dos discípulos, chamado Ananias, o qual foi à pousada de Saulo; pôs as mãos sobre ele; restituiu-lhe a vista; instrui-o suficientemente e administrou-lhe o baptismo. Se nunca houve conversão mais ruidosa, tão pouco a houve mais sincera, pois o mais furioso perseguidor de Jesus Cristo passou de repente a ser um dos mais fervorosos apóstolos. Pregava, demonstrava a divindade de Jesus Cristo e confundia a quantos disputavam ao Salvador a augusta qualidade de verdadeiro Messias. Os judeus ficaram tomados de susto diante de tal pregador, porque, sobre ser perfeitamente lido nas Escrituras, era de engenho vivo, com certo ar de autoridade em tudo quanto fazia; leva após si o respeito e o coração de todos. Sobressaltados os doutores da lei em presença de tão formidável adversário, perdendo a esperança de lhe resistir , tomaram a resolução de se desembaraçar dele; mas os fiéis livraram-no das suas mãos e do seu furor, baixando-o uma noite da muralha, metido num cesto. Livre de perigo, passou a Jerusalém para conferenciar com S. Pedro, em cuja companhia esteve quinze dias. Apareceu-lhe Jesus Cristo e deu-lhe ordem de ir pregar o Evangelho aos gentios. Partiu para Tarso, de onde fez várias excursões apostólicas pelas cidades da Síria e da Cilícia, recolhendo grande espólio para Jesus Cristo. Os apóstolos mandaram S. Barnabé à cidade de Antioquia; achou sobrada messe para um só operário; pediu a S. Paulo que se lhe juntasse, e os dois apóstolos com tão feliz êxito trabalharam que foi ali onde os fiéis começaram a chamar-se cristãos. Três anos havia que Paulo e Barnabé pregavam em Antioquia com maravilhoso fruto; faziam-se nela com o maior fervor todos os exercícios a religião; eram muito frequentes os jejuns e celebravam-se os sagrados mistérios, quando o Espírito Santo deu a entender aos profetas e aos doutores (em grande número) que tinham e escolhido Paulo e Barnabé para a conversão os gentios. Jejuaram os fiéis, fizeram oração, ofereceram o divino sacrifício, e o Espírito Santo declarou a sua vontade do modo mais explícito, pois ouviu-se uma voz, percebida por todos os assistentes, que dizia: «Segregai a Paulo e Barnabé para o ministério a que os tenho destinado». Dobraram então os apóstolos tanto os jejuns, como as orações; impuseram-lhes as mãos e enviaram-nos para a missão quem o Espírito Santo lhes assinalara. Partiram para a Selêucia; daqui embarcaram para Chipre, entraram em Salamina, capital da ilha, e pregaram o Evangelho com tanto zelo e êxito que se converteu a maior parte da cidade. Tem-se por certo que no começo desta missão sucedeu o famoso rapto de S. Paulo ao terceiro céu, onde o Senhor lhe descobriu maravilhas superiores a toda a expressão, dando-lhe a inteligência dos mais ocultos mistérios; mas, para que se não desvanecesse com os singulares favores, como diz o mesmo apóstolo, permitiu Deus que o estímulo da carne o combatesse toda a vida; e para o sujeitar, acrescentou ele aos trabalhos do apostolado, contínuas e rigorosas penitências. Era então governador da ilha o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente e entendido, o qual, logo que ouviu falar o nosso santo de Cristo e da sua religião, a teria imediatamente abraçado, se não o tivesse impedido um judeu chamado Bar-Jesus, por sobrenome Elimas, que quer dizer um insigne mágico. Abrasado o apóstolo em santo zelo contra aquele embusteiro, disse-lhe «Ó criatura cheia de todas as astúcias e de toda a iniquidade, filho do diabo, inimigo de toda a justiça, quando é que cessarás de perverter os rectos caminhos do Senhor? Mas agora a mão do Senhor está sobre ti: Vais ficar cego e, durante algum tempo, não hás-de ver o sol». No mesmo instante perdeu Elimas a vista, buscou quem lhe desse a mão para andar; milagre que assombrou o procônsul, o qual se converteu imediatamente.
Pablo, Santo
Pablo, Santo
Deixaram, os Apóstolos a ilha de Chipre,e partindo para a Ásia menor, pregaram o Evangelho em Antioquia da Pisídia, em Perga da Panfília e nas províncias vizinhas. Achando-se S. Paulo em Antioquia, pregou a Jesus Cristo na sinagoga com tanta unção e eficácia, que todo o povo se mostrou inclinado a crer n’Ele. Sobressaltados os sacerdotes e os doutores, vomitaram mil blasfémias contra Cristo e amotinaram-se contra os apóstolos, em virtude do quem lhe disseram estes: «Vós havíeis de ser os primeiros a quem nós anunciássemos a palavra de Deus; mas, já que sois os primeiros que a desprezais, e por vossa mesma boca vos confessais indignos da vida eterna, eis que daqui a vamos anunciar aos gentios». Dito isto, sacudiram o pó de seus pés e partiram para Icónio, onde operaram numerosas conversões de judeus e idólatras; mas os judeus que se mantiveram, pertinazes em sua incredulidade moveram o povo tão furiosamente contra eles, que sofreram grande risco de ser apedrejados. isto obrigou-os a retirar-se daquela cidade e foram para Listra, Derba e muitos outros povos. Estando em Listra, S. Paulo curou de repente um paralítico de nascença; milagre que fez acreditar àquela cega gente que era um deus; e nesta persuasão iam já oferecer-lhe incenso e vítimas, quando, horrorizados, os apóstolos rasgaram os vestidos em sinal de luto e clamaram que eram uns pobres homens, tão mortais como os outros, e que não havia mais do que um Deus verdadeiro, Criador do céu e da terra. Chegaram a Listra alguns judeus, que vinham de Icónio e de Antioquia da Pisídia, e concitaram o povo de maneira que aquela veneração se converteu de repente em desatinado furor. Uma espessa chuva de pedras caiu sobre S. Paulo; levaram-no de rastos pela cidade e deixaram-nos por morto fora dela; ainda nessa mesma noite voltou o apóstolo à cidade, como pôde; mas ao amanhecer do dia seguinte, saiu de Listra, para que se não excitasse alguma perseguição contra os fiéis. Crescia o seu zelo com o trabalhos e os perigos. Percorria com S. Barnabé a Pisídia, a Atália e grande parte da Síria, ordenando bispos e sacerdotes e fundando igrejas em todas aquelas províncias. Não é fácil imaginar o muito que o grande apóstolo padeceu por Cristo naquelas expedições. Ele próprio dá testemunho de que nenhum outro padeceu mais trabalho, sofreu mais golpes, tolerou mais cárceres; muitas vezes se viu às portas da morte, nos rios, nos caminhos, por mar e terra. Não se podem explicar os perigos a que se expôs por parte dos judeus, dos gentios e dos falsos irmãos, empenhados todos em o desacreditar e perder, sem estar seguro ainda nos mais embrenhados desertos. Quantos dias passou sem comer nem beber, quantas noites sem dormir, exposto a todos os rigores do tempo, sem recurso nem abrigo! Cinco vezes foi cruelmente açoitado pelos judeus com nervos de boi; duas com varas, por ordem dos magistrados das cidades da Ásia ou da Grécia; três vezes padeceu naufrágios; passou um dia e uma noite flutuando entre as ondas do mar, esperando ser tragado por elas a cada momento. Mas no meio de tantos trabalhos, S. Paulo, sempre o mesmo, sempre mais e mais abrasado no amor de Jesus Cristo, sempre mais e mais zeloso de levar seu santo nome por todas as nações da terra! Causa assombro considerar as cidades, as províncias, os reinos e os vastos domínios que percorreu este grande apóstolo, anunciando o Evangelho em todos eles. Fez três ou quatro viagens a Jerusalém, percorreu, depois da sua separação de S. Barnabé, todas as Igrejas da Cilícia, Síria e Atália. Estando em Licaónia, tomou por companheiro o seu querido discípulo Timóteo; daqui passou à Frigia e à Galácia, onde converteu muitos gentios. Chegado à Macedónia, pregou em Filipos, onde produziu maravilhosos frutos; de Filipos passou a Selêucia, daqui à Bereia e a Atenas, onde falou no Areópago, naquele famoso tribunal dos Atenienses, declarando com tanta força e tanta eloquência a divindade de Jesus Cristo, a ressurreição dos mortos e a santidade do Evangelho, que se converteram à fé Dionísio, um dos mais célebres e mais sábios daquela Academia – assim se diz – uma mulher chamada Dâmaris e outros muitos. De Atenas encaminhou-se para Corinto, onde permaneceu perto de dezoito meses com a consolação de ver florescer e triunfar naquela cidade a religião cristã, crescendo tanto a Igreja de Corinto pelo grande número de indivíduos que abraçaram a fé, que foi um dos mais ilustres reinos de Jesus Cristo nos primeiros séculos. mas quanto maiores eram os progressos que fazia o Evangelho, mais tinha S. Paulo que padecer. Embarcou em Cêncrio para voltar à Síria; atravessou a Galácia, a Frígia e as províncias da Ásia mais afastadas do mar. Chegou a Éfeso, onde pregou o Evangelho; mas foi posto fora desta cidade por um motim, levantado por um artista de prata, chamado Demétrio; sublevou o povo contra o apóstolo, irritado por ver o grande desfalque que sofria a venda de suas imagens ou medalhas de Diana de Éfeso, pela pregação de S. Paulo. Este transitou pela Macedónia, onde permaneceu algum tempo; e, enfim, voltou pela quarta vez a Jerusalém, pelo ano 58. Vendo-o os judeus no templo, lançaram-se sobre ele e pediram auxilio para o prender. «Este é, diziam, aquele homem que em toda a parte prega contra a lei, contra o templo e contra o povo de Deus». Do povo comunicou-se logo o tumulto e, concorrendo de toda a cidade, arremessaram-se contra o apóstolo; arrastaram-no para fora do templo, cobriram-no de golpes; e teriam acabado com ele, se não tivera acudido o tribuno Lísias, que comandava a coorte romana; arrancando-o com grande trabalho das mãos daqueles furiosos, sem mais informação e interrogatório, mandou atá-lo e lançar-lhe cadeias, pondo-o em seguida em segurança. Era tal o concurso, que se viram, obrigados os soldados a fazê-lo subir por uma escadaria de pedra que estava da banda de fora do cárcere. Quando S. Paulo percorreu com a vista, do alto da escada, aquela multidão, pediu licença ao tribuno para falar ao povo; e obtendo-a; referiu a história da sua conversão; mas quando chegou ao ponto em que Cristo lhe mandou levar a pregação aos gentios, entraram os judeus a dar-lhe gritos descompostos e a soltar-se contra ele com desenfreamento. Para os sossegar, ordenou-lhe o tribuno que entrasse para a prisão, com o intento de lhe aplicar a tortura, mas, tendo sabido que era cidadão romano, mudou de propósito e mandou tirar-lhe as cadeias. Informado depois de a disputa versar sobre pontos de religião, convocou o conselho plenário dos Judeus. Logo que abriu S. Paulo a boca para falar, o sacerdote descarregou-lhe brutalmente sobre o rosto uma bofetada, que o santo sofreu com grande paciência, de modo que a reunião ficou como atónita e confundida, dissolvendo-se tumultuariamente. Mandou o tribuno que o tornassem a levar à prisão, com receio de que a multidão o fizesse em pedaços. Na noite seguinte apareceu-lhe Jesus Cristo, animou-o, confortou-o e disse-lhe que, assim como tinha dado testemunho d’Ele em Jerusalém, era mister que o desse também em Roma.
Enquanto isto se passava no cárcere, mais de quarenta judeus tinham acudido a casa do príncipe dois sacerdotes, protestando que não comeriam, enquanto se não tirasse a vida a S. Paulo. Tendo-o sabido Lísias, deu ordem para que, à meia noite, partisse o nosso santo com uma boa escolta para Cesareia, onde se achava Félix, governador da Judeia, dando-lhe uma participação exacta do sucedido. Dois anos o teve Félix preso em Cesareia, onde o santo confundiu os judeus em quantas ocasiões se lhe ofereceram, e converteu muitos pagãos. Festo, sucessor de Félix, propôs a S. Paulo em conselho se queria ser remetido para Jerusalém, a fim de que se julgasse a sua causa; mas o santo, que sabia da conspiração dos judeus, respondeu que não havia motivo, pois estava inocente e nunca tinha feito mal a ninguém; mas, visto que a sua causa estava no tribunal de César, para César apelava. No dia seguinte teve outra audiência do governador, em presença do rei Agripa. Este ficou tão,plenamente convencido da sua inocência, que disse a Festo dever pô-lo em liberdade, se não tivesse ele apelado para César. Dispostas já todas as coisas para o embarque, S. Paulo, seguido de S. Lucas e de Aristarco, fez-se à vela para Roma. A poucos dias de navegação, levantou-se uma tormenta tão desfeita, que não só se viram constrangidos a alijar a carga, mas também os próprios aparelhos do navio; e prosseguindo sempre com maior violência , chegaram todos a perder a esperança de se salvarem. Mas, fazendo oração o apóstolo, conseguiu que ninguém do navio perecesse e, com efeito, dando á costa na ilha de Malta, todos ganharam a terra, uns a nado, outros em tábuas, sem que houvesse um só que não se reconhecesse devedor da vida ao santo apóstolo. Receberam os insulanos os náufragos com muita humanidade, e fizeram lume para que secassem a roupa. Ajuntou S. Paulo umas poucas de maravalhas para avivar mais a chama, sem dar por uma víbora que vinha dentro delas, a qual, logo que sentiu a mão, mordeu o apóstolo. Viram isto os bárbaros, e julgaram que seria homem facinoroso, perseguido pela justiça dos deuses, esperando por instantes que caísse morto em terra; mas Paulo não fez mais do que sacudir a mão, e a víbora caiu no fogo sem lhe ter feito o mais leve dano; à vista disso, atónitos os bárbaros, e mudando de repente o conceito, começaram a olhá-lo como homem extraordinário. Hospedou-o em sua casa o mais considerado da ilha, chamado Públio, romano, o qual tinha seu pai enfermo; mas apenas S. Paulo o visitou , logo ficou repentinamente são. Com a notícia deste milagre, acudiram logo ao apóstolo todos os enfermos da ilha, e todos recuperaram saúde. Depois de nela se haver demorado seis meses, embarcou o santo com os seus companheiros, aportou a Siracusa da Sicília, desembarcou em Pozuoles e partiu por terra para Roma. Tendo tido notícia os fiéis da sua vinda, saíram de tropel a recebê-lo, e bem fácil é imaginar a ternura com que o faziam. Deu-se-lhe permissão para que andasse livremente pela cidade, só com guarda à vista; aproveitou-se desta liberdade para instruir os judeus e para confirmar os fiéis na fé. Dois anos (61-62) esteve S. Paulo em Roma, durante os quais pregou maravilhosamente o reino de Jesus Cristo, fazendo numerosas conversões, até no próprio palácio do imperador. Justificado plenamente em todos os tribunais, mandaram-no absolvido de tudo quanto lhe imputavam. Vendo-se já em inteira liberdade, levou o Evangelho a muitas províncias, e não poucos autores crêem ter estado o santo em Espanha. É provável que tivesse regressado ao oriente, não achando descanso nem consolação senão em seus trabalhos apostólicos; podendo-se dizer sem exagero que foi um milagre contínuo a vida desse grande apóstolo. A perseguição rebentou em Roma a seguir ao grande incêndio de ano de 64. S. Paulo foi preso na Ásia pelo fim do ano 66. Trouxeram-no acorrentado para Roma, onde este cativeiro foi muito mais rigoroso que o primeiro. Provavelmente esteve na prisão na companhia de Pedro, que sendo simples judeu, foi executado com toda a simplicidade jurídica. Mas Paulo, cidadão romano, sobreviveu vários meses, ao que parece. Da cadeia escreveu uma carta última a Timóteo. Antes de pedir que lhe traga a capa, os livros e sobretudo os pergaminhos, diz: «Quanto a mim, estou pronto para o sacrifício; e o tempo da minha partida já se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira e guardei a fé. Já nada me resta senão receber a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia, e não só a mim, mas também àqueles que desejam a sua vinda» (2 Tim 4, 6-8). Foi-lhe cortada a cabeça junto à entrada de Óstia, segundo a tradição (no ano 67 ?), na localidade chamada Tre Fontane. Temos catorze epístolas de S. Paulo, nas quais podemos dizer que se contém toda a doutrina cristã. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt Ver também http://es.catholic.net/santoral, www.santiebeati .it e outros não mencionados aqui. 
NOTA de António Fonseca: Relativamente a estas duas biografias acima transcritas, (S. Pedro e S. Paulo) esclareço que as mesmas foram transcritas directamente do livro SANTOS DE CADA DIA, apenas não tendo sido respeitada a colocação de parágrafos, em que optei – como aliás sempre faço - em colocar o mínimo de parágrafos possível para tornar um pouco menos longa a sua leitura, por quem estiver interessado (pois se não o fizesse, o seu espaço seria muito maior, como calculam… por isso, as minhas desculpas
Pedro y  Pablo,  Santos
Pedro e Pablo, Santos
Origem da festa São Pedro e São Paulo são apóstolos, testemunhas de Jesús que deram um grande testemunho. Diz-se que são as duas colunas do edifício da fé cristã. Deram sua vida por Jesús e graças a eles o cristianismo estendeu-se por todo o mundo. Os cadáveres de São Pedro e São Paulo estiveram sepultados juntos por umas décadas, depois foram devolvidos às suas sepulturas originais. Em 1915 se encontraram estas tumbas e, pintadas nos muros dos sepulcros, expressões piedosas que punham manifestas a devoção por São Pedro e São Paulo desde os inícios da vida cristã. Crê-se que nesse lugar se levavam a cabo as reuniões dos cristãos primitivos. Esta festa dupla de São Pedro e São Paulo tem sido desde então, comemorada em 29 de Junho. O sentido de ter uma festa é recordar o que estes dois grandes santos fizeram, aprender de seu exemplo e pedir-lhes neste dia especialmente sua intercessão por nós.
São Pedro
São Pedro foi um dos doze apóstolos de Jesús. Seu nome era Simão, mas Jesús o chamou Cefas que significa “pedra” e lhe disse que seria a pedra sobre a que edificaria Sua Igreja. Por esta razão, o conhecemos como Pedro. Era pescador de oficio e Jesús chamou-o a ser pescador de homens, para lhes dar a conhecer o amor de Deus e a mensagem de salvação. Ele aceitou e deixou sua barca, suas redes e sua casa para seguir a Jesús. Pedro era de carácter forte e impulsivo e teve que lutar contra a comodidade e contra seu gosto por se salientar ante os demais. Não compreendeu a Cristo quando falava acerca de sacrifício, cruz e morte e até chegou a propor a Jesús um caminho mais fácil; sentia-se muito seguro de si mesmo e prometeu a Cristo que nunca o negaria, tão só umas horas antes de o negar três vezes.  Viveu momentos muito importantes junto a Jesús:
  • Viu a Jesus quando caminhou sobre as águas. Ele mesmo o tentou, mas por desconfiar esteve a ponto de se afogar.
  • Presenciou a Transfiguração do Senhor.
  • Esteve presente quando prenderam a Jesus e cortou a orelha a um dos soldados atacantes.
  • Negou a Jesus três vezes, por medo aos judeus e depois arrependeu-se de o fazer.
  • Foi testemunha da Ressurreição de Jesus.
  • Jesus, depois de ressuscitar, perguntou-lhe três vezes se o amava e às três vezes respondeu que sim. Então, Jesus lhe confirmou sua missão como chefe Supremo da Igreja.
  • Esteve presente quando Jesus subiu ao céu na Ascensão e permaneceu fiel na oração esperando o Espírito Santo.
  • Recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes e com a força e o valor que lhe entregou, começou sua pregação da mensagem de Jesus. Deixou atrás as dúvidas, a cobardia e os medos e tomou o mando da Igreja, baptizando esse dia a vários milhares de pessoas.
  • Realizou muitos milagres em nome de Jesus.
  • Nos Actos dos Apóstolos, narram-se várias façanhas e aventuras de Pedro como primeiro chefe da Igreja. Narram-nos que foi feito prisioneiro com João, que defendeu a Cristo ante os tribunais judeus, que foi encarcerado por ordem do Sinédrio e libertado milagrosamente de suas cadeias para voltar a pregar no templo; que o detiveram pela segunda vez e ainda assim, se negou a deixar de pregar e foi mandado para ser açoitado. Pedro converteu a muitos judeus e pensou que já havia cumprido com sua missão, mas Jesus apareceu-lhe e lhe pediu que levasse esta conversão aos gentios, aos não judeus. Nessa época, Roma era a cidade mais importante do mundo, pelo que Pedro decidiu ir lá para pregar a Jesus. Aí se encontrou com várias dificuldades: os romanos tomavam as crenças e os deuses que mais gostavam dos diferentes países que conquistavam. Cada familia tinha seus deuses do lar. A superstição era uma verdadeira praga, abundavam os adivinhos e os magos. Ele começou com sua pregação e aí surgiram as primeiras comunidades cristãs. Estas comunidades davam um grande exemplo de amor, alegria e de honestidade, numa sociedade violenta e egoísta. Em menos de trezentos anos, a maioria dos corações do império romano ficaram conquistados para Jesus. Desde então, Roma se constituiu como o centro do cristianismo. No ano 64, houve um incêndio muito grande em Roma que não foi possível sufocar. Corria o rumor de que havia sido o imperador Nero que o havia provocado. Nero deu-se conta que seu trono estava em perigo e alguém lhe sugeriu que acusasse os cristãos de haver provocado o incêndio. Foi assim que se iniciou uma verdadeira “caçada” dos cristãos: atiravam-nos para o circo romano para ser devorados pelos leões, eram queimados nos jardins, assassinados em plena rua ou torturados cruelmente. Durante esta perseguição, que durou uns três anos, morreu crucificado Pedro por mandato do imperador Nero.  Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque não se sentia digno de morrer como seu Mestre. Trinta e sete anos durou seu seguimento fiel a Jesus. Foi sepultado na Colina Vaticana, perto do lugar de seu martírio. Aí se construiu a Basílica de São Pedro, centro da cristandade. São Pedro escreveu duas cartas ou epístolas que formam parte da Sagrada Escritura. ¿Que nos ensina a vida de Pedro? Nos ensina que, apesar da debilidade humana, Deus nos ama e nos chama à santidade. Apesar de todos os defeitos que tinha, Pedro conseguiu cumprir com sua missão. Para ser um bom cristão há que esforçar-se por ser santo todos os dias. Pedro concretamente nos diz: “Sejam santos em vosso proceder como é santo o que nos chamou” (I Pedro, 1,15)  Cada qual, de acordo a seu estado de vida, deve trabalhar e pedir a Deus que o ajude a alcançar sua santidade. Nos ensina que o Espírito Santo pode obrar maravilhas num homem comum e corrente. Pode fazê-lo capaz de superar os maiores obstáculos. A Instituição do Papado - Toda a organização necessita de uma cabeça e Pedro foi o primeiro chefe e a primeira cabeça da Igreja. Foi o primeiro Papa da Igreja Católica. Jesus lhe entregou as chaves do Reino e disse-lhe que tudo o que atasse na Terra ficaria atado no Céu e tudo o que desatasse ficaria desatado no Céu. Jesus o encarregou de cuidar de sua Igreja, cuidar de seu rebanho. O trabalho do Papa não só é um trabalho de organização e direcção. É, antes de tudo, o trabalho de um pai que vela por seus filhos. O Papa é o representante de Cristo no mundo e é a cabeça visível da Igreja. É o pastor da Igreja, dirige-a e a mantém unida. Está assistido pelo Espírito Santo, que atua directamente sobre Ele, o santifica e o ajuda com seus dons a guiar e fortalecer a Igreja com seu exemplo e palavra. O Papa tem a missão de ensinar, santificar e governar a Igreja. Nós, como cristãos devemos amá-lo pelo que é e pelo que representa, como um homem santo que nos dá um grande exemplo e como o representante de Jesus Cristo na Terra. Reconhecê-lo como nosso pastor, obedecer seus mandatos, conhecer sua palavra, ser fieis a seus ensinamentos, defender sua pessoa e sua obra e rezar por Ele. Quando um Papa morre, se reúnem no Vaticano todos os cardeais do mundo para eleger o novo sucessor de São Pedro e à porta fechada, reúnem-se em Conclave (que significa: fechados com chave). Assim permanecem em oração e sacrifício, pedindo ao Espírito Santo que os ilumine. Enquanto não é eleito Papa, na chaminé do Vaticano sai fumo negro e quando é eleito, sai fumo branco como sinal de que já se escolheu ao novo representante de Cristo na Terra.



  • Seu nome hebreu era Saulo. Era judeu de raça, grego de educação e cidadão romano. Nasceu na província romana de Cilicia, na cidade de Tarso. Era inteligente e bem preparado. Havia estudado nas melhores escolas de Jerusalém. Era inimigo da nova religião cristã já que era um fariseu muito estrito. Estava convencido e comprometido com sua fé judia. Queria dar testemunho desta e defendê-la a todo o custo. Considerava aos cristãos como uma ameaça para sua religião e acreditava que se devia acabar com eles a qualquer custo. Dedicou-se a combater os cristãos, que tinham razões para o temer. Os chefes do Sinédrio de Jerusalém o encarregaram de prender aos cristãos da cidade de Damasco.  No caminho de Damasco, apareceu-lhe Jesús no meio de um grande resplendor. Caiu em terra e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” ( Actos dos Apóstolos 9, 1-9.20-22.). Com esta frase, Paulo compreendeu que Jesus era verdadeiramente Filho de Deus e que ao perseguir aos cristãos perseguia ao mesmo Cristo que vivia em cada cristão. Depois deste acontecimento, Saulo se levantou do solo, e ainda que tivesse os olhos abertos não via nada. Levaram-no a Damasco e passou três dias sem comer nem beber. Aí, Ananias, obedecendo a Jesus, fez que Saulo recobrasse a vista, se levantasse e fosse baptizado. Tomou alimento e se sentiu com forças. Esteve alguns dias com os discípulos de Damasco e depois começou a pregar a favor de Jesus, dizendo que era o Filho de Deus. Saulo mudou o nome para Paulo. Foi a Jerusalém para pôr-se à ordem de São Pedro. A conversão de Paulo foi total e o maior apóstolo que a Igreja teve. Foi o “Apóstolo das Gentes” já que levou o Evangelho a todos os homens, não só ao povo judeu. Compreendeu muito bem o significado de ser apóstolo, e de fazer apostolado a favor da mensagem de Jesus. Foi fiel à chamada que Jesus lhe fez no caminho a Damasco. Levou o Evangelho por todo o mundo mediterrâneo. Seu labor não foi fácil. Por um lado, os cristãos desconfiavam dele, por sua fama de grande perseguidor das comunidades cristãs. Os judeus, por seu lado, admiravam-lhe a coragem por “mudar de bando". Em várias ocasiões teve que se esconder e fugir do lugar onde estava, porque sua vida perigava. Realizou quatro grandes viagens apostólicas para levar a todos os homens a mensagem de salvação, criando novas comunidades cristãs nos lugares porque passava e ensinando e apoiando as comunidades já existentes. Escreveu catorze cartas ou epístolas que formam parte da Sagrada Escritura. Como Pedro, foi martirizado em Roma. Cortaram-lhe a cabeça com uma espada pois, como era cidadão romano, não podiam condená-lo a morrer numa cruz, já que era uma morte reservada para os escravos.

    ¿Que nos ensina a vida de São Paulo?
    Nos ensina a importância do trabalho apostólico dos cristãos. Todos os cristãos devemos ser apóstolos, anunciar a Cristo comunicando sua mensagem com a palavra e o exemplo, cada um no lugar onde viva, e de diferentes maneiras. Nos ensina o valor da conversão. Nos ensina a fazer caso de Jesus deixando nossa vida antiga de pecado para começar uma vida dedicada à santidade, às boas obras e ao apostolado.
    Esta conversão seguiu vários passos:
    1. Cristo deu o primeiro passo: Cristo buscou a conversão de Paulo, que tinha uma missão concreta.
    2. Paulo aceitou os dons de Cristo: O maior destes dons foi o de ver a Cristo no caminho de Damasco e reconhecê-lo como Filho de Deus.
    3. Paulo viveu o amor que Cristo lhe deu: Não só aceitou este amor, mas fê-lo parte de sua vida. Sendo o principal perseguidor, converteu-se no principal propagador da fé católica.
    4. Paulo comunicou o amor que Cristo lhe deu: Dedicou-se a levar o grande dom que havia recebido aos outros. Sua vida foi um constante ir e vir, fundando comunidades cristãs, levando o Evangelho e animando com suas cartas aos novos cristãos em comum acordo com São Pedro.
    Estes mesmos passos são os que Cristo utiliza em cada um dos cristãos. Nós podemos dar uma resposta pessoal a este chamado. Assim como o fez Paulo na sua época e com as circunstâncias da vida, assim cada um de nós hoje pode dar uma resposta ao chamado de Jesus.

    Visita o Especial de São Paulo com toda a informação acerca do Ano Paulino (2008-2009). Se quiserem poderão também consultar este blogue nas publicações quer fiz durante o Ano Paulino. António Fonseca
  • Raimundo Lulio, Beato
    Raimundo Lulio, Beato
    Foi terceiro franciscano, nasceu e morreu em Maiorca, nas Ilhas baleares. É um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo. A sua produção imensa incluí obras de teologia, filosofia, ciência e pedagogia, romances filosóficos, poemas líricos e místicos da maior beleza. Foram-lhe atribuídos tratados de magia e alquimia, que não lhe pertence. Em 1131, assim resumia ele a sua vida: «Fui casado, tive filhos, fui rico, gostei do mundo e dos prazeres. Depois tudo deixei pela glória de Deus, pelo bem dos meus irmãos, e com vista na propagação da verdadeira fé. Aprendi o árabe e muitas vezes fui à terra dos sarracenos. Pela minha fé fui flagelado e encarcerado. Durante 45 anos procurei interessar os chefes da Igreja e os príncipes cristãos no bem público. Agora que sou velho e pobre, o meu ideal é sempre o mesmo e tal se manterá até à minha morte». Tinha muitas vezes procurado o martírio; obteve-o com a idade de 80 anos. Em Bejaia, na Argélia, os Mouros lapidaram-no e deixaram-no por morto na praça. Expirou á vista de Maiorca, no navio que o tinha recolhido. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it 
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  • 59960 > San Cassio di Narni Vescovo 29 giugno MR
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  • Siro di Genova
  • Recolha e transcrição (letra a letra) das duas primeiras biografias de S. Pedro e S. Paulo, através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt e transcrição das restantes através do site http://es.catholic.net/santoral
    por António Fonseca
  • Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

       Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...