domingo, 2 de dezembro de 2018

Nº 3 6 7 5 - SÉRIE DE 2018 - (337) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE DEZEMBRO DE 2018 - Nº 26 do 12º ANO



Caros Amigos











Nº  3 6 7 5



Série - 2018 - (nº 3 3 7)


2 de DEZEMBRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA


12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos


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BIBIANA ou VIVIANA DE ROMA, Santa


Em Roma, Santa BIBIANA (Viviana) mártir, a quem o papa São SIMPLÍCIO dedicou uma igreja no Esquilino. data incerta)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Subindo a César em 355 e a Augusto em 360, sendo senhor único do Império a partir de 361, Juliano Apóstata morreu no dia 26 de Junho de 663, em combate com os Persas. Tinha renegado o baptismo e, durante o seu reinado efémero, procurou aniquilar o cristianismo, substituindo-o por uma espécie de paganismo rejuvenescido, no qual parece que nem ele próprio acreditava. Deu liberdade de acção a todas as seitas cristãs, na esperança de que elas se destruíssem umas às outras; publicou leis escolares tendentes a provocar a apostasia das crianças cristãs, reservou os empregos civis e militares aos pagãos e votou ao ostracismo todos os que professavam a religião de Cristo. Sem ir até ao ponto de publicar éditos sangrentos contra eles, tornou-os por tal forma odiosos que alguns foram, aqui e além, torturados e mortos impunemente.

É neste sentido que se pode dizer que Santa BIBIANA foi vítima de Juliano Apóstata. Em 362, seu pai Flaviano, antigo prefeito de Roma, foi marcado na testa com o ferrete de escravo e mandado para as Águas Taurinas, na Toscana, onde morreu das privações que sofreu. Dafrosa, sua mãe, foi decapitada. Quanto a ela, consta que foi entregue a uma alcoviteira, a quem incumbiram de a corromper. Como esta nada conseguisse, o pretor Aproniano mandou amarrar BIBIANA a uma coluna e encarregou os carrascos de a azorragarem até morrer. Isto no ano de 363.

JOÃO RUYSBROECK, Beato





No mosteiro de Groenendal, Bruxelas, Bélgica, o beato JOÃO RUYSBROECK presbitero e cónego regrante, que expôs ensinamentos admiráveis dos vários graus de vida espiritual. (1381)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

Da vida bem simples de JOÃO RUYSBROECK pouco há para dizer; da sua obra, pelo contrário, poder-se-ia discutir longamente. JOÃO VAN RUYSBROECK conservou o nome da aldeia que o viu nascer em 1293. Está a uns nove quilómetros ao sul de Bruxelas. O pai de JOÃO deve ter morrido cedo. Aos onze anos o rapaz foi colocado sob a direcção do Mestre João Hinckaert cónego de Santa Gúdula em Bruxelas. Sua piedosa mãe veio habitar na beguinaria vizinha, para estar muitas vezes com o filho querido, que lhe responde sempre com a mais terna afeição. Na escola do cabido, JOÃO foi aluno medíocre, não se interessando pelas belas letras. Mas depois tomou gosto pela teologia e desde que pôde entregou-se a ela exclusivamente.
Fez parte do clero de Santa GÚDULA, antes mesmo da ordenação sacerdotal, que recebeu em 1318. A mãe, falecida pouco antes, apareceu-lhe depois da primeira Missa «agradecendo-lhe com rosto tranquilíssimo, deu-lhe toda a certeza de que, por virtude da hóstia oferecida a Deus, ele a tinha totalmente libertado da pena a que estivera sujeita até então no purgatório».
Nos seus desejos de vida virtuosa e contemplativa, JOÃO RUYSBROECK foi ajudado por outros dois capelães de Santa Gúdula; mas em sentido oposto, encontrou também partidários do Iluminismo, e em particular da seita dos Irmãos do livre espírito, contra quem escreveu os seus primeiros livros: O reino dos amantes de Deus e as Núpcias espirituais.
Havia nessa altura, na floresta de Soignes, a duas léguas de Bruxelas, uma casa habitada por um piedoso ermitão, LAMBERTO que, a pedido dum dos companheiros de JOÃO, concordou em se afastar para deixar o posto aos três novos hóspedes. Trata-se de Groenendael, «o vale verde», que é hoje um dos belos passeios nos arredores de Bruxelas. Os restos do priorado são agora ocupados por um restaurante.
A comunidadezinha ficou constituída em 1343. Em 1350, com a autorização do bispo de que dependia toda a região, os eremitas de Groenendael tomaram o hábito dos cónegos regulares de Santo Agostinho. JOÃO RUYSBROECK, eleito prior, ficou a sê-lo até à morte.
A vida em Groenendael parece-nos duma simplicidade encantadora. O número de religiosos de coro não passou nunca de vinte. JOÃO entregava-se um pouco ao trabalho manual. O seu biógrafo conta que «ele costumava aplicar-se às tarefas mais vis, transportando estrume ou outras cargas grosseiras com toda a humildade...» Assim acontecia às vezes que, pelo seu empenho em ajudar os servos, era para eles, sobretudo para os jardineiros - na sua simplicidade geba - mais estorvo que ajuda. Na verdade, não sabendo distinguir entre ervas más e boas, arrancava as boas ao mesmo tempo que  desenraizava as más. E, coisa admirável, embora se aplicasse ao trabalho manual, «só raramente era ele perturbado nos seus exercícios piedosos». Com uma mão trabalhava enquanto com a outra desfiava o terço.
Se era desajeitado, amava a natureza e «tinha como hábito, quando sentia a inundação dos raios da luz divina, ir sozinho para o segredo dum bosque. E lá, enquanto o Espírito Santo ditava, ele escrevia tudo o que lhe vinha à mente». Mas, quando se viu estorvado pela velhice, «juntou a si, como ajudante, um dos irmãos do mosteiro, que em, tabuazinhas enceradas copiava os segredos que lhe eram revelados..».
As obras de JOÃO RUYSBROECK todas se destinam a expor a verdadeira doutrina espiritual, e gosta de empregar comparações e descreve de maneira saborosa o comportamento dos seus contemporâneos. O reino dos amantes de Deus e as Núpcias espirituais, anteriores à passagem para Groenendael...

RAFAEL CHYLINSKI, Beato

Rafael (Melchior Chylinski), Beato





Em Logiewniki, Polónia, o Beato RAFAEL (Melchior Chylinski) presbitero da Ordem dos Frades Menores Conventuais, que durante a peste visitava os enfermos de Cracóvia, para os assistir piedosamente e proporcionar-lhes uma digna e cristã morte. (1741)

Texto do lçibvro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

O seu nome de baptismo é MELCHIOR. Nasceu em Wysoczko (Polónia) a 8 de Janeiro de 1694. Depois do estudo de  humanidades, ingressou no exército. Em 1715 entrou no convento de Cracóvia dos Irmãos Menores Conventuais. Terminado o noviciado, fez os votos de pobreza, castidade e obediência, no fim dos quais recebeu a ordenação sacerdotal em 1717.
Desde que entrou no noviciado foi modelo na prática de todas as virtudes, observando as Regras da Ordem com a máxima perfeição possível. Como sacerdote, entregou-se de alma e coração à pregação da Palavra de Deus, ensino da catequese, instruções morais, administração dos Sacramentos, sobretudo o da Penitência. Juntou a isto as obras de caridade para com os pobres e doentes. É o que ressaltou JOÃO PAULO II no dia da beatificação, 9 de Junho de 1991, durante a sua visita à Polónia.
«Durante esta Santa Missa foi proclamado Beato um franciscano conventual, o Padre RAFAEL CHYLINSKI. Era um homem de profunda oração e, ao mesmo tempo, de grande coração para com os pobres. Quando em Cracóvia, em 1736, iniciou a epidemia, dedicou-se inteiramente aos doentes, prestando todo o género de serviço, sem se preocupar com a própria segurança. Servia com dedicação os pobres, os doentes, os contagiados pela epidemia, todos aqueles que vinham ao seu convento em Laglewiki (actualmente um bairro da cidade de Lotz); com frequência - quando já não dispunha de nenhuma outra coisa - dava-lhes a própria porção de pão e o seu próprio manto.
Pouco depois da sua morte - (a 2 de Dezembro de 1741) - teve início o processo de beatificação, mas foi interrompido devido às divisões da Polónia. O facto de que, durante um espaço de tempo tão longo. não pereceu a recordação da sua santidade, é um testemunho que Deus, quase de propósito, esperava que o seu servo. fosse proclamado beato na Polónia livre. O Beato RAFAEL recorda-nos que cada um de nós - mesmo se somos pecadores - foi chamado ao amor e à santidade».
AAS 84 (1992) 564-66; L'OSS. ROM. 30.6.1991

HABACUC, Santo




Comemoração de Santo HABACUC profeta, que, perante a iniquidade e violência dos homens, anunciou o juizo de Deus, mas também a sua misericórdia, dizendo : «O justo viverá pela sua fé».



PIMÉNIO, Santo


   
Em Roma, no cemitério de Ponciano, junto à Via Portuense, São PIMÉNIO, presbitero e mártir. (séc. III)

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CROMÁCIO, Santo



Em Aquileia no Friúli - Itália, São CROMÁCIO bispo, verdadeiro artífice da paz, que deu remédio às condições dos claustros de Itália destruídos por Alarico e aos sofrimentos dos povos e, explicando sabiamente os mistérios da palavra divina , elevou as almas às realidades celestes. (407)


SILVÉRIO, Santo


Na ilha de Palmarola, na Ligúria - Itália, o passamento de São SILVÉRIO papa e mártir que, não querendo reabilitar ANTIMO bispo herético de Constantinopla deposto pelo seu antecessor Santo AGAPITO por ordem da imperatriz Teodora foi privado da sua sede e enviado para o exílio, onde morreu  consumido por muitas tribulações. (537)


 

MARIA ÂNGELA ASTORCH, Beata



Em Múrcia - Espanha, a Beata MARIA ÂNGELA ASTORCH abadessa da Ordem das Clarissas, a qual, muito humilde e dedicada à prática de penitências, dava conforto e bons conselhos, tanto às monjas como aos leigos. (1665)

JAIME BERTINO (António Jaime Secases) e 
LEÃO JUSTINO (Francisco del Valle Villar), Beatos



Em Manresa, Barcelona - Espanha, os beatos JAIME BERTINO (António Jaime Secases) e LEÃO JUSTINO (Francisco del Valle Villar), religiosos da Congregação dos irmãos das Escolas Cristãs e mártires. (1936)



JOÃO SLEZYUK, Beato


Em Stanislaviv, hoje Ivano-Frankivsk na Ucrânia, o Beato JOÃO SLEZYUK bispo e mártir, que, sob um regime hostil a Deus, exercendo infatigavelmente o seu ministério clandestino entre os fiéis do Rito Bizantino e permanecendo impavidamente fiel a Cristo perante os seus perseguidores, recebeu do Senhor a coroa eterna. (1973)



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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las





Fim de tarde com nuvens coloridas

ANTÓNIO FONSECA

sábado, 1 de dezembro de 2018

Nº 3 6 7 4 - SÉRIE DE 2018 - (336) - SANTOS DE CADA DIA - 1 DE DEZEMBRO DE 2018 - Nº 25 do 12º ANO

            NOTA PRÉVIA

    A partir de hoje, procedi a algumas     modificações, que a seguir descrevo.
    Em primeiro lugar os Santos cujas vidas   venham descritas no Livro dos Santos terão   aqui o texto completo, acompanhado do texto   do Martirológio Romano.
    Após a biografia dos primeiros serão   incluídas pela ordem e pela síntese do   Martirológio Romano.
    As imagens continuarão a ser colocadas   sempre que as conseguir obter nos sites   abaixo indicados, como vinha fazendo até   agora.
    Futuramente e em breve surgirão novas   alterações. 
           OBRIGADO PELA ATENÇÃO.
               ANTÓNIO FONSECA


                    Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 



Caros Amigos











Nº  3 6 7 4



Série - 2018 - (nº 3 3 6)


1 de DEZEMBRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA


12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos


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EDMUNDO CAMPION, ROBERTO SOUTHWELL e Companheiros NICOLAU OWEN, ROBERTO PERSONS, DAVID LEWIS, ALEXANDRE BRIANT, EDMUNDO ARROWSMITH, HENRIQUE WALPOLE, TOMÁS GARNET, PHILIPE EVANS e HENRIQUE MORSE
Mártires na Grã Bretanha, entre 1581 e 1679, Santos

   


Em Londres, Inglaterra, os Santos EDMUNDO CAMPION, RODOLFO SHERWIN e ALEXANDRE BRIANT, presbiteros e mártires durante o reinado de Isabel I, exímios pela sua sabedoria e fortaleza de ânimo. Santo EDMUNDO, que ainda jovem tinha professado a fé católica, foi admitido na Companhia de Jesus em Roma e ordenado presbitero em Praga, regressando depois á sua pátria, onde consolidou solidamente as almas dos fieis com a sua palavra e os seus escritos; por isso, depois de suportar muitos tormentos, foi morto em Tyburn. Com ele sofreram os mesmos suplícios São RODOLFO e Santo ALEXANDRE (além de muitos outros "incluindo os que em título são descriminados"). ALEXANDRE BRIANT já no cárcere, mereceu ser admitido na Companhia de Jesus. 

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Dos dez Santos Mártires jesuítas cuja memória celebra a Companhia de Jesus no dia 1 de Dezembro, oito são ingleses e dois do País de Gales. Foram todos enforcados, arrastados e esquartejados, a não ser o Irmão NICOLAU OWEN que morreu durante a tortura. Todos, com excepção dos Padres CAMPION e BRIANT, foram condenados ao abrigo do decreto de Isabel I (Statutory Act), de 1585, que julgava crime de alta traição para um Padre (nomeadamente pata um jesuíta) a permanência nos domínios da rainha. CAMPION e BRIANT morreram de acordo com os «decretos de persuasão» (Acts of Persuasuion) de 1581; neles se declarava crime de alta traição converter, ou ser convertido, à Fé Católica.
A missão dos jesuítas em Inglaterra começou com a chegada de EDMUNDO CAMPION e ROBERTO PERSONS em 1580; e é CAMPION no seu famoso manifesto ao Conselho Privado da Rainha, posto a circular cerca de um mês após a sua chegada, que descreve brevemente «o fim da vocação do jesuíta» em termos próprios da missão em Inglaterra:
«E pelo que diz respeito à Companhia de Jesus, é preciso que saibais que fizemos um pacto - todos os jesuítas do mundo, cuja sucessão e número deve ultrapassar todos os cálculos da Inglaterra de levar com alegria a cruz que puserdes sobre nós e de nunca desesperar da vossa conversão, enquanto tivermos um homem para gozar do vosso Tyburn * (fica mesmo no centro de Londres, junto a Hyde Park. Aí se levantava a forca).  ou para ser submetido aos vosso tormentos ou consumido nas vossas prisões. O custo está calculado, a empresa começou; é de Deus, impossível resistir. Assim foi implantada a fé; assim tem de ser restaurada».
Quase cem anos separam os martírios de Santo EDMUNDO CAMPION (1581) e de São DAVID LEWIS (1679), o primeiro e o último dos jesuítas supliciados durante a longa perseguição conhecida pelo nome de reforma inglesa. Outros seis jesuítas, presos por serem sacerdotes, morreram vítimas dos maus tratos recebidos, entre 1679 e 1692. O que os une a todos na vocação é a causa e a constância do seu testemunho até ao sangue.

Do cadafalso, que fale por todos São DAVID LEWIS:
«Sou Católico Romano; Padre Católico Romano daquela Ordem chamada Companhia de Jesus; bendigo a hora em que fui chamado à fé e ao trabalho. Queiram notar que fui chamado à fé e ao trabalho. Queiram notar que fui condenado por dizer Missa, confessar e administrar os Sacramentos».
As infectas prisões inglesas dos séculos XVI e XVII mostraram ser noviciados ideais, tanto para entrar na Companhia como para entrar no Céu. Foi aí que estes dezum após outro, se formaram nessa Schola affectus (escola do fervor); nela receberam intensas consolações e chegaram àquela íntima união pessoal com Cristo Nosso Senhor, da qual o martírio é o sinal supremo. Foi assim que ALEXANDRE BRIANT que sofreu e morreu, sendo noviço, talvez mais cruelmente que qualquer outro mártir, aprendeu na cadeia o sentido das palavras: militar sob a bandeira da cruz». Depois de submetido à tortura e durante longos dias preso, só, fez uma pequenina cruz de madeira e esboçou nela, a carvão, a imagem do Senhor crucificado. Quando, durante o julgamento, quiseram que a deixasse, disse: 
«Nunca tal farei; sou soldado da cruz, não abandonarei esta bandeira até à morte».
EDMUNDO ARROWSMITH também entrou para a Companhia na cadeia; e o seu primeiro biógrafo, escrevendo dois anos depois da sua morte, diz: 
«Estava decidido a fazer o sacrifício total de si próprio, determinara não reservar nada, nem sequer a sua vontade, oferecendo-se a Deus pelos votos da religião, com aquela renúncia que o estado religioso requer, preparação para o seu futuro martírio». 
Foi ainda ARROWSMITH (o nome de «EDMUNDO» tomou-o aquando da sua Confirmação, por causa da grande amizade que tinha a EDMUNDO CAMPION) que no cadafalso parafraseou o "Tomai, Senhor e recebei": 
«Ó Jesus, minha vida e minha glória, gostosamente vos restituo a vida que de Vós recebi; e, se não fosse dádiva vossa, também não seria minha para Vo-la restituir. Desejei sempre, ó Deus da minha alma, dar-Vos a minha vida, dá-la por Vós, perder a vida por Vós, o proveito é todo meu... morro por vosso amor».
JOÃO GERARD preso na Torre de Londres, em 1597, fala de igual ânsia de amor no coração de Santo HENRIQUE WALPOLE, que ocupara a mesma cela havia dois anos e que, com muito trabalho, gravara, na parede, os nomes de Jesus e Maria e dos nove coros dos Anjos.
Este amor de Deus, este anseio de se dar totalmente  por Ele é a nota característica de todos estes mártires jesuítas. temos dele a mais delicada expressão nestas linhas do poema de São ROBERTO SOUTHWELL sobre o Nascimento:

«Dom melhor que Ele mesmo, Deus não conhece,
Dom melhor que o seu Deus, ninguém encontra,
............................................................
Deus é o meu dom, Ele mesmo, livremente mo deu,
Eu sou o dom de Deus, e ninguém senão Ele me possuirá».

Da cadeia, escrevia São TOMÁS GARNET ao superior, pedindo-lhe que dissuadisse um grupo de amigos que andavam a planear a sua fuga. TOMÁS tinha, durante algum tempo, alimentado esta ideia - havia tanto que fazer por Deus e pela salvação dos homens! Mas parece que uma voz mais íntima lhe persuadia o contrário: 
«Não; aguenta; persevera, não cedas a troca tão desvantajosa. Morrendo, farás mais, numa hora, pelo bem comum, do que em muitos anos de trabalho». 
Desta ânsia de amar brota a alegria tão querida ao coração de INÁCIO.

É notável a alegria e o humor dos mártires da Reforma inglesa. Nenhum eles concretiza melhor este espírito do que o jesuíta do País de Gales, São FILIPE EVANS. Ao receber a notícia da execução, sentou-se a tocar harpa; pediu-a emprestada ao carcereiro para exprimir a sua alegria numa canção. Juntou-se muita gente para o ver - julgavam que tinha perdido o juizo, mas ele observou, com alegria, que, para pregar, não havia púlpito como o cadafalso.
Estes dez Santos jesuítas fazem parte dum grupo de 40 mártires ingleses e do País de Galescanonizados por PAULO VI, em 25 de Outubro de 1970. Na sua homilia, o Santo Padre disse:

«A Igreja e o mundo de hoje têm muita necessidade de homens e mulheres assim, em todos os estados e caminhos da vida; sacerdotes, religiosos, leigos. Só pessoas desta tempera, desta santidade, poderão transformar o nosso mundo atormentado, dar-lhe aquela paz, aquele sentido espiritual e cristão, pelo qual todo o homem anseia em seu coração, mesmo quando não dá conta disso; a paz, aquela orientação verdadeira que todos desejamos tanto».

Neste dia celebra a Companhia de Jesus a memória litúrgica de 10 santos mártires (nove sacerdotes e um irmão coadjutor) que entre 1581 e 1679 deram a vida na Inglaterra e no País de Gales; EDMUNDO CAMPION, ALEXANDRE BRIANT, ROBERTO SOUTHWELL, HENRIQUE WALPOLE, o Irmão Coadjutor NICOLAU OWEN, TOMÁS GARNET, EDMUNDO ARROWSMITH, HENRIQUE MORSE, FILIPE EVANS e DAVID LEWIS. E celebra também 16 beatos mártires que sofreram o martírio na mesma perseguição, entre 1473 a 1679.
Com estes jesuítas, foram canonizados 17 padres diocesanos, religiosos de várias Ordens e alguns leigos de ambos os sexos.


MARIA CLEMENTINA ANUARITE (Clermentina Nengapeta Anuarite), Beata




Em Isiro, localidade da região interior da República Popular do Congo, a Beata CLEMENTINA NENGAPETA ANUARITE virgem da Congregação das Irmãs da Sagrada Família e mártir, que, durante a perseguição religiosa na guerra civil, detida com outra religiosas, as exortou a vigiar e a orar e, resistindo com grande fortaleza à sensualidade do comandante dos soldados, foi morta por ele, num excesso de cólera, e deu a vida por Cristo, seu Esposo. (1964)

Do Livro SANTOS DE CADA DIA , da editorial AO de Braga:

Em frente do Palácio do Povo de Kinshasa, capital do, então, Zaire (hoje República Democrática do Congo), na festa da Assunção de Nossa Senhora, em 1985, JOÃO PAULO II procedeu à beatificação da religiosa africana MARIA CLEMENTINA ANUARITE, mártir da pureza. Assistiram à cerimónia seus pais e três das suas irmãs.
Nascida na cidade de Wamba, a 29 de Dezembro de 1939, contava dois ou três anos quando recebeu o baptismo, juntamente com a própria mãe. Seus pais tiveram seis filhos, sendo a quarta a nossa heroína. Depois de terminados os estudos secundários, aos 20 anos de idade, entra em 1959 na Congregação religiosa autóctone da Sagrada Família. Devota dedicadíssima de Nossa Senhora, trazia sempre consigo, além do terço, uma sua imagem. Foi até por ela que identificaram o seu cadáver, quando a desenterraram, oito meses após a morte.
Como sempre acontece, a devoção a Maria Santissima levou-a a amar profundamente Nosso Senhor. Nos seus apontamentos espirituais , escreveu: «Só Jesus! Se eu procurar a minha alegria fora de Jesus, não encontrarei  consolação».
Em 1964 eclodiu em quase todo o país a revolta dos Simbas (leões) contra o governo central. Mais de 150 missionários pagaram com a vida a sua fidelidade a Cristo.
No dia 29 de Novembro de 1964, os revoltosos atacaram o Convento de Bafwagaka e obrigam as 36 religiosas a subir para um camião. No trajecto para a cidade de Isiro, rezam as religiosas o terço, enquanto os Simbas as insultam e lhes dirigem as mais soezes propostas. Chegadas ao termo, apartam das outras religiosas a Irmã CLEMENTINA
que pela sua beleza, excita a paixão do Coronel Olombe. A Superiora da Comunidade Madre LEONTINA, intervém:
«Esta religiosa tem voto de castidade perante Deus».
Como resposta insultam ambas, açoitam-nas barbaramente, enquanto a irmã CLEMENTINA defende com toda a energia a sua pureza.
«É impossivel. Não posso cometer tal pecado. Prefiro que me matem».
Durante uma pausa para a refeição, não consegue a pobre vítima comer nada. Pede apenas orações:
«Rezem por mim! Antes quero morrer . Ajudem-me».
Num momento de tranquilidade, nesse mesmo dia 30 de Novembro, a corajosa Irmã escreve na sua agenda estas palavras que serão as últimas da sua vida «O meu testemunho de pureza de coração».
O desenvergonhado Coronel não desarma. Escolhe duas jovens religiosas, CLEMENTINA e JOANA, que quer levar consigo para uma casa vizinha. Perseguida, entra a primeira estas Irmãs por uma porta do carro e foge pela outra. Aos vergonhosos convites para o mal, responde:
«Nunca! Prefiro morrer a fazer aquilo que me pedes. Antes morrer do que cometer um pecado».
Enfurece-se Olombe e com bofetadas, coronhadas e pontapés, descarrega a sua cólera contra as inocentes vítimas.
A Irmã JOANA cai desmaiada. Com o rosto inchado e a escorrer sangue, prostra-se de joelhos a Irmã CLEMENTINA enquanto açoites violentos despedaçam o seu corpo.
«Mate-me! Não tenho medo. Foi isso que sempre quis - exclama por duas vezes.
Pouco depois, com voz sumida, mas clara, murmura como Cristo na Cruz.
«Deus te perdoe, porque não sabes o que fazes».
Estendida por terra, crivada de golpes, vai-se a pobre Irmã desfazendo em sangue.
Chama Olombe os companheiros para completar o holocausto. Aproximam-se dois soldados amados com catanas.
«Cortem-na em bocados. Arranquem-lhe o coração - ordena.
Algumas catanadas despedaçam o peito da Irmã CLEMENTINA. Finalmente, Olombe agarra na pistola e dispara um tiro.
Alguns minutos mais tarde, à uma hora da madrugada do dia 1 de Dezembro, a Irmã CLEMENTINA ANUARITE expira. rodeada pelas sua companheiras-.
 Como Santa INÊS  e Santa MARIA GORETTI, foi esta jovem de 25 anos engrossar no Céu o Coro das virgens mártires.





ELÓI ou ELÍGIO, Santo



Em Noyon, na Nêustria, hoje França, Santo ELÓI ou ELÍGIO bispo que, sendo ourives e conselheiro do rei Dagoberto, edificou mosteiros e fabricou relicários de Santos com exímia arte e beleza; mais tarde, foi nomeado para a sede de Noyon e de Tournai, dedicando-se com grande zelo ao trabalho apostólico. (660)

Do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A.O de Braga, 

ELÓI aprendeu em Limoges, donde era natural, o ofício de ourives que depois exerceu em Paris. Tendo sido encarregado por Bobo, tesoureiro de Clotário II, de executar um trono real, conseguiu fazer dois com o ouro que lhe deram, e foi esse o começo da sua riqueza. Clotário nomeou-o seu ourives e director da moeda. Ainda existem muitas moedas assinadas por ELÓI e sabe-se que,em determinada altura, também cunhou moedas em Marselha.
No tempo de Dagoberto II, filho e sucessor de Clotário II, ELÓI foi um  dos conselheiros mais influentes do rei. Diz-se que os enviados dos príncipes estrangeiros  se avistaram previamente com ele, antes de serem recebidos pelo soberano. Era diplomata hábil e por mais de uma vez conseguiu evitar a guerra. Gozava de tanta confiança junto do rei, que não só se permitia fazer-lhe reparos sobre a indumentária descuidada, mas também, sobre a sua vida privada, que, como se sabe, deixava ainda mais a desejar.
O tempo que sobrava a este homem da corte, dos seus negócios e orações, de acudir aos pobres, remir cativos ou libertar escravos, empregava-o em honrar com a sua arte as relíquias dos santos. Atribuem-se-lhe os relicários feitos para São GERMANO de Paris, São PIAT, São SEVERINO, São MARTINHO, Santa COMBA e santa GENOVEVA . Diz-se que decorou também com trabalhos de ourivesaria o túmulo de São DINIS. Além disso, fundou mosteiros , entre os quais um perto de Solignac em Limousin, outro dedicado a São MARTINHO DE NOYON e ainda outro a seis milhas de Arrás, numa colina que depois se chamou de Monte de Santo ELÓI.
Tendo sido ordenado sacerdote por DEODATO bispo de Mans, foi sagrado bispo em Ruão, em 14 de Maio de 641, e ocupou desde então a sede episcopal de Noyon. Como muitos outros prelados da época merovíngia, foi grande organizador , apóstolo cheio de zelo, sabedoria e bondade. A sua actividade irradiou para a Flandres, Holanda e até, segundo se consta, para a Suécia e Dinamarca.
Tendo sido informado de que ele estava prestes a morrer, a rainha Santa BATILDE partiu da abadia de Chelles, a fim de o ver pela última vez, mas só chegou a Noyon no dia seguinte ao da sua morte (659).




NAHUM, Santo




Comemoração de São NAHUM, profeta, que pregou Deus como Aquele que governa o curso dos tempos e julga os povos com justiça. 


CASTRICIANO, Santo


   
Em Milão, na Transpadânia, agora na Lombardia, Itália, São CASTRICIANO bispo. (séc. III)

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FLORÊNCIA, Santa

Em Poitiers, Aquitânia, hoje França, Santa FLORÊNCIA virgem que, convertida ao Deus verdadeiro pelo bispo Santo HILÁRIO durante o seu desterro na província da Ásia, o seguiu no regresso à sua terra. (séc. IV)


LEÔNCIO, Santo

Em Fréjus, Provença, França São LEÔNCIO bispo que apoiou a fundação monástica de Santo HONORATO na ilha de Lérins e a quem São JOÃO CASSIANO seu amigo, dedicou as dez primeiras "Colações". (433)


 

DONOLO, Santo



Em Le Mans, na Nêustria hoje França, São DONOLO bispo que antes tinha sido abade do mosteiro de São Lourenço de Paris e resplandeceu pelo dom dos milagres. (581)

AGÉRICO, Santo



Em Verdun, na Austrásia hoje em França, Santo AGÉRICO bispo que edificou igrejas e baptistérios e, por ter convertido a sua igreja em asilo de prófugos, suportou duras perseguições do rei Teodorico. (588)



ANTÓNIO BONFADINI, Santo


Em Cotignola, na Emília-Romagna, Itália o Beato ANTÓNIO BONFADINI presbitero da Ordem dos Frades Menores que pregou durante longo tempo a palavra de Deus em muitas regiões da Itália e também em lugares da Terra Santa (1482)


JOÃO BECHE, Beato



Em Colchester, Inglaterra, o Beato JOÃO BECHE presbítero da Ordem de São Bento e mártir que sendo abade do mosteiro de São João, foi condenado à morte e conduzido ao patíbulo no reinado de Henrique VIII sob pretexto de crime de traição, mas de facto por manter a fidelidade ao Romano Pontifice. (1539)


RICARDO LANGLEY, Santo


Em York, Inglaterra, o Beato ROBERTO LANGLEY, mártir que no reinado de Isabel I, foi condenado à pena capital e enforcado por ter dado hospedagem a sacerdotes. (1586)


MARIA CLARA DO MENINO JESUS (Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque), Beata



Em Lisboa, Portugal, a Beata MARIA CLARA DO MENINO JESUS (Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque) virgem, que atraída pelo ardente desejo de anunciar o Evangelho pelo exercício das obras de misericórdia, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição, para acolhimento dos pobres e desvalidos; num tempo de grande perturbação política, de leis adversas à Igreja e a qualquer acção evangelizadora, dirigiu a Congregação com admirável fortaleza de ânimo durante 28 anos, fazendo-a florescer com uma vasta obrai de fundações - colégios, hospitais, assistência a inválidos e crianças e outras obras de assistência social, em Portugal e em missões Ad Gentes. (1899)




CARLOS DE FOUCALD, Beato



Em Tamanrasset, na Argélia, o Beato CARLOS DE FOUCALD (Carlos de Jesus), presbitero, apóstolo entre os tuaregues, fundador dos Pequenos Irmãos de Jesus. (1916)


CASIMIRO SYKULSKI, Beato


No campo de concentração de Auschwitz, perto de Cracóvia, na Polónia, o Beato CASIMIRO SYKULSKI presbitero e mártir que, durante a guerra, por perseverar firmemente na fé perante os perseguidores da Igreja de Deus, foi fuzilado.(1941)

LIDUÍNA MENEGUZZI (Elisa Ângela Meneguzzi), Beata



Em Dire-Dawa, cidade da Etiópia, a Beata LIDUÍNA MENEGUZZI (Elisa Ângela Meneguzzi) virgem do instituto de São Francisco de Sales, que se tornou verdadeiro espelho de humildade e  caridade cristã, manifestando a misericórdia de Deus entre os pobres, enfermos e cativos. (1941)

MARIA ROSA PELÉSI (Bruna Pellési, Beata


Em Sassuolo, na Emília-Romagna, região de Itália, a Beata MARIA ROSA PELLÉSI (Bruna Pellési), virgem da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo. (1972)



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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las





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