quinta-feira, 2 de maio de 2019

Nº 3826 - Série de 201 - (122) - SANTOS DE CADA DIA - 2 de Maio de 2019 - Nº 176 DO 12º ANO

Caros Amigos



Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue

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Nº  3 8 2 6


Série - 2019 - (nº 1  2  2)


2 de MAIO de 2019


SANTOS DE CADA DIA

Nº  1 7 6

12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos


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MÊS DE MAIO MARIANO E DO ROSÁRIO


Como escreveu PAULO VI, quanto ao mês de MAIO:
MAIO é o mês em que nos templos e nas casas dos Católicos de todo o mundo se deve rezar mais fervorosamente o Rosário e no qual todos os cristãos deverão Venerar a MARIA, Mãe de Deus.





ATANÁSIO, Santo
     



 Memória de Santo ATANÁSIO bispo e doutor da Igreja, ilustríssimo pela santidade e doutrina, que, em Alexandria no Egipto, defendeu valorosamente a verdadeira fé desde o tempo de Constantino até ao imperador Valente e, suportando, muitas insidias dos arianos, foi várias vezes exilado. Regressado finalmente à Igreja que lhe tinha sido confiada, depois de ter combatido e sofrido muito com heróica paciência, no quadragésimo, sexto ano do seu sacerdócio descansou na paz de Cristo. (37) 

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

A vida deste denodado campeão da fé anda intimamente ligada a uma frase do Credo católico relativa à natureza divina de Jesus. É a afirmação da consubstancialidade do Pai e do Filho.
Santo ATANÁSIO nasceu em Alexandria, em 298, de família distinta; foi educado em casa do bispo e recebeu a formação literária na escola catequética e a espiritual entre os monges do deserto. Era pequeno de estatura, prodigiosamente inteligente e alimentado de cultura grega. «Este homem extraordinário é, a seguir aos Apóstolos, escreveu Newman, o instrumento principal de que Deus se serviu para fazer conhecer ao mundo a verdade».
Em 325 assiste, como diácono do seu bispo ALEXANDRE, ao Concílio de Niceia onde foi definida e consubstancialidade do Filho e do Pai, numa frase feliz que, parece, foi proposta pelo bispo espanhol ÓSIO, Cristo, segundo ela, é homooustos to Patri (grego) ou consubstantialis Pátri (latim). Santo ATANÁSIO será o grande defensor e soldado da afirmação.
Cinco vezes foi desterrado da pátria; de 45 anos do episcopado, passou 17 em exílios. Mas nunca deu um passo cobarde, e forma muitos os que não desfaleceram na confissão da verdadeira fé, graças ao seu exemplo e exortações. O cristianismo estava dividido, no seu tempo, em dois bandos principais, diametralmente opostos: os católicos, que aceitavam o Credo de Niceia, e os arianos, discípulos de Ário, que o recusavam. Formaram-se também grupos intermédios: semi-arianos e anti-niceianos. Santo ATANÁSIO foi o representante genuíno, o caudilho valente dos católicos.
Foi nomeado bispo de Alexandria em 328, quando EUSÉBIO DE NICOMÉDIA iniciava a sua luta contra o Concílio de Niceia. Santo ATANÁSIO sai-lhe no encalço, desde o principio, em favor da fé católica: e logo o ímpeto dos arianos se volta concretamente contra ele. CONSTANTINO assusta-se e julga que, para manter a paz cristã, é necessário desterrar ATANÁSIO para fora de Alexandria, o qual vem parar, no ano de 335, em Tréveros.
Passados dois anos, com a morte de CONSTANTINO (337/338), volta a Alexandria, para emigrar de novo, diante da violenta ocupação das igrejas por parte dos arianos eusebianos, a quem favorecia o imperador Constâncio.
Sai desterrado em 340 e dirige-se para Roma. este segundo desterro durou 90 meses e três dias. A 21 de Novembro de 346 pôde voltar à sua diocese, com júbilo do povo fiel. passa agora dez anos relativamente tranquilos, a década áurea da sua vida, quando exerce admirável actividade pastoral e literária, em favor da fé e do governo da sua diocese.
Em 356 tem novamente que fugir de Alexandria e oculta-se entre os monges do Egipto, porque um tal Siriano tinha entrado com 5 000 homens na sua catedral e ameaçava dar-lhe a morte. Este terceiro desterro dura seis anos. Dos refúgios inacessíveis do deserto de Nitri continuou a governar a diocese e a instruir o mundo católico com cartas e estudos. escreve aos bispo do Egipto e da Líbia, ao imperador, a Leôncio de Antioquia e aos monges.
Em 362 volta de novo á cidade, entre as aclamações delirantes do povo: mas depressa tem de começar o quarto desterro, porque Julião o Apóstata, o manda sair de Antioquia e de todo o Egipto . E a nuvenzinha dura cinco meses e três semanas. Ao morrer Julião, a 26 de Julho de 363. pôde voltar à sua Sé.
Muito pouco tempo tinha passado em Alexandria, quando Valente, que tinha sido associado por seu irmão Valentinano I no governo, lhe enviou a ordem de exílio pela quinta vez. Ficou escondido nos arrabaldas da cidade. passados quatro meses, um notário imperial trazia-lhe a revogação do desterro.
E começa o período último da sua vida, desde 1 de Fevereiro de 366 até 2 de Maio de 373, quando morre gloriosamente, estando a luta pela divindade de Cristo a chegar ao fim.
O começo do panegírico que fez São GREGÓRIO NAZIANZENO resume todos os louvores deste grande batalhador cristão «Louvar ATANÁSIO é louvar a virtude mesma. Não celebra a virtude quem narra uma vida que realizou todas as virtudes?».
A paixão por Cristo-Deus explica a sobrenatural energia do atleta incorruptível, as suas lutas e os seus trabalhos, o seu prestigio entre os católicos e as invectivas e calúnias entre os hereges. Santo ATANÁSIO deve considerar-se como um dos mais valentes e fervorosos soldados que teve Cristo na história da Igreja.


José Maria Rúbio Peralta, Santo


Em Aranjuez, Castela-a-Nova, Espanha, São JOSÉ MARIA RÚBIO PERALTA presbitero da Companhia de Jesus, que foi eminentemente activo na audição dos penitentes, na direcção de exercícios espirituais e nas visitas aos pobres da região de Madrid. (1929)


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

São Padre RÚBIO nasceu em Dalias, Lameria, em 1864. Em 1876, desejando fazer-se sacerdote, entrou no Seminário. passou oito anos em Granada (1878-1886), para completar os estudos de filosofia, teologia e direito canónico. Em 1886, foi para Madrid. Em Toledo, licenciou-se em teologia (1886) e obteve o doutoramento em direito canónico. Ordenado sacerdote em 24 de Setembro de 1887, exercitou o seu ministério, primeiro em Madrid, e depois durante dois anos em Chinchón, donde passou à Estremadura como pároco, em 1889; e, finalmente, voltou para Madrid, como professor do Seminário e, mais tarde, como notário da arquidiocese.
Já desde há muito tempo que se sentia atraído pela Companhia de >jesus, mas motivos de gratidão para com um  velho sacerdote fizeram-no atrasar o cumprimento dos seus desejos. Só em 1906, com 42 anos de idade, pôde entrar no Noviciado, em Granada, Depois de um período relativamente breve de formação religiosa e aprofundamento dos estudos teológicos, regressou a Madrid, em 1911, e ali permaneceu até à morte, em 2 de maio de 1929, no Noviciado de Aranjuez.
A capital espanhola foi o campo o seu trabalho sacerdotal como jesuíta: a sua entrega, espírito sacerdotal e iniciativas apostólicas que se lhe chamasse o APÓSTOLO DE MADRID. 
O Padre RÚBIO era o pregador que anunciava a mensagem evangélica não de modo retórico e enfático, mas com uma sensatez e sinceridade que chegavam ao coração; a ele recorriam com,o ministro da reconciliação e através do qual se experimentava o amor do Bom Pastor e se recebia uma direcção espiritual, portadora para cada uma das respostas mais ajustadas. Era, pois, um formador de cristãos autênticos através do ministério da confissão, que prolongava e aprofundava nos exercícios espirituais inacianos, dirigindo e forjando apóstolos , cada qual nos seu próprio estado de vida. Era o apóstolo que - ajudado pela colaboração de leigos, homens e mulheres - frequentava os bairros pobres da periferia de Madrid e se aproximava dos abandonados, marginais e indesejados pela sociedade, com tão afável cordialidade que estes infelizes viam nele um amigo a que recorriam , um  amigo que nunca os abandonaria e que faria tudo o humanamente possível por eles. 
JOÃO PAULO II beatificou-o em 6 de Outubro de 1985 e canonizou-o em 4 de maio de 2003.


HESPÉRIO, ZOÉ, CÍRIACO e TEÓDULO, Santos


Em Atalia, na Panfília, hoje Antalya, na Turquia, os santos mártires HESPÉRIO e ZOÉesposos, e seus filhos CIRÍACO e TEÓDULO que, segundo a tradição, no tempo do imperador Adriano, estando ao serviço dum pagão, todos eles, por ordem do seu amo, foram flagelados e duramente torturados por causa da sua livre profissão de fé; finalmente, lançados num forno em chamas, entregaram as suas almas a Deus. (séc. II)



FÉLIX, Santo


Em Sevilha, na Hispânia Bética, hoje Espanha, São FÉLIX diácono e mártir. (séc. IV)
VINDEMIAL, FLORÊNCIO, EUGÉNIO e LONGINOS, Santos



Comemoração dos santos mártires VINDEMIAL bispo de Gapsa, na Numídia, hoje Tunísia, e LONGINOS bispo de Parmária, na Mauritânia, hoje Argélia que, por se terem oposto aos arianos no Concílio de Cartago, foram decapitados por ordem de Hunerico, rei dos Vândalos. (483)



GUALBERTO ou VALBERTO, Santo



Em Luxeuil, na Borgonha, França, São GUALBERTO ou VALBERTO abade. (665)


VILBORADA, Santa



Em São Galo, na região dos Helvécios, hoje Suiça, Santa VILBORADA virgem e mártir que viveu recolhida numa pequena cela junto da igreja de São Magno, onde atendia o povo e, na incursão dos Húngaros, foi morta por causa da sua fé e voto religioso. (926)


NICOLAU HERMANSSON, Beato



Em Linkoping, Suécia, o Beato NICOLAU HERMANSSON bispo, que, sendo severo para consigo, se dedicou totalmente à sua Igreja e aos pobres e acolheu com honras condignas as relíquias de Santa BRÍGIDA. (1391)


ANTONINO, Santo



Em Florença, na Etrúria, hoje Toscana, Itália, Santo ANTONINO bispo que, depois de se aplicar à reforma da Ordem dos Pregadores, se consagrou com vigilante prudência ao trabalho pastoral, resplandecendo pela sua santidade, rigor e doutrina. (1459)


GUILHERME TIRRY, Beato


Em Clonmel, na Irlanda, o Beato GUILHERME TIRRY presbitero da Ordem de Santo Agostinho e mártir sob o governo de Oliver Cromwell por perseverar fiel à Igreja Romana. (1654)


JOSÉ NGUYEN VAN LUU, Santo




Em Vinh Long, Cochinchina, hoje Vietname, São JOSÉ NGUYEN VAN LUU mártir que, sendo agricultor e catequista, se entregou espontaneamente em vez do presbitero PEDRO LUU procurado pelos soldados, e morreu no cárcere no tyempo do imperador Tu Duc. (1854)





BOLESLAU STRZELECKI, Beato


No campo de concentração de Auschwitz, Cracóvia, Polónia, o Beato BOLESLAU STRZELECKI presbitero e mártir que, durante a guerra, foi encarcerado por causa da fé e, vitimado pelas torturas, alcançou a coroa de glória. (1941)




... E AINDA  ...



BERNARDO DE SEVILHA, Beato


Commendatore del convento mercedario di Sant’Eulalia in Siviglia (Spagna), il Beato Bernardo, lo diresse santamente. Fu modello di pazienza e umiltà che onorò l’Ordine e pieno di buone opere rese l’anima a Dio nell’anno 1440

JOÃO DE VERDEGALLO, Beato


Nominato redentore, il Mercedario Beato Giovanni de Verdegallo, venne inviato nel 1401 a redimere in Numidia, dove zelante e virtuoso liberò 99 schiavi dalla dura prigionia. Dopo una vita trascorsa servendo il Signore morì in pace


GUISITANO, Santo



San Guisitano, martire sardo, morto per decapitazione. Sepolto nella chiesa di San Sperate, ora le sue s. reliquie sono corservate nel Santuario della Cattedrale dal 1616.
Non esiste una memoria liturgica legata al dies natalis, ma viene venerato nel giorno del ritrovamento delle reliquie, cioè il 2 maggio



MÊS DE MAIO MARIANO E DO ROSÁRIO


Como escreveu PAULO VI, quanto ao mês de MAIO:
MAIO é o mês em que nos templos e nas casas dos  Católicos de todo o mundo se deve rezar mais fervorosamente o Rosário e no qual todos os cristãos deverão Venerar a MARIA, Mãe de Deus.



Come ha scritto papa Paolo VI, quello di maggio «è il mese in cui, nei templi e fra le pareti domestiche, più fervido e più affettuoso dal cuore dei cristiani sale a Maria l’omaggio della loro preghiera e della loro venerazione». Il primo a percepire il legame tra maggio e Maria fu il re poeta Alfonso X di Castiglia (morto nel 1284) in una delle sue Cantigas. Mentre il più antico testo di meditazioni per il mese mariano si ebbe nel 1549 con il Maggio spirituale composto dal benedettino tedesco Wolfgang Seidl.
Tipica del mese mariano e ampiamente diffusa è la recita del Rosario, che papa Pio V – già a metà del Cinquecento – definì «una modalità di orazione e di preghiera a Dio facile, alla portata di tutti e oltremodo pia». A codificarne la struttura definitiva fu il monaco domenicano Alano de la Roche, che narrò di aver avuto precise istruzioni dalla Madonna, in diverse apparizioni fra il 1463 e il 1468.
La struttura prevedeva quindici decine di Ave Maria, con un Padre nostro all’inizio di ciascuna decina e la contemplazione di altrettanti Misteri della salvezza: rispettivamente, una cinquina caratterizzata dal gaudio dell’incarnazione, una dal dolore della passione e una dalla gloria successiva alla risurrezione. Mancava soltanto la preghiera finale del Gloria al Padre, inserita all’inizio del XVII secolo. Nel 2002, papa Giovanni Paolo II ha poi voluto rimarcare la centratura del Rosario su Gesù Cristo, aggiungendo il nuovo ciclo dei Misteri della Luce, relativi al tempo della vita pubblica del Redentore.
Secondo quanto narra la tradizione, durante la visione il monaco Alano avrebbe ricevuto dalla Vergine quindici promesse, valide per tutti i devoti del Rosario. Fra esse c’è la speciale protezione mariana per tutti coloro che lo recitano devotamente, la garanzia che i fedeli non moriranno senza sacramenti, l’assicurazione che quanti propagheranno il Rosario verranno soccorsi dalla Madonna in ogni loro necessità.

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Localização do Bairro do Viso - Porto 




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




BOM ANO DE 2019


  









Imagem de 

Nossa Senhora de Fátima

Durante todo este mês, esta imagem vai figurar aqui neste blogue

P  O  R  T  O


ANTÓNIO FONSECA

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Nº 62 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 1 DE MAIO DE 2019

Nº  62


DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 1 DE MAIO DE 2019









Caros Amigos:



59º Bispo do Porto




DOM 
JOÃO DE FRANÇA CASTRO E MOURA

Bispo do Porto
1862-1868




Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA consta a existência de uma longa Biografia sobre DOM João de França Castro e Moura
que, se inicia do seguinte modo:


João de França Castro e Moura  (GondomarSão Cosme, 19 de Março de 1804 - PortoPaço Episcopal, 16 de Outubro de 1868) foi um eclesiástico Português, Bispo de Pequim e do Porto.

(NOTA DE AF:  Dado o facto de ser mais ou menos idêntica à que vem na CRONOLOGIA da Diocese do Porto, substituía-a por esta última que transcrevo de seguida):


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Por outro lado no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopalna CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo)  do Bispo Dom João de França Castro e Moura e também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 5 Anos de 1854 até 1859.




A transcrição é como segue:


JOÃO DE FRANÇA CASTRO E MOURA nasceu a 19 de Março de 1804 na freguesia de São Cosme, em Gondomar. Era filho de António João de França e de sua mulher e prima Dona Rosa de França Castro e Moura, lavradores do lugar da Azenha dessa freguesia.
Em Outubro de 1815 foi entregue aos cuidados  de seu tio materno, o Dr. José de França de Castro e Moura, vigário-geral de Penafiel, para sob seu cuidado estudar humanidades. Com 16 anos entrou para o seminário de Santo António situado na Quinta do Prado, no Porto, onde estudou Francês, Retórica e Teologia.
Depois de ter recebido as ordens menores, pela mão do então bispo portuense, DOM JOÃO DE MAGALHÃES E AVELAR, partiu para Lisboa ingressando no convento de Rilhafoles, da Congregação da Missão, em 1823. O seu propósito era o de se preparar para ser missionário no Oriente, o que aconteceu, dois anos mais tarde, com a sua partida para Macau. Instalou-se no colégio de São José e continuou a sua formação, alcançando em 1827, o subdiaconado. Foi nesse colégio que celebrou a sua primeira missa, em 1830, depois de ter passado por Manila, nas Filipinas, onde se tornara, sucessivamente, diácono e presbitero. Em Agosto desse mesmo ano, partiu para a China, para a provincia de Fokien, mas sendo vítima das perseguições dos naturais teve de fugir para Xangai. Pouco tempo depois foi nomeado vigário-geral da diocese de Nanquim. Nesta cidade contraiu paludismo e, por essa razão, foi autorizado a residir em Pequim, o que aconteceu a partir de Novembro de 1833. Por morte do Bispo titular dessa diocese, a 2 de Novembro de 1838, tornou-se DOM JOÃO DE FRANÇA governador da mesma.
Após uma reorganização administrativo-eclesiástica das igrejas do Oriente, o Papa GREGÓRIO XVI, em 1840, nomeou DOM JOÃO como Bispo de Cláudiópolis in partibus infidelium, uma sede não residencial localizada na Arménia menor, e administrador apostólico da Diocese de Pequim. O futuro Prelado portuense recusou esta nomeação por não ter o acordo do Estado português. No ano seguinte, foi eleito pontífice de Pequim, por Dona Maria II, mas nunca chegaria a ser sagrado. Esta vontade régia coincidia com a de DOM JOÃO DE FRANÇA que preferia continuar à frente dos destinos da diocese da "cidade proibida", mesmo que ocupando apenas o lugar de vigário-geral, a ser Prelado de Cláudiópolis. devido á sua atitude e oposição ao desígnio pontifício, o Papa não só não o sagrou Bispo, como lhe retirou, por ordem de 28 de Abril de 1846, toda a jurisdição e governo em Pequim. O rescrito pontifício foi recebido por DOM JOÃO em Junho de 1847. Nesse mesmo mês, saiu da cidade e rumou a Macau, terminando, com ele, o exercício do direito de padroado português em Pequim. 
A vocação missionária de DOM JOÃO DE FRANÇA levá-lo-ia ainda a Timor, onde chegou em Novembro de 1850. No entanto, os entraves linguísticos fizeram com que o Prelado abandonasse o seu propósito, regressando a Lisboa, em Abril de 1853.
Depois de alguns anos na metrópole, o antigo missionário veio viver para o Porto, para a Quinta do Pinheiro. E aí se encontrava quando, a 27 de Fevereiro de 1862, foi nomeado Bispo portucalense. Seria confirmado pelo Sumo Pontifice no Consistório de 22 de Maio, e sagrado a 29 de Junho seguinte na Igreja de Nossa Senhora do Loreto, em Lisboa. DOM JOÃO DE FRANÇA foi empossado a 16 de Julho e fez a sua entrada triunfal na catedral portuense no dia 30 de Agosto desse mesmo ano. Nessa data escreveu a primeira Pastoral, de saudação, reconhecida pela sua extensão, doutrina, correcção e elegância da forma.
A prelazia de DOM JOÃO DE FRANÇA CASTRO E MOURA ficou ligada à abertura do seminário diocesano, no antigo Colégio de São Lourenço, junto à Sé, no ano lectivo de 1862-1863, com um curso de duração trienal. Esta ligação é recordada por um retrato de DOM JOÃO que ainda hoje se conserva nessa Instituição.
Por inerência do seu cargo de Bispo, DOM JOÃO DE FRANÇA ocupou o devido lugar na Câmara dos pares, ficando célebres os discursos que proferiu a 14 de Fevereiro e 28 de Dezembro de 1863 e a 14 de Abril de 1864. Versavam os mesmos sobre as questões levantadas pelo decreto do governo (de 2 de Janeiro de 1862) que estabelecia o concurso por provas documentais para o provimento dos benefícios eclesiásticos, em substituição das antigas provas públicas. O antístite portuense opunha-se totalmente uma vez que o decreto não deixava aos Bispos intervenção vinculativa nos processos de nomeação, e concedia ao reino português o direito exclusivo de padroado, o que se tratava de uma usurpação dos padroados eclesiásticos.
Em 1865 continuou a visita pastoral à diocese, que iniciara no ano anterior, percorrendo praticamente todo o território.
Apesar da saúde débil, DOM JOÃO DE FRANÇA empreendeu, em Junho de 1867, a sua visita ad limina apostolorum, por ocasião da celebração dos 1800 anos do martírio de São Pedro e de São Paulo. nessa ocasião foi agraciado pelo papa PIO IX com o título de Prelado assistente ao Sólio Pontificio.
Regressando de Roma, DOM JOÃO CASTRO E MOURA encetou aquela que seria a sua última visita pastoral, deslocando-se às igrejas das comarcas de Penafiel e Sobretâmega.
A 7 de Junho de 1868, por se encontrar já bastante doente, não assistiu à abertura da Biblioteca do Seminário Diocesano e ao descerrar do seu retrato, da autoria de J. Stewart, feito em 1865, e que, actualmente, se encontra no Paço Episcopal. Esta cerimónia foi promovida pelos alunos e presidida, por substituição, pelo Deão da Sé e Provisor do Bispado.
DOM JOÃO DE FRANÇA acabaria por falecer a 16 de Outubro de 1868, no Paço Episcopal. Três dias depois, concluídas as solenidades fúnebres, foi tumulado no panteão dos pontífices portuenses, na capela-mor da catedral. Findava, assim, o episcopado deste Bispo que conservava, da sua longa passagem por terras asiáticas, muitos livros chineses. Dessa sua experiência resultaria, igualmente, a produção da obra Breve Relação da propagação da religião christã na China desde o século XVI até nossos dias, cujo manuscrito se encontra, ainda hoje, na Biblioteca Pública Municipal do Porto (Ms. 1251). O gosto de DOM JOÃO pela literatura revela-se, igualmente, no facto de, em 1871, ter feito publicar, por Ernesto  Chardron e Bartolomeu H. de Morais, um manuscrito que possuía do Grande Diccionario portuguez ou Thesouro da língua portuguesa, em cinco volumes, de Frei Domingos Vieira, dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho. Este prelado portuense seria lembrado, pelos seus memorialistas, "pela sua larga folha de serviços nas missões do Oriente, pelo seu alevantado patriotismo e pela integridade do seu carácter" (FERREIRA, 1923, p. 550). Hoje em dia o seu nome conserva-se numa rua em Gondomar, na mesma freguesia que o viu nascer. 




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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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