terça-feira, 27 de outubro de 2009

GONÇALO DE LAGOS, Santo (e outros) - 27 de Novembro

  • Gonzálo de Lagos, Beato
    Presbítero Agostinho, Outubro 15

    Gonzálo de Lagos, Beato

    Gonçalo de Lagos, Beato

    Presbítero

    Martirológio Romano: Em Torres Vedras, em Portugal, beato Gonçalo de Lagos, presbítero da Ordem de Eremitas de Santo Agostinho, que se distinguiu por sua dedicação a ensinar os preceitos cristãos às crianças e aos incultos (1422).
    Etimologia: Gonçalo = Aquele que está disposto para lutar, nome de origem latino medieval

  • Nasceu em Lagos (Algarve), no sul de Portugal em 1360. Filho de pescadores, e pescador ele mesmo, até ao dia em que visitando uma igreja agostiniana em Lisboa, sentiu a chamada à vida religiosa. Em 1380, vestiu o hábito agostiniano. Se distinguiu bem cedo pelo amor ao estudo. Grande teólogo, ainda que, por espírito de humildade, apesar de sua indubitável capacidade, chegado ao momento recusou o título de mestre em teologia.
    Ordenado sacerdote, foi muito apreciado tanto como pregador como por seu trabalho pastoral e labor com as almas. Bom orador, lhe encantava dedicar-se a ensinar a religião aos mais humildes, e sobretudo gostava ensinar o catecismo às crianças, aos operários e às pessoas ignorantes.
    Prior dos mais importantes conventos da Província Portuguesa, como o de Lisboa e o de Santarém, não buscava mais que servir com amor os irmãos nos trabalhos mais humildes, o mesmo fazia de porteiro, de enfermeiro que de cozinheiro. Mostrou sempre um grande zelo religioso. Foi exemplar seu espírito de piedade, unido a um profundo sentido ascético. Excelente calígrafo, miniaturista, escreveu vários livros corais, compositor de cânticos sagrados.
    Em 1412, foi eleito Prior do convento de Torres Vedras, não muito longe de Lisboa, onde permanece até ao final de sua vida. Ali continuou sua incansável actividade no campo religioso, social e pedagógico, aliviando o sofrimento dos pobres, que sentiam por ele um grande afecto filial.
    Morreu em 15 de Outubro de 1422 e foi sepultado na igreja conventual de Torres Vedras, chamada de Nossa Senhora da Graça. 
    Já venerado como santo em vida, seu culto se divulgou ainda mais depois de morrer. Sua recordação se mantém todavia hoje muito viva entre seus vizinhos, -que o conhecem como S. Gonçalo-, o invocam como protector da gente do mar e padroeiro da juventude.
    Dou fé dele. Aos primeiros dias do mês de Junho de 2000, um grupo de agostinhos que concluíamos o período de “Formação Permanente”, visitávamos sua cidade natal. Na sua igreja paroquial, numa mesinha, ao fundo à esquerda do templo, estava sua imagem. Ao aproximar-me a observá-la e a rezar, uma senhora me abordou; se alegrou de conhecer a um agostinho e me comentou que era “seu santo”, e que um grupo de senhoras “se entre ajudavam” para cuidar da igreja e mantê-la aberta...
    Suas relíquias se conservam na igreja ex-agostiniana de Nossa Senhora de Graça. O Papa Pío V confirmou seu culto em 1778.

  •  

  • (Esta biografia já havia sido publicada neste blogue em 15 de Outubro corrente)

  • Vicente, Sabina e Cristeta, Santos
    Biografia, 27 de Outubro

    Vicente, Sabina y Cristeta, Santos

    Vicente, Sabina e Cristeta, Santos

    Outubro 27

    Vicente, Sabina e Cristeta são irmãos. Nasceram e viveram em Talavera (Toledo). Os três desfrutam de sua juventude —Cristeta, quase menina- e, como em tantos lares depois do falecimento dos pais, a cabeça que dirige é Vicente que é o mais velho.
    Manda no Império a tetrarquia feita por Diocleciano com o fim de pôr termo à decadência que se vem arrastando ao longo do século III pelas inumeráveis causas internas e pelas rebeliões e ameaças cada vez mais prementes nas fronteiras. Diocleciano, augusto, reside em Nicomedia e ocupa o cume da hierarquia; seu César Galerio reside em Sirmio e se ocupa de Oriente; Maximiano é o outro augusto que se estabelece em Milão, com seu César Constâncio, em Tréveris, governam Ocidente.
    O presidente em Espanha é Daciano homem cruel, bárbaro e perverso, que odeia sem limites o nome cristão e que vai deixando un rio de mártires em Barcelona e em Zaragoza. Chega a Toledo e ses colaboradores buscam em Talavera seguidores de Cristo.
    Ali é conhecido como tal Vicente, que se desvela pela ajuda ao próximo e é exemplo de alegria, nobreza e rectidão.
    Levado à presença do Presidente, se repete o esquema clássico, em parte verídico e em parte parenético (aconselhado) das actas dos mártires. Lisonjas por parte do poderoso juiz pagão com promessas fáceis, e, por parte do cristão, profissões de fé no Deus que é Trindade, em Jesus Cristo-Senhor e na vida eterna prometida. Ameaças da autoridade que se mostra disposta a fazer cumprir de modo implacável as leis e exposição tão longa como firme das disposições a perder tudo antes da renúncia à fé nutriente de sua vida que faz o cristão. Daí se passa ao martírio descrito com tons em parte dramáticos e en parte triunfais, com o acrescento de algum facto sobrenatural com o que se manifesta a complacência divina ante a fidelidade livre do fiel.
    Bom, pois o caso é que a Vicente o condenam à morte por sua pertinácia em perseverar na fé cristã. Metem-no na cadeia e, à espera de que se cumpra a sentença, é visitado por suas duas irmãs que, entre prantos e confirmando-lhe a sua decisão de ser fiel a Jesus Cristo, lhe sugerem a possibilidade de uma fuga com o fim de que, sem pais que os tutelem, siga ele sendo seu apoio e valedor. A escapada se realiza, mas os soldados romanos os encontram perto de Ávila onde são os três martirizados, no ano 304.
    O amor a Deus não supõe  esquecimento ou deserção dos nobres compromissos humanos. Vicente, aceitando os planos divinos até ao martírio,fez quanto legitimamente esteve de sua parte para sacar adiante seu compromisso familiar.

    Teresa Eustóquio, Santa
    Monja, 27 de Outubro

    Teresa Eustoquio, Santa

    Teresa Eustóquio, Santa

    Outubro 27

    Etimologicamente significa “bela e ardente como o sol de Verão” ou “mulher amável e forte”. Vem da língua grega e alemã.
    Quando o crente se põe em contacto com estes gigantes da santidade, fica alucinado. Vê que todos os males que podem assolar as pessoas têm uma terapia fenomenal com a prática da oração.
    A rapariga Teresa teve a fortuna de ter uns pais que, ainda que de fora da alta sociedade, lhe deram uma educação muito cristã.
    A educação primária a fez em casa tendo como mestre a um canónico amigo da família.
    Era aberta, inteligente e sensível aos valores da fidelidade e da graça.
    Desde pequena deixou que fosse o Espírito Santo quem dirigisse os passos de sua existência. Seu afã se centrava em Deus somente e, desde ele, nos demais.
    Sem embargo, lhe ocorreu como à grande Teresa de Ávila: ter a experiência da ausência de Deus, ainda que, ainda sem senti-lo, jamais perdeu sua confiança.
    Se meteu a monja beneditina. Depois de alguns anos teve a inspiração divina de fundar uma nova congregação chamada as “Filhas do Sagrado Coração de Jesus”.
    Lhe tocou viver em tempo difíceis pelas revoltas políticas e sociais. A nível eclesial, o jansenismo crescia muito. Por isso, na metade do século XIX nasceram várias congregações com o nome desta fundação. Eram os anos da grande expansão da devoção ao Coração de Jesus, ao amor.
    Se dedica esta congregação à obra educativa, fruto da persuasão e o respeito à individualidade de cada um.
    Depois de uma vida de intenso trabalho por Deus e pelos demais, morreu no ano 1852. João Paulo II a canonizou em dez de Junho de 2001.

    ¡Felicidades a quem leve este nome!

    Bartolomeu de Bragança, Beato
    Bispo, 27 de Outubro

    Bartolomé de Braganza, Beato

    Bartolomé de Bragança, Beato

    Outubro 27  -  Bispo

    Etimologicamente significa “filho do que detém as águas”. Vem da língua hebraica.
    Não te vejas já como terra seca...Que caia seu orvalho, as lágrimas da manhã, e que no deserto de tua alma se aplaque a sede de um amor.
    Foi bispo no século XIII. Quando se visita Paris, se vê a santa Capela que mandou construir o rei Luis IX para alojar as relíquias da santa Cruz.
    Todos os habitantes de Vicenza, Itália, conhecem a bela igreja da santa Coroa.
    É um monumento importante da arquitectura gótica. Também se fez para guardar um espinho da Crucifixão do Senhor.
    Há uma grande amizade e relação entre a capela gótica parisiense e a de Vicenza.
    Estas boas relações começaram com o rei de França e Bartolomé, bispo desta cidade.
    Havia nascido aqui no começo do século XIII de uma família de condes, os de Bragança.
    Estudou em Pádua. Aqui se uniu aos companheiros de santo Domingo que se encontravam em Bolonha.
    Inteligente e educado, o encarregaram de pregar por Itália nuns tempos agitados por mor das heresias, lutas civis e outras duras dificuldades.
    Criou uma confraternidade de tipo religioso e semi-militar, “os alegres”, para evangelizar a todo o mundo com gozo e com alegria.
    Em 1256 o elegeram bispo. Mas, apesar de seu trabalho e zelo apostólico, o desterraram, e teve que ir como legado pontifício a Inglaterra e França.
    Morreu em 1270.

    ¡Felicidades a quem leve este nome!

    Balsâmia, Santa
    Biografia, 27 de Outubro

    Etimologicamente significa “bálsamo, perfume”. Vem da língua latina.
    Jeremias disse: “A palavra do Senhor há sido para mim fonte de zombaria. Eu me disse: Não falarei mais em seu nome, não pensarei mais nele, mas o sentia dentro como fogo ardente que não podia conter”.
    Foi do século VI. Seu trabalho já passou de moda em muitos lugares civilizados e de uma forte economia.
    Em outros, pelo contrário, se mantém o papel da mulher que sustenta as crianças, até com seu próprio leite.
    Em toda a misteriosa Idade Média e anterior inclusive a ela, havia uma grande veneração pelas santas que haviam dado sua vida neste precioso trabalho de nutrientes.
    Foi ela a que alimentou em Reims a são Remígio, o bispo daquela cidade.
    Remígio, com sua cultura, suas boas formas e sua diplomacia, logrou que se convertesse ao cristianismo Clodoveo, o rei francês.
    Para os franceses é um segundo João Baptista, o precursor da vida cristã em França.
    Houve um tempo em que se lhe chamava nas Gálias a santa Balsâmia “a santa Nutriz”.
    Hoje prevalece o de
    Balsâmia. 
    O leite é “bálsamo” dado às crianças. Ela havia nascido em Roma.
    ¡Felicidades a quem leve este nome!

    Salvador Mollar Ventura, Beato
    Religioso e mártir, 27 Outubro

    Salvador Mollar Ventura, Beato

    Salvador Mollar Ventura, Beato

    Nascido em Manises, Valência, em 27 de Março de 1896, filho de Baptista Mollar e María Muñoz, muito pobres mas piedosos.
    De menino e jovem se distinguiu por sua piedade, organizou a Associação do Rosário em seu bairro, formou parte da Adoração Nocturna e da Conferência de São Vicente de Paulo e ensinava o catecismo às crianças. 
    Fez o noviciado dos Irmãos Menores Franciscanos em 1921 e a Profissão solene em 25 de Janeiro de 1925. Alegre, jovial e optimista. Limpo e ordenado, devoto da Santíssima Virgem.
    Ao iniciar-se a guerra civil, em 1936, era sacristão no convento de Benisa. Ao dispersar os religiosos, se refugiou primeiro onde uns benfeitores, e logo, para não os comprometer, se foi para sua família, onde foi detido e encarcerado em finais de Outubro, e fuzilado em 27 do mesmo mês e ano, no “Picadeiro de Paterna”, e enterrado em Valência. Seu cadáver mostrava sinais de tortura.
     


  • Ele é um dos 233 mártires da Guerra Civil espanhola, para ver mais sobre os 233 mártires em Espanha faz "click" AQUI

    Ver também mensagem publicada neste blogue em 17 de Outubro último

    http://es.catholic.net/santoral

    Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

  • segunda-feira, 26 de outubro de 2009

    EVARISTO, Santo (e outros) - 26 de Outubro

    Evaristo, Santo
    5º Papa e Mártir, 26 Outubro

    Evaristo, Santo

    Evaristo, Santo

    Quinto Papa da Igreja e Mártir

    Nasceu nos anos 60, de uma família judia assentada em terras gregas. Recebeu educação judia e aprendeu nos liceus helénicos.
    Não se conhecem dados de sua conversão ao cristianismo, mas se vê já em Roma como um dos presbíteros muito estimados pelos fieis que, cheio de zelo, eleva o nível da comunidade de cristãos da cidade, entregando-se por completo a mostrar a Jesus Cristo. Amplo conhecedor da Sagrada Escritura, é douto na pregação e humilde no serviço.
    Morto mártir o Papa Anacleto, sucessor de Clemente, a atenção se fixa em Evaristo. Por humildade resistiu com todas as forças possíveis a assumir a dignidade que comportava tão alto serviço. No dia 27 de Julho do ano 108 teve a Igreja por Papa a Evaristo.
    Atendeu cuidadosamente as necessidades do rebanho: Defende a verdadeira fé contra os erros gnósticos. Estabelece normas que afectam a consagração e trabalho pastoral dos Bispos e dos diáconos. Manda a celebração pública dos matrimónios. Se ocupa da vida dos fieis, esboçando-se já uma certa administração territorial, para sua melhor atenção e governo. Também escreveu cartas aos fieis de África e de Egipto.
    Morreu mártir, sendo Trajano imperador, no ano 117.
    A igreja do tempo cada dia cresce em número, mas está perseguida pelas leis; é silenciosa e forte na fé, oculta e limpa nas obras; vive dentro do Império em estado latente, despregando pouco a pouco sua potencialidade ao sopro do Espírito.

    Hoje também se festeja a:
    Santa Paulina Jaricot
    São Tadeu Machar

    Paulina Jaricot, Venerável
    Fundadora, 26 de Outubro

    Paulina Jaricot, Venerable

    Paulina Jaricot, Venerável

    Outubro 26  -  Fundadora

    Esta rapariga nasceu em Lyon de uma família religiosa. Cedo começou a sentir o gosto pela obra das missões em todo o mundo.
    A ideia foi-lhe dada ela própria empregada do lar. Entregou-lhe uma revista que falava das missões.
    A partir daquele momento pensou reunir a amigas para que dessem dinheiro para socorrer as missões e oferecer a Deus orações pelo bem dos homens.
    Este é a origem do Domund o Domingo Mundial das Missões que tem lugar cada ano no terceiro domingo de Outubro.
    Em casa vivia-se este espírito com profundidade. Seu próprio irmão queria ser de maior idade para ser missionário.
    No ano 1814, saiu o Papa livre da prisão a que o submeteu Napoleão. O Papa passou junto a sua casa e lhe deixou uma bênção.
    Ao chegar a jovem, se juntou com uma amiga muito amante das festas e de modas. Coisas da sua idade. A mãe via que sua filha estava perdendo o afecto pelo religioso. Rezava e sofria por ela como as boas mães.
    Este exemplo o demonstra. Numa das muitas festas a que ia a luzir seu tipo, caiu e se pôs muito grave as consequências da queda.
    A mãe, sem a menor vacilação, oferecia todo o ocorrido com estas formosas palavras:"Senhor, eu já vivi bastante. Em troca esta rapariga está começando a viver. Se te parece bem, leva-me a mim para a eternidade, mas a ela devolve-lhe a saúde e conserva-lhe a vida".
    O fez com tanta fé que tudo se cumpriu tal e como o havia manifestado ao Senhor.
    Paulina entrou numa igreja e ouviu a um sacerdote falar da vaidade deste mundo e de sua vida precedente. Aquilo a impactou de tal maneira que, desde aquele momento, foi a confessar-se e o sacerdote lhe disse:" Deixa as vaidades e o que leva ao orgulho, e dedique-se a ganhar o céu com humildade e boas obras".
    Nasceu com ela a fundação das obras missionárias. O Papa Gregório XVI aprovou sua fundação chamada “Propagação da Fé”. O próprio Cura de Ars louvou sua fundação. Leão XIII estendeu esta obra a todo o mundo em 1882. Ela morreu antes, em 1862.

    ¡Felicidades às Paulinas!

    Tadeu Machar, Santo
    Bispo, 26 de Outubro

    Tadeo Machar, Santo

    Tadeu Machar, Santo

    Outubro 26  - Bispo

    Etimologicamente significa “o que louva”. Vem da língua hebraica.
    Disse Isaías: “Mirai que vou a criar um céu novo e uma terra nova. Haverá gozo perpétuo pelo que vou a criar. Vou a fazer de meu povo uma terra de alegria.
    Foi bispo no século XV.
    Aos pés dos Alpes está a cidade de Ivrea que há sido quem catapultou para a fama este santo da Igreja.
    Machar ou Macarthy era um irlandês que havia chegado até aqui por motivos diversos.
    Era um homem muito fervoroso. Tinha tal entusiasmo interior que contagiava a todos com sua alegria. Era a terra nova e o céu novo de que fala Isaías.
    A vida deste jovem, descendente de uma família principesca de Munster, não foi nada fácil.
    Na metade do século XV se havia oposto à divisão em clãs de alguns elementos de sua família.
    Clãs que eram tanto a nível religioso como político.
    Não tinha ainda 30 anos quando foi consagrado bispo de Rosa, em Cork.
    Muito cedo começaram as invejas e os receios contra ele. Inteirados em Roma de seu grande apostolado, o nomearam também bispo de Clyne, perto de Cork.
    Mas as invejas cresciam como a hera que se adere às paredes.
    E ele, faz como quando os apóstolos não eram bem recebidos: Sacudiu suas sandálias e renunciou a tudo. Se veio para a Europa e ficou em Ivrea com os canónicos regulares de são Bernardo. Morreu em 1497.

    ¡Felicidades a quem leve este nome!

    Damião de Finário, Beato
    Monge dominicano, 26 Outubro

    Damián de Finario, Beato

    Damião de Finário, Beato

    Damián Furcheri nasceu a princípios do século XV no lugar de Perti, perto de Finário, que é actualmente Finale Borgo, não longe de Génova.
    Alguns historiadores muito posteriores contam que, quando Damián era ainda muito jovem, foi raptado por um louco. Uma luz milagrosa assinalou a quem o buscava o sitio en que o sequestrador havia escondido ao menino.
    Damián ingressou, bastante jovem, na ordem de Santo Domingo e chegou a ser um pregador muito famoso em Lombardia e Ligúria.
    Morreu em 1484, em Reggio, perto de Módena e aí foi sepultado. Depois de sua morte, se lhe atribuíram numerosos milagres. Seu culto foi confirmado em 1848.

    Celina Chludzinska Borzecka, Beata
    Viúva e fundadora, 26 Outubro

    Celina Chludzinska Borzecka, Beata

    Celina Chludzinska Borzecka, Beata

    Celina Chludzinska, viúva de Borzecka. De origem polaco, é a fundadora da Congregação das Religiosas da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo (1833-1913).
    Será beatificada do dia sábado 27 de Outubro, na basílica de São Juan de Beltrán

    Alfredo o Grande, Santo
    Rei de Wessex, 26 Outubro

    Alfredo el Grande, Santo

    Alfredo o Grande, Santo

    Foi rei de Wessex (um dos sete reinos principais que presidiram ao reino de Inglaterra) desde 871 até à sua morte. Se fez célebre por defender seu reino contra os vikings, passando, como resultado disto no único rei de sua dinastia em ser chamado "O Grande" ou Magno, por seu povo. Foi também o primeiro rei de Wessex que se auto proclamou rei de Inglaterra. Os detalhes de sua vida são conhecidos graças a Asser, cronista da tribo dos Galos. Sendo um homem culto e letrado, ajudou muito à educação e a melhorar o sistema de leis de seu reino.
    Nasceu na localidade de Wantage, em Dorset, no ano 849, sendo o quinto e menor dos filhos varões -foram 6 no total- de Ethelwulfo, rei de Wessex, e de sua primeira esposa, Osburga.
    Em 855, ao morrer sua mãe, acompanhou a seu pai a uma peregrinação a Roma, passando no seu regresso uma temporada na corte do rei Carlos, o Calvo, de França, realizando-se então a segunda boda de Ethelwulfo com a filha do rei francês, Judith.
    Ethelwulfo morre em 13 de Janeiro de 858, sendo sucedido por seu segundo filho, Ethelbaldo, o qual se casa com sua madrasta Judith.
    Nada se sabe dos seguintes anos de Alfredo durante os reinados de seus dois irmãos mais velhos, Ethelbaldo e Ethelberto que se sucederam rapidamente. Foi até ao reinado do terceiro irmão -quarto em ordem de nascimento-, Etelredo I, que o jovem Alfredo começou sua vida pública e sua brilhante carreira militar contra os vikings. Foi graças a seus êxitos militares que, segundo o cronista Asser, lhe foi concedido o título de secundarius ou co-rei, sendo possivelmente aprovado este cargo pela Witenagemot para evitar problemas na sucessão em caso de que o rei morresse em batalha, ainda que com isso deserdavam aos dois filhos de Etelredo.
    Em 869, lutando ao lado de seu irmão Etelredo, fez uma tentativa fracassada de tirar a Mercia da pressão dos daneses. Durante quase dois anos Wessex desfrutou de uma trégua. Mas em finais de 870 se reabriram as hostilidades, e no ano seguinte seria conhecido como o "ano das batalhas de Alfredo". Nove batalhas se realizaram com variada fortuna, ainda que o lugar e a data de duas delas não ficaram registadas. Uma escaramuça acertada na batalha de Englesfield, Berkshire (31 de Dezembro de 870), foi seguida por uma derrota severa na batalha de Reading (4 de Janeiro de 871), para, quatro dias mais tarde, conseguir uma brilhante vitória na batalha de Ashdown, perto de Compton Beauchamp, em Shrivenham Hundred.
    Em 22 de Janeiro de 871, os daneses derrotaram de novo aos ingleses em Basing, e em 23 abril de 871 em Merton, Wiltshire, em que morre o rei Etelredo I; as duas batalhas não identificadas talvez tenham ocorrido no intervalo.
    Havendo morrido Etelredo I em batalha, Alfredo no fim sobe ao trono de Wessex, sendo coroado em Kingston-upon-Thames no mesmo dia.
    Enquanto que ele estava ocupado com o enterro e as cerimónias fúnebres de seu irmão, os daneses derrotaram ao exército inglês na sua ausência num lugar desconhecido, e uma vez mais com sua presença, em Wilton no mês de Maio. Depois de que fosse feita a paz, e que pelos seguintes cinco anos ocuparam os daneses outras partes de Inglaterra, Alfredo se viu obrigado a não realizar novas acções que não fossem mais além da observação e protecção da fronteira. As cosas mudam em 876, quando os daneses, sob um novo líder, Guthrum, regressam ao reino e atacam Wareham. Dali, no início de 877 e sob o pretexto de negociações, fazem uma incursão ao oeste e tomam Exeter. Aqui Alfredo os bloqueou, e graças à frota danesa não ter chegado pois foi dispersada por uma tormenta, os vikings tiveram que se submeter e retirar-se a Mercia. Em Janeiro de 878 os daneses voltaram à luta e fizeram um ataque repentino em Chippenham, uma praça forte a qual Alfredo havia estado mantendo desde o Natal, "e a maioria da gente foi capturada, excepto o rei Alfredo, o qual com uma pequena tropa reunida por si mesmo consegue fugir... pelo bosque e o pântano, e depois de Páscoa ele... constrói uma fortaleza em Athelney, e desde essa fortaleza começou a lutar contra o inimigo" (crónica).


    LENDAS DO PERÍODO
    Uma lenda diz como, disfarçado como um fugitivo nos pântanos de Athelney, em Petherton, a norte de Somerset, depois da primeira invasão dannesa, foi visto por uma camponesa e ela lhe deu abrigo, ignorante de sua identidade, deixando-o que a ajude a fazer algumas tortas que havia deixado cozinhar no fogo enquanto ia a fazer outras coisas. Preocupado com os problemas do reino, Alfredo deixou que as tortas se queimassem e foi golpeado pela mulher quando voltou. Uma vez exposta a identidade do rei, a mulher se desculpou profusamente, mas Alfredo insistiu que ele era o que se deveria desculpar. Na realidade toda esta história de que Alfredo, durante seu retiro em Athelney, saíra à vista como um fugitivo e ajudara a uma mulher a cozinhar umas tortas, é falsa. Na realidade ele estava organizando a resistência. Ao mesmo tempo, outras lendas o supõem disfarçado como harpista para entrar no campo de Guthrum e descobrir seus planos.
    VITÓRIA DECISIVA
    A meados de Maio de 878, os preparativos estavam prontos e Alfredo saiu de Athelney, reunindo-se no caminho as forças militares de Somerset, Wiltshire e Hampshire. Os daneses por seu lado, se moveram fora de Chippenham, e os dois exércitos se enfrentaram na batalha de Edington, em Wiltshire. O resultado foi uma vitória decisiva para Alfredo. Os daneses foram submetidos. Guthrum, o rei danés, e 29 de seus principais homens tomaram o baptismo. Como resultado disto, Inglaterra se dividiu em duas terras, a metade a sudoeste em mãos dos saxões e a metade norte oriental que se conheceria agora como o Danelaw. No ano seguinte (879) não somente Wessex, mas também Mercia, ao oeste de Watling Street, estava livre do invasor. Este é o arranjo conhecido pelos historiadores como a paz de Wedmore (878), ainda que não há documento algum que prove sua existência.
    Sem embargo por aquele tempo ainda que a metade norte oriental de Inglaterra, incluindo Londres, estava nas mãos dos daneses, a verdade é que a maré havia mudado em seu contrário. Por aqueles anos havia paz na ilha, mas os daneses se mantinham ocupados na Europa. Um ataque a Kent em 884 ou 885, ainda que rechaçado com êxito, animou os daneses de Anglia del Este a rebelar-se. As medidas tomadas por Alfredo para reprimir esta sublevação culminam com a tomada de Londres em 885 ou 886, e com o tratado conhecido como paz de Alfredo e de Guthrum, pelo que os limites do tratado de Wedmore (com o qual se confunde a miúdo) foram modificados materialmente para beneficio de
    Alfredo
    Uma vez terminada a luta com os daneses, Alfredo se concentrou em reforçar a marinha real, sendo construídas diversas embarcações de acordo com o gosto do rei.
    Também decidiu reconstruir a organização civil, gravemente danificada durante a invasão danesa, favorecendo aos desamparados e ganhando o título de "Protector do Pobre" (Asser).
    Asser também fala de maneira grandiosa acerca das relações de Alfredo com potências estrangeiras, ainda que não haja muita informação disponível a este respeito. Ele certamente sustentou correspondência com Elías III, patriarca de Jerusalém, e enviou provavelmente uma missão à Índia. As embaixadas a Roma que asseguravam a salvação das almas inglesas ao papa eram bastante frequentes; enquanto que o interesse de Alfredo em países estrangeiros se demonstra pelas inserções que ele fez na sua tradução de Orosius.
    Em redor do ano 890, Wulfstan de Haithabu empreendeu uma viagem de Haithabu em Jutlandia ao largo do Mar Báltico a cidade prussiana de Truso. Wulfstan deu detalhes de sua viagem a Alfredo.
    Suas relações com os príncipes célticos na metade meridional da ilha estão mais claras. Comparativamente cedo em seu reinado os príncipes de Gales, devido à pressão neles de Gales do norte e de Mercia, se acolheram à protecção de Alfredo. Mais adiante Gales do Norte seguiu seu exemplo, e cooperou com o rei inglês na campanha de 893 ou 894. Que Alfredo enviara irlandeses a mosteiros europeus se pode aceitar pela autoridade de Asser; a visita de três peregrinos "escotos" (quer dizer, irlandeses) a Alfredo em 891 é indubitavelmente autêntica; a história que o mesmo em sua meninice foi enviado a Irlanda para que se curasse por St. Modwenna, ainda que mítica, pode demonstrar o interesse do rei nessa ilha.
    Morreu em Winchester, em 26 de Outubro de 899, aos 50 anos de idade, sendo sepultado na abadía de Newminster, mas logo é trasladado para a abadía de Hyde, em Winchester.

    Buenaventura (Boaventura) de Potenza, Beato
    Franciscano conventual, 26 Outubro

    Buenaventura de Potenza, Beato

    Buenaventura de Potenza, Beato

    Buenaventura nasceu em Potenza, Basilicata em 4 de Janeiro de 1651 filho de Lelio Lavagna e Catalina Pica. Passou os primeiros 15 anos de sua vida em grande pureza de costumes e fervor religioso: reflectia a pureza no rosto e em seus olhos. Em 4 de Outubro de 1666 tomou o hábito religioso entre os Irmãos Menores Conventuais em Nocera dei Pagani. Depois do noviciado fez los estudos humanísticos e teológicos em Aversa, Madaloni, Benevento e Amalfi, onde foi ordenado sacerdote. Por 8 anos teve como mestre de espírito o venerável Domingo Giurardelli de Muro Lucano. Apesar de sua resistência a ocupar postos de responsabilidade, Buenaventura em Outubro de 1703 foi nomeado mestre de noviços e trasladado a Nocera dei Pagani, onde se ocupou por quatro anos na formação espiritual dos jovens. Em Junho de 1707, enquanto estava no convento de Santo Espírito de Nápoles por razões de saúde, se prodigalizou na assistência aos enfermos de cólera, epidemia que se desatou em Vomero. Em 4 de Janeiro de 1710 foi destinado ao convento de Ravello, onde assumiu a direcção espiritual dos mosteiros de Santa Clara e de São Cataldo.
    Fiel imitador del Seráfico Patriarca, Buenaventura guardava com zeloso cuidado o precioso tesouro da pobreza que brilhava em seu hábito, cheio de remendos, en sua cela e em toda a sua vida. Por natureza tinha um temperamento fogoso, fácil à ira, mas com a força de seu carácter e com a ajuda de Deus soube adquirir uma paciência e uma doçura inalteráveis. Frente às censuras, às injustiças e às injúrias, ainda que sentisse bulir seu sangue nas veias e palpitar violentamente o coração, sem embargo lograva conservar um absoluto domínio de si mesmo. Sua austeridade era inaudita. As sextas-feiras se flagelava até derramar sangue, em recordação da Paixão de Cristo. Para com os pobres, os enfermos e os aflitos era compassivo e lhes prestava assistência. Como autentico sacerdote de Cristo seu magistério era evangélico. Com uma só pregação ordinariamente chegava a converter aos pecadores, e ás vezes, como o bom pastor, ia a suas casas para buscá-los como a ovelha perdida. Seu confessionário se mantinha assediado de penitentes. Ás vezes passava nele dias inteiros. Foi fervoroso e zeloso devoto da Virgem. Nas pregações convidava aos fieis à confiança e ao amor para com a divina Mãe. Não empreendia nenhuma iniciativa sem a colocar sob sua protecção. A Imaculada Conceição de Maria, ainda que não era dogma definido, para ele era uma verdade da qual não se podia duvidar. Sua vida esteve marcada por carismas singulares e prodígios. Depois de oito dias de enfermidade, aos 60 anos, em 26 de Outubro de 1711, com o nome de Maria em seus lábios, expirou serenamente em Ravello.
    Beatificado por Pio VI em 26 de Novembro de 1775

    Cedda (Cedd), São
    Bispo, 26 Outubro

    Cedda (Cedd), San

    Cedda (Cedd), São

    Bispo de Saxónia Oriental, irmão de São Ceadda; morreu em 26 de Outubro de 664. Tinha outros dois irmãos também sacerdotes, Cynibill e Caelin, todos nascidos de uma família Anglo estabelecida em Northumbria.
    Com seu jovem irmão Ceadda, ele se mudou para Lindisfarne sob o São Aidan.
    Em 653 foi um de quatro sacerdotes enviados por Oswiu, Rei de Northumbria, a evangelizar parte de seu reino por solicitude de seu conselheiro.
    Pouco tempo depois, sem embargo, foi chamado a realizar o mesmo trabalho missionário em Essex colaborando com Sigeberht, o Rei de Saxónia Oriental, a converter a seus súbditos ao cristianismo.
    Aqui foi consagrado bispo e era muito activo fundando igrejas, e estabeleceu mosteiros em Tilbury e Ithancester.
    De vez em quando voltava a visitar sua Northumbria natal, e ali, por solicitude de Aethelwald, fundou o mosteiro de Laestingaeu, agora Lastingham, em Yorkshire.
    Desta casa ele foi o primeiro abade, não obstante suas responsabilidades episcopais.
    No Sínodo de Whitby, ainda que Celta em sua educação, adoptou a liturgia romana.
    Imediatamente depois do sínodo realizou uma visita a Laestingaeu, onde ajudou a vítimas de uma praga.
    Florence de Worcester e William de Malmesbury em tempos posteriores o mencionam como o segundo Bispo de Londres, mas San Bede, quase um contemporâneo, nunca lhe dá esse título.

    http://es.catholic.net/santoral

    Recolha, transcrição e tradução incompleta por António Fonseca

    domingo, 25 de outubro de 2009

    CRISPIM e CRISPINIANO, Santos (e outros)

    Crispim e Crispiniano, Santos
    Mártires, padroeiros dos sapateiros, 25 de Outubro

     crispin

    Crispim e Crispiniano, Santos

    Mártires
    Outubro 25

    Etimologicamente significam “de pelo riçado”. Vem da língua latina.
    A alma que quer dar-se por inteiro a Deus, não tem de buscar nada para si mesmo mas tem que pensar, falar e actuar tendo como meta Deus. E isto não é nenhuma beatice, mas sim um impulso forte e intenso a deixar de viver pelos outros.
    Os jovens de hoje, que morreram no ano 285, ficam longe de nossa história do terceiro milénio.
    Sem embargo, suas obras e seus nomes ficaram gravados nas páginas da história da Igreja para sempre.
    ¿Quem eram?, ¿que fizeram?
    Se estabeleceram em Roma e aprenderam o ofício de sapateiros. E desde qualquer trabalho se pode fazer um anúncio ou proclamação do Evangelho e das riquezas que transporta a alma humana.
    Este serviço o concretizou em fazer sapatos para os pobres. A estes, por suposto, não lhes cobravam absolutamente nada.
    Aos ricos, que conheciam o bom trabalho que faziam e a qualidade do calçado, sim que lhes cobravam.
    O bonito destes dois crentes é que aproveitavam os momentos de venda para dar graças para falar com entusiasmo de Jesus Cristo. E com a maior naturalidade do mundo.
    Deviam viver o que diziam porque a gente os escutava com agrado.
    Os franceses dizem que viveram na região de Soissons. Os ingleses, por sua vez, afirmam que viveram no condado de Kent, ao sul de Inglaterra.

    Shakespeare os elogia em sua obra “Enrique V” e em “Júlio César”.
    No que todos estão de acordo é em que morreram mártires.
    ¡Felicidades a quem levem estes nomes!

    Frutos, San
    Biografia: 25 de Outubro de 715

    Frutos, San

    Frutos, São

    Os corpos de São Frutos, Santa Engrácia e São Valentim, venerados pelos cristãos segovianos, se conservaram na ermida de San Frutos, perto da actual Sepúlveda, desde começos do século VIII até ao século XI.
    O rei Alfonso VI concedeu esta ermida ao mosteiro de São Sebastião de Silos —hoje Santo Domingo de Silos- para que a cuidassem e facilitassem a crescente devoção do povo; se fez escritura em 1076. Os monges recompõem a ermida como de novo e a habilitam para que possam viver nela alguns monges. Terminadas as obras no ano 1100, a consagra D. Bernardo, o primeiro Arcebispo de Toledo. Está construída sobre rocha escarpada, como cortada a pico, na margem do rio Duratón, afluente do Douro. Nesse novo lugar se depositam as relíquias dos três santos.
    Restaurada Segóvia e restituída a sua dignidade episcopal, se passam a sua catedral a metade das relíquias desde o mosteiro de Silos, com autorização e mandato do Arcebispo de Toledo, em 1125.
    Tão zelosamente se guardam que se perde o sítio onde foram depositadas até que se encontraram milagrosamente, em tempos do zeloso bispo D. Juan Árias de Ávila. 
    No ano 1558 se depositaram finalmente na nova catedral. Ali, por trás do coro, repousam os restos do Padroeiro da Cidade, tendo por fundo o retábulo que trouxe Ventura Rodríguez para o palácio de Riofrío e que Carlos III doou para a catedral segoviana.

    ¿Quem foi o homem que desde catorze séculos atrás é pólo de atracção de tantas gerações de segovianos?
    Nasceu Frutos, no ano 642, no seio de uma família rica que teve outros dois filhos com os nomes de Valentín e Engrácia. Devia ser uma família de profundas convicções cristãs que souberam, com a mesma vida, inculcá-las a seus filhos.

    Sem que se saiba a causa, morreram os dois. Agora os três jovens são herdeiros de uns bens e começam a conhecer na prática a dureza que supõe o ser fieis aos princípios. Parece que tanto tédio provocaram neles os vícios, maldades, e invejas à sua volta, que Frutos lhes propõe uma mudança radical de vida. Os três, com a mesma liberdade e livre determinação decidem vender seus bens e os dão aos pobres. Deixaram a cidade do aqueduto romano e querem começar uma vida da solidão, oração e penitência pelos pecados dos homens. Na margem do rio Duratón lhes pareceu encontrar o lugar adequado para seus propósitos. Fazem três ermidas separadas para conseguir a desejada solidão e dedicar o tempo de sua vida de modo definitivo ao tratamento com Deus.

    A partir daqui se tem notícias de Frutos quando o estalido da invasão muçulmana e sua rápida dominação do reino visigodo. Frutos, em seu desejo de servir a Deus, interviu de alguma maneira e com vivo desejo de martírio- em procurar a conversão de alguns maometanos que se aproximaram à sua volta; defendeu a grupos de cristãos que fugiam dos guerreiros invasores; deu ânimos, secou lágrimas e alentou os espíritos de quem se deslocava ao norte; foi protagonista de alguns sucessos sobrenaturais e morreu na paz do Senhor, com o halo de santo, no ano 715. 
    A mesma história refere que seus hermanos Valentín e Engrácia foram dos mártires decapitados pelos sarracenos e seus corpos colocados com o do Santo. 
    O que se sabe hoje em torno de que vivem e morrem estes santos facilita cobrir as lacunas ou as interrogações que possam apresentar-se. A invasão muçulmana, seu rápido avanço pelo reino hispano-visigodo e o martírio de cristãos tiveram sua génesis. A unidade do reino tão lograda pela conversão do arianismo à fé católica de Recaredo em 589 apresentava agora uma falsa coesão por sua fragilidade. Os clãs de nobres, civis e eclesiásticos, com interesses políticos e económicos contrapostos, tratam de controlar cada um alternativamente o trono de Toledo e são uma fonte contínua de conflitos. A nobreza que no princípio recebeu uns territórios para exercer neles funções administrativas, fiscais e militares, ao fazer-se hereditárias, ficam praticamente privatizadas com detrimento progressivo das funções públicas características de um estado centralizado e levam à fragmentação do poder do monarca. A classe aristocrata assenta ainda mais a diferença social com o povo cada vez mais pobre, indefeso, desorientado, abandonado e enfastiado do luxo de seus senhores. Há que acrescentar desastres naturais que assolam o país especialmente desde o reinado de Kindasvinto (642-653) como epidemias que dizimavam a população, pragas de lagostas, seca, pestes e despovoamento. O vício, a amoralidade e desenfreio reina na sociedade o amparo do que sucede nas casas da nobreza. À morte de Witiza, os partidários de Akhila, seu filho primogénito, não conseguem pô-lo no trono ocupado por D. Rodrigo, duque da Bética, e pedem ajuda aos berberes. O desastre de Guadalete de 711 fez que o que foi uma simples ajuda dos mouros capitaneados por Tariq se convertesse em toda uma invasão e conquista posterior que completa os planos estratégicos do Islão pela decrepitude que se havia gerado no interior do reino visigodo.

    Tabita, Santa
    Viúva, 25 de Outubro

    Tabita, Santa

    Tabita, Santa

    Outubro 25

    Etimologicamente significa “gazela”. Vem da língua hebraica.
    Disse são Lucas: “A sabedoria de Deus livrou a seus fieis de suas fadigas, conduziu os justos pelo caminho recto e lhes fez conhecer as realidades do Reino de Deus”.
    Foi uma viúva do século I. É um nome insólito em nossa cultura.
    Esta palavra em hebraico está composta de “beleza e elegância
    Em grego se lhe chama Dorcas e seu significado é idêntico.
    Conhecemos dela um relato nos Actos dos Apóstolos, em que se conta um dos milagres maiores  que fez são Pedro.
    Era de Joppe. Todo o mundo falava dela bem porque era muito boa e sobretudo porque fazia muitas obras de caridade.
    Esta rapariga morreu e são Pedro, com o poder que lhe havia dado o Senhor, a ressuscitou.
    Estava toda a casa cheia de gente. Não cabia mais ninguém.
    Não entrava nem um alfinete.
    São Pedro, cheio de Deus – isso é ser um bom apóstolo e um crente de verdade -, entrou na habitação mortuária. 
    E ante a presença de todos e de todas, disse estas palavras:"Tabita, levanta-te. E, tomando-a com uma mão, a apresentou a sua querida mãe".
    Graças a este milagre, muitos creram em Cristo. No fundo, era o que queria são Pedro.
    Estamos na época da nascente Igreja primitiva.
    Os gregos introduziram esta santa no seu calendário, mas o seu culto não tem sido nunca muito estendido.
    ¡Felicidades a quem leve este nome!

    40 Mártires de Inglaterra e Gales, Santos
    Mártires, 25 de Outubro

    40 Mártires de Inglaterra y Gales, Santos

    40 Mártires de Inglaterra e Gales, Santos

    A raiz da controvérsia entre o Papa e o rei Enrique VIII no século 16, as questões de fé se enredaram com questões políticas nas Ilhas Britânicas, com frequência se resolveram mediante a tortura e o assassinato dos fieis católicos.
    Em 1970, o Vaticano seleccionou 40 mártires, homens e mulheres, laicos e religiosos, para representar um grupo de aproximadamente 300 casos conhecidos que deram sua vida, entre 1535 e 1679, por sua fé e fidelidade à Igreja. Este grupo foi canonizado pelo Papa Paulo VI no dia 25 de Outubro desse ano.

    Cada um deles tem seu próprio dia de memorial, mas são recordados como um grupo, em 25 de Outubro.


    A lista dos 40 mártires (*):

    Cartuxos  -  Augustine Webster, John Houghton, Robert Lawrence

    Brigidino   -  Richard Reynolds

    Agostinho  -  John Stone

    Jesuitas   -  Alexander Briant, Edmund Arrowsmith, Edmund Campion, David Lewis, Henry Morse, Henry Walpole, Nicholás Owen, Philip Evans, Robert Southwell, Thomas Garnet

    Beneditinos  -  Alban Roe, Ambrose Barlow, John Roberts, John Jones

    Franciscanos John Wall

    Clero Secular - Cuthbert Mayne, Edmund Gennings, Eustace White, John Almond, John Boste, John Kemble, John Lloyd, John Pain, John Plesington, John Southworth, Luke Kirby, Polydore Plasden, Ralph Sherwin

    Laicos - John Rigby, Philip Howard, Richard Gwyn, Swithun Wells, maestro, 1591, Ana Line, Margaret Clitherow, Margaret Ward

    (*) No blogue que publiquei no passado dia 17 de Outubro, já fiz alusão a estes mártires. António Fonseca 

     

    Canna, Santa
    Esposa e mãe, Século VI, 25 Outubro

    Canna, Santa

    Canna, Santa

    Ao princípio do século VI, Canna, passou desde Bretanha a Gália, juntamente com seu marido são Saturnino (depois na Gália se lhe chamou "Sadwrn"), com seu filho, são Crallo, e o tio, são Cadfan. 
    A razão para esta mudança se deva talvez as guerras ou pelos intensos intercâmbios que se estavam desenvolvendo entre Inglaterra e o continente.
    Morto São Saturnino, Canna teve um segundo matrimónio com um nome de nobre, eles tiveram como filhos a são Tegfan e são Elian (Hilário), a quem apodavam "o visitante dos lugares santos, peregrino".
    Cada um destes santos há deixado seu nome unido a várias localidades, sobretudo santo Elian que desfruta um culto particularmente vívido na ilha de Mona.

    Crisanto e Daría, Santos
    Esposos e mártires, 25 Outubro

    Crisanto y Daría, Santos

    Crisanto e Daría, Santos

    Crisanto, natural de Alexandria, foi para Roma com seu pai Polémio, muito estimado do imperador Numeriano.
    Se aficcionou tanto à leitura dos livros sagrados que usavam os cristãos e ao Evangelho, que concebeu grande desprezo a todo o profano, e instruído pelo presbítero Carpóforo, recebeu o baptismo.
    Sua conversão foi muito assinalada em Roma. Seu pai, pagão, o encerrou num obscuro calabouço. Não bastando isto para o dissuadir, recorreu à sensualidade para corrompê-lo e lhe propuseram que se casasse com Daría, donzela consagrada a Minerva.
    Crisanto a converteu com um discurso contra os erros do paganismo, e Daría recebeu também o baptismo, sendo uma das mais fervorosas cristãs do século III.
    Se uniram em matrimónio, mas com a condição de guardar a virgindade até à morte. Polémio ignorava tudo isto e se apaziguou. No entanto, os dois castos esposos se dedicavam à religião verdadeira, exercendo obras de misericórdia com os pobres e os perseguidos.
    Foram delatados e presos. Depois de muitos tormentos e milagres, o tirano mandou metê-los no campo de Escelerado, e nele consumaram o martírio, notando-se outro milagre com a cabeça de Crisanto, no ano do Senhor 284.

    Gaudêncio de Bréscia, Santo
    Bispo, 25 Outubro

    Gudencio de Brescia, Santo

    Gaudêncio de Bréscia, Santo

    São Gaudêncio viveu em finais do século IV ou princípios do siglo V ignorando-se sua pátria, a data de seu nascimento e ainda a história de seus primeiros anos. 
    Mas sabe-se que depois da morte do bispo Filastro, ocorrida no ano 387, foi eleito bispo de Bréscia e que ainda que ao princípio não quis aceitar a nomeação, se viu obrigado a isso pelo afecto do povo e as repetidas instâncias dos bispos da província entre os quais figurava Santo Ambrósio.
    São Gaudêncio manteve uma grande amizade com o bispo de Milão e foi um dos latinos enviados a Constantinopla nos anos 404 e 405 para interceder a favor de São Crisóstomo durante a perseguição.
    Na história da antiga literatura cristã ocupa um distinto lugar São Gaudêncio por muitas obras que dele se conservam. Se lhe devem principalmente as notícias que nos ficaram de Filastro, consignadas num discurso seu sobre a vida e escritos deste prelado e que também se intitula Liber de vita sancti Philatrii.
    Se conservam também dez sermões e algumas homilias sobre diferentes passagens da Bíblia entre outras, as que pronunciou no dia de sua consagração, muito interessante para a história de sua vida.
    Dupín disse dele na sua Nouvelle bibliothèque que seu estilo é simples mas descuidado, suas alegorias violentas, seus sermões secos, estilo muito pouco atractivo e superficial. Mas em troca, Pablo Galearti afirma que seu estilo, ainda que simples, é elegante, fácil e ameno.

     

    María Teresa Ferragud Roiq e suas 4 filhas, Beatas
    Mártires, 25 Outubro

    María Teresa Ferragud Roiq y sus 4 hijas, Beatas

    Maria Teresa Ferragud Roiq e suas 4 filhas

    (Maria de Jesus, Verónica, Josefa e Felicidade), Beatas

    Nasce em Algemesí (Valência) em 14 de Janeiro de 1853. Casada em 23 de Novembro de 1872 com Vicente Silvério Masia, homem de uma fé profunda e uma vida interior constante. Dos nove filhos que tiveram; quatro se fizeram religiosas.
    Mulher também de profundas convicções religiosas, tendo uma especial devoção à Eucaristia, que se manifesta na assistência à Santa Missa todos os dias e à adoração do Santíssimo. Se incorporou ao grupo de aspirantes de Acção Católica da Paróquia e, pouco a pouco, foi assumindo diversas responsabilidades dentro das Mulheres de Acção Católica da Paróquia. Também participava nas actividades da Fraternidade de São Vicente de Paulo de sua Paróquia, de que foi Presidente.
    Ao começar a Guerra Civil, suas filhas religiosas se refugiaram em sua casa. Ao serem presas pelos milicianos, decidiram não levar a anciã mãe (83 anos), mas ela protestou: ”Onde vão minhas filhas vou eu”. Animou as quatro filhas a aceitar o martírio:
    ”Filhas minhas não temais, isto é um momento e o Céu é para sempre”.
    Quando, ao final lhe tocou o turno a ela, um miliciano lhe perguntou: ”Olhe velha, ¿tu não tens medo à morte?” Ao que ela respondeu: “Toda minha vida tenho querido fazer algo por Jesus Cristo e ¿agora me vou a voltar atrás? ¡Matai-me pelo mesmo motivo que a elas, por ser cristãs! Onde vão minhas filhas vou eu”.
    Deu sua vida por Jesus Cristo em Alcira (Valência ) em 25 de Outubro de 1936.
    As cinco, mãe e quatro filhas religiosas, foram beatificadas por João Paulo II em Roma em 11 de Março de 2001.

    Elas são parte dos mártires em Espanha. Para ver mais sobre os 233 mártires espanhóis faz "click" AQUI

    Vejam também mensagem do dia 17 de Outubro neste blogue

    http://es.catholic.net/santoral

    Recolha, transcrição e tradução incompleta por António Fonseca

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 660 - SÉRIE DE 2024 - Nº (137) - SANTOS DE CADA DIA - 16 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 2 )

       Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 137º  Número da ...