sexta-feira, 5 de abril de 2019

Nº 36 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 5 DE ABRIL DE 2019,

Nº  36 

DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 5 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



33º Bispo do Porto



DOM DIOGO (Álvares) DA COSTA 
ou
DOM ANTÓNIO (Álvares) DA COSTA


Bispo do Porto
1505-1507



No livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopal" aparece apenas a indicação complementar de que este Bispo DOM DIOGO DA COSTA terá exercido essas funções durante cerca de 2 Anos de 1505 até 1507.
Na CRONOLOGIA DOS BISPOS DO PORTO aparece um DOM DIOGO DA COSTA que teria sido Bispo do Porto  de 1505 a 1507 sob o Nº 34 (...)

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  1. Diogo (II) Álvares da Costa (1505), sobrinho do cardeal de Alpedrinha, morreu sem tomar posse
  2. António (I) Álvares da Costa (1505-1507), sobrinho do cardeal de Alpedrinha
  3. Pedro (VI) Álvares da Costa (1507-1535), sobrinho do cardeal de Alpedrinha, também bispo de Léon e de Osna


No entanto na WIKIPÉDIA encontrei a referência de um Bispo Dom DIOGO (II) ÁLVARES DA COSTA (1505) sobrinho do cardeal de Alpedrinha (*), que morreu sem tomar posse.
A seguir (na mesma lista) figura um Bispo Dom ANTÓNIO (I) ÁLVARES DA COSTA (1505-1507) também sobrinho do cardeal de Alpedrinha (*) - sem qualquer outra indicação; e, ainda um outro Bispo Dom PEDRO (V) ÁLVARES DA COSTA (1507-1535),(**) igualmente sobrinho do Cardeal de Alpedrinha (*), que terá sido também Bispo de Léon e de Osna.

Consequentemente deduzo que haverá aqui alguma discrepância numa ou noutra fonte, mas, quem sou eu, para duvidar

Aproveito para transcrever o que se diz na WIKIPÉDIA sobre o referido por 3 vezes no parágrafo anterior como saber quem terá sido o Cardeal de Alpedrinha (*), o que, se calhar, é capaz de lançar alguma confusão maior do que esta; porém, cabe-me a mim - julgo eu - colocar todos os elementos nesta história, para que alguém possa estudar o assunto...

Assim em seguida vou transcrever o que diz a WIKIPÉDIA:

JORGE DA COSTA - Alpedrinha - Fundão, 106 - Roma, 19 de Setembro de 1508), mais conhecido como CARDEAL DE ALPEDRINHA, foi um Arcebispo de Braga e de Lisboa, e também Cardeal.




Brasão de JORGE DA COSTA no Bom Jesus, Braga

Dom JORGE DA COSTA nasceu com o nome de JORGE MARTINS em 1406, na vila beiroa de Alpedrinha, sendo um dos 15 filhos e filhas de Martim Vaz, almocreve e caseiro duma quinta chamada da Costa, em Alpedrinha, Fundão, da qual depois Dom JORGE tomou o nome, seguido por toda a sua família. 
Segundo Damião de Góis, os pais «eram gente muito baixa, popular e pobre». Mas não era como se diz, filho de Catarina Gonçalves, forneira, a documentada mãe de seus meios irmãos. Não tanto por esta Catarina Gonçalves ainda estar viva em 1492, porque poderia ter a longevidade do filho, mas por se documentar mãe de Catarina da Costa a qual casou apenas em 1468, pelo que Catarina Gonçalves foi apenas madrasta do Cardeal de Alpedrinha e mãe de seus meio-irmãos, substancialmente mais novos do que ele. Entre eles contam-se Jorge Vaz, depois também Jorge da Costa quando foi arcebispo de Braga (1486-1501), Martim Vaz (1434-28/11/1521), depois Martinho da Costa quando foi Arcebispo de Lisboa (1500-1521), a sobredita Catarina da Costa, que em 1468 casou com Pedro de Albuquerque, irmão do 1º Conde de Penamacor, sendo que a 28 de Março de 1468, Dom Afonso V confirmou o contrato de casamento e de dote  e Arras, celebrado entre Pedro de Albuquerque, fidalgo da sua Casa, filho de Dom João de Albuquerque com Catarina da Costa, irmão de Dom JORGE, arcebispo de Lisboa, do seu Conselho. Isabel da Costa que casou com Dom João de Sottomayor, filho do 1º Conde de Caminha, Luísa (Vaz) da Costa, que casou com Dom Cristóvão de Cardenas, Isabel (Vaz) da Costa, primeira mulhewr do galego Pedro Álvares Marinho de Valadares, sem geração e Margarida Vaz, nascida cerca de 1450 a 1455 (portanto 44 anos a 49 anos mais nova do que seu meio-irmão) que casou cerca de 1480 com Lopo Álvares (Feio), com geração
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Ainda muito novo fugiu de casa de seus pais e foi guardar porcos para Santarém, e depois serrvir um estudante de Lisboa, onde então estava a Universidade. Aqui estudou Latim, Filosofia e Teologia no Hospício de santo Elói e cedo se revelou a sua grande inteligência. nEm pouco tempo já dava explicações de Latim a estudantes pobres, conseguindo assi m algumas receitas que lhe permitiram seguir os estudos. Quando os Cónegos de santo Agostinho tomaram posse do Hospício de Santo Elói, onde ele estava, deram-lhe uma capelania no próprio mosteiro, então aí fundado. Dotado de invulgares qualidades, a sua fama de Latinista levou Dom Afonso V, junto do qual veio a ter oi maior valimento e a serr também Conselheiro e Confessor, a chamá-lo em 1445 para Mestre-Capelão de sua irmã a Infanta Dona Catarina, por indicação do seu Reitor. Foi, também, Diplomata e estudou em Paris.
Foi prelado em várias dioceses: 39º Bispo de Évora (1463-1464); 8º Arcebispo de Lisboa (1464-1501) e 35º Arcebispo de Braga (1501-1508), administrador das arquidioceses a partir de Roma. Foi feito Cardeal pelo papa SISTO IV, em 18 de Dezembro de 1476, com o título dos Santos Marcelino e Pedro. Seu irmão Dom MARTINHO DA COSTA, falecido em Gibraltar, foi também 9º Arcebispo de Lisboa, e seu irmão Dom JORGE VAZ DA COSTA foi também 34º Arcebispo de Braga.
Por se haver inimistado com o filho e sucessor daquele, o rei Dom João II, exilou-se em Roma, a partir de 1468, monde acabou por passar o resto da sua vida, governando a partir da Cúria Romana as arquidioceses. Aí obteve o governo sucessivo de várias dioceses suburbicárias de Roma: Albano, Frascati e Porto-Santa Rufina, onde o seu prestigiuo e poder foi crescendo, não tendo sido papa porque recusou. 
O Papa ALEXANDRE VI deu-lhe o governo de toda a Igfreja Portuguesa e Dom JORGE chegou a sr ao mesmo tempo, Arcebispo de Braga e de Lisboa, Bispo de Évora, Porto, Viseu, Algarve e Ceuta, Dom Abade de Alcobaça e de mais cinco Abadias e de inúmeros Priorados, nomeadamente a Colegiada de Guimarães, Igrejas e Conezias (embora aqui se estabeleça alguma confusão entre si e seu irmão homónimo), conseguindo, ao longo dos seus 103 anos de vida, uma imensa fortuna para si e para toda a sua família.
Deve-se a Dom JORGE DA COSTA a criação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com todo o apoio que deu à rainha Dona Leonor, tendo, para o efeito, movido influências em Roma para a nova instituição surgida em Portugal tivesse o reconhecimento do Papa. O Cardeal Dom JORGE DA COSTA usou por Armas um escudo eclesiástico com a roda de navalhas de santa Catarina, usado também por seus irmãos Arcebispos e sobrinhos Bispos e restantes parentes eclesiásticos. Mais tarde, a sua familia usou estas armas partidas com as dos da Costa, a que não tinham direito, ficando: partido, o primeiro de azul, com uma roda de santa Catarina de ouro, amada de prata; o segundo de vermelho, com seis costas de prata, postas duas a duas e firmadas nos flancos; timbre de duas costas de prata, passadas em aspa e atadas de vermelho.
Dom JORGE DA COSTA morreu aos 102 anos de idade, a 19 de Setembro de 1508 em Roma, onde está sepultado num túmulo magnifico, na Igreja de santa Maria del Populo.

NOTA: Participou no Conclave de 1484 para eleição do Papa INOCÊNCIO VIII; no de 1492 para eleição do papa ALEXANDRE VI; no de Setembro de 1503 para eleição do papa PIO III e no de Outubro de 1503 para eleição do Papa JÚLIO II.




Túmulo de Jorge da Costa na basílica Santa Maria del Popolo, em Roma





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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

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