“ | Criámos novos ídolos. A adora
ção do antigo bezerro de ouro [nota 3] encontrou uma nova e cruel versão na idolatria do dinheiro e na ditadura de uma economia realmente sem fisionomia nem finalidade humanas(...) E porque não dirigirem-se a Deus para que lhes inspire os seus desígnios!? Formar-se-á então uma nova mentalidade política e económica, que contribuirá para transformar a profunda dicotomia entre as esferas económica e social numa sã convivência.[nota 4] | ” |
No início de seu pontificado, o Papa Francisco nomeou uma comissão a fim de aconselhá-lo para uma reforma financeira no oficialmente chamado Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco do Vaticano, uma das instituições mais polêmicas da Igreja, sendo ligada a escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro. A intenção do Papa com a comissão, formada por quatro prelados e um leigo especialista em direito, é harmonizar as atividades do IOR com a verdadeira missão da Igreja. [100]
Durante uma audiência semanal na Praça de São Pedro, Francisco criticou diretamente quem desperdiça alimentos e contribui para a desigualdade no mundo:
“ | Deus confiou ao homem e à mulher o cultivo e o cuidado da Terra, para que todos pudessem morar nela, mas o egoísmo e a cultura do desperdício levaram ao descarte das pessoas mais fracas e necessitadas. Mais ainda, em muitas partes do mundo, apesar da fome e da desnutrição existentes, muitos alimentos são desperdiçados. | ” |
O Papa salientou que a comida jogada fora é como que roubada dos que não podem tê-la, é como tirar da mesa dos pobres; e dar mais atenção ao dinheiro que à vida humana indefesa é indignante:
“ | Os alimentos jogados no lixo são alimentos roubados da mesa do pobre, de quem tem fome. A ecologia humana e a ecologia ambiental são inseparáveis,(...) vemos agora a crise no meio ambiente, mas a vemos, sobretudo, no homem. A pessoa humana está hoje em perigo! (...) Na cultura do desperdício, se morrem homens e crianças não é notícia; mas se a bolsa cai é uma tragédia. (...) Acaba-se por descartar as pessoas. Deixa-se de respeitar a vida, sobretudo se é pobre ou incapacitada, ou se ainda não é útil, como a criança que vai nascer, ou se não serve mais, como o idoso.[101] | ” |
E aos membros da FAO o Papa disse sobre possíveis soluções para o problema da fome:
“ | Sabe-se que a produção é suficiente e mesmo assim existem milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome: isto constitui um verdadeiro escândalo. É necessário encontrar modos para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que aumente o abismo entre quem mais tem e quem deve se contentar com as migalhas, mas sobretudo por uma exigência de justiça e de equidade e de respeito por cada ser humano.[102] | ” |
“ | Algo mais pode e deve ser feito a fim de fornecer um novo estímulo à atividade internacional em nome dos pobres, inspirado por algo mais do que mera boa vontade ou, ainda pior, as promessas que muitas vezes não têm sido mantidas. Nem pode a atual crise global continuar a ser usada como um álibi.[103] | ” |
Roberto Bosca, da Universidade Austral de Buenos Aires, disse que apesar de ter a reputação de oponente, Bergoglio é de certa forma simpático à Teologia da Libertação, devido à sua premissa de opção pelos pobres, mas sem ser ideológico da TL. [carece de fontes]
Leonardo Boff, um dos mais proeminentes teólogos da Teologia da Libertação, também é otimista sobre a relação do Papa Francisco com os pobres: "O papa Francisco tem tanto o vigor como a ternura que precisamos para criar um novo mundo espiritual". E diz ainda que trabalham juntos para apoiar causas universais, como os direitos humanos, a partir da perspectiva dos pobres, o destino da humanidade que sofre, os serviços para as pessoas que vivem marginalizadas. [104]
Rachel Donadio do New York Times escreveu que os discursos de Francisco descrevem claramente os temas da Teologia da Libertação, um movimento que busca usar os ensinamentos do Evangelho para ajudar a libertar as pessoas da pobreza e que tem sido particularmente forte em sua terra natal, a América Latina. (...) "Mas o que está claro é que ele sempre foi contra as cepas da Teologia da Libertação que tiveram um elemento ideológico marxista". [105]
Outros afirmam que o Papa Francisco não é tão favorável à TL, como o jornalista investigativo Robert Parry, do Consortium News: "O novo papa não foi confortável com a Teologia da Libertação. É possível falar em nome dos pobres, sem apoio as verdadeiras mudanças fundamentais que estão presentes com a teologia da libertação", e que a abordagem dele se encaixa com a atitude da igreja ao longo dos séculos quanto aos pobres. [106]
Escrevendo na revista Tikkun, o autor Matthew Fox afirma sobre Bergoglio: "Este papa opôs-se à teologia da libertação e as comunidades de base na América Latina, sendo que a teologia da Igreja de base que levou a sério o ensinamento do Concílio Vaticano II que a Igreja é "o povo" não é a hierarquia. Muitos heróis desse movimento foram mortos e torturados em todo América Latina, Oscar Romero sendo o mais visível. Bergoglio em nenhum lugar foi visto junto com eles. Muito pelo contrário, ele lutou contra a teologia da libertação com unhas e dentes como chefe da conferência dos bispos e ele era um instigador eficaz, com atitudes papais nesse sentido(a CIA, sob o comando de Reagan estava ligada com o Papa João Paulo II para eliminar a teologia da libertação, como eu provo em meu livro, Guerra do Papa )". [107]
De acordo com Sandro Magister, o papa Francisco está mais preocupado com militantes do secularismo do que com a teologia da libertação. Magister afirma que Francisco se preocupa com a disseminação global de conceitos, incluindo legalização do aborto e casamento gay , que Francisco vê como o trabalho do diabo e do anticristo. Magister afirma que os objetivos da teologia da libertação são menos importantes para o Papa que lutar contra secularismo. [108]
O jornalista Tracy Connor da NBC escreveu que o papa Francisco, em entrevista em 2012, comentou que podem haver mudanças nas leis do celibato. O celibato "é uma questão de disciplina, não de fé. No momento, eu sou a favor de manter o celibato, com todos os seus prós e contras, porque temos dez séculos de boas experiências ao invés de falhas.[...] A tradição tem peso e validade ". Ele observou que "nos bizantinos, ucranianos, russos e greco-católicos[...] os padres podem ser casados, mas os bispos têm que ser celibatários". Se, hipoteticamente, o catolicismo oriental fosse rever a questão do celibato, eu acho que iria fazê-lo por razões culturais (como no ocidente), não tanto como uma opção universal". Enfatizou ainda que, entretanto, a regra deve ser rigorosamente respeitada, e qualquer sacerdote que não possa obedecê-la "tem de deixar o ministério". [109]
Em 26 de maio de 2014, no retorno de sua viagem à Terra Santa, Francisco deu declarações de que “a porta sempre está aberta”.
“ | A Igreja católica tem padres casados. Católicos gregos, católicos coptas, existem no rito oriental. Por que não é um debate sobre um dogma, mas sobre uma regra de vida que eu aprecio muito e que é um dom para a Igreja. Por não ser um dogma da fé, a porta sempre está aberta.[110] | ” |
Francisco falou sobre a importância fundamental das mulheres na Igreja Católica, salientando que elas têm um papel especial na divulgação da fé, e que foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo.
“ | Somente homens são lembrados como testemunhas da ressurreição, os Apóstolos, mas não as mulheres. Isso porque, de acordo com a lei judaica da época, as mulheres e as crianças não eram consideradas confiáveis, testemunhas credíveis. Nos evangelhos, entretanto, as mulheres têm um papel fundamental primário. (...) As primeiras testemunhas (...) Isso é muito bonito, e essa é a missão das mulheres, das mães e das avós, para dar testemunho a seus filhos e netos que Cristo ressuscitou! Mães, adiante com este testemunho! O seu testemunho também nos leva a refletir sobre a forma como, na Igreja e no caminho da fé, as mulheres tiveram e ainda têm um papel especial na abertura de portas para o Senhor.[111] | ” |
“ | E, quanto à ordenação das mulheres, a Igreja falou e disse: «Não». Disse isso João Paulo II, mas com uma formulação definitiva. Aquela porta está fechada. Mas, a propósito disso, eu quero dizer-lhe uma coisa. Eu já disse isso, mas repito. Nossa Senhora, Maria, era mais importante que os Apóstolos, os bispos, os diáconos e os presbíteros. A mulher, na Igreja, é mais importantes que os bispos e os presbíteros; o como é que devemos procurar explicitar melhor, porque eu acho que falta uma explicação teológica disso.[113] | ” |
Papa Francisco em sua missa de inauguração de pontificado, 19 de março de 2013.
Sendo o Papa Francisco um Jesuíta, membro de uma ordem religiosa onde se professam votos de pobreza, é conhecido por um estilo pessoal despojado e frugal de viver. Durante seus anos como cardeal em Buenos Aires, vivia num pequeno e austero quarto atrás da Catedral Metropolitana e usava normalmente apenas transporte público, como metrô e ônibus, para se locomover, [115] além de cozinhar a própria comida. [116]
Eleito Papa, continuou a usar o crucifixo que usava enquanto cardeal que é de aço e não de ouro, como de costume com Papas anteriores. [116] Também optou por continuar a fazer uso de sapatos totalmente pretos, em vez dos tradicionais múleos, algo que, por exemplo, São João Paulo II fez em algumas vezes.
Mostrando desde o início do papado um estilo mais simples, coerente com a sua condição de jesuíta com votos de pobreza, Francisco dispensou a limusine blindada papal para comparecer a um primeiro encontro, na residência de Santa Marta, no dia seguinte de sua eleição, preferindo um veículo comum, e espantou a todos ao pagar pessoalmente a conta do hotel onde se hospedou para o Conclave, hotel este pertencente à própria Igreja Católica. [117] Dias depois de eleito, surpreendeu o telefonista de uma ordem jesuíta em Roma, ao ligar pessoalmente querendo falar com um padre amigo e anunciando-se ao atendente - nunca outro Papa fez ligações telefônicas diretamente, sempre feitas por assessores ou por seu secretário - ouvindo de volta: "Você é o novo Papa? Ah sim, e eu sou Napoleão!." [118] Na semana seguinte em que foi eleito, ele ligou direto do Vaticano para a banca da Praça de Maio, em Buenos Aires, onde comprava os seus jornais e revistas quando vivia na cidade, para cumprimentar o jornaleiro, seu amigo de muitos anos, e avisar que dificilmente voltariam a se ver. Nesta ocasião, ao ter sua chamada novamente confundida com um trote, foi chamado de "idiota". [119]
Ano | Período | Local(is) | Observações |
2013 | 8 de julho | Ilha de Lampedusa | Missa e homenagens aos milhares de imigrantes norte-africanos que morreram durante a travessia para a ilha. |
22 de setembro | Cagliari, na Ilha da Sardenha | Missa, encontros com trabalhadores desempregados e visitas, pela crise de desemprego na Ilha da Sardenha. |
4 de outubro | Assis | Missa e encontros, celebrando a festa litúrgica de São Francisco de Assis.[nota 5] |
2014 | 21 de junho | Cassano all'Ionio(Calábria) | Missa, encontro e visita, em solidariedade à comunidade que vivia uma situação de violência.[125] |
5 de julho | Dioceses de Campobasso-Boiano e Isernia-Venafro | Missa e encontros, pela crise de desemprego na região de Molise. |
26 de julho | Caserta | Missa e encontro, celebrando a festa litúrgica de Santa Ana, padroeira de Caserta. |
13 de setembro | Sacrário de Redipuglia | |
2015 | 21 de março | Pompeia e Nápoles | Encontros, visitas e Missa. Visita pastoral em solidariedade à população local, pela crise econômica e social na região.[nota 6] |
21 e 22 de junho | Turim | Dia 21: celebração e encontros com trabalhadores, religiosos, presidiários, enfermos e jovens. Visita à Catedral de Turim, com oração diante do Santo Sudário.
|
10 de novembro | Prato e Florença | Encontros com trabalhadores, com a comunidade carente, com participantes do Congresso Nacional da Igreja Italiana e celebrações.[nota 9] |
2016 | 4 de agosto | Assis | Visitas à Basílica de Santa Maria dos Anjos e à Igreja de Porciúncula, onde morreu e está sepultado São Francisco de Assis. Orações e encontros com religiosos e enfermos.[nota 10] |
20 de setembro | Assis | Visita para a Jornada Mundial de Oração pela Paz. Orações, cerimônias e encontros ecumênicos com Bartolomeu I de Constantinopla, com um representante do Islamismo, com Justin Welby (Primaz da Igreja da Inglaterra), com Inácio Efrém II (Primaz da Igreja Ortodoxa Síria), com um representante do Judaísmo, com um representante do Budismo, com Andrea Riccardi (fundador da Comunidade de Santo Egídio[nota 11] |
2017 | 25 de março | Milão | Celebração e encontros com famílias, imigrantes, presidiários, jovens e religiosos. |
2 de abril | Carpi | Celebrações e encontros com religiosos. |
20 de junho | Bozzolo e Barbiano | Encontros com religiosos. |
1 de outubro | Cesena e Bolonha | Celebração e encontros com famílias, refugiados, presidiários, estudantes e religiosos. |
Ano | Período | País | Observações |
2013 | 22 a 28 de julho | Brasil | Viagem apostólica por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. |
2014 | 24 a 26 de maio | Jordânia
Israel
Palestina | Missas, encontros e visitas na Terra Santa, a lugares sagrados do cristianismo, judaísmo e islamismo, por ocasião do 50º aniversário do encontro em Jerusalém entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. |
13 a 18 de agosto | Coreia do Sul | Missas e encontros, por ocasião da VI Jornada da Juventude Asiática. |
21 de setembro | Albânia | Missas e encontros em Tirana, pelos quase 25 anos da queda do regime comunista na Albânia e pela convivência pacífica entre as diferentes religiões. |
25 de novembro | França | Visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa em Estrasburgo. Discursos nas duas instituições, tratando de diversos temas relacionados à realidade europeia. |
28 a 30 de novembro | Turquia | Missas, encontros e visitas a lugares sagrados em Ancara e Istambul. Encontro com o Sua Santidade, o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla, por ocasião do 50º aniversário do encontro em Jerusalém entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. |
2015 | 13 a 19 de janeiro | Sri Lanka
Filipinas | Encontros, visitas em Colombo e Madhu. Missa por ocasião da canonização do Beato José Vaz.[nota 12]
Em Manila e Tacloban, encontros, visitas, celebrações e almoço com sobreviventes do tufão Yolanda (2013).[nota 13]
|
6 de junho | Bósnia e Herzegovina | Visita à Presidência da República, encontro com autoridades, religiosos e jovens em Sarajevo. Santa Missa no Estádio Koševo.[nota 14] |
5 a 12 de julho | Equador
Bolívia
Paraguai | Em Quito e Guayaquil, visitas ao Presidente da República, à Catedral de Quito, à “Iglesia de la Compañia”. Visitas, celebrações e encontros com religiosos, seminaristas e estudantes.
Em La Paz e Santa Cruz de la Sierra, visita ao Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia e à Catedral de La Paz. Visitas, celebrações e encontros com religiosos, seminaristas e estudantes. Participação do II Encontro Mundial dos Movimentos Populares.
Em Assunção, visitas ao Presidente da República, à Catedral Metropolitana de Assunção. Visitas, celebrações e encontros com religiosos, seminaristas e jovens. |
19 a 27 de setembro | Cuba
Estados Unidos | Em Havana, Holguín e Santiago, celebrações, visita ao Presidente e ao Conselho dos Ministros da República, encontro com jovens.[nota 15]. Celebrações e encontros com religiosos e famílias.
Em Washington, visita ao Presidente, encontro com religiosos e missa de canonização do Beato Junípero Serra, visita ao Congresso dos Estados Unidos.
Em Nova Iorque, encontro com religiosos, celebrações, visita à sede da Organização das Nações Unidas e encontro com membros participantes da 70º Seção da Assembleia Geral da ONU,[nota 16]visita ao Memorial Ground Zero.
Na Filadélfia, encontro com religiosos e celebração, encontro com comunidades de imigrantes, encontro com vítimas de abusos sexuais, visita a presidiários, celebração de encerramento do 8º Encontro Mundial das Famílias. |
25 a 30 de novembro | Quênia
Uganda
República Centro-Africana | Em Nairóbi, visitas, encontros com autoridades civis e religiosas (ecumênicas), celebração.[nota 17]
Em Entebbe e Kampala, visitas, encontros com autoridades civis e religiosas, seminaristas e jovens, celebração pelos Mártires de Uganda.
Em Bangui, encontros com autoridades civis e religiosas (ecumênicas), visita a campo de refugiados, celebração.[nota 18][nota 19] |
2016 | 12 a 18 de fevereiro | Cuba[nota 20]
México | Em Havana, encontro com Cirilo, patriarca da Igreja Ortodoxa Russa. No encontro histórico, o primeiro entre dois chefes destas igrejas desde o Grande Cisma no ano de 1054, foi assinada uma declaração conjunta, de união fraternal entre as igrejas católica e ortodoxa em busca de diálogo, reconciliação e liberdade inter-religiosa.[136][nota 21]
Na Cidade do México, visita ao presidente da República, encontros com autoridades civis, diplomáticas e eclesiais. Celebração na Basílica de Guadalupe e visita a um hospital pediátrico.
Em Ecatepec, celebrações.
Em Chiapas celebração e encontro com comunidades indígenas e famílias em Tuxtla Gutiérrez[138] e visita ao túmulo de Samuel Ruiz em San Cristóbal de las Casas.[139][140]
Em Morelia, celebração com religiosos e encontro com jovens.
Em Ciudad Juárez, visita a um centro presidiário, encontro com trabalhadores e celebração. |
16 de abril | Grécia | Visitas a refugiados na ilha de Lesbos, acompanhado de outros dois líderes cristãos: Bartolomeu I, patriarca ortodoxo de Constantinopla e Jerônimo II, primaz da Igreja da Grécia. Foi assinada pelos três líderes, uma declaração conjunta de comprometimento na defesa dos direitos dos refugiados. Francisco retornou ao Vaticano levando três famílias de refugiados, doze pessoas ao todo.[141][142] |
24 a 26 de junho | Armênia | Em Ierevan e Guiumri, visitas e encontros com autoridades civis e religiosas. Declaração conjunta com Sua Santidade Karekin II pela maior proximidade entre a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Católica.[143] Celebrações e encontros ecumênicos. Visita ao Mosteiro de Khor Virap |
26 a 31 de julho | Polônia | Viagem apostólica por ocasião da XXXI Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia. |
30 de setembro a 2 de outubro | Geórgia
Azerbaijão | Em Tiblisi, encontro com a comunidade dos Assírios e com Elias II da Igreja Ortodoxa Georgiana.
Em Baku, encontro inter-religioso com líderes muçulmanos do cáucaso. |
31 de outubro a 1 de novembro | Suécia | Em Malmo, celebrações e encontro ecumênico por ocasião da comemoração comum Luterano-Católica da Reforma. |
2017 | 28 e 29 de abril | Egito | No Cairo, visitas de cortesia ao presidente da República, ao Grão-Imã da Mesquita de al-Azhar e a S.S. o Papa da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria. Discurso na Conferência Internacional em prol da Paz. Encontros com jovens, religiosos e seminaristas.[nota 22] |
12 e 13 de maio | Portugal | Visita ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima para celebração do 100º aniversário das aparições da Virgem Maria decorridas na Cova da Iria e para presidir à solene canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. Apresentou-se como um «Peregrino na Esperança e na Paz». |
6 a 11 de setembro | Colômbia | Em Bogotá, encontros com autoridades civis e religiosas, encontro com o comitê diretivo do CELAM, que tem sua sede em Bogotá, celebração.
Em Villavicencio, encontro com militares, celebração e encontro de oração para a reconciliação nacional, entre o governo colombiano e o ELN. [nota 23]
Em Medellín, visita a um orfanato, celebração e encontro com religiosos.
Em Cartagena, celebração e encontros. |
26 de novembro a 2 de dezembro | Myanmar
Bangladesh | Myanmar: em Nay Pyi Taw (capital), visitas e encontros com líderes religiosos e autoridades civis. Em Yangon, celebrações e encontros com o Conselho Supremo Sangha e com bispos católicos.
Bangladesh: em Daca (capital), visita ao memorial aos mártires da Guerra de Independência de Bangladesh, visita ao Museu Bangabandhu, antiga residência oficial do fundador e primeiro presidente do país, Sheikh Mujib. Visitas e encontros com autoridades civis. Celebrações e encontros com religiosos. Encontro inter-religioso e ecumênico pela Paz. Visitas e encontros com jovens.
A visita aos dois países teve como objetivo estreitar o diálogo entre muçulmanos, hindus, budistas e cristãos, e também em solidariedade ao povo refugiado de etnia rohingya. [nota 24]
|
2018 | 15 a 22 de janeiro | Chile
Peru | Ao final do dia 16 de janeiro de 2018, visitou o túmulo de Alberto Hurtado, jesuíta chileno que foi canonizado em 2005[145]. |
- Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.
- Exortação Apostólica sobre a alegria do amor na família.[150]
- Carta Apostólica sobre a jurisdição dos órgãos judiciários do Estado da Cidade do Vaticano em matéria penal - 11 de julho de 2013.
- Carta Apostólica sobre a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição de massa - 8 de agosto de 2013.
- Carta Apostólica aprovando o novo Estatuto da Autoridade de Informação Financeira - 15 de novembro de 2013.
- Carta Apostólica Fidelis dispensator et prudens (Administrador fiel e prudente) para a constituição de uma nova estrutura de coordenação para os assuntos econômicos da Santa Sé e do Vaticano - 24 de fevereiro de 2014.
- Carta Apostólica sobre a Transferência da Seção Ordinária da Administração da Sé Apostólica à Secretaria para a Economia - 8 de julho de 2014.
Dom Mario Bergoglio presidiu a ordenação episcopal dos seguintes prelados: [23]
- Horacio Ernesto Benites Astoul (1999)
- Jorge Rubén Lugones, SJ (1999)
- Jorge Eduardo Lozano (2000)
- Joaquín Mariano Sucunza (2000)
- José Antonio Gentico (2001)
- Fernando Carlos Maletti (2001)
- Andrés Stanovnik, OFM Cap (2001)
- Mario Aurelio Poli (2002)
- Eduardo Horacio García (2003)
- Adolfo Armando Uriona, FDP (2004)
- Eduardo Maria Taussig (2004)
- Raúl Martín (2006)
- Hugo Manuel Salaberry Goyeneche, SJ (2006)
- Óscar Vicente Ojea Quintana (2006)
- Hugo Nicolás Barbaro (2008)
- Enrique Eguía Seguí (2008)
- Ariel Edgardo Torrado Mosconi (2008)
- Luis Alberto Fernández (2009)
- Vicente Bokalic Iglic, CM (2010)
- Alfredo Horacio Zecca (2011)
Foi concelebrante nas ordenações episcopais dos seguintes prelados: [23]
- Oscar Domingo Sarlinga (2003)
- Luis Mariano Montemayor (2008)
O Papa Francisco presidiu a ordenação episcopal dos seguintes prelados: [23]
- Jean-Marie Speich (2013)
- Giampiero Gloder (2013)
- Fernando Vérgez Alzaga, LC (2013)
- Fabio Fabene (2014)
- Francisco, papa, 1936-
- Bergoglio, Jorge Mario, 1936-
- Igreja Católica. Papa (2013- : Francisco)
- Bergoglio, Jorge Mario (1982). Meditaciones para religiosos (em espanhol). Buenos Aires: Ediciones Diego de Torres. 311 páginas. OCLC 644781822
- Bergoglio, Jorge Mario (1987). Reflexiones espirituales sobre la vida apostólica (em espanhol). Buenos Aires: Ediciones Diego de Torres. 321 páginas. ISBN 9789509210073
- Bergoglio, Jorge Mario (1992). Reflexiones en esperanza (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Universidad del Salvador. OCLC 36380521
- Jorge Mario Bergoglio; Papa João Paulo II, Fidel Castro (1998). Diálogos entre Juan Pablo II y Fidel Castro (em espanhol). Buenos Aires: Ciudad Argentina/Editorial de Ciencia y Cultura. ISBN 9789875070745
- Bergoglio, Jorge Mario (2003). Educar: exigencia y pasión. desafíos para educadores cristianos (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 190 páginas. ISBN 9505124570
- Bergoglio, Jorge Mario (2004). Ponerse la patria al hombro. memoria y camino de esperanza (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 80 páginas. ISBN 9789505125111
- Bergoglio, Jorge Mario (2005). La nación por construir. utopía, pensamiento y compromiso (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 78 páginas. ISBN 9789505125463
- Bergoglio, Jorge Mario (2005). Corrupción y pecado subtítulo. algunas reflexiones en torno al tema de la corrupción (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. ISBN 9789505125722
- Bergoglio, Jorge Mario (2006). Sobre la acusación de sí mismo. [S.l.: s.n.]
- Bergoglio, Jorge Mario (2007). El verdadero poder es el servicio(em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 364 páginas. OCLC 688511686
- Jorge Mario Bergoglio; Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti (entrevistadores) (2010). El jesuita. conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, sj (em espanhol). Barcelona: Vergara, Grupo Zeta. 192 páginas. ISBN 9789501524505
- Jorge Mario Bergoglio; Abraham Skorka (2010). Sobre el cielo y la tierra (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Sudamericana. ISBN 9789500732932
- Bergoglio, Jorge Mario (2011). Nosotros como ciudadanos, nosotros como pueblo. hacia un bicentenario en justicia y solidaridad (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 89 páginas. ISBN 9789505127443
- Bergoglio, Jorge Mario (2012). Mente abierta, corazón creyente. [S.l.: s.n.]
- Jorge Mario Bergoglio; et al. (2012). Dios en la ciudad : primer Congreso pastoral urbana región Buenos Aires (em espanhol). Buenos Aires: San Pablo. 248 páginas
- BERGOGLIO, Jorge Mario (1999-2013). «Homilías y mensajes»(em espanhol). Arzobispado de Buenos Aires
Ainda em 2013 o Vaticano cunhou a medalha oficial com a efígie do Papa no anverso e com o brasão papal sobreposto a arquitetura da Praça São Pedro. [157]
Notas
- Ir para cima↑ Fora de seus países, os imigrantes católicos de ritos orientais não possuíam templos nem sacerdotes próprios, e participavam das comunidades de rito latino. Com o tempo, os imigrantes decidiram que era necessário construir templos conforme suas tradições, para conservar seus costumes religiosos. Assim, em 14 de novembro de 1951, o Papa Pio XII, através do decreto "Cum fidelium", da Congregação para as Igrejas Orientais, criou o Ordinariato para os fiéis orientais católicos: maronitas, greco-melquitas, ucranianos, russos, romanos, sírios, coptas e armênios. Fonte: Rádio Vaticano
- Ir para cima↑ O grupo tem como objetivos, preparar o estatuto da comissão, informar a situação das crianças que sofreram abuso em todos os países, propor medidas e nomes, tanto de laicos quanto religiosos, para implantar novas iniciativas de combate aos abusos sexuais de menores na Igreja Católica, criar códigos de conduta e avaliações psiquiátricas para o ministério sacerdotal, além de implementar políticas que protejam os menores de idade e colaborar com as autoridades civis nas investigações de possíveis crimes. Integram a comissão, entre outros, Marie Collins, uma irlandesa vítima de abuso sexual por um padre, a psicóloga e psiquiatra francesa Catherine Bonnet, o cardeal norte-americano Sean O'Malley, defensor das vítimas norte-americanas e o jesuíta alemão Hans Zollner, decano da faculdade de psicologia da Universidade Gregoriana, com sede em Roma.[95]
- Ir para cima↑ Passagem bíblica relatada em Êxodo 32:1-8
- Ir para cima↑ Dicotomia, significando aqui o antagonismo entre os interesses econômicos e as prioridades sociais das nações
- Ir para cima↑ "Desejo começar a minha visita em Assis convosco, saúdo-vos a todos! Hoje é a festa de São Francisco, e como Bispo de Roma, eu escolhi assumir o seu nome. Eis por que estou aqui hoje..."
Papa Francisco - Discurso no Instituto Seráfico, na chegada a Assis em 4 de outubro de 2013
- Ir para cima↑ "Também desejo incentivar a presença e participação ativa do governo da cidade, porque a comunidade não pode progredir sem o seu apoio, especialmente em tempos de crise e na presença de situações sociais difíceis e às vezes extremas."
Papa Francisco — Discurso à população de Nápoles
- Ir para cima↑ ..."as relações entre católicos e valdenses hoje estão cada vez mais baseadas no respeito mútuo e na caridade fraterna. Não foram poucas as ocasiões em que se procurou encontrar um equilíbrio nessas relações".
Papa Francisco — Discurso na Igreja Valdense
- Ir para cima↑ A família do papa Francisco é da região de Piemonte
- Ir para cima↑ "A sociedade italiana constrói-se quando as suas diversas riquezas culturais podem dialogar de modo criativo: a popular, a académica, a juvenil, a artística, a tecnológica, a económica, a política, a dos mass media... A Igreja seja fermento de diálogo, de encontro, de unidade.".
Papa Francisco — Discurso no V Congresso Nacional da Igreja Italiana, em Florença
- Ir para cima↑ "O perdão, de que São Francisco se fez «canal» aqui na Porciúncula, continua ainda a «gerar paraíso» depois de oito séculos. Neste Ano Santo da Misericórdia, torna-se ainda mais evidente como a estrada do perdão pode, verdadeiramente, renovar a Igreja e o mundo."
Papa Francisco — Meditação na Basílica de Santa Maria dos Anjos.
- Ir para cima↑ "Abra-se, finalmente, um tempo novo, em que o mundo globalizado se torne uma família de povos. Implemente-se a responsabilidade de construir uma paz verdadeira, que esteja atenta às necessidades autênticas das pessoas e dos povos, que impeça os conflitos através da colaboração, que vença os ódios e supere as barreiras por meio do encontro e do diálogo.".
Papa Francisco — Apelo a favor da Paz
- Ir para cima↑ "Um ponto central desta visita será a canonização do Beato José Vaz, cujo exemplo de caridade cristã e de respeito por todos, sem distinção de etnia ou religião, continua a servir-nos de inspiração e lição ainda hoje".
Papa Francisco — Cerimônia de boas vindas em 13 de janeiro de 2015.
"Ontem, em Madhu, vi uma coisa que nunca teria imaginado: não eram todos católicos, nem sequer a maioria. Havia budistas, muçulmanos, hindus; e todos vão lá rezar.(...) E se eles se sentem assim tão naturalmente unidos que vão rezar juntos a um templo – que é cristão, mas não é só cristão, porque todos o querem – por que motivo não deveria eu ir ao templo budista para os saudar?" Papa Francisco — durante o voo entre Colombo e Manila, respondendo a um jornalista que lhe perguntou sobre o motivo da visita a um templo budista.
- Ir para cima↑ "Vinte anos atrás, São João Paulo II afirmou, neste mesmo lugar, que o mundo precisa de «um novo tipo de jovem»: um jovem que esteja comprometido com os mais altos ideais e desejoso de construir a civilização do amor. Sede aqueles jovens de que falava São João Paulo II. Não percais os vossos ideais".
Papa Francisco — durante encontro com jovens em Manila em 18 de janeiro de 2015.[132] Algumas horas depois do encontro com os jovens, o Papa celebraria uma missa em Manila para seis milhões de pessoas. Segundo o Vaticano, foi o recorde de número de pessoas em uma missa católica.[133]
- Ir para cima↑ Para o encontro com religiosos em 6 de junho, o papa havia preparado um discurso. Porém, depois de ouvir testemunhos de três religiosos, decidiu discursar espontaneamente, abandonando o discurso que havia preparado.[134]
- Ir para cima↑ "Obrigado a todos os que se prodigaram na preparação desta visita pastoral. E queria pedir-lhe, Senhor Presidente, para transmitir os meus sentimentos de especial consideração e respeito ao seu irmão Fidel".
Papa Francisco — Cerimônia de boas vindas em Havana em 19 de setembro de 2015, dirigindo-se a Raúl Castro, presidente de Cuba.[135]
- Ir para cima↑ "Mais uma vez, seguindo uma tradição de que me sinto honrado, o Secretário-Geral das Nações Unidas convidou o Papa para falar a esta distinta assembleia das nações(...) Saúdo ainda os chefes de Estado e de Governo aqui presentes, os embaixadores, os diplomatas e os funcionários(...) Por vosso intermédio, saúdo também os cidadãos de todas as nações representadas neste encontro. Obrigado pelos esforços de todos e cada um em prol do bem da humanidade".
Papa Francisco — dirigindo-se aos participantes da 70º Seção da Assembleia Geral da ONU em 25 de setembro de 2015
- Ir para cima↑ "Considero importante que, ao visitar os católicos duma Igreja local, sempre tenha ocasião de encontrar os líderes doutras comunidades cristãs e doutras tradições religiosas. Tenho esperança de que este tempo transcorrido em conjunto possa ser um sinal da estima da Igreja pelos seguidores de todas as religiões; possa este encontro ajudar a fortalecer os laços de amizade que já existem entre nós".
Papa Francisco — Encontro ecumênico e inter-religioso em Nairóbi, 26 de novembro de 2015
- Ir para cima↑ "Juntos, digamos não ao ódio, não à vingança, não à violência, especialmente aquela que é perpetrada em nome duma religião ou de Deus. Deus é paz, Deus salam."
Papa Francisco — Encontro com a comunidade muçulmana em Bangui, 30 de novembro de 2015
- Ir para cima↑ "Uma grande tristeza. Ontem, por exemplo, fui ao hospital pediátrico: o único que há em Bangui e no país! E, na terapia intensiva, não têm os instrumentos para o oxigénio. Havia muitas crianças subnutridas, muitas. E a médica disse-me: «Na sua maioria, estes morrerão, porque têm a malária, forte, e estão subnutridos»."
Papa Francisco — durante o voo de regresso a Roma, respondendo a um jornalista que lhe perguntou o que sentiu ao escutar dos jovens em Nairóbi, as histórias de exclusão, por causa da ganância e da corrupção
- Ir para cima↑ Breve passagem no dia 12, que durou 3h30, para um encontro com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo no salão VIP do aeroporto de Havana.
- Ir para cima↑ "Não é uma declaração política ou sociológica, é uma declaração pastoral, mesmo quando fala sobre questões seculares e específicas, como da manipulação genética e todas essas coisas. É pastoral; de dois bispos que se reuniram com preocupações pastorais em comum. E eu estou muito feliz. Agora, 23 quilômetros de um papamóvel aberto estão esperando por mim ..."
Papa Francisco aos jornalistas, durante a viagem de Cuba para o México.[137]
- Ir para cima↑ "É um grande dom estar aqui e começar neste lugar a minha visita ao Egito, dirigindo-me a vós no âmbito desta Conferência Internacional em prol da Paz. Agradeço ao meu irmão, o Grande Imã, por a ter idealizado e organizado e por me ter gentilmente convidado."
Papa Francisco, aos participantes da Conferência Internacional em prol da Paz – Cairo, 28/4/2017.[144]
- Ir para cima↑ "Foram 54 anos de guerrilha... Pensava que tivessem sido mais, imaginava uns sessenta; mas, segundo me disseram, foram 54 anos mais ou menos. Neles acumula-se muito, muito, muito ódio, muito rancor, muita alma doente... Às vezes requer-se a intervenção da ONU para sair da crise; mas um processo de paz só avança quando o assume o povo. Se o povo não o assume, poder-se-á avançar um pouco, chegar-se-á a qualquer compromisso... Foi isto que procurei fazer sentir nesta visita: o protagonista da pacificação, ou é o povo ou então ficar-se-á pelo caminho. Mas, quando um povo faz seu o processo, é capaz de o fazer bem. Eu diria, esta é a estrada melhor.".
Papa Francisco — Conferência de imprensa, durante o voo de regresso a Roma, 10 de setembro de 2017
- Ir para cima↑ "Vinham cheios de medo, não sabiam que fazer [os rohingya]. Alguém (não do governo do Bangladesh, mas uma das pessoas que se ocupava dos contactos) lhes dissera: "Cumprimentais o Papa, não dizeis nada".[...] E chegou o momento de eles virem cumprimentar-me. Em fila indiana: já não gostei disto, um atrás do outro. O pior é que, imediatamente, queriam expulsá-los do palco. Nesse momento irritei-me e levantei um pouco a voz – sou pecador – e repeti muitas vezes a palavra "respeito, respeito". Fiz parar a evacuação, e eles ficaram lá. Em seguida, depois de os ouvir um a um com a ajuda do intérprete que falava a língua deles, comecei a sentir algo dentro de mim: "Não posso deixá-los ir embora, sem dizer uma palavra"; e pedi o microfone. E comecei a falar ... Não me lembro o que disse. Sei que, a dada altura, pedi perdão. Penso que duas vezes, não me lembro. Entretanto a sua pergunta é: "Que senti". Naquele momento, eu chorava. Fazia de modo que não se visse. Eles choravam também. Depois pensei que estávamos num encontro inter-religioso, mas os líderes das outras tradições religiosas estavam distantes. [Então disse:] "Vinde também vós; estes rohingya são de todos nós."
Papa Francisco — Conferência de imprensa, durante o vosso a Roma, 2 de dezembro de 2017, respondendo à pergunta de um jornalista.
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