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Nº 1274 - 2ª Página
3 de Maio de 2012
CARTAS DE S. PAULO
CARTA AOS ROMANOS
8
II – RIQUEZAS E EXIGÊNCIAS DA SALVAÇÃO
8 – A lei vivificante do Espírito– Já não existe portanto, condenação alguma para os que estão em Cristo, porque a lei do Espírito da vida em Cristo, porque a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, libertou-me da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, que se achava sem força por causa da carne, Deus, enviando o seu Filho, em carne semelhante à do pecado e para expiação do pecado condenou na carne o pecado, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não procedemos segundo a carne, mas segundo o espírito. De facto, os que vivem segundo a carne desejam as coisas da carne; e os que vivem segundo o espírito, as coisas do espírito. Porque o desejo da carne, é morte, ao passo que o desejo do espírito é vida e paz, visto que o desejo da carne é inimizade para com Deus; não se sujeita à Lei de Deus, pois não o pode fazer, e os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o espírito, se é que o espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o espírito de Cristo, não Lhe pertence, se Cristo, porém, habita em vós, embora o corpo esteja morto devido ao pecado, o espírito é vida por causa da justiça. E, se o espírito d’Aquele que ressuscitou a Jesus dos mortos, habita em vós, Ele, que ressuscitou a Jesus Cristo dos mortos, há-de dar igualmente a vida aos vossos corpos mortais por meio do Seu Espírito, que habita em vós. Assim, pois, irmãos, não somos devedores à carne para que vivam,os seguindo a carne. se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis.
Filhos e herdeiros de Deus – Na verdade, todos aqueles que são movidos pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus. Vós não recebestes um espírito de escravidão, para cair de novo no temor; recebestes pelo contrário, um espírito de adopção, pelo qual chamamos: «Abba, Pai». O próprio espírito atesta em união com o nosso espírito que somos filhos de Deus; filhos e igualmente herdeiros, – herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo – se sofremos com Ele, para sermos também glorificados com Ele.
Expectação da futura glória – Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tenho presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós. Porque a criação aguarda ansiosa a revelação dos filhos de Deus; se ela foi submetida à vaidade, – não voluntariamente, mas por causa de quem a submeteu – foi com a esperança de ser também ela, libertada da servidão da corrupção para participar, livremente, da glória dos filhos de Deus. Sabemos, com efeito, que toda a criação tem gemido e sofrido as dores do parto, até ao presente. E não só ela, mas também nós próprios, que possuímos as primícias do espírito, gememos igualmente em nós mesmos, aguardando a filiação adoptiva, a libertação do nosso corpo. Porque na esperança é que fomos salvos. Mas, a esperança que se vê não é esperança, pois aquilo que alguém vê, como é que o espera ainda? Mas, se esperamos, o que não vemos, com paciência o esperamos. De maneira semelhante é que o Espírito vem em ajuda da nossa fraqueza, pois não sabemos o que devemos pedir em nossas orações, mas é o próprio Espírito que intercede por nós com gemidos inefáveis. Aquele que perscruta os corações bem sabe qual é o empenho do espírito, pois é em conformidade com Deus que Ele intercede pelos Santos. Ora nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem dos que O amam, daqueles que, segundo o seu desígnio, são eleitos. Porque os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que este fosse o Primogénito de muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também os chamou; e aos que chamou, a esses justificou; e àqueles que justificou também os glorificou.
A certeza de que Deus nos ama - Que, diremos, pois a isto? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Ele, que não poupou o próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não havia de nos dar também, com Ele, todas as coisas? Quem acusará os eleitos de Deus? Deus, que os justifica? Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, e ainda mais, que ressuscitou, Ele que está à direita de Deus, Ele que intercede por nós? Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada? Conforme está escrito:
«Por Tua causa, sofremos a morte durante o dia inteiro; fomos tomados por ovelhas destinadas ao matadouro».
Mas, em tudo isto, somos nós mais que vencedores por Aquele que nos amou. porque estou certo que nem a morte, nem, a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, Nosso Senhor.
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Amanhã, dia 4/5/12, se Deus o permitir, prosseguirei a transcrição das CARTAS DE S. PAULO, com o nº 9 da Carta aos Romanos.
António Fonseca