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Nº 1398-1 - (248-12)
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= E U S O U =
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SÃO MOISÉS
Antigo Testamento
Moisés e Abraão constituem as duas personagens centrais do Antigo Testamento. Moisés, o libertador do povo eleito, o mediador da Aliança renovada do Sinai e, em conformidade com ela, o organizador da teocracia hebraica. Tal foi a importância dele na história de Israel que muitas vezes o Messias é interpretado como reencarnação do grande «Profeta» por autonomásia, do testamento Antigo. Os dias do êxodo tinham ficado como os tempos heróicos da história de Israel, e o principal protagonista de tais gestas, Moisés, ficou na memória de todas as gerações como o amigo de Deus por excelência. Já o seu nascimento está marcado com o sinal de predilecção divina. Oriundo da tribo de Levi, foi abandonado pela mãe numa cestinha de junco no Nilo. A perseguição contra os israelitas chegou ao ponto culminante, e as mães hebreias tinham de privar-se dos seus filhos varões, cuja extinção estava decretada pelas autoridades egípcias. São os tempos de reacção contra os Semitas. Tinham passado os anos de dominação dos Hiksos, de origem asiática, que protegiam os estrangeiros oriundos de Canaã e da Fenícia, porque os ajudavam a manter sujeitos os egípcios. José, o cananeu descendente de Jacob, tinha conseguido subir, protegido por esta situação de privilégio para os Semitas, até às mais altas dignidades do Estado egípcio. À sua sombra tinham os Hebreus prosperado desmedidamente na parte oriental do Delta, de tal maneira que chegaram a criar um problema aos nativos súbditos do faraó. Ao impor-se outra dinastia, de procedência claramente egípcia, generalizou-se uma política de perseguição contra os estrangeiros semitas, que tinham colaborado com os odiados Hiksos. Vítimas desta política sectária foram, entre outros, os Hebreus, que pacificamente se dedicavam à criação de rebanhos em Gósen. A opressão ultrapassava toda a medida, e Deus ia intervir milagrosamente para salvar o seu povo ligado à promessa de bênção dada ao grande antepassado Abraão. Para isso era necessário preparar instrumento da sua especial providência. A Bíblia insiste nestas intervenções milagrosas de Deus na vida de Moisés. O menino foi recolhido por uma princesa egípcia, que o levou para a corte do Faraó como filho adoptivo, dando-lhe o nome de «Mossu» ou Moisés, que, em egípcio parece significar simplesmente «menino». Lá cresceu, formado segundo a requintada educação cortesão. A alma egípcia distingue-se pela delicadeza e bondade. Conhecemos muitas composições literárias cheias de beleza estilística e de profundos pensamentos. Talvez o menino hebreu tenha tido nas mãos os maravilhosos «Ensinamentos de Amenheme», que deixarão vestígios na literatura hebraica. A vida de Moisés na corte era mole e distraída, entre cânticos de harpistas e recitações de versos pelos escribas. Mas aos ouvidos ressoavam-lhe os gritos de dor dos seus compatriotas que estavam entregues a trabalhos forçados na construção duma cidade residencial que ficará com o nome do fundador, (Ramsés II “1238-1232” antes de Cristo). Os capatazes egípcios impunham horas esgotantes de trabalho e empregavam o cacete com demasiada frequência. por outro lado, os egípcios desprezavam os de origem estrangeira e tornavam-lhes a vida impossível. Um dia, o jovem cortesão Moisés viu um egípcio esbofetear um compatriota seu. O sangue ferveu-lhe nas veias, e num momento de fúria matou o egípcio agressor. Para evitar consequências, enterrou-lhe o cadáver na areia. Mas o facto propalou-se porque o hebreu, em cuja defesa interviera, tornou-o do domínio público. O assunto era gravíssimo, e Moisés teve de sair da corte para não cair nas mãos da polícia egípcia. A península do Sinai com as suas estepes era o melhor lugar para fugir às pesquisas dos egípcios. Saindo da zona oriental do Delta, onde estava a corte do faraó, bastavam-lhe umas horas de caminho para encontrar-se em terras de ninguém. O jovem hebreu teve de adaptar-se à nova vida, muito distinta da complicação da corte faraónica. Durante anos será o beduíno que leva os rebanhos dum lugar para outro em busca de pastos. Depressa entrou em relações com um xeque-beduíno, que era também, como Melquisedeque, sacerdote da sua tribo. Da experiência dele se aproveitará mais tarde para organizar a vida civil dos Israelitas. O momento culminante da vida agitada de Moisés pelas estepes sinaíticas é aquele em que o Deus de Israel lhe apareceu como sarça ardente com a declaração solene: «Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob». Desde esse momento terá Moisés de encarregar-se duma árdua missão, a de salvar os seus compatriotas da opressão egípcia. Sem dúvida tinha Moisés ouvido falar entre os seus das bênçãos especiais que Deus tinha prometido aos seus antepassados, os gloriosos patriarcas Abraão, Isaac e Jacob. Agora declarou-se Deus solenemente ligado aos seus antepassados gloriosos. Mas o nome de «Deus (Eloim) de Abraão…» parece-lhe demasiado genérico para, em nome d’Ele, se apresentar como o libertador dos seus compatriotas, e assim perguntou a Deus pelo seu nome especifico, que lhe autenticasse a missão recebida. Na sua estada entre os Egípcios tinha ouvido falar dos diversos nomes dos seus deuses, e por isso agora quer que o seu «Deus» lhe revele o nome concreto que defina personalidade. A resposta por parte de Deus, não podia ser mais evasiva: à pergunta inquisitorial cheia de curiosidade vã: «Tu quem és?», respondeu: «Eu sou Aquele que Sou». Deus quis rodear de mistério o seu nome para não Se materializar, sendo entendido de modo sensível , conforme a qualquer noção baseada no imaginar. Desde esse momento «Aquele que sou» (Iavé) será a melhor definição da transcendência divina. No Decálogo proibir-se-á apresentar sensivelmente o Deus dos israelitas, que se quis definir misteriosamente como «Aquele que sou». Agoira começa novo período na vida de Moisés. por ordem de seu Deus, há-de voltar ao Egipto para convencer o Faraó da necessidade de o povo israelita sair para o deserto. Nos planos de Deus, Israel deve isolar-se dos outros povos até adquirir nova consciência religiosa e nacional. Nos anos de estada no país do Nilo tinha-se deixado contaminar pelos cultos idolátricos e era preciso despertar nele a saudade das suas antigas tradições patriarcais na terra de Canaã, a qual lhes ia ser entregue como herança. Para isso, nada melhor que levá-lo às estepes do Sinai para lhe fazer esquecer as idolatrias do Egipto e entusiasmá-lo com a «terra que mana leite e mel» de Canaã. A missão de Moisés é difícil. O Faraó resistia a desprender-se daqueles semitas de que necessitava para as suas obras de construção; mas, por fim, depois dos milagres das pragas, permitiu que os israelitas partissem para o deserto. Moisés decidiu a partida e no mês de Abib (Nisã) os seus com patriotas celebraram a festa agrícola da Páscoa, que nesse ano tinha carácter de despedida, e iria ficar como memória do fim imposto à escravidão egípcia. Saíram os israelitas às escondidas com os despojos dos Egípcios, a caminho do deserto. O êxodo não foi despercebido. O Faraó revogou a licença e enviou um destacamento armado para os obrigar a voltar. A sorte estava lançada, e Moisés não permitiu aos seus regressarem; assim, animou-os a correrem para a estepe, mas chegou um momento em que não podiam ir mais longe. Diante deles estendia-se o mar que lhes impedia a marcha. De novo salvou o caso a intervenção taumatúrgica de Moisés. Iavé mandou um vento tempestuoso, e a água retirou-se de tal maneira que os hebreus puderam passar a pé enxuto. Atrás, o exército do Faraó começou a persegui-lo sem dar conta do maravilhoso da retirada da água, julgando ter sido única e simplesmente questão do baixar da maré; mas, depois de os israelitas passarem , a água voltou de novo e afogou os soldados e carros do Faraó. É o grande portento da passagem do Mar Vermelho, que ficará como símbolo da protecção de Iavé ao seu povo. Durante gerações, cantarão os israelitas o grande milagre, que se deu nos tempos dos Faraós da 19ªdinastia (século XIII antes de Cristo). Passado o Mar Vermelho, penetraram os israelitas na península do Sinai, até chegarem a uma grande montanha, que iria criar eco na tradição israelita. A nova legislação, que concretizaria a teocracia hebraica, surgiu no cimo deste monte onde Iavé se manifestou a Moisés como «um amigo a outro amigo». Ali se estabeleceram, com efeito, as bases da nova teocracia; por um lado, Israel devia reconhecer Iavé como Deus único, comprometendo-se a guardar os seus preceitos; e por outro, Iavé prometia protegê-lo como povo, no decorrer da história. Todavia, este pacto foi violado muitas vezes já nos dias da peregrinação no deserto. O povo hebraico prosseguiu inclinado à idolatria, levantando ao pé do Sinai um bezerro de ouro para o adorar. Na passagem pelo deserto, Israel mostrou-se povo de dura cerviz. Multiplicavam-se os milagres (o maná, as codornizes, a água do rochedo), mas à primeira contrariedade os hebreus queriam abandonar o seu Deus e voltar para o Egipto. Foi o chefe Moisés que teve de enfrentar esta obstinação materialista. Durante uma geração, esteve a sua vida consagrada a modelar a alma nacional e religiosa dum povo rude e recalcitrante e, quando se encontrava já para entrar na terra de promissão, morreu fazendo as últimas recomendações de fidelidade a Iavé. Por uma falta misteriosa, que a Bíblia não especifica, o grande libertador dos israelitas foi privado de entrar em Canaã, termo da longa peregrinação pelo deserto. A lembrança dele permaneceu viva no povo de Israel: «Não tornou a haver em Israel um profeta como Moisés, a quem Iavé conheceu frente a frente». É a síntese que dele faz o autor do Deuteronómio. A sua obra, a «Lei», constituiu a base da vida religiosa e política do povo eleito até aos tempos do Messias. Jesus Cristo dirá que não veio aboli-la, mas aperfeiçoá-la no seu pleno sentido espiritualista e ético. É a melhor consagração duma obra legislativa que girava à volta do destino excepcional dum povo, de que havia de sair o Salvador do mundo. Na visão do Tabor, Moisés – símbolo da lei do testamento Antigo – e Elias – símbolo do profetismo – constituem a escolta de honra do Deus-Messias. Por isso a Igreja cristã, que se considera a herdeira do «Israel das promessas», sentiu sempre grande veneração pelo grande Legislador e Profeta do Antigo Testamento. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
SANTA ROSA DE VITERBO
Virgem (1235-1252)
Rosa nasceu em Viterbo, Itália, em 1235. Seus pais eram excelentes cristãos, gente pobre. Já no princípio da infância de Rosa, todos perceberam que Deus tinha grandes planos sobre ela. Na verdade, é assombroso como junta ou sobrenatural com o natural. Em vez de entregar-se aos jogos próprios da idade, passava horas diante das imagens dos santos, especialmente se eram da Virgem Maria. Impressionava a atenção com que ouvia seus pais quando falavam de coisas de Deus. Desde muito pequena,, sentiu grandes desejos de viver na solidão, anseios que na prática nunca se realizaram. Sempre foi enamorada da penitência. Os virtebianos habituaram-se a ver pelas ruas uma menina que andava sempre descalça e com desordem no cabelo. Grandes eram as suas austeridades na comida, chegando a passar dias inteiros com um pedaço de pão. Pão que muitas vezes ia parar na boca dos pobres, outro dos seus “fraquinhos”; corria atrás dos pobres e, com imenso carinho, oferecia-lhes tudo quanto tinha. Em Viterbo havia um convento de religiosas, chamado de S. Damião. Às portas dela bateu a nossa heroína, mas inutilmente, porque era pobre e muito nova. Então decide transformar a própria casa em claustro. nele se excedia santamente nas penitências corporais, chegando a disciplinar-se até perder os sentidos. Os de sua casa esforçaram-se para afastá-la de tal caminho, mas é tanta a graça humano-divina a reflectir-se em toda a sua pessoa, que a todos convence. E as horas de oração sucediam-se sem parar. Aos 8 anos, vítima das penitências, contrai gravíssima doença, que dura 15 meses. Foi milagrosamente curada por Nossa Senhora, que a mandou tomar o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, o que na realidade fez. Nesse dia começou a vida de apóstola. Ao sair da Igreja pregou com grande fervor sobre a Paixão e sobre os pecados dos homens; todos voltaram compungidos para casa, enquanto ela regressava à solidão. Dias e dias a cidade inteira ouviu-lhe atónita as pregações. Dificilmente compreendemos hoje o ardor com que as multidões medievais iam atrás de qualquer pregador da palavra de Deus, as conversões que se davam e as reconciliações públicas que provocou, por exemplo, santo António. Mais ainda, se o pregador era uma menina de poucos anos… Não lhe faltaram contradições nem sofrimentos. Os partidários do imperador Frederico II, inimigos da Santa Sé, depressa se puseram a atacá-la. Depois das mofas e das calúnias, veio o desterro. Tudo isto serviu para que resplandecesse a têmpera daquela menina, que, da mesma maneira que os apóstolos noutro tempo, disse que não podia deixar de pregar a divina palavra. E a Providência valeu-se da malícia dos seus perseguidores para a semente da verdade frutificar noutras terras. Com os pais teve de sair, de noite, de Viterbo, quando a neve enchia os caminhos. Esgotados pelo cansaço e sofrimento, chegaram no dia seguinte a Soriano. Mas os sofrimentos físicos foram ainda o menos: muito mais se angustiou vendo a dissolução moral da gente que ficava conhecendo. Prosseguiu lá a pregação, e os sermões conseguiram, no fim de alguns meses, numerosas conversões. Vêm ouvi-la também homens e mulheres das aldeias vizinhas. A estes anunciou um dia a morte de Frederico II. No fim da vida, esse imperador reconciliara-se com a Igreja. E foi, ela também, procurar ouvintes: ao menos cinco povoações ouviram, espantadas e finalmente convencidas, a voz daquela menina que atraía já com a presença ou, se era necessário, confirmava a pregação com milagres.- Um dos defeitos que se atribuem com razão à idade Média, é a excessiva credulidade com que admitia os factos extraordinários. Hoje, os biógrafos da nossa Santa recusam alguns dos milagres; nem doutro modo se explica o redemoinho espiritual que a sua passagem levantou em toda a parte. Toda a sua vida, aliás, era um milagre. Dezoito meses depois de sair da sua terra, pôde regressar, já depois da morte de Frederico II. Toda a gente veio receber a conterrânea extraordinária, contente aquela de recuperar um tesouro, que mais apreciava agora, depois de o ter perdido. Apesar dos triunfos apostólicos, a sua alma ansiava pela solidão; para se entregar inteiramente à oração e à penitência. É a história constante de todos os verdadeiros apóstolos. S. Bernardo escrevera pouco antes que o apóstolo deve ser concha repleta e não simples canal. Pela segunda vez experimenta Rosa entrar num convento. Agora o mosteiro tem o bonito nome de Santa Maria das Rosas. Mas pela segunda vez lhe fecham as portas do claustro. Deus não a destina a para a vida religiosa. E por conselho do confessor, decide mais uma vez transformar a própria casa no claustro sonhado; mas desta vez terá de preocupar-se com a santificação de outras almas. Algumas amigas suas de Viterbo juntam-se a ela para guardar silêncio, cantar salmos e ouvir as suas exortações espirituais. devido à constante afluência de mais e mais jovens, o confessor de Rosa compra-lhes um terreno perto de Santa Maria das Rosas. A comunidade tomou a Regra da Ordem Terceira de S. Francisco. mas de novo as pequenezas humanas estorvaram a obra de Deus. Inocêncio IV suprimiu a nova comunidade, por indicação das religiosas de S. Damião. O biógrafo de S. Francisco, Tomás de Celano, diz que «ele recebeu a morte cantando». canto de alegria foi também a morte de Rosa. Gasta bem cedo com as penitências e o apostolado, preparou-se para ir ao encontro do Esposo das virgens. Ao receber o viático, ficou muito tempo em altíssima contemplação. Quando voltou a si, administraram-lhe a unção dos enfermos. Pediu perdão a Deus de todos os pecados e despediu-se das pessoas de familia com a requintada caridade de sempre. Jesus, Maria, foram as suas últimas palavras. Tinha 17 anos e 10 meses. Faleceu a 6 de Março de 1252. É representada a receber a sagrada comunhão junto dum altar, e ainda a ver em sonhos os instrumentos da paixão. Qual a lição de Rosa? Diria que é a lição do sobrenaturalismo. O nosso século XX, (ou XXI) céptico diante do extraordinário e excessivamente enamorado do humano, bem é que recorde ter Deus preferência acentuada pelos instrumentos inadequados, a fim de com eles obter as suas vitórias. Em particular, deveriam recordar frequentemente a vida e obra de Rosa de Viterbo todos os que se dedicam ao apostolado. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
NOSSA SENHORA DA CONSOLAÇÃO
Os Reverendos Padres Agostinhos celebram hoje a solenidade de Nossa Senhora da Consolação. Sob este título é a Santissima Virgem orago da freguesia de Alvados, concelho de Porto de Mós, distrito e diocese de Leiria. Algumas edições do missal romano traziam a missa votiva de Nossa Senhora da Consolação para o sábado a seguir à festa de Santo Agostinho. Há uma Senhora da Correia, da Cintura de Ouro ou da Consolação. A confraria com estes nomes, instituída na Igreja do Pópulo, em Braga, pelos eremitas de Santo Agostinho, simbolizava a devoção comum a Nossa Senhora, a Santa Mónica e Santo Agostinho. Há uma capela na freguesia de Nogueiró, Braga, e outra capela de Nossa Senhora da Consolação dos Perseguidos, na freguesia de Siolim, concelho de Bardez, na antiga Índia Portuguesa. E existe uma Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, da mesma maneira que é invocada Nossa Senhora da Consolata. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
SANTA ROSÁLIA
(século XII)
Santa Rosália é a padroeira de Palermo, e os habitantes desta cidade da Sicília celebram anualmente duas festas em sua honra. Uma delas foi elevada à categoria de dia santo de guarda por Pio XI, em 1927. É solenizada com uma procissão de pompa extraordinária e anunciada com tiros de canhão. Colocadas sobre um carro gigantesco, cheio de músicos e puxado por quarenta mulas, as relíquias da santa percorrem as ruas da cidade entre orações, cânticos e aclamações. A parte mais alta do carro chega ao telhado das casas; estalejam foguetes por toda a parte; os músicos tocam sem cessar as suas trombetas e, durante os cinco dias de festas, reina indescritível entusiasmo. A santa de Palermo, que é assim venerada, passa por ter livrado a sua terra natal da peste em 1625 e por ter operado depois numerosos milagres. Diz a Lenda que nasceu cerca do ano de 1130, na corte de Rogério II, rei da Sicília, sendo seu pai Sinibaldo, descendente de Carlos Magno. Como a beleza constituía perigo para a sua alma, a Santissima Virgem apareceu-lhe e aconselhou-a a deixar o mundo. Rosália tinha completado catorze anos. Levando consigo o crucifixo, as disciplinas e alguns livros, saiu de noite da casa paterna. Dois anjos, um armado de cavaleiro e outro disfarçado de peregrino, esperavam-na para a acompanharem até ao monte Quisquita, onde a deixaram à entrada duma gruta, encoberta pelas árvores e cercada de neve. Aí esteve escondida a menina durante alguns meses, até que os anjos vieram preveni-la de que era procurada pelos pais e, por isso, devia fugir para outro sítio. Levaram-na então para o cimo do monte Pellegrino. Diz-se que Rosália passou ali os últimos dezasseis anos de vida, entregando-se às mais duras penitências e sendo alimentada miraculosamente pela Eucaristia. Morreu por 1160, com a idade de trinta anos; o corpo, procurado durante muito tempo sem resultado, foi finalmente encontrado no século XVII, encerrado numa urna de cristal de rocha. É a descoberta destas relíquias que se comemora com a procissão acima referida. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
BEATA MARIA DE SANTA CECÍLIA ROMANA
Religiosa (1897-1929)
O seu nome de família é Dina Bélanger. Nasceu em Quebeque, no Canadá, a 30 de Abril de 1897, de pais cristianíssimos, que a levaram a baptizar no mesmo dia e lhe impuseram os nomes de Maria, Margarida, Dina, Adelaide. As mais das vezes, era chamada Dina. Recebeu uma educação austera, longe de todas as frivolidades mundanas. A piedosíssima mãe ensinou-a a rezar desde o colo materno. Por isso não é de estranhar que aos 13 anos, fosse admitida na Associação das Filhas de Maria e se consagrasse a Nossa Senhora, segundo a doutrina de S. Luís Grignion de Monfort. Fez os estudos nos colégios da Congregação de Nossa Senhora. Aos nove anos, começou a aprender a tocar harpa e fez tais progressos que aos onze recebeu o diploma, embora continuasse depois (1916-1918) a estudar música com as religiosas de Jesus e Maria, cuja fundadora foi a Beata Claudina Thévenet (1774-1837). Em 1918 voltou para casa e lá ficou até que, a 11 de Agosto de 1921, ingressou no noviciado destas religiosas, em Sillery. Nos três anos de permanência no seio da família, deu bastantes concertos musicais em reuniões e ajuntamentos, sem contudo se descuidar dos deveres para com Deus e aperfeiçoamento da própria alma. A sua vida pode, pois, dividir-se em duas partes; 24 anos no mundo e 8 no convento. Mas tanto uma como outra dominadas pelo desejo de agradar ao Senhor em tudo e sempre. De facto, aos 14 anos fez voto de virgindade e quando começou a primeira guerra mundial ofereceu-se como vítima de expiação. No convento, os seus ardentíssimos desejos eram de ser mártir, vítima e apóstola. A 23 de Outubro de 1924, com licença do director espiritual e da Superiora, fez voto de agir com perfeição em pensamentos, desejos, palavras e acções, por toda a vida. Ao descobrir que estava diante de uma alma de predilecção, a Superiora pediu-lhe para escrever a sua autobiografia. Desta forma, após a sua morte, que ocorreu no dia 4 de Setembro de 1929, as prodigiosas graças que recebera de Deus e as heróicas virtudes da humilde religiosa tornaram-se amplamente conhecidas. passou a ser invocada, e já no dia 4 de Setembro de 1939 se dava um grande milagre que, depois de rigorosíssimas investigações, foi aprovado pelos professores consultados pela Santa Sé, de forma que o Santo Padre autorizou a publicação do respectivo decreto no dia 10 de Julho de 1990. Isto levou à beatificação da Serva de Deus, no dia 20 de Março de 1993. AAS 81 (1989) 1262-66; 82 (1990) 1636-38; L’OSS. ROM. 28.3.1993. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
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• Moisés, Santo
Septiembre 4 Profeta del Antiguo Testamento,
Moisés, Santo
Profeta del Antiguo Testamento
Salvado de las aguas. Criado junto al Faraón. Elegido para salvar a su pueblo. Instrumento de Dios en las plagas. Caudillo desde el mar Rojo. Y ya en el desierto, el hombre de la Alianza: Amigo de Dios, padre del pueblo, legislador, juez, guerrero, libertador... Es el hombre fuerte como un titán que se resiste a aceptar las debilidades de su pueblo. Dios permite su fracaso. Viendo ya la Tierra Prometida, muere con la esperanza incumplida de entrar en la tierra de Canaán. El que extendió su mano en el mar y lo secó o hizo brotar agua de la roca en el desierto, o consiguió de Dios el maná y las codornices para quitar la hambruna no disfruta su máximo proyecto humano: entrar en la Tierra de Promisión. El sinsabor de la derrota humana es permitido por Dios para que reconozcamos nuestra flaqueza. El fracaso en lo humano marca la dependência del creador.
• Rosalía, Santa
Septiembre 4 Ermitaña,
Rosalía, Santa
Ermitaña
Martirologio Romano: En Palermo, de Sicília, santa Rosalía, virgen, de quien se dice que practicó la vida solitaria en el monte Pellegrino (s. XII). Etimología: Rosalía = rosal florido”. Viene de la lengua griega Vivió en el siglo XII y murió hacia 1160. Aunque se desconocen datos sobre su patria y vida, una leyenda asegura que a los 14 años se retiró a una cueva del monte Coscina y luego a otra del monte Pellegrino, cercano a Palermo.
• Bonifacio I, Santo
Septiembre 4 XLII Papa,
Bonifacio I, Santo
XLII Papa
Martirologio Romano: En Roma, en el cementerio de Máximo, en vía Salaria Nueva, sepultura de san Bonifacio I, papa, que trabajó para solucionar muchas controversias sobre disciplina eclesiástica (422). Etimología: Bonifacio = que hace el bien. Viene de la lengua latina. Elegido el 28 diciembre del 418; falleció en Roma, el 4 de septiembre del 422. Poco se conoce de su vida previa a su elección. El "Liber Pontificalis" lo llama un romano, e hijo del presbítero Jocundus. Se cree que ge ordenado por el Papa Damasus I (366-384) y que fue representante de Inocencio I en Constantinopla (c. 405).
• Ida de Herzfeld, Santa
Septiembre 4 Viuda,
Ida de Herzfeld, Santa
Viuda
Martirologio Romano: En Herzfeld, de Sajonia (Alemania), santa Ida, viuda del duque Ecberto, insigne por su asidua oración y caridad para con los pobres.
Etimología: Ida = la que es laboriosa, del germánico Santa Ida de Herzfeld era bisnieta de Carlomagno y creció en su corte. Por arreglo del emperador, se casó con Lord Egbert (Ecberto). Tuvo un hijo: Warin, que entró como monje en Corvey. Se quedó viuda en 811, siendo muy joven. No se volvió a casar, y dedicó el resto de su vida al cuidado de los pobres. Hizo construir una iglesia en Hofstadt, Westfalia, y el convento de Herzfeld. Murió en 813 por causas naturales; la enterraron en el convento de Herzfeld. Fue canonizada el 26 de noviembre de 980.
• Marcelo de Chalons-sur-Saone, Santo
Septiembre 4 Mártir,
Marcelo de Chalons-sur-Saone, Santo
Mártir
Martirologio Romano: En Chalons-sur-Saone, en la Galia Lugdunense, san Marcelo, mártir (s. III-IV) Etimología: Marcelo = pequeño martillo, del latín La matanza de los mártires de Lyon, con el obispo San Potino a la cabeza, tuvo lugar durante la persecución de Marco Aurelio, en el año 177. Fue por entonces cuando Marcelo, un sacerdote, recibió un aviso del cielo como dice su "passio" y consiguió escapar de la muerte y refugiarse en Chalon-sur-Saône.
• Irmgarda (Irma) de Süchteln, Santa
Septiembre 4 Condesa,
Irmgarda (Irma) de Süchteln, Santa
Condesa
Martirologio Romano: En Colonia, de la Lotaringia, santa Irmgarda, condesa de Süchteln, que utilizó sus bienes en la construcción de iglesias (c. 1089). Irma Santa Irma Condesa de Süchteln, pertenecía probablemente a la familia ducal de Luxemburgo. Murió en olor de santidad en Colonia y sus restos reposan detrás del altar mayor de la catedral de esta ciudad.
• Catalina Mattei de Racconigi, Beata
Septiembre 4 Virgen,
Catalina Mattei de Racconigi, Beata
Virgen Dominica
Martirologio Romano: En Carmagnoles, del Piamonte, en Italia, beata Catalina Mattei, virgen, religiosa de las Hermanas de Penitencia de Santo Domingo, que, viviendo con una salud muy precaria, soportó con admirable caridad y abundancia de virtudes las calumnias humanas y todo tipo de tentaciones (1547).
La Beata piamontesa Catalina Racconi fue una viva copia de Santa Catalina de Siena, a quien, por una celeste visión, adoptó como maestra. Catalina tenía quince años cuando se le apareció la Santísima Virgen, que tomando la mano de la joven, la unió a la del Divino Redentor, diciendo: "Te doy por esposo a mi Hijo, en fe, esperanza y caridad".
WWW.SANTIEBEATI.IT
93159 > Beato Bernardo da Lugar Nuevo de Fenollet (José Bleda Grau) Religioso e martire 4 settembre MR
89042 > San Bonifacio I Papa 4 settembre MR
69010 > San Caletrico di Chartres Vescovo 4 settembre MR
90799 > Beata Caterina Mattei da Racconigi Domenicana 4 settembre MR
93462 > Beato Francesco Sendra Ivars Sacerdote e martire 4 settembre MR
69020 > San Fredardo (fredaldo) di Mende Vescovo 4 settembre MR
92557 > San Giuseppe Patriarca, figlio di Giacobbe 4 settembre
69060 > Beato Giuseppe Pasquale Carda Saporta Martire 4 settembre MR
91888 > Sant'Ida di Herzfeld Vedova 4 settembre MR
69030 > Sant'Irmengarda (Irmgarda) di Suchteln 4 settembre MR
93492 > San Marcello di Chalon-sur-Saone Martire 4 settembre MR
92540 > Beata Maria di S. Cecilia Romana (Maria Dina Bélanger) Vergine 4 settembre MR
69000 > San Mosè Profeta 4 settembre MR
94588 > Beato Pietro di San Giacomo Merceario 4 settembre
69050 > Santa Rosalia Vergine, eremita di Palermo 4 settembre MR
69040 > Beato Scipione Gerolamo Brigeat de Lambert Martire 4 settembre MR
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