domingo, 25 de outubro de 2009

CRISPIM e CRISPINIANO, Santos (e outros)

Crispim e Crispiniano, Santos
Mártires, padroeiros dos sapateiros, 25 de Outubro

 crispin

Crispim e Crispiniano, Santos

Mártires
Outubro 25

Etimologicamente significam “de pelo riçado”. Vem da língua latina.
A alma que quer dar-se por inteiro a Deus, não tem de buscar nada para si mesmo mas tem que pensar, falar e actuar tendo como meta Deus. E isto não é nenhuma beatice, mas sim um impulso forte e intenso a deixar de viver pelos outros.
Os jovens de hoje, que morreram no ano 285, ficam longe de nossa história do terceiro milénio.
Sem embargo, suas obras e seus nomes ficaram gravados nas páginas da história da Igreja para sempre.
¿Quem eram?, ¿que fizeram?
Se estabeleceram em Roma e aprenderam o ofício de sapateiros. E desde qualquer trabalho se pode fazer um anúncio ou proclamação do Evangelho e das riquezas que transporta a alma humana.
Este serviço o concretizou em fazer sapatos para os pobres. A estes, por suposto, não lhes cobravam absolutamente nada.
Aos ricos, que conheciam o bom trabalho que faziam e a qualidade do calçado, sim que lhes cobravam.
O bonito destes dois crentes é que aproveitavam os momentos de venda para dar graças para falar com entusiasmo de Jesus Cristo. E com a maior naturalidade do mundo.
Deviam viver o que diziam porque a gente os escutava com agrado.
Os franceses dizem que viveram na região de Soissons. Os ingleses, por sua vez, afirmam que viveram no condado de Kent, ao sul de Inglaterra.

Shakespeare os elogia em sua obra “Enrique V” e em “Júlio César”.
No que todos estão de acordo é em que morreram mártires.
¡Felicidades a quem levem estes nomes!

Frutos, San
Biografia: 25 de Outubro de 715

Frutos, San

Frutos, São

Os corpos de São Frutos, Santa Engrácia e São Valentim, venerados pelos cristãos segovianos, se conservaram na ermida de San Frutos, perto da actual Sepúlveda, desde começos do século VIII até ao século XI.
O rei Alfonso VI concedeu esta ermida ao mosteiro de São Sebastião de Silos —hoje Santo Domingo de Silos- para que a cuidassem e facilitassem a crescente devoção do povo; se fez escritura em 1076. Os monges recompõem a ermida como de novo e a habilitam para que possam viver nela alguns monges. Terminadas as obras no ano 1100, a consagra D. Bernardo, o primeiro Arcebispo de Toledo. Está construída sobre rocha escarpada, como cortada a pico, na margem do rio Duratón, afluente do Douro. Nesse novo lugar se depositam as relíquias dos três santos.
Restaurada Segóvia e restituída a sua dignidade episcopal, se passam a sua catedral a metade das relíquias desde o mosteiro de Silos, com autorização e mandato do Arcebispo de Toledo, em 1125.
Tão zelosamente se guardam que se perde o sítio onde foram depositadas até que se encontraram milagrosamente, em tempos do zeloso bispo D. Juan Árias de Ávila. 
No ano 1558 se depositaram finalmente na nova catedral. Ali, por trás do coro, repousam os restos do Padroeiro da Cidade, tendo por fundo o retábulo que trouxe Ventura Rodríguez para o palácio de Riofrío e que Carlos III doou para a catedral segoviana.

¿Quem foi o homem que desde catorze séculos atrás é pólo de atracção de tantas gerações de segovianos?
Nasceu Frutos, no ano 642, no seio de uma família rica que teve outros dois filhos com os nomes de Valentín e Engrácia. Devia ser uma família de profundas convicções cristãs que souberam, com a mesma vida, inculcá-las a seus filhos.

Sem que se saiba a causa, morreram os dois. Agora os três jovens são herdeiros de uns bens e começam a conhecer na prática a dureza que supõe o ser fieis aos princípios. Parece que tanto tédio provocaram neles os vícios, maldades, e invejas à sua volta, que Frutos lhes propõe uma mudança radical de vida. Os três, com a mesma liberdade e livre determinação decidem vender seus bens e os dão aos pobres. Deixaram a cidade do aqueduto romano e querem começar uma vida da solidão, oração e penitência pelos pecados dos homens. Na margem do rio Duratón lhes pareceu encontrar o lugar adequado para seus propósitos. Fazem três ermidas separadas para conseguir a desejada solidão e dedicar o tempo de sua vida de modo definitivo ao tratamento com Deus.

A partir daqui se tem notícias de Frutos quando o estalido da invasão muçulmana e sua rápida dominação do reino visigodo. Frutos, em seu desejo de servir a Deus, interviu de alguma maneira e com vivo desejo de martírio- em procurar a conversão de alguns maometanos que se aproximaram à sua volta; defendeu a grupos de cristãos que fugiam dos guerreiros invasores; deu ânimos, secou lágrimas e alentou os espíritos de quem se deslocava ao norte; foi protagonista de alguns sucessos sobrenaturais e morreu na paz do Senhor, com o halo de santo, no ano 715. 
A mesma história refere que seus hermanos Valentín e Engrácia foram dos mártires decapitados pelos sarracenos e seus corpos colocados com o do Santo. 
O que se sabe hoje em torno de que vivem e morrem estes santos facilita cobrir as lacunas ou as interrogações que possam apresentar-se. A invasão muçulmana, seu rápido avanço pelo reino hispano-visigodo e o martírio de cristãos tiveram sua génesis. A unidade do reino tão lograda pela conversão do arianismo à fé católica de Recaredo em 589 apresentava agora uma falsa coesão por sua fragilidade. Os clãs de nobres, civis e eclesiásticos, com interesses políticos e económicos contrapostos, tratam de controlar cada um alternativamente o trono de Toledo e são uma fonte contínua de conflitos. A nobreza que no princípio recebeu uns territórios para exercer neles funções administrativas, fiscais e militares, ao fazer-se hereditárias, ficam praticamente privatizadas com detrimento progressivo das funções públicas características de um estado centralizado e levam à fragmentação do poder do monarca. A classe aristocrata assenta ainda mais a diferença social com o povo cada vez mais pobre, indefeso, desorientado, abandonado e enfastiado do luxo de seus senhores. Há que acrescentar desastres naturais que assolam o país especialmente desde o reinado de Kindasvinto (642-653) como epidemias que dizimavam a população, pragas de lagostas, seca, pestes e despovoamento. O vício, a amoralidade e desenfreio reina na sociedade o amparo do que sucede nas casas da nobreza. À morte de Witiza, os partidários de Akhila, seu filho primogénito, não conseguem pô-lo no trono ocupado por D. Rodrigo, duque da Bética, e pedem ajuda aos berberes. O desastre de Guadalete de 711 fez que o que foi uma simples ajuda dos mouros capitaneados por Tariq se convertesse em toda uma invasão e conquista posterior que completa os planos estratégicos do Islão pela decrepitude que se havia gerado no interior do reino visigodo.

Tabita, Santa
Viúva, 25 de Outubro

Tabita, Santa

Tabita, Santa

Outubro 25

Etimologicamente significa “gazela”. Vem da língua hebraica.
Disse são Lucas: “A sabedoria de Deus livrou a seus fieis de suas fadigas, conduziu os justos pelo caminho recto e lhes fez conhecer as realidades do Reino de Deus”.
Foi uma viúva do século I. É um nome insólito em nossa cultura.
Esta palavra em hebraico está composta de “beleza e elegância
Em grego se lhe chama Dorcas e seu significado é idêntico.
Conhecemos dela um relato nos Actos dos Apóstolos, em que se conta um dos milagres maiores  que fez são Pedro.
Era de Joppe. Todo o mundo falava dela bem porque era muito boa e sobretudo porque fazia muitas obras de caridade.
Esta rapariga morreu e são Pedro, com o poder que lhe havia dado o Senhor, a ressuscitou.
Estava toda a casa cheia de gente. Não cabia mais ninguém.
Não entrava nem um alfinete.
São Pedro, cheio de Deus – isso é ser um bom apóstolo e um crente de verdade -, entrou na habitação mortuária. 
E ante a presença de todos e de todas, disse estas palavras:"Tabita, levanta-te. E, tomando-a com uma mão, a apresentou a sua querida mãe".
Graças a este milagre, muitos creram em Cristo. No fundo, era o que queria são Pedro.
Estamos na época da nascente Igreja primitiva.
Os gregos introduziram esta santa no seu calendário, mas o seu culto não tem sido nunca muito estendido.
¡Felicidades a quem leve este nome!

40 Mártires de Inglaterra e Gales, Santos
Mártires, 25 de Outubro

40 Mártires de Inglaterra y Gales, Santos

40 Mártires de Inglaterra e Gales, Santos

A raiz da controvérsia entre o Papa e o rei Enrique VIII no século 16, as questões de fé se enredaram com questões políticas nas Ilhas Britânicas, com frequência se resolveram mediante a tortura e o assassinato dos fieis católicos.
Em 1970, o Vaticano seleccionou 40 mártires, homens e mulheres, laicos e religiosos, para representar um grupo de aproximadamente 300 casos conhecidos que deram sua vida, entre 1535 e 1679, por sua fé e fidelidade à Igreja. Este grupo foi canonizado pelo Papa Paulo VI no dia 25 de Outubro desse ano.

Cada um deles tem seu próprio dia de memorial, mas são recordados como um grupo, em 25 de Outubro.


A lista dos 40 mártires (*):

Cartuxos  -  Augustine Webster, John Houghton, Robert Lawrence

Brigidino   -  Richard Reynolds

Agostinho  -  John Stone

Jesuitas   -  Alexander Briant, Edmund Arrowsmith, Edmund Campion, David Lewis, Henry Morse, Henry Walpole, Nicholás Owen, Philip Evans, Robert Southwell, Thomas Garnet

Beneditinos  -  Alban Roe, Ambrose Barlow, John Roberts, John Jones

Franciscanos John Wall

Clero Secular - Cuthbert Mayne, Edmund Gennings, Eustace White, John Almond, John Boste, John Kemble, John Lloyd, John Pain, John Plesington, John Southworth, Luke Kirby, Polydore Plasden, Ralph Sherwin

Laicos - John Rigby, Philip Howard, Richard Gwyn, Swithun Wells, maestro, 1591, Ana Line, Margaret Clitherow, Margaret Ward

(*) No blogue que publiquei no passado dia 17 de Outubro, já fiz alusão a estes mártires. António Fonseca 

 

Canna, Santa
Esposa e mãe, Século VI, 25 Outubro

Canna, Santa

Canna, Santa

Ao princípio do século VI, Canna, passou desde Bretanha a Gália, juntamente com seu marido são Saturnino (depois na Gália se lhe chamou "Sadwrn"), com seu filho, são Crallo, e o tio, são Cadfan. 
A razão para esta mudança se deva talvez as guerras ou pelos intensos intercâmbios que se estavam desenvolvendo entre Inglaterra e o continente.
Morto São Saturnino, Canna teve um segundo matrimónio com um nome de nobre, eles tiveram como filhos a são Tegfan e são Elian (Hilário), a quem apodavam "o visitante dos lugares santos, peregrino".
Cada um destes santos há deixado seu nome unido a várias localidades, sobretudo santo Elian que desfruta um culto particularmente vívido na ilha de Mona.

Crisanto e Daría, Santos
Esposos e mártires, 25 Outubro

Crisanto y Daría, Santos

Crisanto e Daría, Santos

Crisanto, natural de Alexandria, foi para Roma com seu pai Polémio, muito estimado do imperador Numeriano.
Se aficcionou tanto à leitura dos livros sagrados que usavam os cristãos e ao Evangelho, que concebeu grande desprezo a todo o profano, e instruído pelo presbítero Carpóforo, recebeu o baptismo.
Sua conversão foi muito assinalada em Roma. Seu pai, pagão, o encerrou num obscuro calabouço. Não bastando isto para o dissuadir, recorreu à sensualidade para corrompê-lo e lhe propuseram que se casasse com Daría, donzela consagrada a Minerva.
Crisanto a converteu com um discurso contra os erros do paganismo, e Daría recebeu também o baptismo, sendo uma das mais fervorosas cristãs do século III.
Se uniram em matrimónio, mas com a condição de guardar a virgindade até à morte. Polémio ignorava tudo isto e se apaziguou. No entanto, os dois castos esposos se dedicavam à religião verdadeira, exercendo obras de misericórdia com os pobres e os perseguidos.
Foram delatados e presos. Depois de muitos tormentos e milagres, o tirano mandou metê-los no campo de Escelerado, e nele consumaram o martírio, notando-se outro milagre com a cabeça de Crisanto, no ano do Senhor 284.

Gaudêncio de Bréscia, Santo
Bispo, 25 Outubro

Gudencio de Brescia, Santo

Gaudêncio de Bréscia, Santo

São Gaudêncio viveu em finais do século IV ou princípios do siglo V ignorando-se sua pátria, a data de seu nascimento e ainda a história de seus primeiros anos. 
Mas sabe-se que depois da morte do bispo Filastro, ocorrida no ano 387, foi eleito bispo de Bréscia e que ainda que ao princípio não quis aceitar a nomeação, se viu obrigado a isso pelo afecto do povo e as repetidas instâncias dos bispos da província entre os quais figurava Santo Ambrósio.
São Gaudêncio manteve uma grande amizade com o bispo de Milão e foi um dos latinos enviados a Constantinopla nos anos 404 e 405 para interceder a favor de São Crisóstomo durante a perseguição.
Na história da antiga literatura cristã ocupa um distinto lugar São Gaudêncio por muitas obras que dele se conservam. Se lhe devem principalmente as notícias que nos ficaram de Filastro, consignadas num discurso seu sobre a vida e escritos deste prelado e que também se intitula Liber de vita sancti Philatrii.
Se conservam também dez sermões e algumas homilias sobre diferentes passagens da Bíblia entre outras, as que pronunciou no dia de sua consagração, muito interessante para a história de sua vida.
Dupín disse dele na sua Nouvelle bibliothèque que seu estilo é simples mas descuidado, suas alegorias violentas, seus sermões secos, estilo muito pouco atractivo e superficial. Mas em troca, Pablo Galearti afirma que seu estilo, ainda que simples, é elegante, fácil e ameno.

 

María Teresa Ferragud Roiq e suas 4 filhas, Beatas
Mártires, 25 Outubro

María Teresa Ferragud Roiq y sus 4 hijas, Beatas

Maria Teresa Ferragud Roiq e suas 4 filhas

(Maria de Jesus, Verónica, Josefa e Felicidade), Beatas

Nasce em Algemesí (Valência) em 14 de Janeiro de 1853. Casada em 23 de Novembro de 1872 com Vicente Silvério Masia, homem de uma fé profunda e uma vida interior constante. Dos nove filhos que tiveram; quatro se fizeram religiosas.
Mulher também de profundas convicções religiosas, tendo uma especial devoção à Eucaristia, que se manifesta na assistência à Santa Missa todos os dias e à adoração do Santíssimo. Se incorporou ao grupo de aspirantes de Acção Católica da Paróquia e, pouco a pouco, foi assumindo diversas responsabilidades dentro das Mulheres de Acção Católica da Paróquia. Também participava nas actividades da Fraternidade de São Vicente de Paulo de sua Paróquia, de que foi Presidente.
Ao começar a Guerra Civil, suas filhas religiosas se refugiaram em sua casa. Ao serem presas pelos milicianos, decidiram não levar a anciã mãe (83 anos), mas ela protestou: ”Onde vão minhas filhas vou eu”. Animou as quatro filhas a aceitar o martírio:
”Filhas minhas não temais, isto é um momento e o Céu é para sempre”.
Quando, ao final lhe tocou o turno a ela, um miliciano lhe perguntou: ”Olhe velha, ¿tu não tens medo à morte?” Ao que ela respondeu: “Toda minha vida tenho querido fazer algo por Jesus Cristo e ¿agora me vou a voltar atrás? ¡Matai-me pelo mesmo motivo que a elas, por ser cristãs! Onde vão minhas filhas vou eu”.
Deu sua vida por Jesus Cristo em Alcira (Valência ) em 25 de Outubro de 1936.
As cinco, mãe e quatro filhas religiosas, foram beatificadas por João Paulo II em Roma em 11 de Março de 2001.

Elas são parte dos mártires em Espanha. Para ver mais sobre os 233 mártires espanhóis faz "click" AQUI

Vejam também mensagem do dia 17 de Outubro neste blogue

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução incompleta por António Fonseca

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