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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

REZAR NA QUARESMA – 19 DE FEVEREIRO

19 DE FEVEREIRO

SEXTA-FEIRA, DEPOIS DAS CINZAS

Mateus 9, 14-15

“O noivo está com eles….”

*************

A vida cristã é como uma festa de casamento. Onde o noivo está connosco. É assim a nossa relação com Deus: amor que leva à união, ternura intensa, fidelidade que gera mais vida.

Jesus é o esposo que nos ama totalmente. Nós, a Igreja, somos a esposa, chamados a responder em liberdade generosa a este amor.

»»»»»»»»»

Senhor, eu Te peço uma alegria inabalável.

Capaz de resistir à tristeza e à dor.

Sabendo que sou amado por Ti com esse amor radical, nada poderá abalar o meu sorriso

 

edisal@edisal.salesianos.pt

www.edisal.salesianos.pt

 

NOTA:  Ver nota em 17-Fevereiro-2010

António Fonseca  -  www.aarfonseca@hotmail.com

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

REZAR NA QUARESMA – 18 de FEVEREIRO

 

18 DE FEVEREIRO

QUINTA-FEIRA, DEPOIS DAS CINZAS

 

Lucas 9, 22-25

“Se alguém quer seguir-Me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.”

*************

 

Jesus convida-me a entregar a minha vida com confiança nas suas mãos.

Fico com algum receio… mas quando penso melhor, concluo que é possível e que vale a pena.

Posso não ser grande cristão mas já conheço Cristo o suficiente para saber que n’Ele posso confiar. Sei que Ele me ama assim, como sou. E que o seu convite é para que eu seja capaz de amar mais. Os loucos amam as ideias, os gananciosos amam as coisas, os egoístas amam-se a si mesmos. Jesus convida-me à liberdade de amar os outros. Segui-l’O é sair de mim mesmo, descentrar-me, deixar de pensar em mim. E amá-l’O a Ele. E deixar que Ele me ame. E começarei a amar os outros.

»»»»»»»»»

Jesus, a tua cruz, mete medo! Francamente, não me agrada nada a tua cruz.

Provavelmente, nem a Ti Te agradou. Mas escolheste aceitá-la.

Abriste os braços e deixaste-Te pregar para abraçar toda a humanidade.

A tua escolha difícil é uma escolha de amor.

Ensina-me a amar como Tu.

E levarei o teu abraço a todos os que encontrar.

 

edisal@edisal.salesianos.pt

www.edisal.salesianos.pt

 

NOTA:  Ver nota em 17-Fevereiro-2010

António Fonseca  -  www.aarfonseca@hotmail.com

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

REZAR NA QUARESMA – Um caminho de mudança

17 de FEVEREIRO de 2010 
QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Mateus 6, 1-6.16-18

Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.”
****************
Começa hoje a Quaresma. Dizem que é um tempo de esforço, pesado, triste e sombrio.
Nada disso! É um tempo para nos pormos belos para o Senhor. De cabeça perfumada, de cara lavada e alegre. Antes duma festa, dum encontro importante, cuidamos do visual, do vestuário… antecipa-se já a alegria do encontro que vem a seguir.
É o mesmo com a Quaresma. É a preparação para a mais bela festa de todas: a Páscoa.
Fora com as caras abatidas. Está na hora da limpeza e da elegância. É tempo de deitar fora o lixo que torna pesado e duro o coração.

»»»»»»»»»»
Senhor, agradeço-Te este tempo da Quaresma que me ofereces.
É um presente que dás para que a vida seja mais bela.
Quero vivê-lo com alegria e empenho. Dá-me a energia para tirar o mal da minha vida e a força de optar pelo bem.


edisal@edisal.salesianos.pt
http://www.edisal.salesianos.pt/


NOTA:
Adquiri no sábado dia 13 de Fevereiro na Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, este livrinhoREZAR NA QUARESMA – Um Caminho de mudançacom leituras – citação bíblica do Evangelho do dia; uma frase bíblica em destaque; uma imagem para ajudar a pensar; uma meditação que faz a ponte entre o Evangelho e os dias de hoje; uma proposta de oração.
Creio que não estou a ir além do permitido, ao incluir neste meu blogue as referidas leituras – sem as imagens (que provavelmente não ficariam tão bem  impressas no referido livro) – desde que faça alusão à sua publicação através das Edições Salesianas, mesmo até porque este blogue não tem a veleidade de ser lido por muita gente e tal até servirá para fazer um pouco de propaganda para o referido livro poder ser adquirido por mais gente… penso eu.
Dai que, durante este período de Quaresma, eu tenha decidido efectuar aqui a transcrição dos textos diariamente, sob a forma acima expressa, pelo que solicito a devida vénia às Edições Salesianas.
António Fonseca

quinta-feira, 9 de abril de 2009

TRÍDUO PASCAL - 5ª Feira Santa-2ªvia

SAGRADO TRÍDUO PASCAL

O Tríduo Pascal inicia-se na Missa da Ceia do Senhor e atinge o ponto alto na Vigília Pascal, terminando com as I Vésperas do Domingo da Ressurreição. Na tarde de Sexta-Feira Santa, celebra-se a Paixão do Senhor. A Vigília Pascal deve realizar-se na noite de sábado e terminar nas primeiras horas da manhã de Domingo. A cor litúrgica é branca, excepto na Sexta-Feira Santa que é vermelha.

QUINTA-FEIRA SANTA (Missa da Ceia do Senhor)

Leitura do Livro do Êxodo Ex 12, 1-8. 11-14

Naqueles dias, o Senhor disse Moisés e a Aarão na terra do Egipto: «Este mês será para vós o princípio dos meses; fareis dele o primeiro mês do ano. Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe: No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família, uma rês por cada cada. Se a família for pequena demais para comer um cordeiro, junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas, tendo em conta o que cada um pode comer. Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade. Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito».

«Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês. Então, toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde. Recolherão depois o seu sangue, que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem. E comerão a carne nessa mesma noite; comê-la-ão assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor. Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto, todos os primogénitos, desde os homens até aos animais. Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto, Eu, o Senhor. O sangue será para vós, um sinal, nas casas em que estiverdes: ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador, quando Eu ferir a terra do Egipto. Esse dia será para vós uma data memorável, que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor. Festejá-lo-eis de geração em geração, como instituição perpétua».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Salmo 115 (116)

O cálice de bênção é comunhão do Sangue de Cristo

Como agradecerei ao Senhor

Tudo quanto Ele me deu?

Elevarei o cálice da salvação,

Invocando o nome do Senhor.

É preciosa aos olhos do Senhor

A morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:

Quebrastes as minhas cadeias.

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,

Invocando, Senhor, o vosso nome.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,

Na presença de todo o povo.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios 1 Cor 11, 23-26

Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim». Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha.

Palavra do Senhor.

Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.

Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.

(cf. Lec. P’ 429)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São João Jo 13, 1-15

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?» Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés.» Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: “Aquele que está lavado não precisa de se lavar de novo: todo ele está limpo. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia que havia de O entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-se de novo à mesa. Então disse-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

Palavra de salvação.

ELEVAREI O CÁLICE DA SALVAÇÃO, INVOCANDO O NOME DO SENHOR

1ª Leitura (Ex 12, 1-8, 11-14): “É a Páscoa do Senhor”

Esta leitura leva-nos a uma festa da Primavera celebrada por pastores, cujo ritual principal consistia na matança de um cordeiro, com cujo sangue tingiam-se as tendas, para afastar os perigos que poderiam causar doenças no rebanho ou, mesmo, destruí-lo. Israel interpretou esta festa pastoril, relacionando-a com um dos factos primordiais da história: o Êxodo ou libertação da escravidão do Egipto. Surge um simbolismo novo: a própria mão de Deus que extermina os egípcios: «Eu é que sou o Senhor», e o sangue na moldura das portas passa a indicar a protecção de Deus, que livra o Seu povo do extermínio e o liberta da opressão. Este ritual faz memória da acção libertadora de Deus. «Os que participam da celebração são convocados a conformarem a sua acção histórica na sociedade ao modo de agir de Deus». (R. Ruijis). A Ceia é celebrada no contexto da Páscoa judaica: Jesus é o Cordeiro que derramou o Seu sangue para salvar todos os homens.

Evangelho (Jo 3, 1-15): “Lavar os pés una aos outros”

São João não descreve propriamente a instituição da Eucaristia, mas apresenta o ponto central da missão de Jesus, de que a Eucaristia é sacramento: o serviço, testemunho supremo do amor de Jesus ( «amou-os» até ao fim). O gesto de Jesus de lavar os pés aos apóstolos expressa o sentido da Sua missão e é um ensinamento para os seus seguidores: a autoridade é serviço e só pode ser entendida como despojamento. É o que significa tirar o manto. Simão Pedro resiste porque não entendeu que o amor produz igualdade e fraternidade. A diferença de funções na comunidade é expressão da eficácia do amor mútuo. Na comunidade cristã já não se justifica nenhum tipo de superioridade, mas a relação pessoal de irmãos e amigos. Jesus confirma ser Mestre e Senhor depois que realizou o acto que simbolizava toda a Sua missão, identificando-se com o Servo de Deus: Ele veio para servir e não para ser servido.

2ª Leitura (1 Cor 11, 23-26): “Em memória de Mim”

Este texto é importante para entendermos o modo como Paulo ensina como a Eucaristia foi transmitida. A comunidade de Corinto está dividida e Paulo considera este facto um teste «para que se tornem manifestos entre vós aqueles que são comprovados» (vv. 17-19). E analisa uma causa concreta de como a Eucaristia, símbolo da unidade, se tornara ocasião de discórdia: no “partir o pão” – não havia a partilha do pão.

Paulo coloca os elementos imprescindíveis para que a assembleia celebre e entenda correctamente a Eucaristia: 1. A Eucaristia é a celebração da paixão e morte de Jesus, o Seu supremo gesto de amor: na noite em que foi entregue (v. 23); o pão e o vinho são o corpo e o sangue entregue por vós (vv. 24-25); 2. A Eucaristia é memorial: «Fazei isto em memória de Mim»; 3. A Eucaristia é o gesto de amor de Jesus que deve ser anunciado por todos os cristãos em todos os tempos: «Até que Ele venha» (v. 26). Tal como a comunidade de Corinto, tantas vezes as nossas comunidades actuais deturpam a celebração eucarística porque nelas existem divisões e disparidades sociais.

HOMILIÁRIO PATRÍSTICO

O Cordeiro imolado libertou-nos da morte

Muitas coisas foram preditas pelos Profetas acerca do mistério da Páscoa, que é Cristo, ao qual seja dada glória: pelos séculos dos séculos. Ámen. Desceu dos Céus à terra para curar a enfermidade do homem; revestiu-Se da nossa natureza no seio da Virgem e fez-Se homem; tomou sobre Si os sofrimentos do homem enfermo num corpo sujeito ao sofrimento e destruiu as fraquezas da carne; e com o seu espírito não podia morrer, matou a morte homicida. Foi conduzido à morte como um cordeiro; libertou-nos da sedução do mundo, como outrora os israelitas do Egipto; salvou-nos da escravidão do demónio, como outrora arrancou Israel das mãos do Faraó; imprimiu em nossas almas o sinal do seu Espírito e assinalou os nossos corpos com o Seu Sangue. Foi Ele que venceu a morte e confundiu o demónio, como outrora Moisés ao Faraó. Foi Ele que nos fez passar da escravidão à liberdade, das trevas à luz, da morte à vida, da tirania ao reino perpétuo, e fez de nós um sacerdócio novo, um povo eleito para sempre. Ele é a Páscoa da nossa salvação.

(Melitão de Sardes, Bispo).

SUGESTÕES LITÚRGICAS

1. São proibidas neste dia todas as Missas sem participação do Povo. De tarde, a hora conveniente, celebra-se a Missa da Ceia do Senhor, com participação de toda comunidade local. Os sacerdotes que concelebrarem na Missa crismal, ou tiverem celebrado para utilidade dos fiéis, podem concelebrar nesta Missa.

2. A comunhão só pode ser distribuída dentro da Missa, mas pode levar-se aios doentes.

3. Nesta Missa consagra-se pão suficiente para a Comunhão de amanhã (sexta-feira santa) do clero e dos fiéis.

4. Enquanto se canta o GLÓRIA tocam-se os sinos. Será de evitar tocar dentro da Igreja as campainhas (do compasso) de forma a não perturbar o canto (e as pessoas).

5. Nesta Missa não se diz o Credo.

SUGESTÃO DE CÂNTICOS

Missa da Ceia do Senhor

Entrada:

Toda a nossa glória, F. Lapa, BML 115, 50;

Toda a nossa glória, M. Luís, NCT, 124;

A nossa glória, F. Santos, BML 20, 13;

Salmo responsorial

O cálice da bênção, F. Santos, BML 51,10; M. Luís, NCT 125;

Aclamação ao Evangelho

Dou-vos um mandamento, F. Santos, BML 51, 14; NCT 126;

Lava-pés

Recebemos do Senhor, M. Luís, BML 30, 11 – NCT 127;

Vós sereis meus amigos, M. Luís, BML 30, 13 – NCT 128

Ofertório

Onde há caridade, M. Luís, NCT 129;

Ubi Caritas, c. Gregoriano, NCT 172

Comunhão:

Anunciamos, Senhor a vossa morte, F. Santos, BML 5, 13;

Isto é o meu corpo, F. Santos, 95/96, 52

O Filho do Homem, F. Santos, BML 45, 16;

O cálice da bênção, F. Silva, NCT 131

Procissão Eucarística

Celebremos o mistério, F. Santos, BML 25, 11-23; 21, 14; NCT 134

In: Cadernos Litúrgicos – Voz Portucalense

António Fonseca

quinta-feira, 19 de março de 2009

QUARESMA

Permito-me transcrever este tema descrito na mensagem que me foi enviada por Felipe de Urca, coordenador de PEQUENAS SEMILLITAS, e que tive o cuidado de traduzir do espanhol. Espero que não tenha muitos erros ...
Tema do día :
Perguntas frequentes sobre a Quaresma
Estas são as perguntas mais comuns com as respostas que te farão compreender melhor o sentido da Quaresma. — O que é a Quaresma? Chamamos Quaresma ao período de quarenta dias (Quadragésima) reservado à preparação da Páscoa, e assinalado pela última preparação dos catecúmenos que deveriam receber nela o baptismo. — ¿Desde quando se vive na Quaresma?
Desde o século IV manifesta-se a tendência para a constituir no tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e a abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em princípio nas igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais aligeirada no ocidente, mas deve observar-se um espírito penitencial e de conversão.
— ¿Qual é o espírito da Quaresma?
Deve ser como um retiro colectivo de quarenta días, durante os quais a Igreja, propondo aos seus fiéis o exemplo de Cristo no seu retiro no deserto, prepara-se para a celebração das solenidades pascais, com a purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.
— O que é a Penitência?
A penitência, tradução latina da palavra grega metanoia que na Biblia significa a conversão (literalmente a troca de espírito) do pecador, designa todo um conjunto de actos interiores e exteriores dirigidos à reparação do pecado cometido, e o estado de coisas que resulta dele para o pecador. Literalmente troca de vida, diz-se, do acto do pecador que volta a Deus depois de ter estado longe d'Ele, ou do incrédulo que alcança a fé.
— Que manifestações tem a Penitência?
"A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oracão, a esmola, que expressam a conversão em relação a sí mesmo, em relação a Deus e em relação aos demais. Junto à purificação radical operada pelo Baptismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação pela salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade "que cobre a multidão de pecados" (1 Pedro, 4,8.)." (Catecismo Igreja Católica, n.1434)
— Estamos obrigados a fazer penitência?
"Todos os fiéis, cada um a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência; sem dúvida, para que todos se unam em alguma prática comum de penitência, fixaram-se os días penitenciais nos que se dediquem aos fieis de maneira especial a oração, realizem obras de piedade e de caridade e se neguem a sí mesmos, cumprindo com maior fidelidade suas próprias obrigações e, sobretudo, observando o jejum e a abstinência." (Código de Direito Canónico, cánon 1249).
— Quais são os días e os tempos penitenciais? "Na Igreja universal, são dias e tempos penitenciais todos as sextas-feiras do ano e o tempo de Quaresma." (Código de Direito Canónico, cánon 1250). — Que se deve fazer em todas as sextas-feiras do ano?
Em recordação do día em que morreu Jesus Cristo na Santa Cruz, "todas as sextas-feiras, a não ser que coincidam com uma solenidade, deve guardar-se a abstinência de carne, ou de outro alimento que haja determinado a Conferência Episcopal; jejum e abstinência fazem-se também em Quarta-feira de Cinzas e em Sexta-feira Santa." (Código de Direito Canónico, cánon 1251).
— Quando é a Quaresma?
A Quaresma começa em Quarta-feira de Cinzas e concluí imediatamente antes da Missa Vespertina ou na Ceia de Domingo (Sábado Santo). Todo este período forma uma unidade, podendo-se distinguir os seguintes elementos: 1) Quarta-feira de Cinzas, 2) Os domingos, agrupados en el binómio, I-II; III, IV e V; e o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, 3) A Missa Crismal e 4) As férias.
— O que é Quarta-feiras de Cinzas?
É o princípio da Quaresma; um día especialmente penitencial, no qual manifestamos nosso desejo pessoal de conversão a Deus. Ao chegarmos aos templos onde nos imponham a cinza, expressamos com humildade e sinceridade de coração, que desejamos converter-nos e a crer de verdade no Evangelho.
— Quándo tem origem a prática da cinza?
A origem da imposição da cinza pertence a estrutura da penitência canónica. Começa a ser obrigatório para toda a comunidade cristã a partir do século X. A liturgia actual, conserva os elementos tradicionais: imposição da cinza e jejum rigoroso.
— Quándo se bendiz e se impõe a cinza?
A bênção e imposição da cinza tem lugar dentro da Missa, depois da homilía; ainda que em circunstâncias especiais, se possa fazer dentro de uma celebração da Palavra. As fórmulas de imposição da cinza inspiram-se na Escritura: Gn, 3, 19 y Mc 1, 15.
— De onde vêm a cinza?
A cinza procede dos ramos benzidos no Domingo da Paixão do Senhor, do ano anterior, seguindo um costume que remonta ao século XII. A fórmula de bênção faz relação à condição pecadora de quem a recebe.
— Qual é o simbolismo da cinza? O simbolismo da cinza é o seguinte: a) Condição débil e caduca do homem, que caminha até à morte; b) Situação pecadora do homem; c) Oração e súplica ardente para que o Senhor acuda em sua ajuda; d) Ressurreição, já que o homem está destinado a participar no triunfo de Cristo. — A que nos convida a Igreja na Quaresma?
A Igreja persiste em convidar-nos a fazer deste tempo como um retiro espiritual en que o esforço de meditação e de oração deve estar sustentado por um esforço de mortificação pessoal cuja medida, a partir deste mínimo, é deixada à liberdade e generosidade de cada um.
— O que se deve vivir na Quaresma?
Se se vive bem a Quaresma, deverá obter-se uma auténtica e profunda conversão pessoal, preparando-nos, deste modo, para a festa maior do ano: o Domingo de Ressurreição do Senhor.
— O que é a conversão?
Converter-se e reconciliar-se com Deus, separar-se do mal, para estabelecer a amizade com o Criador. Supõe e inclui deixar o arrependimento e a confissão de todos e cada um dos nossos pecados. Uma vez em graça (sem consciência de pecado mortal), temos de nos propôr trocar desde dentro (em atitudes) tudo aquilo que não agrada a Deus.
— Porque se diz que a Quaresma é um “Tempo Forte” e um “Tempo Penitencial”? "Os tempos e os días de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo de Quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as litúrgias penitenciais, as peregrinações como sinal de penitência, as privações voluntárias como o jejum e a esmola, a comunicação cristã de bens (obras caritativas e missionárias)." (Catecismo Igreja Católica, n. 1438)
— Como concretizar o meu desejo de conversão? De diversas maneiras, mas sempre realizando obras de conversão, como são, por exemplo: 1. Aceder ao Sacramento da Reconciliação (Sacramento da Penitência ou Confissão) e fazer uma boa confissão: clara, concisa, concreta e completa. 2. Superar as divisões, perdoando e crescer em espírito fraterno. 3. Praticando as Obras de Misericórdia.
— Quais são as Obras de Misericórdia?
As Obras de Misericórdia espirituais são: - Ensinar a quem não sabe. - Dar bom conselho a quem o necessita. - Corrigir a quem erra. - Perdoar as injúrias. - Consolar o triste. - Sofrer com paciência as adversidades e fraquezas do próximo. - Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos As Obras de Misericórdia corporais são: - Visitar o enfermo. - Dar de comer a quem tem fome. - Dar de beber a quem tem sede. - Socorrer ao preso. - Vestir o nú. - Dar pousada ao peregrino. - Enterrar os mortos. — Que obrigações tem um cristão na Quaresma? Há que cumprir com o preceito do jejum e abstinência, assim como a Confissão e Comunhão anual anual. — Em que consiste o jejum? O jejum consiste em fazer uma só refeição ao dia, ainda que se possa comer algo menos do que é costume, pela manhã e à noite. Não se deve comer nada entre os alimentos principais, salvo caso de enfermidade. — Quem é obrigado a jejuar? São obrigados a viver na lei do jejum, todos os maiores de idade, até que tenham cumprido cinquenta e nove anos de idade. (cfr. CIC, c. 1252). — O que é a abstinência? Chama-se abstinência, privar-se de comer carne (vermelha ou branca e seus derivados). — Quem é obrigado à abstinência? A lei da abstinência obriga a quem tenha mais de catorze anos (cfr. CIC, c. 1252). —Pode trocar-se a prática de jejum e abstinência? "A Conferência Episcopal de cada País pode determinar com mais detalhe o modo de observar o jejum e a abstinência, assim como substitui-los em todo ou em parte por outras formas de penitência, sobretudo por obras de caridade e práticas de piedade." (Código de Direito Canónico, cánon 1253). — O que é importante do jejum e da abstinência? Deve cuidar-se e não viver o jejum ou a abstinência como o mínimo, mas sim como uma maneira concreta com que a nossa Santa Madre Igreja nos ajuda a crescer no verdadeiro espírito de penitência. — Que aspectos pastorais convém recolher na Quaresma? O tempo de Quaresma é um tempo litúrgico forte, no qual toda a Igreja se prepara para a celebração das festas pascais. A Páscoa do Senhor, o Baptismo e o convite à reconciliação, mediante o Sacramento da Penitência, são as suas grandes coordenadas. Sugere-se utilizar como meios de acção pastoral: 1) A catequese do Mistério Pascal e dos sacramentos. 2) A exposição e celebração abundante da Palavra de Deus, como o aconselha vivamente o cánon. 767, & 3, 3). 3) A participação, de ser possível diária, na liturgia quaresmal, nas celebrações penitenciais e, sobretudo, na recepção do sacramento da penitência: "são momentos fortes na prática penitencial da Igreja" (CEC, n. 1438), fazendo notar que "junto às consequências sociais do pecado, detesta o mesmo pecado em quanto é ofensa a Deus"; e, 4) O fomento dos exercícios espirituais, as peregrinações, como sinal de penitência, as privações voluntárias como o jejum e a esmola e as obras caritativas e de missão.
Fuente: http://mx.geocities.com/corosanmarcos/especialcuaresma/tiempocuaresmal.htm http:www.peque-semillitas.blogspot.com António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...