Mostrar mensagens com a etiqueta II Domingo da Quaresma. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta II Domingo da Quaresma. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sugestões litúrgicas - II Domingo da Quaresma

Sugestões Litúrgicas

1. A liturgia deste domingo deve ser vivida na disponibilidade para escutar Jesus. O monte é o lugar do encontro com Deus. Moisés e Elias encontram Deus no Horeb. Jesus retira-Se muitas vezes para o monte para rezar. Naquele dia, Deus toma a apalavra para reconhecer Jesus como seu Filho bem-amado , e pede para O escutar. Jesus tem encontro com Moisés e Elias, porta-vozes cheios do poder de Deus libertador junto do seu povo. A sua presença no monte da transfiguração revela que Jesus veio cumprir tudo o que os profetas tinham anunciado. 2. Leitores: 1.ª Leitura - O texto tem "3 vozes": narrador, Deus e Abraão. E o Leitor, sem exageros teatrais, deve ser capaz de o dar a entender. Atenção ao inciso "Oráculo do Senhor" que pede, naturalmente, um tom de voz diferente. 2.ª Leitura - Outra leitura de proclamação difícil. A mensagem torna-se mais veemente porque apresentada de forma interrogativa. Mas, onde colocar a entoação da pergunta? Apesar do sinal gráfico aparecer no fim, regra geral é no início das frases que a voz a assinala. Mas partículas como quem, como, que podem ter um intensidade interrogativa. A aclamação final (Palavra do Senhor!) deve ser preparada com um razoável silêncio. Muito mais numa leitura como esta. Sugestão de cânticos - Entrada: Diz-me o coração, F. Lapa, BML 50, 10; Ouvi-nos, Senhor, F. Silva, NCT 92; Os meus olhos, M. Faria, BML 50, 12; Attende, Domine, NCT 122; Salmo Resp.: Caminharei na terra dos vivos, F. Santos, BML 30, 9 ou M. Luís, SRAE 192; Aclam. ao Ev.: No meio da nuvem, F. Santos, BML 35, 15; Ofertório: Eis o tempo favorável, F. Santos, NCT 495; Comunhão: Este é o Meu Filho, F. Lapa, BML 60, 49; Jesus Cristo, ó Porta do Reino, F. Santos, BML 25, NCT 110. MISSAS COM CRIANÇAS - Entrada: Escutai, Senhor, C. Silva, NCT 88; Senhor, ouvi a minha súplica, F. Santos, BML 30, 10; NCT 93; Salmo Resp: Pecámos, Senhor, F. Santos, BML 58, 16; NCT 103; Aclam. Ev.: Arrependei-vos, diz o Senhor, F. Santos, BML 35, 16; NCT 104; Comunhão: Felizes os que moram, F. Santos, BML 58, 34; NCT 115. VIA SACRA (que sugerimos se façam, por exemplo, às sextas-feiras): Ao morrer crucificado, NCT 683; Bendita e louvada seja, NCT 684; Nós vos louvamos, F. Santos, NCT 685; Perdoa ao teu povo, NCT 686; Perdão, Senhor, M. Faria, NCT 687.

http://www.voz-portucalense.pt

Homiliário Patrístico - II Domingo da Quaresma

Homilário Patrístico

Escutai-O!

Elias e Moisés falavam com Ele, porque a graça do Evangelho recebe testemunho da Lei e dos Profetas: da Lei em Moisés e dos Profetas em Elias, para sermos breves. [...] Pedro quis fazer três tendas: uma para Moisés, outra para Elias e outra para Cristo. Deleitava-o o sossego da montanha, sofria o tédio do tumulto das coisas humanas. Mas por que razão queria três tendas, senão porque ainda desconhecia a unidade da Lei, da Profecia e do Evangelho? Logo foi corrigido pela nuvem: "ainda ele assim falava quando uma nuvem resplandecente os encobriu": vede como a nuvem fez uma única tenda! Por que razão querias três? "E da nuvem ouviu-se uma voz: Este é o Meu Filho Dilecto, no qual pus o meu enlevo; escutai-O!". Fala Elias, mas escutai-O a Ele; fala Moisés, mas escutai-O a Ele; falam os Profetas e fala a Lei, mas escutai-O a Ele, voz da Lei e língua dos Profetas. Foi Ele que por eles falou e Ele próprio falou por si mesmo quando se dignou aparecer: "escutai-O", escutemo-l'O. Considerai que quando o Evangelho se proclamava, era a nuvem. E daí nos veio a voz. Escutemo-l'O: façamos o que Ele diz, esperemos o que nos prometeu. (S. Agostinho, Sermão 79)

Uma Leitura dos textos Bíblicos - II Domingo da Quaresma

Uma Leitura dos Textos Bíblicos

Deus não poupou o seu Filho!

I Leitura (Gn 22, 1-2.9a.10-13.15-18): “Abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência” Este texto pode e deve ser lido a vários níveis. - Recusa dos sacrifícios humanos, prática corrente nos antigos cultos fenícios e cananeus: em analogia com o que se praticava nesses cultos (sacrifício dos primogénitos), Abraão poderá ter pensado que o seu amor a Deus exigiria como prova real o holocausto de Isaac. Mas Deus não quer a morte do homem, mas a vida e, por isso, impede Abraão de imolar o filho e aponta-lhe, como substituto, o sacrifício de um cordeiro. - Releitura teológica sobre a provação da fé de Abraão, a sua obediência e a promessa: a Deus não agradam os sacrifícios humanos, mas não podia deixar de agradar o amor incondicionado que Abraão lhe demonstra com esta disponibilidade a renunciar a tudo - ao seu próprio futuro: sacrifica o seu único herdeiro quando já não tem qualquer esperança de ter mais filhos - para obedecer ao que julgava ser a vontade divina. Entrevemos aqui o drama e a grandeza da fé que transfigura a vida. - Releitura cristológica: "Deus não poupou o seu Filho" - ouviremos na 2.ª leitura. Jesus é o novo Isaac, o "filho único", o "Amado" do Pai. Tal como Isacc carregou com a lenha para o sacrifício e se deixou atar sobre ela para o sacrifício, assim Jesus carrega com a cruz e deixa cravar-se nela, entregando-se livremente e sem reservas nas mãos do Pai que o entrega numa demonstração suprema e insuperável de amor. Evangelho (Mc 9, 2-10): "Este é o meu Filho ... " Com a profissão de fé em Cesareia de Filipe (Mc 8, 27-30), começa no Evangelho segundo São Marcos uma nova fase na vida de Jesus, que se encaminha decididamente para o desenlace da paixão e da morte, perante a incompreensão de Pedro e dos demais discípulos. O relato da transfiguração de Jesus segue o modelo das narrativas de aparições divinas (teofanias) no AT: a voz, a nuvem, o esplendor, as personagens celestes, símbolos da lei e da profecia. Por outro lado, adianta-se às aparições do Ressuscitado, sendo uma proclamação antecipada da glorificação pascal. Importa ainda ter presente que, neste Evangelho, este trecho segue-se ao primeiro anúncio da paixão (8, 31): morte e ressurreição são duas faces de um único mistério. Marcos sublinha a incompreensão dos discípulos na Transfiguração (tal como já vincara a incompreensão de Pedro face ao anúncio da Paixão). Só passando pela morte (anunciada) se pode chegar à ressurreição (antecipada) e, deste modo, aceder à fé pascal. Entretanto, o único meio para "compreender" é a escuta de Cristo (v. 7), reconhecido como Filho de Deus. A esse reconhecimento chegará o centurião ao ver Jesus expirar (cf. 15, 39). II Leitura (Rm 8,31b-34): "Não poupou o seu Filho" Paulo convida-nos a penetrar no coração da Trindade e a contemplar a sua paixão pela humanidade. Com uma série de perguntas retóricas, afirma a certezas basilares. Como é possível que, para benefício de estranhos - e até "inimigos" - Deus chegue ao extremo de sacrificar o que Lhe é mais caro: o seu Unigénito? E, entretanto, foi isso o que realmente aconteceu na Páscoa de Cristo, morto, ressuscitado e sempre vivo a interceder por nós, na presença do Pai. Por isso, nada nem ninguém se pode interpor entre nós e este amor salvífico, cheio de misericórdia e de perdão.

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...