quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Nº 3371 - ( 3 *) - O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 3 DE FEVEREIRO DE 2018

Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Hoje, pela graça de Deus, termino a publicação das biografias dos 266ºs Papas que governaram a Igreja Católica desde que São PEDRO foi para tal nomeado por JESUS CRISTO.
Trata-se de uma transcrição ipsi verbis - puramente pessoal
do texto editado no Livro (O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA), da Autoria de MENDONÇA FERREIRA - 1ª Edição - Março de 2009 - Círculo de Leitores,  
que por Motu proprio resolvi editar neste Blogue SÃO PAULO E VIDAS DE SANTOS e acrescentando as imagens dos papas que vêm na WIKIPÉDIA, na Lista de Papas.
Iniciei esta publicação em 1 de Janeiro de 2018, e à média de 10 por dia (incluindo os Anti-Papas que se intercalavam) e, a partir dos últimos dias de Janeiro, foram diminuindo até passar a ser uma por dia, nomeadamente JOÃO PAULO II, BENTO XVI e agora FRANCISCO




Em face da biografia de BENTO XVI , chegar apenas a 2007, vi-me forçado (.. é uma maneira de dizer ...) a recorrer ao texto da Wikipédia (onde recolhi as imagens representativas dos 265 Papas que foram aqui descritos desde o dia 1 de janeiro passado) e transcrever o RESUMO ali publicado, pois a respectiva Biografia é bastante extensa e descritiva não permitindo transcrevê-la  totalmente.

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Ainda em consequência da falta da Biografia respeitante ao Papa FRANCISCO no livro O PAPADO, a mesma vai ser recolhida (e transcrita) através da WIKIPÉDIA, e somente apenas até 22 de JANEIRO. última data referida. 






Foto actual do autor




Nº  3 3 7 1 - (3)




1 de FEVEREIRO de 2018


Texto recolhido através da 
WIKIPÉDIA - Lista dos Papas

Papa FRANCISCO

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FRANCISCO - Papa



Papa desde o 13 de Março de 2013



CCLXV Papa
266º na Wikipédia


SÍNTESE



Francisco (em latimFranciscus)S.J., nascido Jorge Mario Bergoglio; (Buenos Aires17 de dezembro de 1936), é o 266.º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estadodo Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013.[3]
É o primeiro papa nascido no Novo Mundo, o primeiro latino-americano, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1 200 anos[4] (o último havia sido Gregório III, morto em 741) e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalatoem 21 de fevereiro de 2001 - véspera da festa da Cátedra de São Pedro - com o título de Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, pelo Santo Padre São João Paulo II. Foi eleito papa em 13 de março de 2013.


HISTÓRIA


Infância e juventude


Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes italianos. O seu pai, Mario Giuseppe Bergoglio Vasallo, nascido em Portacomaro em 2 de abril de 1908 e falecido em 1959, era um trabalhador ferroviário e sua mãe, Regina Maria Sivori Gogna, nascida em Buenos Aires, de pais genoveses, em 28 de novembro de 1911 e falecida em 8 de janeiro de 1981, era dona de casa. Os dois se casaram em Buenos Aires no dia 12 de dezembro de 1935. Mario Giuseppe também jogava basquetebolno San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre. Jorge tornar-se-ia torcedor sanlorencista, já tendo afirmado que não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha então dez anos.[5] Em carta aos dirigentes do clube que o visitaram uma semana após tornar-se Papa, relembrou: "Tem vindo à minha memória belas recordações, começando desde a minha infância. Segui, aos dez anos, a gloriosa campanha de 1946. Aquele gol de Pontoni!".[6][7]
Nascido e criado no bairro de Flores,[8] atual sede do San Lorenzo,[5] o Papa Francisco é o mais velho de cinco filhos, tendo como irmãos: Oscar Adrian Bergoglio (nascido em 30 de janeiro de 1938 e já falecido), Marta Regina Bergoglio (nascida em 24 de agosto de 1940 e falecida em 11 de julho de 2007), Alberto Horacio Bergoglio (nascido em 17 de julho de 1942 e falecido em 15 de junho de 2010) e Maria Elena Bergoglio (nascida em 7 de fevereiro de 1948). Jorge Bergoglio fez graduação e mestrado em química, na Universidade de Buenos Aires.[9] Na juventude, teve uma doença respiratória que numa operação de remoção lhe fez perder um pulmão.[10][11] Durante a sua adolescência, teve uma namorada, Amalia.[12][13][14] Segundo ela, Bergoglio chegou a pedi-la em casamento durante a época, tendo ele inclusive afirmado que, do contrário, se tornaria padre.[15][16][17]

Companhia de Jesus



Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em SantiagoChile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. Em 1973 foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas.[9]

No período de 1980 a 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel.[18] Após seu doutorado na Alemanha [carece de fontes], foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Além do espanhol, fala fluentemente italianoalemãofrancês e inglês, tendo razoáveis conhecimentos de português.[19][20][21]

Episcopado

Em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires, com a sé titular de Auca (Aucensi).[18][22] Sua ordenação episcopal deu-se a 27 de junho de 1992, pelas mãos do cardeal Quarracino, de Dom Emilio Ogñénovich e de Dom Ubaldo Calabresi.[23] Em 3 de junho de 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires.[24] Tornou-se arcebispo metropolitano de Buenos Aires no dia 28 de fevereiro de 1998.
Foi nomeado ordinário para os fiéis de rito oriental sem ordinário próprio,[nota 1] na Argentina, pelo Papa João Paulo II, em 30 de novembro de 1998.[25]

Cardinalato




Foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001,[26]ocorrido em 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino.[18] Quando foi nomeado, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma. Em vez de irem ao Vaticanocelebrar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres.[27]

Foi membro dos seguintes dicastérios na Cúria Romana:

Pontificado



Eleição







Papa Francisco, recém-eleito, na sua primeira aparição pública, na varanda central da Basílica de São Pedro.


cardeal Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa do continente americano, do Hemisfério Sul e o primeiro não europeu investido como bispo de Roma em mais de 1 200 anos, desde Papa Gregório III, que nasceu na Síria e governou a Igreja Católica entre 731-741.[34][35]
Quando lhe foi perguntado, na Capela Sistina, se aceitava a escolha, disse: "Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito".[36] O anúncio (Habemus Papam) foi feito por Jean-Louis Tauran:
Annuntio vobis gaudium magnum:Anuncio-vos com grande alegria
habemus Papam!temos um Papa!
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Dominum Georgium MariumSr. Jorge Mario
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem BergoglioCardeal da Santa Igreja Romana, Bergoglio
qui sibi nomen imposuit Franciscum.que adotou o nome de Francisco.
O Papa Francisco apareceu ao povo na sacada (ou varanda) central da Basílica de São Pedro por volta das 20 horas e 30 minutos (hora de Roma). Vestindo apenas a batina papal branca, acompanhou a execução da Marcha Pontifical e saudou a multidão com um discurso:
O Papa rezou as orações do Pai NossoAve Maria e Glória ao Pai, dedicando-os ao Papa Emérito. Em seguida, completou:
O Papa abaixou a cabeça em sinal de oração, e toda a praça silenciou por um momento. Por fim, realizou sua primeira bênção Urbi et Orbi, e despediu-se da multidão dizendo "Boa noite, e bom descanso!".[38]

Nome papal



Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Segundo o próprio, uma referência a Francisco de Assis fazendo referência à "sua simplicidade e dedicação aos pobres" e motivado pela frase dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: "Não esqueça dos pobres".[39][40][41] Francisco de Assis (1182 — 1226), padroeiro da Itália, foi o fundador da família franciscana.

O nome do pontífice não será acrescido do ordinal "I" (primeiro) em algarismo romano. Segundo a Santa Sé isso só acontecerá se, um dia, houver um papa Francisco II.[46]

Encontro histórico com o Papa Emérito


No dia 23 de março de 2013 o papa Francisco, após um breve voo de helicóptero, chegou ao Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, residência de verão dos papas, para um encontro com seu antecessor, o Papa emérito Bento XVI. O encontro entrou para a história por ter sido o primeiro entre dois papas em, pelo menos, 600 anos.[47] Após uma reunião de aproximadamente 45 minutos, os dois almoçaram e o Papa Francisco voltou ao Vaticano.[48][49]


Consagração do Estado do Vaticano




Na presença do seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, e por ocasião da inauguração de um novo monumento nos jardins do Vaticano, da autoria do artista Giuseppe Antonio Lomuscio, o Papa Francisco consagrou no dia 5 de julho de 2013 o Estado da Cidade do Vaticano a São Miguel Arcanjo e a São José. Durante o ato solene de consagração, o Santo Padre pediu expressamente a São Miguel:

"Vele por esta cidade e pela Sé Apostólica, coração e centro do catolicismo, para que viva na fidelidade ao Evangelho e no exercício da caridade heroica" e implorou "Desmascare as insídias do demônio e do espírito do mundo. Faz-nos vitoriosos contra as tentações de poder, da riqueza e da sensualidade. Seja o baluarte contra todos os tipos de manipulação que ameaça a serenidade da Igreja; seja a sentinela de nossos pensamentos, que livra do assédio da mentalidade mundana; seja nosso paladino espiritual".
Em relação à consagração feita a São José, o Santo Padre proclamou:
"Queridos irmãos e irmãs, consagramos também o Estado da Cidade do Vaticano a São José, custódio de Jesus e da Sagrada Família. Que a sua presença nos torne mais fortes e corajosos em dar espaço a Deus na nossa vida, para vencer sempre o mal com o bem. Sob o seu olhar benevolente e sábio colocamos hoje com confiança renovada, os bispos e sacerdotes, as pessoas consagradas e os fiéis leigos que trabalham e vivem no Vaticano".[50]

Brasão e Lema




Escudo eclesiástico de blau, com um sol radiante e flamejante de jaldecarregado do monograma IHS de goles, sobreposta a letra H de uma cruz do mesmo e três cravos de sable postos em pala, sob o monograma – armas da Companhia de Jesus - acompanhado em ponta de uma estrela de oito pontas senestrada de um ramo de flor de nardo, ambos de jalde. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio papal (omofório) branco com cruzetas de goles. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes.[51


Timbre


Uma mitra papal de argente, com três faixas de jalde. Sob o escudo, um listel de jalde com o mote: "MISERANDO ATQVE ELIGENDO", em letras de blau. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.[51]

Interpretação



O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas armas da Companhia de Jesus, a qual pertence o pontífice, sendo que a cor blau (azul) simboliza o firmamento e o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; o sol (radiante de 16 pontas retilíneas e flamejante de dezesseis pontas ondeantes, alternadamente) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, o “Sol da Justiça”, reforçado pelo monograma de Cristo: IHS (adotado por Santo Inácio em 1541) sobreposto pela cruz, que sendo de goles (vermelho) simboliza: o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens.[51]

Os cravos, enquanto instrumentos da paixão, lembram a nossa redenção pelo sangue de Cristo e sua cor, sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. A estrela, de acordo com a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja;[51] enquanto a flor de nardo simboliza São José, patrono da Igreja Universal, que na tradição da iconografia hispânica, é representado com um ramo de nardo nas mãos.
Sendo ambos de jalde, têm o significado heráldico deste metal, já descrito acima. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção a Nossa Senhora e ao seu castíssimo esposo. Somadas as três representações, têm-se a homenagem do pontífice à Sagrada Família: Jesus, Maria e José, modelo da família humana que devem ser defendidas pela Igreja. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves decussadas, uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal.
E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A mitra pontifícia usada como timbre, recorda em sua forma e esmalte, a simbologia da tiara, sendo que as três faixas de jalde (ouro) significam os três poderes papais: Ordem, Jurisdição e Magistério, ligados verticalmente entre si no centro para indicar a sua unidade na mesma pessoa.
pálio papal (omofório), muito usado nas antigas representações papais, simboliza ser o Papa pastor universal do rebanho que lhe foi confiado por Cristo. No listel, o lema " MISERANDO ATQVE ELIGENDO " (Com misericórdia o elegeu), foi retirado de uma homilia de São Beda, o Venerável, (Hom. 21; CCL 122, 149-151) que, comenta o evangelho de São Mateus (Mt 9,9), escrevendo "Vidit ergo lesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me' ("Viu Jesus a um publicano e, olhando-o com misericórdia, o elegeu e lhe disse: siga-me").
Este lema, presente na Liturgia das Horas da festa de São Mateus, é um tributo à misericórdia divina, tendo um significado especial e particular na vida e no itinerário espiritual do pontífice[52]

Opiniões éticas e sociopolíticas[editar | editar código-fonte]

Coat of arms of the Vatican City.svg
Parte da série sobre
Política do Vaticano
Portal do Vaticano
É ligado a setores católicos conservadores na Argentina no que se refere a teologia católica,[53]como o movimento de leigos Comunhão e Libertação,[54] contrário ao aborto, à eutanásia e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Todavia, apresentou durante os anos de episcopado um forte impulso simplificador e modernizante no que se refere a prática e vida pastoral, em especial na administração arquidiocesana de Buenos Aires.
Evita aparições na mídia e possui hábitos simples. Utiliza o transporte coletivo e não frequenta restaurantes.[8] Aprecia música clássica, literatura e é associado[55] e torcedor do clube de futebol San Lorenzo de Almagro.[56][57]

Diálogos com a juventude[editar | editar código-fonte]

O Papa em conjunto com um grupo de rock progressivo Le Orme em 2015 lançou um disco musical chamado Wake Up!,[58] sendo que esta relação com o Rock teve precedente na época do Papa Bento XVI quando se organizou em 2007 um musical de Hard Rock baseado na obra Divina Comédia de Dante Alighieri.[59] Sua conta no Twitter ultrapassou quinze milhões de seguidores em agosto de 2014, sendo que a conta está escrita em nove idiomas.[60]

Tradicionalismo[editar | editar código-fonte]

Embora não seja conhecida especial ligação a nenhum movimento tradicionalista dentro da Igreja Católica, quando era Arcebispo de Buenos Aires, Dom Bergoglio foi um dos primeiros a aplicar as disposições do Motu Proprio Summorum Pontificum,[61] no qual o Papa Bento XVI concede a todo e qualquer padre a faculdade de celebrar a missa no rito tridentino. Dois dias depois da promulgação do Motu Proprio, Dom Bergoglio concedeu uma capela para a celebração da missa tridentina.[62] Fontes tradicionalistas, porém, alegam que o capelão nomeado por Bergoglio para celebrar a Missa tridentina, uma vez por mês, introduzia, com o conhecimento do arcebispo, mudanças na celebração da missa tridentina, que o aproximavam da forma ordinária do Rito Romano, concluindo assim que a aplicação da Summorum Pontificum na arquidiocese de Buenos Aires, de facto, não existiu.[63]
As mesmas fontes, ligadas ao tradicionalismo na Argentina, afirmam ainda que, enquanto arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio teve uma ação inibidora da Missa tridentina, alegadamente proibindo padres de a celebrar. Criticam ainda as suas ações ecuménicas e acusam-no de perseguir os padres que apresentassem um pendor mais tradicionalista, por exemplo, na forma de vestir.[64]

Bioética[editar | editar código-fonte]

O cardeal Bergoglio convidou os seus clérigos e os leigos para que se opusessem ao aborto e à eutanásia.[65] Na conclusão da missa do dia 12 de maio de 2013 na praça de São Pedro quando canonizou os Mártires de Otranto e duas religiosas latino-americanas, o Papa Francisco disse que é importante manter viva a atenção ao respeito pela vida humana desde o momento da concepção. Na ocasião declarou apoio expresso à iniciativa europeia Um de nós, para garantir a tutela jurídica do embrião, e lembrou que "um momento especial para quantos fazem questão de defender a sacralidade da vida humana será o "Dia da Evangelium vitae, que terá lugar no Vaticano, no contexto do Ano da Fé, a 15 e 16 de junho de 2013.", afirmou.[66] Papa Francisco reafirma ainda a condenação de práticas contracetivas artificiais.[67]

Relações homoafetivas[editar | editar código-fonte]

O pontífice é coerente com o Magistério da Igreja Católica com relação à homossexualidade: as práticas realizadas são consideradas intrinsecamente desordenadas, mas os homossexuais devem sempre ser respeitados, devendo procurar a castidade.[68][69][70] De tal forma, enquanto Bispo de Buenos Aires, opôs-se fortemente à legislação argentina que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tendo dito que: "se o projeto de lei que prevê às pessoas do mesmo sexo a possibilidade de se unirem civilmente e adotarem também crianças vier a ser aprovado, poderia ter efeitos seriamente danosos sobre a família.".[71] Já como Papa, naquela que foi considerada por alguns meios de comunicação como a mais ousada declaração de um Pontífice sobre o assunto, Francisco limitou-se a demonstrar um sentimento de acolhida ao homossexuais, dizendo que "não devem ser marginalizados, mas integrados à sociedade", em coerência com o proposto pelo Catecismo da Igreja Católica (1992):
O Papa continua condenando fortemente o lobby gay, dentro e fora da Santa Sé.

Justiça social[editar | editar código-fonte]

É conhecido por sua postura a favor da justiça social, tendo dito em 2007 que: "Vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos". Além disso, tal como Francisco de Assis lavava os pés dos leprosos, o Cardeal Bergoglio ganhou notoriedade em 2001 ao lavar os pés de 12 doentes de Aids em visita a um hospital.[54]

Relações com o governo argentino[editar | editar código-fonte]

Bergoglio, então cardeal, foi denunciado em 2005 por supostas conexões com o sequestro, pela ditadura argentina, dos padres jesuítas Orlando Virgilio Yorio e Francisco Jalics, em 23 de maio de 1976, quando trabalhavam sob o comando de Bergoglio. A denúncia teve por base artigos jornalísticos e o livro Igreja e Ditadura, escrito por Emilio Mignone, fundador do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS).[74][75][76][77] Além do trabalho de pesquisa de Mignone, também o livro El Silencio de Horacio Verbitsky, membro do grupo guerrilheiro de extrema-esquerda Montoneros, faz referência a supostas ligações com a ditadura. No capítulo "As Duas Faces do Cardeal", Verbitsky explora o eventual papel de agente duplo desempenhado por Bergoglio junto à ditadura argentina. Segundo o autor do livro, que alega ter acesso a documentos do Ministério das Relações Exteriores e do Culto da Argentina, Bergoglio "vai à Chancelaria, pede um trâmite em favor do sacerdote (Jalics), mas, por baixo do pano, diz para não o concederem porque se trata de um subversivo".[78][79]Bergoglio também foi acusado de não contribuir com as investigações sobre o desaparecimento de cidadãos argentinos, incluindo bebês, durante a ditadura, período em que dirigia a ordem jesuíta da Argentina.[80]



Porém, todas essas denúncias foram desmentidas por pessoas envolvidas direta ou indiretamente nos fatos. O próprio Francisco Jalics desmentiu de forma categórica as insinuações, numa declaração sua publicada no site da ordem jesuíta alemã: "O missionário Orlando Yorio e eu mesmo não fomos denunciados pelo padre Bergoglio."[81]
Sergio Rubin,[82] o seu biógrafo autorizado, relatou que Bergoglio, após a prisão dos dois sacerdotes, trabalhou nos bastidores para a sua libertação e intercedeu, de forma privada e pessoal, junto do ditador Jorge Rafael Videla: a sua intercessão poderia ter contribuído para a posterior libertação destes sacerdotes. Ele também relatou que, em segredo, Bergoglio deu frequentemente abrigo a pessoas perseguidas pela ditadura em propriedades da Igreja, e houve uma vez que chegou mesmo a dar os seus próprios documentos de identidade a um homem que se parecia com ele, para que pudesse fugir da Argentina.[83]
Também o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, refutou todas as acusações referentes ao Papa Francisco. Esquivel, perseguido pela ditadura, afirmou que alguns bispos foram cúmplices do regime, mas não foi o caso de Bergoglio.[84] A argentina Graciela Fernández Meijide, membro da organização não governamental "Assembleia Permanente para os Direitos Humanos" (APDH) e ex-membro da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP), também declarou que não há provas que ligam Bergoglio com a ditadura. Numa entrevista ao Clarín (15 de Março de 2013), ela afirmou que "não há informação e a Justiça não conseguiu provar [esta ligação]. Eu estava na APDH durante todos os anos da ditadura e recebi centenas de depoimentos. Bergoglio nunca foi mencionado. Aconteceu o mesmo na CONADEP. Ninguém falou dele nem como instigador nem como nada."[85]
O ex-promotor argentino, Julio Strassera,[86] que ganhou notoriedade por seu trabalho de investigação e acusação no histórico julgamento das juntas militares, afirmou também que é "uma canalhice" vincular o Papa Francisco com a última ditadura argentina (1976-1983). "Tudo isto é uma canalhice, absolutamente falso, em todo o julgamento não houve uma só menção a (Jorge) Bergoglio", declarou Strassera a "Rádio Mitre", em referência ao julgamento das juntas militares no qual atuou como promotor em 1985. Após a eleição de Bergoglio como Papa, organizações de direitos humanos denunciaram o papel da Igreja na ditadura e lembraram que o cardeal argentino depôs como testemunha em duas causas por delitos de lesa-humanidade. Para Strassera, estas acusações estão motivadas, porque nem a presidente argentina, Cristina Kirchner, nem os seus partidários "podem suportar que alguém a quem desprezaram antes esteja acima deles".[87]
O jornalista italiano Nello Scavo relata em seu livro A lista de Bergoglio, como o jesuíta Bergoglio, no período da ditadura argentina (1976-1983), constituiu uma rede clandestina para proteger pessoas perseguidas e ajudá-las a fugir dos militares.[88][89]
Nos seus últimos anos como arcebispo de Buenos Aires, a relação entre Bergoglio e os Kirchner se tornou ainda mais turbulenta com a aprovação das leis sobre o aborto e o casamento homossexual na Argentina. Após todas estas desavenças, o Papa recebeu em 18 de março de 2013 a presidente Cristina Kirchner para um almoço, em um gesto que o Vaticano considerou "de cortesia e afeto" para com a chefe de Estado e o povo argentino, e não uma visita formal ou de Estado.[90][91]

Proteção do meio ambiente



Na homilia da missa inaugural de seu pontificado, o Papa Francisco reiterou o exemplo de Francisco de Assis de respeitar todas as criaturas de Deus e o ambiente em que vivem. Na mesma ocasião, fez um apelo aos governantes e a todas as pessoas para que cuidem do meio ambiente. Em outras palavras: que se desenvolvam sem destruir o que é de Deus.[92]

No dia 18 de junho de 2015, lançou a Encíclica Laudato si' sobre o cuidado com a casa comum, em que faz duras críticas à devastação ambiental, ao modelo de desenvolvimento vigente e à falta de responsabilidade com os mais pobres. Propõe uma Ecologia Integral e uma conversão e educação ecológicas.

Luta contra os abusos sexuais na Igreja[editar | editar código-fonte]

Em 5 de abril de 2013 o Papa Francisco, em audiência com o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo Gerhard Ludwig Müller, pediu que a congregação continue com a linha desenvolvida por Bento XVI, agindo de forma decisiva contra o abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica, promovendo medidas para a proteção e ajuda às crianças que sofreram esse tipo de violência e auxiliando nos processos contra os culpados. Essas ações devem reafirmar o compromisso das Conferências Episcopais na formulação e aplicação das diretivas necessárias nesta área, tão importantes para o testemunho da Igreja e sua credibilidade.[93]
Seguindo essa linha de conduta, o Papa assinou em 11 de julho de 2013 um decreto de Motu proprio, reformando o código penal do Vaticano e tornando mais rígidas as sanções para este tipo de crime.[94]
Em 22 de março de 2014, nomeou os oito primeiros integrantes da "Comissão de Proteção às Crianças", órgão instituído por ele em 2013 para combater mundialmente os abusos sexuais de menores na Igreja Católica.[nota 2] Em abril de 2014, o Papa pediu perdão pelos casos de pedofilia e abusos sexuais cometidos por sacerdotes da Igreja Católica.[96]
Em uma decisão inédita na história da Igreja Católica, em setembro de 2014 o Papa Francisco ordenou pessoalmente a prisão do ex-arcebispo e ex-embaixador da Santa Sé, o polonês Jozef Wesolowskide, acusado de abusos sexuais durante o período de 2008 a 2013, quando era representante diplomático da Igreja Católica na República Dominicana.[97]

Predomínio do culto às riquezas na sociedade[editar | editar código-fonte]

Em discurso na apresentação das cartas credenciais de embaixadores na Santa Sé em 16 de maio de 2013,[98][99] o Papa fez menção que a solidariedade é o verdadeiro tesouro do homem e que o culto ao dinheiro produz desigualdades e injustiças contra corações e contra povos. Citando São João Crisóstomo, exortou a solidariedade desinteressada:
Citou ainda as causas e consequências éticas da chamada crise econômica mundial:

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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

O Papado  -  2000 Anos de História 
Ed. Círculo de Leitores - 2009

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros






Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso




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ANTÓNIO FONSECA

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Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 659 - SÉRIE DE 2024 - Nº (136) - SANTOS DE CADA DIA - 15 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 1 )

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