Godric de Finchale, Santo
Eremita
Carlos José Eugénio de Mazenod, Beato
Bispo (1782-1861)
Eugénio de Mazenod, Santo
Carlos José Eugénio de Mazenod. Fundador dos Oblatos de Maria Imaculada, veio ao mundo em Aix-en-Provence (França), a 1 de Agosto de 1792, no seio duma nobre família. Por causa da revolução francesa, teve de emigrar com os seus em 1791 para Turim e Veneza, onde permanece 4 anos sob a direção espiritual do douto e santo sacerdote Bártolo Zinelli. Em 1808, contra o parecer da mãe, que sonhava com um rico casamento para o filho, a fim de restabelecer a posição social da nobre família, entra no seminário de S. Sulpício, em Paris. recebeu a ordem sacra de presbítero em Amiens, a 21 de Dezembro de 1811. O que foi a sua vida como Padre e Bispo, é-nos revelado por Paulo VI na homilia de beatificação, a 19 de Outubro de 1975: «Logo depois da revolução francesa, a Providência ia fazer dele um pioneiro da renovação pastoral. Quando voltou a Aix, depois da sua Ordenação, o Padre de Mazenod sentiu-se impressionado com os problemas urgentes da diocese: os jovens, a gente simples, os marginalizados, as populações rurais. Quis ser o Padre dos pobres e atraiu companheiros para o seu ideal. Foi o inicio de uma pequena Sociedade: os Missionários da Provença, que se tornariam os Oblatos de Maria Imaculada. Nomeado Vigário Geral e depois Bispo de Marselha, Monsenhor de Mazenod mostrou a plena medida de si mesmo. Construiu igrejas, criou novas paróquias, velou com energia e com afecto pela vida dos seus Padres, multiplicou as visitas pastorais e as pregações que causavam profunda impressão, frequentemente em língua provençal, intensificou a instrução catequética e as obras juvenis, recorreu às congregações dedicadas ao ensino e à assistência hospitalar, defendei os direitos da Igreja e da Sé de Pedro.» «A partir de 1841, os Oblatos de Maria Imaculada embarcaram para os cinco continentes e foram até aos confins das terras habitadas. O Nosso Predecessor Pio XI diria deles: “Os Oblatos, eis os especialistas das Missões difíceis!” E o Padre de Mazenod queria que eles fossem, perfeitos religiosos! Este Pastor e este Fundador, testemunhas autêntica do Espírito Santo, como definiu muito bem o senhor Arcebispo de Marselha no seu Boletim Diocesano, lançou a todos os batizados, a todos os Apóstolos de hoje, um repto capital: deixai-vos envolver pelo fogo do Pentecostes, experimentareis o entusiasmo missionário». O Bispo Mazenod faleceu santamente em Marselha, a 21 de Maio de 1861. DIP 5, 1091-94; L’OSS. ROM. 26-10.1975. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. VER TAMBÉM http://es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it.
Eremita (1577)
Não longe da pequenina cidade de Roda, em Espanha, havia, nos princípios do século XVI, um convento dos padres de Nossa Senhora das Mercês, religiosos heroicos cuja vida se consumia em aliviar e resgatar os cristãos prisioneiros dos infiéis. Aos Domingos, afluía à Igreja do mosteiro grande número de habitantes das aldeias vizinhas, os quais aí notavam um eremita cujo recolhimento e fervor edificavam a todos. Entretanto ninguém o conhecia, ninguém sabia o lugar da sua morada. Esta misteriosa personagem despertou e excitou a curiosidade. Puseram-se portanto, a espiar seus passos ao sair da igreja. Em breve, porém, percebeu ele do que se tratava, e fazia por se demorar muito tempo na igreja, até cansar a paciência dos curiosos. Por vezes, todavia, os mais intrépidos esperavam, os mais astutos escondiam-se; mas o eremita tomava, umas vezes um caminho, outras vezes, outro. Além disso, caminhava tão depressa que ninguém podia segui-lo. Perdiam-no de vista nos atalhos que se cruzavam ou nas espessas matas onde não temia embrenhar-se, posto que descalço e com os pés ensanguentados. Toda a espécie de conjecturas e comentários circulava na multidão. A morada do pobre ermitão não era, todavia, senão a meia légua do convento. Constava ela duma gruta cavada pela natureza numa rocha cercada de espessas sarças e matagais, cuja entrada era fechada por giestas. Aí se escondia o solitário e se entregava aos exercícios da mais austera penitência. O seu alimento eram raízes, ervas e frutos silvestres. Aí passava os dias a olhar ao Senhor, a rezar, a meditar suas grandezas e seu amor, a implorar misericórdia para o mundo, cheio de pecados e corrupção. Um pastor, perseguindo um dia um rebanho de cabras desgarradas, chegou a descobrir a gruta do piedoso solitário, o qual suplicou ao seu fortuito visitante que não descobrisse o seu asilo a ninguém. «Não posso prometer-vos isto, meu irmão». disse o pastor, «eu sirvo um senhor que é muito bom cristão e que há muito tempo deseja saber o vosso paradeiro. Ele será feliz em vos conhecer. Vós careceis de tudo; ele, porém, não permitirá que vos falte nada». Em vão o eremita se desculpava; viu-se obrigado a aceitar uma parte do pão que o bom do pastor levara para a sua viagem e a receber em seguida o que o seu amo lhe enviava. Não tinha sido isto o mais desagradável da descoberta. Não se guardou segredo sobre o caso e, em breve, a gruta do solitário foi conhecida de toda a gente. A afluência era considerável. Todos desejavam ver este homem de Deus, este anjo da solidão, esta maravilha de penitência. Um dia que o solitário estava ausente – para ir à igreja, sem dúvida, – um curioso penetrou na gruta para visitar e revistar o mobiliário. Um crucifixo, entre os instrumentos de penitência, um livro de Horas; eis tudo o que encontrou. Este livro não deixou também de ser examinado; aí se encontrou a seguinte inscrição: «dado a Catarina de Cardona pela princesa d’Éboli». Era, pois, uma mulher que habitava aquela gruta, que levava uma tão austera vida, e esta mulher era da família dos duques de Cardona, uma das mais ilustres de Espanha. Desde a idade de oito anos, Catarina sentia-se impelida à prática dos conselhos evangélicos. Longe de a secundar, porém, seus pais sonharam em casá-la, logo que ela chegou à idade própria. A humilde rapariga submeteu-se como verdadeira vítima de obediência filial e tudo se preparou para as núpcias. Mas Deus, que lia no fundo do seu coração, libertou-a das mãos daqueles que violentavam a sua liberdade; o mancebo que lhe estava destinado para esposo morreu neste intervalo. Depois desta catástrofe, ninguém se admirava de a ver entrar na casa das Franciscanas. O rei Filipe II chamou-a para que se encarregasse da educação de seu filho, D. Carlos; mas, vindo a desesperar ela de conseguir o que desejava, ainda foi na Corte dama de honor da Princesa de Salerno e da Princesa d’Éboli. Sua alma, porém, experimentava neste meio mundano e buliçoso sofrimentos indizíveis. Uma manhã, foi encontrada no seu quarto uma carta dirigida à Princesa d’Éboli, em que agradecia a esta dama todas as suas bondades e lhe anunciava o propósito de ir viver na solidão. Depois de vinte anos passados na caverna onde a vimos no começo da narração, recebeu a nossa eremita tantas visitas importunas que cedeu a gruta aos carmelitas e entrou numa reclusão que estes religiosos lhe prepararam perto do seu convento. Aí viveu ainda cinco anos. Catarina terminou sua carreira mortal em 1577, com sessenta e três anos. Santa Teresa proclamou-a grande santa. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Gisela, Santa
Religiosa (século IX)
Filha, ao que parece, de Pepino o Breve e, por consequência, irmã de Carlos Magno, tinha ela tido o papa Estêvão II (757) como padrinho. De maneira que, ao escrever o rei Pepino a esse papa, chamava-lhe «meu caro compadre», uma vez que ambos eram, um a título espiritual e outro segundo a carne, os pais desta criança. Não longe da cidade de Aire, onde ela crescia em idade e em beleza, tinha-se estabelecido o monge Venâncio, antigo oficial do seu pai, que deixara a corte para levar a vida eremítica. Veio ele a ser director da princesa e determinou-a a consagrar a Deus a virgindade. Entre as numerosas ocasiões em que ela mostrou mais claramente a fidelidade ao voto, assinalam-se três que merecem particular menção: A primeira, foi quando recusou desposar o imperador do oriente, Constantino Coprónimo (775), assim chamado porque sujou a pia do sacramento ao ser batizado. A segunda, quando recusou o rei dos Lombardos, apesar de este ser apoiado pela rainha Berta, mãe de Gisela, e por vários bispos. O terceiro dos soberanos afastados foi o rei da Escócia, que se houve como criminoso. Gisela obtivera, à força de orações, tornar-se feia para que ele retirasse a pretensão; e realmente retirou-a. Mas pediu-a de novo, quando veio a saber que ela reencontrara a sua beleza. E, persistindo Gisela na recusa, o rei mandou assassinar aquele a quem atribuía as suas decepções, o monge Venâncio, que foi desde então venerado como mártir. A morte do seu director espiritual decidiu Gisela a abraçar o estado religioso. Construiu em Aire-sur-la-Lys, onde ele fora supliciado, uma abadia onde passou os últimos 30 anos. Veio a morrer no principio do século IX. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Eremita (século VI)
Santo Hospício foi eremita no século VI. O seu nome é célebre, ainda hoje, na região de Nice, onde viveu. Contou-nos sua vida S. Gregório de Tours, na História dos Francos. Vamo-la resumir. Hospício tinha-de recolhido numa velha torre situada perto de Villefranche, a uma légua da cidade de Nice, numa peninsulazinha. Aí se entregava ele aos exercícios da penitência mais rigorosa. Tinha o corpo preso com grilhões de ferro, usando um tecido de cilício por cima. Só comia pão seco e algumas tâmaras. Nos dias feriais da Quaresma, alimentava-se das mesmas ervas que as utilizadas pelos solitários do Egipto. Deus recompensava-lhe o zelo com o dom dos milagres e o espírito de profecia. Assim, predisse aos habitantes do país a próxima invasão dos Lombardos: «Os Lombardos, disse ele, chegarão ás Gálias e devastarão sete províncias, porque a malícia deste país, aumentou diante dos olhos do Senhor: pois não há ninguém que entenda, ninguém que procure a Deus; ninguém que pratique o bem, para a ira de Deus se apaziguar. Toda a gente está sem fé, entregue aos perjúrios, acostumada a roubar e pronta para matar; nenhum fruto de justiça amadurece neles. Não se pagam os dízimos, não se dá de comer aos pobres, não se vestem os nus, não se recebem os peregrinos, não se lhes dá uma alimentação suficiente. por tudo isto é que o flagelo vai chegar. Digo-vos portanto agora: recolhei por trás das muralhas tudo o que tendes, para que os Lombardos não vo-lo tirem e entrincheirai-vos por trás das muralhas mais fortificadas». Preveniu igualmente os monges a que depressa se pusessem em segurança com o que lhes fosse possível tomar consigo, porque se aproximavam os bárbaros. A mesma tradição pretende que santo Hospício era abade dum mosteiro estabelecido na mesma península, o qual ele governava estando no alto duma torre. E como, diante do perigo lombardo, os religiosos protestavam, cada um mais, que não o queriam deixar, ele replicou: «Não temais quanto a mim. Talvez me façam suportar alguns ultrajes, mas não irão até matar-me». Mal os monges se tinha afastado, chegaram os Lombardos. devastando tudo chegaram à torre em que o santo vivia enclausurado e de onde ele se lhes mostrava da janela. Não encontrando porta, treparam ao tecto e, tirando as telhas, aproximaram-se dele. Vendo-o carregado de cadeias e assim isolado, julgaram-no grande facínora e perguntaram-lhe qual o seu crime. Hospício declarou-lhes que era homicida (!) e tinha caído nas maiores culpas. Querendo um bárbaro feri-lo com a espada, o braço inteiriçou-se-lhe. Os outros gritaram e pediram ao santo lhes dissesse o que deviam fazer: Hospício fez o sinal da cruz no braço inteiriçado e logo este recuperou a agilidade. O homem converteu-se imediatamente. Mais tarde, abraçou o estado monástico e deu exemplo de grande fervor; vivia ainda quando Gregório de Tours escreveu a sua crónica. Muitos outros bárbaros seguiram os conselhos do santo e puderam regressar sãos e salvos ao seu país, mas os que o desprezaram, vieram a morrer miseravelmente na terra estrangeira. Entre os numerosos milagres atribuídos ao Santo, conta-se a cura dum surdo-mudo que um diácono acompanhava a Roma para que os Santos Apóstolos lhe valessem. Hospício chegou-lhe azeite à boca e às orelhas, e perguntou-lhe como se chamava. Respondendo ele em voz alta, o diácono exclamou: «Dou-te infinitas graças, meu Senhor Jesus Cristo, que Te dignas operar tais prodígios pelo teu servo; ia eu procurar Pedro, ia procurar Paulo, ou outros que ilustraram Roma com o seu sangue, mas aqui encontrei-os todos!». «Cala-te, replicou-lhe o santo. Eu nada fiz: tudo se deve Àquele que do nada criou o mundo». Curou também um cego de nascença e libertou muitos possessos. Depois de mandar aviso ao bispo de Nice anunciando-lhe a sua morte muito próxima, um visitante viu pela janela o solitário carregado de cadeias e perguntou-lhe como podia suportar um tormento assim. Respondeu-lhe o santo: «Aquele por cujo nome eu suporto isto, dá-me toda a necessária força. mas em breve me vou libertar destas cadeias, vou para o meu descanso». Três dias depois, tirou as cadeias, entregou-se a longa oração, sentou-se depois num banco, levantou as mãos e entregou a alma. Seu túmulo depressa se tornou lugar de peregrinações. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Adilio Daronch, Beato
Acólito, Mártir
Adilio Daronch, Beato
Nasceu em 25 de Outubro de 1908 numa família descendente de emigrantes de Itália. Seus avós, Sebastiano Daronch e Francesca Schena, chegaram ao Brasil em 1890, junto com seus filhos Luigi, Vincenzo, Giovanna Maria e Pietro, o pai de Adílio. Se estabeleceram perto de Rio de Janeiro, mas Pietro, à idade de 18 anos, se mudou para Dona Francisca (distante 30 km) para trabalhar como aprendiz de sapateiro e alabardeiro. Em 15 de Janeiro de 1905, se casou com Judithe Segabinazzi. O novo matrimónio se instalou e Dona Francisca, onde nasceram seus três primeiros filhos: Hermínia, Abílio Francisco e Adílio. Sem embargo, alguns anos depois, a família teve que se mudar para Passo Fundo e logo para Nonoai. Pietro e Judithe formaram um ambiente familiar unido e profundamente religioso. Eram muito caritativos. Dado que tinham uma farmácia, aproveitavam a ocasião para ajudar a muitos enfermos que não tinham recursos: distribuíam medicinas, sobretudo no tempo da epidemia de febre espanhola, em 1918, que matou a milhões de pessoas em todo o mundo. Pietro morreu em 5 de Maio de 1923 e Judithe em 23 de Março de 1932. Adílio era um menino simples e religioso. Gostava muito de orar e acompanhar ao pároco dom Manuel. Sobretudo o ajudava nas missas como acólito. Quando dom Manuel recebeu o encargo de se dirigir à floresta de Três Passos, perto da fronteira com Argentina, para realizar uma visita pastoral a um grupo de colonos brasileiros de origem alemã, tinha decidido levar como acompanhante a Cândido dos Santos, mas este adoeceu. Então pediu a Judithe Daronch que lhe permitisse levar a seu filho Adílio. Assim a divina Providência conduziu ao jovem acólito até à glória do martírio. Reproduzido com autorização de Vatican.va
Cristóvão Magallanes e 24 companheiros, Santos
Mártires Mexicanos do século XX
Mártires Mexicanos do século XX
Em 1917 foi promulgada no México uma nova Constituição, firmada pelo presidente Don Venusiano Carranza. Estava inspirada em princípios anticlericais e provocou uma era de violenta perseguição religiosa. Em 1926, sob a presidência de Don Plutarco Elías Calles, a perseguição se faz mais violenta, com a expulsão de alguns sacerdotes, a clausura de escolas privadas e de obras de beneficência. Foram muitos os fieis que sofreram o martírio por defender sua fé, de entre eles apresentamos agora a vinte e cinco que foram proclamados santos da Igreja por João Paulo II.
Os 25 santos canonizados em 21 de Maio de 2000 foram:
1 - Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote; 2 - Roman Adame Rosales, Sacerdote; 3 - Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote; 4 - Julio Alvarez Mendoza, Sacerdote; 5 - Luis Batis Sainz, Sacerdote; 6 - Agustin Caloca Cortés, Sacerdote; 7 - Mateo Correa Magallanes, Sacerdote; 8 - Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote; 9 - Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote; 10 - Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote; 11 - Margarito Flores Garcia, Sacerdote; 12 - Jose Isabel Flores Varela, Sacerdote; 13 - David Galván Bermúdez, Sacerdote; 14 - Salvador Lara Puente, Laico; 15 - Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Sacerdote; 16 - Jesus Mendez Montoya, Sacerdote; 17 - Manuel Morales, Laico; 18 - Justino Orona Madrigal, Sacerdote; 19 - Sabas Reyes Salazar, Sacerdote; 20 - Jose Maria Robles Hurtado, Sacerdote; 21 - David Roldan Lara, Laico; 22 - Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote; 23 - Jenaro Sanchez Delgadillo; 24 - David Uribe Velasco, Sacerdote; 25 - Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote. Para ver as biografias dos Mártires Mexicanos do século XX
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João Mopinot (Irmão Leão), Beato
Mártir Lassallista
Juan Mopinot (Irmão León), Beato
O Irmão Leão, era também da comunidade de Moulins e acompanhou na prisão ao Irmão Roger, seu Director. Juan Mopinot, como se chamava civilmente, havia nascido em Reims, na paróquia de Santiago, de tantos recordações nas origens do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, em 12 de Dezembro de 1724. Foi batizado pelo Padre Huberto Vuyart, sacerdote da paróquia. Estudou com os Irmãos na escola de Thillois. Ingressou no noviciado de Santo Yon em 14 de Janeiro de 1744, com 19 anos. Com o Hábito recebeu o nome de Irmão Leão. Em 1 de Novembro de 1749 emitiu os votos perpétuos. De sua estância em Moulins há um testemunho que diz: «Quase todas as pessoas distintas da cidade haviam recebido a primeira instrução com o Irmão Leão». Foi também detido, como o Irmão Roger, em 11 de Junho de 1793. Na ata de confiscação da escola, em 1792, se diz que no quarto do Irmão Leão havia: «um lençol, um colchão, uma manta, um armário pequeno com duas portas e um caixão pequeno, e uma candeia de cobre». O Irmão Leão tinha 68 anos quando foi encarcerado. Como outros presos, havia esperado que por causa da idade avançada não seria deportado. Mas as autoridades não tiveram nenhuma comiseração. Na «Positio», citando o abade Labiche, se diz: «Figura na lista dos que iam a ser deportados em 31 de março de 1794. Logo o encontramos em Rochefort. Embarcado em "Les Deux-Associés", sua estadia foi curta no navio, pois morreu em 21 de maio. O enterraram na ilha de Aix». E o abade Labiche acrescenta: «Não posso elogiar melhor ao Irmão León que dizendo que era um santo. Tinha entre todos nós essa fama, e a merecia. A morte, pelo demais, não fez senão confirmar esta opinião favorável. Este santo homem havia conservado, numa idade muito avançada, a jovialidade da juventude». No meio de seus sofrimentos, o Irmão Leão havia mantido constantemente uma serenidade sobrenatural e um desejo veemente de ver a Deus.
Manuel Gómez González, Beato
Sacerdote e Mártir
Manuel Gómez González, Beato
Nasceu em 29 de Maio de 1877 em As Neves (cerca de Tuy, província de Pontevedra, Espanha). No dia seguinte foi batizado na igreja paroquial. Era o filho primogénito de José Gómez Rodríguez e Josefa González Durán. Recebeu a confirmação em 20 de Setembro de 1878. Depois dos estudos de primária em seu povo natal, entrou no seminário menor diocesano de São Pelayo, em Tuy. Logo passou ao seminário maior, onde fez os estudos de filosofia e teologia. Recebeu a ordenação sacerdotal em 24 de Maio de 1902. Durante o breve período de tempo que permaneceu em sua diocese, exerceu o ministério sacerdotal como coadjutor na paróquia de As Neves, mas em 1905, com as devidas permissões, inseriu-se na vizinha arquidiocese de Braga (Portugal). Ali, seu primeiro cargo foi o de pároco de Nossa Senhora do Extremo, em Arcos de Valdevez (1906-1911). Logo foi transferido para as paróquias de Taias e Barrosas, em Monção, onde esteve até 1913 quando, por causa da perseguição religiosa em Portugal, lhe permitiram partir para o Brasil. Neste novo destino, depois de uma breve estadia no Rio de Janeiro, monsenhor Miguel de Lima Valverde, acolheu-o na diocese de Santa Maria (Rio Grande do Sul). Quando o pároco de Saudade, João Antônio Faria, também ele da arquidiocese de Braga, teve que voltar a Portugal por enfermidade de seu pai, dom Manuel o substituiu durante vários meses; ao regressar dom João, ajudou-o como coadjutor até que, a fins do ano 1915, o bispo nomeou o padre Manuel pároco de Nonoai. Em sua paróquia, que tinha uma extensão imensa, promoveu e organizou a catequese; impulsionou a participação dos fieis nas santas missas e nos sacramentos. Com tenacidade e grande zelo apostólico logrou vencer a indiferença de muita gente; mesmo assim, contribuiu para melhorar a qualidade de vida dos fieis. Ali levou a cabo um labor pastoral tão intenso que em oito anos mudou o rosto da paróquia, cuidando também dos índios. Percorreu toda a largura e comprimento do território de sua vasta paróquia, fundando pequenas comunidades. Dado que não havia escolas naqueles lugares, abriu uma em sua própria casa; nela ensinava gratuitamente a crianças e adolescentes. Além disso, como havia grande carestia de tudo, com espírito de iniciativa, construiu um forno para a fabricação de tijolos; assim pôde edificar a casa paroquial e vivendas para a população, que destinou aos mais pobres, os quais não necessitavam pagar aluguer. Restaurou a igreja e se esforçou por fomentar o cultivo de arroz e batatas. Como atesta quem o conheceu, era um sacerdote alegre e caritativo. Sofria com os que sofriam. Fazia sempre o bem. Sepultava os mortos e ajudava as viúvas. Carmelinda Daronch Socal, irmã do acólito Adílio, morto mártir com dom Manuel, atestou: "Era muito amável e respeitado por todos. Era considerado a pessoa mais importante do lugar. Aconselhava as pessoas. Era caritativo. Possuía um carisma muito especial. Dom Manuel ensinava a orar, a ler e a escrever. Suas missas eram muito formosas. Eu participava sempre nas celebrações com minha familia". Outra irmã de Adílio, Zulmira, também dá um testemunho de sua admiração pelo santo pároco: "Dom Manuel era uma pessoa muito amiga de minha familia. Ele e meu pai dialogavam com frequência. Foi ele quem me deu a primeira Comunhão. Todos os paroquianos o admiravam porque era uma das poucas pessoas que se preocupava da gente e instruía aos fieis. Dom Manuel era simpático, amável, humilde; tinha boas relações com todos. Era um homem trabalhador, percorria todos os lugares no lombo de seu asno". Em várias teve de se ocupar inclusive da vizinha paróquia de Palmeiras das Missões, na qualidade de administrador, na região de Colônia Militar, perto do rio Uruguai, nas imediações da fronteira com Argentina. Foi precisamente no território desta segunda paróquia encomendada a seu cuidado pastoral onde sofreu o martírio. No mês de maio de 1924, o bispo de Santa María, monsenhor Ático Eusébio da Rocha, pediu-lhe que fosse a visitar a um grupo de colonos brasileiros de origem alemã instalados na floresta de Três Passos. O padre Manuel celebrou a Semana santa na paróquia de Nonoai; logo empreendeu a viagem, acompanhado do jovem Adílio, sem se preocupar com os perigos dessa região, sacudida por movimentos revolucionários. A primeira etapa foi Palmeiras das Missões —distante 80 km—, onde administrou os sacramentos. Prosseguiu depois sua viagem até Braga e, logo, para a Colónia Militar onde, em 20 de maio de 1924, celebrou por última vez a santa missa. Os fieis indígenas avisaram o sacerdote do perigo que correria se penetrasse na floresta, mas ele não fez caso, porque ardia em desejos de lhes levar a graça divina. Ao chegar a um empório, em busca de informações sobre como chegar aos colonos de Três Passos, se encontraram com alguns militares que, amavelmente, se ofereceram para os acompanhar. Na verdade, se tratava de uma emboscada organizada premeditadamente. O padre Manuel e seu fiel acólito Adílio, que então só tinha dezasseis anos, na realidade foram levados a uma zona remota da floresta, onde os esperavam os chefes militares para os assassinar. Uma testemunha narra: "Não havia passado meia hora quando repentinamente se escutaram vários disparos procedentes do bosque, a pouca distância de onde nos encontrávamos. Eram as nove da manhã de quarta-feira 21 de maio de 1924. Nos perguntávamos a que haviam disparado os soldados. Logo, quando, meia hora depois, voltaram os militares, ninguém se atrevia a dizer nada, por medo aos revolucionários, e muito menos a ir ao bosque a averiguar o que se havia passado. Podia ter sucedido qualquer coisa. No dia seguinte, quinta-feira, pela tarde, apareceram dois asnos sem sela, comendo. O camponês do lugar, ao não os conhecer, deixou-os lá; pela tarde, chegaram à terra do senhor Diesel, o qual reconheceu que eram os asnos do sacerdote e do rapaz. Sem perder um instante, montou a cavalo e foi a correr até à capela católica de Três Passos. Ao chegar, perguntou: ¿O padre Manuel chegou para celebrar a missa? Responderam-lhe que não. Então deduziram que os haviam matado na floresta de Feijão Miúdo".
Efectivamente, dom Manuel Gómez González e Adílio Daronch, num sítio escondido, haviam sido maltratados, e logo atados a duas árvores e fuzilados, morrendo assim por ódio à fé cristã e à Igreja católica. Reproduzido com autorização de Vatican.va
Paterno de Vannes, Santo
Bispo
Paterno de Vannes, Santo
Martirológio Romano: Em Dariorige (hoje Vannes), na Bretanha Menor, comemoração de santo Paterno, bispo, de quem se conta que neste dia foi ordenado bispo no concílio provincial reunido por são Perpétuo de Tours nesta mesma sede (c. 460-490). Etimologicamente: Paterno = Padre, é de origem latino.SÃO PATERNO DE VANNES nasceu provavelmente em Poitiers, França, e chegou a ser bispo de Vannes, nesse mesmo país. A diferença dos demais bispos fundadores de dioceses na Bretanha, São Paterno não era de origem bretã. Por seu nome, sua origem talvez haja sido galo romano. Sem embargo se desconhecem muitos detalhes acerca de sua vida. Ao que parece, um concílio do ano 465 celebrado por seis bispos resolveu a necessidade ou a contingência de nomear um bispo para Vannes, e o cargo recaiu em São Paterno. Logo depois de fixar os limites do novo bispado, São Paterno enfrentou difíceis conflitos, tanto com os partidários de um cristianismo local de tradição celta, como os de um cristianismo de corte mais galo-romano. Uma imigração de bretões que regressava da Grã Bretanha veio a complicar a situação, pois tinha que conciliar a gente com ideias e experiências distintas. Dentro deste contexto, São Paterno foi um artífice da unidade, e durante um tempo soube manter o equilíbrio com as distintas facções em pugna. Sem embargo, as intrigas e a incompreensão o forçaram a demitir e a exilar-se, pelo que se retirou à solidão de uma eremita, onde morreu em penitência e em olvido total. Em 1964, o papa Paulo VI declarou a São Paterno santo patrono da diocese de Vannes. SÃO PATERNO DE VANNES nos ensina a importância de transmitir e manter a unidade entre grupos com interesses distintos.
54790 > Santi Beinio, Fabio, Emanuele e Fermo Corpi santi 21 maggio
93275 > Beati Emanuele Gomez Gonzalez ed Adilio Daronch Martiri 21 maggio
46730 > Beato Enrico VI Re d’Inghilterra, martire 21 maggio
32900 > San Eugenio Mazenod Vescovo 21 maggio MR
92948 > Beato Giovanni (Jean) Mopinot Religioso e martire 21 maggio MR
94104 > San Godrico Eremita 21 maggio
90728 > San Hemming di Abo Vescovo 21 maggio MR
92375 > Sant' Isberga (Gisella) Badessa 21 maggio
94124 > Beato Lucio del Rio Mercedario 21 maggio
54270 > San Mancio Vescovo e Martire 21 maggio MR
54230 > Santi Martiri di Pentecoste ad Alessandria 21 maggio MR
90110 > Santi Martiri Messicani (Cristoforo Magallanes Jara e 24 compagni) 21 maggio - Memoria Facoltativa MR (90018 – Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote, 25 maggio - 90112 – Roman Adame Rosales, Sacerdote, 21 aprile - 90113 – Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote, 28 ottobre - 90114 – Julio Alvarez Mendoza, Sacerdote, 30 marzo - 90115 – Luis Batis Sainz, Sacerdote, 15 agosto - 90116 – Agustin Caloca Cortes, Sacerdote, 25 maggio - 90117 – Mateo Correa Magallanes, Sacerdote, 6 febbraio - 90118 – Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote, 1 luglio - 90119 – Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote, 7 agosto - 90120 – Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote, 22 novembre - 90121 – Margarito Flores Garcia, Sacerdote, 12 novembre - 90122 – Jose Isabel Flores Varela, Sacerdote, 21 giugno - 90123 – David Galvan Bermudez, Sacerdote, 30 gennaio - 90124 – Salvador Lara Puente, Laico, 15 agosto - 90125 – Pedro de Jesus Maldonado Lucero, Sacerdote, 11 febbraio - 90126 – Jesus Mendez Montoya, Sacerdote, 5 febbraio - 90127 – Manuel Morales, Laico, 15 agosto - 90128 – Justino Orona Madrigal, Sacerdote, 1 luglio - 90129 – Sabas Reyes Salazar, Sacerdote, 13 aprile - 90130 – Jose Maria Robles Hurtado, Sacerdote, 26 giugno - 90131 – David Roldan Lara, Laico, 15 agosto - 90132 – Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote, 25 febbraio
90133 – Jenaro Sanchez Delgadillo, Sacerdote, 17 gennaio - 90134 – David Uribe Velasco, Sacerdote, 12 aprile - 90135 – Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote, 5 ottobre)
61100 > Santi Nicostrato e Antioco Martiri 21 maggio
54260 > Sant' Ospizio (Ospicio) Eremita 21 maggio MR
54240 > San Paterno di Vannes Vescovo 21 maggio MR
90647 > San Pietro Parenzo Podestà e martire 21 maggio
54220 > San Polieuto (Polieutto) Martire 21 maggio MR
94105 > San Silao Vescovo e abate 21 maggio
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