sexta-feira, 29 de maio de 2009

UM ANO COM SÃO PAULO (34)

Do Livro "UM ANO COM SÃO PAULO" - autoria do P. Januário Santos, respeitando a ordem diária com que os textos são distribuídos
Dia 29 de Junho

A COMUNIDADE DIVIDIDA (1ª Cor. 11, 17-22)

Paulo sabe que a comunidade do Corínto é uma comunidade onde imperam as divisões. este foi o motivo desta primeira carta. Agora insurge-se sobre a maneira como celebram a Ceia do Senhor, que era precedida , em casas particulares, por uma refeição, onde muitos comiam e bebiam ao ponto de se embriagarem sem esperar pelos mais pobres ou atrasados para quem restavam apenas algumas sobras.

17 Fazendo-vos estas advertências não vos posso louvar a respeito das vossas assembleias que causam mais prejuizo que proveito.
18 Em primeiro lugar, ouço dizer que, quando se reúne a vossa assembleia, há desarmonias entre vós. (E em parte eu acredito.
19 É necessário que entre vós haja partidos para que possam manifestar-se os que são realmente virtuosos.)
20 Deste modo, quando vos reunis já não é para comer a Ceia do Senhor,
21 porquanto, mal vos pondes à mesa cada um se apressa a tomar a sua própria refeição; e enquanto uns têm fome, outros fartam-se.
22 Porventura não tendes casa onde comer e beber? Ou menosprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Devo louvar-vos? Não! Nisto não vos louvo.
Frase para recordar: Quando vos reunis já não é para comer a Ceia do Senhor.

Dia 30 de Junho

A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA (1ª Cor. 11, 23-34)

Este é um dos relatos escritos mais antigos sobre a celebração da Eucaristia. Os que recebem indignamente o corpo do Senhor não invalidam a celebração comunitária mas tornam-se réus de uma grave profanação.

23 Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão,
24 e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim."
25 Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: "Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim."
26 Assim todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.
27 Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor.
28 Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
29 Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, como e bebe a sua própria condenação.
30 Esta é a razão por que há entre vós muitos adoentados e fracos, e muitos mortos.
31 Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.
32 Mas, sendo julgados pelo Senhor, ele nos castiga para não sermos condenados com o mundo.
33 Portanto, irmãos meus, quando vos reunis para a Ceia, esperai uns pelos outros.
34 Se alguém tem fome, coma em casa. Assim as vossas reuniões não vos atrairão a condenaçâo. As demais coisas eu determinarei quando for ter convosco.
Frase para recordar: Recebi do Senhor o que vos transmiti.

Dia 1 de Julho

DIVERSIDADE DE CARISMAS (1ª Cor. 12, 1-11)

Todos os carismas na sua origem e variedade têm em vista o bem da comunidade. Não são dons naturais, nem fruto do esforço humano, nem privilégios. São dons de Deus confiados para o bem comum. São Paulo enumera nove.

1 A respeito dos dons espirituais, irmãos, não quero que vivais na ignorância.
2 Sabeis que, quando éreis pagãos, vos deixáveis levar conforme as vossas tendências, aos ídolos mudos.
3 Por isso, eu vos declaro: ninguém falando sob a acção divina, pode dizer "Jesus seja maldito", e ninguém pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão sob a acção do Espírito Santo.
4 Há diversidade de dons, mas um só Espírito.
5 Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor.
6 Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.
8 A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria, a outro uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito;
9 a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito;
10 a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas: a outro, por fim, a interpretação das línguas.
11 Mas um e mesmo Espírito distrtibui todos estes dons repartindo a cada um como lhe apraz.
Frase para recordar: Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor", senão sob a acção do Espírito Santo.

Dia 2 de Julho

CRISTO, CORPO MÍSTICO (1ª Cor. 12, 12-25)

12 Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.
13 Num só Espírito fomos baptizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres, e todos fomos impregnados do mesmo Espírito.
14 Assim o corpo não consiste num só membro, mas em muitos.
15 Se o pé dissesse: "Eu não sou a mão; por isso, não sou do corpo" acaso deixaria ele de ser do corpo?
16 e se a orelha dissesse: "Eu não sou o olho; por isso, não sou do corpo" acaso deixaria ela de ser do corpo?
17 Se o corpo todo fosse olho onde estaria o ouvido? Se fosse todo ouvido, onde estaria o olfacto?
18 Mas Deus dispõs no corpo cada um dos membros como lhe aprouve.
19 Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
20 Há, pois, muitos menbros, mas um, só corpo.
21 O olho não pode dizer à mão "Eu não preciso de ti", nem a cabeça aos pés: "Não necessito de vós."
22 Antes, pelo contrário, os membros do corpo que parecem os mais fracos, são os mais necessários.
23 E os membros do corpo que temos por menos honrosos, a esses cobrimos com mais decoro. Os que em nós são menos decentes, recatamo-los com maior empenho,
24 ao passo que os membros decentes não reclamam tal cuidado. Deus dispôs o corpo de tal modo que deu maior honra aos membros que não a têm,
25 para que não haja dissenssôes no corpo e que os membros tenham o mesmo cuidado uns para com os outros.
Frase para recordar: Num só Espírito fomos baptizados...

Dia 3 de Julho

SOLIDÁRIOS UNS COM OS OUTROS (1ª Cor. 12, 26-30)

Quando um membro sofre, todos os membros sofrem com ele. Qualquer que seja a tua posição no Corpo de Cristo, se algum membro desse Corpo sofre (seja ele apóstolo, profeta, doutor...) tu deves sofrer com ele.

26 Se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam por ele,
27 Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros.
28 Na Igreja, Deus constituiu primeiramente os apóstolos, em segundo lugar os profetas, em terceiro lugar os doutores, depois os que têm o dom dos milagres, o dom de curar, de socorrer, de governar, de falar diversas línguas.
29 São todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores?
30 Fazem todos milagres? Têm todos a graça de curar? Falam todos em diversas línguas? Interpretam-nas todos ?
Frase para recordar: Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele.
Recolha e transcrição de
António Fonseca

UM ANO COM SÃO PAULO (33)

Dia 23 de Junho
TUDO PARA TODOS (1º Cor. 9, 19-27)
Paulo, plenamente livre, faz-se tudo para todos com uma única finalidade: chamar o maior número possível para o Evangelho. Ele é corredor de Cristo que, no fim, quer ganhar uma incorruptível coroa de glória.
19 Embora livre da sujeição a qualquer pessoa, fiz-me servo de todos para ganhar o maior número possível.
20 Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, fiz-me como se eu estivesse abaixo da lei, embora o não esteja, a fim, de ganhar aqueles que estão debaixo da lei.
21 Para os que não têm lei, fiz-me como se eu não tivesse lei, ainda que eu não esteja isento da lei de Deus - porqunato estou sob a lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm lei.
22 Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.
23 E tudo isto faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.
24 Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prémio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais.
25 Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e fazem-no para alcançar uma coroa corruptível. Nós fazemo-lo por uma coroa incorruptível.
26 Assim, eu corro , mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar.
27 Ao contrário, castigo o meu corpo e mantenho-o em servidão, com medo de vir eu mesmo a ser excluido depois de ter pregado aos outros.

Frase para recordar: Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.

Dia 24 de Junho

EXEMPLO DOS CASTIGOS DE ISRAEL (1ª Cor. 10, 1-13)

1 Não quero que ignoreis, irmãos, que nos nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar:

2 todos foram baptizados em Moisés, na nuvem e no mar;

3 todos comeram do mesmo alimento espiritual;

4 todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebian da pedra espiritual que os seguia e essa pedra era Cristo).

5 Não obstante, a maioria deles desgostou a Deus, e caíram mortos no deserto.

6 Estas coisas aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos coisas más, como eles as cobiçaram.

7 Nem vos torneis idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo sentou-se para comer e para beber, e depois levantou-se para se divertir (Ex 32,6)

8 Nem nos entreguemos à impureza como alguns deles se entregaram, e morreram num só dia vinte e três mil.

9 Nem tentemos o Senhor, como alguns deles o tentaram, e pereceram mordidos pelas serpentes.

10 Nem murmureis, comom murmuraram alguns deles, e forma mortos pelo exterminador.

11 Todas estas desgraças lhes aconteceram para nosso exemplo; foram escritas para nossa advertência, para nós que vivemos o final dos tempos.

12 Portanto, quem pensa estar de pé veja que não caia.

13 Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e de sairdes dela.

Frase para recordar: Deus é fiel: não permitir que sejais tentados além das vossas forças.

Dia 25 de Junho

EVITAR O ESCÂNDALO (1ª Cor. 10, 14-22)

Novamente se fala da participação nos banquetes cultuais pagãos. Alguns poderiam objectar: se os ídolos nada são, que mal há nisso? Paulo responde dizendo que os ídolos são demónios. Por isso, ele quer que os cristãos não tenham comunhão com os demónios.

Os versícuilos 16-17 são um inciso sobre a Eucaristia. É a comunhão de Cristo com os irmãos. Por ela, nós obtemos um parentesco especial com o Senhor.

14 Portanto, caríssimos meus, fugi da idolatria.

15 Falo como a pessoas sensatas: julgai vós mesmos o que digo.

16 O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo ? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?

17 Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão.

18 Considerai Israel segundo a carne; não entram em comunhão com o altar somos que comem as vítimas?

19 Que querem afirmar com isto? Que a carne sacrificada aos ídolos ou ao próprio ídolo são alguma coisa?

20 Não! As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demónios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demónios.

21 Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demónios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor, e da mesa dos demónios.

22 Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?

Frase para recordar: Eu não quero que tenhais comunhão com os demónios.

Dia 26 de Junho

CARIDADE SEMPRE (1ª Cor. 10, 23-33)

A caridade (evitar o escândalo dos mais fracos) deve ser sempre uma norma de actuação para o cristão. O exemplo é dado pelo mesmo Paulo: fazei como eu... Não busco os meus interesses, mas os interesses dos outros, para que todos sejam salvos.

23 Tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.

24 Ninguém busque o seu interesse, mas o do próximo.

25 Comei de tudo o que se vende no talho, sem indagar de coisa alguma por motivo de consciência.

26 Do Senhor é a terra e tudo o que ela encerra.

27 Se algum infiel vos convidar e quiserdes ir, comei de tudo o que se vos puser diante, sem indagar de coisa alguma por motivo de consciência.

28 Mas se alguém disser: "Isto foi sacrificado aos ídolos, não o comais, em atençao àquele que o advertiu e por motivo de consciência.

29 Dizendo consciência, refiro-me não à tua, mas à do outro. Com efeito, por que razão seria regulada a minha liberdade pela consciência alheia?

30 Se eu como com acção de graças, porque sereui censurado por causa do alimento pelo qual rendo graças?

31 Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.

32 Não vos torneis causa de escândalo, nem para os judeus, nem para os gentios, nem para a Igreja de Deus.

33 Fazei como eu: em todas as circunstâncias procuro agradar a todos. Não busco os meus próprios interesses, mas os interesses dos outros, para que todos sejam salvos.

Frase para recordar: Quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.

Dia 27 de Junho

TRAJE DAS MULHERES NA IGREJA (1ª Cor. 11, 1-6)

Respondendo talvez a uma pergunta dos coríntios, Paulo trata um tema menor que hoje nos parece ridículo; o uso do véu pelas mulheres. Querendo manter e justificar um costume, limitado no tempo e no espaço, ele forja alguns argumentos. Há que veja nesta passagem uma alusão às mulheres casadas para as quais descobrir-se em público seria uma falta de respeito (Gen. 24,65; Dm, 13,32)

1 Tornai-vos meus imitadores, como eu o sou de Cristo.

2 Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim e guardais as minhas instruções tais como eu vo-las transmiti.

3 Mas quero que saibais que o Senhor de todo o homem é Cristo, o senhor da mulher é o homem, o senhor de Cristo é Deus.

4 Todo o homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta falta ao respeito ao seu Senhor.

5 E toda a mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada.

6 Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu.

Dia 28 de Junho

TRAJE DAS MULHERES NA IGREJA (2) (1ª Cor. 11, 7-16)

7 Quanto ao homem , não deve cobrir a cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem.

8 Com efeito, o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem,

9 nem foi o homem criado para a mulher, mas sim a mulher para o homem.

10 Por isso a mulher deve trtazer o sinal de submissão sobre a cabeça, por causa dos anjos.

11 Com tudo isto, aos olhos do senhor, nem o homem existe sem a mulher, nem a mulher sem o homem.

12 Pois a mulher foi tirada do homem, porém o homem nasce da mulher, e ambos vêm de Deus.

13 Julgai vós mesmos: é decente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com o véu?

14 A própria natureza nâo vos ensina que é uma desonra para o homem usar cabelo comprido?

15 Ao passo que é glória para a mulher uma longa cabeleira, porque lhe foi dada como véu.

16 Se, no entanto, alguém quiser contestar, nós nao temos tal costume e nem as igrejas de Deus.

Frase para recordar: Tornai-vos meus imitadores, como eu o sou de Cristo.

António Fonseca

quinta-feira, 28 de maio de 2009

MÁXIMO DE ALEXANDRIA, (Santo Igr. Copta) e outros-29-MAIO

Máximo de Alexandria,

Foi o patriarca de Alexandria, entre os anos de 265 e 282. Foi durante seu episcopado que Paulo de Samósata foi exilado do Egipto.É venerado como santo pela Igreja Copta, sendo sua festa celebrada no dia 23 de abril.

Nota de AF.: No calendário consta um S. Máximo. Nas buscas que efectuei, não encontrei outro, senão este que acima indico, julgo pois que será este.

http://wikipedia.listadesantos/com

Voto e Félix, Santos
Eremitas, Maio 29
Voto y Félix, Santos
Voto y Félix, Santos

Eremitas

Todo Aragón, com Zaragoza, está dominado pelos sarracenos que faz mais de meio século chegaram a Espanha. Os cristãos sobrevivem como podem sua fé numa situação nova que ainda não está de todo clarificada. Agora resulta que os cristãos de sempre, os discípulos de Jesus Cristo de toda a vida, tem que pagar tributos especiais aos mouros se quisessem seguir fazendo as práticas cristãs. Assim, desgostados e humilhados como muitos outros, vivem os irmãos Voto e Félix que são gente pertencente à nobreza, piedosos e bons com os pobres.
Voto é amante da caça. Feriu um cervo no monte, e percorre o terreno revolvendo arbustos e olhando a ferida para curá-lo. Alertado pelos ladridos, vê os cães acossando o animal que vai fugindo; esporeia o seu cavalo e se une à perseguição. O cervo se despenha por um precipício e, quando Voto se dá conta, o cavalo vai em desfilada. Se encomenda a S. João Baptista em seu apuro e o cavalo se imobiliza, sem saber como, mesmo à borda da ribanceira. (Ainda hoje os vizinhos devotos do lugar se atrevem a mostrar na penha as pegadas que deixaram ali os ferros do animal).
Entre assustado e agradecido, inspecciona Voto o lugar, encontrando entre as matas e arbustos uma ermida dedicada a S. João Baptista que em seu interior tem um homem morto e uma escritura onde se lê: «Eu, João, eremita neste sítio, havendo desprezado o mundo, fundei como pude esta ermida em honra de S. João Baptista, e aqui descanso em paz. Amén.». Em uma situação como a sua está aturdido e não sabe que fazer ¡são tantas as cosas sucedidas em tão pouco tempo!... decide dar sepultura ao morto e, terminada a obra de piedade, regressa a sua casa com a alma encolhida e ansiando pôr ao corrente dos acontecimentos a seu irmão Félix.
Da conversa deduzem que o morto bem pudera ser João, o de Atarés, de quem ninguém dava conta há alguns anos, depois que desapareceu; se acertaram em sua conjectura, tudo se explica pelo retiro a uma vida solitária e santa. Agora tudo se lhes junta na cabeça: a presença dos mouros e as dificuldades para ser homens íntegros de fé; lamentam o tempo desperdiçado em caças e ninharias, conversam sobre o sentido da vida; não se lhes vai da cabeça a milagrosa paragem do cavalo a ponto de despenhar-se e a descoberta do solitário, morto e já enterrado, da ermida... «¿Não estará em tudo isto falando-nos Deus?».
Decidem repartir seus bens entre os pobres e se marcham para o monte Panno; constroem duas ermidas junto à que já havia e começam um retiro em paz. Ali contemplam com piedade a Paixão de Cristo, meditam animosamente as verdades eternas; é parco seu alimento de raízes, ervas e frutos que dá o campo, em alguma armadilha caiem animais e, de tarde em tarde, sobram alguns ovos de ninhadas selvagens; um e outro se sentem movidos, além disso, a juntar mortificação pelos pecados próprios e alheios. Não lhes faltam momentos de tentações, se sentem às vezes com vontade de voltar à civilização; um alenta o outro quando manifesta debilidade ou cansaço e juntos se apoiam com a oração.
Descoberta sua presença por outros que vão ocupando o monte fugindo da escravidão que supõe conviver com os discípulos do Profeta, vão-se agregando gentes que constroem outras cabanas onde viver na proximidade e abrigo dos eremitas. Recordando as gestas de D. Pelayo nas Astúrias se aprestam a organizar uma possível defesa em caso de necessidade; elegem como capitão a D. García Jiménez que é militar e tem experiência na luta contra os maometanos; em todo este novo modo de viver, Voto e Félix ajudam com a sua aprovação sem abandonar o principal: continuar orando. Voto morre primeiro, em dia 29 de Maio, algo depois se despediu Félix deste mundo e sua festa se celebra no mesmo dia pela união mantida no sítio, tempo e modo de santidade.
Guillermo Arnaud e companheiros mártires, Beatos
Mártires, Maio 29
Guillermo Arnaud y compañeros mártires, Beatos
Guillermo Arnaud y compañeros mártires, Beatos

Mártires

Guillermo foi um dos primeiros frades que foram encarregados do ofício de inquisidor na diocese de Tolosa (França) “em favor da fé cristã e da obediência à Igreja romana”. Foi preso dolosamente pelos hereges em Avinhão junto com outros frades de nossa Ordem: o presbítero Bernardo de Rochefort e o irmão García de Aure, junto com outros oito companheiros de ambos os cleros.
Estes ilustres protomártires dominicanos, como testemunhas excelsas de sua fé, se entregaram ao martírio “gozosos como homens apostólicos” e cantando o Te Deum, (Vidas dos frades, Parte V c. I, 1) a noite da Ascensão do Senhor, em 29 de Maio de 1242. Suas reliquias se perderam no século XVI. A lista de mártires está integrada por: - Guillermo Arnaud (Dominicano); - Bernardo di Roquefort (Dominicano); - Garcia d’Aure (Dominicano converso, nativo da diocese de Comminges);
- Stefano di Saint-Thibery (inicialmente abade, logo frade menor); - Raimondo Carbonius (frade menor); - Raimondo di Cortisan (conhecido como "o Escritor", dito “lo Scrittore”, canónico de Tolosa e arquidiácono de Lézat); - Bernardo (membro do clero da catedral de Tolosa); - Pietro d’Arnaud (notário da inquisição); - Fortanerio (clérigo); - Ademaro (clérigo); - El Prior de Avignonet (Monge professo em Cluse, cujo nome lastimosamente não se conhece).
Pío IX confirmou seu culto em 6 de Setembro de 1866.
Sisínio, Martório e Alexandre, Santos
Mártires, Maio 29
Sisinio, Martorio y Alejandro, Santos
Sisinio, Martorio y Alejandro, Santos

Mártires

Mártires mortos em Medol (Tirol) em 29 de Maio de 397. Ainda que o cristianismo estava a ponto de converter-se em religião de Estado, os cristãos todavia eram perseguidos em uns lugares do Império. Alguns funcionários fechavam os olhos, e incluso chegavam a ser cúmplices. Assim morreram Sisínio, Martório e Alejandro, missionários que Vigilio, bispo de Trento, havia enviado a divulgar o Evangelho nessa diocese.
Sisínio era um diácono originário de Capadócia, Martório e seu irmão Alejandro não haviam recebido mais que ordens menores: de leitor e de porteiro.
Ao chegar, os notáveis do lugar os submeteram a mil vexações, sob o olhar indiferente das autoridades. O nojo destes pagãos se aumentou quando os viram construir uma igreja e realizar conversões. E se desencadeou no dia em que Sisínio foi retirar com suas mãos um neófito que queriam sacrificar aos deuses. Se lançaram sobre a igreja para saqueá-la e partiram o crânio a Sisínio com o corno que servia para chamar à oração. Ataram Martório a uma árvore do jardim e atravessaram o peito e o ventre com paus pontiagudos. A seu companheiro Alejandro, o passearam pelo povo com um cinzeiro colado no pescoço e depois o tiraram vivo a uma fogueira em que já ardiam os corpos de seus companheiros.
Úrsula Ledóchowska, Santa
Fundadora, Maio 29
Úsula Ledóchowska, Santa
Úsula Ledóchowska, Santa

Fundadora da Congregação de Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante

Nasceu em 17 de abril de 1865 em Loosdorf (Áustria), segunda de nove filhos. Sua mãe, de nacionalidade suiça, descendia de uma família nobre; seu pai procedia da antiga e nobre família polaca Ledóchowski, em que destacaram homens de Estado, militares, eclesiásticos e pessoas consagradas. Cresceu num clima familiar cheio de amor e exigente. María Teresa, sua irmã mais velha, fundadora das Missionárias de S. Pedro Claver (Irmãs Claverianas), conhecida como "mãe de África", foi beatificada pelo Papa Paulo VI no ano 1975; seu irmão Vladimiro, um ano menor que ela, foi superior geral da Companhia de Jesus de 1915 a 1942. Outro de seus irmãos, Ignácio, general do exército polaco, morreu assassinado pelos nazis no campo de concentração de Dora-Nordhausen, no ano 1945.
Em 1883 a famíia se mudou de Áustria para a Polónia. Três anos depois, Júlia entrou no convento das Ursulinas de Cracóvia. Durante a profissão religiosa, emitida em 1889, tomou o nome de María Úrsula de Jesús. Destacou por seu amor ao Senhor, seu talento educativo e sua sensibilidade ante as necessidades dos jóvens nas difíceis circunstâncias sociais, políticas e morais de seu tempo. Em 1904 foi eleita superiora do convento de Cracóvia. Nesse tempo emprendeu valentes iniciativas apostólicas. Abriu um internato para jóvens universitárias -o primeiro na Polónia-, onde as raparigas não só puderam encontrar um lugar seguro, mas também uma sólida formação religiosa: lhes organizava a Congregação mariana e cursos para aprofundar a visão cristã da vida, dirigidos por eminentes teólogos.
Convencida da necessidade de mudar as Constituções segundo as novas necessidades pastorais, dirigiu-se a Roma em 1907. Numa audiÊncia, propôs ao Papa Pío X realizar seu trabalho apostólico no coração da Rússia hostil à Igreja. Com a bênção do Vigário de Cristo, nesse mesmo ano, ao concluir seu cargo de superiora do convento de Cracóvia, acompanhada de outra religiosa, ambas vestidas de civil, pois a vida religiosa estava proíbida nesse país, partiu para S. Petersburgo. As religiosas viviam na clandestinidade e, ainda que fossem vigiadas continuamente pela policía secreta, realizavam um intenso trabalho educativo e de formação religiosa, também con vistas a promover boas relações entre polacos e russos.
Em 1908, a Santa Sé, por causa das grandes dificuldades de comunicação, aprovou a erecção canónica da casa de S. Petersburgo como casa autónoma, com noviciado. A madre Úrsula foi nomeada superiora. No ano seguinte, a actividade do convento se estendeu a Finlândia, onde construiu uma escola com internato para raparigas. Quando estalou a primeira guerra mundial, em 1914, a madre Úrsula, ao ser cidadã austríaca, teve que sair de Rússia e emigrou para a Escandinávia: primeiro a Suécia e depois a Dinamarca, de onde podia manter mais facilmente contactos com suas religiosas de S. Petersburgo. Para evitar-lhes as consequências da revolução bolchevique, mudou a comunidade para Estocolmo, onde fundou um instituto de línguas para raparigas. Em 1917 se mudou, com toda a comunidade, para Aalborg, na Dinamarca, onde abriu uma casa para meninos órfãos dos imigrantes polacos.
Durante o tempo de sua estadia na Escandinávia, além de seu apostolado educativo, trabalhou intensamente na promoção do compromisso ecuménico. Assim mesmo, colaborou com o Comité de ajuda às vítimas da guerra na Polónia, fundado por Henryk Sienkiewicz, famoso escritor polaco premiado com o prémio Nobel por seu livro "Quo vadis". La casa de sus religiosas se convirtió en un apoyo para la gente de diversas orientaciones políticas y religiosas. Su amor ardiente a la patria iba unido a la apertura a los otros. Cuando le preguntaban cuál era su orientación política, respondía sin vacilar: "Mi política es el amor". En ese tiempo, la Santa Sede le concedió el permiso para transformar su convento autónomo de Ursulinas en la congregación de Hermanas Ursulinas del Sagrado Corazón de Jesús Agonizante.
La espiritualidad de la congregación se centra en la contemplación del amor salvífico de Cristo y en la participación en su misión por medio de la labor educativa y el servicio al prójimo, especialmente a los que sufren, a los que viven en soledad, a los marginados y a los que buscan el sentido de su vida. Úrsula educaba a sus religiosas para amar a Dios sobre todas las cosas y en Dios a toda persona humana y a toda la creación. Recomendaba, como testimonio creíble de una relación personal con Cristo, la sonrisa, la serenidad de espíritu, la humildad y la capacidad de vivir la vida ordinaria como camino privilegiado para la santidad. Ella misma era un ejemplo notable de ese tipo de vida. La congregación se desarrolló rápidamente. Nacieron comunidades de religiosas Ursulinas en Polonia y en otras regiones. En 1928 abrió en Roma la casa general y una pensión para muchachas pobres. Las Ursulinas comenzaron también a trabajar entre los pobres de los suburbios de la ciudad eterna. En 1930 se establecieron en Francia. La madre Úrsula fundó numerosos centros de educación y de enseñanza; enviaba a las religiosas a dar catequesis y a trabajar en zonas pobres; organizaba ediciones de libros para niños y jóvenes; ella misma escribió libros y artículos. Trató de iniciar y apoyar organizaciones eclesiales para niños (Movimiento Eucarístico), para la juventud y para las mujeres. Participaba activamente en la vida de la Iglesia y del país. Recibió condecoraciones estatales y eclesiásticas. Ejerció gran influjo sobre la vida de la madre Úrsula su tío Mieczyslaw, arzobispo de Gniezno-Poznan, primado de Polonia y después prefecto de la Sagrada Congregación para la propagación de la fe. Murió en Roma el 29 de mayo de 1939. Fue beatificada por el Papa Juan Pablo II el 20 de junio de 1983 en Poznan y canonizada por el mismo Papa el 18 de mayo de 2003 en la Basílica Vaticana. Reproducido con autorización de Vatican.va
José Gérard, Beato
Missionário Oblato, Maio 29
José Gérard, Beato
José Gérard, Beato
José Gérard nasceu em 12 de Março de 1831 dentro duma família de lavradores na província de Lorraine em França. Parte de sua meninice la pasó siendo pastor de ovejas.
José Gérard escribe sobre una tal Hermana Odile que lo preparó para su Primera Comunión, un evento que tuvo un gran impacto en su vida. Entre otras personas que tuvieron un gran impacto en su vida están Monsieur Richard y el Abbé Cayens. Monsieur Richard ofreció pagar la educación del joven y lo guió en una enseñanza sobre el arte de orar. El Abbé Cayens fue misionero en Argelia y vio una posible vocación sacerdotal en el joven José Gérard. Por lo tanto lo ayudó a aprender Latín y luego lo guió al seminario menor en Pont-à-Mousson. También estudió algún tiempo en el seminario mayor de Nancy. Llegó a conocer a los Oblatos a través de algunos misioneros Oblatos que visitaron el seminario. Entró al noviciado y el 10 de Mayo de 1852 tomo sus votos perpetuos. El 3 de Abril de 1853 fue ordenado Diacono por el Obispo Eugenio de Mazenod. El Obispo luego le pidió que ejerciera su misión en el reino de Natal en el Sur de África. En mayo de 1853 José Gérard tomó un barco con otros dos Oblatos al pequeño reino. En 1854 El Obispo Allard lo ordenó sacerdote y comenzó su trabajo con un grupo de Irlandeses en Pietermaritzburg. Su misión era de ser con los Zulúes de Natal y por lo tanto tenia que aprender el idioma Zulú junto con el Inglés que usaba con los Irlandeses. Para aprender el idioma decidió pedir permiso para crear una misión en un pueblo Zulú. José Gérard trató varias veces a evangelizar a los Zulúes pero no tuvo éxito. José Gérard decidió tomar su misión al oeste de Natal a un pueblo llamado Roma en otro reino llamado Lesotho. Allí conversó con el jefe de una tribu familia de los Zulúes de Natal. El jefe le dio permiso a construir una Iglesia y ejercer su misión. Tuvo que aprender un idioma nuevo y una cultura nueva, pero siguió adelante. Después de dos años tuvo su primer catecúmeno. El jefe de la tribu también se convirtió después de algunos años. Después de 22 años en Roma decidió llevar su misión al norte de Lesotho y comenzó la Misión de Santa Mónica donde trabajo con los Basothos. Luego regresó a Roma donde viviría el resto de su vida. En 1914 se encontró con una enfermedad que lo dejó en cama. El 22 de Mayo celebró su última Misa. El 29 de Mayo Padre José Gérard dio su ultimo sí a Dios con la palabra Amén. Aunque sufrió muchos desafíos en su misión en África, el Padre Gérard nunca se dio por vencido. Siempre fue fiel a su voto de perseverancia. Dado a esto muchos de los nativos de aquellos países en el sur de África se convirtieron a la fe Católica. El Padre José Gérard fue beatificado por el Papa Juan Pablo II el 15 de Septiembre en Maseru, Lesotho donde le dieron el titulo de Apóstol de Lesotho.
Sor Elías de San Clemente (Teodora Fracasso), Beata
Monja Carmelita, Mayo 29
Sor Elías de San Clemente (Teodora Fracasso), Beata
Sor Elías de San Clemente (Teodora Fracasso), Beata
Sor Elías de San Clemente nació en Bari (Italia) el 17 de enero de 1901. A los cuatro días fue bautizada, con el nombre de Teodora, en la iglesia de Santiago por su tío don Carlo Fracasso, capellán del cementerio. Recibió la confirmación en 1903. En 1929, su padre, Giuseppe Fracasso, maestro pintor y decorador edil, con grandes sacrificios abrió un negocio para la venta de pinturas. Su madre, Pasqua Cianci, se ocupaba de las labores domésticas. Considerados ambos como óptimos cristianos practicantes, tuvieron nueve hijos, cuatro de los cuales murieron en tierna edad. Representaron un punto seguro de referencia en su crecimiento humano y espiritual para los cinco hijos que quedaron en vida: Prudenzia, Ana, Teodora, Domenica y Nicola. En 1905 la familia se trasladó a la calle Piccinni, a una casa que tenía un pequeño jardín; allí Teodora, a la edad de cuatro o cinco años, afirmó haber visto en sueños a una bella "Señora" que se paseaba entre las hileras de lirios florecidos y después desapareció repentinamente con un haz de luz, a la cual le prometió hacerse monja cuando fuese mayor. El 8 de mayo de 1911 recibió la primera Comunión; la noche precedente vio en sueños a santa Teresa del Niño Jesús, que le predijo: "Serás monja como yo". Entró en la asociación dominica "Beata Imelda Lambertini", cultivando una profunda piedad eucarística; pasó enseguida a la "Milicia Angélica" de santo Tomás de Aquino. Reunía periódicamente a las amigas en su casa para meditar y orar juntas. La vocación religiosa de Teodora comenzó a definirse con la ayuda del padre Pedro Fiorillo, o.p., su director espiritual, que la introdujo en la Tercera Orden Dominica, en la cual, admitida como novicia el 20 de abril de 1914 con el nombre de Inés, hizo la profesión el 14 de mayo de 1915, con dispensa especial por tener sólo catorce años. A finales de 1917, Teodora decidió dirigirse al padre jesuita Sergio Di Gioia para pedir consejo, el cual, convertido en su nuevo confesor, después de un año, decidió encaminarla, junto con su amiga Clara Bellomo, futura sor Diomira del Amor Divino, al Carmelo de San José, al que acudieron ambas por vez primera en diciembre de 1918. Durante el año 1919, bajo la guía sabia y prudente del padre Di Gioia, se preparó espiritualmente para su ingreso en el monasterio. Entró en la Orden de los Carmelitas Descalzos el 8 de abril de 1920 y vistió el hábito el 24 de noviembre del mismo año, tomando el nombre de sor Elías de San Clemente. Emitió los primeros votos el 4 de diciembre de 1921: "Sola a los pies de mi Señor crucificado —escribió—, lo miré largamente, y en aquella mirada vi que él era toda mi vida". Además de santa Teresa de Jesús, tomó como guía a santa Teresa del Niño Jesús. Hizo la profesión solemne el 11 de febrero de 1925. Su camino, desde el inicio, no fue fácil. Ya en los primeros meses del noviciado había tenido que afrontar con gran espíritu de fe no pocas dificultades. Siempre observante de las Reglas y de los actos comunitarios, sor Elías pasaba gran parte de la jornada en su celda, dedicada a los trabajos de costura que se le encomendaban; la madre priora la nombró sacristana en 1927. En las pruebas la orientó el padre Elías de San Ambrosio, procurador general de la Orden de los Carmelitas Descalzos, que la había conocido en 1922, con ocasión de una visita al Carmelo de San José, y con el cual la joven religiosa mantuvo una edificante correspondencia epistolar, con gran provecho. Afectada en enero de 1927 de una fuerte gripe que la debilitó mucho, sor Elías comenzó a acusar frecuentes dolores de cabeza, de los que no se lamentaba, y que soportaba sin tomar ninguna medicina. Pocos días antes de Navidad, el 21 de diciembre, sor Elías comenzó a tener una fuerte fiebre y otras molestias, a las que no se dio la debida importancia. Sin embargo, la situación se hizo cada vez más preocupante. El 24 de diciembre la visitó un médico que, aunque diagnosticó una posible meningitis o encefalitis, no consideró la situación clínica particularmente grave, por lo que hasta la mañana siguiente no fueron convocados a la cabecera de la enferma dos médicos, los cuales desgraciadamente constataron que sus condiciones eran irreversibles. Murió a mediodía del 25 de diciembre de 1927. Hizo su entrada en el cielo en un día de fiesta, como lo había predicho: "Moriré en un día de fiesta". El arzobispo de Bari, mons. Augusto Curi, celebró el funeral al día siguiente en presencia de los familiares de la sierva de Dios y con la participación de mucha gente. La joven carmelita dejó en todos un profundo recuerdo, y también una gran enseñanza: es necesario caminar con gozo hacia el Paraíso porque es el destino de todo creyente. Fue beatificada por S.S. Benedicto XVI el 18 de marzo de 2006. Reproducido con autorización de Vatican.va
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Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...