sábado, 20 de abril de 2019

VIGÍLIA PASCAL - "WIKIPÉDIA" - NOITE DE SÁBADO DE ALELUIA - 20 DE ABRIL DE 2019

Vigília pascal

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Diácono canta o canto Exsultet.
Vigília de Páscoa, também chamado de Vigília Pascal ou a Grande Vigília, é a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, tanto que recebe o título de Mãe de todas as vígilias, por ser a primeira celebração oficial da Ressurreição de Jesus. Historicamente, é durante essa celebração que as pessoas (especialmente adultos) são batizados e adultos catecúmenos são recebidos em plena comunhão com a Igreja. É realizada nas horas de escuridão entre pôr-do-sol no Sábado Santo e o amanhecer da Páscoa. É marcada pela primeira entoação desde o início da Quaresma do Glória e do Aleluia, uma característica litúrgica do Tempo Pascal. Do mesmo modo na Ortodoxia Oriental, a Divina Liturgia, que é celebrada durante a Vigília de Páscoa é a mais importante e elaborada do ano eclesiástico.

Na Igreja Católica Apostólica Romana[editar | editar código-fonte]

Na tradição Católica romana, a Vigília Pascal consiste de quatro partes:
1) Liturgia da Luz
2) Liturgia da Palavra ou Celebração da Palavra
3) Liturgia Batismal ou Celebração da Água
4) Liturgia Eucarística ou Celebração da Eucaristia
A vigília começa após o pôr-do-sol no Sábado Santo fora da igreja, onde o fogo ou fogueira é abençoada pelo celebrante. Este novo fogo simboliza o esplendor do Cristo ressuscitado dissipando as trevas do pecado e da morte. O Círio pascal ou (vela pascal) é abençoado com um rito muito antigo. Esta vela pascal será usada em todo o Tempo Pascal, permanecendo no santuário da igreja, e durante todo o ano em batismosCrismas e funerais, lembrando a todos que Cristo é a "luz do mundo". Assim que a vela for acesa segue o antigo rito do Lucernário, em que a vela é carregada por um sacerdote ou diácono através da nave da igreja, em completa escuridão, parando três vezes e cantando a aclamação: "Lumen Christi" ou Luz de Cristo (em português), ao qual a assembleia responde "Deo Gratias" (Graças a Deus). A vela prossegue através da igreja, e os presentes portam velas que são acesas no Círio pascal. Como este gesto simbólico representa a "Luz de Cristo" se espalhando por todos, a escuridão é diminuída. Assim que a vela foi colocada num lugar dignamente preparado no santuário, ela é incensada pelo diácono, que entoa solenemente o canto Exsultet, de tradição milenar. Ele é conhecido também como Proclamação da Páscoa, ou Pregão Pascal. Nele, a Igreja pede que as forças do céu exultem a vitória de Cristo sobre a morte, passando pela libertação do Egito e até mesmo agradecendo a Adão pelo seu pecado "indispensável", pois as consequências de tal pecado foram o motivo da vinda de Cristo.

Precônio Pascal[editar | editar código-fonte]

É o texto da Proclamação da Páscoa, proferido pelo Celebrante ou Diácono durante a liturgia da Luz em forma de cântico. Eis o texto:
Ao findar do canto. apagam-se as velas e inicia-se a Liturgia da Palavra. A Liturgia da Palavra é composta de sete leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de toda a História da Salvação. Cada leitura é seguida por um salmo e uma oração relativa a aquilo que foi lido. Depois de concluir estas leituras, é entoado solenemente o Gloria in excelsis Deo (Glória a Deus nas alturas). Os sinos, sinetas e campainhas da igreja devem ser tocados. É a primeira vez que se entoa o "Glória" desde a Quarta-feira de Cinzas, com exceção da Quinta-feira Santa. (No pré-rito Vaticano II, as imagens, que foram cobertas, são revelados neste momento). Uma leitura da epístola aos Romanos é lida, e se segue o canto do Salmo 118. O Aleluia então é cantado pelo celebrante, também de forma muito solene, pois também não é cantado desde o início da Quaresma. Após a celebração da Liturgia da Palavra,se entoa a ladainha de todos os santos, em seguida a água da pia baptismal é solenemente abençoada e quaisquer catecúmenos e candidatos à plena comunhão são iniciados na Igreja, pelo batismo ou confirmação. Após a celebração destes sacramentos da iniciação, a congregação renova os seus votos batismais e recebem a aspersão da água batismal. A oração dos fiéis (do qual os recém-batizados são agora uma parte) se seguem. Depois da oração, a Liturgia Eucarística continua como de costume, sendo tradição a utilização da Oração Eucarística I, ou Cânon Romano, a mais solene de todas. Esta é a primeira missa do dia da Páscoa. Durante a Eucaristia, o recém-batizados adultos recebem a Sagrada Comunhão pela primeira vez, podendo ou não serem crismados também. De acordo com as rubricas do Missal, a Eucaristia deve terminar antes do amanhecer.

Igrejas católicas orientais[editar | editar código-fonte]

A Páscoa na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas orientais é referida como Pascha. Note que na tradição bizantina, o que corresponde estruturalmente a Vigília pascal da Igreja latina é a Vesperal Liturgia do Sábado Santo, comemorada no sábado de manhã (como foi a Vigília na Igreja Católica Romana até 1955). Esta é a celebração que inclui as longas séries de leituras do Antigo Testamento e os ritos do Batismo, como no Ocidente. Embora a Igreja Católica Romana pratique atualmente a celebração da Vigília pascal durante a noite. A Vesperal Liturgia reconta a angustiante do inferno, foi o momento, de acordo com a teologia Ortodoxa, que os justos mortos foram autorizados a deixar Lúcifer e a entrar no Paraíso. A boa nova de Jesus Cristo, do triunfo sobre a morte, a Igreja ensina, foi somente nessa altura revelada a partida. A revelação ocorreu quando foi descoberto o seu túmulo vazio "muito cedo de manhã, no primeiro dia da semana" (Mc 16:2). A Vigília Pascal é o recontamento da descoberta do túmulo vazio. Por esta razão, embora tecnicamente a festa de Pascha começa na Vesperal Liturgia, a saudação pascal não é trocada.
Bênção da Páscoa em Igreja Católica de Lvov.
A ordem da Vigília Pascal para os ortodoxos e orientais é a seguinte (com algumas pequenas variações locais):
  • 1) O ofício da meia-noite é celebrado no Sábado Santo pouco antes da meia-noite. Na sua conclusão, todas as luzes da igreja são extintas, exceto a sobre o Santo altar, e todos esperam em silêncio na escuridão.
  • 2) No golpe da meia-noite, o padre vai com o turíbulo ao redor do Santo Altar, e acende sua vela chama da vela do altar. Então, todo o clero e as pessoas saem da igreja e vão em procissão cantando um hino da ressurreição: "Tua ressurreição, ó Cristo, nosso salvador, os anjos no céu cantam; permiti-nos sobre a terra Ti glorificar com Pureza de coração."Durante a procissão os sinos tocam incessantemente. Esta procissão reconta a jornada ao Túmulo de Cristo.
  • 3) Antes na frente da porta da igreja, o chefe celebrante dá a bênção para o inicio a matins. O clero, seguido pelo povo, cantam, a saudação pascal "Cristo ressuscitou!""Verdadeiramente Ele ressuscitou!", é tocada pela primeira vez. Então, todos entram na igreja cantando.
  • 4) O resto da Matins é celebrada de acordo com especial pascal rubricas. Tudo que a celebração se destina é ser exultante e cheia de luz. Nada é lido, mas tudo é cantado. Durante a celebração, o sacerdote icensa a Igreja.
  • 5) As Horas pascais são cantadas. Estas são completamente diferentes do que em qualquer outra altura do ano.
  • 6) A Divina Liturgia de São João Crisóstomo é celebrada como de costume, mas com características especiais que são únicos para a época pascal. No final da celebração, o sacerdote abençoa o Artos, uma grande fatia de pão, que representa a ressureição de Cristo. Em seguida, fixado ao lado do ícone da Ressurreição e é venerado pelos fiéis em todo Santa Semana. As velas acesas à meia-noite são detidas pelas pessoas ao longo de todo a celebração, tal como é feita pelos recém-batizados. Durante a Vigília, normalmente perto do final da Matins, a pascal Homilia de São João Crisóstomo é proclamada. Na sequência da emissão da Divina Liturgia, ovos abençoados que foram tingidos de vermelho são normalmente distribuídos à população para a quebra do Grande jejum da Quaresma, e cestas de alimentos para a festa que se segue são abençoados com água benta. A celebração geralmente termina em torno de 4:00 da manhã. Mas no domingo tarde há um especial, Vésperas pascais, em que o Evangelho é cantado em muitas línguas.
A semana que começa no domingo de Pascha é chamada Feliz Semana ou Semana iluminada, e são considerados contínuos dias. As Santas Portas dos Iconóstase são deixadas em aberto a semana, sendo fechada apenas no final da Nona Hora do sábado.

Referências

SÁBADO DE ALELUIA - "WIKIPÉDIA" - 20 DE ABRIL DE 2019

Sábado de Aleluia

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Jesus no túmulo.
Capela de Nossa Senhora da Doutrina - Igreja de São Roqueem Lisboa.
Sábado de Aleluia (em latimSabbatum Sanctum), conhecido como dia de descanso, também como Sábado SantoSábado Negro e Véspera da Páscoa,[1] é o dia seguinte à Sexta-Feira Santa e anterior à Páscoa. É o último dia da Semana Santa, na qual os cristãos se preparam para a celebração da Páscoa. Nele se celebra o dia que o corpo de Jesus Cristo permaneceu sepultado no túmulo.
Ele também é por vezes chamado de Sábado de Páscoa,[2]embora este título seja mais apropriado, no contexto do calendário religioso, para o Sábado da Semana de Páscoa.[3]
Para alguns cristãos, particularmente os católicos, foi neste dia que a Virgem Maria, como Nossa Senhora das Dores, recebeu o título de "Nossa Senhora da Solidão", uma referência ao profundo sentimento de solidão associado ao seu luto e tristeza.

Práticas ocidentais[editar | editar código-fonte]

Nas igrejas católicas romanas, todo o coro (inclusive o altar) permanece sem decoração nenhuma (a partir da missa da Quinta-Feira Santa) e a administração dos sacramentos é bastante limitada. A Eucaristia depois do serviço litúrgico da Sexta-Feira Santa é dada apenas aos moribundos (viático). Batismosconfissões e a Unção dos Enfermos também podem ser administradas por que eles, como o viático, asseguram a salvação dos que estão para morrer.
As missas são limitadas e nenhuma é realizada na liturgia normal neste dia, embora a missa possa ser dita numa Sexta-Feira Santa ou no Sábado de Aleluia em casos extremamente graves ou numa situação solene com a autorização da Santa Sé ou do bispo local. Muitas igrejas da Comunhão Anglicana assim como diversas LuteranasMetodistas e mais algumas outras denominações cristãs também segue estes costumes; porém, seus altares podem ser cobertos com panos negros ao invés de terem a decoração retirada.
Em algumas igrejas anglicanas, incluindo a Igreja Episcopal dos Estados Unidos, uma liturgia da palavra muito simples se realiza neste dia, com leituras comemorando o enterro de Jesus. Os ofícios diários também são observados. O Livro da Oração Comum anglicano chama este dia de "Véspera da Páscoa".
Entre os católicos filipinos, o Sábado de Aleluia é chamado de "Sábado Negro", um sinal de luto. Depois das alterações litúrgicas proclamadas pelo Concílio Vaticano II, o termo "Sábado Glorioso" também passou a ser amplamente utilizado, uma lembrança do corpo glorioso de Jesus na Vigília de Páscoa.
Em termos litúrgicos, o Sábado Santo vai até às 18:00 (crepúsculo), quando se celebra a Vigília de Páscoa e se inicia oficialmente a Época da Páscoa. As rubricas[4] afirmam que a Vigília deve acontecer depois do anoitecer e terminar antes do amanhecer. O serviço pode começar com fogo e o acendimento do novo Círio Pascal. Na observância católica e em algumas anglicanas, a missa é a primeira a ser realizada desde a Quinta-Feira Santa e nela, o "Glória" - que permaneceu ausente durante toda a Quaresma - volta a ser utilizado e é durante o canto que as imagens e ícones, que estavam cobertos de mantos púrpuras fora do coro e do altar durante a Época da Paixão, são novamente revelados para alegria dos fieis. Algumas igrejas anglicanas preferem celebrar a Páscoa e o acendimento do novo Círio ao amanhecer da Páscoa. É comum que se realizem batismos ou renovações de votos batismais nesta missa.

Práticas orientais[editar | editar código-fonte]

Epitaphios russo.
Descida de Cristo ao Inferno. Segundo a tradição, foi no Sábado de Aleluia que Jesus resgatou as almas presas no inferno. Aos seus pés, os portões destruídos.
Ícone do fim do século XIV atualmente no Museu de Arte Walters, em Baltimore.
Na Ortodoxia, este dia, conhecido como Grande e Santo Sábado, é chamado também de Grande Sabá (veja Sabá bíblico), pois foi neste dia que Jesus "descansou" . Nas tradições coptasetíope e eritreia, este dia é conhecido como Sábado de Alegria.
As matinas do Grande e Santo Sábado (geralmente realizadas na noite de sexta por conta de antigas tradições eclesiásticas que remontam aos costumes judaicos) se realiza na forma de um serviço funeral para Cristo. O serviço todo se realiza à volta do epitaphios, um ícone na forma de um tecido bordado com a imagem de Cristo sendo preparado para o sepultamento. Na primeira parte do serviço se canta o Salmo 119 (118) com hinos (enkomia) intercalados entre os versículos. O tema central da cerimônia não é tanto de luto, mas de vigilante expectativa:[5]
Hoje vós não guardareis santo o sétimo dia,
Que vós abençoastes desde sempre repousando de vossa labuta.
Vós criastes tudo e vós renovastes todas as coisas,
Observando o descanso sabático, meu Salvador, e restaurando a força.
 
— Matinas, Cânon do Grande e Santo Sábado, Ode 4.
No final das matinas, depois das laudes, no fim da Grande Doxologia, o Epitaphios é erguido e levado em procissão para fora da igreja, circundando-a, enquanto todos cantam o Trisagion, exatamente como se faz num enterro cristão ortodoxo.
Na manhã de sábado, uma véspera da Divina Liturgia de São Basílio, o Grande é celebrada, chamada de serviço da Primeira Ressurreição (em gregoἩ Πρώτη Ἀνάστασις), chamado assim por ser mais antigo que o serviço criado por São João Damasceno depois e não por ocorrer antes liturgicamente[6]
É a mais longa Divina Liturgia do ano e também a última. Depois da Pequena Entrada, são feitas quinze leituras do Antigo Testamento que relembram a história da salvação. Imediatamente antes da leitura do evangelho (Mateus 28:1-20), o antepêndio, a toalha do altar e as vestimentas são trocadas do negro para o branco e o diácono incensa a igreja com o turíbulo. Na tradição grega, os clérigos espalham folhas de louro e pétalas de flores por toda a igreja para simbolizar os cacos dos portões e os grilhões rompidos do inferno e a vitória de Jesus sobre a morte. Apesar de a atmosfera litúrgica ir mudando da tristeza para a alegria neste serviço, a saudação pascal "Cristo ressuscitou!" só será trocada depois da Vigília de Páscoa à noite e os fieis continuam jejuando. O motivo é que a Divina Liturgia do Grande e Santo Sábado representa a proclamação da vitória de Jesus sobre a morte para os que estavam no inferno, mas a Ressurreição ainda não havia sido anunciada para os que estavam na terra.
À tarde, os fieis tradicionalmente se reúnem na igreja para a leitura completa dos Atos dos Apóstolos. Antes da meia-noite, a Vigília começa com o Ofício da Meia-Noite, durante o qual o Cânon do Santo Sábado é repetido. Então, todas as velas e luzes da igreja são apagadas e todos esperam no escuro e em silêncio a proclamação da Ressurreição de Jesus.

Tradições culturais[editar | editar código-fonte]

A "Święconka", que significa "benção das cestas de Páscoa", ocorre no Sábado de Aleluia e é uma das mais antigas e amadas tradições polonesas.

Referências

  1.  «Public Report on Audience Complaints and Comments, April-June 2006» (PDF)Australian Broadcasting Corporation. Consultado em 4 de maio de 2013
  2.  Como em Nova Gales do Sul (Public Holidays Act 2010)
  3.  «Confusing Easter Dates». The Liturgical Commission of the Roman Catholic Archdiocese of Brisbane. Consultado em 25 de abril de 2011
  4.  Roman Missal, 3rd Edition. [S.l.: s.n.]

Nº 51 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 20 DE ABRIL DE 2019,

Nº  51


DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 20 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



48º Bispo do Porto





DOM 
FREI JOSÉ DE SANTA MARIA SALDANHA 


Bispo do Porto
1697-1708




Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA consta apenas o seguinte:



Frei José (I) de 
Santa Maria de SaldanhaO.F.M. (1697-1708)



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No livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopal" na CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo)  do Bispo Frei José (I) de Santa Maria de Saldanha(1697-1708) e também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 11 Anos de 1697 até 1708. 



A transcrição é como segue:


DOM FREI JOSÉ DE SANTA MARIA SALDANHA terá nascido por volta de 1650. Era filho de Luís Saldanha, comendador de Salvaterra do Extremo (concelho de Idanha-a-Nova) e de Alcains (concelho de Castelo Branco), e membro da casa da rainha Dona Luísa de Gusmão, e da sua segunda mulher Dona Violante Mendonça.
Era franciscano capucho da Província de Santo António da Ordem dos Frades Menores, em Lisboa, instituição onde exerceu o cargo de lente em artes e teologia.
A 6 de Março de 1690, foi confirmado Bispo do Funchal pelo papa ALEXANDRE VIII e sagrado na Igreja de Santo António dos Capuchos, em Lisboa, a 25 de Julho do mesmo ano, pelo cardeal Dom VERÍSSIMO DE LENCASTRE arcebispo resignatário de Braga e inquisidor geral. Tomou posse dessa diocese em Março de 1691, e, nese mesmo ano, empreendeu a primeira de várias visitas pastorais. sabe-se que durante esssa visita, e no espítito de partilha de responsabilidades entre a Inquisikção e os prelados  em matéria de censura, DOM FREI JOSÉ DE SANTA MARIA SALDANHA apreendeu um manuscripto de magica, e o queimou e absolveo a pessoa que o tinha. Em 1695 celebrou um sínodo diocesano.
Em Agosto de 1696 DOM FREI JOSÉ DE SANTA MARIA SALDANHA seria transferido para o Porto, após apresentação de Dom Pedro II. Foi confirmado a 17 de Dezembro desse mesmo ano, tendo o papa INOCÊNCIO XII enviado uma bula ao cabido portuense para que reconhecesse DOM FREI JOSÉ como prelado da diocese. Tomou posse do assento episcopal a 19 de Março de 1697 e fez a sua entrada solene, pela Porta Nova da cidade, a 16 de Maio seguinte.
Durante o governo de DOM FREI JOSÉ DE SANTA MARIA realizaram-se as visitas pastorais, tendo o antístite ido pessoalmente às freguesias de Leça, em 1698, Gondalães, em 1700 e Gulpilhares em 1699 e 1705 e, provavelmente, às respectivas comarcas da Maia, Penafiel e Feira. Em 1701 também se deslocou à comarca de Sobretâmega, e, em 1703, visitou o próprio cabido. À semelhança dos seus antecessores DOM FREI JOSÉ procurou nestas visitas corrigir os comportamentos desviantes protagonizados pelos membros do clero, nomeadamente o modo como se trajavam, celebravam os ofícios divinos e administravam os sacramentos, em especial o da penitência, dando grande relevo ao papel do pároco como meio para atingir esse objectivo.  Recorreu ainda à publicação de capítulos gerais, nos livros de visitações, para tentar dissuadir os transgressores. Deu, de igual modo, especial atenção ao ensino da doutrina cristã, uma vez que muitos fiéis a ignoravam. Finalmente admoestou os fregueses por demonstrarem pouco decoro tanto na realização de actos sagrados na igreja, como no adro das mesmas.
DOM FREI JOSÉ DE SANTA MARIA não se preocupou só em corrigir os maus comportamentos dos seus diocesanos. de facto, acudiu aos mais necessitados através de esmolas, vestuário e alimentos, sobretudo durante os anos da Guerra de Sucessão ao trono de Espanha. (1701-1714).
Colaborou, também, na fundação do mosteiro de São José e Santa Teresa das Carmelitas Descalças, na cidade do Porto, tendo presidido à cerimónia do lançamento da primeira pedra do edifício em 1704.
DOM FREI JOSÉ fez obras na sacristia da catedral portuense dotando-a de peças de mobiliário, nomeadamente dois armários e quatro arcazes de pau-preto.
Apesar de ter ascendido às cátedras episcopais do Funchal e do Porto, DOM FREI JOSÉ DE SANTA MARIA SALDANHA continuou a usar sempre o hábito de burel dos franciscanos capuchos. Com efeito, o prelado parece não ter perdido a relação com a Ordem-Mãe, facto que justifica a existência de um retrato seu no convento de Santo António dos Capuchos de Lisboa. esse quadro a óleo tem a seguinte legenda:

"O Exmo e Revmº, Snr. D. FR. JOSÉ DE SANTA MARIA, da Illustre família dos Saldanhas, filho desta Santa Província, lente de Filosofia e Theologia, Bispo do Funchal e do Porto, de tanta virtude e santidade, que depois de morto esteve três dias exposto ao povo, comiç(...) (...)miração(*) de todos. Faleceu em 1700 (sic). 

(*) Existe uma ou mais falhas na escrita, só se percebendo o que está acima transcrito. 
(Nota de AF-18-4-2019)

Na realidade, DOM FREI JOSÉ faleceu a 28 de Setembro de 1708, no Porto, "com opinião de Santo", como assevera o cronista Dom António Caetano de Souza (SOUZA, 1721, t.I, s/p), e como a legenda transcrita sublinha.






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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...