Dia 9 de Julho
CRIANÇAS NA MALÍCIA (1ª Cor. 14, 20-25)
Se um estranho entrar numa assembleia em que todos falam ao mesmo tempo em línguas pode pensar que está numa reunião de loucos. Se, porém, todos profetizam ele sente-se interpelado e dirá: realmente Deus está convosco.
20 Irmãos, não sejais crianças quanto ao modo de julgar: na malícia, sim, sede crianças; mas quanto ao julgamento, sede homens.
21 Na lei está escrito: Será por gente de língua estrangeira e por lábios estrangeiros que falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor (Is 28, 11s).
22 Assim, as línguas são sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; enquanto as profecias são um sinal, não para os infiéis, mas para os fiéis.
23 Se, pois, numa assembleia da igreja inteira todos falarem, em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos?
24 Se, porém, todos profetizarem, e entrar ali um infiel ou um homem simples, por todos é convencido, por todos é julgado;
25 os segredos do seu coração tornam-se manifestos. Emtão, prostrado com a face em terra, adorará a Deus e proclamará que Deus está realmente entre nós.
Frase para recordar:
Sede crianças, na malícia. Quanto ao julgamento, sede homens.
10 de Julho
USO DOS DONS NAS ASSEMBLEIAS (1ª Cor. 14, 26-29)
Paulo quer assembleias participadas mas muito ordenadas. Todos podem e devem dar a sua contribuição nalgum cântico, ensinamento, revelação, profecia ou línguas para edificar a todos. Mas faça-se tudo ordenadamente. Os versículos referentes à atitude das mulheres, que devem permanecer caladas, parece ser uma interpolação posterior feita por um grupo conservador.
26 Em suma, que dizer, irmãos? Quando vos reunis, quem dentre vós tem um cântico, um ensinamento, uma revelação, um discurso em línguas, uma interpretação a fazer, que isto se faça de modo a edificar.
27 Se há quem fala em línguas, não falem senão dois ou três, quando muito, e cada um por sua vez, e haja alguém que interprete.
28 Se não houver intérprete, fiquem calados na reunião, e falem consigo mesmos e com Deus.
29 Quanto aos profetas, falem dois ou três, e os outros julguem.
11 de Julho
USO DOS DONS NAS ASSEMBLEIAS (2) (1ª Cor. 14, 30-40)
30 Se for feita uma revelação a algum dos assistentes, cale-se o primeiro.
31 Todos, um após outro, podeis profetizar, para todos aprenderem e serem todos exortados.
32 O espírito dos profetas deve estar-lhes submisso.
33 porquanto Deus não é Deus de confusão, mas de paz.
34 Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas assembleias: não lhes é permitido falar, mas devem estar submissas, como também ordena a lei.
35 Se querem aprender alguma coisa, perguntem-na em casa aos seus maridos, porque é inconveniente para uma mulher falar na assembleia.
36 Porventura foi dentre vós que saiu a palavra de Deus? Ou veio ela tão somente para vós?
37 Se alguém se julga profeta ou agraciado com dons espirituais, reconheça que as coisas que vos escrevo são um mandamento do Senhor.
38 Mas, se alguém quiser ignorá-lo, que o ignore!
39 Assim, pois, irmãos, aspirai ao dom de profetizar; porém, não impeçais falar em línguas.
40 Mas faça-se tudo com dignidade e ordem.
Frase para recordar:
Irmãos, aspirai ao dom de profetizar, porém, não impeçais falar em línguas.
12 de Julho
CERTEZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS (1ª Cor. 15, 1-11)
O capítulo 15 da primeira carta aos Coríntios abre com uma introdução sobre a fé pregada por Paulo e que é fundamental conservar intacta e inabalável. O fundamental dessa fé é a morte e a ressurreição de Jesus, verdade atestada por numerosas testemunhas,
a quem o Senhor apareceu, e também pelo próprio Paulo que se considera
"como um aborto".
1 Eu vos lembro, irmãos, o Evangelho que vos preguei, e que tendes acolhido, no qual estais firmes.
2 Por ele sereis salvos, se o conservardes como vo-lo preguei. De outra forma, em vão teríeis abraçado a fé.
3 Eu transmiti-vos primeiramente o que eu mesmo havia recebido; que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;
4 foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
5 apareceu a Cefas e em seguida aos Doze.
6 Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais a maior parte ainda vive (e alguns são já falecidos),
7 depois apareceu a Tiago, em seguida a todos os apóstolos.
8 E, em último lugar, apareceu-me também a mim, como a um abortivo.
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, e não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus.
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que ele me deu não tem sido inútil. Ao contrário, tenho trabalhado mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo.
11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos, e assim acreditastes.
Frase para recordar:
Pela graça de Deus sou o que sou, e a graça que Ele me deu não tem sido inútil.
13 de Julho
NECESSIDADE DA RESSURREIÇÃO DE JESUS (1ª Cor. 15, 12-19)
Talvez por influência da filosofia grega, alguns coríntios afirmavam que não havia ressurreição.
Que sentido teria a alma liberta do corpo vir encerrar-se outra vez nele? Paulo argumenta: a ressurreição de Cristo está dirigida para a nossa. Se não acontecer a nossa, também não aconteceu a de Cristo. Nesse caso, somos os mais dignos de compaixão de todos os mortais porque acreditamos em falsas testemunhas e nos propomos uma vida de renúncia e austeridade por nada.
12 Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição dos mortos?
13 Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou.
14 Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé.
15 Além disso, seríamos convencidos de ser falsas tesetemunhas de Deus, por termos dado testemunho contra Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo, ao qual não ressuscitou (se os mortos não ressuscitam).
16 Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E se o Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados.
18 Também estão perdidos so que morrem em Cristo.
19 Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima.
Frase para recordar:
Se temos a nossa esperança em Cristo só para esta vida mortal somos, entre todos os homens, os mais dignos de lástima.
Do livro UM ANO COM SÃO PAULO, do Pde Januário Santos
Recolha e trancrição de António Fonseca