sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nº 1253 – 1ª Página – (98/2012) - SANTOS DE CADA DIA – 12 de Abril de 2012 - 4º ano

Ver Notas no final
Nº 1253 – 1ª Página – 2012
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Páscoa do Senhor
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12 DE ABRIL DE 2012
Quinta-feira
Zenón de Verona, Santo
Zenón de Verona, Santo
Etimologicamente significa “relativo ao deus Zeus”. Vem do grego e do latim. Quando se visita a preciosa cidade de Verona, acode à mente a imagem deste santo. Os olhos não só contemplam o anfiteatro – bem conservado – ou a casa de Julieta, mas que também se dá uma volta para visitar a igreja de são Zenón. Ele morreu no ano 380. Se o conhecia somente graças aos cem sermões que se lhe atribuem. Se sabe que foi bispo de Verona, perto de Veneza em 362. O primeiro que aparece de sua figura , está em Juliano o Apóstata (361-363). É o caso de um clérigo pagão restabelecido em seu cargo durante o império, mas a que se lhe proibiu que fizesse proselitismo entre os cristãos. Outro dado é o que provém de Teodósia. Foi ela quem proclamou o cristianismo como religião do Estado. O bispo Zenón vivia ao modo, ao estilo próprio que levavam os apóstolos. É representado na arte e iconografia como o santo que leva um peixe para recordar-nos que, se não queres estar a cargo de ninguém, deves ir a pescar ao rio ou ao mar para comer o necessário. Boa ideia e magnífica lição a que nos deixa sua simbologia que, como sempre, transcende o olhar para diante e nunca para atrás. Se visitas Verona, além do típico nos guias turísticos, aproxima-te um pouco a contemplar o templo de santo Zenón. ¡Felicidades a quem leve este nome!
49300 > San Zeno (Zenone) di Verona Vescovo 12 aprile (e 21 maggio) MR
Ascolta da RadioMaria:
COMPLEMENTO
A maioria dos estudiosos pensa que Zenão nasceu em África por volta do ano 300. Ele recebeu uma educação latina e foi nomeado Bispo de Verona em 362. Não se conhece muito mais da sua vida, porém muitos dos seus sermões sobreviveram. O bispo Zenão lutou fervorosamente contra o Arianismo, uma escola de pensamento que sustinha que Jesus não era completamente Deus mas sim que tinha sido criado por Deus Pai. Mesmo depois do Arianismo ter sido condenado pelo Concílio de Niceia em 325, este continuou a ter muitos seguidores. O Arianismo era especialmente forte na diocese de Milão, que era a diocese vizinha àquela de Zenão, onde um bispo ariano exerceu o seu cargo desde o ano 354 até ao ano de 374. Diz-se que Zenão triunfou na sua luta contra os arianos em Verona, e também se pensa de um modo genérico que ele conseguiu converter e batizar com sucesso um grande número de pagãos.
Caridade para todos – Quando a sua congregação aumentou, Zenão construiu uma igreja maior, financiando-a com os contributos de alguns cidadãos ricos. O Santo nunca se cansou de pregar a caridade, incitando os seus paroquianos a fazer-se avante e a ajudar o próximo. Ele era tão convincente nos seus apelos, que se diz que nunca nenhum dos seus concidadãos teve que pedir ajuda porque os cristãos de Verona a ofereciam sempre em forma gratuita. Nos seus sermões, Zenão elogiava o seu rebanho pela sua amabilidade e generosidade, assegurando-lhes que encontrariam a sua recompensa no Céu, “quem pode ser mais rico que um homem perante o qual Deus se considera devedor?” perguntava ele. Pessoalmente, o Santo escolheu viver na pobreza, dando desta forma um exemplo tanto aos cristãos como aos outros. Alguns estudiosos dizem que Zenão foi perseguido e morreu como mártir no dia 12 de Abril de 371. No entanto Santo Ambrósio, um dos contemporâneos de Zenão, escreveu que ele morreu de uma “morte feliz”.
No seu rasto
Uma das prioridades de Zenão era comunicar a importância da caridade. Incentivava constantemente os seus contemporâneos a lembrarem-se dos menos afortunados.
Hoje os meios de comunicação social apoiam muitas campanhas de auxilio aos necessitados. Programas de rádio e televisão patrocinam causas, conseguindo reunir muitos donativos para obras de caridade e campanhas de auxilio a vítimas de catástrofes. Há também muitas personalidades do mundo do espetáculo e do desporto que disponibilizam o seu tempo e o seu nome para as causas que mais de perto tocaram o seu coração, dando-nos um exemplo de caridade para com os seus semelhantes. Ajudar os que necessitam de assistência sem olhar a raça ou credo é um dos pilares da fé cristã. A caridade é uma das qualidades mais elogiadas por  Cristo e pela  Igreja. Todos os esforços para ajudar os necessitados aproximam-nos de uma vida vivida segundo a palavra de Deus.
Oração
Ó caridade! Quão delicada, quão rica, quão poderosa és! Quem não te possui, nada tem. Tu pudeste transformar Deus em homem. Tu derrotaste a morte, ensinando deus a morrer, ensinma-me a amar todos aqueles que cruzam o meu caminho, pelo seu bem, para o vem da minha alma, e pelo amor de Jesus. Ámen.
(De uma oração de São Zenão)
No período da vida de São Zenão (300-371) ocorreram diversos acontecimentos dos quais se destacam: Julião, o Apóstata, é assassinado na Pérsia (363); Teodósio emana um édito que proíbe todos os cultos pagãos (392); O estribo é inventado na China (300); Santo Atanásio oficializa os livros do Novo Testamento(367).
Júlio I, Santo
Papa (352)

Julio I, Santo
Julio I, Santo
Os cristãos de então dividiam-se em ortodoxos, arianos e semi-arianos. (Tomam-se aqui como ortodoxos os seguidores da verdadeira fé, e não os cristãos orientais separados de Roma que para si tomam esta designação honrosa). Os ortodoxos do século IV professavam o Credo de Niceia (325); um só Deus em três pessoas consubstanciais e incriadas. Os discípulos de Ário I (336) defendiam que Jesus (o Verbo) é o primogénito do Pai, mas que foi tirado do nada e portanto não é Deus. E os semi-arianos moviam-se entre os dois grupos, elaborando credos de compromisso. O mérito de Júlio I (337-352) esteve em manter o mistério da Santíssima Trindade contra os que tentavam fazer do Evangelho um monoteísmo racionalista a meias, aceitável para todos. Foram precisos uns dez concílios falhados para se chegar ao I Concílio ecuménico de Constantinopla (381), representando este uma vitória em que todas as Igrejas cristãs foram unânimes em rejeitar o arianismo e os movimentos que lhe tomaram o lugar. Como preparação da assembleia de 381 devemos assinalar principalmente o concílio que S. Júlio I conseguiu reunir em Sárdica (Sófia, Bulgária) em 344; este reabilitou Santo Atanásio, que os arianos tinham expulsado cinco vezes de Alexandria, sua sé episcopal ; renovou a adesão ao texto exato do Credo de Niceia; e proclamou a primazia da sé episcopal de Roma. Mas como afirmava recentemente o cardeal Séper, muitos anos secretário da Congregação da Doutrina da Fé (antigo santo Ofício), foi ao credo simples do povo que se deveu a vitória prática sobre o arianismo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
49250 > San Giulio I Papa 12 aprile MR
Ascolta da RadioRai:

Teresa de Jesus, Santa
Religiosa (1900-1920)
Teresa de Jesús de los Andes
Teresa de Jesús de los Andes
João Paulo II, durante a sua visita ao Chile, em Abril de 1987, beatificou Joana Fernandéz Solar ou Irmã Teresa de Jesus, que veio ao mundito na capital daquele país, no dia 13 de Julho de 1900. Seus pais, Miguel Fernandéz Jaraquemada e Lúcia Solar Amstrong, eram pessoas abastadas de bens materiais e cristãos exemplares. No baptismo, que recebeu dois dias depois, deram-lhe os nomes de Joana, Henrica e Josefa dos Sagrados Corações. A mãe educou a filha com esmero, inculcando-lhe a prática das virtudes cristãs. Aos sete anos acercou-se ao sacramento da Penitência. No dia 11 de Setembro de 1910, depois de longa e fervorosa preparação, teve a feliz dita de comungar pela primeira vez. desde esse dia e sobretudo depois da Confirmação, que recebeu no mesmo ano, a menina crescia a olhos vistos na prática das virtudes. Tornou-se mais amável, mais calma, mais serviçal e condescendente, mais piedosa. Fez os estudos no Colégio de Santiago das Irmãs do Sagrado Coração, ao princípio como externa e depois em regime de internato. Foi aluna verdadeiramente exemplar, que conquistou a admiração das colegas e professoras. Na festa da Imaculada Conceição de 1915, com licença do confessor, fez voto de castidade. Esse gesto era fruto de uma vida espiritual intensa, alimentada com o exercício da presença de Deus, meditação diária, leitura da Sagrada Escritura, devoção ardente à Eucaristia, ao Sagrado Coração de Jesus e a Maria Santíssima. Isto significa que Joana vivia no mundo, mas não pertencia ao mundo. O seu coração era totalmente de Deus. E porque ardia no amor divino, esforçava-se quanto podia por levar almas a Deus. Ensinava catecismo em Santiago e em todos os lugares frequentados pela família. Ajudava os padres nas missões ao povo. Cuidava dos criados e caseiros com alegria, procurando instrui-los nas verdades da religião, dando-lhes ao mesmo tempo exemplo de caridade humilde. A ninguém causou estranheza quando Joana declarou que desejava fazer-se carmelita. De facto, entrou no Carmelo dos Andes nomo dia 7 de maio de 1919, tomando o nome de Irmã Teresa de Jesus. Foi o meio de que Se serviu o Divino Artista para dar a última pincelada à alma daquele anjo que passou pela terra do Chile. Com efeito, a Irmã Teresa não chegou a viver um ano no Carmelo. Aproveitou o tempo para se imolar pela santificação do clero e pela conversão dos pecadores, “para completar em si o que falta à paixão de Cristo”. Esta disposição de espírito já vinha de longe, pois quando era aluna do colégio já se havia oferecido ao Senhor como hóstia expiatória. No Carmelo não lhe faltaram angústias, inquietações e enfermidades, mas até ao fim ela permaneceu no seu propósito: “Não só Vos ofereço a minha vida, mas aceitarei com alegria a morte na solidão e desolação do Calvário ou no paraíso da casa de Nazaré. se me quereis cheia de dores a carregar a cruz, a sofrer humilhações e até a ser calcada aos pés de todos, faça-se a Vossa Vontade”. O Senhor aceitou o seu oferecimento de subir ao Calvário, exatamente na Sexta-feira Santa de 1920, em que foi atacada de tifo. Era o dia 2 de Abril. No dia 6, recebeu os Sacramentos e fez a profissão religiosa. Na tarde do dia 12, placidamente, partiu para os braços do Pai a receber a coroa eterna. Na homilia da beatificação, João Paulo II disse entre outras coisas: “Nos seus breves escritos autobiográficos ela deixou-nos o testamento de uma santidade simples e acessível, centrada no essencial do Evangelho: amar, sofrer, orar e servir. O segredo da sua vida, voltada toda para a santidade, está contido numa familiaridade com Cristo, presente a e amigo, e com a Virgem Maria, Mãe próxima e amorosa. Teresa dos Andes experimentou desde a mais tenra idade a graça da comunhão com Cristo, a qual se foi desenvolvendo progressivamente nela com o encanto da sua juventude, cheia de vitalidade e de jovialidade, na qual não faltou, como filha do seu tempo, o sentido do sadio entretenimento e do desporto, o contacto com a natureza. Era uma jovem alegre e dinâmica; uma jovem aberta a Deus. E Deus fez florescer nela o amor cristão, aberto e profundamente sensível aos problemas da sua pátria e às aspirações da Igreja. O segredo da sua perfeição, como não podia deixar de ser, é o amor. Um grande amor a Cristo, por quem ela se sente fascinada e que a leva a consagrar-se a Ele para sempre, e a participar no mistério da sua Paixão e da sua ressurreição. Ao mesmo tempo, sente um amor filial à Virgem Maria que a estimula a imitar as suas virtudes…”. Tendo sido aprovado um milagre atribuído à sua valiosa intercessão, foi solenemente canonizada no dia 21 de Março de 1923. AAS 78 (1986) 798-803; L’OSS. ROM. 124.1987. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
62425 > Santa Teresa di Gesù delle Ande (Giovanna Fernandez Solar) Monaca carmelitana 12 aprile MR

Mártir (300 ou 306)
Alferio, Santo
Alfério, Santo
Nascido em Salerno, Itália, no ano 930. Membro da nobre familia Pappacarbone. Era embaixador para o Duque Gisulf de Salerno, quando caiu gravemente enfermo na abadia de Chiusa, Itália, ele prometeu a Deus que se sobrevivesse, lhe entregaria sua vida a Ele assumindo uma vida religiosa. Quando se recuperou, fez-se monge em Cluny, França, ensinado por Santo Odilio. O Duque Gisulf o chamou novamente a Salerno para reformar os mosteiros nessa região. Alfério teve êxito moderado nesta tarefa. Voltou a ser ermitão na Montaña Fenestra perto de Salerno no ano 1011.  Sua reputação de santidade e sabedoria se estendeu por toda a região, pelo que muitos estudantes se acercavam dele, de entre eles selecionou doze, e fundou a abadia Beneditina da Santíssima Trindade de La Cava sob a regra de Cluniac. A abadia foi o modelo a seguir para outras fundações na zona; esta rede de casas foi uma força poderosa para a civilização e religião na Sicilia e Itália do sul. Viveu até aos 120 anos de idade, e governou a abadia até ao dia de sua morte; nesse dia celebrou Missa e lavou os pés de seus irmãos, inclusive do futuro Papa Victor III. Era Sexta-feira Santa do ano 1050. Seu culto foi confirmado no ano 1893 por S.S. Leão XIII
90560 > Sant' Alferio Abate 12 aprile MR
São Basílio de Pario, bispo e confessor

Em Pario, no Helesponto, hoje Turquia, são Basilio, bispo, que, por defender o culto das sagradas imagens, padeceu açoites, cadeias e exílio. († 735)
49260 > San Basilio di Pario Vescovo 12 aprile MR
Constantino de Gap, Santo
Constantino de Gap, Santo
Martirológio Romano: Perto de Gap, Provença, França, santo Constantino, bispo. ( meados do s.V) O nobre nome de Constantino é portado por não poucos santos, mas os mais conhecidos são sem dúvida um rei e mártir Inglês na Escócia, que se comemora em 11 de março no Martirológio Romano, assim como os imperadores de Constantino o Grande, Constantino VI e Constantino XI o Paleólogo, venerados especialmente pelas Igrejas Orientais. Mas não tão só augustos soberanos de nome Constantino alcançaram a meta da santidade: o santo de hoje é um bispo da cidade francesa de Gap, no coração do Delfinado. Esta histórica região alpina, situada entre Saboya e Provença, foi parte do reino de Provença, e logo de Arles, do Sacro Imperio Romano, para finalmente ser adquirido em 1349 pelo rei Felipe VI de França, sempre e quando se mantenha a autonomia do feudo a respeito a outros domínios da coroa e fosse assinado ao filho mais velho e herdeiro ao trono de França com a obrigação de que ostentasse o título de "Delfim". O santo Constantino bispo viveu muito antes dos acontecimentos que acabamos de descrever, quase contemporâneo com São Cesáreo de Arles. De acordo com a história da diocese de Gap, Constantino foi o quarto bispo a ocupar a sede episcopal. Antes dele estiveram: o legendário São Demétrio confundido a miúdo com seu homónimo mártir muito venerado no Oriente, e os Santos Teridio e Remedio, que se celebram em 3 de fevereiro. Constantino deu corpo e alma em revitalizar a diocese confiada a seu cuidado pastoral e deu um grande impulso à criação de novas paróquias rurais. Sua rúbrica se encontra nos documentos do Concilio de Riez. O Papa São Leão Magno o menciona numa de suas cartas como celebrante da consagração do bispo que sucedeu a santo Hilário de Arles. Desgraçadamente não é possível proporcionar mais dados e detalhes de sua vida, salvo que morreu em meados do século V. A diocese de Gap foi fusionada com a de Digne em 1801, logo depois da concordata napoleónica, mas foi restaurada em 1822 acrescentando parte do território da antiga diocese de Embrun. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it - responsável da tradução: Xavier Villalta
92859 > San Costantino di Gap Vescovo 12 aprile MR
São Damião de Pavia, bispo

Em Pavía, cidade de Lombardia, Itália, são Damião bispo, cuja carta sobre a recta fé, referente à vontade e ao obrar de Cristo, foi lida no III Concilio de Constantinopla. († 697)
91281 > San Damiano di Pavia Vescovo 12 aprile MR
David Uribe Velasco, Santo
David Uribe Velasco, Santo
Nasceu em Buenavista de Cuéllar, Gro. (Diocese de Chilapa), em 29 de dezembro de 1889. Pároco de Iguala, Gro. (Diocese de Chilapa). Exerceu exemplarmente seu ministério numa região atacada pela maçonaria, o protestantismo e um grupo de cismáticos. O militar que o prendeu propôs-lhe toda classe de garantias é liberdade se aceitasse as leis e ele ser bispo da Igreja cismática criada pelo Governo da República, mas o Padre David reafirmou o que havia escrito um mês antes, e que revela toda a força de sua fé e de sua fidelidade: «Se fui ungido com o óleo santo que me faz ministro do Altíssimo, ¿porquê não ser ungido com meu sangue em defesa das almas redimidas com o sangue de Cristo? !Que felicidade morrer em defesa dos direitos de Deus! ¡Morrer antes que desconhecer o Vigário de Cristo!» Já na prisão escreveu suas últimas palavras: «Declaro que sou inocente dos delitos que se me acusa. Estou nas mãos de Deus e da Virgem de Guadalupe. Peço perdão a Deus e perdoo a meus inimigos; peço perdão aos que haja ofendido». Chegado a um lugar próximo da estação de São José Vistahermosa, Mor. (Diocese de Cuernavaca). Apenas pisou terra, se pôs de joelhos e desde o mais profundo de sua alma implorou de Deus o perdão de seus pecados e a salvação de México e de sua Igreja.Se levantou tranquilo e dirigindo-se aos soldados com paternal acento, lhes disse: «Irmãos, parem que lhes vou a dar a bênção. De coração lhes perdoo e só lhes suplico que peçam a Deus por minha alma. Eu, em troca, não os olvidarei diante d’Ele». Levantou firme sua mão direita e traçou no ar o sinal luminoso da Cruz; depois repartiu entre os mesmos seu relógio, seu rosário, um crucifixo e outros objetos. Seus restos descansam na igreja de Santo António de Pádua em seu povo natal de Buenavista de Cuéllar. Foi sacrificado com um tiro na nuca em 12 de abril de 1927.  Os 25 santos canonizados em 21 de Maio de 2000 foram:  1 - Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote; 2 - Roman Adame Rosales, Sacerdote; 3 - Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote; 4 - Julio Alvarez Mendoza, Sacerdote; 5 - Luis Batis Sainz, Sacerdote; 6 - Agustin Caloca Cortés, Sacerdote; 7 - Mateo Correa Magallanes, Sacerdote; 8 - Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote; 9 - Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote; 10 - Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote; 11 - Margarito Flores Garcia, Sacerdote; 12 - José Isabel Flores Varela, Sacerdote; 13 - David Galvan Bermudez, Sacerdote; 14 - Salvador Lara Puente, Laico; 15 - Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Sacerdote; 16 - Jesus Mendez Montoya, Sacerdote; 17 - Manuel Morales, Laico; 18 - Justino Orona Madrigal, Sacerdote; 19 - Sabas Reyes Salazar, Sacerdote; 20 - José Maria Robles Hurtado, Sacerdote; 21 - David Roldan Lara, Laico; 22 - Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote; 23 - Jenaro Sanchez Delgadillo; 24 - David Uribe Velasco, Sacerdote; 25 - Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote  Para ver as biografias dos Mártires Mexicanos do século XX. Faz Click AQUI Reproduzido com autorização de Vatican.va
90134 > San David Uribe Velasco Martire Messicano 12 aprile MR
Erkembodone, Santo
Bispo e Abade
Erkembodone, Santo
Erkembodone, Santo
Martirológio Romano: Na região de Calais, na Gália, santo Erkembodone, abade de Sithiu e, também, bispo de Thérouanne. ( 742) Santo Erkembodone entrou como monge na abadia de Sithiu,próximo a Saint-Omer, depois de 707 e transcorridos dez anos foi elevado à dignidade abacial, levando assim a termo a reforma columbiana da Regra beneditina. Os soberanos Chilperico II e Tierrico IV lhe confirmaram os privilégios de imunidade acordados com a abadia por Clodoveo e seus sucesores. Erkembodone demonstrou ser um administrador astuto e aumentou sensivelmente as possessões de terra da abadia. Em 723 foi chamado a suceder ao defunto Ravangerio, bispo de Thérouanne, mas manteve os dois cargos: o de bispo e o de abade. Morreu finalmente em 12 de abril de 742. Desde a morte vemos que o santo bispo e abade foi objeto de culto popular, e em 1052 teve sua “elevação aos altares”. Sua tumba, situada hoje na catedral de Saint-Omer, é uma arca monolítica posta sob uma coberta em forma de tecto a duas águas, que no passado era sustentada por quatro leões de mármore, dos que agora restam tão só dois. Entre 1152 e 1250 os canónicos de Saint-Omer fizeram edificar uma igreja sobre sua tumba, substituída depois pela actual catedral. O santo é invocado em especial para a cura de enfermidades das pernas. Sua Vita foi redigida no século XIV por João Lelong, abade de São Bertin. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução: Xavier Villalta
93041 > Sant’ Erchembodone Vescovo di Therouanne 12 aprile MR

José Moscati, Santo
O médico santo
José Moscati, San
José Moscati, Santo
O doutor José Moscati nasceu em Benevento (Itália), em 25 de julho de 1880. Ingressou na universidade para estudar medicina e aos 22 anos de idade se graduou com as melhores qualificações de sua geração. Se levantava diariamente muito cedo para ir a missa e receber a comunhão. Depois dirigia-se às colónias pobres para ver alguns enfermos e às oito e trinta da manhã iniciava o trabalho no hospital. Seus pacientes prediletos eram os pobres. Basta narrar um episódio que sucedeu nos últimos anos de sua vida. Desde há algum tempo atendia a um ancião pobre. Já que não podia visitá-lo em sua casa com a frequência desejada, pediu-lhe que todos os dias fosse tomar o pequeno almoço ao café situado junto à igreja onde acudia diariamente à missa e assim o podia ver. No dia em que o ancião não ia a almoçar, o doutor acudia a seu domicilio para o assistir. Dos pobres nunca aceitava honorários, antes os curava a suas expensas ou os ajudava sem se fazer notar. Depois da morte do doutor, sua irmã Ana assegurou que durante sua vida, dedicou todos os seus ganhos - que não eram poucos - aos pobres, sem ficar com nada. Quando sucedeu a erupção do Vesúvio em 1906, foi como voluntário a Torre del Greco onde havia um grande hospital, com a ordem de o desalojar. Durante mais de vinte horas ajudou a trasladar enfermos para um lugar seguro. Quando todos estavam a salvo, o tecto do edifício caiu com o peso das cinzas. Durante a epidemia de cólera de 1911 em Nápoles, se manteve em seu posto apesar de os outros médicos se ausentarem, sustendo com abnegação heroica as tarefas mais difíceis nas zonas mais afectadas da cidade. Em 1911 foi nomeado diretor do Hospital de Incuráveis e foi-lhe recomendada formação dos estudantes de medicina. São suas estas palavras dirigidas a um deles: “Ama a verdade; mostra-te como és, sem fingimentos, sem medos, sem lamentos. E se a verdade te custa perseguição, aceita-a; e se tormento, suporta-o. E se pela verdade tiveres que sacrificar-te a ti mesmo e a tua vida, sê forte no sacrifício”. Sua densa jornada, cheia de ocupações no hospital, na universidade, no consultório e nas visitas domiciliárias, quebrantaram sua saúde. Morreu em 12 de abril de 1927. Naquela manhã, como sempre, assistiu no hospital, visitando a numerosos enfermos. Pelas três da tarde se sentou numa cadeira, onde morreu. Entre os primeiros que acudiram a rezar ante seu cadáver esteve o cardeal Ascalesi, que ante os presentes, pronunciou estas comovedoras palavras: “O doutor pertencia a Igreja; não àquela de quem sarou o corpo, mas à de quem salvou a alma e que saíram ao seu encontro quando subia ao céu”. Foi beatificado em 1975 pelo papa Paulo VI e canonizado em 25 de outubro de 1987 pelo papa João Paulo II.
77850 > San Giuseppe Moscati Laico 12 aprile (16 novembre) MR
Ascolta da RadioVaticana:

Beato Lorenzo, monge e presbítero


No mosteiro de Belém, perto de Lisboa, em Portugal, beato Lourenço, presbítero da Ordem de São Jerónimo, cuja eximia piedade atraiu a muitíssimos penitentes a este cenóbio. († s. XIV)
49270 > Beato Lorenzo Sacerdote 12 aprile MR
Sabas Godo, Santo
Sabas Godo, Santo
Martirológio Romano: Em Capadócia, hoje Turquia, são Sabas Godo, mártir, que durante a perseguição contra os cristãos sob Atanarico, rei dos godos, por haver recusado três dias depois da celebração da Páscoa os alimentos imolados aos ídolos, foi arrojado a um rio após cruéis tormentos. ( 372) Uma carta sobre seu martírio escrita muito pouco depois de sua morte encerra com notável exatidão os sucessos, que deviam de ter por cenário as terras do norte do Danúbio, possivelmente Tirgoviste, na actual Roménia.Sabas, ao que parece leitor na igreja, não devia de ser considerado como uma luminária, e é significativo que dele se nos diga que «não era eloquente nas palavras»; cantava e dizia os ofícios do culto divino, mas sua eloquência para incitar a todos a viver bem residia muito mais no exemplo que na voz. No curso de uma perseguição foi preso e solto ao fim de pouco tempo por ser julgado pessoa insignificante; não valia a pena assanhar-se com um infeliz como ele, talvez de curtas luzes ou de muito escassa instrução, em qualquer caso um dom ninguém na comunidade cristã daquela turbulenta Gotlândia. Preso por segunda vez, «levaram-no desnudo por lugares ásperos e espinhosos, dando-lhe muitas pauladas e açoites», e ao ver que sua atitude era de mansidão e de alegria, uma fé tão eloquente exasperou a seus verdugos, que o torturaram até o deixar por morto. Uma piedosa mulher desatou-o de noite e levou-o a sua casa, mas voltou a cair em mãos de seus perseguidores. Então se lhe exigiu que comesse manjares sacrificados aos ídolos, dando assim um testemunho público de apostasia. É improvável, como sugere algum hagiógrafo, que nesta ocasião se lhe desatara a língua, não era homem de grandes discursos. Talvez só tenha dito ou feito algum gesto negativo com a cabeça, aceitando o martírio. Foi atado a um tronco e morreu afogado no rio Buzau. Nota: Não se nos há escapado, ao ler o texto antes de o publicar, que existe uma incompatibilidade entre o exposto no elogio do Martirológio Romano, que fala de Capadócia como lugar do martírio, e o escrito na breve biografia, que fala de Tirgoviste, na actual Roménia. Não hemos encontrado o porquê desta diferença, mas hemos preferido apresentá-los tal como as encontramos, antes de alterar os textos pondo-nos a favor de uma ou outra versão.
92722 > San Saba il Goto Martire 12 aprile MR
 
Vissia de Fermo, Santa
Virgem e Mártir
Vissia de Fermo, Santa
Vissia de Fermo, Santa
Martirológio Romano: Em Fermo, no Piceno, Itália, santa Visia, virgem e mártir. ( c.250) Também é conhecida como Santa Visia de Fermo Uma coisa está segura, a Igreja por seu texto oficial, o ´Martirológio Romano´ recorda em 12 de abril as santas Vissia e Sofia, virgens e mártires de Fermo, no Piceno, Itália; logo depois disto, não se sabe nada mais, nem de suas vidas, nem do porquê são mencionadas juntas. Além disso, se conta com alguma que outra noticia espalhada em distintos documentos. O historiador Ughelli, na sua «Itália Sacra», vol. II, falando da diocese de Fermo, menciona que o corpo de santa Vissia repousa na catedral, e com efeito, na igreja metropolitana da cidade (o Domo) há alguns relicários, entre os quais, numa chamativa urna de ébano, com ornamentos em metal dourado de estilo barroco, se conserva a cabeça de santa Vissia, mártir; estranhamente noutra urna se conserva a cabeça de santa Sofia, também mártir. Esta coincidência de ter dois crânios faz supor que teriam sido martirizadas ao mesmo tempo, ainda que não necessariamente juntas, e provavelmente foram decapitadas. Segundo tradições locais, Sofia e Vissia sofreram o martírio em 250, sob o império de Décio (249-251), durante a sétima perseguição ordenada por ele. Há na catedral uma lápida que indica que santa Vissia enobrece sua cidade natal com seu martírio; seu nome se encontra numa lista de santos venerados em Fermo, transmitida em 5 de agosto de 1581 por um prelado local a um sacerdote oratoriano, amigo do Cardeal Barónio que foi, como se sabe, quem compilou o primeiro Martirológio Romano, e inseriu as duas virgens e mártires juntas no mesmo dia 12 de abril. Segundo alguns documentos locais a santa Sofia também é celebrada em 30 de abril, talvez a ele se deve que na atualidade se as recorde em datas separadas. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução: Xavier Villalta
91652 > Santa Vissia di Fermo Vergine e martire 12 aprile MR
 
93902 > Santi Ferdinando da Portalegre ed Eleuterio de Platea Martiri mercedari 12 aprile


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  • 1 - A integração dos textos editados MMI IMP S.r.l./IMP BV – impressa na União Europeia (Ver blogue nº 1153 – 3/1/12) que se refiram a alguns dos Santos hoje incluídos, continuara a ser efetuada diariamente desde que eu possua as respectivas pagelas na Coleção de Histórias de Santos que nos inspiraram, intitulada “Pessoas Comuns – Vidas Extraordinárias pelo que peço as minhas desculpas. AF.
  • Hoje POR EXEMPLO foi incluído como
  • Complemento na vida de
  • (Zenão, Santo)Estrela
  • 2 - Sites utilizados: Os textos completos são recolhidos através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. em que também incluo imagens recolhidas através de http://es.catholic.net/santoral,; em seguida os textos deste mesmo site sem tradução e com imagens, e por último apenas os nomes e imagens de HTTP://santiebeati.it.
  • 3 - Como já devem ter reparado, de vez em quando, segundo a sua importância há uma exceção da 1ª biografia, (ou biografias do Livro Santos de Cada Dia – já traduzidas – por natureza) que mais sobressaem, – quando se trate de um dia especial, dedicado a Jesus Cristo, a Nossa Senhora, Anjos ou algum Santo, em particular – todos os restantes nomes surgem por Ordem alfabética, uma, duas ou três vezes, conforme figurem nos três sites indicados, que poderão ser consultados - se assim o desejarem – pelos meus eventuais leitores. LOGICAMENTE E POR ESSE FACTO, DIARIAMENTE, O ESPAÇO OCUPADO, NUNCA É IGUAL, ACONTECENDO POR VEZES QUE É DEMASIADO EXTENSO.
  • Peço-vos a melhor compreensão e as minhas maiores desculpas e obrigado.
  • Responsabilidade exclusiva de ANTÓNIO FONSECA
    http://bibliaonline.com.br/acf; http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt
    António Fonseca
  • quinta-feira, 12 de abril de 2012

    “Profecias” sobre o “fim do mundo” em 2012 - 12 de Abril de 2012

     

    A Aparição de La Salette e suas Profecias: “Profecias” sobre o “fim do mundo” em 2012


    “Profecias” sobre o “fim do mundo” em 2012

    Posted: 10 Apr 2012 10:30 PM PDT

    Estaríamos nas vésperas do início do fim do mundo?
    Confusas e contraditórias “profecias” – misturando argumentos pseudocientíficos, exageros, superstições, Nova Era e Science fiction – dizem que sim e apontam para o ano de 2012.
    Alguém poderia perguntar se, em meio a tanta charlatanice, não haveria nelas algum conteúdo de verdade.
    De fato, os tsunamis de desordem e imoralidade que assolam a Terra inteira não poderiam ser interpretados como o início dos formidáveis abalos morais e celestiais de que fala o Apocalipse?

    “Um grande terremoto, o sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue e as estrelas do céu caíram na terra, como frutos verdes que caem da figueira agitada por forte ventania. O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola e todos os montes e ilhas foram tirados dos seus lugares” (Ap. 6-12ss).


    As obscuras “profecias” sobre 2012 chegam a apavorar e confundir os espíritos. Entretanto, uma coisa é certa: o fato formidável e único do fim do mundo jamais aconteceria sem que antes Deus enviasse avisos e sinais inteligíveis aos homens de Fé.
    E até para aqueles de consciência reta que são susceptíveis de receber a Fé nos terríveis eventos terminais da História.
    Ora, avisos e sinais do Céu não têm faltado à nossa época. Os principais dentre eles foram analisados e aprovados pela Igreja e contêm duas notas distintivas.
    Primeira: nunca deixam de verberar o pecado que inunda a Terra como o verdadeiro culpado dos cataclismos vindouros.
    Segunda: anunciam como desfecho a conversão dos homens e a inauguração de um novo período histórico no qual o Evangelho e a Igreja Católica reinarão sobre uma humanidade regenerada e com renovado fervor na Fé. Será o Reino do Coração Sapiencial e Imaculado de Maria nos corações e nas sociedades.
    Segundo essas mensagens, as grandes catástrofes que podem advir terão um caráter corretivo além de punitivo, afastando qualquer ideia de extinção da Terra e da humanidade.
    Numerosos e concludentes, os anúncios do Céu vieram por meio de Santos, de Papas e da própria Mãe de Deus. Vejamos alguns dos mais taxativos entre eles, declarados isentos de erro contra a Fé ou contra a moral pela suprema autoridade da Igreja.

    São Luís Maria Grignion de Montfort: Reino de Maria após um dilúvio de fogo

    Poucos santos falaram com tanta luz profética e precisão de linguagem quanto o máximo doutor marial do catolicismo, o francês São Luís Maria Grignion de Montfort (1673–1716).
    Sua imagem, aliás, foi instalada na nave da Basílica de São Pedro por vontade dos Papas.

    São Luís Maria Grignion de Montfort, estátua na basílica de São Pedro

    São Luís Maria Grignion de Montfort, estátua na basílica de São Pedro

    Na sua famosa “Oração Abrasada”, o santo anuncia nestes termos a restauração da Igreja, após uma purificação de nossa era pecaminosa:

    “Deixareis tudo assim ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinal como Sodoma e Gomorra? (...) Não mostrastes antecipadamente a alguns de vossos amigos uma futura renovação de vossa Igreja? Não devem os judeus converter-se à verdade? Não é esta a expectativa da Igreja? (...) Todas as criaturas, até as mais insensíveis, gemem sob o peso dos pecados inumeráveis de Babilônia e pedem a vossa vinda para restabelecer todas as coisas: omnis creatura ingemiscit” (Rom 8, 22).


    Na mesma oração, o ardoroso doutor mariano explica o fundo teológico dessa visão profética:


    “O reino especial de Deus Pai durou até o dilúvio e foi terminado por um dilúvio de água; o reino de Jesus Cristo foi terminado por um dilúvio de sangue; mas vosso reino, Espírito do Pai e do Filho, continua presentemente e será terminado por um dilúvio de fogo, de amor e de justiça. Quando é que virá esse dilúvio de fogo de puro amor que deveis atear em toda a Terra de um modo tão suave e tão veemente, que todas as nações, os turcos, os idólatras, e até mesmo os judeus hão de arder nele e se converter? ... Enviai à Terra esse Espírito todo de fogo, para nela criar sacerdotes todos de fogo, por cujo ministério seja renovada a face da Terra e reformada a vossa Igreja”. (in “OEuvres Complètes”, Éditions du Seuil, Paris, 1966, 1905 pp., págs. 675-688)


    Para realizar essa tarefa, São Luís Maria profetizava a vinda dos Apóstolos dos Últimos Tempos.
    Neste ponto, o santo dava continuidade a muitos outros que previram a aparição desses novos apóstolos: São Francisco de Paula, São Vicente Ferrer e Santa Catarina de Siena, por exemplo.

    Continua no próximo post

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    Sentir com a Igreja


    Nova bandeira do aborto

    Posted: 11 Apr 2012 09:54 AM PDT

    Esta pode ser a nova bandeira do Brasil, se o STF aprovar o aborto dos anencéfalos.

    “Hitler, Deus e a Bíblia”: livro mostra como o ditador nazista usou a religião para matar judeus

    Posted: 11 Apr 2012 06:40 AM PDT

    “Hitler, Deus e a Bíblia”: livro mostra como o ditador nazista usou a religião para matar judeus
    O ditador nazista Adolf Hitler e as histórias de sua ascensão e influências continuam gerando temas de livros e análises sobre suas motivações.

    É preciso por um ponto final à ousadia” dos ativistas gays, afirma jornalista, sobre tentativa de “censura” ao pastor Silas Malafaia

    Posted: 11 Apr 2012 06:34 AM PDT

    O processo movido pelo Ministério Público Federal contra o pastor Silas Malafaia voltou a ser tema de artigos do jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja.

    Audiotube - Considerações iniciais sobre o neopentecostalismo

    Posted: 10 Apr 2012 08:25 PM PDT

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    Sentir com a Igreja


    Dica do Sentir com a Igreja: livro "Em defesa de Deus: o que a religião realmente significa", de KarenArmstrong

    Posted: 12 Apr 2012 10:53 AM PDT

    Hoje em dia, muita gente pensa que ser religioso é acreditar em fatos históricos absurdos. Moisés abrindo o Mar Vermelho para a passagem do povo hebreu. Deus confeccionando Eva a partir de uma costela de Adão, ou tirando o mundo do Caos em seis dias. A virgem Maria concebendo o filho de Deus. Jesus transformando água em vinho, multiplicando o pão, caminhando sobre o mar, ressuscitando e subindo ao Céu. Na era moderna, positivista e racionalista, os rituais e a disciplina religiosa foram colocados à margem do que foi considerado como a boa educação. Perdemos a capacidade de ler um texto religioso, confundindo-o com os nossos textos históricos e científicos, e criticando-os por não terem qualidades que nunca pretenderam ter. Não surpreende que hoje, embora já desiludidos do positivismo, o nosso conhecimento e, principalmente, nossa compreensão da religião seja precária e distorcida. Assim, para explicar o que a religião realmente significa, Karen Armstrong, em seu livro Em defesa de Deus, percorre a história da religião, da teologia, da ciência, do ateísmo, e do fundamentalismo.

    A era moderna, que teve muitos acertos, também cometeu muitos erros. Um deles foi não entender muito bem o homem e seu anseio legítimo de transcendência e sentido. O homem sem religião, fenômeno que nasceu no século XVIII, tem uma história. Já atravessou muitos descaminhos: da certeza na realização individual ao niilismo desesperado dos poetas românticos; da certeza na evolução histórica a caminho do paraíso comunista à revelação do que realmente eram as sociedades comunistas; da certeza na apoteose de grupos étnicos e nacionais ao apocalipse dos massacres, das guerras mundiais e do terrorismo.

    Com as velhas certezas despedaçadas no chão juntamente com seus ídolos, vivemos em uma época de desespero, em que pode renascer a leve esperança religiosa ou novas certezas esmagadoras (que podem vir cobertas em trapos religiosos, científicos, políticos, nacionalistas, étnicos, ou filosóficos).

    Depois de estudar profundamente a história das diversas religiões, Karen Armstrong percebeu que religião tinha pouco a ver com pensamento exato a respeito de acontecimentos históricos ou fenômenos naturais. O significado pré-moderno das palavras crença e fé é confiar, amar, entregar o coração. Mas a mentalidade moderna superestimou a realidade, o prático, o que pode ser utilizado, em detrimento da fantasia, da poesia. Em uma época assim, é sinal da força e da importância da religião que as pessoas religiosas, para não abandonar sua prática, tenham acreditado literalmente nos símbolos da sua religião e tentado justificar racionalmente e pragmaticamente a poesia religiosa.

    Religião é principalmente prática correta (ortopraxia) e não pensamento correto (ortodoxia). Participação em rituais mitológicos, orações, e verdades simbólicas. A religião é uma forma de entrar em contato com “algo” que está além do tempo e do espaço, e portanto além da linguagem e do pensamento humano, mas que dá sentido e valor à vida. A religião, para falar de “algo” que transcende o que nossa mente pode perceber, só pode falar por meio de símbolos e mitos. E, nesse sentido, não pode haver o símbolo e o mito certo, porque todos são necessariamente imperfeitos.

    O símbolo correto é todo aquele capaz de transformar o religioso em um ser humano melhor, mais caridoso, mais integrado à vida, ao mundo e aos outros seres humanos. Karen Armstrong também percebeu que no coração de todas as grandes religiões está o que chamamos de regra de ouro, em sua formulação negativa ou positiva: não faça ao outro o que você não gostaria que lhe fizessem, e trata o próximo do mesmo modo que você gostaria de ser tratado. Para isso, é preciso que você olhe dentro de si e perceba o que faz você sofrer, e também é preciso imaginação, para se colocar na posição do outro.

    Leia aqui trechos do livro Em defesa de Deus:

    Achamos que a religião nos deve fornecer informações. Existe um Deus? Como o mundo surgiu? Mas essa é uma aberração moderna.

    Muitos esqueceram que o ensinamento religioso era o que os rabinos chamavam de miqra. Era, essencialmente, um plano de ação. O devoto precisava abraçar o símbolo, envolver-se com ele, ritual e eticamente, e deixá-lo operar uma profunda mudança em sua pessoa. Esse era o significado original das palavras fé e crença. Sem envolvimento, o símbolo permanecia obscuro e implausível.

    Hoje, com a própria ciência se tornando menos determinada, talvez esteja na hora de retomar uma teologia que afirme menos e se abra mais ao silêncio e ao desconhecimento.

    O papel da religião, estreitamente relacionado com o da arte, consiste em nos ajudar a ter uma convivência criativa, pacífica e até prazerosa com realidades que não são facilmente explicáveis e com problemas que não conseguimos resolver: mortalidade, dor, sofrimento, desespero, indignação em face da injustiça e da crueldade da vida.

    O insight religioso requer não só dedicação intelectual para ir além dos ídolos do pensamento, como um estilo de vida pautado pela compaixão que nos permite transpor a esfera da individualidade. O logos agressivo, que procura dominar, controlar e eliminar a oposição, não proporciona esse insight transcendente. A experiência demonstra que isso só é possível quando cultivamos uma atitude receptiva e atenta, como a que assumimos em relação às artes plásticas, à musica e à poesia. Isso requer kenosis, capacidade negativa, sábia passividade e um coração que observa e recebe.

    Cada tradição formula o sagrado de um modo, e isso certamente afeta a maneira como os fiéis o experimentam. Há diferenças importantes entre brahman, nirvana, Deus e Dao, mas isso não quer dizer que um é “certo” e os outros são “errados”. Nessa área, ninguém pode ter a última palavra. Todos os sistemas religiosos se esforçam para mostrar que não é possível expressar o sublime em nenhum sistema teórico, por mais grandioso que seja, porque ele escapa ao alcance das palavras e dos conceitos.

    As pessoas se dedicam à atividade religiosa praticamente desde sempre. Desenvolveram mitologias, rituais e disciplinas éticas que lhes permitiam vislumbrar a santidade que, indescritivelmente, parecia aprimorar e preencher sua humanidade. Eram religiosas não porque tinham mitos e doutrinas científica ou historicamente válidas, não porque buscavam informação sobre as origens do cosmo, não porque desejavam uma vida melhor no além-túmulo. Acreditavam não porque sacerdotes ou reis ávidos de poder as obrigavam: ao contrário, a religião, com frequência, ajudou-as a combater esse tipo de tirania e opressão. Religião tem a ver com viver intensamente aqui e agora. Os religiosos são ambiciosos. Querem levar uma vida transbordante de significado. Sempre desejaram incorporar a seu cotidiano os momentos de arrebatamento e insight que lhes ocorriam em sonho, em sua contemplação da natureza, em seu relacionamento com os outros e com os animais. Em vez de se deixar esmagar e amargurar pelo sofrimento, procuram manter-se em paz e serenos diante da dor. Querem coragem para superar seu terror da mortalidade; não querem ser gananciosos e mesquinhos, mas generosos e justos e exercer plenamente sua humanidade. Não querem ser uma vasilha comum, mas, como propõe Confúcio, transformar-se num belo vaso ritual, transbordante da santidade que aprenderam a ver na vida. Tentam honrar o inefável mistério que percebem em cada ser humano e criar sociedades que respeitem o estrangeiro, o pobre e o oprimido. Muitas vezes falham, naturalmente. No entanto, acima de tudo, descobrem que as disciplinas da religião os ajudam a fazer tudo isso. Quem se dedica com maior zelo mostra que os mortais podem viver num plano mais elevado, num plano divino, e, assim, despertar para seu verdadeiro eu.

    Glossário (alguns termos do Glossário que é parte do livro)


    apofático (grego): sem palavras, silencioso.

    brahman (sânscrito): o Todo, o conjunto da realidade, a essência da existência, a base de tudo que existe, o Ser em si, a força que une o cosmo e lhe permite crescer e desenvolver-se. A realidade suprema da religião védica.

    compaixão (derivado do grego e do latim): capacidade de sentir com o outro, empatia, solidariedade. Não significa piedade, pena. É considerada a maior das virtudes em todas as grandes tradições religiosas; a prova da verdadeira experiência religiosa e um dos principais meios de experimentar o sagrado. Todas as tradições também nos dizem que não devemos restringir nossa benevolência a nosso grupo, mas devemos ter preocupação com todos, respeitar o estranho, amar até nossos inimigos.

    credo (latim); infinitivo credere: hoje, é geralmente traduzido como creio e crer, respectivamente. Mas essa é uma evolução relativamente recente (cf. crença). Credo deriva de cor do: dou o coração. Na origem, significava confiança, dedicação, compromisso, envolvimento. Quando traduziu a Bíblia para o latim, no século IV, São Jerônimo usou credo como equivalente de pisteuo.

    crença: originalmente no inglês médio, o verbo bileven significava amar, prezar, querer bem; o substantivo bileve significava lealdade, confiança, dedicação, compromisso. Tinha relação com o alemão liebe, amado, e o latim libido, desejo. Nas versões inglesas da Bíblia, os tradutores usaram essas palavras como equivalentes ao grego pistis, pisteuo, e ao latim fides, credo. Assim, crença se tornou equivalente a fé. Mas o termo começou a mudar de significado no final do século XVII, quando passou a designar anuência intelectual a uma proposição específica, a determinado ensinamento, opinião ou doutrina. Nesse sentido moderno, foi usada primeiramente por filósofos e cientistas, e só no século XIX o novo uso se difundiu no contexto religioso.

    Dao (chinês): o Caminho, o rumo correto. Muitos rituais chineses tinham por objetivo assegurar que os assuntos humanos estivesses em sintonia com o Caminho do Céu – ou, podemos dizer, com o Ser. Na tradição conhecida como daoísmo, tornou-se a realidade última, indescritível e impessoal; a fonte da qual deriva toda aparência; o produtor não produzido de tudo que existe, que garante a estabilidade e a ordem do mundo.

    dynamis (grego): os poderes de Deus; termo usado pelos gregos para denotar a atividade de Deus no mundo, que era muito diferente da indescritível e incognoscível essência (ousia) divina.

    ekstasis (grego): êxtase; literalmente, sair de si; ir além do eu; transcender a experiência normal.

    energiai (grego): energias; termo usado para distinguir as atividades ou manifestações de Deus no mundo, pelas quais podemos vislumbrar alguma coisa do divino, inacessível de outro modo. Como dynamis, o termo é empregado para distinguir entre a concepção humana de Deus e a inefável e desconhecida realidade. Para os padres gregos, o Logos e o Espírito Santo eram as energiai que, por assim dizer, traduziam o divino em termos que, em certa medida, os humanos conseguiam entender.

    Espírito Santo: tradução do hebraico ruach: espírito; termo usado pelos rabinos, geralmente intercambiável com Shekhinah, para indicar a presença de Deus na terra; distinto de Deus, a essência da divindade que excede o entendimento ou a experiência humana. Os primeiros judeus cristãos usavam o termo para denotar a presença imanente dentro deles que os dotava de poderosa energia e lhes permitia entender o significado mais profundo da missão de Jesus.

    : confiança, lealdade; tradução do latim fides (lealdade, fidelidade) e do grego pistis. Na origem, não significava aceitação de uma teologia ortodoxa. Ver crença.

    hesychia (grego); hesicasta: tranquilidade interior, silêncio interior; espiritualidade apofática, contemplativa, que despojava a mente de ideias teológicas e tentava elevar-se acima de palavras, conceitos e sensações.

    hypostasis (grego); plural hypostases: no contexto secular, designa a expressão exterior da natureza interior de uma pessoa; objeto ou pessoa vistos de fora; os gregos usavam o termo para designar as manifestações exteriores do Deus desconhecido como Logos e Espírito Santo.

    kenosis (grego): esvaziamento, o esvaziamento do eu, a eliminação do egoísmo.

    logos (grego): discurso do diálogo; pensamento racional, lógico e científico. Entre os antigos filósofos gregos, logos designa o modo de pensar pragmático e acurado, distinto de mythos. Entre os estóicos, refere-se aos processos subjacentes racionais e dominantes da natureza, também chamados de Deus ou Espírito. Os cristãos identificam o Logos com a sabedoria de Deus, que dá origem a tudo e proporciona aos humanos vislumbres do divino através da história. No prólogo de seu evangelho, São João afirma que o Logos se fez carne na pessoa de Jesus. Com o desenvolvimento da teologia cristã, o Logos se tornaria uma das hypostases, prosopoi, dynamis e energeiai de Deus, que, sem isso, seria desconhecido e incognoscível.

    miqra (hebraico): chamado à ação; nome que os primeiros rabinos davam às Escrituras.

    musterion (grego): mistério; relacionado com o verbo muein, fechar os olhos ou a boca, refere-se a uma realidade obscura, invisível ao olhar comum, inacessível à linguagem. Também está relacionado com myein: iniciar, e myesis: iniciação. Daí os cultos de mistério que se desenvolveram no mundo grego, notadamente em Elêusis, durante o século VI a.C.; ritos secretos que proporcionavam aos participantes uma poderosa experiência do sagrado. Mais tarde, os cristãos gregos aplicavam o termo musterion às iniciações do batismo e da eucaristia. A exegese, busca do significado oculto das Escrituras, também era um musterion, um processo de iniciação transformador. Portanto, musterion não era algo que se devia pensar e acreditar (no sentido moderno), mas algo que se fazia. Isso era particularmente evidente no dogma da Trindade, que não era apenas uma formulação doutrinal, mas um exercício de meditação.

    mystes (grego); plural mystai: iniciado; alguém que participa de um mistério (musterion).

    mythos (grego); plural mythoi: mito; relato que não pretende ser histórico ou factual, mas expressa o significado de um acontecimento ou de uma narrativa e contém sua dimensão atemporal, eterna. Pode-se definir mito como algo que, em algum sentido, ocorreu uma vez, mas também acontece todo o tempo. Também se pode ver o mito como uma forma primitiva de psicologia, descrevendo o mundo labiríntico e obscuro da psique. Derivado do verbo muein, fechar os olhos ou a boca, está relacionado com mistério e misticismo e tem conotações de escuridão e silêncio. Refere-se a experiências e convicções que não são facilmente verbalizáveis, escapam à clareza do logos e são diferentes do discurso e dos hábitos relacionados com a realidade cotidiana.

    nirvana (sanscrito): extinção, apagamento; no budismo, extinção do eu, que proporciona iluminação e liberta da dor e do sofrimento; um sagrado refúgio de paz descoberto nas profundezas do eu; uma realidade indefinível, porque não corresponde a nenhum conceito e é incompreensível para quem ainda está preso nas armadilhas do egoísmo.

    ousia (grego): essência; natureza; o que faz uma coisa ser o que é; pessoa ou objeto vistos a partir de dentro; aplicado ao que chamamos de Deus, o termo denota a essência, natureza ou substância divina, que sempre escapa a nosso entendimento ou a nossa experiência. Os rabinos diziam que nem sequer é mencionado na Bíblia ou no Talmude.

    persona (latim); plural personae: máscara, rosto; tradução do grego prosopon: a máscara usada pelo ator para a plateia poder reconhecer sua personagem e ouvir bem sua voz (o som [sonus] era amplificado, como se passasse por [per] ela). Daí as hypostases da Trindade serem chamadas de as três pessoas divinas.

    pistis (grego): forma verbal pisteuo: confiança, lealdade, dedicação; geralmente traduzido como fé.

    prosopon (grego); plural prosopoi: rosto, máscara; também designa expressão facial que revela pensamentos íntimos ou papel que alguém decide representar na vida ou no teatro. Usado com frequência pelos padres gregos como alternativa para hypostasis.

    Ser: a energia fundamental que sustenta e anima tudo que existe; não confundir com um ser, que é uma manifestação finita, particular e limitada do Ser em si.

    símbolo (derivado do grego): objeto material, pessoa, ícone ou ideia que representa algo imaterial. O grego symbolon sugere algo que é juntado. Nunca experimentamos a realidade incognoscível que chamamos de Deus diretamente, mas sempre num objeto terreno, como uma pessoa, um texto, um código legal, uma montanha, um templo, uma ideia ou doutrina. Os credos da igreja eram originalmente chamados de símbolos. No mundo pré-moderno, o símbolo terreno e a realidade que ele apontava eram vistos como inseparáveis. Tinham realmente sido juntados e misturados, como gim e tônica num coquetel. No século XVI, porém, prevalecendo a busca científica de precisão e univocidade, passou-se a distinguir o símbolo da realidade transcendente que ele apontava. Assim, os reformadores protestantes diziam que a eucaristia era apenas um símbolo. Os deuses e devas eram símbolos da realidade transcendente do Ser. A ideia de Deus também era um símbolo, dirigindo nossa atenção para uma realidade transcendente, além de si mesma.

    transcendência, adj. transcendente (derivado do latim): o que sobe além da realidade conhecida e não pode ser classificado.
    Fonte: http://antesqueeudesista.blogspot.com.br/

    Leia mais um trecho do livro Em defesa de Deus no site da Companhia das Letras

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    Bebês anencefálicos podem ser abortados? | Arquidiocese de São Paulo

    Posted: 11 Apr 2012 11:39 AM PDT

    O tema representa um sério desafio atual, a ser abordado com serenidade e objetividade, tendo em conta critérios antropológicos e éticos gerais, e também os referenciais do ordenamento jurídico brasileiro, a começar da própria Constituição Nacional. O Supremo Tribunal Federal deverá pronunciar-se sobre a “legalidade” do abortamento de fetos, ou bebês acometidos por essa grave deficiência, que não lhes permitirá viver por muito tempo fora do seio materno, se chegarem a nascer.
    A partir da minha missão de bispo da Igreja e cidadão brasileiro, sinto-me no dever de manifestar minha posição e de dizer uma palavra que possa ajudar no discernimento diante da questão. A decisão tem evidentes implicações éticas e morais; desejo concentrar minha reflexão sobre alguns desafios muito específicos, que se referem à dignidade da pessoa e da vida humana.
    Em relação aos anencéfalos, existe o pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde para que o Supremo Tribunal Federal reconheça e estabeleça a legalidade da “antecipação terapêutica do parto” desses bebês, com forte pressão de grupos favoráveis ao aborto. No calor de muita emoção, podem não ser adequadamente percebidos os examinados argumentos falaciosos, que acabam por se tornar decisivos.

    Os principais argumentos alegados a favor do aborto, nesse caso, são os seguintes:

    a ) Tratar-se-ia de “vidas inviáveis” fora do útero materno; uma vez que os anencéfalos não sobrevivem por muito tempo fora do seio materno, para que manter semelhante gravidez e levá-la até o fim?

    1. A gravidez de um anencéfalo representaria, para a mãe, um sofrimento insuportável, uma verdadeira “tortura”, que degradaria a dignidade da mulher;
    2. Tratando-se de uma “anomalia”, o ser daí resultante seria indefinível, um “não-ser”, um “não-humano”; portanto, em relação a ele não entrariam em questão os argumentos do respeito à vida e à dignidade humana;
    3. Toda a atenção deveria ser dada à mãe, nesses casos, o único sujeito de direitos e de dignidade, a ser tutelado e protegido pela lei;
    4. Os bebês anencéfalos seriam “natimortos”, pois a ausência parcial ou total do cérebro equivaleria à morte cerebral; para que manter tal gravidez? Por isso mesmo, os bebês acometidos por essa anomalia, que chegam a nascer, podem ser colocados na mesma condição dos adultos que estão com “morte cerebral” e seus órgãos poderiam ser retirados e doados.
    5. O Brasil é um dos países que têm a maior incidência de anencefalia; seria necessário baixar este triste quadro.

    Como se pode perceber facilmente, esses argumentos mereceriam ser examinados profundamente por peritos da área médica, do direito e da ética. De qualquer modo, as implicações morais são graves e não podem ser simplesmente resolvidas na emoção de um debate na opinião pública, ou a partir dos resultados de pesquisas de opinião, o que pode ser uma fácil tentação.

    Os principais argumentos empregados pela CNBB são os seguintes:

    1. O anencéfalo, malgrado a sua condição, é um ser humano vivo; por isso, ele merece todo o respeito devido a qualquer ser humano; ainda mais, por se tratar de um ser humano extremamente fragilizado; a sociedade, por meio de suas Instituições, deve tutelar o respeito pleno à sua frágil vida e à sua dignidade.
    2. O sofrimento da mãe é compreensível e deve ser levado plenamente a sério; mas não pode ser argumento suficiente para suprimir a vida de um bebê com anomalia. Se o sofrimento da mãe, ainda que grande, fosse considerado argumento válido para provocar um aborto, estaria sendo aprovado o princípio segundo o qual pode ser tirada a vida de um ser humano que causa sofrimento grave a um outro ser humano. Não só em caso de aborto...
    3. O sofrimento da mãe, que é pessoa adulta, pode e deve ser mitigado de muitas maneiras, quer pela medicina, pela psicologia, pela religião e pela solidariedade social; além disso, trata-se de um sofrimento circunscrito no tempo, que pode mesmo dignificar a mulher que o aceita, em vista do filho; mas a vida de um bebê, uma vez suprimida, não pode ser recuperada; e o sofrimento moral decorrente de um aborto provocado pode durar uma vida inteira. Além do mais, o sofrimento da mãe e o respeito à vida e à dignidade do filho são duas realidades de grandezas e pesos muito diversos e não podem ser, simplesmente, colocados no mesmo nível; o benefício do alívio de um sofrimento não pode ser equiparado ao dano de uma vida humana suprimida.
    4. É preconceituoso e fora de propósito afirmar que a dignidade da mãe é aviltada pela geração de um filho com anomalia; tal argumentação pode suscitar, ou aprofundar um preconceito cultural contra mulheres que geram um filho com alguma anomalia ou deficiência; isso sim, seria uma verdadeira agressão à dignidade da mulher.
    5. O valor da vida humana não decorre da duração dessa mesma vida, ou do grau de satisfação que ela possa trazer aos outros, ou a ela própria. O ser humano é respeitável sempre, por ele mesmo; por isso, sua dignidade e seu direito à vida é intocável.
    6. O cerne de toda a questão está nisso: os anencéfalos são “seres humanos”? São “seres humanos vivos”? Apesar dos argumentos contrários, não há como colocar em dúvida a resposta afirmativa às duas perguntas. Portanto, daí decorre, como conseqüência, que ele deve ser tratado como “ser humano vivo”.
    7. Permanece, de toda maneira, válido que só Deus é senhor da vida e não cabe ao homem eliminar seu semelhante, dando-lhe a morte; nem mesmo aqueles seres humanos que não satisfazem aos padrões estéticos, culturais, ou de “qualidade de vida” estabelecidos pela sociedade ou pelas ideologias. A vida humana deve ser acolhida, sem pré-condições; não somos nós que damos origem a ela, mas ela é sempre um dom gratuito. Não é belo, não é digno, não é ético, diante da vida humana frágil, fazer recurso à violência, ou valer-se do poder dos fortes e saudáveis para dar-lhe o fim, negando-lhe aquele pouco de vida que a natureza lhe concedeu. Digno da condição humana, nesses casos, é desdobrar-se em cuidados e dar largas à solidariedade e à compaixão, para acolhê-la e tratá-la com cuidado, até que seu fim natural aconteça.

    Cardeal Odilo Pedro Scherer

    Arcebispo de São Paulo

    @DomOdiloScherer

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