S. Sisto, terceiro papa deste nome, era romano e nasceu nos fins do século IV. O zelo com que combateu as heresias do seu tempo, quando era ainda presbítero, e a honra de ser elevado ao sacerdócio num tempo em que somente se ascendia a esta dignidade pelos méritos duma notória virtude, tudo isso faz ver qual foi a regularidade da sua juventude. Conhecendo os pelagianos, negadores do pecado original, quanta honra imprimiria ao seu partido o simples nome do presbítero Sisto, se se chegasse a divulgar que ele seguia os seus erros, ousaram gabar-se de o terem como protetor e chefe. Soube-o o santo, e logo se apressou a desenganar o público. Sisto não somente anatematizou, à face de todo o povo, o pelagianismo, condenado no concílio de Éfeso (431), senão que refutou solidamente em suas epistolas os pretendidos dogmas destes hereges, e forçou-os a renunciar aos seus erros. Acompanhou a célebre epistola do papa S. Zósimo, sobre a condenação de Pelágio, doutra epístola a Aurélio, bispo de Cartago, e doutra ainda de Santo Agostinho, que lhe escreveu duas sobre o mesmo assunto, felicitando-o pelo zelo que mostrava. “Não posso exprimir-vos – diz o santo doutor na primeira – o prazer que me causou a vossa carta. Não me contentei com lera que enviastes ao santo bispo Aurélio; fiz extrair muitas cópias dela para a tornar pública, a fim de todos verem quais são os vossos piedosos sentimentos acerca dos perniciosos dogmas que tendem a aniquilar a graça divina que Deus concede aos pequenos e aos grandes. Li, com maior satisfação ainda, o excelente livro que compusestes em defesa da graça de Jesus Cristo; e faço o possível para que todos o leiam. Pois pode haver leitura mais agradável que uma defesa tão pura da graça de Deus, contra os seus inimigos, e isto da própria boca daquele a quem esses inimigos proclamavam seu protetor e corifeu? Na segunda carta, Santo Agostinho felicita-o por ter sido o primeiro a condenar publicamente os erros de Pelágio, posto que não fosse ainda senão simples sacerdote. Morto o papa S. Celestino I, foi nomeado o nosso santo seu sucessor a 26 de Abril do ano 432. Desde o início do pontificado dedicou todos os desvelos a extirpar as perniciosas heresias, que, embora recém-nascidas, faziam gemer toda a santa igreja. O único heresiarca até então existente, Nestório, tinha sido condenado em Roma por S. Celestino, no ano de 430, e em 432 em Éfeso, pelo concílio geral, que, depondo-o da sua cadeira episcopal, o desterrou para um mosteiro de Antioquia. S. Sisto, como bom pastor, movido de compaixão por esta ovelha desgarrada, procurou sará-la e reduzi-la ao aprisco da fé; porém, tão inutilmente, que o infeliz heresiarca e seus parciais tiveram a incrível coragem, de publicar que o santo pontífice lhes não era contrário. Em breve foi o público desenganado dessa calúnia. O nosso santo escreveu a S. Cirilo e João de Antioquia, depois que este abandonou o partido de Nestório, cartas de congratulação, exortando-os a trabalhar na conversão dos hereges e a receber caridosamente os que de boa fé voltassem ao grémio da Igreja; mas que se mostrassem inexoráveis com os que perseverassem nos seus erros. Foi sem dúvida em resultado destas cartas do santo pontífice que o desgraçado Nestório, cada vez mais obstinado na sua impiedade, foi tirado do mosteiro e enviado ao exílio, onde morreu sem dar indício algum de arrependimento. S. Sisto foi vítima das maiores calúnias. Basso, pessoa de qualidade mas quase sem religião, acusou o santo pontífice dum delito enorme. Era tão atroz a acusação e, tornando-se pública, produziu tão ruidoso escândalo, que o imperador Valentiniano julgou necessário que se convocasse um concílio onde fosse juridicamente declarada a inocência do santo pontífice e reparada a sua reputação. Reuniu-se um concílio não ecuménico, formado por 567 bispos, examinou-se a causa, tornou-se patente a inocência de Sisto; e, convencido de calúnia, o acusador foi canonicamente excomungado. Uns meses depois morreu Basso com mostras de grande arrependimento; o caritativo Sisto assistiu-lhe com grande amor na sua última enfermidade, absolveu-o da excomunhão e administrou-lhe o Sagrado Viático. É difícil exprimir o ardor e zelo com que este santo papa se devotou a extinguir, à nascença, todas as perniciosas inovações que surgiam cada dia, ressuscitando ele na Igreja a primitiva piedade e renovando o vigor da disciplina eclesiástica. A Igreja de Ravena deve-lhe a glória de haver tido o bispo S. Pedro Crisólogo. Julião de Edana, famoso pelagiano, desejando com paixão ambiciosa recuperar a sua cadeira episcopal, de que tinha sido justissimamente deposto, procurou reentrar na comunhão da Igreja, fingindo-se convertido e valendo-se de todos os artifícios para disso persuadir a S. Sisto; mas o santo pontífice, descobrindo através daquelas aparentes exterioridades a malignidade do herege embusteiro soube manter-se inflexível. A solicitude pastoral com que atendia às necessidades todas as igrejas e os desvelos imensos a que se entregava para prover a tudo, não o impediram de enriquecer com magnificência e liberdade as igrejas de Roma. A grande devoção que professava à Santíssima Virgem, moveu-o a reparar a antiga basílica de Libério, consagrada à Augusta Mãe de Deus, que depois se chamou Santa Maria Maior. Enriqueceu-a com um altar de para-ta maciça, com o belo mosaico do arco triunfal, etc. . Deu à Igreja de S. Pedro um ornamento de prata do peso de quatrocentas libras. Na de S. Lourenço erigiu colunas de pórfiro e de prata, adornando-a com uma primorosa balaustrada e com uma estátua do santo, de grande preço. Há poucas igrejas antigas em Roma, onde se não conservem monumentos da piedosa magnificência deste grande pontífice. Por último, depois de ter governado com sabedoria consumada a Santa Sé durante uns oito anos, tão odiado dos hereges como amado e venerado dos fiéis, morreu em Roma, no ano de 440. O santo corpo foi enterrado na catacumba de S. Lourenço. Deixou muitas cartas e composições poéticas. Sucedeu-lhe no pontificado S. Leão Magno, que tinha sido seu discípulo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Religioso (1304-1346)
Nasceu em Bérgamo (Lombardia, Itália), em 1304, e morreu em Esmirna (Turquia), a 28 de Março de 1346. A carreira deste eloquente dominicano decorreu na época em que os Papas viviam em Avinhão (1309-1377). Desde que ele se pôs a pregar, toda a Itália o quis ouvir. Em Bérgamo, bastou-lhe um sermão para transformar o maior bandido da região num paroquiano edificante. Afirmara do púlpito, segundo o acusaram, que um Papa que sai de Roma deixa de ser Papa, e que Bento XII (1342) tinha por conseguinte de voltar quanto antes para a Cidade Eterna? O que é certo é que Bento XII não tardou em exilar Venturino para um desconhecido convento de França, destituído de qualquer jurisdição. Mas Clemente VI (1342-1352) pôs fim ao exílio; e Venturino veio pregar em Avinhão, mostrando teologicamente que os Papas, estejam onde estiverem, são sempre Papas. Encarregado de reunir uma cruzada contra os Turcos, morreu em Esmirna com os franceses que tinha levado consigo para os combater. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Doroteo de Gaza, Santo
Asceta
Doroteo de Gaza, Santo
Etimologicamente significa “ dom de Deus”. Vem da língua grega. Há dias no Santoral, em que abundam muitos nomes. E ao ver Doroteo, o de Gaza é o que tem maior esplendor e fama. Veio ao mundo na Palestina quando o século VI terminava. Durante sua infância e adolescência tinha pânico e horror aos estudos. Não há nada novo sob o sol. ¡Que o digam a tantos estudantes! Tudo mudou ao entrar no mosteiro do abade Seridio. Este buscou o monge Juan para que o educasse e lhe ensinasse quanto fosse necessário. Pelos vistos depois, este mestre teve que ser excelente, já que desde então se entregou ao estudo com enorme interesse e paixão. Mas não somente havia ingressado no mosteiro para ser mais sábio em letras e em ciências, mas também e, sobretudo, para ser santo. São duas atividades que devem ir paralelas se queremos conseguir o equilíbrio pessoal a que estamos chamados como pessoas. Lhe encomendaram a preciosa missão de cuidar aos anciãos e enfermos. Uma realidade palpitante em nossa sociedade, saturada de consumo e falta de humanidade em não poucos casos. Este trabalho lhe proporcionou muita mais sabedoria prática que tudo o anterior. São – como as crianças – a porção privilegiada do Evangelho, inclinado sempre com os débeis em todos os sentidos. O formaram de tal maneira que, quando foi nomeado abade do mosteiro entre Gaza e Majuna, escreveu livros ascéticos acerca da vida monástica. Quando seus mestres passaram a melhor vida, foi ele mesmo que se encarregou de todo o mosteiro. Igual ao que havia ocorrido a ele, fez o mesmo com o jovem Dositeo. Tão bem o educou que chegou a ser um santo em que brilhava sua virtude. Morreu no século VII. ¡Felicidades a quem leve este nome! Asceta: uma pessoa que se dedica particularmente à prática e exercício da perfeição espiritual
Esteban (Estevão) Harding, Santo
Abade
Esteban Harding, Santo
Martirológio Romano: No mosteiro de Cister, em Borgonha (hoje França), santo Esteban Harding, abade, que junto com outros monges veio de Molesmes e, mais tarde, esteve à frente deste célebre cenóbio, onde instituiu os irmãos conversos, recebeu a são Bernardo com trinta companheiros e fundou doze mosteiros, que uniu com o vínculo da Carta de Caridade, para que não houvesse discórdia alguma entre eles, mas que os monges atuassem com unidade de amor, de Regra e com costumes similares (1134). Etimologicamente: Esteban = Aquele que é laureado e vitorioso, é de origem grega. Nasceu em Sherborne em Dorsetshire, Inglaterra, a meados do século XI; morreu em 28 de Março de 1134. Recebeu sua primeira educação mo mosteiro de Sherborne e mais tarde estudou em Paris e Roma. No regresso desta última cidade, se deteve no mosteiro de Molesme e, ficou tão impressionado da santidade de Roberto, o abade, que decidiu unir-se a essa comunidade. Aqui praticou grandes austeridades, chegou a ser um dos principais partidários de São Roberto e foi um dos vinte e um monges que, pela autoridade de Hugo, arcebispo de Lyons, se retirou a Cîteaux para instituir uma reforma na nova fundação nesse lugar. Quando São Roberto foi chamado novamente a Molesme (1099), Esteban chegou a ser prior de Cîteaux sob Alberico, o novo abade. À morte de Alberico (1110), Esteban, que estava ausente do mosteiro nesse momento, foi eleito abade. O número de monges se havia reduzido muito, dado que não haviam ingressado novos membros para substituir aos que haviam falecido. Esteban, sem embargo, insistiu em reter a estrita observância instituída originalmente e, havendo ofendido ao Duque de Borgonha, grande promotor de Cîteaux, ao proibir a ele e a sua família penetrar no claustro, se viu inclusive forçado a pedir esmola de porta em porta. Parecia que a fundação estava condenada a morrer quando (1112) São Bernardo, com trinta companheiros, se uniu à comunidade. Isto resultou ser o inicio de uma extraordinária prosperidade. No ano seguinte Esteban fundou sua primeira colónia em La Ferté, e até antes de sua morte havia estabelecido um total de treze mosteiros. Seus talentos como organizador eram excepcionais, instituiu o sistema de capítulos gerais e visitas regulares para assegurar a uniformidade em todas suas fundações, redigiu a famosa “Constituição ou Carta da Caridade”, uma coleção de estatutos para o governo de todos os mosteiros unidos a Cîteaux, que foi aprovada pelo Papa Calixto II em 1119. Em 1133 Esteban, agora ancião, enfermo e quase cego, renunciou ao posto de abade, designando como seu sucessor a Roberto de Monte, que foi consequentemente eleito pelos monges. A eleição do santo, sem embargo, resultou desafortunada e o novo abade reteve o posto só dois anos. Além da “Constituição ou Carta da Caridade”, comummente se lhe atribui a autoria do “Exordium Cisterciencis Cenobii” que, sem embargo, podia não ser seu. Se conservam dois de seus sermões e também duas cartas (Nº 45 e 49) no “Epp. S. Bernardi”. Esteban foi sepultado na tumba de Alberico, seu predecessor, no claustro de Cîteaux. A celebração de San Esteban mudou de data com o tempo, de 17 de abril para 16 de julho, logo para 26 de Janeiro, festa dos santos Fundadores da Ordem Cisterciense: São Roberto, o beato Alberico e santo Esteban. Finalmente, a recente edição do "Martirológio romano" mostra sua celebração em 28 março, como ocasião do dia de sua morte.
Guntrano, Santo
Laico
Guntrano, Santo
Era neto de Santa Clotilde. irmão dos reis Charibert e Sigebert. Repudiou a primeira esposa, Veneranda, logo depois de haver-lhe dado só um herdeiro que morreu em tenra idade. A segunda esposa, Merestrude não teve melhor sorte, morreu pouco depois de seu parto junto com o menino. Austrechilde, a terceira esposa, lhe deu dois meninos que morreram jovens. Guntrano, logo a seguir, chegou à conclusão de que seu luto era consequência dos pecados cometidos, se comprometeu a não cair na tentação de mudar de esposa em procura de um herdeiro, adoptando a seu sobrinho Chieldeberto, órfão de um de seus irmãos. Em sua conversão ao cristianismo superou assim com remorsos os atos anteriores de sua vida, consagrando sua energia e fortuna a construir a Igreja. Pacificador, protetor dos oprimidos, atendia aos enfermos, terno com seus súbditos, generoso em suas esmolas, especialmente em épocas de fome ou praga. Obrigava ao correto cumprimento da lei sem favoritismos, perdoou inclusive ofensas contra ele incluindo a dois que intentaram assassiná-lo. Morreu em 28 de Março de 592, foi enterrado na Igreja de São Marcelo que ele havia fundado, seu crânio agora se conserva numa urna de prata. Foi declarado santo quase imediatamente depois de sua morte por seus súbditos.
Joana Maria de Maillé
Viúva
Juana María de Maillé
A Beata Juana María de Maillé é um exemplo ideal de mulher nobre terceira. Viúva e virgem de um valente, o barão de Silly. Na penitência e na caridade passou sua longa vida desenvolvendo uma ação religiosa e patriótica na corte de Carlos VI e entre os grandes de França para salvar a nação das lutas civis e dos ingleses. O desejo da vocação evangélica a impulsionou ao apostolado e à penitência solitária pelos caminhos de uma despojada pobreza. Juana María de Maillé nasceu em 14 de Abril de 1331 no castelo de La Roche, na diocese de Tours. Teve uma primeira visão da Virgem Maria e do Menino Jesus em 1342 e se consagrou a honrar a Paixão de Cristo.Recebeu a primeira educação religiosa de um Padre Franciscano, confessor da família; ele lhe ensinou o amor ardente a Cristo morto pela salvação da humanidade, a nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe dos homens, e ao Seráfico Pobrezinho São Francisco. Ela se empenhou em imitar suas virtudes, especialmente o amor à pobreza, à humildade e à oração, e se fez filha sua militando entre os irmãos e as irmãs da Penitência da Terceira Ordem Franciscana. Seu tutor em 1347 decidiu casá-la com Roberto de Silly. Os dois jovens esposos decidiram de comum acordo conservar a castidade e se dedicaram a socorrer aos desventurados durante a grande epidemia de peste negra nos anos 1346•1353. Roberto, capturado pelos ingleses e resgatado a preço de sua fortuna, morreu em 1362. Juana María, como em outro tempo Santa Isabel de Hungria, foi expulsa brutalmente pela família de Silly. Ela perdoou generosamente a quantos lhe haviam provocado tanta dor e bendisse a Deus no momento da prova. Se retirou a Tours para dedicar-se à oração e às boas obras. Fez voto de perpétua castidade nas mãos do arcebispo de Tours e entrou no hospício dos enfermos, decidida a levar uma vida sacrificada pelo bem dos irmãos pobres, enfermos e necessitados, como faziam os primeiros terceiros franciscanos. Perseguida pela malevolência dos que a rodeavam, se retirou ao eremitério de Planche de Vaux, onde levou vida contemplativa. Obrigada pelas condições de saúde a regressar a Tours em 1386, se foi a viver junto ao convento dos Cordígeros, nome popular dos Franciscanos, e se pôs sob a direção do Padre Martín de Bois Gaultier. Seu zelo a levou várias vezes à corte de Carlos VI, o rei louco, já a Tours, já a Paris, para intentar que corrigisse seus costumes. Foi favorecida com carismas místicos, era consultada em todas as oportunidades. Morreu em 28 de Março de 1414. Seu culto foi confirmado no ano 1871 pelo Papa Pío IX
BEATO JOSÉ SEBASTIÃO PELCZAR
Bispo (1842-1924)
José Sebastián Pelczar, Santo
Conforme podem verificar, este biografia foi publicada aqui, ontem (27.3) sob texto de www.jesuitas.pt, que transcrevo novamente.
Veio ao mundo em Korczyn, na Polónia. Antes de nascer já tinha sido consagrado à Santíssima Virgem, que o tomou sob a sua especialíssima protecção. Terminados os estudos teológicos no seminário diocesano, ordenou-se a 17 de Julho de 1864. O seu primeiro destino foi paroquiar a freguesia de Sambor, onde permaneceu apenas um ano, pois de 1865 a 1868 encontra-mo-lo em Roma a doutorar-se em teologia e Direito Canónico. Nessa altura aproveitou o tempo de férias para escrever De vita spiritualli (Sobre a vida espiritual), obra que atingiu oito edições e muito concorreu para a formação espiritual de sacerdotes, religiosos e leigos. De regresso à diocese, desempenhou as funções de professor no seminário e confessor e diretor de almas. Em 1877 partiu para Cracóvia como professor universitário de História Eclesiástica, Direito Canónico e Teologia Pastoral. Pôs particular empenho na formação espiritual dos alunos. Por sua reconhecida competência, foi designado Reitor Magnifico da Universidade. Apesar de todas estas atividades e honras, o Servo de Deus não descurou a sua vida de oração e o progresso nos caminhos do espírito. Assim, a 18 de Abril de 1893 ingressou na Ordem Terceira franciscana, fazendo a profissão sobre o sepulcro de S. Francisco de Assis. Ansiando vivamente acudir às necessidades do seu tempo, com a anuência do Arcebispo de Cracóvia, a 15 de Abril de 1894 fundou a Congregação franciscana das Servas do Sagrado Coração de Jesus para propagar a devoção ao mesmo Divino Coração e, a par disso, prestar assistência a empregadas domésticas, operárias, jovens e doentes. A nova família religiosa cresceu tão rapidamente que a 15 de Fevereiro de 1909 obteve o decreto de louvor e, três anos depois, a aprovação da Sé Apostólica. Sendo homem de tamanhas qualidades, era natural que fosse elevado à dignidade episcopal. Assim sucedeu em 1899, em que foi designado Bispo auxiliar de Przemysl, passando a titular da mesma no ano seguinte. Governou-a com prudência e sabedoria. Acima de tudo, empenhou-se em promover a piedade e formação do clero, pois, segundo ele dizia, só padres santos podem cuidar da santificação do povo. Para alimentar e dilatar a fé, não só difundia as práticas religiosas, mas restabeleceu as associações católicas, procurando que as antigas se adaptassem aos novos tempos. Por todos os meios ao seu alcance, seja pela publicação de livros e cartas pastorais, seja pela pregação apostólica, procurou incansavelmente concorrer para a formação dos seus diocesanos. Com o intuito de apoiar as obras pastorais nos fundamentos sólidos das leis eclesiásticas – apesar de naquele tempo a Polónia estar sujeita a países estrangeiros – , convocou um Sínodo diocesano, coisa que se não fazia há 179 anos. Em 1906 fundou a Associação Católica Social, que se estendeu a todas as paróquias. Por meio desta obra, criou bibliotecas, salas de leitura e escolas para a instrução de agricultores, caixas económicas para administrar as poupanças e, durante a guerra, cozinhas gratuitas para pobres, asilos para órfãos e outros centros de caridade para tratamento de doentes. Após 125 anos de domínio estrangeiro, a Polónia conseguiu a independência . O Servo de Deus, em 1921, escreveu uma carta pública aos homens do Governo e do Parlamento para se não deixarem induzir em erro por partidos ateus, mas legislarem de acordo com os princípios do Evangelho e da doutrina da Igreja, o que foi apreciado pelos dirigentes da Polónia Católica. O Beato José Sebastião Pelczar, que em 1873 tomara a decisão de consagrar ao Senhor todos os momentos da sua vida, procurou viver na presença de Deus com humildade e contínua abnegação de si mesmo. Assim procedeu até aos 82 anos da sua existência, quando foi chamado pelo Pai Celeste, a 28 de Março de 1924, para receber a recompensa dos justos. Foi beatificado por João Paulo II, a 2 de Junho de 1991, durante a sua visita a Polónia. Nessa altura, dirigindo-se às religiosas fundadas pelo beato, disse-lhes: “Diria que a vossa Congregação tem a sua origem, em certo sentido, em Maria e encontra a sua plenitude no Coração de Jesus. Ela nasceu, de facto, da fraternidade da Santíssima Virgem Maria Rainha da Polónia. O vosso beato Fundador foi um grande devoto da Mãe de Deus; tornou isso visível no seu brasão episcopal e no lema “Ave Maria” (…) . A espiritualidade do Beato José Sebastião estava unida à devoção da Mãe de Deus. Muitas vezes “lhe pedia conselho como havia de continuar a organizar a vida”, e considerava o rosário a oração sempre actual do homem… Na devoção a Maria, ele via fonte do renovamento do coração de cada homem, fonte da força espiritual, de unidade, de solidariedade, e, por conseguinte, de renovamento moral de toda a Nação polaca”. AAS 81(1989) 884-88; L’OSS. ROM. 9.6.1991. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Beato António Patrizi, monge e presbítero
Em Monticiano, perto de Siena, na Toscana (Itália), beato Antonio Patrizi, presbítero da Ordem de Ermitãos de Santo Agostinho, que se distinguiu por seu exímio amor aos irmãos e ao próximo. (1311)
Santo Castor, mártir
Em Tarso, cidade de Cilicia, hoje na Turquia, santo Cástor, mártir. (s. inc.)
São Cirilo, diácono e mártir
Em Heliópolis, de Fenícia, hoje Líbano, são Cirilo, diácono e mártir, que sob o imperador Juliano o Apóstata sofreu um cruel martírio. (c. 362)
Beato Conón, monge
Em Naso, perto de Messina, na ilha de Sicília (Itália), beato Conón, monge, que, de regresso de uma peregrinação aos Santos Lugares, ao encontrar defuntos a seus pais, distribuiu seus bens familiares entre os indigentes e abraçou a vida eremítica, segundo a disciplina dos monges orientais. (1236)
Beato Cristóbal Wharton, mártir
Em York, em Inglaterra, beato Cristóbal Wharton, presbítero, mártir em tempo da rainha Isabel I, justiçado por ser sacerdote. (1600)
Santo Hilarión de Pelecete, abade
Perto do monte Olimpo, em Bitinia, santo Hilarión, abade do mosteiro de Pelecete, que lutou valorosamente em defesa do culto das santas imagens. (s. VIII)
Santos Prisco, Malco e Alexandre, mártires
Comemoração dos santos mártires Prisco, Malco e Alejandro, os quais, durante a perseguição sob o imperador Valeriano, viviam numa granja perto de Cesareia de Palestina, e sabendo que nessa cidade se ofereciam celestiais coroas de martírio, inflamados do ardor divino da fé se apresentaram espontaneamente ante o juiz e o reprovaram por ter tanta sanha com o sangue dos santos, e este, imediatamente, os entregou às feras para que os devorassem. (260)
São Protério de Alexandria, bispo e mártir
Em Alexandria de Egipto, são Protério, bispo, que em Quinta-feira Santa, após um tumulto popular, foi cruelmente assassinado pelos monofisitas, seguidores de seu predecessor Dióscoro. (c. 455)
Beata Renata María Feillatreau, mártir
Em Angers, em França, beata Renata María Feillatreau, mártir, que, estando casada, durante a Revolução Francesa morreu guilhotinada por sua fidelidade à Igreja católica. (1794)
47450 > Sant' Aimone di Halberstadt Vescovo 27 marzo
47300 > Sant' Alessandro di Drizipara Martire 27 marzo
91516 > Sant' Augusta di Serravalle Vergine e martire 27 marzo
93838 > Beato Claudio Gallo Patriarca d’Antiochia 27 marzo
92815 > Santi Fileto e Lidia, sposi, e Macedone, Teoprepio, Cronide e Anfilochio Martiri 27 marzo
90070 > Beato Francesco Faà di Bruno Sacerdote 27 marzo MR
92214 > Madonna dei Lavoratori - Torino 27 marzo
93434 > San Matteo di Beauvais Crociato, martire 27 marzo
91166 > Beata Panacea De' Muzzi Vergine e martire 27 marzo MR
90742 > Beato Pellegrino da Falerone Sacerdote 27 marzo MR
47350 > San Ruperto Vescovo 27 marzo MR
Temporariamente, segundo informações do site www.santiebeati.it não é possível aceder às imagens dos santos acima descritos, pelo que agradeço a vossa compreensão. António Fonseca
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