domingo, 4 de junho de 2017

IGREJAS DO PORTO - NOVA PÁGINA DE 2017 - (125) - 4 DE JUNHO DE 2017

Meus Amigos:

Como já afirmei aqui no passado dia 1 de Fevereiro, tomei a iniciativa de publicar aqui uma descrição das Igrejas, Capelas e Oratórios que existem na cidade do Porto. Vou-me socorrer de várias fontes, nomeadamente Wikipedia, do livro Porto e as Igrejas editado pela Câmara Municipal do Porto em 2015, e possivelmente de outras fontes. 
Não quero fazer uma enciclopédia, nem nada que se pareça e não vou fazer plágios. Sempre que publicar algo sobre este assunto, darei nota das fontes a que recorrer, respeitando sempre a deontologia e os direitos de Autor.. 
A maior parte das Igrejas e Capelas (e suas histórias) que vão ser aqui mencionadas, nunca as visitei e decerto também, muitos de vós, não conhecem. 
Apesar da minha idade - ser já um pouco avançada - e dado que publicarei diariamente apenas uma monografia (ou História), tenciono completar todo este trabalho, se Deus me der vida e saúde.

Para já vou começar este trabalho-missão, através da transcrição dos textos do Livro 
"O Porto e as Igrejas" por ordem de paróquias.



Vigararia PORTO POENTE

Paróquia NOSSA SENHORA DE CAMPANHÃ


125.  Igreja Paroquial de Campanhã ou 
Igreja de Santa Maria


Rua do Falcão











Interior da Igreja Paroquial de Campanhã ou 
Igreja de Santa Maria











O Rio Douro, a grande via de comunicação, era a porta de entrada em Campanhã
Pelo esteiro, logo aparecia, no monte, a Igreja dedicada a Santa Maria
«ecclesia Sanctae Mariae de Campanham», 
cheia de lendas e milagres da reconquista cristã, nos séculos IX e X
A Igreja actual é de 1714, tendo sido saqueada, na segunda invasão francesa (1809), sofrido grandes danos no Cerco do Porto (1832-33) e obras de restauro em 1907, a fachada e a torre, com bom trabalho de cantaria, como o óculo frontal, são de José Francisco de Paiva
Notável o retábulo da capela-mor e 50 painéis pintados sobre madeira (1766) apresentando os mistérios do Rosário, os Apóstolos e Doutores e outros Santos da Igreja
A imagem da Senhora de Campanhã, padroeira da freguesia , considerada das mais belas imagens da Virgem da Diocese do Porto, é de calcário (século XIV) e partiu a mão direita, em 1742, quando, ao descer a rua de Bonjóia, caiu do andor e logo nasceu a Fonte da Senhora
De pedra de ançã é a Senhora do Rosário (século XIV), boa memória da velha igreja, com o as do Senhor Jesus (século XVII), as Santas Ana e Maria, São Miguel Arcanjo (século XVIII) e outras que marcam os séculos seguintes: 
a Senhora de Fátima representa bem o século XX.
Esta era a greja do Palácio do Freixo e das quintas de Vilar d'Allen, Revolta, China, Sacais, Vila Meã, Lameira e Contumil
Como Mãe, a Senhora de Campanhã a todos acolhe; e, no brasão da freguesia, Ela contempla o Menino Jesus que, em tom carinhoso, acaricia uma pomba. simbolo do Espírito Santo, 
"a força do Altíssdimo!". 
A Matriz é, no sentimento do povo, a memória de Campanhã. 
Décadas depois, mesmo do estrangeiro, ele aqui acorre à procura de um registo, de uma lápide no cemitério e sempre para entrarem na Igreja, olharem os altares e o tecto e a imagem da "madrinha" a Senhora de Campanhã
                         




Do Livro O PORTO E AS IGREJAS




ANTÓNIO FONSECA

PENTECOSTES - DOMINGO - 4 DE JUNHO DE 2017




DOMINGO DE PENTECOSTES



Hoje 4 de Junho de 2017, celebra-se o Domingo de Pentecostes em toda a Igreja. A seguir transcrevo o texto editado no LIVRO DOS SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:





O ESPÍRITO SANTO

A 24 de Março de 1981, ao ocorrer o 1600º aniversário do I Concílio de Constantinopla e o 1500º aniversário do Concílio de Éfeso, dirigiu o Papa João Paulo II uma carta a todos os sacerdotes do mundo, na qual assim exalta a acção do Divino Espírito Santo na Igreja e na Encarnação do Verbo de Deus:

«Consumada a obra que o Pai confiara ao Filho para realizar na terra (cf. Jo 17, 4), foi enviado no dia de Pentecostes o Espírito Santo para santificar continuamente a Igreja, e para que os crentes tivessem, por Cristo, acesso ao Pai, num único Espírito (cf. Ef 2 18). É Ele o Espírito que dá a vida; é a fonte de água que jorra para a vida eterna (cf, Jo 4, 14; 7, 38-39); por Ele o Pai dá novamente a vida aos homens, mortos pelo pecado, até que um dia ressuscite em Cristo os seus corpos mortais (cf. Jo 4, 14; 7, 38-39).

O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis, como num templo (cf. I Cor 3, 16; 6, 19), e ora neles e dá testemunho da sua adopção filial (cf. Gal. 4, 6; Rom 8, 15-16 e 26). Ele guia a Igreja à verdade total (cf. Jo 16.  13), unifica-a na comunhão e no mistério, dota-a e dirigi-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos e embeleza-a com os seus frutos (cf. Ef 4, 11-12; I Cor 12, 4; Gal 56, 22). Com a força do Evangelho faz rejuvenescer a Igreja, renova-a continuamente e leva-a à união perfeita com o seu Esposo. Porque o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: «Vem» (cf. Ap 22, 17). Assim a Igreja universal apresenta-se como "um povo congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo"  (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen Gentium, n. 4). É esta a passagem certamente mais rica, mais sintética, embora não a única, que indica como no conjunto do ensino do Concílio Vaticano II, vive com, vida nova e brilha com esplendor novo a verdade sobre o Espírito Santo, à qual deu tão autorizada expressão, há 1600 anos, o I Concílio de Constantinopla.

Toda a obra de renovação da Igreja, tão providencialmente proposta e iniciada pelo Concílio Vaticano II - renovação que tem de ser simultaneamente «actualização» (aggiornamento) e consolidação naquilo que é eterno e constitutivo para a missão da mesma Igreja - não poderá nunca realizar-se senão no Espírito Santo; ou seja, com a ajuda das suas luzes e do seu poder. Isto é importante, mesmo muito importante para a Igreja universal e também para cada Igreja particular em comunhão com todas as outras Igrejas particulares. É importante também para a caminhada ecuménica no interior do Cristianismo e para a caminhada da Igreja no mundo contemporâneo, caminhada que deve orientar-se no sentido da justiça e da paz. É importante ainda para a obra das vocações sacerdotais e religiosas e, ao mesmo tempo, para o apostolado dos leigos, como fruto da nova maturidade da sua fé.

A Encarnação, a maior obra do Espírito Santo

As duas formulações do Símbolo Niceno-Constantinopolitano - "E encarnou pelo Espírito Santo... Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida" (Et incarnatus est de Spiritu Sancto... Credo in Spiritum Sanctum, Dominum et vivificatem) - recordam-nos também que a maior obra realizada pelo Espírito Santo, obra à qual todas as outras constantemente se referem, indo a ela haurir como a uma fonte, é precisamente a obra da Encarnação do Verbo Eterno, a obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria.
Cristo, Redentor do homem e do mundo, é o centro da história. "Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje..." (Hebr 13, 8). Num momento em que os nossos pensamentos e os nossos corações se dirigem para Ele, nas perspectiva do segundo milénio prestes a encerrar-se e que nos separa da sua primeira vinda ao mundo, voltam-se também para o Espírito Santo, por obra do Qual se verificou a concepção humana do mesmo Cristo e voltam-se para Aquela, por quem foi concebido e de quem Ele nasceu: a Virgem Maria. Os aniversários dos dois grandes Concílios este ano comemorados orientam de modo especial os nossos pensamentos e os nossos corações para o Espírito Santo e para Maria, Mãe de Deus.
Ao recordarmos a grande alegria e mesmo alvoroço que suscitou há 1550 anos a profissão de fé na maternidade divina da Virgem Maria (Theotókos), compreendemos que naquela profissão de fé foi simultaneamente glorificada a particular obra do Espírito Santo: obra que inclui a concepção humana e o nascimento do Filho de Deus pelo poder do Espírito Santo, como, igualmente por obra do Espírito Santo, a maternidade santíssima da Virgem Maria. Esta maternidade é a fonte e o fundamento de toda a santidade excepcional, de Maria e da sua particularíssima participação em toda a economia da Salvação. Estabelece também permanentemente um vínculo materno entre Maria e a Igreja, devido ao facto de Ela ter sido escolhida pela Santíssima Trindade como Mãe de Cristo, o qual é "a cabeça do Corpo, que é a Igreja" (Col 1, 18). este vínculo revela-se particularmente aos pés da Cruz, onde Maria esteve, "padecendo acerbamente com seu Filho Unigénito, e associando-se com  coração de mãe ao sacrifício d'Ele..  Jesus Cristo, agonizante na Cruz, deu-a por Mãe  ao discípulo, com  estas palavras: «Mulher, eis aí o teu filho» (cf. Jo 19, 26-27) (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 58).
O mesmo Concilio Vaticano II sintetizou de modo feliz a relação indissolúvel de Maria com Cristo e com a Igreja. «Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da Salvação humana antes que viesse o Espírito prometido por Cristo, vemos que, antes do dia de Pentecostes, os Apóstolos "perseveram unanimemente em oração, com as mulheres, Maria, Mãe de Jesus e seus irmãos" (Act I, 14). Implorando Maria, com as suas orações, o dom daquele Espírito que já sobre si descera na Anunciação" (Conc. Ecum. Vaticano II, Const. dogm Lumen Gentium, n. 59). Com esta expressão, o texto do Concílio une entre si os dois momentos em que a maternidade de Maria está mais intimamente ligada com a obra do Espírito Santo: primeiro, o momento da Encarnação; e depois, o momento do nascimento da Igreja de Jerusalém.

Orações ao Espírito Santo

1. Ó Espírito Santo!
Dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas ambições mesquinhas: alheio a qualquer desprezível competição humana: compenetrado do sentido da Santa Igreja!
Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao Coração do Senhor Jesus!
Um  coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos!
Um coração grande e forte para superar todas as privações, todo o tédio, todo o cansaço, toda a desilusão, toda a ofensa!
Um coração grande e forte e constante até ao sacrifício, quando for necessário!
Um coração, cuja felicidade seja palpitar com o Coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e virilmente a Vontade Divina. Ámen. (Do Papa Paulo VI).

2. Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre:
o que devo pensar,
o que devo dizer e como devo dizê-lo;
o que devo calar,
o que devo escrever,
como devo agir
e como devo realizar tudo
a fim de promover a vossa maior Glória,
o bem das almas e a minha própria santificação. (Cardeal Verdier)

3. Ó Espírito Santo,
Espírito Divino de luz e de amor, eu Vos consagro a minha inteligência, o meu coração, a minha vontade, todo o meu ser no tempo e na eternidade. seja a minha inteligência sempre dócil às vossas celestes inspirações e à doutrina da Santa Igreja Católica, da qual sois infalível guia; seja o meu coração sempre inflamado de amor por Deus e pelo próximo; seja a minha vontade sempre conforme com a vontade divina, e toda a minha vida uma fiel imitação da vida e das virtudes de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador, ao qual com o Pai e Convosco seja dada honra e glória para sempre. Assim seja.

Ó Espirito Santo
eu Vos adoro. esclarecei-me, guiai-me, fortalecei-me, consolai-me, dizei-me o que devo pensar, dizer, fazer e dai-me as vossas ordens; primeiro submeter-me a tudo o que desejardes de mim e aceitar tudo que permitirdes que me aconteça, fazei-me unicamente conhecer a vossa vontade e concedei-me a graça de a cumprir fielmente. (Do «santo" Padre Cruz).



ANTÓNIO FONSECA


4 DE JUNHO DE 2017

Texto recolhido através do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga


sábado, 3 de junho de 2017

IGREJAS DO PORTO - NOVA PÁGINA DE 2017 - (124) - 3 DE JUNHO DE 2017

Meus Amigos:

Como já afirmei aqui no passado dia 1 de Fevereiro, tomei a iniciativa de publicar aqui uma descrição das Igrejas, Capelas e Oratórios que existem na cidade do Porto. Vou-me socorrer de várias fontes, nomeadamente Wikipedia, do livro Porto e as Igrejas editado pela Câmara Municipal do Porto em 2015, e possivelmente de outras fontes. 
Não quero fazer uma enciclopédia, nem nada que se pareça e não vou fazer plágios. Sempre que publicar algo sobre este assunto, darei nota das fontes a que recorrer, respeitando sempre a deontologia e os direitos de Autor.. 
A maior parte das Igrejas e Capelas (e suas histórias) que vão ser aqui mencionadas, nunca as visitei e decerto também, muitos de vós, não conhecem. 
Apesar da minha idade - ser já um pouco avançada - e dado que publicarei diariamente apenas uma monografia (ou História), tenciono completar todo este trabalho, se Deus me der vida e saúde.

Para já vou começar este trabalho-missão, através da transcrição dos textos do Livro 
"O Porto e as Igrejas" por ordem de paróquias.



Vigararia PORTO POENTE

Paróquia DO BONFIM  -  SENHOR DO BONFIM


124.  Capela de Santo António do Bonfim ou 
Santo Antoninho da Estrada


Rua Monte do Bonfim (escadaria do lado direito)












Esta pequena capela fica situada na Rua do Bonfim ao fundo da escadaria da Igreja Paroquial
Consta que foi erigida para acolher uma imagem de Santo António oferecida por um paroquiano do Bonfim, de nome António Jacinto Pinto Banha, funcionário superior da empresa dos Caminhos de Ferro do Douro e Minho nos finais do século XIX
A devoção a Santo António foi ampliada neste lugar que passou a ser de culto sobretudo pelas pessoas que vinham à cidade vender e comprar. Era a estrada da entrada e saída do Porto e porque a capela se situava perto da estrada começou a ser conhecida por capela de Santo Antoninho da Estrada
O diminutivo «Antoninho» diz bem do carinho e devoção que merecia pelo que era realizada uma grande romaria de carácter popular mas também com dimensão litúrgica todos os anos.
                         




Do Livro O PORTO E AS IGREJAS




ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...