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DIONÍSIO DA NATIVIDADE
(Pedro Berthelot), Beato e
REDENTO DA CRUZ
(Tomás Rodrigues da Cunha), Beato
Mártires (1638)
PEDRO BRETHELOT o futuro DIONÍSIO, nasceu na actual Bélgica, em 1600. Embarcado para uma grande navegação só com 12 anos, perdeu o sue navio pelos 20 e foi obrigado a ser vir algum tempo aos Holandeses. Mas, sendo bom católico, preferiu o Rei de Portugal a estes protestantes. O Príncipe nomeou-o cosmógrafo e piloto-mor. Em Londres, o British Museum conserva cartas desenhadas por BERTHELOT. Ele bateu várias vezes os Turcos no mar. Enviado para Goa, pediu aos jesuítas que o admitissem no meio deles, mas estes recusaram-se, temendo desagradar ao vice-rei. Os Carmelitas, temendo menos, aceitaram-no e chamaram-lhe DIONÍSIO DA NATIVIDADE (1635). Vieram Holandeses cercar Goa. DIONÍSIO aceitou retomar o serviço, sob chamada do vice-rei, organizou a defesa e rechaçou o inimigo. Depois voltou ao convento com as suas armas, que eram o crucifixo. No natal de 1636 emitiu os seus votos religiosos. Ordenado sacerdote em Agosto de 1638, foi encarregado de acompanhar uma embaixada que Goa mandava ao Achem, no Norte de Samatra.
Foi-lhe dado por companheiro o Irmão converso REDENTO DA CRUZ, nome do carmelita de TOMÁS RODRIGUES DA CUNHA, da Casa de Lisouros, em Paredes de Coura, da nobre família dos Cunhas (nasceu por 1598). Embarcara para a Índia aos 19 anos, onde se notabilizou em feitos de armas, como capitão da praça de Meliapor. Outra milícia, porém, mais nobre e meritória de lhe arrebatou o coração, até o libertar dos vaivéns da vida e da fortuna. Como o Beato NUNO DE SANTA MARIA, pede o hábito dos Carmelitas Descalços.
Foi isto no convento de Goa, em cujas ruínas onde ainda hoje se celebra, a 29 de Novembro, uma Missa em honra do humilde donato, depois mártir de Cristo. Desta glória colheu ele a palma por ocasião da referida embaixada. Superentendia nesta expedição, com dois navios de guerra e mais provisões. Dom FRANCISCO DE SOUSA E CASTRO. FREI REDENTO, na partida repetia corajoso: «Vamos, porque Deus me quer fazer mártir».
Foram e chegaram ao Achém por fins de Outubro de 1638; mas os Holandeses, apostados inimigos dos Portugueses, na Índia como no Brasil, tinham já prevenido o frei mouro de Samátra, anunciando os portugueses como espias ou exploradores da região, e com intenções de guerra. Com isto foi logo preso o embaixador e a sua comitiva; e os dois Carmelitas, com uns 60 portugueses postos a tratos, foram atraídos com promessas, para renegar o Evangelho e abraçar o Alcorão.
Decorrido um mês de provas, com geral e heroica perseverança, foram todos condenados ao suplício, e levados em fila ao local onde, atravessados por azagaias, ou varados pelo punhal, acabaram martirizados. FREI REDENTO foi o ,primeiro, enquanto FREI DIONÍSIO que pediu para ser o último, assistia e animava a todos até os ver tomar, com mão segura, a palma do martirio.
O embaixador português, que chegou a regressar a Goa, após três anos de cativeiro, escreveu em 1643 à Sagrada Congregação e ao geral dos carmelitas, contando os triunfos da Fé em Samatra e solicitando a causa daqueles mártires. Quanto aos dois Carmelitas, seguiu-se o processo regularmente, até à beatificação no Domingo da Santíssima Trindade , a 10 de Junho de 1990.
Quanto aos restantes 6o portugueses, como a tantos outros semelhantemente sacrificados por aquelas regiões do Achém, Malaca e Molucas, não perderam as glórias da beatificação, canonização e coroação, na presença da mesma Trindade Santíssima, entre os seus Anjos e todos os demais Santos.
SATURNINO, Santo
Mártir - (séc. IV)
Maximino Hercúleo condenara muitos cristãos de Roma a trabalhos forçados na construção das termas imensas que Diocleciano se propôs levantar na colina do Viminal. Um cristão muito rico e generoso, por nome TRASÃO, ajudava com socorros pecuniários e alimentícios aqueles presidiários da fé. Os intermediários eram quatro diáconos: CIRIACO e SINÍSIO, LARGO e ESMERAGDO. Surpreendidos no exercício da sua caridade, também estes foram detidos e obrigados a transportar sacos de areia. Mas também no trabalho encontravam modo de socorrer os seus companheiros de infortúnio. Não há coisa que tanto una os cristãos entre si como a perseguição.
Entre os fiéis que levavam cargas de areia às termas encontrava-se um ancião - Vir Senex - de origem cartaginesa, de nome SATURNINO. Os seus passos hesitavam e os seus ombros cediam debaixo do peso cruel, enquanto os lábios rezavam e o coração se unia a Cristo.
Estes operários singulares, que se convertiam em apóstolos e propagandistas do Evangelho com o pico na mão ou o saco às costas, ao mesmo tempo que motivavam admiração pela seriedade no trabalho e pelo cumprimento do seu duro dever, irritavam também os verdugos com a resignação e o espírito de proselitismo. Um dia cansaram-se eles e meteram na cadeia um grupo de cristãos mais distintos. Entre eles estava o diácono SINÍSIO e o velho SATURNINO.
Foram os dois julgados juntos e em sessão distinta da dos outros. Levados ao prefeito de Roma, no foro de Nerva, confessaram decididamente a própria fé. Foram submetidos à tortura, mas deram tais provas de firmeza e espírito que se converteu ao cristianismo Graciano, verdugo ou assessor do prefeito.
Estas conversões repentinas aparecem com frequência nas Actas do tempo de Diocleciano e não se pode duvidar que são autênticas. Deve reconhecer-se nelas o triunfo da graça de Cristo que trabalhava interiormente nos corações.
SINÍSIO e SATURNINO tiveram a sentença de morrer decapitados na Via Nomentana. O presbítero JOÃO recolheu-lhes os sagrados corpos e enterrou-os a 28 de Novembro, com a ajuda do fervoroso TRASÃO, num terreno que este último possuía na Via Salária Nova, onde nos primeiros anos da paz cristã surgiu uma basílica dedicada a São SATURNINO . No século XVI conservava-se ainda. São DÂMASO, o poeta dos mártires romanos, colocou esta inscrição no túmulo de São SATURNINO::
«AGORA CIDADÃO DE CRISTO,
ANTES TINHA-O SIDO DE CARTAGO,
QUANDO A ESPADA ATRAVESSAVA O PEITO DA PIEDOSA MÃE IGREJA.
O SEU SANGUE MERECEU-LHE MUDAR DE PÁTRIA,
NOME E PROSÁPIA E,
FAZENDO-SE CRISTÃO,
FOI CIDADÃO ROMANO.
O VALOR DA SUA FÉ DEMONSTROU-O COM A INTRÉPIDA MORTE.
RUGE O VERDUGO GRACIANO,
ENQUANTO DESFAZ O ECÚLEO OS TEUS SAGRADOS MEMBROS;
MAS, EMBORA DERRAME SOBRE TI TODO O VENENO DA SUA VENENOSA BÍLIS,
NÃO CONSEGUE MOVER-TE A QUE RENEGUES A CRISTO,
Ó SANTO,
MAIS AINDA,
PELO MÉRITO DA TUA ORAÇÃO CONSEGUIU ELE VIR A MORRER
COMO CONFESSOR DA FÉ.
ESTA É A SÚPLICA ARDENTE DE DÂMASO:
QUE SE VENERE O TEU SEPULCRO.
QUE SEJA LUGAR DE ORAÇÃO E DE GRAÇAS,
PORQUE ESTÁ AQUI O CORPO DO MÁRTIR SATURNINO».
FRANCISCO ANTÓNIO FASANI, Santo
Sacerdote (1681-1742)
Em Lucera na Apúlia - Itália, São FRANCISCO ANTÓNIO FASÁNI presbítero da Ordem dos Frades Menores, homem de grande sabedoria, solidamente fundamentado na prática da pregação e penitência, o qual se dedicou de tal modo aos pobres e indigentes, que nunca duvidou em desprender-se até das suas vestes para cobrir um mendigo, oferecendo a todos a sua ajuda cristã. (1742)
SATURNINO de Toulouse, Santo
Em Toulouse., na Gália Narbonense, hoje França, a comemoração de São SATURNINO bispo e mártir, que segundo a tradição, no tempo do mesmo imperador Décio, foi detido pelos pagãos no Capitóilio desta cidade e arremessado do alto do edifício pelas escadas, de modo que, fracturada a cabeça e dilacerado o seu corpo, entregou a sua alma a Cristo.
FILOMENO de Ancira, Santo
Em Ancira, na Galácia hoje Ancara, na Turquia, São FILOMENO mártir que segundo a tradição, durante a perseguição do imperador Aureliano, sendo prefeito Félix, atormentado primeiramente no fogo e depois trespassadas as mãos, os pés e a cabeça com cravos. , consumou o seu martírio. (séc. III)
ILUMINADA de Tódi, Santa
Em Tódi, na Úmbria - Itália, Santa ILUMINADA virgem. (séc. IV)
TIAGO de Batnan, Santo
Em Batnan, no Osroene hoje Turquia, São TIAGO bispo de Sarug que ilustrou com puríssima fé esta Igreja por meio de sermões, homílias e traduções e é venerado pelos Sírios como doutor e coluna da Igreja, juntamente com Santo EFRÉM. (521)
RATBODO de Deventer, Santo
Em Deventer na Frísia hoje Holanda, a trasladação de São RATBODO bispo de Utrecht, pastor sábio e prduente , que morreu quando visitava as populações rurais (918)
EDUARDO BURDEN, Beato
Em York, Inglaterra o beato EDUARDO BURDEN, presbítero e mártir que tendo estudado no Colégio dos Ingleses em Reims, quando regressou aos domínios da rainha isabel I já ordenado sacerdote, foi condenado ao patíbulo perante uma multidão enfurecida. (1588)
JORGE ERRINGTON, Beato
GUILHERME GIBSON, Beato
GUILHERME KNIGHT, Beato
Em York, Inglaterra em 1596, os beatos JORGE ERRINGTON, GUILHERME GINBSON e GUILHERME KNIGHT mártires que, proscritos pelo metro facto de serem considerados sacerdotes, foram martirizados cruelmente. (1596)
BERNARDO FRANCISCO DE HOYOS, Beato
Em Valadollid - Espanha, o beato BERNARDO FRANCISCO DE HOYOS presbitero da Companhia de Jesus, primeiro e principal da devoção ao Sagrado Coração de Jesus desta nação. (1735)
MARIA MADALENA DA ENCARNAÇÃO (Catarina Sordini), Beata
Em Roma, a beata MARIA MADALENA DA ENCARNAÇÃO (Catarina Sordi) virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento., (1824)
ALFREDO SIMÃO COLOMINA, Beato
Em El Saler, Valência - Espanha, o beato ALFREDO SIMÃO COLOMINA presbítero da Companhia de Jesus e mártir que na perseguição contra a Igreja confirmou com o seu sangue a sua fidelidade ao Senhor. (1936)
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ANTÓNIO FONSECA