quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

FILHAS DA CARIDADE

Em virtude de As Filhas da Caridade fazerem parte da Sociedade de S. Vicente de Paulo, achei interessante publicar esta notícia que foi editada no semanário da Diocese do Porto "VOZ PORTUCALENSE" nº 7 - Ano XL - 18 de Fevereiro de 2009 (hoje mesmo) - e pelo que me permiti, com a devida vénia, transcrever para esta página. Anote-se ainda que as saliências dadas a este texto aqui inserido, são da minha exclusiva responsabilidade.
FILHAS DA CARIDADE
SÉCULO E MEIO EM PORTUGAL
As Filhas da Caridade surgiram na primeira metade do séc. XVII, em Paris, por S. Vicente de Paulo e Stª Luisa de Marillac. Chegaram a Portugal em 1857 (Irmãs Francesas), foi erecta a 1ª Província a 4/02/1958 e assinalaram agora o encerramento dos 150 anos de presença efectiva entre nós.
Para presidir a estas comemorações, veio de Roma, o Superior Geral da Congregação da Missão, o norte-americano Pde George Gregory Gay, que visita Portugal pela terceira vez desde que assume essas funções (há 5 anos).
As Filhas da Caridade têm Casa Provincial em Lisboa, que sofreu ao longo dos tempos algumas alterações geográficas, mediante os espaços que foram ocupando (Convento de S. Domingos de Benfica, antigo Carmelo de Carnide, até ao actual edifício no Campo Grande, inaugurado a 8/09/1949 - festa da Natividade de N. Senhora). Na Casa Provincial funcionam: Cúria, lar de Irmãs idosas, lar para Irmãs em Formação, seminário (Noviciado), externato, jardim de infância, acolhimento a grupos de reflexão, creche (anexo), disponibilização de espaço para "Narcóticos Anónimos", grupos eclesiais e outros, ATL, apoio a imigrantes, apoio domiciliário, centro de dia, lar de terceira idade, Escola Superioir de Enfermagem e dispensário.
As Filhas da Caridade - segundo nos informou o Pde George - são cerca de 19 000 em todo o mundo, ao contrário duma informação que vincula online, publicada entre 1997 e 2005, que eleva para mais de 27 000 religiosas.
É possível que há uma década atrás se confirmasse este número, mas a realidade indica que tem havido um decréscimo acentuado nas vocações, ao longo dos últimos anos, e não só a nível presbiterial. A este nível, Portugal não é dos piores países. Adiantou que a Europa Oeste "tem muito menos vocações" e, continua, "Portugal tem um bom sentido de família, com Instituições, com Associações da Medalha Milagrosa, com as Filhas da Caridade e os Padres Vicentinos".
Por outro lado, as maiores Províncias em termos vocacionais vicentinas são a Polónia e a Colômbia, enquanto está a ocorrer um maior crescimento em países como a Índia, a Indonésia, o Vietname e em países de África e da América Latina.
O Pde George terminou a sua curta visita a Portugal com passagem pela Paróquia de Paranhos, no Porto, paroquiada por um padre vicentino, Pde Manuel Martins.
(ARR.)
Ver: http://voz-portucalense.pt de 18-02-2009 - (Ano XL - nº 7) António Fonseca

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

ANO PAULINO - Leitura 39

39 TENDE ENTRE VÓS OS MESMOS SENTIMENTOS DE QUEM ESTÁ EM CRISTO JESUS”
Para a conduta moral, não basta saber o que fazer: há que fazê-lo. Senão, quem não vive conforme pensa, acaba por pensar conforme viva. Não será isso que, no fundo, está na origem de certas leis, claramente imorais, por aí vigentes? O mais específico da moral cristã está na sua fundamentação. É verdade que o que é bom em si, está inscrito na minha natureza humana, e quer a minha consciência quer a minha razão podem dizer-me que o devo fazer. Mas noto que há outra lei nos meus membros a lutar contra a lei da minha razão e a reter-me prisioneiro na lei do pecado que está nos meus membros (Rm 7, 23; cfr 2, 14s). Foi desta teia asfixiante que Cristo nos libertou. E, se me confio à sua graça, sou transformado pelo seu Espírito que se torna Lei em mim: a lei do Espírito, que me não mostra apenas o que devo fazer, mas me capacita para o realizar (8, 2)... e até pode transformar em bem o que por outros é visto como um mal. Um exemplo deste contributo da mensagem cristã não só para a prática moral, como até para o seu conteúdo, é-nos dado por Paulo em Fl 2, 1-11, numa carta escrita da prisão e para cristãos que se viam, também eles, intimidados pelo meio ambiente em que viviam (I, 27-30). Provavelmente porque, na sua prática de vida, discordavam de hábitos nele dominantes. Como acontece connosco... ou deve acontecer. Fl 2, 1-11
Se há, alguma exortação em Cristo, se há algum conforto da caridade, se há alguma comunhão do Espírito, se há algum afecto e misericórdia, então fazei com que seja completa a minha alegria: tende os mesmos sentimentos, tendo a mesma caridade, vivendo em harmonia, em ordem a um só sentimento, nada fazendo por egoísmo nem por vaidade, mas, com humildade, considerando os outros superiores a vós próprios, não tendo cada um em mira os próprios interesses, mas todos e cada um exactamente os dos outros. Tende entre vós os mesmos sentimentos de quem está em Cristo Jesus Ele que, sendo de condição divina, não se prendeu ciosamente à sua igualdade com Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de escravo. Feito igual aos homens, e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem, rebaixou-se a si mesmo, feito obediente até à morte e morte de cruz. Por isso mesmo é que Deus o superexaltou e o agraciou com o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobrem todos os joelhos, os dos seres celestes, terrenos e infraterrenos, e toda a língua proclame: “Jesus Cristo é Senhor!”, para glória de Deus Pai.
É em situações de perseguição que os cristãos mais precisam de viver unidos. Mas, será apenas porque a união faz a força? A esta reacção instintiva, Paulo junta um outro motivo que, em circunstância alguma, podemos perder de vista, tão fundamental ele é para a nossa identidade cristã. O sofrimento é apenas uma ocasião, sem dúvida mais propícia, para reforçarmos a comunhão entre nós e nela darmos testemunho; ou melhor, de Cristo que nos une e a quem constantemente devemos recorrer, para vivermos conforme somos e, vice-versa, nos tornarmos, mais naquilo que somos. Paulo diz-nos, em primeiro lugar, o que devemos fazer (vv. 1-4)... e que ele próprio realiza, pelo modo como no-lo diz. A exortação, o conforto, a comunhão e o afecto, a que começa por se referir, exprimem atitudes e qualidades que os cristãos de Filipos já punham em prática e são para ele motivo de alegria. Que bela pedagogia: aproveitar o que há de positivo nos educandos, para os motivar a prosseguir no caminho encetado. Se já são capazes de tanto, serão certamente capazes de muito mais. Pelo menos prestarão mais atenção ao que o educador tem para lhes dizer. Para mais, tratando-se de algo que, no seu conteúdo, ele próprio mostra no acto educativo: no caso presente, a comunhão de sentimentos, identificativa não apenas dos cristãos nas suas relações mútuas, mas também do Apóstolo na sua relação com eles. Não se trata, portanto, de uma simples estratégia pedagógica, mas da vivência, pela pedagogia usada, da mensagem transmitida. Esta está sintetizada na exortação: tende os mesmos sentimentos. Tudo o resto (vv. 2c-4) é um reforço explicativo, centrado, por sua vez, na humildade. No original grego há mesmo uma afinidade verbal entre os dois termos: à letra, a humildade consiste em rebaixar-se no sentir. E o verbo traduzido por sentir ou ter sentimentos consiste num acto que envolve o intelecto e a vontade, o pensar e o querer. Portanto, a comunidade atinge a unidade de sentimentos, se cada um dos seus membros totalmente se humilhar. Mas quem e de que modo? Na sociedade greco-romana de então, a humildade era eticamente tão desprezível como desprezíveis eram todos os socialmente humildes. Daí que, em vez humilhação, o que todos desejavam era ascender ao mais alto nível social. Ao contrário, na tradição judaica multiplicam-se conselhos como este: Quanto maior fores, mais te deves humilhar, e encontrarás benevolência diante de Deus (Sir 3, 18). E a afirmação de que Deus se opõe aos orgulhosos, enquanto aos humildes concede a sua graça (Pr 3. 34), foi assumida no NT, nomeadamente nas palavras de Jesus: Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado (Mt 23, 12; Lc 14, 11; 18, 14). Na sua origem está a especial solicitude de Deus para com os pobres e humildes, recorrente em todo o AT e posta em prática por Jesus no anúncio do Reino de Deus. Por isso, a humildade a que Paulo exorta, opondo-a tanto ao egoísmo e à vaidade como à busca dos próprios interesses, em vez dos interesses dos outros, esta humildade só tem sentido como condição para uma caridade à medida da que Deus manifestou em Jesus Cristo. É nela que está quer o fundamento quer o objecto dos mesmos sentimentos que nos unem em Igreja. Vivemos na caridade, na medida em que dela vivermos. Para isso é que Paulo cita o hino (vv. 6-11), no qual Cristo é apresentado, não como simples modelo dos nossos sentimentos mas como sua origem. Assim o indica a tradução correcta do v. 5 e o próprio conteúdo do hino, no conjunto das suas duas estrofes (vv. 6-8.9-11). É ao despojamento da sua condição divina, para se humilhar até à condição de escravo, coroada pela atribuição do nome divino do Senhor. Ou seja, em Cristo realizou-se o citado princípio ético de que quem se humilha será exaltado. Na medida em que a Ele nos humilharmos, reconhecendo-o como Senhor, estamos em condições de também nos humilharmos uns aos outros, para, com Ele em cada um de nós, prosseguirmos pelo caminho da caridade, do Espírito e da misericórdia (v. 1), tão necessários para a nossa conduta cristã... para glória de Deus Pai!
D. Anacleto de Oliveira - Bispo Auxiliar de Lisboa
Livro: Um Ano a Caminhar com S. Paulo
17-02-2009
António Fonseca

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ANO PAULINO - "Um Ano a Caminhar com S. PAULO"

Caros Amigos:
Apesar de continuar limitado devido a ter o meu braço esquerdo engessado (pelo menos, até ao próximo dia 27) não quis deixar de continuar a tentar prosseguir a edição das leituras de "Um ano a caminhar com S. Paulo" e assim, embora escrevendo apenas com um dedo da mão direita, consegui transcrever (em mais duma hora), a
leitura nº 38
do referido livro que, inicia a quarta parte intitulada
"PAULO FALA-NOS DA NOSSA CONDUTA CRISTÃ"
e prossegue com o sub-título
“EXORTO-VOS, IRMÃOS, PELA MISERICÓRDIA DE DEUS”
Em cinco cartas paulinas, a uma parte doutrinal segue-se uma outra de conteúdo moral, o indicativo salvífico é completado pelo imperativo ético (Rm 1, 16-11, 36 e 12,1-15,13; Gl 1,6-4,31 e 5,1-6-10; Ef 1,3-13-21 e 4,1-6,20; Cl 1,3-2,23 e 3,1-4-6; 1 Ts 1,2-3-13 e 4,1-5,24). Nas restantes, mesmo esquema, não determinando a estrutura do conjunto, é frequentemente adoptado no interior de cada parte. Porquê esta sucessão? Que relação existe entre a fé e a prática de vida?
Tomemos como exemplo Rm 12, 1-8, onde Paulo mostra como a transformação operada pelo Evangelho naqueles que o acolhem é determinante para a sua conduta moral, esta está enraizada naquela, e vice-versa: a fé actua pela caridade (Gl 5, 6). Prestemos especial atenção aos vv. 1s, onde nos é oferecido o programa básico para uma vida de acordo com o Evangelho. O que vem a seguir é a sua aplicação a um dos vários sectores da vida cristã.
Rm 12, 1-8
Por isso, exorto-vos, irmãos, pela Misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto, o razoável. Não vos conformeis com este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar pela renovação da mente, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, lhe é agradável e é perfeito.
Assim, em virtude da graça que me foi dada, digo a todos e a cada um de entre vós que não se sinta acima do que deve sentir-se; mas sinta-se preocupado em ser sensato, de acordo com a medida da fé que Deus distribuiu a cada um. É que, como num só corpo, temos muitos membros, mas os membros não têm todos a mesma função, assim acontece connosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
Temos dons da graça que, consoante a graça que nos foi dada, são diferentes: se é o da profecia, seja usado em sintonia com a ; se é o da diaconia, seja usado na diaconia; se um tem o de ensinar, use-o no ensino; se outro tem o de exortar, use-o na exortação; quem reparte, faça-o com generosidade; quem preside, faça-o com dedicação; quem pratica a misericórdia, faça-o com alegria.
Antes de expor o conteúdo da instrução moral, Paulo começa pela sua origem e fundamento: a misericórdia de Deus (v. 1ª). É através dela que ele fala. Ou melhor, é através dele que ela fala. Ele só é a boca. Quem exorta é a misericórdia de Deus, porque é dela que Paulo vive, desde que, pela sua graça, Deus o transformou e constituiu Apóstolo (Rm 1, 1; 1 Cor 15, 10). Por isso, no exercício do apostolado, ele não ordena, mas exorta. A misericórdia nada impõe; Apenas se impõe, pelo que é e pelo que faz: no Apóstolo e naqueles a quem ele se dirige. Também eles foram conquistados e transformados pela mesma misericórdia, vívida por Cristo e transmitida no Evangelho. Por isso Paulo os trata como irmãos. Unidos em Cristo e animados pelo Espírito, libertador da escravidão e do medo, são todos filhos do mesmo Deus a quem chamam Abbá, ó Pai (Rm 8, 14s).
A esta misericórdia divina corresponde o conteúdo da conduta moral dos que dela vivem. Na prática, a sua conduta não é mais do que a vivência comportamental do Evangelho, a começar pela radicalidade e totalidade que a caracteriza. Nela, o cristão compromete o corpo e a mente, indo desde o culto prestado a Deus ao bem feito aos outros. Exactamente como Cristo que por todos se entregou como o sacrifício mais agradável a Deus. Agradável, porque ao serviço da caridade, identificativa de Deus.
E como a caridade de Cristo, manifestada durante a sua vida e coroada na morte redentora, se tornou o centro do culto cristão, especialmente na Eucaristia, o mesmo se passa com os cristãos, só que em sentido inverso. É no memorial eucarístico que eles recebem do corpo de Cristo, por todos oferecido a energia necessária para oferecerem os seus corpos, isto é, as suas vidas, no altar do mundo, em que vivem o seu dia-a-dia. Isto significa, por um lado, que nenhum cristão se pode dispensar da Eucaristia. Por outro, esta só atinge o seu objectivo, quando os que nela participam vivem de acordo com a oferta sacramentalmente celebrada, movidos pela graça nela recebida. Só então o seu culto é razoável, corresponde à total entrega a Deus, tanto a de Cristo, como a dos que nele crêem.
E só assim, vivendo embora no mundo, eles não vivem de modo mundano. Não se conformam com os critérios de vida aí dominantes, em que tantos, em vez de se oferecerem em sacrifício pelo bem dos outros, sacrificam os outros ao próprio bem. Porque o perigo é constante, há que revitalizar continuamente a transformação baptismal pela renovação da mente, sujeitando-a aos critérios da fé. Não que haja oposição entre fé e razão. Pelo contrário: pela razão pode-se, por exemplo, chegar ao conhecimento de Deus, através das obras por Ele criadas (Rm 1, 20), ou ao reconhecimento da verdade da Lei por Ele estabelecida (7, 23). Só que, sem Deus, ela perde, num caso como noutro, a capacidade de discernimento (1, 28). Daí a necessidade da fé.
No caso presente da conduta moral, trata-se da prática: aquela que, para cada situação da vida, permite discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, lhe é agradável e é perfeito. É uma tarefa pessoal de cada um, como responsável que é pelos seus actos. Mas não está só, não deve estar só. Tem a Palavra de Deus (2 Cor 10, 3-5), o dom do seu Espírito (1 Ts 4,8s), a comunidade cristã, com os múltiplos serviços que nela lhe são oferecidos.
Não é por acaso que Paulo, na concretização destas orientações, comece pela nossa inserção na Igreja (vv. 3-8). É verdade que havia razões circunstanciais: os cristãos de Roma, porque divididos por várias comunidades e divergentes interpretações da mensagem cristã (14,1-15,13), estavam longe de viver na unidade de um só corpo em Cristo (v. 5). Mas, mesmo fora disso, é na Igreja, como corpo de Cristo, que mais se experimenta e pratica a misericórdia de Deus. Por isso Paulo introduz as suas orientações, apoiando-se mais uma vez na graça do apostolado que lhe foi dada (v. 3), e fala dos carismas próprios de cada membro, apelando igualmente para a graça dada a cada um (v. 6).
É desta graça, acolhida pela fé, que nos vem a sensatez ou prudência, uma das quatro virtudes da ética grega (com a justiça, a fortaleza e a temperança), considerada como atitude de que dependem os modos concretos de agir e de se relacionar, numa sociedade organizada.
Alimentada pela fé, é ela que leva a cada um de nós a contribuir para a vida da comunidade, não indo além nem ficando aquém do que pode e fazendo bem o que lhe compete... na liberdade e responsabilidade próprias de quem ama, em Cristo. Damos assim à Igreja o que dela recebemos: a misericórdia de Deus.
D. Anacleto de Oliveira - Bispo Auxiliar de Lisboa 16-02-2009
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS. AMÉM.
António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...