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domingo, 28 de junho de 2009

ANO PAULINO - Encerramento

Igreja Jubilar
Comunidade de S. Paulo do Viso
Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso
Procissão de Acólitos, em que seguiram as paróquias do Amial, Paranhos e Senhora do Porto

Parte de escuteiros e povo das paróquias acima indicadas, na procissão
Parte da assistência antes da chegada do Senhor Bispo do Porto, D. Manuel Clemente

Mais outro ângulo
Idem

Início do Cântico de Entrada

Início da celebração

Imagem de S. Paulo e parte do coro
27 de Junho de 2009
A partir das 15 horas, começaram a concentrar-se nos arruamentos circundantes da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, mais precisamente no cruzamento das ruas Padre Francisco Rangel e D. João de Azevedo, centenas de pessoas (que rapidamente chegaram a cerca de um milhar e meio ou dois milhares de pessoas), representando as 26 paróquias inseridas actualmente nas 1ª e 2ª Vigararias da Região Pastoral - Porto Cidade e que são por ordem alfabética, Aldoar, Ameal, Antas, Areosa, Azevedo, Bonfim, Campanhã, Carvalhido, Cedofeita, Cristo-Rei, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Miragaia, Nossa Senhora da Ajuda, Nevogilde, Paranhos, Ramalde, Santíssimo Sacramento, Santo Ildefonso, São Nicolau, Sé, Senhora da Boavista, Senhora do Calvário, Senhora da Conceição, Senhora do Porto e Vitória.
E muitas delas vieram em procissão, nomeadamente as do Ameal, Paranhos e Senhora do Porto (onde se integraram acólitos, escuteiros, pessoas com as mais diversas actividades nas suas paróquias e comunidades e povo anónimo). Outras deslocaram-se em diversos meios de locomoção, como viaturas próprias ou transportes públicos, como autocarros e metro, mas todos vieram em Peregrinação para celebrar condignamente o encerramento do Ano Paulino comemorativo dos 2000 anos sobre o nascimento de Paulo, o Apóstolo das Gentes.
Logo após a chegada do Senhor Bispo, foi feita a apresentação de todas as paróquias (de 4 em quatro), e nos intervalos, o coro e todos os presentes cantavam "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim"
Esteve presente o vário clero das paróquias acima citadas, com os respectivos Párocos e Diáconos nesta celebração que foi presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente que na Homília deixou bem expresso o sentimento manifestado por Paulo não só na sua pregação durante as várias viagens que fez, mas que também deixou escrito nas Cartas aos Romanos, ao Coríntios, aos Efésios, aos Gálatas, aos Colossenses, aos Tessalonicenses, aos Filipenses, a Timóteo, a Tito, e nos Actos dos Apóstolos. Finalmente apelou para todos que se redobrem esforços para não esquecer a mensagem que nos é dada por Paulo e que estejamos prontos para a Missão 2010.
No final desta homília, foi cantado o "IDE POR TODO O MUNDO" em uníssono por toda a Assembleia presente.
Publico algumas fotos sobre o acontecimento para recordar.
António Fonseca

sábado, 2 de maio de 2009

Peregrinação do Ano Paulino

PEREGRINAÇÃO DO ANO JUBILAR PAULINO Paróquias de Nevogilde, Casais, Ordem e Figueiras, da 3ª Vigararia de Lousada
Um grupo de Acólitos, com cerca de 200 elementos incluindo alguns familiares, das paróquias de Nevogilde, Casais, Ordem e Figueiras da 3ª Vigararia (Lousada), acompanhados pelo seu pároco Revº José Ribeiro da Mota que também é professor de E.M.R.C. veio efectuar hoje, 1 de Maio, uma Peregrinação do Ano Paulino, à Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, onde chegou cerca das 19 horas, a fim, de cumprirem o Ano Jubilar de S. Paulo que decorre até 29 de Junho do corrente ano. Antes de entrarem na Igreja, formou-se uma procissão com todos os Acólitos devidamente paramentados com as suas alvas, vindo à sua frente um deles com a Cruz, sendo seguidos pelo seu pároco e por bastantes pessoas familiares dos referidos acólitos. Depois de entrarem na Igreja que ficou praticamente repleta, o pároco José Ribeiro da Mota deu a palavra ao Dr. Bernardino Chamusca que estava ali em representação do nosso pároco Dr. Manuel Correia Fernandes, que lhes deu as boas vindas, fazendo uma resenha da história da nossa paróquia, da igreja e também sobre o seu padroeiro, ou melhor, sobre a inauguração da imagem de S. Paulo, ocorrida no passado dia 24 de Janeiro. Informou ainda que dentro de um mês, mais propriamente no próximo dia 31 de Maio, será inaugurada uma nova imagem de Nossa Senhora para substituir a que se encontra cá neste momento. O P. José Ribeiro da Mota iniciou então uma celebração que constou da leitura duma carta de S. Paulo que foi efectuada pelo Dr. Chamusca e depois leu o Evangelho, seguindo-se a leitura da oração dos Acólitos, o Pai Nosso cantado em uníssono por toda a assembleia com as mãos dadas e finalmente a oraçâo de S. Paulo (junto à sua imagem). Intercalou-se estas leituras com uma pequena homília e também com alguns cânticos. No final tendo agradecido a recepção que lhes foi efectuada, pelo Dr. Bernardino Chamusca, pela D. Maria Eduarda, e pelos senhores José Correia, Francisco Viela e eu próprio António Fonseca, o pároco despediu-se desta Comunidade. Anexo estão algumas fotos que ficarão para a história do Ano Paulino na Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso.
António Fonseca

quinta-feira, 30 de abril de 2009

PEREGRINAÇÃO (3)

Meus Amigos e Irmãos em Cristo

Devido a ter tido alguns problemas na paginação do meu blog, há poucos minutos, vejo-me forçado a repetir aqui as "reportagens" que efectuei em 26 e 29 do corrente mês de Abril, esperando que tudo volte ao normal. Desculpem esta repetição. Obrigado.

Domingo, 26 de Abril de 2009

Peregrinação do Ano Paulino

Acaba de sair da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, (Igreja jubilar do Ano Paulino) uma peregrinação composta por 10 (dez) elementos da paróquia da Boavista, capela de Francos.
Foram recebidos por uma delegação composta por mim próprio, Presidente da Conferência Vicentina de S. Paulo (entre outras actividades) e pela Catequista e leitora desta Comunidade, Catarina Torres. Depois de completarem o Rosário que haviam encetado quando começaram a caminhada, de Francos até aqui à Igreja, tiraram algumas fotografias, e trocaram impressões connosco sobre as comemorações Paulinas que se estão a desenrolar até Junho próximo.
Visitaram em seguida todas as instalações da Igreja e cerca das 17 horas foram novamente a pé para suas casas, tendo ficado muito satisfeitos com a recepção que lhe foi feita (que não teve absolutamente nada de especial) pois limitamo-nos a franquear a entrada e a dar alguns exemplares do Totus tuus e um prospecto com a resenha histórica da igreja de S. Paulo do Viso, datas significativas desta Comunidade, nota pastoral sobre o Ano Paulino e a Oração de S. Paulo, nada mais.
Fica aqui para a história a foto de grupo junto do altar.
Pela nossa parte agradecemos também a visita que nos fizeram e fazemos votos para que voltem em breve, com mais gente se possível e sempre que quiserem.
Bem hajam. António Fonseca

domingo, 26 de abril de 2009

Peregrinação do Ano Paulino

Acaba de sair da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, (Igreja jubilar do Ano Paulino) uma peregrinação composta por 10 (dez) elementos da paróquia da Boavista, capela de Francos.
Foram recebidos por uma delegação composta por mim próprio, Presidente da Conferência Vicentina de S. Paulo (entre outras actividades) e pela Catequista e leitora desta Comunidade, Catarina Torres. Depois de completarem o Rosário que haviam encetado quando começaram a caminhada, de Francos até aqui à Igreja, tiraram algumas fotografias, e trocaram impressões connosco sobre as comemorações Paulinas que se estão a desenrolar até Junho próximo.
Visitaram em seguida todas as instalações da Igreja e cerca das 17 horas foram novamente a pé para suas casas, tendo ficado muito satisfeitos com a recepção que lhe foi feita (que não teve absolutamente nada de especial) pois limitamo-nos a franquear a entrada e a dar alguns exemplares do Totus tuus e um prospecto com a resenha histórica da igreja de S. Paulo do Viso, datas significativas desta Comunidade, nota pastoral sobre o Ano Paulino e a Oração de S. Paulo, nada mais.
Fica aqui para a história a foto de grupo junto do altar.
Pela nossa parte agradecemos também a visita que nos fizeram e fazemos votos para que voltem em breve, com mais gente se possível e sempre que quiserem.
Bem hajam. António Fonseca

segunda-feira, 6 de abril de 2009

LEITURA Nº 48 - UM ANO A CAMINHAR COM SÃO PAULO

QUINTA PARTE

PAULO FALA-NOS DA VIDA QUE NOS ESPERA

48

“A ESPERANÇA NÃO ENGANA, PORQUE O AMOR DE DEUS FOI DERRAMADO NOS NOSSOS CORAÇÕES”

“Enquanto há vida, há esperança”. Esta frase tem ajudado muita gente a não se resignar. Perante contrariedades próprias ou de outros, fazendo mesmo despertar nelas energias, expressivas do desejo de que a vida seja mesmo vida, isto é, livre de tudo o que a limite. A esperança está assim arreigada na nossa natureza humana.

Mas a frase mostra também os seus limites. Se é só enquanto há vida que há esperança, e depois? Que fazer, quando a morte é mais que certa? Ou, simplesmente, quando a luta pela vida se reduz a adiar o seu fim? Em tais situações, não soará a frase a um cinismo, que pode produzir o efeito oposto: o desânimo ou até o desespero?

Um cristão não deveria dizer: “Enquanto há vida”, mas sim: “porque há vida, há esperança”. Aquela vida de que Paulo nos fala em Rm 5, 1-11, como fundamento da esperança cristã. Trata-se da vida nova que Deus cria naqueles que a Ele aderem pela fé na graça, oferecida na morte e ressurreição de Cristo (3, 21-4,25). Uma transformação que, todavia, não nos liberta das dificuldades, fragilidades e limitações comuns a qualquer mortal. Pelo contrário: quantas vezes, uma vida cristã coerente dá origem a mais sofrimento... e ao abandono da fé. Mas também acontece o oposto: é nessas situações que a convicção de fé sai mais fortalecida... na esperança.

Rm 5, 1-11

Uma vez, pois, que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. Mas não só: gloriamo-nos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a provação, e a provação a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

De facto, quando ainda éramos fracos, a seu tempo é que Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente alguém morrerá por um justo; porém uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. Mas é assim que Deus demonstra o seu amor: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós. E agora que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão havemos de ser salvos da ira, por meio dele. Se, de facto, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida. Mas não só: gloriamo-nos também em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem agora recebemos a reconciliação.

O específico da esperança cristã está concentrado no v. 5: é uma esperança que não engana, não nos deixa frustrados, na luta por uma vida para além da morte, porque o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (v. 5). Antes (vv. 1-4), Paulo mostra-nos como o amor de Deus nos transformou e, no presente, nos anima, desde o centro vital que são os nossos corações. Depois (vv. 6-11), descreve-nos em que consiste esse amor e como ele nos garante a salvação eterna. Comecemos por aqui: por nos deixarmos deslumbrar por um amor que ultrapassa todas as medidas humanamente imagináveis.

De facto, dar a vida por um justo respeitável e sobretudo por alguém de cuja bondade usufruímos (v. 7), era, na época, um ideal da ética helenista da amizade. Se é mais do que um ideal até disso Paulo duvida, e com razão. Os amigos são para as ocasiões... mas, quantas vezes, só as que lhes são favoráveis.

Agora vejamos o que se passou com Deus: Quando ainda éramos fracos, quando ainda éramos pecadores, quando éramos inimigos de Deus (vv. 6.8.10), foi então que Cristo morreu pelos ímpios, morreu por nós (vv. 6.8). Ele que não havia conhecido pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos n’Ele justiça de Deus (2 Cor 5, 21). Na sua morte, assumiu a morte a que está destinado todo o homem que rompe com Deus. Derramou o seu sangue por causa dos nossos pecados, no nosso lugar e em nosso favor. E, com Ele, o próprio Deus. Não é Ele o seu Filho (v. 10)? E que sente um pai a quem morre um filho? Mas haverá algum pai que entregue o filho, para morrer por um inimigo, por alguém que atenta contra a sua vida?

Pois bem, se é assim que Deus nos ama, poderá Ele abandonar-nos, designadamente quando, no fim da nossa vida terrena, formos por Ele julgados? De facto, se fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida (v. 10), salvos da ira, por meio dele (v. 9). Isto quer dizer também que a salvação eterna não se obtém sem nós: sem a nossa aceitação do amor de Deus e sem uma prática de vida coerente com Ele. Na medida em que Deus nos ama, responsabiliza-nos. De que modo?

Dando-nos, Ele próprio, os meios para estar à altura das nossas responsabilidades (vv. 1-5). É Ele quem, através do Evangelho, nos conquista para a fé. Pela qual nos justifica, libertando-nos do pecado que dele nos separa, para vivermos em paz com Ele (v. 1). Foi então que o seu amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, para habitar em nós (v. 5). Um estado de graça, na qual estamos firmes, porque fortalecidos por um amor que, pela sua inesgotável gratuidade, nos capacita para irmos infinitamente além do que as nossas forças humanas permitem.

Assim, é essa firmeza que, desde já, nos permite gloriar-nos, na esperança da glória de Deus, cuja plenitude ainda está para se revelar, mas da qual já participamos. E porque se trata de uma glória alcançada no amor, não é de nós que nos gloriamos, mas do que Deus realiza em nós. Daí o aviso de Paulo: Que tens tu que não hajas recebido? E, se o recebestes, porque te glorias, como se não o tivesses recebido (1 Cor 4, 7)?

É essa firmeza que até nos permite gloriarmo-nos também nas provações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a comprovação, a comprovação a esperança (vv. 3s). Uma espiral virtuosa que, mais do que um efeito pedagógico do sofrimento, é a transformação deste em caridade, em doação da vida.

Dos inumeráveis exemplos da história do cristianismo, há dois a destacar. Antes de mais o de Paulo: Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (...) Mas, em tudo isto, saímos vencedores, graças àquele que nos amou; o Deus que está em Cristo Jesus Senhor Nosso (Rm 8, 35.37.39).

É por isso que Paulo envolve as palavras, em que nos fala da esperança, numa expressão ainda hoje usada no final das nossas orações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo (vv. 1.11). É nele que está a fonte da nossa esperança, porque ninguém a viveu como Ele. Glória a Ele para sempre!

In:Um Ano a caminhar com São Paulo

De: D. Anacleto de OliveiraBispo Auxiliar de Lisboa

Compilado por: António Fonseca - 6-04-2009

segunda-feira, 30 de março de 2009

Leitura nº 48 - "Um ano a caminhar com S. Paulo"

QUINTA PARTE

PAULO FALA-NOS DA VIDA QUE NOS ESPERA

48

“A ESPERANÇA NÃO ENGANA, PORQUE O AMOR DE DEUS FOI DERRAMADO NOS NOSSOS CORAÇÕES”

“Enquanto há vida, há esperança”. Esta frase tem ajudado muita gente a não se resignar. Perante contrariedades próprias ou de outros, fazendo mesmo despertar nelas energias, expressivas do desejo de que a vida seja mesmo vida, isto é, livre de tudo o que a limite. A esperança está assim arreigada na nossa natureza humana.

Mas a frase mostra também os seus limites. Se é só enquanto há vida que há esperança, e depois? Que fazer, quando a morte é mais que certa? Ou, simplesmente, quando a luta pela vida se reduz a adiar o seu fim? Em tais situações, não soará a frase a um cinismo, que pode produzir o efeito oposto: o desânimo ou até o desespero?

Um cristão não deveria dizer: “Enquanto há vida”, mas sim: “porque há vida, há esperança”. Aquela vida de que Paulo nos fala em Rm 5, 1-11, como fundamento da esperança cristã. Trata-se da vida nova que Deus cria naqueles que a Ele aderem pela fé na graça, oferecida na morte e ressurreição de Cristo (3, 21-4,25). Uma transformação que, todavia, não nos liberta das dificuldades, fragilidades e limitações comuns a qualquer mortal. Pelo contrário: quantas vezes, uma vida cristã coerente dá origem a mais sofrimento... e ao abandono da fé. Mas também acontece o oposto: é nessas situações que a convicção de fé sai mais fortalecida... na esperança.

Rm 5, 1-11

Uma vez, pois, que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. Mas não só: gloriamo-nos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a provação, e a provação a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

De facto, quando ainda éramos fracos, a seu tempo é que Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente alguém morrerá por um justo; porém uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. Mas é assim que Deus demonstra o seu amor: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós. E agora que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão havemos de ser salvos da ira, por meio dele. Se, de facto, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida. Mas não só: gloriamo-nos também em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem agora recebemos a reconciliação.

O específico da esperança cristã está concentrado no v. 5: é uma esperança que não engana, não nos deixa frustrados, na luta por uma vida para além da morte, porque o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (v. 5). Antes (vv. 1-4), Paulo mostra-nos como o amor de Deus nos transformou e, no presente, nos anima, desde o centro vital que são os nossos corações. Depois (vv. 6-11), descreve-nos em que consiste esse amor e como ele nos garante a salvação eterna. Comecemos por aqui: por nos deixarmos deslumbrar por um amor que ultrapassa todas as medidas humanamente imagináveis.

De facto, dar a vida por um justo respeitável e sobretudo por alguém de cuja bondade usufruímos (v. 7), era, na época, um ideal da ética helenista da amizade. Se é mais do que um ideal até disso Paulo duvida, e com razão. Os amigos são para as ocasiões... mas, quantas vezes, só as que lhes são favoráveis.

Agora vejamos o que se passou com Deus: Quando ainda éramos fracos, quando ainda éramos pecadores, quando éramos inimigos de Deus (vv. 6.8.10), foi então que Cristo morreu pelos ímpios, morreu por nós (vv. 6.8). Ele que não havia conhecido pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos n’Ele justiça de Deus (2 Cor 5, 21). Na sua morte, assumiu a morte a que está destinado todo o homem que rompe com Deus. Derramou o seu sangue por causa dos nossos pecados, no nosso lugar e em nosso favor. E, com Ele, o próprio Deus. Não é Ele o seu Filho (v. 10)? E que sente um pai a quem morre um filho? Mas haverá algum pai que entregue o filho, para morrer por um inimigo, por alguém que atenta contra a sua vida?

Pois bem, se é assim que Deus nos ama, poderá Ele abandonar-nos, designadamente quando, no fim da nossa vida terrena, formos por Ele julgados? De facto, se fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida (v. 10), salvos da ira, por meio dele (v. 9). Isto quer dizer também que a salvação eterna não se obtém sem nós: sem a nossa aceitação do amor de Deus e sem uma prática de vida coerente com Ele. Na medida em que Deus nos ama, responsabiliza-nos. De que modo?

Dando-nos, Ele próprio, os meios para estar à altura das nossas responsabilidades (vv. 1-5). É Ele quem, através do Evangelho, nos conquista para a fé. Pela qual nos justifica, libertando-nos do pecado que dele nos separa, para vivermos em paz com Ele (v. 1). Foi então que o seu amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, para habitar em nós (v. 5). Um estado de graça, na qual estamos firmes, porque fortalecidos por um amor que, pela sua inesgotável gratuidade, nos capacita para irmos infinitamente além do que as nossas forças humanas permitem.

Assim, é essa firmeza que, desde já, nos permite gloriar-nos, na esperança da glória de Deus, cuja plenitude ainda está para se revelar, mas da qual já participamos. E porque se trata de uma glória alcançada no amor, não é de nós que nos gloriamos, mas do que Deus realiza em nós. Daí o aviso de Paulo: Que tens tu que não hajas recebido? E, se o recebestes, porque te glorias, como se não o tivesses recebido (1 Cor 4, 7)?

É essa firmeza que até nos permite gloriarmo-nos também nas provações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a comprovação, a comprovação a esperança (vv. 3s). Uma espiral virtuosa que, mais do que um efeito pedagógico do sofrimento, é a transformação deste em caridade, em doação da vida.

Dos inumeráveis exemplos da história do cristianismo, há dois a destacar. Antes de mais o de Paulo: Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (...) Mas, em tudo isto, saímos vencedores, graças àquele que nos amou; o Deus que está em Cristo Jesus Senhor Nosso (Rm 8, 35.37.39).

É por isso que Paulo envolve as palavras, em que nos fala da esperança, numa expressão ainda hoje usada no final das nossas orações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo (vv. 1.11). É nele que está a fonte da nossa esperança, porque ninguém a viveu como Ele. Glória a Ele para sempre!

In:Um Ano a caminhar com São Paulo

De: D. Anacleto de OliveiraBispo Auxiliar de Lisboa

Compilado por: António Fonseca - 27-03-2009

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 659 - SÉRIE DE 2024 - Nº (136) - SANTOS DE CADA DIA - 15 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 1 )

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