quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Nº 3 3 4 3- (3) - O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 4 DE JANEIRO DE 2018,

Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Como já o afirmei, no passado dia 1, iniciei uma nova página (nº 3) na qual vou tentar transcrever através do livro O Papado - 2000 Anos de História, da autoria de Mendonça Ferreira e editado em Março de 2009 pelo Círculo de Leitores. 

Esta recolha de textos será feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.

Diariamente pois, serão publicadas normalmente 10 destas biografias - dependendo se podem ser mais ou menos - mediante o tamanho dos textos. Desde já, chamo a atenção para o facto de, por exemplo, a biografia de JOÃO PAULO II é muito longa, pelo que na devida altura apenas essa será publicada, e, possivelmente haverá outros casos.

Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos... 







Foto actual do autor




Nº  3 3 4 3 - (3)



4 de JANEIRO de 2018




Texto do livro 
O PAPADO - 2000 Anos de História
do Círculo de Leitores - 2009 
e compilado por Mendonça Ferreira 







EUSÉBIO - Santo  

Papa desde NO ANO 309


XXXI Papa

SÍNTESE

Nasceu em Casano, na Grécia, sendo fiolho de um médico cristão. Morreu no desterro na Sicília em 17 de Agosto de 309. Tem a sua festa a 26 de Setembro.

HISTÓRIA


Foi eleito Bispo de Roma em 18 de Abril de 309, mas não teve melhor sorte do que São MARCELO I, pois teve de enfrentar os Lapsi e uma rebelião comandada por um tal HERACLIO.
Estando contra ele, como havia estado contra São MARCELO, o imperador MAXÊNCIO desterra-os a ambos para a Sicília.
Santo EUSÉBIO apenas esteve à frente da Igreja 4 meses. Morreu no exílio e os seus restos mortais foram mais tarde para o cemitério de São CALISTO, em Roma.
Entretanto, morria no oriente o causador da mais violenta perseguição de todos os tempos, GALÉRIO, que,muito doente e, por fim, convencido de que os meios violentos nada conseguiam frente aos cristãos, publica um édito em que lhes permite praticar livremente a sua religião e que conclui com estas palavras: «Em reconhecimento da nossa benignidade, os cristãos devem pedir a Deus pela nossa saúde e para que a República usufrua de plena prosperidade e eles possam viver em segurança completa?».
Palavras, por certo ditadas pelo medo da morte que se aproximava, para um homem que durante o pontificado de São MARCELINO tinha sido o instigador e o causador das mais violentas perseguições da história da Igreja.








MILCÍADES ou MELQUÍADES - Santo  

Papa desde o ano 310 até ao ano  314

XXXII Papa

SÍNTESE

Segundo alguns historiadores, nasceu em África, segundo outros, em Madrid. Morreu a 19 de Janeiro de 314. Tem a sua festa a 10 de Dezembro.

HISTÓRIA


Foi eleito em 3 de Outubro de 310, mais de um ano depois da morte de Santo EUSÉBIO. São MILCÍADES ou MELQUÍADES iria ser um bispo de Roma venturoso, aproveitando o reconhecimento da Igreja, já que Maxêncio secundou o édito de Galério e restituiu à Igreja os edifícios e bens confiscados durante a perseguição e permitiu a eleição de um novo Bispo de Roma.
A 28 de Outubro de 312 dá-se a célebre batalha sobre a ponte de Mílvia, entre os dois Césares do Ocidente, Maxêncio e Constantino, o qual, vencedor, fica senhor absoluto do império do Ocidente. Diz a tradição que durante a batalha da ponte de Mílvia terá aparecido no céu uma Cruz com a inscrição (IN HOC SIGNO VINCES - COM ESTE SINAL VENCERÁS) ao mesmo tempo que misteriosos mensageiros entregavam a Constantino um lábaro em forma de cruz com o mesmo dístico, que ele entregou aos seus soldados.
Em 313, pelo célebre Édito de Tolerância, de Milão, Constantino garante a consolidação definitiva da Igreja, proclamando a igualdade dos cristãos, a liberdade religiosa e a devolução dos bens.
Entretanto, em Cartago, os ânimos exaltavam-se devido aos Donatistas, que impugnavam a sagração do Bispo Ciciliano. O imperador convoca alguns Bispos imparciais para discutirem o assunto em Roma na presença de São MILCÍADES. Era, na verdade, um Miniconcílio que os reuniu em casa da imperatriz Fausta, esposa de Constantino.
Ciciliano, isento de culpas, sai confirmado no caso e Donato, seu feroz inimigo, vê-se condenado.
Segundo o Liber Pontificalis, São MILCÍADES proibiu os fiéis de jejuarem às quintas-feiras e domingos, por se tratar dos dias escolhidos pelos Maniqueus para os seus jejuns. Teria igualmente ordenado que se distribuísse o fermentum (pão consagrado pelo bispo) pelas outras comunidades ou paróquias, como símbolo de perfeita união entre elas.
Durante o seu pontificado, ordenou 6 padres, 5 Diáconos e 11 Bispos.
Foi o ultimo Pontifice a ser sepultado na cripta papal do Cemitério de São CALISTO, em Roma.


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SILVESTRE - Papa 

Papa desde o ano 314 até ao ano 335 

XXXIII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma, no século III, sendo filho de um aristocrata cristão, chamado RUFINO. Foi ordenado Padre por São MARCELINO. Morreu em Roma, em 31 de Dezembro de 335. Tem a sua festa a 31 de Dezembro.

HISTÓRIA


Foi eleito em 31 de Janeiro de 314 e o primeiro a usar a Tiara de Pontifice.
Combateu a heresia e teve grande influência na decisão de Constantino, o Grande, para a construção das Basílicas de São PEDRO e de São JOÃO DE LATRÃO.
Com Constantino convertido ao catolicismo em 312, viu este imperador governar, como cristão declarado, de 312 a 317, tendo convocado o Concílio de Niceia (o primeiro Concílio Ecuménico da história da Igreja), de 20 de Maio a 25 de Julho de 325, mas São SILVESTRE não esteve presente, fazendo-se representar por ÓSIO, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbiteros.
Este Concílio abriu na presença do imperador com 300 Bispos a participar e as suas mais importantes decisões foram:

- Estabelecer o Dogma básico cristão, com a condenação do Arianismo e o estabelecimento do «Símbolo de Niceia - O Credo».
-O Arianismo é a negação da palavrano princípio era o Verbo» e «o Verbo fez-Se Carne». Jo 1-1, 1-14), reduzindo o Cristianismo aos elementos racionais. Para Ário, Cristo, Filho de Deus, não é mais que uma divindade secundária e subordinada.
O «Credo» excluí toda a subordinação do Verbo feito Carne ao Pai e foi aprovado a 12 de Junho de 325, ao mesmo tempo que Ário, um sacerdote alexandrino, era excomungado e banido.
No encerramento o Concílio afirmou que «o Filho não é uma criatura, que, distinto do Pai, e dele inseparável», em resumo, que é consubstancial ao Pai.
Os partidários de Ário descobriram com o auxílio de um pequeníssimo erro ortográfico, que a sua doutrina podia continuar, dado que a palavra Homousios = da mesma natureza = ) foi substituída por Homoiousios (= de substância semelhante=). Assim, de um lado Jesus era idêntico ao pai, do outro, era parecido com Ele. Entre os dois havia apenas uma letra de diferença. A teoria foi reprovada.
São SILVESTRE aprovou todas as decisões do Concílio. 
Este foi o primeiro bispo de Roma representado em monumentos com a tiara.
Foi sepultado no cemitério de Santa PRISCILA, na Via Salária, mas os seus restos mortais foram trasladados por ordem de PAULO I para a igreja erguida em sua memória.


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MARCOS - Santo  

Papa no ano 336 

XXXIV Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma. e o pai chamava-se Prisco. Morreu em 7 de Outubro de 336, de morte natural. Tem a sua festa a 7 de Outubro.

HISTÓRIA

Foi um curto pontificado de apenas 9 meses incompletos, de 18 de Janeiro a 7 de Outubro de 336.
Segundo o Liber Pontificalis, terá outorgado ao Bispo de Óstia o privilégio de sagrar os Bispos de Roma, concedendo-lhes o uso do pálio - faixa de lã à volta do pescoço, caindo pelos ombros até ao peito.
Começou a edificar dois templos: um na Via Ardeatina a três milhas de Roma, e outro,  dentro da cidade, junto ao Capitólio e ligado ao palácio de Veneza.
Por estudos por ele feitos antes de ser eleito, fixou o calendário das festas religiosas.
Sepultado no cemitério de Santa BALBINA os seus restos mortais foram transferidos por São GREGÓRIO V (827-844) para uma basílica em honra de São MARCOS EVANGELISTA no século IX.



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JÚLIO I - Santo  

Papa desde o ano 337 até ao ano 352

XXXV Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma, em 280. Morreu nesta cidade em 12 de Abril de 352. Tem a sua festa a 12 de Abril.

HISTÓRIA

Ascendeu ao Pontificado em 6 de Fevereiro de 337, no ano em que morreu Constantino, e era, como se desejava, um Bispo de Roma enérgico e clarividente. Logo de início teve de se mostrar firme perante o reacender da fúria do Arianismo.
Por morte de Constantino Magno, o seu vasto império foi repartido pelos seus três filhos. Constantino ficou com as Gálias, Constâncio preside ao Oriente e Constante ficou com a Itália e o Ilírico, mas logo começaram as lutas pelo poder único.
Em 340 morre Constantino II numa batalha travada contra Constante.
Seguiram-se dez anos de paz em que Constante, no Ocidente, e Constâncio, no Oriente, se dedicaram à tarefa iniciada pelo pai - a cristianização total do Império. 
Os sacrifícios pagãos forma proibidos em 341, sob pena de morte, e os templos fechados.
Entretanto, Constâncio deixa-se manobrar pelos arianos e aceita o desterro do Bispo de Constantinopla, colocando em seu lugar um adepto da heresia. Pretenderam fazer o mesmo em Alexandria, mas encontraram pela frente Santo ATANÁSIO, que reuniu um sínodo em que a maioria dos bispos se colocaram a seu lado, renovando os anátemas contra os defensores do Arianismo.
Constante mostra-se mais ortodoxo e JÚLIO I, sentindo-se ajudado, decreta dois anos depois a celebração do Concílio de Sádica (hoje Sófia, 344), uma convocatória em que se mostra com autoridade suprema como sucessor de PEDRO. Ambas as partes se apresentaram em força: cerca de 90 bispos fiéis à ortodoxia romana e uns 80 afectos ao Arianismo. Sob a presidência de ÓSIO, bispo de Córdova (que já tinha estado presente em Niceia) e outros representantes do papa, o Concílio propunha-se iniciar o processo levantado pelos Arianos contra o Bispo de Alexandria. Os Arianos recusaram a sua revisão de mostraram-se apenas interessados num veto contra Santo ATANÁSIO. Como não aceitaram, as suas exigências, retiraram-se, enquanto o Concílio reafirmou a inocência do Bispo de Alexandria e proclamou a fórmula do Concílio de Niceia. Para além disso, o Concílio de Sádica estabeleceu com toda a clareza a jurisdição suprema da Igreja de Roma.
Os Arianos mantêm-se em estado de rebeldia com o apoio do imperador Constâncio, no Oriente, mas JÚLIO I não cedeu perante o poder civil e mostrou estar na disposição de voltar ao tempo das catacumbas.
Em 350, com o assassinato de Constante, Constâncio ficou senhor absoluto do Império.
JÚLIO I é considerado o fundador do Arquivo da Santa Sé e foi ele quem fixou a data de 25 de dezembro para celebrar o Natal, para a Igreja do oriente, em vez de 6 de Janeiro, como era costume.
O Liber Pontificalis atribui-lhe a construção da Basilica de Santa Maria em Trastevere, em honra do mártir São VALENTIM, a proibição dos clérigos defenderem causas em tribunais civis e a incumbência de os notários eclesiásticos recolherem todos os factos relativos à história da Igreja.
Morreu preocupado com o futuro da Igreja, ao ver o Imperador rodeado de Arianos.   
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LIBÉRIO - Santo  

Papa desde o ano 352 até ao ano 366

XXXVI Papa



SÍNTESE

Nasceu em Roma. Morreu em 24 de Setembro de 366. Tem a sua festa a 23 de Setembro.

HISTÓRIA


Inicia o pontificado em 17 de maio de 352, no apogeu do Arianismo apoiado pelo imperador Constâncio II, único soberano do Império a partir de 352.
LIBÉRIO convoca um Concílio para Roma, saindo mais uma vez confirmada a posição ortodoxa.
Os arianos não desistem e LIBÉRIO, em Outubro de 353, convoco novo Concílio para Alquileia. O imperador, embora aceitando o Concílio, obriga a que se realize em Arles, onde os arianos em maioria e com intimidações, conseguem a condenação de Santo ATANÁSIO. LIBÉRIO não se conforma e solicita ao Imperador novo Concílio, que viria a realizar-se em Milão na Primavera de 355. Volta a impor-se a facção ariana, mas o Bispo de Roma não cede.
Chamado a Milão pelo imperador, este impõe a São LIBÉRIO que só pode regressar a Roma em liberdade se se tornar ariano, o que LIBÉRIO recusa. Esta firme atitude valeu-lhe o exílio na Trácia, em 355, sob a custódia de um bispo ariano, com Constâncio II a dar ordem a três bispos arianos para elegerem um novo bispo de Roma, o que eles fizeram, elegendo o arquidiácono FÉLIX, como FÉLIX II, o que o povo, que gostava de São LIBÉRIO, não aceita.
Entretanto, os arianos espalham o terror e Santo ATANÁSIO é de novo exilado, bem como Santo HILÁRIO, bispo de Poitiers.
FÉLIX continua a ser rejeitado pelo povo de Roma e, em 357, ao visitar a cidade, o imperador verifica isso e manda regressar LIBÉRIO do exílio, com o pretexto de participar no Concílio de Sírmio
Depois São LIBERTO, condescendente, subscreve determinada fórmula pouco precisa do Verbo, em contraste com o rigor e precisão do Credo Niceno e a sua posição anterior. No ano de 358, em que LIBÉRIO firma a discutida fórmula, apareceu, defendida pelos arianos e pelo próprio imperador, a chamada «terceira fórmula de Sírmio», que admite interpretação ortodoxa. Foi essa que o Bispo de Roma assinou para obter a sua libertação. A confirmá-lo está o facto de, após chegar a Roma, LIBÉRIO ter publicado uma declaração em que dava como excluídos da comunhão com a Igreja os que não admitissem igualdade da ciência entre o Filho e o Pai, o que equivale a defender a consubstancialidade.
Regressado a Roma, o imperador pretende impor-lhe uma gestão a meias com o anti-papa FÉLIX II, mas LIBERTO recusa e a comunidade cristã, afecta a LIBÉRIO, expulsa o anti-papa.
Constâncio II não desiste de apoiar os arianos e convoca os concílios de Rimíni, para o Ocidente, e Selêucia, para o Oriente, que nada conseguiram resolver nem impor.
O imperador, a favor do arianismo, estava a subverter a ortodoxia e três quartas partes da Cristandade encontravam-se sob o governo de bispos arianos. No entanto, LIBÉRIO consegue resistir a todos os perigos que atentavam contra a Igreja.
Constâncio II morre em fins de 361, sucedendo-lhe Juliano, que revoga a sentença de exílio que pesava sobre os diversos bispos fiéis a Roma.
Na sequência duma iniciativa do Bispo de Alexandria, o Bispo de Roma escreve a todos os Bispos de Itália para que se mostrem benignos com os arianos arrependidos.
Com os ânimos serenados, São LIBÉRIO dedicou-se à construção da Basilica que viria a chamar-se de Santa Maria Maior, dedicada à Mãe de Deus, só possível após a reconstrução operada por SISTO III a seguir ao Concílio de Éfeso, que, em 431, definiria a maternidade divina de Maria.
Mas novos sofrimentos esperavam LIBÉRIO. O imperador Juliano, depois de algum tempo de enganosa tolerância, viria a apostatar da fé cristã, em que fora educado, aderindo ao antigo Paganismo do Império Romano e resolve restaurar o Mitraísmo (religião de origem oriental) decretando a adoração ao deus-Sol. Ao mesmo tempo, autoriza o saque e a profanação dos templos cristãos, proíbe a catequese e excluí os cristãos das funções públicas, mas quando se julgava o regresso às antigas perseguições. Juliano, em campanha contra os Persas, morre varado por uma seta no ano de 362.
São LIBÉRIO, acalmada a agitação ariana, morre em 24 de Setembro de 366, depois de receber com alegria os delegados asiáticos que lhe vieram manifestar a disposição de inteira comunhão com a ortodoxia romana.
O epitáfio da sua sepultura no Cemitério de Santa Priscila recorda a sua luta contra o arianismo e chama-lhe «Mestre da divina lei, de coração sincero, poderoso confessor e pomba sem lei».



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FÉLIX II - Anti-Papa  

Anti-Papa desde o ano 355 até ao ano 358


III Anti-Papa



SÍNTESE

Era arquidiácono. Morreu em 24 de Novembro de 365.

HISTÓRIA

O imperador Constantino II, defensor do arianismo, estava em luta com o Papa São LIBÉRIO. Convoca-o para Milão e impõe-lhe, que, para regressar a Roma em liberdade, teria de tornar-se ariano. A resposta de São LIBÉRIO é negativa e firme, e o imperador exila-o para a Trácia, sob custódia de um bispo ariano, e dá ordem a 3 Bispos, também arianos, para que elejam em seu lugar o arquidiácono FÉLIX
Mesmo com  o exílio de Santo ATANÁSIO e de Santo HILÁRIO, determinado pelos arianos, FÉLIX continuava impopular em Roma, com o povo a sair à rua e a gritar, defendendo São LIBÉRIO: «Não há mais que um só Cristo e um só Pastor, LIBÉRIO», e por isso, o imperador, em 357 manda regressar do exílio São LIBÉRIO, com o pretexto de tomar parte no Concílio de Sírmio.
Regressado a Roma, o imperador pretende que São LIBÉRIO governe a meias com o Anti-Papa FÉLIX II, o que ele não aceita, e os cristãos, felizes com, o regresso de São LIBÉRIO, expulsam o intruso, que acaba por se retirar em 358, vindo a falecer em 365.


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DÂMASO I - Santo  


Anti-Papa desde o ano 366 até ao ano 384

XXXVII Papa

SÍNTESE

Nasceu em 305. Supõe.se que na Peninsula Ibérica, em Madrid, Gerona, Guimarães ou Idanha, mas há quem defenda, como ANDRÉ DE RESENDE, ao redigir as suas lições do Breviário de Évora, que terá nascido em Guimarães, alegando na sua Hispania Ilustrata ter seguido um antigo Códice da Igreja eborense. O que se sabe e que surgiu em Roma, ainda criança, onde seu pai era secretário ao serviço da Igreja e se chamava ANTÓNIO e sua mãe LOURENÇA, ambos espanhóis. Aos 50 anos era diácono. Morreu em Roma, em 11 de Dezembro de 384.

HISTÓRIA

 Foi uma eleição agitada e sangrenta. O indigitado Bispo de Roma, DÂMASO, um diácono de 62 anos, apesar de  respeitado pela sua santidade e erudição, viu-se confrontado por uma facção de extremistas sob a acusação de ter estado relacionado com o Anti-Papa FÉLIX II. Chegam mesmo a eleger um Anti-Papa, URSINO.
O imperador Valentiniano domina a situação, desterra URSINO para a Gália e assim São DÃMASO consegue impor-se, graças à sua virtude e forte personalidade.
Em 368, num Concílio particular realizado em Roma, condena os autores do novo Cisma e, dois anos depois, em sínodo, pronuncia-se contra os bispos que ainda persistiam, no arianismo. Condena os Apolinaristas, seguidores de APOLINÁRIO, bispo da Laodiceia, que negavam, a existência de uma alma humana em Jesus Cristo.
DÂMASO fez todos os esforços para uma união com a Igreja do Oriente, o que conseguiu com a ajuda de três grandes santos, BASILIO DE CESAREIA, GREGÓRIO NAZIANZENO e GREGÓRIO DE NISSA
Juntamente com o imperador Graciano, do Ocidente, o imperador Teodósio, do Oriente, expediu um édito em 28 de fevereiro de 380, pelo qual todos os súbditos, do império eram obrigados a seguir a ortodoxia católica. Para implementar a unidade religiosa, o imperador Teodósio convocou, em 381, o Concilio de Constantinopla I (ou II Concílio Ecuménico) que define a divindade do Espírito Santo. Nesse mesmo ano, Teodósio declara o Cristianismo como religião oficial do Estado.
A Igreja adquire maior personalidade e impõe-se no campo da cultura, graças, para além do Bispo de Roma a um dos seus maiores doutores, Santo AMBRÓSIO bispo de Milão.
Outro grande doutor eclesiástico, São JERONIMO, secretário e consultor de São DÂMASO, foi por ele encarregado da revisão e nova tradução dos Textos Sagrados, de que sairia a célebre Vulgata ou texto oficial latino da Escritura, em vigor até aos nossos dias, do qual apareceu uma nova revisão oficial, promulgada por JOÃO PAULO II em 25 de Abril de 1979.
São DÂMASO foi o bispo de Roma mais insigne do século IV. Pertence-lhe a primeira publicação de um catálogo dos diferentes livros canónicos da Escritura, pelo qual se sabe que a Igreja considerava então como inspirados os mesmos livros que integram o cânone actual.
Uma declaração sua, que seria enviada aos patriarcas orientais e afirmada no Concilio de Roma, em 382, não deixa dúvidas quanto à consciência do primado romano: 
«Toda a Igreja católica espalhada pelo mundo é uma habitação nupcial de Cristo, totalmente única. Mas a Igreja de Roma sobreleva todas as outras Igrejas - e não em virtude de decretos conciliares - mas pela palavra do nosso Senhor e Salvador, que, segundo o Evangelho, lhe conferiu o primado ao dizer
«Tu és PEDRO e sobre esta PEDRA edificarei a minha Igreja». 
O tempo das perseguições estava definitivamente ultrapassado, mas São DÂMASO procedeu à conservação e decoração das antigas Catacumbas, cantando ele próprio, a glória dos mártires, cujo sangue cimentou o Cristianismo, em versos latinos que mandou inscrever nos seus sepulcros.
Culto e artista, foi o primeiro Bispo de Roma mecenas da História, pois, para além da tradução oficial da Escritura, a ele se ficou a dever a construção da Igreja dos Santos NEREU e AQUILEU e a pia baptismal de São PEDRO.
Morreu aos 80 anos e no seu túmulo foi colocado o epitáfio por ele composto, em versos latinos: 

«Aquele que andou sobre as águas do mar
- que dava saúde aos enfermos 
- que desatava os laços letais da morte 
- que ressuscitou LÁZARO, depois de quatro dias 
- fará também ressuscitar DÂMASO».




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Este emblema prefigura os Antipapas, quando eu não possuir fotos ou desenhos que os identifiquem. Aliás era este o emblema utilizado pelo autointitulado BENTO XIII. 

URSINO - Anti-Papa  

Anti-Papa desde o ano 366 até ao ano 367


IV Anti-Papa


SÍNTESE


Era diácono. Nada mais se sabe dos seus antecedentes.

HISTÓRIA

Quando São DÂMASO I foi eleito bispo de Roma, sucedendo a São LIBÉRIO, viu-se confrontado com os seguidores do anti-Papa FÉLIX II que chegaram mesmo a eleger outro Anti-Papa, URSINO, um diácono que convenceu o Bispo de Tivoli a ordená-lo Bispo de Roma, dando lugar a confrontos armados, até que o Imperador Valentiniano interveio, desterrando URSINO e os seus diáconos, AMÂNCIO e LUPO para a Gália. São DÂMASO conseguiu então impor-se graças à sua virtude e forte personalidade, apesar de o imperador Valentiniano, incentivado pelos seguidores de URSINO, o ter retirado do desterro, mas o alvoroço que tal facto causou obrigou o imperador a exilá-lo de novo.

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SIRÍCIO - Santo  

Papa desde o ano 384 até ao ano 399

XXXVIII Papa

SÍNTESE


Nasceu em Roma. Foi diácono de São LIBÉRIO e de São DÂMASO. Morreu a 26 de Novembro de 399. Tem a sua festa a 26 de Novembro.

HISTÓRIA

A escolha de São SIRÍCIO, em 15 de Dezembro de 384, foi acertada. O imperador Valentiniano, escrevendo ao prefeito de Roma, diz: 
«Abona a favor do povo romano o ter elegido um óptimo sacerdote e alegramo-nos com isso. Considerando que foi escolhido SIRÍCIO, Bispo muito virtuoso, quando o improbo URSINO já se fazia aclamar, é sinal de sabedoria ter sido eleito por aclamação». 
Dois meses depois da eleição, realizada em Dezembro de 384, responde ao Bispo de Tarragona, que o consultou sobre questões referentes ao Baptismo, Confissão e Celibato do clero e outros assuntos de disciplina eclesiástica, São SIRÍCIO escreve uma carta que foi considerada a primeira «decretal», documento comprovativo da consciência duma autoridade disciplinar absoluta e universal. Desta carta se diz que terá sido a primeira legislação do celibato eclesiástico.
Em 386 (ano da conversão do que viria a ser uma grande Doutor da Igreja, Santo AGOSTINHO) um Concílio realizado em Roma afirmaria, de modo inequívoco, o poder e o primado da Igreja.
Dois anos depois, São SIRÍCIO reúne um sínodo em que condena Joviano e os seus seguidores, que, advogando uma falsa moral, rejeitavam o jejum e o celibato, bem como Bonoso, bispo de Sárdica, que, a par de erros relativos ao Dogma Trinitário, negava a virgindade de Maria.
São SIRÍCIO foi o primeiro a ser tratado por «papa» (paizinho) num escrito sinodal enviado de Milão em 390, muito embora semelhante apelativo só a partir do século VI passasse a ser pertença exclusiva do Bispo de Roma.
Durante o seu pontificado seria morto em França, sem sua interferência, Prisciliano, o primeiro herege a ser executado pelo braço secular. Prisciliano, que nascera em Espanha em 345, era um homem culto e vaidoso que aderiu e impulsionou uma seita com raízes no Oriente, misto de rigorismo Novaciano, Gnosticismo e Maniqueísmo, constituída por gente fanática, de exagerado ascetismo, que chegava a rejeitar o matrimónio como imperfeição. IDÁCIO, bispo de Mérida, então capital da Lusitânia, procurou trazê-lo ao bom caminho mas, como tudo foi inútil, o seu caso foi examinado num Concílio em Saragoça, em 380, e condenada a doutrina prisciliana. Como reacção, dois bispos fanáticos conferem, contra todos os cânones e leis eclesiásticas em vigor a sagração episcopal de Prisciliano e o presbiterado a uma série de adeptos da seita por toda a Galiza e reino de Leão, de que resultou uma grande confusão entre os fiéis. IDÁCIO recorre ao imperador Graciano, que, zeloso da unidade da fé, decreta o desterro de Prisciliano e demais bispos ilegalmente sagrados.
Os réus viriam a ser presos por ordem de Clemente Máximo, então senhor da Gália, que os manda executar por crime de maleficio e de imoralidade.
Com a queda  de Máximo, os adeptos de Prisciliano conseguem trazer os restos mortais dos executados para a Peninsula, onde os seguidores da seita  os veneravam como mártires, até ao triunfo da ortodoxia saída do Sínodo de Braga, em 563.
Entretanto, sem interferir na agitação ibérica e alheio`execução de Prisciliano, São SIRÍCIO reúne um concilio em Roma em 386, em que estabelece a proibição de qualquer ordenação episcopal sem autorização da Santa Sé e interdita que qualquer diocese possa integrar um clérigo suspenso por outra.
Contudo, o seu pontificado não continuaria tranquilo. Assassinado o imperador Valentiniano, em 392, o seu sucessor Eugénio entra triunfalmente em Roma e restabelece o culto pagão. Chegou-se a temer o pior, valendo o imperador do Oriente, Teodósio Magno que não temendo a ameaça do usurpador, o desbarata, dirigindo um veemente discurso ao senado romano, exortando-o a abandonar definitivamente o paganismo.
O papa, com toda a cristandade de Roma, respirou de alivio. Não contente com isso, Teodoro, sinceramente crente, procura exterminar os focos do arianismo e determina que qualquer herege destabilizador da segurança e unidade do Império seria considerado fora-da-lei.
Com tal apoio SIRÍCIO pôde dedicar-se à reconstrução da Basilica de São PEDRO, onde ainda hoje se conserva a sua memória numa inscrição que o define: TOTA MENTE DEVOTUS.
Está sepultado na Igreja de Santa Praxedes, em Roma.




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ANASTÁSIO I - Santo  

Papa desde o ano 399 até ao ano 401

XXXIX Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma, da família dos Máximos. Morreu na mesma cidade, em 19 de Dezembro de 401. Tem a sua festa a 27 de Abril.

HISTÓRIA

 Quando Santo ANASTÁSIO assume o pontificado em 27 de Novembro de 399, eleito por aclamação, no dia seguinte ao da morte de São SIRÍCIO, encontra o Império Romano em decadência. Pela morte do imperador Teodósio Magno, o Império divide-se pelos dois filhos, Arcádio e Honório, de 18 e 12 anos de idade. 
O seu pontificado foi perturbado pelos adeptos do Origenismo, combatido por São JERÓNIMO.
ORÍGENES (185-253), o maior representante da escola alexandrina, autor de extensa obra literária, filosófica e teológica, no intento de congraçar o platonismo com a ortodoxia cristã e procurando dar carácter cientifico às verdades da fé, havia-se deixado levar por certas interpretações erróneas, ou muito discutíveis, que arrastariam os seus discípulos para posições insustentáveis.
Santo ANASTÁSIO, apoiando a luta de São JERÓNIMO, não hesita em condenar esses desvios heréticos. Intervém, depois, nos distúrbios provocados pelos hereges Donatistas, enviando cartas à igreja de Cartago a aconselhar benevolência com os sacerdotes e bispos arrependidos. Encorajou também os bispos africanos na luta contra os Maniqueus.
Morreu pouco depois, com a ameaça da invasão dos bárbaros no Norte de Itália, deixando o exemplo duma vida santa, «rico de pobreza e apostólica solicitude», como define o Liber Pontificalis.
Foi enterrado no cemitério de Ursum Pelieatum, na Via Portuense, em Roma, mas os seus restos mortais estão hoje na Igreja de São Martinho do Monte, em Roma.


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INOCÊNCIO I - Santo  

Papa desde o ano 401 até ao ano 417

XL Papa

SÍNTESE

Nasceu em Albano - Itália. Morreu em Roma em 12 de Março de 417. Tem a sua festa a 12 de Março.

HISTÓRIA

Foi um pontificado com problemas, mas a eleição de Santo INOCÊNCIO em 21 de Dezembro de 401 marcou uma viragem na história do pontificado romano.
No domínio eclesiástico, Santo INOCÊNCIO restaurou a centralização da cristandade ocidental em Roma, impondo a liturgia, a disciplina e costumes romanos contra as tradições locais. No Oriente, definiu o poder dos patriarcas, reservando à Santa Sé o tributal de última instância e a solução definitiva de questões dogmáticas. 
No seu pontificado teve lugar o último martírio de um cristão no anfiteatro romano, o monge TELÉMACO. A sua morte contribuiu para o fim dos combates nas arenas dos circos.
A grande provação surgiu quando os Visigodos, provenientes da Escandinávia e da Alemanha, entraram pelo Norte de Itália comandados por Alarico, em 410 e Roma é devastada por impiedoso saque.
Foram, dias maus, inesperadamente Alarico morre e o seu sucessor Ataúlfo, casa com uma irmã do imperador Honório, entra em acordo com ele e compromete-se a reconquistar as Gálias e a Espanha.
Derrotados os Vândalos, Alanos e Suevos, Ataúlfo conquista a Narbonense, no Sul da Gália e passa os Pirinéus, dando início ao domínio visigótico na Peninsula Hispânica, onde se mostram um povo pacifico e assimilador.
Entretanto, em Roma, aliviada dos bárbaros, surge a heresia pelagiana, pregada por Pelágio, oriundo da Grã-Bretanha, uma doutrina que entusiasma pessoas piedosas, mas de fracos conhecimentos teológicos. «O homem poderia sem qualquer auxílio sobrenatural, só por si, evitar todos os pecados, praticar qualquer obra boa e alcançar a visão beatifica».
Contra semelhante doutrina, ao mesmo tempo absurda e aliciante, ergue-se São JERÓNIMO do seu refúgio em Belém, secundado por PAULO ORÓSIO, historiador e teólogo, nascido em Braga, em 385, que, a conselho do seu mestre Santo AGOSTINHO tinha ido a Belém para consultar São JERÓNIMO.
Por fim, é Santo AGOSTINHO quem enfrenta a heresia pelagiana e em dois concílios consegue a sua condenação em 416, condenação que INOCÊNCIO I, a pedido desse grande Doutor da Igreja confirma com a excomunhão contra os principais responsáveis. Ao receber a resposta do Papa, santo AGOSTINHO profere então a frase que ficou célebre 
«ROMA LOCUTA EST, CAUSA FINITA EST» (Roma falou, está encerrada a questão).
Santo INOCÊNCIO faleceu, pouco depois, sendo sepultado no Cemitério de Santa Priscila. Em 845, SÉRGIO II trasladou o seu corpo para a Igreja do Título, em Equício.



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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

O Papado  -  2000 Anos de História 
Ed. Círculo de Leitores - 2009

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros








FIM DE ANO 2017



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 SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com


ANTÓNIO FONSECA

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Nº 3 3 4 2 - (3) - O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 3 DE JANEIRO DE 2018,

Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Como já o afirmei, no passado dia 1, iniciei uma nova página (nº 3) na qual vou tentar transcrever através do livro O Papado - 2000 Anos de História, da autoria de Mendonça Ferreira e editado em Março de 2009 pelo Círculo de Leitores. 

Esta recolha de textos será feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.

Diariamente pois, serão publicadas normalmente 10 destas biografias - dependendo se podem ser mais ou menos - mediante o tamanho dos textos. Desde já, chamo a atenção para o facto de, por exemplo, a biografia de JOÃO PAULO II é muito longa, pelo que na devida altura apenas essa será publicada, e, possivelmente haverá outros casos.

Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos... 







Foto actual do autor




Nº  3 3 4 2 - (3)



3 de JANEIRO de 2018




Texto do livro 
O PAPADO - 2000 Anos de História
do Círculo de Leitores - 2009 
e compilado por Mendonça Ferreira 






CORNÉLIO - Santo  

Papa desde o ano 251 até ao ano 253

XXI Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma. Era presbitero romano. Morreu no desterro em Centumcelae, Civitavecchia, em 14 de Setembro de 253. Tem a sua festa a 16 de Setembro.

HISTÓRIA

As perseguições ordenadas por Décio foram de tal ordem que só 14 meses depois da morte de São FABIÃO se conseguiu eleger São CORNÉLIO, em 21 de Março de 251.
Foi um pontificado curto, de apenas 15 meses, e muito agitado, pois nele surgiria o segundo Anti-Papa declarado. NOVACIANO, que se opôs à eleição de São CORNÉLIO e se fez sagrar por 3 Bispos italianos dissidentes.
São CORNÉLIO era conhecido pela sua grande bondade para com os apóstatas. Durante a perseguição de Décio e Novaciano pretendia que a Igreja fosse constituída por um grupo de puros e não facilitasse o perdão aos pecadores, principalmente os caídos na idolatria ou apostasia.
o CORNÉLIO reagiu a essa ousadia do Anti-papa e num sínodo, realizado em Roma, que reuniu 60 Bispos, anatematiza Novaciano, tendo o apoio do Bispo de Cartago, São CIPRIANO.
Pouco depois o imperador Galo, com a acusação de que os cristãos eram os responsáveis pela peste que flagelava o povo intensificou as perseguições.
Ainda antes do desterro para Centumcelae, São CORNÉLIO comunicou que a comunidade romana, em 253, contava além dos bispos, com 46 sacerdotes, 7 diáconos, 7 subdiáconos, 42 acólitos, 52 leitores e socorria 1500 viúvas e indigentes, o que pressupõe uma comunidade de cerca de 30 000 fiéis o que era muito importante.
Morreu no desterro em 14 de Setembro de 253 e está sepultado em Santa Maria de Trastevere, Roma.



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NOVACIANO - Anti-Papa 

Anti-Papa no ano 251 

II Anti-Papa

SÍNTESE

Era Padre da Igreja romana. Escritor da Igreja e fundador da heresia dos Novacianos, doutrina que contradiz uma verdade revelada por Deus.

HISTÓRIA


Escritor de grande talento, a sua obra principal é De Trinitate (Sobre a Santíssima Trindade); escreveu também o primeiro tratado de teologia em língua latina.
Quando São CORNÉLIO foi eleito pelo clero romano. Novaciano fez-se consagrar por 3 Bispos italianos dissidentes. Constituindo-se como Anti-papa (251), o segundo da história da Igreja. Para esta acção, teve a ajuda de Novato, um padre africano que tinha ido a Roma para evitar a sua condenação em Cartago, tentando enganar São CORNÉLIO e o seu conselheiro São CIPRIANO. Ao ver que nada conseguia, juntou-se à aventura de Novaciano.
Novaciano censurava a benevolência com a que CORNÉLIO encarava os lapsi, isto é, os cristãos que haviam renegado a sua fé durante as perseguições, e pretendia que a Igreja fosse apenas constituída por um grupo selecto de puros.
Também São CIPRIANO, bispo de Cartago, condena o Novacianismo e apoia São CORNÉLIO, acabando com a aventura do Anti-papa.
Da sua vida posterior pouco se sabe, supondo-se que tena morrido mártir em 258.


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LÚCIO I - Santo  

Papa desde o ano 253 até ao ano 254

XXII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma. Morreu em 4 de Março de 254. Tem a sua festa a 4 de Março.

HISTÓRIA

Eleito em 25 de Junho de 253, teve um pontificado muito curto, cerca de 9 meses.
Desterrado para a Sardenha, como o seu antecessor São CORNÉLIO, voltou a Roma a seguir à morte do imperador Galo.
LÚCIO I morreu poucos meses depois, de morte natural, dado que o imperador Valeriano se mostrava condescendente com os cristãos.
Tomou duas decisões que se recordam: proibiu que homens e mulheres que não fossem do mesmo sangue coabitassem e declarou ilícito que os eclesiásticos convivessem com as diaconisas, embora estas os acolhessem por razões de caridade.
Ordenou também que o pontífice, nas suas viagens, fosse acompanhado por 3 diáconos e 2 sacerdotes, pelo menos.
Segundo São CIPRIANO deixou escrito, São LÚCIO condenou ops hereges Novacianos que se recusavam a dar a absolvição e a comunhão aos pecadores  arrependidos. Ao morrer o seu corpo foi sepultado no Cemitério de São Calisto, onde se encontrou uma lápide sepulcral com o seu nome. Actualmente, os seus restos mortais estão na Igreja de Santa Cecília em Roma e algumas das suas relíquias em Bolonha.



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ESTÊVÃO I - Santo  

Papa desde o ano 254 até ao ano 257

XXIII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma filho de um cidadão romano da familia dos Júlios. Era arcediago do papa São LINO. Morreu em Roma, a 2 de Agosto de 257 e está sepultado na cripta papal do Cemitério de São CALISTO.Tem a sua festa a 2 de Agosto.


HISTÓRIA

Assumiu o Pontificado em 12 de maio de 254, pouco depois do imperador VALERIANO subir ao trono.
Travou grande polémica com São CIPRIANO, bispo de Cartago, por uma questão melindrosa no campo doutrinal. Tudo porque durante o pontificado de São FABIÃO, um édito do Imperador DÉCIO (249) ordenara que todas as famílias romanas oferecessem um sacrifício propiciatório aos deuses. Os que anuíssem receberiam um certificado de cidadania livre e pacifica. O édito pretendia atingir principalmente os cristãos e foram muitos os que obedeceram ao decreto imperial. Os crentes condenaram esta atitude considerando-os apóstatas separados da Igreja.
A maioria deles, porém, pretendiam continuar a ser cristãos e participar nos sacramentos. E por isso se gerou uma divergência fundamental: podiam ser admitidos, sem mais, depois da indispensável penitência, ou deveriam ser de novo baptizados?
O bispo de Cartago, São CIPRIANO opunha-se intransigentemente à readmissão sem baptismo, sendo Santo ESTÊVÃO de opinião contrária, afirmando que o Baptismo não se poderia, de modo algum, repetir, pois os pecados, mesmo a heresia ou apostasia, não o conseguiam anular.
São CIPRIANO, teimando na sua teoria, chega mesmo a reunir dois sínodos em Cartago, em 255 e 256, nos quais faz prevalecer os seus argumentos, o que anuncia a Santo ESTÊVÃO.
São CIPRIANO e o Papa continuaram em desacordo, mas é de destacar o bom senso de Santo ESTÊVÃO que, mesmo não transigindo, preferiu evitar qualquer atitude drástica, permitindo que no Bispo de Cartago continuasse a julgar-se dentro da ortodoxia. Um século depois, Santo AGOSTINHO, analisando esta questão, não hesita em afirmar que a tradição mais genuína estava a favor de Santo ESTÊVÃO.
No ano de 257, reacendeu-se a perseguição aos Cristãos, movida por MARCIANO um ministro de VALERIANO, que pretendia encher os cofres do estado à custa do espólio dos cristãos, sendo Santo ESTÊVÃO uma das vítimas da perseguição, pois, segundo o Liber Pontificalis terá sido degolado em 2 de Agosto de 257, quando celebrava a missa.
 O seu corpo, junto á cadeira em que foi sacrificado sepultaram-no no Cemitério de São CALISTO, de onde trasladaram a cabeça para Colónia, onde ainda continua a ser venerada.







SISTO II - Santo  

Papa desde o ano 257 até ao ano 258

XXIV Papa

SÍNTESE

Nasceu na Grécia. Chamava-se XISTUS. Estudou filosofia, que chegou a ensinar. Morreu decapitado em 7 de Agosto de 258. A sua festa é em 7 de Agosto.

HISTÓRIA

Assumiu o pontificado em 30 de Agosto de 257, no mesmo dia em que os guardas do imperador prendiam São CIPRIANO bispo de Cartago.
São SISTO não fez qualquer cedência doutrinal quanto à questão da divergência de São CIPRIANO com o seu antecessor, Santo ESTEVÃO mas aceitou o abraço com que São CIPRIANO se reconciliou com a Igreja de Roma, antes de ser martirizado.
As perseguições aumentam. O acólito São TARCÍSIO é desfeito em pedaços e São LOURENÇO, diácono de São SISTO, ao ser intimado pelo prefeito da cidade para lhe entregar os tesouros da Igreja, aponta-lhe uma multidão de pobres, enfermos, órfãos e viúvas, gritando: «Eis os tesouros da Igreja», sendo por isso condenado a morrer queimado e, segundo a tradição, assado numa grelha.
A ferocidade era tanta que alguns cristãos surpreendidos pelos soldados a celebrar a eucaristia numa cripta da Via Salária ali foram emparedados vivos. Em Útica, decapitaram 150 mártires, celebrados por Santo AGOSTINHO, num sermão em que ficaram conhecidos por «Massa Cândida».
O próprio São SISTO foi degolado na cadeira onde instruía os cristãos no cemitério de Pretextato, a 7 de Agosto de 258.
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DIONÍSIO - Santo  

Papa desde o ano 259 até ao ano 268

XXV Papa



SÍNTESE

Nasceu na Grécia, onde foi padre. Morreu martirizado, em 26 de Dezembro de 268. Tem a sua festa a 30 de Dezembro.

HISTÓRIA


Sendo um simples padre, assumiu o pontificado em 22 de Julho de 260, depois de muitos meses de Sede Vacante, ainda na fúria das perseguições. No ano seguinte, o imperador Valeriano, derrotado pelos persas de Sapor I, foi feito prisioneiro e morreu no exílio, em Edessa, sucedendo-lhe seu filho Galieno, que, influenciado pela mãe, que simpatizava com os cristãos, põe termo às perseguições e publica um édito mandando devolver as Igrejas e os cemitérios confiscados.
São DIONÍSIO aproveitou os anos de paz para organizar o regime paroquial e diocesano, criando 25 títulos presbiterianos em Roma, correspondentes a outras tantas zonas da cidade.
Esta paz viria a ser perturbada por desvios teológicos provenientes da Cirenaica. Sabélio, heresiarca da Ptolemaida, na Líbia, faz renascer o Monaquianismo que negava a existência das três pessoas da Santíssima Trindade, reduzindo-as a uma simples questão de nomes, pelo que foi condenado por São DIONÍSIO.
Os bispos cirenaicos submetem o caso à autoridade do bispo DIONÍSIO, de Alexandria, o qual cai em imprecisões como discipulo de ORÍGENES.
São DIONÍSIO (papa) escreve-lhe fazendo-lhe ver as imprecisões doutrinais e pedindo-lhe que se explique. O bispo DIONÍSIO escreve então uma Apologia, repondo no devido lugar as afirmações possíveis de desvios na doutrina trinitária.
São DIONÍSIO distinguiu-se pela sua extrema caridade e teria conseguido uma avultada quantia para enviar à Igreja de Cesareia para o resgate dos cristãos retidos em cativeiro.

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FÉLIX I - Santo  

Papa desde o ano 269 até ao ano 274


XXVI Papa



SÍNTESE

Nasceu em Roma, filho de Constâncio. Morreu na mesma cidade, em 30 de Novembro de 274. Foi sepultado no cemitério de São Calisto e trasladado, mais tarde, para a Igreja de Santa Praxedes. A sua festa é a 30 de Maio

HISTÓRIA

Oriundo do clero romano, foi eleito Bispo de Roma em 5 de Maio de 269.
Começou o seu pontificado lutando energicamente contra o ressurgimento das antigas heresias de Paulo de Samósata, que tinha conseguido ocupar a cadeira episcopal em Antioquia, por influência da rainha Zenóbia.
Alarmados com o ressurgimento, em novos moldes, da antiga heresia adopcionista, os Bispos do Oriente, reunidos em Concílio (268), depõem-no do múnus episcopal.
FÉLIX I toma conhecimento da vida pouco edificante de Paulo de Samósata, pela carta enviada pelo Sínodo de Antioquia e não hesita em concordar com a exoneração do indigno Bispo. Contudo, este, com o apoio de Zenóbia, recusa entregar a residência episcopal ao seu sucessor, provocando na história da Igreja o primeiro recurso à autoridade civil.
São FÉLIX ordenou que a missa só fosse celebrada por sacerdotes e dentro do templo, excepto por necessidade. Determinou que, caso houvesse dúvidas sobre a consagração de alguma Igreja, se voltasse a consagrá-la e decretou que se celebrassem missas em memória dos mártires.
Mandou erguer uma Basilica na Via Aurélia, a duas milhas de Roma, onde o seu corpo veio a ser sepultado.
O imperador Aureliano teve de intervir e, talvez por influência de influentes cristãos de Roma, determinou que a sede antioquena fosse pertença legitima de quem apresentasse como credencial a sua união com o Bispo de Roma, uma atitude extraordinária por parte de um imperador pagão, ajudando o pontificado de São FÉLIX I.


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EUTIQUIANO - Santo  


Anti-Papa desde o ano 275 até ao ano 283

XXVII Papa

SÍNTESE

Naceu em Luni, perto de Carrara - Itália. Morreu em 7 de Dezembro de 283. Tem a sua festa a 8 de dezembro.

HISTÓRIA

 Foi elevado a Bispo de Roma em 4 de Janeiro de 275 e o seu pontificado decorreu em tempo de paz, o que lhe permitiu expandir e consolidar a Igreja.
Ordenou que se benzessem os frutos da terra, em especial as uvas, no ofertório da missa, talvez como reacção à heresia Maniqueísta, de origem persa, que atribuía ao vinho o principio do mal, pelo que não deveria usar-se na consagração.
Condenou os Maniqueus.
Foi martirizado em 7 de Dezembro de 283 e sepultado no cemitério de São Calisto, em Roma, mas em 1659 as suas reli quias foram levadas para a catedral de Sarzana, onde foi colocada uma estátua sua.


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CAIO - Santo  

Papa desde o ano 283 até ao ano 296


XXVIII Papa

SÍNTESE


Nasceu em Salona, na Dalmácia, irmão de São GABINO, tio de Santa SUSANA e sobrinho do imperador Diocleciano. Morreu em 22 de Abril de 296. A sua festa é em 22 de Abril.

HISTÓRIA

Eleito em 16 de Dezembro de 283, o Liber Pontificalis atribui-lhe a criação dos 7 graus da hierarquia do sacerdócio (ostiário, leitor, exorcista, acólito, subdiácono, diácono e presbitero) e também, a divisão de Roma em diaconatos.
Martirizado em 22 de Abril de 296, o seu epitáfio foi encontrado fragmentado no cemitério de São Calisto, junto à cripta do papa Santo EUSÉBIO (309).
O seu corpo foi trasladado, em 1631 para uma igreja com o seu nome em Novelara - Itália.

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MARCELINO - Santo  

Papa desde o ano 296 até ao ano 304

XXIX Papa

SÍNTESE


Era romano de nascimento, oriundo da família Colonna e o seu pai chamava-se Projecto. Exerceu, como funcionário imperial e tribuno, o cargo de notário em Cartago. Morreu em Abril de 304. Tem a sua festa a 26 de Abril.

HISTÓRIA

Foram tranquilos os seus primeiros anos de pontificado, dada a tolerância de Diocleciano, depois de ter sido eleito Bispo de Roma, em 30 de Junho de 296.
De repente, tudo mudou. Galério, um dos tetrarcas que Diocleciano associara à chefia suprema do Império, movido por fanatismo pagão, conseguiu levar o imperador a considerar os cristãos como inimigos do Império e em 23 de janeiro foi incendiada uma Igreja da Nicomédia, cidade onde residia o imperador. Dias depois lavra um incêndio no palácio imperial e admite-se que Galério para conseguir os seus intentos, tenha convencido o imperador de que era uma vingança dos cristãos.
Diocleciano terá acreditado e publica um édito em que ordena a destruição de todas as casas de culto, dos livros sagrados e obrigas os cristãos a abjurar por meio de sacrifícios prestados aos deuses do império.
Tinha começado a última, mas a mais sangrenta, das perseguições, a «era dos mártires». Os cárceres enchem-se, os bens são confiscados e milhares de crentes pagam a sua fé com sangue e morte. Entre eles, morre São SEBASTIÃO, centurião do exército, Santa LUZIA e Santa INÊS, esta uma menina de 12 anos.
O papa São MARCELINO é acusado de apostasia pelos Donatistas, mas nada se prova e, segundo Santo AGOSTINHO, tratou-se de uma calúnia destes.
Na Península Ibérica, onde o Cristianismo já tinha grande penetração, também, a perseguição se fez sentir e são numerosos os mártires, entre eles os irmãos VERÍSSIMO, MÁXIMA e JÚLIA (Lisboa) e São VÍTOR (Braga), primeiros santos do território que mais tarde viria a chamar-se Portugal.
Só a Gália e Grã-Bretanha escaparam a esta ferocidade, graças à tolerância do tetrarca Constâncio Cloro. No resto do Império a perseguição foi tão violenta que chegaram a ser massacrados aglomerados populacionais inteiros.
Supõe-se que São MARCELINO foi martirizado em Abril de 304 e que depois de ter o corpo exposto ao ar livre, durante algum tempo, por ordem do imperador, foi sepultado no cemitério de Santa PRISCILA.



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VACATURA DA SANTA SÉ

Durante quatro anos, os cristãos não conseguiram eleger um Papa para suceder a São MARCELINO.
A ferocidade imperava. O imperador Diocleciano tinha sido convencido de que o progresso do Cristianismo estava ligado à decadência política e por isso o perseguiu sem piedade.
Finalmente, em 1 de maio de 305, Diocleciano abdicou e a situação abrandou, mas só viria a normalizar-se em Maio ou Junho de 308, com  a eleição do Papa São MARCELO I






MARCELO I - Santo  

Papa desde o ano 308 até ao ano 309

XXX Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma na Vialata; o seu pai chamava-se Benedeto. Morreu em 16 de Janeiro de 309. Tem a sua festa a 16 de Janeiro.

HISTÓRIA

 Depois da fase mais feroz da perseguição e eleito em 22 de maio de 308, São MARCELO viu-se perante a enorme tarefa de reagrupar os crentes e reorganizar a desarticulada hierarquia eclesiástica. 
São MARCELO ordenou dois diáconos, 25 padres, 21 bispos e escreveu uma carta aos Bispos de Antioquia e ao tirano Maxêncio.
No seu pontificado reorganizou a diocese de Roma em 25 bairros ou paróquias, colocando à frente de cada uma um sacerdote que denominou Cardeal.
Dedicou-se à fundação de novas Igrejas, consagrou novos Bispos e sacerdotes e estabeleceu um cemitério na Via Salária.
Perante o problema dos lapsi os que haviam apostatado mas queriam ser readmitidos na comunhão cristã, São MARCELO manifestou-lhes a obrigação de expiarem o seu delito com lágrimas de penitência pelo que o consideraram inimigo. Denunciado, foi vítima da crueldade do imperador Maxêncio, que o reduziu à escravidão, sendo condenado a tratar das cavalariças imperiais. Morreu pouco depois, em 16 de janeiro de 309.
O seu corpo foi trasladado para Roma, ficando sepultado no cemitério de Santa PRISCILA na Via Salária.



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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

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ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...