sexta-feira, 26 de abril de 2019

Nº 57 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 26 DE ABRIL DE 2019,

Nº  57


DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 26 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



54º Bispo do Porto




DOM 
LOURENÇO CORREIA DE SÁ E BENEVIDES


Bispo do Porto
1796-1798




Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA consta apenas a indicação abaixo:


Lourenço Manuel Correia de Sá e Benevides
1796-1798

Dom LOURENÇO MANUEL CORREIA DE SÁ E BENEVIDES (Porto, 5 de Março de 1741) - Mesão Frio, 6 de Junho de 1798) foi eleito Bispo do Porto em 1795 e sagrado a 1 de Maio de 1796.

Escreveu: Carta pastoral aos seus diocesanos, Lisboa, 1796.

Filho do 3º Visconde de Asseca, Dom Diogo Correia de Sá e Benevides Velasco e de Dona Inês Isabel Virgínia da Hungria de Lancastre, filha de Luís César de Menezes e Dona Mariana de Lancastre






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Por outro lado no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopalna CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo)  do Bispo Dom LOURENÇO MANUEL CORREIA DE SÁ E BENEVIDESe também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 2 Anos de 1796 até 1798 




A transcrição é como segue:


Dom LOURENÇO MANUEL CORREIA DE SÁ E BENEVIDES nasceu no Porto a 5 de Março de 1741. Era neto de Dom Diogo Correia de Sá, 3º Visconde de Asseca e filho de Sebastião Correia de Sá e Benevides, tenente-general e governador interino das Armas do Porto e de Dona Clara Joana Aboim de Amorim Pereira Brito. Teve vários irmãos, destacando-se, entre eles, Dom JOSÉ INÁCIO CORREIA DE SÁ DE AMORIM PEREIRA que foi prior da Colegiada de Cedofeita e Dom DIOGO CORREIA DE SÁ DE AMORIM PEREIRA governador do castelo de São João Baptista da Foz.
Em 1779, DOM LOURENÇO CORREIA DE SÁ recebeu ordens em Braga, extra tempora, e era tercenário desse cabido.
DOM LOURENÇO pertencia ao Conselho régio e, tal como revela a legenda do seu retrato, era monsenhor da igreja patriarcal de Lisboa quando foi nomeado vigário capitular e governador da diocese do Porto, na sequência da morte de DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA em Junho de 1793.
Como vigário e governador, DOM LOURENÇO visitou algumas igrejas da Diocese, em 1794, revelando os capítulos gerais registados nos livros de visitações as preocupações do futuro Prelado, em especial com o ensino da doutrina cristã e a forma de vestir dos clérigos. No mesmo ano, mandou registar nos livros de visitações das freguesias inspeccionadas, um edital em que exortava o clero a ensinar a doutrina cristã e a trajar conforme as normas. De igual modo, instava os párocos a ministrar os rudimentos da fé às crianças, e aos adultos os conhecimentos necessários sobre serem cristãos e membros da sociedade civil.
Em 1795, DOM LOURENÇO CORREIA DE SÁ foi eleito bispo do Porto e, em Dezembro desse mesmo ano, recebeu as bulas pontifícias de confirmação. O Prelado tomou posse a 19 de Março de 1796 e foi sagrado em Lisboa, a 1 de maio seguinte. Ainda antes de chegar ao Porto DOM LOURENÇO expediu uma carta pastoral onde participava aos seus diocesanos a sua elevação à cátedra episcopal. Esta carta, de 14 páginas, foi publicada em Lisboa, na Oficina de António Rodrigues Galhardo. A 30 de Outubro  fez o Prelado a sua entrada solene na cidade.
Pelo decreto de 3 de Setembro de 1797 e pelo alvará de 7 de Dezembro do mesmo ano, o rei Dom João VI concedeu a DOM LOURENÇO, bem como a todos os seus sucessores e ao cabido portucalense, o direito de escolher um juiz privativo, de entre os Desembargadores da Relação da cidade, assim como um escrivão, para poderem cobrar os foros, rendas e outros rendimentos da Igreja. A necessidade de ter este juiz prendia-se com o facto de as mesas  episcopal, e capitular possuírem bens longe do Porto, e dispersos por vários Bispados, o que trazia não raro muitas dificuldades no que respeitava à cobrança e implicava, por vezes, a existência de demandas e a incontornável intervenção de um magistrado.
No cumprimento do seu múnus pastoral DOM LOURENÇO CORREIA DE SÁ iniciou a visita á Diocese, que nunca veio a concluir. De acordo com  a legenda do seu retrato, DOM LOURENÇO acabaria por ficar doente e por falecer a 6 de Junho de 1798, durante a visita à freguesia de São Nicolau de Mesão Frio. Contava então 57 anos. Por sua vontade foi sepultado, em campa rasa, na capela de Nossa Senhora das Dores, na igreja do antigo seminário de Nossa Senhora da Piedade, dos franciscanos do Varatojo, hoje Igreja paroquial de santa Cristina de Mesão Frio. Na sua sepultura encontra-se a seguinte inscrição:

"Aqui jaz o Excelentíssimo Senhor DOM LOURENÇO CORREI DE SÁ, Bispo do Porto".

Como referido, DOM LOURENÇO morreu no exercício "do perigoso ministério do successor dos apostolos" a que foi chamado, e que, também segundo as suas próprias palavras, era "uma das grandes maravilhas da omnipotência" (SILVA, 1860, p. 194).




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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Nº 3 8 2 0 _ SÉRIE DE 2019 - (116) - SANTOS DE CADA DIA - 26 DE ABRIL DE 2019 - Nº 170 DO 12º ANO

Caros Amigos



Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue

~







Nº  3 8 2 0


Série - 2019 - (nº 1  1  6)


26 de ABRIL de 2019 


SANTOS DE CADA DIA

Nº  1 7 0

12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos


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ANACLETO (ou CLETO), SANTO 
     


Em Roma, a comemoração de São CLETO ou ANACLETO, papa que foi o segundo sucessor do Apóstolo São PEDRO a presidir à Igreja Romana. (88)


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

Segundo a lista papal que nos conservou Santo IRENEU, ANACLETO seguiu LINO, imediato sucessor de São PEDRO. Também a lista apresentada por EUSÉBIO DE CESAREIA refere a mesma sucessão. A cronologia do seu pontificado é incerta. O mesmo EUSÉBIO lhe coloca a morte no ano duodécimo do reinado de Domiciano e fixa em doze anos a duração do seu episcopado, que pode portanto ser colocado aproximadamente entre os anos 79-91. O Livro Pontifical apresenta-o como de origem grega, nascido em Atenas, e acrescenta que ele, por reconhecimento para com São PEDRO mandou construir um monumento (memorial) sobre o túmulo do primeiro papa. segundo o Martirológio romano, ANACLETO distingue-se de CLETO e foram ambos mártires.


MARCELINO, Santo


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:


Papa de 296 a 304. Nada se sabe do seu pontificado. São-lhe atribuídas  duas decretais que são falsas. Um bispo donatista de Constantina (ano 400) e uma crónica também donatista de 427 acusam-no de ter desfalecido na perseguição de Diocleciano. A calúnia foi depois repetida e aceita por verdadeira. Santo AGOSTINHO e outros rejeitam porém tal acusação. O túmulo de MARCELINO teve culto na Igreja antiga em Roma. A omissão de MARCELINO em documentos que deviam citá-lo explica-se pela confusão com o nome de MARCELO.



Pedro de Rates, Santo




Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

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 Na Arquidiocese de Braga, venera-se hoje São PEDRO, chamado de Rates ou também São PEDRO MÁRTIR. É tido como primeiro bispo de Braga. Faltam completamente notícias seguras a seu respeito. Julga-se ter vivido no século V ou VI.



Pascásio Radberto, Santo




No mosteiro de Corbie, França São PASCÁSIO RADBERTO abade, que expôs com lucidez e clareza a doutrina do verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor no mistério da Eucaristia. (865)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

PASCÁSIO RADBERTO foi personagem considerável no seu tempo. Os historiadores da teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou para «esclarecer» o mistério da presença de Jesus no Santíssimo Sacramento.  Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834 para solucionar questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os sucessores de CARLOS MAGNO.
(...)
Nascera para escritor, tinha várias obras em preparação: «Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas Escrituras, que alimentou a minha juventude!». Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e continuando a escrever. Aí morreu a 26 de Abril de 865.


Basílio de Amaseia, Santo

Em Em Amaseia, no Ponto, hoje Turquia, São BASILIO ou BASILEU bispo e mártir no tempo do Imperador Licínio. (322). 
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

BASÍLIO ou BASILEU tomou parte em 314, nos sínodos de Gangres e de Neocesareia. Foi uma das principais vítimas da perseguição de Licínio sob o pretexto de ter dado esconderijo a uma cristã chamada GLAFIRA. Denunciado ao imperador pelo tribuno, foi condenado a que lhe cortassem a cabeça, na costa marítima.
(...)
os cristãos deram-lhe honrosa sepultura. (...)



DOMINGOS e GREGÓRIO, Beatos



Em Aragão, Espanha, os beatos DOMINGOS e GREGÓRIO presbiteros da Ordem dos Pregadores, que percorrendo juntamente várias povoações sem ouro nem prata e mendigando o alimento cada dia, anunciavam a todos a palavra de Deus. (séc. XIII)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O, de Braga:

DOMINGOS e GREGÓRIO, irmãos pregadores que viveram no primeiro século da Ordem, pertenciam a um convento de Castela.
Passaram por Aragão e foram evangelizar a gente que vivia em montanhas abruptas, últimos contrafortes dos Pirineus. Essa região fora reconquistada aos Mouros a partir de 1101. Ajudando-se um ao outro, estes dois religiosos viajavam sempre a pé, sem ouro nem prata; pediam o comer de cada dia e davam edificação com os exemplos da vida.
Mas um dia foram surpreendidos por uma trovoada, e não havia nenhum abrigo. Foram colocar-se na pendente dum rochedo ao lado do caminho. Mas, de repente, sobreveio um estalido horrível; mal tiveram tempo de se lançar um nos braços do outro, e caíram, esmagados sob o peso da massa enorme arrancada ao penedo.
Ao mesmo tempo houve maravilhas que provaram a santidade eminente destes dois homens. Os sinos das paróquias vizinhas dobraram sozinhos, anunciando, a morte destes dois servos de Deus. E um viajante descobriu uma grande luz, sobre o ponto em que se dera o acidente. Houve questões sobre a posse dos corpos das vítimas. No fim de tudo, tocou o privilégio de os possuir a paróquia de Bezians, onde eles foram sepultados. Em consequência dos milagres obtidos, o culto destes beatos fixou-se e PIO IX confirmou-o no principio do seu pontificado. Os dois nomes estão incluídos a 26 de Abril no Ano Dominicano.




PRIMITIVO, Santo


Em Gábi, na Via Prenestina, a trinta milhas de Roma, São PRIMITIVO mártir. (data incerta)


BASILEU, Santo


Em Amaseia, no Ponto - Turquia, São BASILEU bispo e mártir, no temnpo do imperador Licínio. (322)

RICÁRIO, Santo



Num ermo da floresta de Crécy, Amiens, França São RICÁRIO presbítero que, movido pela pregação dos monges escoceses, se converteu numa vida de penitência. (645)





GUILHERME e PEREGRINO, Santo



Em Fóggia, na Apúlia, Itália, os santos GUILHERME e PEREGRINO eremitas. (séc. XIII)


ESTÊVÃO, Santa


No mosteiro da Transfiguração, em Moscovo, Rússia, o sepultamento de Santo ESTÊVÃO bispo de Perm que para evangelizar os Zirianis inventou um alfabetizo para redigir as suas formas literárias, celebrou a liturgia na sua língua nativa, abateu os ídolos, erigiu templos e fortaleceu-os na verdade da fé. (1396)

RAFAEL ARNAIZ BARÓN, Santo



No mosteiro de São Pedro de Dueñas, em Palência, Espanha, São RAFAEL ARNAIZ BARÓN religioso da Ordem Cisterciense que, atingido por uma grave doença ainda durante o noviciado, suportou com firme paciência a sua precária saúde, confiando sempre em Deus. 


JÚLIO JUNYER PADERN, Beato




Em Montjuic, Gerona, Espanha, o beato JÚLUIO JUNYER PADERN presbitero da Sociedade Salesiana e mártir, que durante a perseguição contra a fé cristã, mereceu alcançar mediante o martírio a glória da vida eterna. (1938)


ESTANISLAU KUBISTA e LADISLAU GORAL, Beatos, 

   

No campo de concentração de Sachsenhausen, Berlim, Alemanha, o beato ESTANISLAU KUBISTA presbitero da Sociedade do Verbo Divino e mártir, que em tempo de guerra tratante a ocupação militar da Polónia opor um regime hostil a Deus, consumido por graves tormentos neste cárcere entregou a sua alma a Deus. Com ele é comemorado o beato LADISLAU GORAL bispo auxiliador de Lublin que no mesmo lugar e na mesma guerra defendeu corajosamente a dignidade do homem da fé, morrendo no carecer, em dia concerto, consumido pela enfermidades. (1942)


... E AINDA  ...



38 MÁRTIRES MERCEDÁRIOS DE AUTERIVE - FRANÇA


Nel convento di Sant’Eulalia di Auterive in Francia, 38 Santi mercedari furono uccisi con crudeli torture dagli Ugonotti e confessarono con il loro sangue la verità della fede cattolica unendosi alla corona dei martiri di Cristo nell’anno 1570

ALDA (Aldobrandesca), Beata

      
Nacque il 28 febbraio 1245 dal nobile Pietro Francesco Ponzi e da Agnese Bulgarini, alla quale Dio aveva mostrato in sogno di aver scelto la nascitura per sé; dopo essere stata educata e istruita con ogni cura, fu data in sposa al concittadino Bindo Bellanti, uomo «virtutibus ornatissimus», dal quale, però, non ebbe figli. Dopo la morte prematura del marito, A. vestì l'abito del Terz'Ordine degli Umiliati e si diede, ancor più di prima, a far vita penitente nella solitudine di una sua piccola proprietà, dove operò miracoli ed ebbe estasi e visioni. Passò gli ultimi anni nell'ospedale di S. Andrea, che in seguito fu detto di S. Onofrio, dedicandosi tutta al servizio dei poveri, degli infermi e dei pellegrini.
Alda morì il 26 aprile 1309 e fu sepolta nella chiesa di S. Tommaso in Siena, appartenente agli Umiliati. Le sue ossa nel 1489 furono levate da terra e poste in una parete a lato di un altare, da dove nel 1583 furono trasferite.
Il suo culto, oltre che a Siena e in altre città, ebbe molta diffusione nell'Ordine degli Umiliati



RAMON OROMÍ SULIÀ, Beato


    

Dacerdote, consulente per molti anni e anche segretario generale dell'Istituto. È stato direttore dell'Associazione della Sacra Famiglia della rivista Sacra Famiglia. Autore della prima biografia di San Giuseoppe Manyanet e altri scritti. Ha dedicato molti anni alla formazione scientifica e religiosa dei giovani. Predicatore zelante e propagatore delle glorie della Sacra Famiglia a favore delle famiglie. La rivoluzione lo ha sorpreso a Balneario de Vallfogona de Riucorp, ma da qui si rifugia a Barcellona. Qui il 26 aprile 1937 firma una dichiarazione confessando la sua identità sacerdotale. Deportato a S. Elia è poi ucciso Moncada, il 26 aprile 1937. I suoi resti sono stati gettati nella fossa comune
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Localização do Bairro do Viso - Porto 




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




BOM ANO DE 2019


  









Igreja de São Paulo do Viso

(Salão paroquial e Capela da Ressurreição)

P  O  R  T  O


ANTÓNIO FONSECA

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Nº 56 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 25 DE ABRIL DE 2019

Nº  56


DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 25 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



53º Bispo do Porto




DOM 
FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA


Bispo do Porto
1771-1793




Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA consta apenas a indicação abaixo:


JOÃO (X) RAFAEL DE MENDONÇA  (1771-1793)




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Por outro lado no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopalna CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo)  do Bispo DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA e também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 22 Anos de 1771 até 1793 




A transcrição é como segue:


DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA ou MENDÔÇA, nasceu em Lisboa, a 25 de Abril de 1717. e era filho de Nuno de Mendonça, 4º Conde de Vale dos reis, e da condessa Dona Leonor Maria Antónia de Noronha, filha de Dom Pedro de Noronha, 1º Marquês de Angeja e da marquesa Dona Isabel de Mendonça. Teve vários irmãos, entre eles Dom José Francisco Miguel António de Mendonça, 5º cardeal patriarca de Lisboa (1786-1808).
DOM FREI JOÃO RAFAEL tomou o hábito de religioso no convento de Santa Maria de Belém, na Ordem de São Jerónimo, onde professou. Estudou na Universidade de Coimbra tendo aí alcançado o grau de Doutor em Teologia. Foi eleito abade do colégio Jerónimo, nessa mesma cidade, função que exerceu em simultâneo com a docência universitária. Mais tarde renunciou ao ensino para ser abade do mosteiro de São Marcos, em São Silvestre do Campo, na diocese mondeguina. Posteriormente seria nomeado abade do mosteiro de Santa Maria de Belém, em Lisboa, a cuja reparação depois do terramoto de 1755, se dedicou com grande afinco. DOM FREI JOÃO RAFAEL concluiu a reedificação do seu cenóbio, merecendo os elogios do rei Dom José e de toda a Congregação de São Jerónimo acabando eleito, por duas vezes, geral e superior da referida Congregação.
Em 1770, a 7 de Agosto, foi eleito Prelado do recém-criado Bispado de Pinhel, não chegando, porém, a receber a bula da confirmação por ter sido transferido para o Porto, a 27 de maio de 1771. DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA foi confirmado pelo papa CLEMENTE XIV, em 29 de Julho desse ano, e sagrado em Lisboa, a 10 de Novembro seguinte. A entrada solene do novo bispo aconteceu apenas a 2 de Fevereiro de 1772.
Como pastor à frente dos destinos da Diocese Portuense, competiu-lhe dar execução ao breve do papa CLEMENTE XIV, de 21 de Julho de 1773, que extinguia a Companhia de Jesus. Em 1779, o extinto colégio de São Lourenço, que tinha pertencido aos Inacianos, foi comprado pelos Eremitas Descalços de Santo Agostinho à Universidade de Coimbra, que o havia recebido em doação após a extinção da Companhia.
Em maio de 1773, o marquês de Pombal decretou o fim da distinção entre cristãos-velhos e cristãos-novos. Em conformidade, revelou-se necessário que os Bispos das várias dioceses determinassem o novo modo de fazer as diligências de genere, tarefa que competiu a DOM FREI JOÃO RAFAEL.
Conseguiu o Bispo do Porto, aliado ao cabido, ao Bispo de Penafiel e ao colégio da Igreja Patriarcal, uma sentença favorável, em 1786, contra a Companhia dos Vinhos do Alto Douro que os tentava impedir de cobrar antigos privilégios. A argumentação do antístite portuense baseava-se no foral de Dom Manuel, de 20 de Junho de 1517, onde se garantiam os direitos de portagem, milheiros e maltosta.
Em 1779, DOM FREI JOÃO RAFAEL foi aclamado presidente da Irmandade de Clérigos nascida da união de três instituições, a saber:  a Confraria dos Clérigos Pobres de Nossa Senhora da Misericórdia, a Irmandade de São Filipe de Nery e a Confraria dos Clérigos de São Pedro. A 12 de Dezembro desse ano sagrou a respectiva igreja cuja construção se tinha iniciado em Junho de 1732. A sua ligação a esta Irmandade é testemunhada por um quadro que ainda hoje aí se conserva, e cuja legenda diz:

"O Ex.mº e R.mo Sr. D. Fr. Joaõ (sic) 1º desta ven.el Irmand.e foi aclamado prezid.te no anno de 1779 e no dito sagrou esta nossa (sic) igr.ª"

No exercício do múnus episcopal, DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA realizou várias visitas pastorais, deslocou-se pessoalmente a algumas freguesias da diocese e mandando vigários em seu nome a várias outras, Destas visitas resultaram diversos capítulos gerais, registados nos livros de visitações, que revela, a vontade do Prelado em corrigir os comportamentos dos clérigos, em especial dos sacerdotes, no que respeitava à forma como se vestiam, às suas obrigações na realização dos ofícios divinos e à administração dos sacramentos. Publicou, ainda, uma série de editais respeitantes a temas como a licença para confessar, o ensino da doutrina aos fiéis, a licença de matrimónio para os paroquianos, os assentos dos defuntos, ou a venda de alimentos às portas das igrejas em dias de jejum. Aos fregueses o Bispo portuense exigia-lhes  que não fizessem ou procurassem quem fizesse exorcismos e lesse o Evangelho a mulheres sem autorização do Prelado, e que não encomendassem missas ou sermões a quem lhes colocasse um preço.
A prelazia de DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA marcou um momento de grandes transformações na paisagem urbana do morro da Sé. De facto, em 1771, o Bispo mandou demolir o antigo paço episcopal para aí erguer um imponente edifício "desde (os) fundamentos", como refere a legenda do seu retrato, com uma majestosa escadaria interior, amplos salões e um grande número de salas e de quartos. A obra apenas em parte ficaria concluída durante o seu episcopado. A ascendência nobre do Prelado, testemunhada pelas suas armas de fé presentes em vários locais do paço, aliada á pompa característica do tempo ficam bem patentes no "palácio" construído.
Para além deste edifício, o Bispo ordenou a feitura do retábulo de talha dourada da capela de São Vicente da Sé. Decidiu, também, a construção da casa da câmara eclesiástica, junto ao paço, da casa do auditório e da livraria da mitra, colocando em todas elas as suas armas. despendeu ainda avultadas quantias no melhoramento das quintas do Prado (no Porto), de Santa Cruz (do Bispo) e de Penafiel.
DOM FREI JOÃO RAFAEL DE MENDONÇA faleceu no seu paço episcopal, a 6 de Junho de 1793, sendo sepultado no dia 9 desse mês na catedral, no jazigo dos Prelados portucalenses. Apesar da vasta obra edificada que deixou, Este Bispo seria recordado pelo seu carácter de esmoler, sendo apelidado de "pai dos pobres", e como "defensor incansável da imunidade eclesiástica" e "protector do carácter sacerdotal" 
(COSTA, 2001, p, 91)



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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...