sexta-feira, 5 de abril de 2019

Nº 36 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 5 DE ABRIL DE 2019,

Nº  36 

DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 5 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



33º Bispo do Porto



DOM DIOGO (Álvares) DA COSTA 
ou
DOM ANTÓNIO (Álvares) DA COSTA


Bispo do Porto
1505-1507



No livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopal" aparece apenas a indicação complementar de que este Bispo DOM DIOGO DA COSTA terá exercido essas funções durante cerca de 2 Anos de 1505 até 1507.
Na CRONOLOGIA DOS BISPOS DO PORTO aparece um DOM DIOGO DA COSTA que teria sido Bispo do Porto  de 1505 a 1507 sob o Nº 34 (...)

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  1. Diogo (II) Álvares da Costa (1505), sobrinho do cardeal de Alpedrinha, morreu sem tomar posse
  2. António (I) Álvares da Costa (1505-1507), sobrinho do cardeal de Alpedrinha
  3. Pedro (VI) Álvares da Costa (1507-1535), sobrinho do cardeal de Alpedrinha, também bispo de Léon e de Osna


No entanto na WIKIPÉDIA encontrei a referência de um Bispo Dom DIOGO (II) ÁLVARES DA COSTA (1505) sobrinho do cardeal de Alpedrinha (*), que morreu sem tomar posse.
A seguir (na mesma lista) figura um Bispo Dom ANTÓNIO (I) ÁLVARES DA COSTA (1505-1507) também sobrinho do cardeal de Alpedrinha (*) - sem qualquer outra indicação; e, ainda um outro Bispo Dom PEDRO (V) ÁLVARES DA COSTA (1507-1535),(**) igualmente sobrinho do Cardeal de Alpedrinha (*), que terá sido também Bispo de Léon e de Osna.

Consequentemente deduzo que haverá aqui alguma discrepância numa ou noutra fonte, mas, quem sou eu, para duvidar

Aproveito para transcrever o que se diz na WIKIPÉDIA sobre o referido por 3 vezes no parágrafo anterior como saber quem terá sido o Cardeal de Alpedrinha (*), o que, se calhar, é capaz de lançar alguma confusão maior do que esta; porém, cabe-me a mim - julgo eu - colocar todos os elementos nesta história, para que alguém possa estudar o assunto...

Assim em seguida vou transcrever o que diz a WIKIPÉDIA:

JORGE DA COSTA - Alpedrinha - Fundão, 106 - Roma, 19 de Setembro de 1508), mais conhecido como CARDEAL DE ALPEDRINHA, foi um Arcebispo de Braga e de Lisboa, e também Cardeal.




Brasão de JORGE DA COSTA no Bom Jesus, Braga

Dom JORGE DA COSTA nasceu com o nome de JORGE MARTINS em 1406, na vila beiroa de Alpedrinha, sendo um dos 15 filhos e filhas de Martim Vaz, almocreve e caseiro duma quinta chamada da Costa, em Alpedrinha, Fundão, da qual depois Dom JORGE tomou o nome, seguido por toda a sua família. 
Segundo Damião de Góis, os pais «eram gente muito baixa, popular e pobre». Mas não era como se diz, filho de Catarina Gonçalves, forneira, a documentada mãe de seus meios irmãos. Não tanto por esta Catarina Gonçalves ainda estar viva em 1492, porque poderia ter a longevidade do filho, mas por se documentar mãe de Catarina da Costa a qual casou apenas em 1468, pelo que Catarina Gonçalves foi apenas madrasta do Cardeal de Alpedrinha e mãe de seus meio-irmãos, substancialmente mais novos do que ele. Entre eles contam-se Jorge Vaz, depois também Jorge da Costa quando foi arcebispo de Braga (1486-1501), Martim Vaz (1434-28/11/1521), depois Martinho da Costa quando foi Arcebispo de Lisboa (1500-1521), a sobredita Catarina da Costa, que em 1468 casou com Pedro de Albuquerque, irmão do 1º Conde de Penamacor, sendo que a 28 de Março de 1468, Dom Afonso V confirmou o contrato de casamento e de dote  e Arras, celebrado entre Pedro de Albuquerque, fidalgo da sua Casa, filho de Dom João de Albuquerque com Catarina da Costa, irmão de Dom JORGE, arcebispo de Lisboa, do seu Conselho. Isabel da Costa que casou com Dom João de Sottomayor, filho do 1º Conde de Caminha, Luísa (Vaz) da Costa, que casou com Dom Cristóvão de Cardenas, Isabel (Vaz) da Costa, primeira mulhewr do galego Pedro Álvares Marinho de Valadares, sem geração e Margarida Vaz, nascida cerca de 1450 a 1455 (portanto 44 anos a 49 anos mais nova do que seu meio-irmão) que casou cerca de 1480 com Lopo Álvares (Feio), com geração
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Ainda muito novo fugiu de casa de seus pais e foi guardar porcos para Santarém, e depois serrvir um estudante de Lisboa, onde então estava a Universidade. Aqui estudou Latim, Filosofia e Teologia no Hospício de santo Elói e cedo se revelou a sua grande inteligência. nEm pouco tempo já dava explicações de Latim a estudantes pobres, conseguindo assi m algumas receitas que lhe permitiram seguir os estudos. Quando os Cónegos de santo Agostinho tomaram posse do Hospício de Santo Elói, onde ele estava, deram-lhe uma capelania no próprio mosteiro, então aí fundado. Dotado de invulgares qualidades, a sua fama de Latinista levou Dom Afonso V, junto do qual veio a ter oi maior valimento e a serr também Conselheiro e Confessor, a chamá-lo em 1445 para Mestre-Capelão de sua irmã a Infanta Dona Catarina, por indicação do seu Reitor. Foi, também, Diplomata e estudou em Paris.
Foi prelado em várias dioceses: 39º Bispo de Évora (1463-1464); 8º Arcebispo de Lisboa (1464-1501) e 35º Arcebispo de Braga (1501-1508), administrador das arquidioceses a partir de Roma. Foi feito Cardeal pelo papa SISTO IV, em 18 de Dezembro de 1476, com o título dos Santos Marcelino e Pedro. Seu irmão Dom MARTINHO DA COSTA, falecido em Gibraltar, foi também 9º Arcebispo de Lisboa, e seu irmão Dom JORGE VAZ DA COSTA foi também 34º Arcebispo de Braga.
Por se haver inimistado com o filho e sucessor daquele, o rei Dom João II, exilou-se em Roma, a partir de 1468, monde acabou por passar o resto da sua vida, governando a partir da Cúria Romana as arquidioceses. Aí obteve o governo sucessivo de várias dioceses suburbicárias de Roma: Albano, Frascati e Porto-Santa Rufina, onde o seu prestigiuo e poder foi crescendo, não tendo sido papa porque recusou. 
O Papa ALEXANDRE VI deu-lhe o governo de toda a Igfreja Portuguesa e Dom JORGE chegou a sr ao mesmo tempo, Arcebispo de Braga e de Lisboa, Bispo de Évora, Porto, Viseu, Algarve e Ceuta, Dom Abade de Alcobaça e de mais cinco Abadias e de inúmeros Priorados, nomeadamente a Colegiada de Guimarães, Igrejas e Conezias (embora aqui se estabeleça alguma confusão entre si e seu irmão homónimo), conseguindo, ao longo dos seus 103 anos de vida, uma imensa fortuna para si e para toda a sua família.
Deve-se a Dom JORGE DA COSTA a criação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com todo o apoio que deu à rainha Dona Leonor, tendo, para o efeito, movido influências em Roma para a nova instituição surgida em Portugal tivesse o reconhecimento do Papa. O Cardeal Dom JORGE DA COSTA usou por Armas um escudo eclesiástico com a roda de navalhas de santa Catarina, usado também por seus irmãos Arcebispos e sobrinhos Bispos e restantes parentes eclesiásticos. Mais tarde, a sua familia usou estas armas partidas com as dos da Costa, a que não tinham direito, ficando: partido, o primeiro de azul, com uma roda de santa Catarina de ouro, amada de prata; o segundo de vermelho, com seis costas de prata, postas duas a duas e firmadas nos flancos; timbre de duas costas de prata, passadas em aspa e atadas de vermelho.
Dom JORGE DA COSTA morreu aos 102 anos de idade, a 19 de Setembro de 1508 em Roma, onde está sepultado num túmulo magnifico, na Igreja de santa Maria del Populo.

NOTA: Participou no Conclave de 1484 para eleição do Papa INOCÊNCIO VIII; no de 1492 para eleição do papa ALEXANDRE VI; no de Setembro de 1503 para eleição do papa PIO III e no de Outubro de 1503 para eleição do Papa JÚLIO II.




Túmulo de Jorge da Costa na basílica Santa Maria del Popolo, em Roma





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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Nº 3 7 9 9 - SÉRIE DE 2019 - (095) - SANTOS DE CADA DIA - 5 DE ABRIL DE 2019 - Nº 149 DO 12º ANO

Caros Amigos



Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue

~







Nº  3 7 9 9


Série - 2019 - (nº 0  9  5)


5 de ABRIL de 2019 


SANTOS DE CADA DIA

Nº  1 4 9

12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos


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VICENTE FERRER, Santo
     


VICENTE FERRER, presbitero da Ordem dos Pregadores, natural de Espanha, que percorreu incessantemente as cidades e caminhos do Ocidente, sempre solícito pela paz e unidade da Igreja, pregando a muitos povos o Evangelho da penitência e da vinda do Senhor, até que, em Vannes, na Bretanha, França, entregou o espírito a Deus. (1419)


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:


A vida dos santos, além de oferecer-nos exemplar e irrecusável testemunho de heroicas virtudes, manifesta sempre a intervenção providencial de Deus, tanto que a presença dalguns santos não se explica sem essa missão providencial. Eles polarizaram muitas vezes na sua vida determinados períodos da história e a sua influência espiritual ou social configurou os contornos de certos estilos de vida, e até pesaram definitivamente na hora de dar solução às crises do seu tempo. É igualmente certo que, por esse mesmo cânone providencial também os santos se viram, condicionados nos seus actos pelas circunstâncias em que se moveram.
Tudo isto dá sentido e justificação à vida de São VICENTE FERRER e livra-nos de cair numa interpretação simplista e unilateral da sua portentosa obra. A visão exclusivamente milagreira da sua figura, que seguiram durante muitos anos a tradição e a lenda, contribuiu para desfocar a plenitude autêntica e a realidade total da vida de São VICENTE, até ao ponto de hum historiador moderno ousar dizer que todas as circunstâncias da sua vida foram milagres. Não podemos admitir essa visão colorista que nos deu um São VICENTE FERRER como opulento esbanjador de milagres,. embora fosse insensatez negar a realidade da sua poderosa força taumatúrgica.
São VICENTE FERRER nasceu em Valência, Espanha, em 1350. A sua casa natalícia distava muito pouco do Real Convento dos Pregadores, fundado a seguir a conquista cristã da cidade. Cedo resolveu ele vestir o hábito branco e preto dos dominicanos. Desde a profissão religiosa, em 1368, até 1374, ano em que foi ordenado, VICENTE alternou o estudo e ensino de filosofia com a aprendizagem de teologia em Lérida, Barcelona e Tolosa, Com perfeito conhecimento da exegese bíblica e da língua hebraica, regressou a Valência, onde ensinou teologia,e escreveu, pregou e aconselhou.
Naqueles tempos sofreu a Igreja o látego doloroso da infausta cisão religiosa do Ocidente. Por cardeais declarada inválida a eleição de Urbano VI, foi escolhido ROBERTO DE GENEBRA que tomou o nome de CLEMENTE VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutrais entre os dois papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquista a obediência delas e mandou como sue legado o cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de VICENTE, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o Cisma. VICENTE acompanhou mesmo o legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta PEDRO DE LUNA a Avinhão e suceder a CLEMENTE VII como papa, tomando o nome de BENTO XIII. E é reclamada a presença de VICENTE em Avinhão, onde passa uns anos.
Lá, caiu gravemente enfermo, a ponto de quase morrer. Foi quando teve a visão de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhado de São DOMINGOS e São FRANCISCO, A entregar-lhe a missão de pregar pelo mundo.. E repentinamente recuperou a saúde. Esta a chave que explica o restante da vida de São VICENTE,. Desde agora terá um empenho superior ao de propugnar a causa de BENTO XIII; a de proclamar a integridade do Evangelho dentro da unidade da Igreja. Ficou sendo legado de Cristo, com raio de acção universal. O Papa avinhonês, depois de resistir, sempre se convenceu a deixá-lo partir, o que aliás fez concedendo-lhe amplíssimos poderes. A 22 de Novembro de 1399 saiu para levar a quase todo o Ocidente a mensagem da Palavra de Deus. Ficam a derramar-se tesouros de sabedoria e eloquências sobre uma sociedade que se encontrava em grandíssima crise espiritual.
Percorreu inúmeras aldeias e cidades de Espanha, França, Itália e Suiça, e é mesmo probabilissimo que tenha penetrado na Bélgica. Quando a oratória sacra se perdia em argumentações escolásticas e desenvolvimentos retóricos, a palavra de VICENTE era como látego de fogo a incendiar e a iluminar. O seu sistema estava em expor claramente, sem adular, a doutrina de Cristo, utilizando aliás a bandeja de ouro da sua portentosa e dócil imaginação, e a enorme força sugestiva da sua potente voz, rica em matrizes e sonoridades. As pessoas sentiam a vertigem da presença de Deus e o delicioso estremecimento da sua graça. Foi de impressionante e surpreendente grandeza o sermão que, depois de vencida a implacável resistência de Bento XIII e obtida a promessa de ele abdicar, pronunciou diante do papa avinhonês e seus cardeais,em Perpinhão, 1415, comentando o texto: «Ossos secos, ouvi a palavra de Deus».
À sia voz as inimizades públicas cediam, os pecadores sentiam-se movidos ao arrependimento e as pessoas sedentas de perfeição seguiam-no por toda a parte. organizava as imponentes comunidades de disciplinantes que, em clamorosas procissões de flagelação, produziam nos espectadores um, calafrio de compunção e a eficaz mudança de vida.
Diante do rio revolto que era o mundo do seu tempo, diante do espantoso desmoronamento da ideologia cristã que informara a sociedade da Idade Média, diante do espectáculo apocalíptico duma Igreja que extraviava a cristandade em partidos de cisma, não admira que a lenda , apoiada em pontos fracos da tradição, tenha feito que São VICENTE se atribuísse pessoalmente  o título de anjo do Apocalipse e até mesmo que a obsessão determinante do seu apostolado fosse a pregação do vizinho Juízo Final. Sem dúvida que o Senhor lhe concedeu em diversas ocasiões o dom da profecia, mas quando São VICENTE FERRER falava do Juízo Final como acontecimento próximo - coisa que fez em muito menos ocasiões do que habitualmente se julga - não o fazia com o profeta mas como home m que observa as realidades do seu tempo e tira consequências. devemos também insistir em que o tema "Temei a Deus e dai-lhe honra", em que a tradição resumiu a pregação vicentina, de maneira nenhuma pode ser interpretado com sentido terrorista, isto é, com ter-se o Santo preocupado com semear o pânico e despertar uma obsessão colectiva. O que semeava era o temor reverencial, nascido do temor que os filhos têm de desgostar os pais.O auditório das suas prédicas era sempre de multidões, às vezes mais de 15 000 pessoas; portanto, ao ar livre. Contemporâneos do Santo informam-nos que, falando na sua língua própria, era entendido mesmo pelos que a não sabiam.
Nos seus últimos 30 anos de vida, o trabalho da pregação condicionou-lhe o horário da vida. Costumava dedicar 5 horas ao descanso. tomando-o sobre um feixe de varas ou um enxergão de palha. O tempo restante dedicava-o à oração e aos deveres de pregador. As refeições eram extremamente sóbrias. Duma terra para outra deslocava-se a pé: mas, desde que adoeceu duma perna, usou um burrinho.  Tanta fama de santidade o precedia, que o povo vinha recebê-lo como enviado de Deus e a sua entrada nas cidades tinha tal carácter de apoteose delirante que para evitar graves desordens e que os devotos cortassem pedaços do hábito, era preciso protegê-lo com traves que formavam um quadrado à volta da pessoa.
Todos os dias cantava Missa com grande solenidade e em seguida fazia o sermão que habitualmente durava duas ou três horas e numa Sexta feira Santa em Tolosa, seis horas seguidas.!
.O cansaço e achaques físicos, que nos últimos anos obrigavam a que o ajudassem pegando-lhe no braço, desapareciam mal começava o sermão. O rosto transfigurava-se-lhe como se a pele retomasse a frescura juvenil, cintilavam-lhe os olhos, a voz era clara e sonora, o tom de convicção em que se inflamava, deixava atónitos os ouvintes e por isso não admira que assistidos pela graça os frutos dos sermões fossem tão copiosos, de maneira que eram sempre necessários muitos sacerdotes para ouvir confissões. O crédito universal de sabedoria e prudência foi provado quando numerosas vezes teve de intervir como árbitro de paz interveio por exemplo, na sucessão da casa aragonesa. Veio armado de ânimo e inteligência, mas sobretudo da límpida intenção para aceitar o resultado como desígnio providencial. Foi ele que publicou em Junho de 1412 a eleição feita do Infante de Castela FERNANDO DE ANTEQUERA; e tal foi a isenção do Santo, que o seu apostolado não veio imediatamente a encontrar dificuldades, mesmo nos Estados que defenderam outras soluções no célebre compromisso de Caspe.
Laboriosíssimos os esforços para determinar a conclusão do Cisma do Ocidente; se n~
ao podemos afirmar que nela tenha tido intervenção directa, devemos dizer que pesou a sua influência, apoiada em universal prestigio. O conclave reunido em Constança a 11 de Novembro de 1417, um pouco menos de dois anos antes da morte do Santo, deu à Igreja a eleição de MARTINHO V, a cuja obediencial se submeteu toda a cristandade ocidental, que se tinha ultimamente cindido.
VICENTE continuou a própria missão dirigindo-se para  a Bretanha, onde o Senhor o esperava para abrir-lhe as portas duma glória definitiva. A 5 de Abril de 1419 morreu em Vannes, França, longe da pátria, este apóstolo infatigável, cuja palavra inquietou, como presença de Deus, toda a extensão da cristandade europeia. Foi canonizado em 1455 pelo papa, também valenciano, CALISTO III.
Os milagres que São VICENTE FERRER operou em vida e depois de morto são inumeráveis, por isso, a sua fama de Taumaturgo não diminuiu através dos séculos.



Juliana de Cornillon, Santa




Em Fosses, no Brabante, França, Santa JULIANA DE CORNILLON, virgem da Ordem de Santo Agostinho que tinha sido prioresa do mosteiro de Mont-Cornillon em Liège e, fortalecida pelo dom do conselho divino e humano , promoveu a solenidade do Corpo de Cristo e viveu como reclusa. (1258).

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

A piedade eucarística progrediu realmente no decorrer dos séculos, mas por vezes uma conquista nova levava à perda de posições, já alcançadas. Ressaltou cada época algum aspecto.
As primitivas gerações cristãs alimentavam a piedade bebendo nas fontes litúrgicas, pois a celebração eucarística e a comunhão formam o eixo da sua vida. Faltava, porém, a amizade íntima com Cristo, presente sob as sagradas espécies.
Foi a Idade Média que trouxe tal nota de ternura e calor. A partir do ano 1000, vencida a heresia de Berengário (negador da transubstanciação), aviva-se a piedade quanto à presença real de Jesus. Uma das manifestações mais fecundas era o "desejo de ver a hóstia". Por isso, começou esta a ser mostrada na Missa, vindo a ser pouco depois acompanhada pela elevação do cálice. Cerimónia soleníssima , que se chamava "elevar a Deus".
A reverência dos primeiros fiéis mudara-se em devoção à Pessoa adorável de Jesus, oculto sob as sagradas espécies. Invadiu as almas a bela oração Alma de Cristo, que se dirige ao Hóspede recebido. esta prece figura  no princípio dos exercícios de Santo INÁCIO DE LOIOLA o que muito ajudou a torná-la conhecida.
Assim se originou toda a piedade eucarística moderna , ligada à festa do Corpo de Deus e depois frutificada na exposição do Santíssimo, nas Quarenta Horas, nas procissões apoteóticas dos Congressos Eucarísticos, nas visitas ao Santíssimo, nas Horas Santas e nos Actos de reparação, etc..
Antes, porem, destes últimos triunfos, a ideia de Cristo hóspede da alma levava aos exageros e rigorismos de tom jansenista, afastando as almas da sagrada Mesa e fazendo prevalecer o "olhar" e o "adorar". Com grandes iluminações e adornos, prevaleceu a exposição do Santíssimo sobre a Missa, que perdeu para muitos o aspecto fundamentalíssimo do banquete sacrificial, convertendo-se quase só em rito para nos dar a, presença de Cristo
O actual movimento litúrgico, adaptado e fomentado pelo Concilio Vaticano II, esforça-se por restituir à Missa, no espírito dos fiéis, a categoria de sacrifício e festim, no qual participam, todos comunitariamente com as respostas, os cânticos, as atitudes, e sobretudo com a comunhão sacramental, que lhes dá a Vítima imolada e os frutos do sacrifício.
Não se renuncia hoje à doce aquisição da intimidade medieval, mas procura-se o justo equilíbrio entre a devoção à presença divina (com o seu cortejo de piedosos actos) e a Missa e comunhão, aspectos primários da Eucaristia.
Sirva o dito como introdução à vida de Santa JULIANA DE MONTE CORNILLON a alma que preparou a festa do CORPUS CHRISTI, chamada em português CORPO DE DEUS, com rica expressão teológica. 
Nasceu JULIANA perto de Rettine, junto a Liége, Bélgica. O ano foi o de 1192. Ficando órfãs aos cinco anos, foi levado com o irmão de 6 anos ao convento do Monte Cornillon, onde foram entregues à direcção de Soror SAPIÊNCIA que lhes ensinou os rudimentos da doutrina  e os iniciou nas virtudes.
Chegando JULIANA aos seis anos, teve uma visão que não pôde compreender: via a lua resplandecente de luz, mas tendo uma zona escura. Ninguém soube, mesmo bastante tempo depois, explicar-lhe o significado de tal imagem: não faltou mesmo quem aconselhasse a Santa a Não pensar mais no caso.
Aos 14 anos fez-se religiosa entre as suas educadoras. Foi cada vez mais devota da Sagrada Eucaristia e a visão continuava sempre a lembrar-lhe. À força de súplicas conseguiu que uma voz celestial lhe explicasse que a brancura da lua significava a Igreja militante e a mancha representava a carência nela duma festa especial ao Santíssimo Sacramento. E compreendeu que devia trabalhar pela instituição da festa, pois a quinta-feira Santa, no ambiente da Paixão, não dava lugar à solenidade triunfal requerida.
Era pelo ano de 1210. Vem visitá-la uma virgem reclusa chamada EVA. JULIANA conta-lhe o que vira e ouvira; ficaram de pedir uma pela outra e se ajudarem. Mais tarde, sendo JULIANA já prioresa. EVA tem visão igual à da companheira e exorta esta a promover sem delongas o que é vontade de Deus.JULIANA fala a um cónego e este a teólogos e autoridades eclesiásticas. São TOMÁS DE AQUINO  então jovem clérigo, é encarregado de compor o ofício litúrgico da nova festividade, o que realiza em 1232. No ano seguinte, parece que já foi celebrada em Laon a festa do Corpo de Deus.
Nasce a perseguição na comunidade de JULIANA suscitada nada menos que pela sua superiora. A prioresa e outras irmãs tiveram de se afastar e pediram asilo a EVA. Mas ser perseguida aumentou a reputação de JULIANA. A nova festividade celebra-se com certeza em Liège em 1247, e fixa-se que o seu dia seja a quinta-feira depois da Santíssima Trindade.
Repetem-se a borrasca e a deslocação. Mas surge um grande conforto: o Cardeal legado do Papa, impõe a nova festa na Alemanha, Dácia, Boémia, Morávia e Polónia - isto em 1251. Depois do sexto desterro, morre Santa JULIANA na sexta feira de Páscoa, 5 de Abril de 1258.
Aquilo por que ela tinha orado e trabalhado toda a vida, teve no grau de realização em 1264: em nome de URBANO IV é assinada a bula Transiturus estendendo a festa à Igreja Universal. Mas encontrou resistência na cristandade; a extensão não foi geral senão em 1317. Em Portugal só entrou, ao menos como medida geral, no século XVII.
As grandes ideias teológicas relativas ao Sacramento do Altar são desenvolvidas nesse Credo eucarístico que é a sequência Lauda Sion da Missa do Corpo de Deus. E o sacramento eucarístico é memorial da Paixão, sinal da unidade e da paz,. e prefiguração da glória eterna, como nos lembram respectivamente a 1ª oração, a oração sobre as oblatas e a oração a seguir à ComunhãoTrilogia que é resumida magnificamente pela antifona O Sacrum convivium, que apenas se pode atribuir a pena teologal de São TOMÁS DE AQUINO.



IRENE, Santa



Em Tessalónica, Macedónia, hoje Grécia, Santa IRENE virgem e mártir que, desobedecendo ao edito de Diocleciano, ocultou os Livros sagrados e por esse motivo foi conduzida ao prostíbulo público e queimada por ordem do prefeito Dulcécio, o mesmo que tinha martirizado as suas irmãs ÁGAPE e QUIÓNIA. (304)



FERBUTA, Santa


Em Selêucia, na Pérsia no território do actual Iraque, Santa FERBUTA viúva irmã de São SIMEÃO bispo as qual juntamente com  a sua serva sofreu o martírio no reinado de Sapor II. (342)

119 MÁRTIRES (Homens e mulheres) na Pérsia, Santos



Em Selêucia, na antiga Pérsia, a comemoração de 119 homens e mulheres mártires, que, reunidos de vários lugares nas cidades régias das Pérsia por recusarem firmemente negar a Cristo e adorar o fogo, foram queimadas por ordem do mesmo rei. (344)




SANTOS MÁRTIRES DA MAURITÂNIA



Em Régia, na Mauritânia, no território hoje da Argélia, a paixão dos santos mártires que, na perseguição do rei ariano Genserico, foram massacrados na igreja num dia de Páscoa: entre eles estava o leitor que foi atravessado por uma flecha na garganta quando cantava do púlpito o «ALELUIA». séc. V

GERALDO, Santo




No mosteiro de Grand-Sauve, na Aquitânia hoje França, São GERALDO abade que pertencia ao mosteiro de Corbie quando foi eleito abade de Laon e, depois de santas peregrinações, se retirou na densa floresta. () 1095)

ALBERTO, Santo



Em Montecorvino, na Apúlia, Itália, Santo ALBERTO bispo que consagrou toda a sua vida à oração contínua a Deus e à solicitude pelo bem comum dos pobres. (1127)


CATARINA TOMÁS, Santa


Em Palma, ilha de Maiorca, Espanha, Santa CATARINA TOMÁS, virgem que entrando na Ordem das Canonisas Regrantes de Santo Agostinho, foi insigne no desprezo de si mesma e na abnegação da sua vontade. (1574)

MARIA CRESCÊNCIA (Ana) HOSS, Santa


Em Kaufbeuren, junto ao rio Wertach, na Baviera, Alemanha, santa MARIA CRESCÊNCIA (Ana) HOSS, virgem da Ordem Terceira de São Francisco que procurou comunicar aos outros fogo do Espírito Santo que nela ardia. (1744)


MARIANO DA MATA APARÍCIO, Beato



Em São Paulo. Brasil, o Beato MARIANO DA MATA APARÍCIO presbitero da Ordem de Santo Agostinho. (1983)


... E AINDA  ...


ANTÓNIO BLASI, Beato


Lo zelante mercedario, beato Antonio Blasi, arcivescovo di Atene, condusse una vita esemplare piena di virtù guidando il suo gregge verso la perfezione ed in questa città santamente andò in cielo. L’Ordine lo festeggia il 5 aprile


CONRADO DA SAXÓNIA e ESTÊVÃO DA HUNGRIA, Beatos

Francescani, vennero inviati a predicare la fede nell’Ircania, fra il Mar Caspio e il massiccio dell’Elburz, la cui popolazione, pur avendo ricevuto prestissimo la predicazione evangelica (secc. IV-VI), era in parte ricaduta nell’errore dopo lo scisma d’Oriente e la predicazione musulmana. Un giorno, mentre i due religiosi si recavano al luogo dove erano soliti tenere i loro discorsi, vennero assaliti da una turba di fanatici, che li strangolarono. Non si conosce con certezza la data del loro martirio, che si suol porre verso il 1288. Sono festeggiati il 5 aprile

RAIMUNDO DE MONTE OLIVA, Beato



Di origine catalana, il Beato Raimondo di Monteolivo, ricevette l’abito dalle mani di San Pietro Nolasco il 10 agosto 1218, giorno stesso della fondazione dell’Ordine Mercedario. Questo cavaliere laico consacrato al servizio di Dio diede grande esempio di austerità e buone azioni per tutta la sua vita finché si addormentò nel Signore sotto il generalato del Beato Guglielmo de Bas.
L’Ordine lo festeggia il 5 aprile




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Localização do Bairro do Viso - Porto 




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las



BOM ANO DE 2019





  






Igreja Evangélica 

na Praça Coronel Pacheco - PORTO


ANTÓNIO FONSECA

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Nº 35 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 4 DE ABRIL DE 2019,

Nº  35 

DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 4 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



32º Bispo do Porto




  


   


DOM DIOGO DE SOUSA

Bispo do Porto
1496-1505



No livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopal" aparece apenas a indicação complementar de que este Bispo DOM DIOGO DE SOUSA terá exercido essas funções durante cerca de 9 anos de 1496 até 1505.

No índice EPISCOLÓGICO figura como 33º Bispo do Porto

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Na WIKIPÉDIA encontrei a referência a este Bispo DOM DIOGO DE SOUSAque transcrevo em seguida. As fotos aqui inseridas foram também recolhidas através da WIKIPÉDIA

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DIOGO DE SOUSA (1491-1532) foi Bispo do Porto de 1496 a 1505 e depois Arcebispo de Braga desde essa data até à sua morte.


DOM DIOGO DE SOUSA nasceu, provavelmente em Figueiró dos Vinhos no ano de 1461, fez os seus estudos preparatórios em Évora e completou-os superiormente nas universidades de Salamanca e de Paris, onde se doutorou.
Foi Deão da capela real de Dom João II de Portugal, participou nas embaixadas de obediência ao papa ALEXANDRE VI e JÚLIO II e foi capelão-mor da rainha Dona Maria, segunda mulher do rei Dom Manuel. Foi ainda Bispo do Porto tornando-se Arcebispo de Braga em 1505, quando reinava Dom Manuel.
O Papa JÚLIO II endereçou ao Cabido Bracarense e aos súbditos da Igreja de Braga no dia 11 de Julho de 1505 uma Bula, Hodie Venerabilem, para que reconhecessem a Dom DIOGO DE SOUSA como seu Arcebispo.
Foi pela sua acção notável que a cidade rompeu a cintura de muralhas medieval, e se alargou extra-muros. Construiu fora das muralhas uma nova cidade, com novos e arejados espaços que perduram até hoje. São da sua responsabilidade o Campo dos remédios (Largo Carlos Amarante), o Campo da Vinha (Praça Conde de Agrolongo), o Largo das Carvalheiras e o Campo de Santana (Avenida Central). Também mandou abrir novas ruas e até uma nova porta da cidade, o Arco da Porta Nova. Construiu novas igrejas fora de muros como a Senhora-a-Branca.
Na Sé de Braga, é responsável pela construção da actual capela-mor e também dos túmulos dos pais de Dom Afonso Henriques  (1º rei de Portugal), Dom Henrique de Borgonha, conde Portucale e Dona Teresa de Leão.
Considerando a ignorância um mal, empenhou-se em instruir o clero e fundar um grande colégio. Para tal, aconselhou o rei Dom João III a fundar este grande colégio nas cidades de Braga ou do Porto, devendo este ser dotado de mestres de teologia e de todas as artes e ciências. Para este fim auxiliaria o rei  caso escolhesse Braga. Em 1531, fundou finalmente o colégio de São Paulo, sendo o ensino grátis para toda a pessoa que quisesse aprender quer fosse da cidade ou de fora.
Como Bispo do Porto, ordenou a impressão das Constituições e os Evangelhos e Epístolas com suas Exposições em Romance, ambas as obras impressas no Porto em 1497 por Rodrigo Álvares.
Dom DIOGO DE SOUSA foi, sem dúvida, um grande protector das artes e das letras e um espírito iluminado e empreendedor no seu tempo.



Morreu a 19 de Junho de 1532 e está sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, da Sé de Braga.




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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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