(Post para publicação em 1 de Dezembro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011
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Do livro “Caminhos da Felicidade”
SABEIS PORQUÊ?
Há em Espanha uma humilde aldeia chamada Apodaca, de quem ninguém falava até ao dia em que constou que tinha petróleo no seu subsolo.
Uma empresa obteve autorização e começou as prospecções com todo o aparato habitual.
Mas depois de muita procura, não encontraram petróleo, nem gás nem nada.
Certo dia, um sacerdote foi pregar um sermão numa festa dessa freguesia.
Começou assim o sermão: – Queridos habitantes desta terra: há alguns meses, homens estrangeiros, de fato-macaco e capacete, começaram a perfurar o chão junto desta igreja. Procuravam petróleo, mas não encontraram. Sabeis porquê?
Trouxeram centenas de metros de tubo, gastaram milhões, mas não encontraram nada… Sabeis porquê?
A curiosidade do povo era enorme.
E o pregador continuou: – Sabeis porque não encontraram? – Porque não havia aqui petróleo…
Toda a gente procura a felicidade, mais claramente, menos claramente.
Fomos criados para ela e essa sede anda dentro de nós e move-nos de todas as formas, em todos os sentidos…
Muitas pessoas trabalham, correm, calculam, jogam, em busca da felicidade, mas não a encontram, porque a procuram onde ela não está.
Há quem a procure pelo caminho do dinheiro e da riqueza, pensando que é feliz o que tem uma boa conta bancária ou grande fortuna. Mas não a encontra, porque não está ali.
Outros a procuram no terreno da beleza, da elegância, da moda: mas não a encontram, porque não está aí.
Quanto trabalho perdido, quanto tempo malbaratado, quantos esforços desperdiçados, procurando a felicidade onde ela, afinal, não está…
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
O BOM ENTENDIMENTO
Quem observa o mundo verifica que o fracasso de muitas iniciativas e obras se deve à falta de união das pessoas: na família, na escola, na paróquia, nas comunidades, no país e entre as nações.
Aqui está uma lenda expressiva.
As várias cores, por orgulho e vaidade, desentenderam-se. Cada uma se julgava melhor, mais importante e mais bela que as outras.
O verde disse: – Não há beleza maior que o verde; são maravilhosos os campos, os relvados, as florestas. E ainda é a cor da esperança.
O amarelo atalhou: – Eu tenho o esplendor dourado do sol de verão e o encanto do poente.
O vermelho gritou: – Eu tenho a beleza das rosas rubras e a força do sangue novo e da chama do fogo.
O azul replicou: – Quem não admira o azul do céu ou das águas do mar sereno?
A discussão prosseguia quando se ouviu uma voz que vinha não se sabe donde, que disse: – Essa discussão é inútil, Por que é que,em vez de vos gladiardes, não vos juntais e criais uma obra bela?
As cores refletiram, uniam-se e formaram o belíssimo arco-íris.
A união cria força e beleza. As obras grandiosas – as catedrais e igrejas, os palácios, as pontes, as barragens, as descobertas são fruto da união de colaboradores que estudam, que planeiam, que subsidiam, que constroem.
Quantos arco.íris surpreendentes surgem no mundo fruto da união opor uma causa ao serviço da solidariedade e da paz ou em prol, das classes mais infelizes: dos pobres, dos doentes, dos marginais, de toda a espécie de carecidos e injustiçados.
O bom entendimento das pessoas, a colaboração material ou moral, a humildade e reconhecimento do valor dos outros criam maravilhas superiores ao arco-íris…
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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