sábado, 1 de dezembro de 2012

Nº 1486-3 - IN MEMORIAN do Pde Salgueirinho - 1 de Dezembro de 2012

(Post para publicação em 1 de Dezembro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011

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Do livro “Caminhos da Felicidade”
SABEIS PORQUÊ?

Há em Espanha uma humilde aldeia chamada Apodaca, de quem ninguém falava até ao dia em que constou que tinha petróleo no seu subsolo.
Uma empresa obteve autorização e começou as prospecções com todo o aparato habitual.
Mas depois de muita procura, não encontraram petróleo, nem gás nem nada.
Certo dia, um sacerdote foi pregar um sermão numa festa dessa freguesia.
Começou assim o sermão: – Queridos habitantes desta terra: há alguns meses, homens estrangeiros, de fato-macaco e capacete, começaram a perfurar o chão junto desta igreja. Procuravam petróleo, mas não encontraram. Sabeis porquê?
Trouxeram centenas de metros de tubo, gastaram milhões, mas não encontraram nada… Sabeis porquê?
A curiosidade do povo era enorme.
E o pregador continuou: – Sabeis porque não encontraram? – Porque não havia aqui petróleo…
Toda a gente procura a felicidade, mais claramente, menos claramente.
Fomos criados para ela e essa sede anda dentro de nós e move-nos de todas as formas, em todos os sentidos…
Muitas pessoas trabalham, correm, calculam, jogam, em busca da felicidade, mas não a encontram, porque a procuram onde ela não está.
Há quem a procure pelo caminho do dinheiro e da riqueza, pensando que é feliz o que tem uma boa conta bancária ou grande fortuna. Mas não a encontra, porque não está ali.
Outros a procuram no terreno da  beleza, da elegância, da moda: mas não a encontram, porque não está aí.
Quanto trabalho perdido, quanto tempo malbaratado, quantos esforços desperdiçados, procurando a felicidade onde ela, afinal, não está…

Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”

O BOM ENTENDIMENTO 

Quem observa o mundo verifica que o fracasso de muitas iniciativas e obras se deve à falta de união das pessoas: na família, na escola, na paróquia, nas comunidades, no país e entre as nações.
Aqui está uma lenda expressiva.
As várias cores, por orgulho e vaidade, desentenderam-se. Cada uma se julgava melhor, mais importante e mais bela que as outras.
O verde disse: – Não há beleza maior que o verde; são maravilhosos os campos, os relvados, as florestas. E ainda é a cor da esperança.
O amarelo atalhou: – Eu tenho o esplendor dourado do sol de verão e o encanto do poente.
O vermelho gritou: – Eu tenho a beleza das rosas rubras e a força do sangue novo e da chama do fogo.
O azul replicou: – Quem não admira o azul do céu ou das águas do mar sereno?
A discussão prosseguia quando se ouviu uma voz que vinha não se sabe donde, que disse: – Essa discussão é inútil, Por que é que,em vez de vos gladiardes, não vos juntais e criais uma obra bela?
As cores refletiram, uniam-se e formaram o belíssimo arco-íris.
A união cria força e beleza. As obras grandiosas – as catedrais e igrejas, os palácios, as pontes, as barragens, as descobertas são fruto da união de colaboradores que estudam, que planeiam, que subsidiam, que constroem.
Quantos arco.íris surpreendentes surgem no mundo fruto da união opor uma causa ao serviço da solidariedade e da paz ou em prol, das classes mais infelizes: dos pobres, dos doentes, dos marginais, de toda a espécie de carecidos e injustiçados.
O bom entendimento das pessoas, a colaboração material ou moral, a humildade e reconhecimento do valor dos outros criam maravilhas superiores ao arco-íris…

Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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A publicar em:
1-Dezembro-2012 - 10,30 horas
António Fonseca

Papas - Desde o LI ao C (segundos 50) – 1 de Dezembro de 2012

 

Em continuação da publicação feita em 30-11-12, faz-se a resenha dos Papas desde o nº 50 (ou L) até ao nº 100 (ou C) 

 

LI  -  São Símaco – De 498 a 514 

Nasceu na Sardenha (Itália). Era diácono e foi arcediago da Igreja de Roma. Morreu em 19 de Julho de 514. Tem a sua festa a 19 de Junho.

6º  -  Lourenço – De 498 e 501 a 505  -  (ANTIPAPA)

Nasceu em Roma, em 460. Foi arcediago de Santa Maria Maior. Morreu no desterro, em 520.


LII  -  São Hormisdas – De 514 a 523

Natural de Frosinone, na Campânia (Itália), casou, enviuvou e tinha filhos, vindo um deles a ser o Papa São Silvério (536-537), quando recebeu o diaconato. Morreu em Roma em 6 de Agosto de 523. Tem a sua festa a 6 de Agosto.

 

LIII  -  São João I – De 523 a 526 

Nasceu em Papulónia, na Toscana (Itália), em 470, sendo filho de Constâncio. Morreu em 18 de maio de 526, em Ravena.


LIV  -  São Félix IV (ou III) – De 526 a 530 

Terá nascido em Benevento (Itália). Morreu em 22 de Setembro de 530. Tem a sua festa a 30 de Janeiro.

7º  -  DIÓSCORO  - Em 530 (ANTIPAPA) 

Era romano e desconhece-se a data e local do seu nascimento. Foi diácono em Alexandria. Morreu subitamente em 14 de Outubro de 530, 23 dias depois da sua presumível eleição como papa.

LV  -  Bonifácio II – De 530 a 532

De origem germânica, nasceu em Roma. Morreu em 17 de Outubro de 532.

LVI  -  João II – De 533 a 535 

Nasceu em Roma em 470. Chamava-se Mercúrio. Morreu em 8 de Maio de 535.

LVII  -  Santo Agapito I – De 535 a 536 

Nasceu em Roma e era descendente de senadores romanos. Como arquidiácono exerceu nas Igrejas de São João e de S. Paulo. Morreu inesperadamente, em Bizâncio, em 22 de Abril de 536. Tem a sua festa a 20 de Setembro.


LVIII  -  São Silvério – De 536 a 537 

Nasceu em Fosinone, perto de Roma. Era subdiácono romano e filho do papa Santo Hormisdas, que enviuvara e tinha dois filhos aquando da ordenação. Morreu de fome no desterro na ilha de Palmária, em 2 de Dezembro de 537. Tem a sua festa a 20 de Junho.


LIX  -  Vigílio – De 537 a 555

Nasceu em Roma, em 500, no seio de uma família nobre. Morreu em Siracusa, na Sicília, em 7 de Junho de 555.

LX  -  Pelágio I – De 556 a 561

Nasceu em Roma, em 500. Era diácono da Igreja romana. Em 536 acompanhou o papa Agapito I na sua viagem a Constantinopla. Faleceu em Roma, no Pórtico de São Pedro, em 3 de Março de 561.

LXI  -  João III – De 561 a 574 

Nasceu em Roma, no seio de uma família nobre. Chamava-se Catelinus. Morreu a 3 de Julho de 574.

LXII  -  Bento I – De 575 a 579 

Nasceu em Roma, filho de um romano chamado Bonifácio. Os Gregos deram-lhe o nome de Bonusus. Morreu em 30 de Julho de 579. Tem a sua festa a 7 de Julho.


LXIII  -  Pelágio II – De 579 a 590 

Nasceu em 520.  Era romano, de ascendência goda e o seu pai chamava-se Vinigildo. Morreu durante as inundações de Roma, vitimado pela peste, em 7 de Fevereiro de 590.


LXIV  -  São Gregório I Magno – De 590 a 604 

Nasceu no monte Célio, em Roma, em 540, filho do senador Gordiano e esposa, a nobre Santa Sílvia, da família Anícia, da melhor nobreza romana. Estudou Direito e aos 32 anos era prefeito de Roma. Foi na sua juventude um dos sete diáconos de Roma. Morreu em Roma, em 12 de Março de 604, sendo sepultado no Pórtico de São Pedro e mais tarde trasladado, por ordem de Gregório IV, para o interior da basílica. Na sua sepultura foi colocada uma lápide que o proclama «Cônsul de Deus». Tem a sua festa a 3 de Setembro.


LXV  -  Sabiniano – De 604 a 606

Nasceu em Blera, perto de Viterbo, no Lácio (Itália), sendo filho de Bono. Em 593 já era diácono. Foi enviado por Gregório Magno, como Núncio, a Constantinopla. Morreu em 22 de Fevereiro de 606.


LXVI  -  Bonifácio III – De 606 a 607

Nasceu em Roma, de ascendência grega, chamando-se o pai João Catadioce. Era diácono. Foi legado do papa São Gregório Magno a Constantinopla. Morreu em 10 de Novembro de 607.

LXVII  -  São Bonifácio IV – De 608 a 615

Nasceu em Valéria, nos Abruzzos (Itália), filho de um médico chamado João, professou em S. Sebastião de Roma, Foi monge beneditino. Morreu em 8 de Maio de 615. Tem a sua festa em 8 de Maio.

LXVIII  -  São Adeodato I (ou Deodato) – De 615 a 618

Nasceu em Roma, sendo o pai um subdiácono chamado Estevão. Foi sacerdote em Roma. Morreu em 8 de Novembro de 618. Tem a sua festa a 8 de Novembro.

LXIX  -  Bonifácio V – De 619 a 625

Natural de Nápoles (Itália). Desconhecem-se os seus antecedentes. Morreu em 25 de Outubro de 625.


LXX  -  Honório I – De 625 a 638

Nasceu em Cápua, nas margens do rio Volturno, na Campânia (Itália), de uma família de cônsules. Morreu em Roma, em 12 de Outubro de 638.

LXXI  -  Severino – Em 640

Um presbítero romano. Morreu em Agosto de 640.

LXXII  -  João IV – De 640 a 642

Nasceu em Sabona, na Dalmácia (atual Croácia), em 580. Diácono da Igreja romana. Morreu em Roma, em 12 de Outubro de 642.

LXXIII  -  Teodoro I – De 642 a 649

Era grego e nasceu em Jerusalém, filho de um bispo grego. Morreu em Roma, em 13 de Maio de 649.

LXXIV  -  São Martinho I –  De 649 a 655

Nasceu em Todi, Úmbria (Itália), em 590. Foi aprocrisiário, ou Núncio, em Constantinopla. Morreu em 16 de Setembro de 655, em Quersoneso, na Crimeia. Tem a sua festa a 13 de Abril, mas tem sido celebrado a 12 de Novembro.

LXXV  -  Santo Eugénio I – De 654 a 657

Nasceu em Roma. Morreu nesta cidade, em 2 de Junho de 657. Tem a sua festa a 2 de Junho.

LXXVI  -  São Vitaliano (ou Vitalino) – De 657 a 672  -

Era natural de Segni (Itália), onde nasceu no ano de 600. Morreu em Roma, em 27 de Janeiro de 672. Tem a sua festa a 27 de Janeiro.

LXXVII  -  Adeodato II (ou Deodato) – De 672 a 676

Nasceu em Roma. Era monge beneditino no Convento de Santo Erasmo, no monte Célio, em Roma. Morreu em 26 de Junho de 676.

LXXVIII  -  Dono – De 676 a 678

Nasceu em Roma. Morreu em 11 de Abril de 678.

LXXIX  -  Santo Ágato (ou Agatão) – De 678 a 681

Era natural de Palermo, Sicília (Itália), sendo filho de uma família grega muito rica. Morreu em 10 de Janeiro de 681. Tem a sua festa a 10 de Janeiro.

LXXX  -  São Leão II – De 682 a 683

Supõe-se que nasceu em Catânia, na Sicília, junto ao vulcão Etna (Itália). Morreu em Roma, em 3 de Julho de 683. Tem a sua festa a 3 de Julho.

LXXXI  -  São Bento II – De 684 a 685

Nasceu em Roma, no seio da família Savelli; o pai chamava-se João. Era presbítero. Morreu em 8 de Maio de 685. Tem a sua festa a 8 de Maio.

LXXXII  -  João V – De 685 a 686

De origem grega, natural de Antioquia, era diácono. Representou o papa Santo Agatão no VI Concílio Ecuménico de Constantinopla. Morreu em 2 de Agosto de 686.

LXXXIII  -  Cónon – De 686 687

Nasceu na Sicília, filho de um oficial trácio. Morreu em 21 de Setembro de 687.

LXXXIV  -  São Sérgio I – De 687 a 701

Nasceu em Palermo (Itália), de origem síria. Era presbítero romano. Morreu em Roma, em 8 de Setembro de 701. Tem a sua festa a 9 de Setembro.

8º  -  Teodoro  -  Em 687  (ANTIPAPA)  -

Era presbítero romano.

9º  -  Pascoal – Em 687 (ANTIPAPA)

Era arcediago. Morreu em 692.

LXXXV  -  João VI – De 701 a 705 

Era de origem grega. Morreu em Roma, em 11 de Janeiro de 705.

LXXXVI  -  Sisínio – De 707 a 708 

Nasceu na Síria. Era diácono da Igreja do Oriente. Morreu em 4 de Fevereiro de 708.

LXXXVII  -  Constantino I – De 708 a 715 

Nasceu na Síria. Morreu em 9 de Abril de 715.

LXXXVIII  -  São Gregório II – De 715 a 731

Nasceu em Roma em 669, filho de um patrício romano, da família Savelli. Era bibliotecário. Morreu em 11 de Fevereiro de 731. Tem a sua festa a 13 de Fevereiro.

LXXXIX  -  São Gregório III – De 731 a 741

Nasceu na Síria, no seio de uma família cristã. Morreu em 28 de Novembro de 741. Tem a sua festa em 28 de Novembro.

XC  -  São Zacarias – De 741 a 752 

Nasceu na Calábria (Itália), sendo filho de pai grego, que se chamava Policrónio. Foi diácono da Igreja de Roma. Morreu em Roma, em 22 de Março de 752. Tem a sua festa a 22 de Março.

XCI  -  Estevão II – De 752 a 757

Nasceu em Roma e era órfão, sendo educado na Escola Patriarcal de Latrão. Era diácono. Morreu em Roma, em 26 de Abril de 757.

XCII  -  São Paulo I – De 757 a 767

Nasceu em Roma em 700, sendo irmão do falecido papa Estevão II e seu colaborador. Era diácono. Morreu em Roma, em 28 de Junho de 767.

10º – Constantino II – De 767 a 769 (ANTIPAPA)

Chamava-se Constantino, sendo laico.

XCIII  -  Estevão III – De 768 a 772

Nasceu em Siracusa, na Sicília (Itália). Era sacerdote romano. Morreu em 14 de Janeiro de 772.

11º – Filipe – Em 768  (ANTIPAPA)

Era frade, abade de São Vito e sacerdote romano.

XCIV  -  Adriano I – De 772 a 795

Nasceu em Roma, no seio da família Colonna, de que mera descendente. Morreu nesta cidade no dia de Natal de 795.

XCV  -  São Leão III – De 795 a 816

Nasceu em Roma em 770. Era presbítero cardeal de Santa Susana. Morreu em 12 de Junho de 816.

XCVI  -  Estevão IV – De 816 a 817 

Nasceu em Roma, originário de uma família nobre. Era diácono, educado na Escola de São João de Latrão. Morreu em Roma, em 24 de Janeiro de 817.

XCVII  -  São Pascoal I – De 817 a 824 

Nasceu em Roma, filho de um romano chamado Bonosus, pertencente à família dos Máximos. Foi educado na Escola Patriarcal de Latrão. Foi superior do mosteiro de Santo Estevão, designado por São Leão III. Morreu em Roma, em 11 de Fevereiro de 824.

XCVIII  -  Eugénio II – De 824 a 827

Nasceu em Roma. Era presbítero romano de Santa Sabina. Morreu em Roma, em 27 de Agosto de 827.

XCIX  -  Valentim I – De 827 a 827 

Nasceu em Roma, na zona de Via Lata. Era arcediago da Igreja romana. Morreu em Roma, em 16 de Setembro de 827.

C  -  Gregório IV – De 827 a 844 

Nasceu em Roma, no seio duma família nobre. Era cardeal. Morreu em Roma, em 11 de Janeiro de 844.


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Post colocado em 1-12-12  -  9H00

ANTÓNIO FONSECA

1 de Dezembro - RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL

 

“Em 1 de Dezembro de 1640 é colocada no trono de Portugal a Dinastia de Bragança.

D. JOÃO IV assumiu as responsabilidades da Restauração, secundado por sua mulher. D. Luísa de Gusmão.

O movimento consolidou-se nas cortes europeias e nos campos de batalha, graças à acção de diplomatas e generais.

Nas Cortes de 1646 a 1654, o Reino declarou-se pronto a todos os sacrifícios em prol do novo monarca.

Após a assinatura da Paz dos Pirenéus, e perante o abandono da França, foi a Inglaterra que salvou a Restauração.

O tratado anglo-luso de 1661 reafirmou-se com o casamento de Carlos II com a princesa D. Catarina de Bragança.

O período de 1659 a 1665 assiste às grandes batalhas que salvaram o País.

O papel do conde de Castelo Melhor foi decisivo para o triunfo do movimento.

Com a expulsão dos Holandeses do Norte do Brasil, de Angola e de São Tomé e Príncipe, valoriza-se o ultramar na sua unidade com a metrópole”.

 

Este texto foi retirado do Livro HISTÓRIA DE PORTUGAL (nº 5), editado pelo Historiador JOSÉ HERMANO SARAIVA e escrito por JOAQUIM VERÍSSIMO SERRÃO – Publicações Alfa

 

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(FAC-SIMILE do Auto do Levantamento e Juramento do Rei D. João IV)

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Tudo isto vem a propósito de quê, perguntarão os meus leitores… e passo a responder, ou melhor, vou esclarecer a minha posição que foi tomada há muitos anos, a partir dos bancos de escola e que continua viva.

De facto, o dia 1 de Dezembro foi sempre – “desde que me conheço” – Feriado Nacional e que eu saiba, nunca ninguém colocou em causa a perda deste feriado por parte dos portugueses, fosse porque motivo fosse, apesar de se viver em plena República desde 1910. Creio que se formou em toda a gente o sentido de Independência de Portugal perante todos os países do mundo que aliás nos foi dada em 5 de Outubro de 1143 por D. Afonso Henriques com  o Tratado de Zamora assinado conjuntamente com o Rei de Castela e com o representante do Papa. Durante mais de quatrocentos anos (até 1580 + ou –) Portugal foi um País completamente independente, quando Castela se assenhoreou da nossa Terra, através da Dinastia Filipina (Filipe I, II e III), com o desaparecimento de D. Sebastião tendo aqui permanecido 60 anos.

Transcrição de Wikipedia.com:

Ver artigo principal: Crise de sucessão de 1580

D. Sebastião, um rei jovem e aventureiro, habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas além-mar, quis conquistar o Norte de África em sua luta contra os mouros. Na batalha de Alcácer Quibir no Norte de África, os portugueses foram derrotados e ele desapareceu. E os guerreiros diziam cada um a sua história. O desaparecimento de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica.

Nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal. Durante seis décadas Portugal partilhou rei com Espanha, sob o que se tem designado por "domínio filipino".

Com o primeiro dos Filipes (I de Portugal, II de Espanha), não foi atingida de forma grave a autonomia política e administrativa do Reino de Portugal. Com Filipe III de Espanha, porém, começam os actos de desrespeito ao juramento de Filipe II em Tomar. Em 1610, surgiu um primeiro sinal de revolta portuguesa contra o centralismo castelhano, na recusa dos regimentos de Lisboa a obedecer ao marquês San-Germano que de Madrid fora enviado para comandar um exército português.

No início do reinado de Filipe III, ao estabelecer-se em Madrid a política centralista do Conde-duque de Olivares, o seu projecto visava a anulação da autonomia portuguesa, absorvendo por completo o reino de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução da fase final da sua absorção, indicando três caminhos:

  • 1º - Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
  • 2º - Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
  • 3º - Abandonar definitivamente a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser Vice-reis, Embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.

A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, a pensar que dele sairiam frutos de confusão e de unificação entre Portugal e Espanha. O resultado veio a ser bem o contrário.

A reação à política fiscal de Filipe IV vai tomar a dianteira no processo que conduz à Restauração de 1640. Logo em 1628, surge no Porto o "Motim das Maçarocas", contra o imposto do linho fiado. Mas vão ser as "Alterações de Évora", em Agosto de 1637, o abrir definitivamente do caminho à Revolução.

Através das "Alterações de Évora", o povo dessa cidade tencionava deixar de obedecer aos fidalgos subjugados ao reino castelhano e desrespeitava o arcebispo a ele afecto. A elevação do imposto do real de água e a sua generalização a todo o Reino de Portugal, bem como o aumento das antigas sisas, fez subir a indignação geral, explodindo em protestos e violências. O contágio do seu exemplo atingiu quase de imediato Sousel e Crato; depois, as revoltas propagaram-se a Santarém, Tancos, Abrantes, Vila Viçosa, Porto, Viana do Castelo, a várias vilas do Algarve, a Bragança e à Beira.

Em 7 de Junho de 1640 surgia também a revolta da Catalunha contra o mesmo centralismo do Conde-Duque de Olivares. O próprio Filipe IV manda apresentar-se em Madrid o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder. O duque de Bragança recusou-se a obedecer a Filipe IV. Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória, recusando-se também a obedecer a Madrid.

Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.

Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, em 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (São Salvador da Bahia, em 1624; Pernambuco,Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Em 12 de Outubro de 1640, em casa de D. Antão de Almada, hoje Palácio da Independência, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro do mesmo ano de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração no trono de Portugal da Casa de Bragança, dando o poder reinante a D. João IV.

 

A revolta do 1º de Dezembro de 1640

Começava a organizar-se uma conspiração para derrubar os representantes do rei em Portugal. Acreditavam que poderiam ter o apoio do povo e também do clero.

Apenas um nobre tinha todas as condições para ser reconhecido e aceite como candidato legítimo ao trono de Portugal. Era ele D. João, Duque de Bragança, neto de D. Catarina de Bragança, candidata ao trono, em 1580.

Em Espanha, o rei Filipe III de Portugal referido acima também enfrentava dificuldades: continuava em guerra com outros países; o descontentamento da população espanhola aumentava; rebentavam revoltas em várias regiões - a mais violenta, a revolta da Catalunha (1640), criou a oportunidade que os portugueses esperavam. O rei de Espanha, preocupado com a força desta, desviou para lá muitas das tropas.

Faltava escolher o dia certo. Aproximava-se o Natal do ano 1640 e muita gente partiu para Espanha. Em Lisboa, ficaram a Duquesa de Mântua, espanhola e Vice-rei de Portugal (desde 1634), e o português seu Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos.

Os nobres revoltosos convenceram D. João Duque de Bragança, que vivia no seu palácio de Vila Viçosa, a aderir à conspiração.

No dia 1 de Dezembro, desse ano, invadiram de surpresa o Palácio real (Paço da Ribeira), que estava no Terreiro do Paço, prenderam a Duquesa, obrigando-a a dar ordens às suas tropas para se renderem - e mataram Miguel de Vasconcelos.

 

Ver artigo principal: Guerra da Restauração

Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza num golpe de estado aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.

O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas em todas as frentes. No final foi feito um acordo de paz definitivo entre as partes, em 1668, assinalado oficialmente com o Tratado de Lisboa (1668). Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra,França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa.

Paralelamente, entre 1641 e 1654, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, de Angola e de São Tomé e Príncipe, restabelecendo o território ultramarino português e o respectivo poder atlântico, que a ele dizia respeito, anteriormente firmado antes do reino de Portugal estar sob o domínio filipino. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo. Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a obter a grande parte do seu lucro externo com a cana-de-açúcar e o ouro do Brasil.

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Hoje, no ano em que se comemoram 372 anos após a RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA, Portugal deixa de ser independente, no que concerne pelo menos à sua Economia, para não falar do resto que se tem perdido, principalmente a partir de 1974, graças aos Governos que têm sido eleitos desde essa “gloriosa” data. Agora até nos é tirado o Feriado do 1º de Dezembro, tal como foi o 5 de Outubro e como foram o Corpo de Deus e o Dia de Todos os Santos, e se calhar, ainda não fica por aqui, infelizmente.

Já não podemos falar aos nossos netos sobre a bela História de Portugal, nem sobre a História da Igreja, no que se refere àqueles feriados e aos Dias Santos, explicando-lhes o que representou durante muitos anos para todos os Portugueses.

É triste, muito triste, chegar a esta conclusão.

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 659 - SÉRIE DE 2024 - Nº (136) - SANTOS DE CADA DIA - 15 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 1 )

  Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 136º  Número da S...