Nº 1718
11 DE AGOSTO DE 2013
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Nº 1718 - (202-13) – 1ª Página
Nº 1715 - (199-13) – 1ª Página
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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CLARA DE ASSIS, Santa
(1253)
Pouco antes de nascer Santa Clara, rezando sua mãe a pedir feliz parto, ouviu uma voz que lhe dizia: «Mulher, não tenhas medo, porque darás à luz quem, com as suas chamas, iluminará o mundo». Esta a razão por que depois se deu à menina o nome de Clara: aquela que resplandece.
Desde muito cedo revelou uma abnegação de que são capazes apenas as almas que imensamente amam. Não contente com dar aos pobres o supérfluo, chegava até privar-se do necessário para os socorrer.
Desde a mais tenra infância, tinham-na enlevado os mistérios do reino sobrenatural, e o chamamento do espírito tinha-a erguido acima dos gostos próprios da idade. Mesmo das distracções familiares costumava separar-se para rezar o Pai-nosso.
Teve a educação do seu tempo e da sua classe elevada; conhecimentos elementares da leitura e escrita; trabalhos de agulha em que era primorosa e direcção da vida doméstica. Não lhe bastava cumprir a meias os seus deveres. Com previsão certeira, descobria as coisas dotadas de verdadeiro valor, unindo a esta qualidade um temperamento emotivo, sedento de beleza moral.
A direcção definitiva da sua vida ficou a devê-la a São Francisco de Assis. Viram-se pela primeira vez na quaresma de 1212. Clara andava então pelos 18 anos. A sua família era uma das mais nobres do território de Assis tinha um castelo nos arredores e uma casa senhorial no interior da cidade. O pai desejava vê-la casada, mas, quando lhe falava em projectos matrimoniais, ela ou não escutava ou mudava de assunto. Sentia quão necessário lhe era conservar a sua liberdade e consagrar a pureza a Jesus Cristo.
São Francisco ouvira falar de Clara, do trato delicado que tinha com os pobres. Desejou conhecê-la, "porque, diz o velho cronista, desejava arrancar esta nobre presa das garras do mundo perverso e depositá-la, como glorioso troféu, diante do altar de Deus".
Clara, por seu lado, depois de ouvir a pregação de São Francisco, teve a certeza de ter encontrado o seu guia espiritual. cada vez que tratava com o seu novo director de consciência, voltava mais resolvida a romper com o século, mantendo no interior «uma visão das felicidades eternas, em comparação das quais todo o mundano é vil e desprezível e a sua alma unicamente se derretia, mais e mais, com o santo anelo de tomar por esposo o rei dos céus».
A dificuldade estava na família. Os pais queriam a todo o custo que era se casasse. Mas, durante a quaresma, Clara firmou-se na resolução contrária. E no domingo de Ramos, no fim da tarde, fugiu do palácio e foi para a Porciúncula, onde a esperava São Francisco. Naquela noite, Clara consagrou-se a Deus e Francisco cortou-lhe o cabelo, como testemunho do voto por ela feito. Ao amanhecer o novo dia, Francisco levou-a ao mosteiro de beneditinas de São Paulo de Bastia, até encontrar casa própria para as religiosas franciscanas. Vieram procurar a jovem os seus parentes; refugiou se na igreja e, quando iam, lançar-lhe as mãos, tirou o véu, mostrando a cabeça rapada. Agarrando-se ao altar, declarou publicamente os seus desposórios com Nosso Senhor Jesus Cristo. Passado isto, deixaram-na em paz.
Na semana seguinte, veio juntar-se-lhe sua irmã mais nova, Inês, resolvida também a deixar o mundo e consagrar-se a Deus. Não foi tão feliz como Clara. Vieram, em seguida os seus parentes tiraram-na da igreja, arrastaram-na pela rua até que, já aborrecidos com gritos e lágrimas, a deixaram livre.
São Francisco obteve para elas o Oratório de São Damião e a pequena morada contígua, que pertencia aos Beneditinos do monte Subásio, São Damião ficou sendo, a partir dessa altura, casa gémea de Porciúncula. depressa vieram outras damas nobres dilacerando, como diz o seu o primeiro biógrafo com disciplinas o invólucro alabastrino do seu corpo.
Francisco não deu a Clara nenhuma regra de vida; unicamente lhe inculcou o espírito de pobreza e a confiança na solicitude infinita de Deus. Por isso, foi São Damião, segundo frase de Clara, a «torre forte da insigne pobreza». A comunidade não admitia nenhuma renda fixa. A esmola e o trabalho eram dois pilares fortes. Clara dava o exemplo em tudo: servia à mesa e cuidava dos doentes. De noite, levantava-se para acender as lâmpadas e fazer oração. A cama que tinha era um montão de varas; a comida, pão e água, quando não passava dias inteiros sem comer. Numa Quinta-feira Santa teve um êxtase que lhe durou 24 horas.
Quando Gregório IX quis que aceitasse a posse de algumas rendas, Clara respondeu: «Santíssimo Padre, não é isso o que prometemos». «Mas, não posso eu desligar-vos da vossa promessa?», respondeu o Papa. Clara, inspirada pelo Espírito Santo, desarmou o Pontífice com esta resposta: «Desligai.-me, peço-vos, das minhas culpas, mas não de imitar Nosso Senhor Jesus Cristo». Gregório IX concedeu-lhe o privilégio da altíssima pobreza, que mais tarde Inocêncio IV estendeu a todas as comunidades de Senhoras Pobres.
São Damião foi milagre que irradiou pureza, com o Sol irradia os seus raios. As mulheres queriam ser puras como Clara, e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres. «De toda a parte, escreve o primeiro biógrafo, corriam as mulheres ao cheiro dos seus perfumes».
Veio ter com ela a morte no Verão de 1253. O papa Inocêncio IV visitara-a, estando ela de cama; mas desejou beijar-lhe o pé, o que obteve estendendo-lho Inocêncio. Pedindo em seguida a bênção com indulgência plenária, o Papa respondeu: «Queira Deus, filha minha, que não necessite eu, mais tarde que tu, da misericórdia divina».
Na sua prolongada enfermidade, quanto mais cresciam as dores, respondia: «Desde que por meio de Francisco aprendi a conhecer os dons do meu Senhor Jesus Cristo, não há dor que me custe sofrer».
No meio do silêncio cheio de lágrimas, a agonizante murmurava, falando com a sua alma: «Sai sem medo, que bom guia tens para o caminho. Ó Senhor! Louvo-Te, glorifico-Te por me terdes criado».
Clara acaba por olhar fixamente para a porta, que se abre para deixar passar uma procissão de virgens com vestidos brancos e franjas de ouro à volta de cabelos luzidios. A mais alta, a mais bela, a que leva na fronte uma coroa real, avança até à cama, inclina-se para a moribunda, abraça-a e esconde-a entre os seus véus de luz. Nos braços de Maria, subiu à região das eternas claridades.
É representada de custódia do Santíssimo Sacramento na mão, a deter os mouros às portas de Assis. Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de São Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão.
SUSANA, Santa
(Mártir nos primeiros séculos)
Susana é nome de origem hebraica e significa «lírio». O livro de Daniel (c. 13) fala-nos duma Susana que esteve para ser mártir da pureza. O Martirológio jeronimiano traz, a 11 de Agosto: «Em Roma, nas Duas Casas, perto das termas de Diocleciano, a morte de Santa Susana».
Segundo o autor da Paixão (sem valor) de Santa Susana, as duas casas eram as do pai de Susana, o sacerdote Gabínio, e do bispo de Roma, Gaio, tio da jovem Susana tinha sido pedida em casamento nada menos que para o filho do imperador Diocleciano. Recusando-se ela, foi esganada na sua casa, pegada à de Gaio. Foi depositado o seu corpo no cemitério dos Iordani ou de Santo Alexandre (Via Salária). Mas os calendários e os Itinerários nada dizem a seu respeito.
O título de Gaio, já antigo no tempo do concílio de 499, passou em 595 a chamar-se de Santa Susana escavações feitas revelaram uma casa do século III. Uma inscrição desaparecida indicava que Susana repousava lá, com o pai, o sacerdote Gabínio. Mas ela era talvez posterior à lenda. A igreja actual de Santa Susana via XX Settembre, tem pinturas em honra de Susana romana e da sua homónima bíblica.
MAURÍCIO TORNAY, Beato
(Mártir 1910-1949)
No dia da sua beatificação, a 16 de Maio de 1993, João Paulo II afirmou acerca dele:
«Para responder generosamente ao apelo de Deus, Maurício Tornay descobre que é preciso ir até ao fim, viver o amor de modo heróico. O amor de Deus não afasta dos homens. Impele à missão. No espírito de Santa Teresa de Lisieux, Maurício Tornay só tem um desejo. "Conduzir as almas a Deus". No espírito da sua Ordem, no qual cada um põe em risco a própria vida para arrancar homens à tempestade, ele pede para partir para o Tibete, a fim de conquistar homens para Cristo.
Começa por se fazer tibetano como os Tibetanos. Ama esse país, que se torna a sua segunda pátria; aplica-se a aprender a língua, a fim de comunicar melhor Cristo. Como o bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, Maurício Tornay ama o seu povo, a ponto de jamais querer abandoná-lo».
Maurício Tornay nasceu na Suiça, a 31 de Agosto de 1910. desejando corresponder ao apelo de Deus, entrou na Congregação dos Cónegos Regulares do Grande São Bernardo. A 8 de Setembro de 1935 fez a profissão solene e no ano seguinte partiu para as missões da China. Findos os estudos teológicos, em 1938 recebeu a ordenação sacerdotal em Hanoy.
Depois de sete anos à frente duma escola, em 1945 foi nomeado pároco em Yercalo no Tibete livre. Entregou-se à sua comunidade com grande zelo e caridade apostólica. Todavia os Lamas, decididos a acabar com os cristãos no seu território, moveram lhe uma guerra sem tréguas, forçando-o a retirar-se para Pamé, não longe de Yercalo. Como o trabalho se tornava cada vez mais difícil, o intrépido religioso, com a aprovação dos Superiores, decidiu ir a Lassa, capital do Tibete, solicitar do Governo a devida licença para o trabalho apostólico. Sabia os perigos que corria com essa arrojada viagem, mas o amor de Deus e o zelo apostólico impeliam-no a ir.
No dia 11 de Agosto de 1949, foi interceptado pelos Lamas que puseram termo à sua vida. Os cristãos, sabedores do sucedido, começaram a venerá-lo como verdadeiro mártir.
Depois dos devidos processos canónicos a 11 de Julho de 1992, a Santa Sé reconheceu a veracidade do martírio o que levou à beatificação do Servo de Deus.
AAS (1993) 180-2; L'OSS. ROM. 23.5.1993.
No site Es.catholic.net/santoral
Alejandro el Carbonero, Santo
Mártir y Obispo, 11 de agosto
CLARA DE ASSIS, Santa
(1253)
SUSANA, Santa
No site Es.catholic.net/santoral
(1253)
Pouco antes de nascer Santa Clara, rezando sua mãe a pedir feliz parto, ouviu uma voz que lhe dizia: «Mulher, não tenhas medo, porque darás à luz quem, com as suas chamas, iluminará o mundo». Esta a razão por que depois se deu à menina o nome de Clara: aquela que resplandece.
Desde muito cedo revelou uma abnegação de que são capazes apenas as almas que imensamente amam. Não contente com dar aos pobres o supérfluo, chegava até privar-se do necessário para os socorrer.
Desde a mais tenra infância, tinham-na enlevado os mistérios do reino sobrenatural, e o chamamento do espírito tinha-a erguido acima dos gostos próprios da idade. Mesmo das distracções familiares costumava separar-se para rezar o Pai-nosso.
Teve a educação do seu tempo e da sua classe elevada; conhecimentos elementares da leitura e escrita; trabalhos de agulha em que era primorosa e direcção da vida doméstica. Não lhe bastava cumprir a meias os seus deveres. Com previsão certeira, descobria as coisas dotadas de verdadeiro valor, unindo a esta qualidade um temperamento emotivo, sedento de beleza moral.
A direcção definitiva da sua vida ficou a devê-la a São Francisco de Assis. Viram-se pela primeira vez na quaresma de 1212. Clara andava então pelos 18 anos. A sua família era uma das mais nobres do território de Assis tinha um castelo nos arredores e uma casa senhorial no interior da cidade. O pai desejava vê-la casada, mas, quando lhe falava em projectos matrimoniais, ela ou não escutava ou mudava de assunto. Sentia quão necessário lhe era conservar a sua liberdade e consagrar a pureza a Jesus Cristo.
São Francisco ouvira falar de Clara, do trato delicado que tinha com os pobres. Desejou conhecê-la, "porque, diz o velho cronista, desejava arrancar esta nobre presa das garras do mundo perverso e depositá-la, como glorioso troféu, diante do altar de Deus".
Clara, por seu lado, depois de ouvir a pregação de São Francisco, teve a certeza de ter encontrado o seu guia espiritual. cada vez que tratava com o seu novo director de consciência, voltava mais resolvida a romper com o século, mantendo no interior «uma visão das felicidades eternas, em comparação das quais todo o mundano é vil e desprezível e a sua alma unicamente se derretia, mais e mais, com o santo anelo de tomar por esposo o rei dos céus».
A dificuldade estava na família. Os pais queriam a todo o custo que era se casasse. Mas, durante a quaresma, Clara firmou-se na resolução contrária. E no domingo de Ramos, no fim da tarde, fugiu do palácio e foi para a Porciúncula, onde a esperava São Francisco. Naquela noite, Clara consagrou-se a Deus e Francisco cortou-lhe o cabelo, como testemunho do voto por ela feito. Ao amanhecer o novo dia, Francisco levou-a ao mosteiro de beneditinas de São Paulo de Bastia, até encontrar casa própria para as religiosas franciscanas. Vieram procurar a jovem os seus parentes; refugiou se na igreja e, quando iam, lançar-lhe as mãos, tirou o véu, mostrando a cabeça rapada. Agarrando-se ao altar, declarou publicamente os seus desposórios com Nosso Senhor Jesus Cristo. Passado isto, deixaram-na em paz.
Na semana seguinte, veio juntar-se-lhe sua irmã mais nova, Inês, resolvida também a deixar o mundo e consagrar-se a Deus. Não foi tão feliz como Clara. Vieram, em seguida os seus parentes tiraram-na da igreja, arrastaram-na pela rua até que, já aborrecidos com gritos e lágrimas, a deixaram livre.
São Francisco obteve para elas o Oratório de São Damião e a pequena morada contígua, que pertencia aos Beneditinos do monte Subásio, São Damião ficou sendo, a partir dessa altura, casa gémea de Porciúncula. depressa vieram outras damas nobres dilacerando, como diz o seu o primeiro biógrafo com disciplinas o invólucro alabastrino do seu corpo.
Francisco não deu a Clara nenhuma regra de vida; unicamente lhe inculcou o espírito de pobreza e a confiança na solicitude infinita de Deus. Por isso, foi São Damião, segundo frase de Clara, a «torre forte da insigne pobreza». A comunidade não admitia nenhuma renda fixa. A esmola e o trabalho eram dois pilares fortes. Clara dava o exemplo em tudo: servia à mesa e cuidava dos doentes. De noite, levantava-se para acender as lâmpadas e fazer oração. A cama que tinha era um montão de varas; a comida, pão e água, quando não passava dias inteiros sem comer. Numa Quinta-feira Santa teve um êxtase que lhe durou 24 horas.
Quando Gregório IX quis que aceitasse a posse de algumas rendas, Clara respondeu: «Santíssimo Padre, não é isso o que prometemos». «Mas, não posso eu desligar-vos da vossa promessa?», respondeu o Papa. Clara, inspirada pelo Espírito Santo, desarmou o Pontífice com esta resposta: «Desligai.-me, peço-vos, das minhas culpas, mas não de imitar Nosso Senhor Jesus Cristo». Gregório IX concedeu-lhe o privilégio da altíssima pobreza, que mais tarde Inocêncio IV estendeu a todas as comunidades de Senhoras Pobres.
São Damião foi milagre que irradiou pureza, com o Sol irradia os seus raios. As mulheres queriam ser puras como Clara, e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres. «De toda a parte, escreve o primeiro biógrafo, corriam as mulheres ao cheiro dos seus perfumes».
Veio ter com ela a morte no Verão de 1253. O papa Inocêncio IV visitara-a, estando ela de cama; mas desejou beijar-lhe o pé, o que obteve estendendo-lho Inocêncio. Pedindo em seguida a bênção com indulgência plenária, o Papa respondeu: «Queira Deus, filha minha, que não necessite eu, mais tarde que tu, da misericórdia divina».
Na sua prolongada enfermidade, quanto mais cresciam as dores, respondia: «Desde que por meio de Francisco aprendi a conhecer os dons do meu Senhor Jesus Cristo, não há dor que me custe sofrer».
No meio do silêncio cheio de lágrimas, a agonizante murmurava, falando com a sua alma: «Sai sem medo, que bom guia tens para o caminho. Ó Senhor! Louvo-Te, glorifico-Te por me terdes criado».
Clara acaba por olhar fixamente para a porta, que se abre para deixar passar uma procissão de virgens com vestidos brancos e franjas de ouro à volta de cabelos luzidios. A mais alta, a mais bela, a que leva na fronte uma coroa real, avança até à cama, inclina-se para a moribunda, abraça-a e esconde-a entre os seus véus de luz. Nos braços de Maria, subiu à região das eternas claridades.
É representada de custódia do Santíssimo Sacramento na mão, a deter os mouros às portas de Assis. Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de São Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão.
(Mártir nos primeiros séculos)
Susana é nome de origem hebraica e significa «lírio». O livro de Daniel (c. 13) fala-nos duma Susana que esteve para ser mártir da pureza. O Martirológio jeronimiano traz, a 11 de Agosto: «Em Roma, nas Duas Casas, perto das termas de Diocleciano, a morte de Santa Susana».
Segundo o autor da Paixão (sem valor) de Santa Susana, as duas casas eram as do pai de Susana, o sacerdote Gabínio, e do bispo de Roma, Gaio, tio da jovem Susana tinha sido pedida em casamento nada menos que para o filho do imperador Diocleciano. Recusando-se ela, foi esganada na sua casa, pegada à de Gaio. Foi depositado o seu corpo no cemitério dos Iordani ou de Santo Alexandre (Via Salária). Mas os calendários e os Itinerários nada dizem a seu respeito.
O título de Gaio, já antigo no tempo do concílio de 499, passou em 595 a chamar-se de Santa Susana escavações feitas revelaram uma casa do século III. Uma inscrição desaparecida indicava que Susana repousava lá, com o pai, o sacerdote Gabínio. Mas ela era talvez posterior à lenda. A igreja actual de Santa Susana via XX Settembre, tem pinturas em honra de Susana romana e da sua homónima bíblica.
MAURÍCIO TORNAY, Beato
(Mártir 1910-1949)
No dia da sua beatificação, a 16 de Maio de 1993, João Paulo II afirmou acerca dele:
«Para responder generosamente ao apelo de Deus, Maurício Tornay descobre que é preciso ir até ao fim, viver o amor de modo heróico. O amor de Deus não afasta dos homens. Impele à missão. No espírito de Santa Teresa de Lisieux, Maurício Tornay só tem um desejo. "Conduzir as almas a Deus". No espírito da sua Ordem, no qual cada um põe em risco a própria vida para arrancar homens à tempestade, ele pede para partir para o Tibete, a fim de conquistar homens para Cristo.
Começa por se fazer tibetano como os Tibetanos. Ama esse país, que se torna a sua segunda pátria; aplica-se a aprender a língua, a fim de comunicar melhor Cristo. Como o bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, Maurício Tornay ama o seu povo, a ponto de jamais querer abandoná-lo».
Maurício Tornay nasceu na Suiça, a 31 de Agosto de 1910. desejando corresponder ao apelo de Deus, entrou na Congregação dos Cónegos Regulares do Grande São Bernardo. A 8 de Setembro de 1935 fez a profissão solene e no ano seguinte partiu para as missões da China. Findos os estudos teológicos, em 1938 recebeu a ordenação sacerdotal em Hanoy.
Depois de sete anos à frente duma escola, em 1945 foi nomeado pároco em Yercalo no Tibete livre. Entregou-se à sua comunidade com grande zelo e caridade apostólica. Todavia os Lamas, decididos a acabar com os cristãos no seu território, moveram lhe uma guerra sem tréguas, forçando-o a retirar-se para Pamé, não longe de Yercalo. Como o trabalho se tornava cada vez mais difícil, o intrépido religioso, com a aprovação dos Superiores, decidiu ir a Lassa, capital do Tibete, solicitar do Governo a devida licença para o trabalho apostólico. Sabia os perigos que corria com essa arrojada viagem, mas o amor de Deus e o zelo apostólico impeliam-no a ir.
No dia 11 de Agosto de 1949, foi interceptado pelos Lamas que puseram termo à sua vida. Os cristãos, sabedores do sucedido, começaram a venerá-lo como verdadeiro mártir.
Depois dos devidos processos canónicos a 11 de Julho de 1992, a Santa Sé reconheceu a veracidade do martírio o que levou à beatificação do Servo de Deus.
AAS (1993) 180-2; L'OSS. ROM. 23.5.1993.
Alejandro el Carbonero, Santo | |
Mártir y Obispo, 11 de agosto | |
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Mártir y Obispo
Martirologio Romano: En Comana, en el
Ponto (Armenia), san Alejandro, de sobrenombre Carbonero, obispo, que a partir
de la filosofía alcanzó la eminente ciencia de la humildad cristiana y, elevado
por san Gregorio Taumaturgo a la sede episcopal de aquella Iglesia, fue célebre
no sólo por su predicación, sino también por haber sufrido el martirio por el
fuego (s. III).
Cuando Alejandro vive la historia que va
haciendo día a día con su vida corren tiempos de paz para la Iglesia. La
tranquilidad del momento parece haber desterrado para siempre a la persecución;
del amor a Jesucristo amasado en el riesgo, el miedo, la huida, el pánico a la
denuncia y la decisión última de cambiar la vida presente por la eterna se va
pasando paulatinamente y casi sin advertirlo a un periodo de baja tensión entre
los cristianos, muchos de los cuales sólo conocían a los mártires de oídas;
entra pereza en bastantes y se comienzan a detectar corrientes que tienden a
procurarse una manera de ser cristiano más cómoda, apoltronada y fácil. Se
descuida el esfuerzo para asistir a las vigilias nocturnas al tiempo que aumenta
el lujo y la preocupación por los bienes terrenos.
En Asia Menor se ha
hecho el cristianismo la religión preponderante. En las regiones próximas a las
riberas del mar Negro la nueva doctrina se propaga como un incendio; Frigia y
Bitinia están completamente evangelizadas; la provincia del Ponto, desde siempre
refractaria al Evangelio, la abraza repentinamente con un ardor sin antecedentes
por la labor del misionero y taumaturgo Gregorio, discípulo de Orígenes, obispo
de Neocesarea, que sólo encontró en la ciudad a diecisiete cristianos, cuando
llegó a principios del siglo. Con esfuerzo pudo alzar una iglesia en el centro
de núcleo urbano y logró en no mucho tiempo un número tan elevado de
conversiones que pronto comenzaran a menguar los sacrificios y luego fueran las
mismas gentes las que acabaran destruyendo las imágenes de los ídolos. Ahora ha
subido su fama de santo y sabio como la espuma y vienen de las ciudades próximas
a pedir consejo en la forma de organizar las iglesias.
Eso fue lo que
pasó con Comana. Muerto su pastor, necesitan reponer obispo y quieren que
presida Gregorio y sea él quien imponga las manos al elegido. Eran los modos
usuales en aquellos momentos; presentados los candidatos por el clero local y
por los fieles, se procedía a la elección y los obispos presentes lo consagraban
como obispo. Parece que no dio entonces mal resultado el método porque el
mismísimo emperador Septimio Severo llegó a proponer nombrar a los gobernadores
romanos al estilo de los cristianos con sus obispos, interrogando la opinión
pública. En Comana, alguien propone a un sabio letrado como candidato, otra
facción señala al penitente austero, un grupo da el nombre de un rico
propietario. Ante la falta de acuerdo en señalar a un líder que pueda ser
consagrado como pastor de todos, el obispo Gregorio dirige la palabra a los
cristianos reunidos recordándoles que los Apóstoles no fueron ricos, ni sabios,
ni poderosos, pero tuvieron tanto amor al Señor que sufrieron y murieron por Él;
les anima a que tuvieran en cuenta lo importante y necesario, dando de lado a
otros criterios y les pide que se pongan de acuerdo en elegir a un hombre
caritativo, fervoroso, trabajador, honrado y de limpias costumbres. Entre la
muchedumbre se oyó una voz clara, aunque insegura o más bien tímida: "Alejandro,
el Carbonero". A continuación se oyeron risas, carcajadas y comentarios.
Gregorio lo manda traer y al rato aparece un hombre de rudo aspecto, alto,
vestido con ropas de pueblo, tiene callosas las manos, las cejas pobladas y el
pelo revuelto. Se hace un profundo silencio. El Taumaturgo ha fijado en él la
mirada y a aquella multitud expectante les dice: "Ahí tenéis a vuestro obispo
Alejandro". Primero estupefactos, luego protestones y finalmente gritan con
burlas a la decisión del obispo. Tiene que calmar a las turbas y ponerles al
corriente de lo que ha pasado en poco tiempo: ha visto en los ojos del carbonero
su vida, fue en otro tiempo adinerado y amigo de gastar en juergas el dinero,
tuvo la gracia de la conversión, hizo penitencia, estudió las enseñanzas de los
Apóstoles y decidió pasados los años volver con su pueblo sin que nadie
conociese su identidad para vivir honradamente y haciendo buenas obras para
reparar algo el mal ejemplo que dio. "Ahora, ahí lo tenéis y tomadlo como
obispo".
Y bien que supo serlo: grave y paternal, consuelo de pobres,
alivio de enfermos, apoyo de vacilantes y fuerza para el fervoroso; elocuente y
sencillo, más tosco que elegante, pero claro y sereno al reprimir los
vicios.
Cuando llegó la persecución de Decio, se reavivó en Comana la
antigua exigencia cristiana. Y mientras Gregorio tuvo que huir con los suyos a
esconderse en los desiertos porque no se fiaba de sus ovejas -bien las conocía y
las sabía faltas de raíces profundas- tan fácilmente convertidas y bautizadas,
su amigo y vecino Alejandro el Carbonero daba su vida heróicamente por
Jesucristo en un ejercicio de sublime renunciamiento.
Luis Biragui, Beato
Sacerdote Fundador, 11 de agosto
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Fundador del Instituto de las Religiosas de Santa Marcelina
Martirologio Romano: En Milán, Italia, beato
Luis Biraghi, presbítero y fundador (1879).
Nació en Vignate (Milán, Italia) el 2 de noviembre
de 1801. Era el quinto de los ocho hijos de Francesco Biraghi y Maria Fina. Poco
después de su nacimiento, la familia se trasladó a Cernusco sul Naviglio, un
pueblo cercano.
A los doce años Luis entró en el seminario menor de
Castello sopra Lecco. Luego, prosiguió sus estudios sacerdotales en los
seminarios mayores de Monza y de Milán. En la catedral de Milán recibió la
ordenación sacerdotal el 28 de mayo de 1825.
Fue destinado
inmediatamente a la enseñanza en los seminarios de Castello sopra Lecco, Séveso
y Monza.
En 1833 lo nombraron director espiritual del seminario mayor de
Milán.
En 1848 volvió a la enseñanza, pero a causa de las vicisitudes
políticas que se produjeron en Italia durante esos años, sobre todo en Lombardía
y Venecia, fue destituido de su cargo por los austriacos en 1850.
En
1855 fue nombrado doctor —y desde 1864 viceprefecto— de la prestigiosa
Biblioteca Ambrosiana y canónigo honorario de la basílica de San Ambrosio. En
1873 Pío IX le concedió el título de prelado doméstico de Su Santidad.
Ese Pontífice lo apreciaba mucho, hasta el punto de que en 1862 le
dirigió una carta autógrafa para que, usando su gran influencia, actuara de
mediador y pacificador entre el clero milanés, dividido por entonces en dos
facciones: los promotores de la nueva unidad nacional italiana, que se estaba
concretando, y los defensores del poder temporal de los Papas.
Mons.
Biraghi era hombre de gran cultura y profunda vida interior; apasionado
estudioso de patrología y arqueología.
Y precisamente su conocimiento y
admiración por la antigüedad cristiana, y su devoción por san Ambrosio, hicieron
que surgiera en él la idea de fundar el instituto de las Religiosas de Santa
Marcelina, para renovar el ideal de la virginidad consagrada, típica de la
Iglesia primitiva, dedicándose simultáneamente a la educación de la juventud
femenina (santa Marcelina, hermana mayor de san Ambrosio, recibió el velo de las
vírgenes consagradas de manos del Papa Liberio en la Navidad del año 353, y
colaboró con su hermano obispo en Milán).
Mons. Biraghi fundó el
instituto en 1838, en Cernusco sul Naviglio, con la colaboración de la madre
Marina Videmari (1812-1891), que fue la primera superiora y la continuadora de
la obra después de la muerte del fundador.
Pronto abrió otras casas,
como colegios y escuelas, en varias ciudades.
Ya sin compromisos
pastorales directos, mons. Biraghi dedicó todas sus energías, hasta el fin, a la
formación espiritual de sus religiosas y a la organización de la nueva
congregación.
Murió el 11 de agosto de 1879, a los setenta y ocho años,
en Milán. Fue sepultado en el panteón familiar, en Cernusco sul Naviglio. En
1951 sus restos fueron trasladados a la capilla de la casa madre de las
Religiosas de Santa Marcelina, en ese mismo pueblo.
Fue beatificado por
S.S. Benedicto XVI el 30 de abril de 2006 en ceremonia realizada en Milán,
Italia.
Rafael Alonso Gutiérrez, Beato
Mártir Laico, 11 de agosto
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Mártir
Martirologio Romano: En la aldea Agullent, en
el territorio de Valencia, en España, beato Rafael Alonso Gutiérrez, mártir, que
era padre de familia y, en el furor de la persecución contra la fe, derramó su
sangre por Cristo. Con él se conmemora también al bienaventurado mártir Carlos
Díaz Gandía, que este mismo día y en la misma localidad recibió la vida eterna
por la defensa de la fe (1936).
El Rafael Alonso Gutiérrez nació el 14 junio de
1890 en la ciudad de Onteniente. El 24 septiembre de 1916, a la edad de
veinticuatro años, contrajo matrimonio canónico con Adelaida Ruiz Cañada.
Formaron un hogar cristiano bendecido por Dios con 6 retoños de los cuales dos
murieron pequeños; las cuatro hijas se llaman Isabel, Adelaida, Dolores y Elena.
Vivió auténticamente su vocación laical, tratando de impregnar de espíritu
evangélico la realidad temporal en la cual la Providencia divina lo llevó a
ejercer su trabajo cotidiano al servicio y en la construcción de la sociedad
civil valenciana como Administrador de Correos en Albaida y posteriormente en
Onteniente.
Hombre profundamente religioso, movido por del Espíritu Santo
se dedicó al apostolado organizado siendo miembro de varias asociaciones
laicales como la Adoración nocturna, Asociación del Sagrado Corazón de Jesús,
Terciario Franciscano, Escuela de Cristo y Asesor de los Jóvenes de Acción
Católica. Fue secretario de la Legión Católica. Fue presidente de los Hombres de
Acción Católica y de la Junta parroquial, colaboró en estrecha relación con el
arcipreste de Onteniente en la catequesis parroquial. Por la intensa actividad
apostólica que realizaba era considerado por los enemigos de la Iglesia como el
principal católico de la ciudad y por eso lo arrestaron y
asesinaron.
Quienes le conocieron afirman que Rafael Alonso Gutiérrez era
de temperamento serio, fuerte y vivo. De carácter bondadoso mostraba alegría y
entereza cuando las circunstancias lo aconsejaban. Los testigos interrogados en
el proceso, acerca de las virtudes practicadas por el Beato, describen una
personalidad moral rica en la cual brillan las virtudes infusas en el bautismo
dentro de las cuales se subrayan especialmente los aspectos específicos de la
espiritualidad laical. Lo describen como un fiel laico auténtico, coherente que
cumplió con exactitud sus deberes profesionales, formó un hogar cristiano, educó
en la fe a sus hijos y se comprometió activamente en el apostolado.
En
los días previos a la revolución Rafael Alonso Gutiérrez era consciente de la
situación que estaba por afrontar: la persecución religiosa y el probable
martirio. Uno de los testigos, depone: "Su estado de ánimo en los días previos a
la Revolución fue de un luchador entusiasta en disposición para afrontar el
martirio, lo que presentía desde el primer momento, como repetidamente se lo oí
de sus propios labios. El Beato se dedicó con otros católicos a custodiar las
iglesias en los meses que precedieron a la Revolución".Y continúa diciendo:
"Durante la dictadura ocupó el cargo de Secretario de la Legión Católica, y
después en la Acción Católica desempeñó el mismo cargo. También fue Presidente
de la Junta Parroquial, Consejero del Sr. Arcipreste, catequista infatigable,
colaborador asiduo en una revista llamada ‘Paz cristiana’. Como hombre culto
intervino en muchos círculos de estudios y conferencias de propaganda cristiana.
Por todo lo cual sufrió muchas denuncias y molestias hasta ser detenido algunas
veces. Era considerado por los enemigos de la Iglesia como un católico muy
destacado".
Otro colega del Beato, afirma: "En los días que precedieron a
la Revolución y siguieron, se mostró con igualdad de ánimo y optimista. Dentro
de la consiguiente preocupación conservó siempre su alegría de espíritu. Hizo
vida normal hasta el momento de su detención".
La esposa del Beato,
declara: "Mi marido junto con Carlos Díaz y alguno más, ofrecieron en la Vigilia
de la Adoración nocturna del 24 de Julio, su vida por la salvación de España".
Continúa diciendo la Sra. Adelaida Ruiz Cañada, esposa del Beato: "El se sentía
perseguido y no se escondió haciendo vida natural". En el mismo modo manifiesta
su hija Adelaida: "Ante la inminencia de la revolución estaba apenado, no
acobardado. Nunca asintió a nuestras insistencias a que se ocultara, diciendo
que sucedería lo que Dios quisiera, continuando su vida normal hasta el último
momento".
El 4 de agosto de 1936 fue detenido por unos milicianos en su
casa. La esposa del Beato, afirma: "En los primeros días de agosto... hacia las
11 de la noche y estando oyendo por la radio cómo comentaban sarcásticamente el
incendio y saqueo de la parroquia de los Santos Juanes de Valencia, llamaron a
la puerta y mi marido dijo: ‘Ya vienen por mí’. Salí a abrir la puerta y los
milicianos dijeron que venían por el Beato para que hiciera unas declaraciones,
y él, sin ninguna protesta, marchóse, y yo desde el balcón le vi alejarse siendo
conducido a la profanada iglesia de San Francisco y aunque algunos vecinos le
ofrecieron colchón los rojos lo impidieron". En el mismo modo su hija Adelaida,
dice: "Fue detenido el 4 de agosto de 1936 después de cenar y rezar el rosario
en familia, estando yo presente. Vinieron unos milicianos armados llamando con
violencia a la puerta. No permitió que abriéramos nosotros, sino que salió él.
Le detuvieron y le dijeron que los acompañara, a lo cual accedió de buena
voluntad. Se despidió de nosotros, diciendo a mi madre que probablemente él no
volvería, que nos educaba en el temor de Dios y el amor a la Patria y que no
confiara en nadie más que en Dios y en sus fuerzas, que por mucho que le
insistieran, que no nos llevara al Colegio de huérfanas, porque estaba regido
por masones, que si podía nos diera un medio de vida independiente, y que lo
demás, Dios lo haría. Nos abrazó a todos y se marchó".
Además de los
supervivientes ya señalados, fue compañero de detención el cura Arcipreste de
Onteniente, Don Juan Belda, también mártir. La vida en prisión estuvo
caracterizada por malos tratados y vejaciones morales que los Beato supieron
llevar con entereza cristiana.
Un compañero de Rafael Alonso, el Sr.
Eduardo Latonda Puig, testifica: "En la cárcel nos obligaban a la limpieza de
las letrinas, suelos e incluso a subir a los hornacinas de los retablos vacíos
para que hiciésemos de imágenes de santos y después al bajar o mientras
estábamos en el altar en posturas incómodas non golpeaban con cables de acero".
Y la esposa del Beato, afirma: "Todos los días mi hija y un sirviente le
llevaban la comida a la cárcel. [Mi marido se interesaba] por todos nosotros. Sé
por compañeros de prisión que barrían las capillas".
Tortura y
simulacro de fusilamiento
El 6 de agosto unos milicianos trasladaron
a Rafael Alonso y Carlos Díaz, junto con Eduardo Latonda, a la cercana población
de Ayelo de Malferit, con el pretexto de hacerles declarar. Allí fueron
sometidos a varias torturas y les dieron una gran paliza. Después los retornaron
a Onteniente. Así lo testimonia el mismo Sr. Eduardo Latonda Puig: "Sobre las 7
de la tarde del 6 de agosto de 1936 el Comité de Salud Pública determinó y nos
sacaron: al Beato, a Carlos Díaz y a mí y nos condujeron en un autobús de línea
de la ‘Concepción’ a Ayelo de Malferit, custodiados y vigilados por milicianos y
nos bajaron a la puerta del palacio de los Marqueses de Malferit donde estaba
todo el pueblo congregado. El pueblo nos recibió en medio de escarnios e
insultos. Después de un breve intercambio entre los milicianos nos condujeron a
la prisión municipal, donde al cabo de unas horas nos dieron un botijo de agua y
dos sillas y más tarde el cartero de la población nos trajo una cena suculenta
en atención a Rafael Alonso Gutiérrez. El Beato tomó tan solo un poco de pan y
algunos sorbos, y nos aconsejó que cenáramos pronto para rezar el santo rosario
y otras devociones. Al finalizar uno de los rosarios el Beato con lágrimas en
los ojos nos dijo: "A vosotros dos no sé si os matarán, a mí sí; no pido más que
cuiden de mis hijas y que no les falte nada". Alrededor de las tres y media los
milicianos rojos se presentaron en la prisión y preguntaron por el más joven de
los tres, que era yo mismo. Me sacaron de la cárcel y en medio de la expectación
del pueblo, brazos en alto me condujeron al Cementerio distante aproximadamente
un kilómetro y me introdujeron en el oratorio del Cementerio donde me
preguntaron por el arsenal de armas. Dije la verdad, que no existía nada de esto
y al salir de la capilla me dieron unos golpes con palas de raíz de olivo y me
devolvieron a la población encarcelándome en el oratorio privado de los Sres.
Colomer convertido en cárcel después de haber sido profanado. Desde allí, a
través de la ventana, alrededor de las cuatro vi pasar a Carlos Díaz brazos en
alto apuntado por los cañones de los fusiles y a quien oí regresar después para
volverlo a la prisión de la que sacaron en aquel momento al Beato Rafael Alonso
que abatido, brazos en alto, fue conducido del mismo modo que los anteriores y
que regresó al cabo de mucho tiempo, totalmente abatido, gimiendo de dolor por
las heridas recibidas, dejándole encerrado en la casa de un cura ocupada por los
rojos. A las ocho de la mañana recibí la visita de mi padre que venía acompañado
del secretario comarcal de la F.A.I. quien habló con el Comité Rojo de Malferit,
y logró que nos trasladasen a Onteniente y así lo hicieron aquella misma tarde
con otro autobús de ‘Montas y Morales’. Durante el trayecto nos contó Rafael
Alonso Gutiérrez que cuando le llevaron al Cementerio le quitaron la chaqueta,
se puso las manos en la cabeza y allí perdió el sentido a fuerza de golpes y
efectivamente durante el regreso no se pudo poner la chaqueta. Llegamos a
Onteniente en el preciso momento que trasladaban a los presos de la iglesia de
San Francisco a la de San Carlos. El Beato [Rafael Alonso] no pudo cargar con su
equipaje que tenía, debido al estado lastimoso en que se encontraba. El Beato,
tendido de bruces sobre una colchoneta no quiso que nadie le viese la espalda
hasta que llegó el médico D. Rafael Rovira, ya fallecido, quien le descubrió las
espaldas y pude ver que estaba desollado desde los hombros hasta las nalgas, con
heridas de puntapiés en las piernas. El médico le curó las heridas. Hasta que le
sacaron para matarle no pudo dormir, rezando continuamente, comía muy poco lo
que le llevaba su familia".
Y agrega: "Los de Ayelo al devolvernos a
Onteniente dijeron: ‘Arreglaos con ésos pues son más duros que la piedra’. Los
de Ayelo se ensañaron de una manera especial con el Beato Rafael Alonso y
durante toda su permanencia en la cárcel fue sometido a una vigilancia y
disciplina rigurosa teniéndole separado de los demás".
Rafael Alonso
Gutiérrez vivió estas torturas con ánimo cristiano y cuando sus compañeros de
prisión le preguntaron quienes lo habían apaleado él supo perdonarlos, así lo
afirma el testigo Sr. Juan Micó Penadés: "Al interrogarle para que nos dijese
quienes le habían apaleado manifestó ‘que no interesaba, que eso quedaba en las
manos de Dios y no les guardaba rencor’".
La esposa del Beato, confirma
estos hechos diciendo: "Al cabo de unos cinco días y pasando yo por la puerta de
S. Francisco vi que se lo llevaron en un coche a mi marido que se hizo el
distraído por no afligirme, junto con Carlos Díaz y Eduardo Latonda. Luego me
enteré de que fueron llevados a Ayelo de Malferit donde fueron torturados en el
Cementerio de dicha población, y se ensañaron especialmente con mi marido, como
pude comprobar al enterrarle. Vi que tenía un trozo de algodón en sus espaldas
que le pusieron sus compañeros para que pudiese soportar el vestido. De Ayelo
regresaron a Onteniente, siendo llevados a S. Carlos otra iglesia convertida en
prisión". Y un compañero de prisión depone: "El mismo nos contó que le hicieron
simulacros de asesinato enterrándole vivo dejándole solo la cabeza fuera e
intimándole a que renegara de su fe y disparando tiros al aire. Todo esto lo
manifestó con una calma y tranquilidad admirable que traslucía su gozo
interior"".
Mientras estaban en la cárcel, convencidos que le habrían de
asesinar, mantuvieron la entereza cristiana que era típica en ellos: pasaban los
días enteros en oración, con una total confianza en la voluntad de
Dios.
Un compañero de prisión del Beato, afirma: "A las pocas horas de su
ingreso en la cárcel llegue yo también detenido y le encontré con la disposición
integra y la entereza cristiana típica en él". Otro amigo declara: "Fue detenido
y encerrado en la profanada iglesia de S. Francisco. A continuación detuvieron a
unos cuarenta. Mostró una entereza de ánimo extraordinaria, exhortándonos a
ponernos en manos de la divina providencia". Y un testigo de oficio, corrobora
los hechos diciendo: "Fue detenido el día 4 de agosto de 1936 y llevado a la
iglesia de San Francisco y allí encontré al Beato, que estaba muy triste y
llevaba una vida muy recogida y de mucha oración".Y agrega: "Hasta que lo
sacaron para matarle no pudo dormir, rezando continuamente, comía muy poco lo
que le llevaba la familia". Y continúa diciendo: "Al finalizar uno de los
rosarios el Beato con lágrimas en los ojos nos dijo: ‘A vosotros dos no sé si os
matarán, a mí sí; no pido más que cuiden de mis hijas y que nos les falte
nada’". Y su esposa dice: "El día 10 de agosto, hacia el mediodía, le llevé la
comida y me hizo determinados encargos sobre la educación y porvenir de los
hijos. Me dijo que todo le dolía, que no podía dormir, pero que aquello no tenia
importancia, y me despidió diciéndome que tuviese confianza en Dios que nada me
faltaría".
Ejecución
La noche del 11 de agosto de 1936
sacaron de la prisión a Rafael Alonso Gutiérrez, a Carlos Díaz Gandía y a otro
compañero, el doctor José María García Marcos. A los tres los asesinaron con
disparos de arma de fuego en el término municipal de Agullent, población cercana
a Onteniente. La Sra. Adelaida Alonso Ruiz, hija del Beato, depone: "Fue llevado
por la carretera Albaida hasta el término de Agullent juntamente con Carlos Díaz
y José García Marcos. Los tres murieron perdonando a los enemigos y dando vivas
a Cristo Rey. Los compañeros murieron en el acto y mi padre quedó agonizante". Y
agrega: "Los milicianos contaron posteriormente el valor y la entereza de los
tres hasta el último momento, pues les habían ofrecido, si renegaban, volverlos
a Onteniente, y ellos prefirieron seguir el camino".
Un compañero de
prisión y testigo de oficio, afirma: "El comentario de los rojos fue que el
Beato había muerto diciendo: ‘¡Viva Cristo Rey!’". Y quien aporta un detalle
elocuente que explica el que Rafael Alonso superviviese al tiroteo es su amigo y
compañero, el Sr. Eduardo Latonda Puig quien, al atestiguar sobre el Beato
Carlos Díaz Gandía agrega: "El Beato salió para el martirio la noche del 11 de
agosto de 1936. Con él también iba Rafael Alonso. Ambos fueron conducidos a la
carretera de Albaida cerca de Agullent. El Beato en el momento de disparar se
adelantó a los milicianos cubriendo con su cuerpo el de Rafael Alonso. Esto lo
sé por lo que dijeron los mismos milicianos". Otro compañero de prisión afirma:
"Hubo reunión de dirigentes en lugar de juicio, en que decidieron el orden en
que habían de asesinar a los primeros, y antes que a ninguno a Carlos Díaz.
Dormíamos en la misma capilla, habilitada como celda, y en la madrugada del día
11 de Agosto subieron los milicianos y enfocándole con la lamparilla eléctrica
le obligaron a levantarse a puntapiés, sacándole junto con D. Rafael Alonso y
José M. García. Les subieron en un taxi y les llevaron por la carretera de
Agullent". Y agrega: "Al llegar al entrador de dicho pueblo, en la curva en
donde se inicia una bajada en dirección a Albaida, les hicieron bajar y casi a
bocajarro les dispararon varios tiros de escopeta y pistola y según manifestaron
los propios asesinos al volver a la cárcel, Carlos Díaz sacó una estampa de la
Virgen y se la puso en la frente, llevando la estampa a la herida. Serían las
dos a lo más de la madrugada".
Muere perdonando a sus
asesinos
Pero Rafael Alonso no murió en el acto, sino que quedó
malherido en el vientre. A las pocas horas recobró el conocimiento y pidió
socorro por señas a alguien que pasó por allí. La persona que vio las señas del
herido acudió presurosa a dar cuenta de ello al Comité de Onteniente, y de allí
salió una comisión con intención de acabar con él; pero entretanto llegaron
gentes de Agullent, que recogieron al herido y lo trasladaron al convento de las
Religiosas Capuchinas, donde le prodigaron algunos auxilios. Fue atendido por un
sacerdote que pudieron encontrar. Poco pudo hablar por el estado tan grave en
que se encontraba y murió alrededor de las tres de la tarde, perdonando a los
que le habían herido, bendiciendo a Dios. No quiso delatar los nombres de los
asesinos y exhortó a todos sus familiares a perdonar a sus verdugos con
verdadera caridad cristiana. Falleció en la calle del Maestro Tormo, 5, de
Agullent, a las 12 horas.
El Sr. Luis Amorós Ferri, alcalde que era de
Agullent cuando fue asesinado el Beato, declara: "En los primeros días del mes
de agosto de 1936 siendo yo alcalde de Agullent vino a mi casa hacia las 4 de la
mañana un guardia rural y me dijo que en la carretera de Albaida Onteniente,
cerca del cruce de Agullent, había tres hombres muertos. Inmediatamente me
dirigí a dicho lugar acompañado del secretario del Ayuntamiento; vi a unos 100
metros y en un campo separado de la carretera un cadáver 100 ms. más lejos a
dos, uno de los cuales era el Beato que estaba malherido y el otro era el
cadáver de Carlos Gandía. El Beato pedía auxilio, haciendo señales con la mano.
Llegamos junto a él y nos dijo que quería confesarse, y le contesté que haríamos
lo posible para que lo pudiera hacer. De regreso al pueblo me dirigí en busca de
uno de los sacerdotes que estaban escondidos y le indiqué lo que pasaba, y que
hacía falta confesor. Me encaminé a Onteniente en busca del médico y volví con
D. Rafael Rovira quien dijo que no tenía solución pues tenía el vientre
acribillado a balazos. Encontré al Beato con un pañuelo puesto en el vientre. Al
preguntarle si alguien le había curado me dijo que él mismo había sacado aquel
algodón de la espalda que tenía lastimada y al decirle si sufría mucho, me
contestó: menos que cuando fue llevado a Ayelo de Malferit. Le preguntaron si
conocía a los asesinos, pero aunque seguramente los conocía, no quiso revelar
ningún nombre, limitándose a decir que eran de Onteniente y forasteros. El
siervo llegó a Agullent al Convento de los Capuchinos evacuado por los
religiosos, llevado en una especie de camilla. Hacia las 7 de la mañana. Allí
llamó la atención su gran entereza y serenidad de ánimo. Poco después vinieron
sus familiares, hijos y esposa. Hacia las tres de la tarde de ese mismo día
falleció y fue conducido al cementerio de esta localidad".
Y el Sr.
Joaquín Soler Francés, ayudante del médico que asistió el Beato durante los
últimos momentos de su vida, afirma: "Serían las 11 de la mañana del 11 agosto
del 1936 cuando a requerimiento del médico Dr. José Delgado de Molina, le
acompañé a asistir al malherido Beato Rafael Alonso Gutiérrez que se encontraba
en el Convento de las Capuchinas quien yacía en el suelo sobre una manta. Yo
como practicante procedí a prestarle mi asistencia en la cura de los numerosas
heridas que prestaba en la región abdominal. Le di una inyección calmante
ordenada por el médico pues suponíamos que sufría mucho, a pesar de que el Beato
tenía una serenidad que me dejó maravillado. No pronunció ninguna palabra de
protesta, ni queja alguna sobre la situación en que se encontraba. Puedo
recordar estas palabras textuales que contestó a unas palabras de consuelo que
los presentes le dirigíamos: ‘Que no nos preocupáramos, que sabía que iba a
morir dentro de breves momentos; pero que moría muy a gusto con tal de que su
sangre fuera para bien de su Patria’. En estas circunstancias el Presidente del
Comité nos avisó de que llegaba un camión de Onteniente con milicianos y nos
aconsejó que nos ocultáramos para evitar algún percance. Por lo dicho nos
marchamos y poco después fallecía él. De lo que me enteré por ser noticia
pública".
La hija del Beato, Adelaida, depone: "No tardó en llegar mi
hermana informada por un amigo de Albaida. Al encontrar a mi padre en esta
gravedad extrema pidió que le dejasen entrar a verle, cosa que consiguió con
gran dificultad, y a condición de que no llorase para no alarmar a la gente. Mi
padre se alegró y le dijo que no se afligiese y le pidió que acudiésemos los
demás de casa. Cuando nosotros llegamos, ya había fallecido. El día 11 de Agosto
a las 3 de la tarde. Le vimos y ayudamos a colocarle en el ataúd".
Los
restos del Beato fueron enterrados en el Cementerio Municipal de Agullent, en
donde reposan en un nicho particular. Su hija Adelaida, depone: "Ya he dicho que
le vimos los familiares en el cementerio de Agullent. Unas mujeres piadosas de
Onteniente trajeron los tres ataúdes. Fueron enterrados y están todavía en el
cementerio de Agullent".
El 11 de marzo de 2001, el Papa Juan Pablo II lo
beatífico junto a otros 232
mártires de la persecución a la fe.
Carlos Díaz Gandía, Beato
Mártir Laico, 11 de agosto
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Mártir Laico
Martirologio Romano: En la aldea
Agullent, en el territorio de Valencia, en España, beato Rafael Alonso
Gutiérrez, mártir, que era padre de familia y, en el furor de la persecución
contra la fe, derramó su sangre por Cristo. Con él se conmemora también al
bienaventurado mártir Carlos Díaz Gandía, que este mismo día y en la misma
localidad recibió la vida eterna por la defensa de la fe (1936).
Carlos Díaz Gandía nació el 25 de diciembre de 1907
en Onteniente, y Fue bautizado el 26 de diciembre del mismo año en la Iglesia
parroquial de Santa María de aquella Ciudad. Sus padres, Cándido y Vicenta,
formaron un hogar cristiano y educaron a sus hijos en la fe. El Beato recibió el
sacramento de Eucaristía en la iglesia Arciprestal y en la misma parroquia
recibió el sacramento de la Confirmación el 23 de abril de 1911. Recibió la
instrucción escolar en una escuela nacional y más tarde en el Centro parroquial.
Contrajo matrimonio con Luisa Torró Perdeguer el 3 de noviembre de 1934 en Santa
María de Onteniente. De dicho matrimonio nació una hija, María Luisa Díaz Torró,
ocho meses antes de la muerte del Beato.
Vivió auténticamente su vocación
laical, tratando de impregnar de espíritu evangélico las realidades temporales
en las cuales vivió su condición de esposo, padre de familia y trabajador, así
lo testimonia su esposa. Hombre de fe profunda, solía concurrir a todos los
actos religiosos, recibía frecuentemente la Eucaristía. Era muy devoto del
rosario de la aurora. En esta intensa vida de piedad fue disponiendo su persona
a una respuesta generosa a la acción que el Espíritu Santo le lanzó al
apostolado organizado siendo miembro de varias asociaciones laicales. A los 14
años de edad, y dirigido espiritualmente por el entonces arcipreste de
Onteniente, don Rafael Juan Vidal, ingresó en la naciente Rama de la Juventud de
Acción Católica, de la que llegó a ser Presiente.
Bajo la dirección de su
Consiliario, fundó los Centros catequísticos de las partidas de "Casa Eusebi",
"San Vicente" y "Las Aguas" y "Morena", a los cuales acudía como catequista
todos los domingos del año, teniendo que andar a pie o, en bicicleta, hasta tres
horas de camino con frío o calor, siendo insultado a menudo por este rasgo. Era
aficionado a organizar funciones de teatro en el Centro Catequístico de
Onteniente con objeto de moralizar las costumbres y ayudar a santificar los días
del Señor. Pertenecía también a la Adoración Nocturna, al Apostolado de la
Oración y a la Escuela de Cristo.
Apóstol social era caritativo con los
pobres en toda ocasión. Ya militando en la Rama de Hombres de Acción Católica,
fue presidente de la misma, distinguiéndose en su labor de ayuda especialmente
hacia los jóvenes de condición más humilde. Pertenecía también a la Conferencia
de San Vicente de Paúl. Visitaba a los enfermos de la localidad con asiduidad y
desprendimiento. Por la intensa actividad apostólica que realizaba era
considerado por los enemigos de la Iglesia como un católico ferviente y por eso
fue el primero que arrestaron.
Un amigo y compañero de prisión del Beato,
afirma: "Se distinguió en la formación de los obreros. Los obreros de izquierda
le apodaron maliciosamente un sobrenombre porque socorría y atendía a sus
compañeros de trabajo. Por todo lo cual estaba fichado por los enemigos de la fe
y le temían por su corpulencia física".
Los testigos procesales afirman
que Carlos Díaz Gandía era de temperamento fuerte, enérgico, vehemente, serio,
alegre y jovial. Interrogados acerca de las virtudes practicadas por el Beato,
lo describen como una personalidad moral rica en la cual brillaron las virtudes
infusas en el bautismo dentro de las cuales subrayan especialmente los aspectos
concretos de la espiritualidad laical. Lo definen como un fiel laico auténtico,
coherente que cumplió con exactitud sus deberes profesionales, formó un hogar
cristiano y se comprometió activamente en el apostolado.
El perseguidor
sin lugar a dudas provocó la muerte natural, cumpliendo uno de los requisitos,
según la doctrina de Benedicto XIV, por los cuales se concreta el verdadero
martirio. En el proceso, no obstante las dificultades para encontrar testimonios
sobre el hecho del martirio del Beato, se consiguieron suficientes testigos. Del
hecho y las circunstancias de la detención de Carlos Díaz Gandía testificó de
visu su viuda. Y del período transcurrido en la cárcel dieron testimonió sus
compañeros de prisión. Del traslado de la cárcel al lugar de la ejecución y del
fusilamiento atestiguaron de auditu ab ipsis interfectoribus, cuatro testigos de
oficio. Del reconocimiento del cadáver del Beato depuso de visu su esposa, la
Sra. María Torró Perseguer. Y del ambiente hostil a la Iglesia depusieron, de
visu, todos los testigos.
En los días previos a la revolución Carlos Díaz
Gandía era consciente de la situación que estaba por afrontar: la persecución
religiosa y el probable martirio. Carlos se distinguió por su valentía en la
defensa de la Religión, al peligrar la seguridad de los templos. Al peligrar la
seguridad de los templos, Carlos no vaciló en montar un puesto de guardia en su
propio domicilio que se halla situado entre la Arciprestal de Sta. María y el
Convento de Madres Carmelitas, en el cual pasaba noche tras noche con algunos
jóvenes de A.C. Una de ésas noches observó que un grupo de enemigos de Dios se
dirigían al domicilio del Sr. Arcipreste gritando desaforadamente ¡A él! ¡A él!
y con todo el valor salió a la calle dispuesto si era preciso a dar la vida por
su Párroco, consiguiendo con su audaz actitud acobardar al grupo que huyó
cobardemente. Y el 28 de Julio de 1.936, cuando sistemáticamente comenzaron los
saqueos de los templos de la Ciudad, persuadido de que el Señor estaba en el
Sagrario, corrió a la Arciprestal e inmediatamente, y sin contar con el peligro
que ello suponía, evitó que fuese profanada la Santa Eucaristía. Esto le produjo
gran satisfacción. A partir de esta fecha su casa fue rodeada por los milicianos
armados. Un compañero de apostolado del Beato, afirma: "Preveía todo lo que
podía ocurrir".
La revolución en Onteniente inició con el incendio de las
iglesias, la quema de las imágenes y objetos religiosos y el encarcelamiento de
algunos católicos. Así lo testimonian los testigos. Al estallar la Revolución
del 36 Carlos Díaz reaccionó como católico auténtico. El 24 de julio de 1936
junto a algunos más, ofreció en la Vigilia de la Adoración nocturna su vida por
la salvación de España. Su esposa, declara al respecto: "Estando yo leyendo los
escritos de la M. Rafols en lo que predecía una persecución en España, me dijo
que él se había ofrecido ya hacía tiempo como víctima".
En este clima de
persecución el Beato mantuvo el ánimo sereno, confiando su vida en las manos de
Dios, y continuando en sus actividades cotidianas con total naturalidad. Dice su
esposa: "Desoyó las advertencias de su madre a que abandonara el Centro
parroquial por el peligro que corría". Y un compañero de apostolado del Beato,
declara: "El Beato a pesar de estar fichando de antemano y sentirse amenazado no
se escondió".
Detención y Encarcelamiento
En la madrugada
del 4 de agosto de 1936 fue detenido por unos milicianos en su casa, quienes con
gran vocerío llamaron a la puerta gritando: "Venim pel President del Sentro".
Les abrió la puerta y apunto de pistola se lo llevaron, manifestando lo hacían a
requerimiento y en nombre de la C.N.T. Así lo testifica su viuda, la Sra. Luisa
Torró Perseguer.
La vida en prisión estuvo caracterizada por malos tratos
y vejaciones morales que el Beato supo llevar con entereza cristiana. Compañeros
de detención de Carlos Díaz Gandía fueron: el Cura-Arcipreste de Onteniente don
Juan Belda y el Beato Rafael Alonso Gutiérrez, ambos fueron asesinados. También
compartieron la cárcel los supervivientes: Eduardo Latonda Puig, Juan y Vicente
Mico Penadés, Gonzalo Gironés Plá y Luis Mompó Delgado de Molina.
La
esposa de Carlos Díaz, señala: "Quedó preso en la iglesia de San Carlos, donde
fui a verle con la niña. El no quiso decir que le habían atormentado". Y su
cuñada, declara: "Fue trasladado a la iglesia de San Carlos, donde igualmente
fue maltratado, según me consta por otro preso que durante el día tenía libertad
para ir a trabajar". Un compañero de prisión, afirma: "El Beato se encontraba
recluido en una de las capillas laterales de San Francisco. Poco después fue
trasladado a San Carlos. Normalmente se nos obligaba a estar separados,
durmiendo sobre unas esteras de las Iglesia. A Carlos le amenazaron de muerte,
aunque él entonces pensó que no eran capaces de matar a nadie".
Al hablar
del Beato Rafael Alonso Gutiérrez ya señalamos el violento episodio que tuvo
lugar en Ayelo de Malferit, en donde fueron bárbaramente martirizados. El 6 de
agosto Carlos Díaz Gandía y Rafael Alonso Gutiérrez fueron trasladados, junto
con Eduardo Latonda Puig, al vecino pueblo de Ayelo. Allí los sometieron a
varias torturas, y les dieron una gran paliza. Después fueron devueltos a
Onteniente. Era el 6 de agosto, día muy significativo para la población en de
Malferit. Aquellos terribles hechos los vivió y presenció uno de los testigos,
el Sr. Eduardo Latonda Puig.
Vida De Oración
Constante
Carlos Díaz, mientras estuvo en la cárcel, convencido que
iban a asesinarlo, mantuvo la entereza cristiana que era típica en él: pasaban
muchas horas en oración, con una total confianza en la voluntad de Dios. Un
compañero de prisión, anota: "En la cárcel hizo vida normal y de oración
intensísima". Y otro compañero, depone: "Yo fui detenido el día 5 de agosto de
1936 y al llegar a la cárcel - Iglesia de San Francisco allí me encontré al
Beato Carlos Díaz Gandía. Aquella misma tarde recé el rosario con él paseando
por dentro de la Iglesia".
Sintiendo próxima la muerte el Beato hizo las
últimas recomendaciones a sus amigos y a su esposa con absoluta confianza, con
total abandono en la providencia Divina: Declara un compañero de prisión: "El 10
de agosto, víspera de su muerte, a mediodía, al disponerse a comer junto con D.
Rafael Alonso, D. José Mª. García Marcos (también asesinados), y el declarante,
le entró como un síncope, atendiéndole yo y los demás compañeros, manifestando
Carlos Díaz que sabía absolutamente cierto que iba a morir, y añadió
literalmente: ‘Algunos de vosotros, viviréis, perdonad a los que se sientan bien
arrepentidos y tened caridad con todos’. Anteriormente varias veces había dicho
que debíamos perdonar a los enemigos".
Ejecución
La noche
del 11 de agosto de 1936 sacaron de la prisión, al doctor José María García
Marcos, a Rafael Alonso Gutiérrez y a Carlos Díaz Gandía y los asesinaron con
disparos en el término municipal de Agullent, población cercana a Onteniente. La
Sra. Adelaida Alonso Ruiz, hija del Beato Rafael Alonso Gutiérrez, depone: "[mi
padre] fue llevado por la carretera de Albaida hasta el término de Agullent
juntamente con Carlos Díaz y José García Marcos. Los tres murieron perdonando a
los enemigos y dando vivas a Cristo Rey. Los compañeros murieron en el acto y mi
padre quedó agonizante”. Y agrega: "Los milicianos contaron posteriormente el
valor y la entereza de los tres hasta el último momento, pues les habían
ofrecido, si renegaban, volverlos a Onteniente, y ellos prefirieron seguir el
camino". El Sr. Eduardo Latonda Puig, compañero de prisión y testigo de oficio,
afirma: "El comentario de los rojos fue el que el Beato había muerto diciendo:
‘¡Viva Cristo Rey!’".
Y agrega: "El Beato salió para el martirio la noche
del 11 de agosto de 1936. Con él también iba Rafael Alonso. Ambos fueron
conducidos a la carretera de Albaida cerca de Agullent. El Beato en el momento
de disparar se adelantó a los milicianos cubriendo con su cuerpo el de Rafael
Alonso. Esto lo sé por lo que dijeron los mismos milicianos". Y otro compañero
de prisión, afirma: "Hubo reunión de dirigentes en lugar de juicio, en que
decidieron el orden en que habían de asesinar a los primeros, y antes que a
ninguno a Carlos Díaz. Dormíamos en la misma capilla, habilitada como celda, y
en la madrugada del día 11 de Agosto subieron los milicianos y enfocándole con
la lamparilla eléctrica le obligaron a levantarse a puntapiés, sacándole junto
con D. Rafael Alonso y José M. García. Les subieron en un taxi y les llevaron
por la carretera de Agullent". Y agrega: "Al llegar al entrador de dicho pueblo,
en la curva en donde se inicia una bajada en dirección a Albaida, les hicieron
descender y casi a bocajarro les dispararon varios tiros de escopeta y pistola y
según manifestaron los propios asesinos al volver a la cárcel, Carlos Díaz sacó
una estampa de la Virgen y se la puso en la frente, llevando la estampa a la
herida. Serían las dos a lo más de la madrugada".
Carlos Díaz Gandía y
José Mª. García murieron en el acto. Pero Rafael Alonso quedó malherido y
sobrevivió unas horas. El que fuera Alcalde de Agullent en aquella fecha
declara: "En los primeros días del mes de agosto de 1936 siendo yo alcalde de
Agullent vino a mi casa hacia las 4 de la mañana un guardia rural y me dijo que
en la carretera de Albaida Onteniente, cerca del cruce de Agullent, había tres
hombres muertos. Inmediatamente me dirigí a dicho lugar acompañado del
secretario del Ayuntamiento; vi en un campo, separado unos 100 metros de la
carretera un cadáver [el de. José Mª. García]; cien metros más lejos a dos, uno
de los cuales era [Rafael Alonso Gutiérrez] que estaba malherido y el otro era
el cadáver de Carlos Díaz Gandía".
La muerte del Beato está probada
mediante los respectivos certificados de defunción. Y en la documentación que se
encuentra en el Archivo Histórico Nacional de Madrid, en donde se lee: Carlos
Díaz Gandía, "Si, fue encontrado su cadáver, en qué sitio y clase de heridas que
presentaba: Sí. Arma de fuego".
La esposa de Carlos Díaz, afirma: "Está
enterrado en un nicho del Cementerio de Agullent". Y la cuñada del Beato,
declara: "Yo misma, como he dicho, lo vi muerto en el referido cementerio. Tenía
los tiros en la cabeza. Está enterrado en Agullent, nosotras mismas lo
enterramos". Confirmado por los siguientes documentos: Certificado de defunción
y de inhumación de sus restos mortales.
El 11 de marzo de 2001, el Papa
Juan Pablo II lo beatífico junto a otros
232 mártires de la persecución a la fe.
Gaugerico de Cambrai, Santo
Obispo, 11 de agosto
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Obispo
Martirologio Romano: En Cambrai, en Austrasia,
san Gaugerico, obispo, célebre por su piedad y caridad para con los pobres. Fue
ordenado diácono por Magnerico de Tréveris y, elegido para la sede episcopal de
Cambrai, ejerció el episcopado durante treinta y nueve años (c. 625).
San Gaugerico, Obispo fundador, también es llamado
Gery o Gau. Era hijo de Gaudentius y Austadiola, quienes eran romanos. Desde su
juventud, Gaugerico llevó una vida piadosa y devota; todo parecía combinarse
para prepararlo para la carrera de celo y devoción que más tarde iba a abrazar.
Durante una de sus visitas episcopales, San Magnerico, Obispo de Trier, quedó
admirado de la conducta ejemplar del joven y concibió la idea de reclutarlo para
que integrara las líneas de sus clérigos. Gaugerico, dicen sus biógrafos, aún no
había sido ordenado diácono y ya sabía todo el Salterio de memoria. Estaba en
Ivoy, en la región de las Ardenas de Bélgica y Francia, o en Trier, Alemania,
cuando fue ordenado por San Magnericus. En 586 la sede episcopal de
Cambrai-Arras quedó vacante, y Gaugerico fue llamado para ocuparla. El Rey
Childebert II dio su consentimiento e impartió instrucciones a Egidius,
Metropolitano de Reims, para que consagrara al nuevo obispo. Esta Diócesis era
de reciente creación, si se la compara con la más antigua sede de Bélgica,
Tongres, que data del siglo IV. En el territorio que comprendía la Diócesis de
Cambrai-Arras, como en el de Tournai y Térouanne, probablemente habitaban
cristianos antes de la aparición de su primer obispo conocido, San Vaast, pero
su cabeza espiritual debe haber residido en Reims. La gran invasión bárbara de
406 deshizo totalmente la organización eclesiástica, pero desde el comienzo del
período Merovingio, la Iglesia empezó a recuperarse. La Diócesis de Arras fue
especialmente restaurada por San Vaast alrededor de los comienzos del siglo VI.
Lleno de celo apostólico, Gaugerico dedicó su vida a exterminar el paganismo que
contaminaba la vida del distrito sujeto a su autoridad. Erigió la iglesia de San
Medardo en la principal ciudad de Cambrai. Con frecuencia visitaba las zonas
rurales desplegando particular solicitud en el rescate de cautivos. Lo nombraron
Obispo de Cambrai y Arras, Francia, y fundó el Monasterio de San Medardo, que se
convirtió en el corazón de la ciudad de Bruselas, Bélgica. Fue obispo durante
treinta y nueve años e implacable adversario del paganismo.
Pero sucesos
políticos pronto introdujeron nuevas autoridades, cuando Clotario II (629) tomó
posesión de Cambrai. El obispo fue a presentar sus respetos al conquistador en
su villa de Chelles, probablemente en 613. Compelido por el rey, tuvo que ir al
santuario nacional sitio de peregrinaje de los Francos, San Martí de Tours. En
octubre de 614, Godardo asistió al Concilio de París.
Murió después de
treinta y nueve años de episcopado, y fue enterrado en la iglesia de San
Medardo, en Cambrai. Inmediatamente después de su muerte, se estableció su
culto. En tiempos de su sucesor, Bertoald, su tumba ya era objeto de ferviente
veneración y el monasterio de San Medardo que él había fundado, prosperó con las
ofrendas que le fueron ofrecidas.
Su fiesta se celebra el 11 de agosto.
La institución de la fiesta de su exhumación, el 18 de noviembre y la de su
traslación el 24 de septiembre, probablemente daten de 1245, cuando fueron
exhumadas sus reliquias por el Obispo Guido de Cambrai. Las reliquias del santo
se conservan en Santa María de Liessies, en la iglesia de San Godardo en
Bruselas, en la del mismo nombre en Arras, en Sab Donatien en Brujas, en San
Pedro en Douai y en otras iglesias de Bélgica. San Godardo es patrón de Cambrai,
segundo patrono de Bruselas y se lo honra como protector de Braine-le-Comte
(Hainaut, Bélgica). En el relicario en forma de ostensorio en la Catedral de
Cambrai, que contiene el cráneo de Godardo, está representado con vestido de
obispo: la mitra en la cabeza, sin su cruz, con la mano derecha en actitud de
impartir la bendición y la izquierda en su pecho.
Equicio, Santo
Abad, 11 de agosto
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Martirologio Romano: En la provincia de Valeria,
en Italia, san Equicio, abad, que, como escribe el papa san Gregorio I Magno,
fue padre de muchos monasterios a causa de su santidad y, donde quiera que iba,
daba a beber a los demás de la fuente de las Sagradas Escrituras (antes de
571).
San Equicio abad; contemporáneo de San Benito,
fundó muchos monasterios en la provincia de Valeria (Italia); sus monjes, a
semejanza de los benedictinos, se dedicaron a las labores del campo y eran
verdaderos solitarios.
Alonso de Villegas, en su Flos Sanctorum (1594),
en el capítulo Discurso de Compañía provechosa para buenos y dañosa para malos,
pone la siguiente anécdota:
Basilio, hechicero y mago, por librarse de la
muerte que se daba en Roma a los de su trato, con fingimiento e hipocresía se
vistió hábito de monje y llegóse al obispo de Amirtina. Éste le llevó a Equicio,
abad en un monasterio de la provincia de Valeria y varón santo y rogó le tuviese
consigo. Puso en él Equicio los ojos atentamente, y dijo al obispo: “¿Este
hombre, señor, me encomiendas? Sabe que no es monje, sino demonio".
El
obispo replicó: "Dices eso para no hacer lo que te ruego". A lo que el abad
respondió: "Digo lo que él es, y para que no parezca que niego tu petición, lo
recibiré".
Pasaron algunos días, y estando ausente del monasterio
Equicio, sucedió que en otro monasterio de monjas sujetas a él cayó enferma una
de ellas muy joven y de gran hermosura. Parecía que se iba a morir, pedía a
voces que le llevaran allí Basilio Monje, que él sólo podía curarla. Avisaron de
esto al abad Equicio, el cual dándose cuenta del engaño, y de que el fingido
monje Basilio era causa de la enfermedad de aquélla monja y que pretendía su
deshonra, mostrando en su rostro dijo: -Ya había dicho yo que en los hechos,
éste era más demonio que hombre; id y echadle del monasterio. Y de la monja no
os preocupéis, que luego quedará sana.
Echaron al hipócrita de la
congregación y sanó la religiosa. Al tiempo que salió Basilio del monasterio,
dijo, oyéndolo muchos monjes: -muchas veces he levantado con arte mágica este
edificio y casa en el aire, y nunca he podido hacer daño alguno, porque la
santidad de Equicio me lo impide.
Rufino de Asís, Santo
Obispo y Mártir, 11 de agosto
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Martirologio Romano: En Asís, de la
Umbría, san Rufino, a quien se considera primer obispo de aquella ciudad y
mártir (c. s. IV).
Contrariamente a lo que piensa quién no es de Asís,
el patrón principal de la diócesis no es san Francesco sino san Rufino, venerado
como el primer obispo de la ciudad, la catedral está dedicada a él desde la
primera mitad del siglo XI.
Una ´pasión´ escrita en el siglo IX dice que
Rufino obispo de la ciudad de Amasia del Ponto (la actual Amasya, en Turquía),
después de haber convertido al procónsul, habría llegado con su hijo Cesidio a
la región de Marsi en los Abruzos.
En esta zona habría consagrado una
iglesia dejada en custodia a su hijo, mientras que él continuó para predicar el
Evangelio a Asís; pero aquí después de poco tiempo fue descubierto por el
procónsul Aspasio, quien después someterlo a muchos suplicios, lo condenó a
muerte por ser cristiano, Rufino fue echado a las aguas de un río con una piedra
atada al cuello. Una antigua tradición indica como lugar del martirio: Costano
en la diócesis de Asís, ahora parte del Ayuntamiento de Bastia Umbra, situada en
la ribera del río Chiascio. Un pergamino en el archivo de la catedral, recuerda
que ya en el 1038 en Costano hubo una iglesia dedicada a san Rufino
mártir.
Su cuerpo fue transportado de Costano a Asís, justo en el lugar
dónde ahora surge la catedral erigida a la fe del pueblo de Asís y obra de
Giovanni de Gubbio, pero esta es la tercera construida sobre la tumba del obispo
mártir, es del siglo XII; la primera se construyó en el 412 según una
inscripción guardada en la nave izquierda y según está escrito en un documento
de 1007 guardado en el archivo.
San
Pedro Damiani en un célebre sermón suyo en honor de san Rufino, cita una
segunda catedral construida en el siglo XI por el obispo Hugo de Asís, con
ocasión del traslado del sarcófago que contuvo los huesos del santo, desde el
lugar del martirio; de esta segunda iglesia todavía existe la cripta bajo la
actual catedral, con el sarcófago de la época.
La fecha de celebración,
desde el siglo XI, es el 11 de agosto, aunque errores de copistas posteriores
movieron la fiesta al 30 de julio en el Martirologio Romano.
La
iconografía del santo obispo y mártir es muy vasta, especialmente en la ciudad
de Asís; imágenes suyas se encuentran la en todas las iglesias de la diócesis,
también en las franciscanas. La más antigua es la escultura puesta en el arco
sobre el portal de la catedral, realizada en el siglo XII.
responsable de la traducción: Xavier
Villalta
Tiburcio de Roma, Santo
Mártir, 11 de agosto
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Martirologio Romano: En Roma, en el cementerio
llamado «Ad duas lauros», en la vía Labicana, a tres miliarios de la ciudad, san
Tiburcio, mártir, cuyas alabanzas cantó el papa san Dámaso (s. III/IV).
Nacío en Roma, hijo de Cromacio, vicario del
prefecto; fué convertido por San Sebastián, después de haber dado libertad á
1.400 esclavos, que se hicieron cristianos; renunció el empleo y se retiró á su
casa de campo, la cual fué el refugio de los cristianos perseguidos en tiempo de
Diocleciano. Había sido, como su padre, uno de los más hábiles abogados de su
tiempo, y cambió la toga por el tormento de los mártires de
Jesucristo.
Su celo por la Religión y sus virtudes se hicieron públicos.
Sus milagros eran tan patentes que muchos gentiles abrazaron la fe cristiana.
Habiendo reprendido al hipócrita Torcuato por sus vicios, éste le delató al
emperador de ser cristiano. Preso Tiburcio, confesó la verdad de nuestra fe y
los embustes y sofistería de Torcuato, con el valor que da la divina gracia.
Encolerizado Fabiano, sucesor de Cromacio, mandó que sacrificase á los dioses
del gentilismo, y, negándose á ello, fué condenado á pasear con los pies
descalzos sobre fuego vivo, y como salió ileso de este tormento, le llevaron á
una legua de la ciudad, en la vía Lavicana, y allí le cortaron la cabeza el 11
de Agosto del año 286.
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Teófilo (Benjamín) Fernández de Legaria Goñi,
Beato
Sacerdote y Mártir, 11 de agosto
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Martirologio Romano: En Madrid,
España, beato Teófilo Fernández de Legaria Goñi y cuatro compañeros, sacerdotes
profesos de la Congregación de los Sagrados Corazones, asesinados por odio a la
fe († 1936)
Fecha de beatificación: 13 de octubre de
2013, durante el pontificado de S.S. Francisco.
Mártir en El Escorial el 11 de agosto de 1936.
Natural de Torralba del Río (Navarra), nació el 5 de julio de 1898. Profesó el 1
de septiembre de 1916. Ordenado sacerdote el 22 de septiembre de 1923, en
Santander. Por sus excelentes cualidades fue enviado a estudiar en Roma, donde
alcanzó el grado de doctor en Sagrada Teología, en la Pontificia Universidad
Gregoriana, en julio de 1925. A los 28 años era vice-rector del Colegio en
Madrid. Dos años después era ya el Superior del mismo, alternando sus múltiples
ocupaciones con la dirección espiritual de las Asociaciones de Licenciados y
Doctores y la de San Cosme y San Damián. Al mismo tiempo lograba la Licenciatura
en Filosofía y Letras en la Universidad de Salamanca.
Se distinguió de
modo especial en la defensa de los derechos de la Iglesia Católica en los
difíciles años de la República española, promoviendo la Hermandad de San Isidoro
de Sevilla. En agosto de 1935 fue nombrado Superior y Director del Escolasticado
de la Congregación en El Escorial. Durante su breve Superiorato dejó un recuerdo
imborrable entre sus alumnos. Su paso por el escolasticado fue una gracia
especial. Su actividad fue increíble; su celo, extraordinario, inculcando en los
alumnos una veneración y amor grandes hacia el sacerdocio.
Al producirse
en julio el Alzamiento nacional estaba en El Escorial con profesores y jóvenes
estudiantes. Convirtió la Casa en hospital de sangre, quedándose él como
director del hospital y los profesores y jóvenes como enfermeros. Ante el
peligro que corrían, a los pocos días se llevaron a Madrid, en camiones, a los
profesores y estudiantes.
El se quedó cuidando la casa con cuatro
Hermanos laicos, ya de edad. A los tres días llegó un miliciano con heridos, y
reconoció al P. Teófilo, por haber recibido de él muchos favores en Madrid,
siendo Superior del Colegio. Lo denunció y exigió que desapareciese de la Casa.
Aquella misma noche vinieron con dos coches y mientras cenaba él con médicos y
enfermeros se lo llevaron, pistola en mano. Sin juicio alguno, fue conducido a
las afueras de El Escorial, a tres kms., y en el lugar llamado "La Piedra del
Mochuelo", después de haberle dejado rezar y escribir unas líneas a su madre, lo
fusilaron por la espalda mientras iba a ponerse en el paredón. Su cuerpo, con el
de otros tres sacerdotes de El Escorial, que asesinaron minutos después,
apareció al día siguiente, en dicho lugar. Fue inhumado en el Cementerio de San
Lorenzo de El Escorial. Tenía 38 años de edad.
El 3 de julio de 2009 S.S.
Benedicto XVI firmó el decreto reconociemdo el martirio de este grupo de
mártires lo cual permitirá su próxima beatificación que se realizará, Dios
mediante, el 13 de octubre de 2013.
Este grupo de mártires está integrado por:
1. ELADIO
LÓPEZ RAMOS (LEONCIO), sacerdote profeso, Congregación de los Sagrados Corazones
de Jesús y María
nacimiento: 16 Noviembre 1904 en Laroco, Orense
(España)
martirio: 08 Agosto 1936 en Madrid (España)
2. TEÓFILO
FERNÁNDEZ DE LEGARIA GOÑI (BENJAMÍN), sacerdote profeso, Congregación de los
Sagrados Corazones de Jesús y María
nacimiento: 05 Julio 1898 en Torralba de
Río, Navarra (España)
martirio: 11 Agosto 1936 en El Escorial, Madrid
(España)
3. MARIO ROS EZCURRA (LUIS), sacerdote profeso, Congregación de
los Sagrados Corazones de Jesús y María
nacimiento: 30 Abril 1910 en Lezáun,
Navarra (España)
martirio: 15 Agosto 1936 en Madrid (España)
4.
GONZALO BARRÓN NANCLARES (FORTUNATO), sacerdote profeso, Congregación de los
Sagrados Corazones de Jesús y María
nacimiento: 20 Octubre 1899 en Ollauri,
Logroño (España)
martirio: 02 Septiembre 1936 en Madrid (España)
5.
ISIDRO IÑIGUEZ DE CIRIANO ABECHUCO (JUAN), sacerdote profeso, Congregación de
los Sagrados Corazones de Jesús y María
nacimiento: 08 Marzo 1901 en Legarda,
Álava (España)
martirio: 02 Octubre 1936 en Madrid (España)
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Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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1ª NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
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