sábado, 10 de outubro de 2009

FRANCISCO DE BÓRGIA, SANTO (e outros) - 10 de Outubro

SÃO FRANCISCO DE BORJA S.J.z_francisco_borja1
(1510-1572)
Festa: 3 de Outubro.

Descendente de realeza, Duque de Gandía, governador, vice-rei de Catalunha, conselheiro do imperador Carlos I de Espanha e V de Alemanha, pai de família, viúvo e sacerdote,  terceiro superior geral da Companhia de Jesus. Ver: Santo Ignacio de Loyola.

« ¡Não servirei nunca mais a um senhor que possa morrer!"»

Em breve: Francisco de Borja nasceu em Gandía (Valência), em 1510. Grande privado do imperador Carlos V e cavaleiro da imperatriz Isabel, viveu exemplarmente no palácio. A vista do cadáver da imperatriz o impulsionou a desprezar as vaidades da corte. Foi vice-rei de Catalunha e duque de Gandía. Depois da morte de sua esposa, em 1546, que acabou por o desligar do mundo, entrou na Companhia de Jesus, de que chegou a ser superior geral. Se distinguiu, sobretudo, por sua profunda humildade. Deu grande impulso às missões. Morreu em Roma em 1 de Outubro de 1572.
Foi canonizado em 1671.

De uma carta sua: "Só são grandes ante Deus os que se têm por pequenos"

A família Borja, era uma das mais célebres do reino de Aragão, Espanha. Alcançou fama mundial quando Alfonso Borja foi eleito Papa com o nome de Calixto III. Em fins do mesmo século, houve outro Papa Borja, Alejandro VI, que tinha quatro filhos quando foi elevado ao Pontificado. Para dotar a seu filho Pedro, comprou o ducado de Gandía, (em Valência, Espanha). Pedro, por sua vez o legou a seu filho Juan, que foi assassinado pouco depois de seu matrimónio. Seu filho, o terceiro duque de Gandía, se casou com a filha natural de um filho de Fernando V de Aragão. Deste matrimónio nasceu em 28 de Outubro de 1510 Francisco de Borja e Aragão, nosso santo, que era neto de um Papa (Alejandro VI) e de um rei (Fernando) e ademais, primo do imperador Carlos V.

Uma vez que terminou seus estudos, aos dezoito anos, Francisco ingressou na corte deste último. Por então, ocorreu um incidente cuja importância não havia de se ver senão mais tarde. Em Alcalá de Henares, Francisco ficou muito impressionado à vista de um homem que era conduzido à prisão pela Inquisição: esse homem era Ignácio de Loyola.

Pai de família e Vice-rei de Catalunha

Se casou aos 19 anos com Leonor de Castro e teve oito filhos. No ano seguinte recebeu do imperador o título de marquês de Lombay.  Aos 29 anos, Carlos V o nomeou vice-rei de Catalunha (1539-1543), cuja capital é Barcelona. Anos depois, Francisco dizia: "Deus me preparou nesse cargo para ser geral da Companhia de Jesus. Aí aprendi a tomar decisões importantes, a mediar as disputas, a considerar as questões desde os dois pontos de vista. Se não houvesse sido vice-rei, nunca o haveria aprendido".

No exercício de seu cargo consagrava à oração todo o tempo que lhe deixavam livres os negócios públicos e os assuntos de sua família. Os personagens da corte comentavam desfavoravelmente a frequência com que comungava, já que prevalecia então a ideia, muito diferente da dos primeiros cristãos, de que um laico envolto nos negócios do mundo cometia um pecado de presunção se recebia com demasiada frequência o sacramento do Corpo de Cristo. Numa palavra, o vice-rei de Catalunha "via com outros olhos e ouvia com outras orelhas que antes; falava com outra língua, porque seu coração havia mudado."

Em Barcelona se encontrou com São Pedro de Alcântara e com o beato jesuíta Pedro Favre. Este último encontro, veremos depois, foi decisivo para Francisco.

Francisco era um modelo de homem cristão

Em 1543, com a morte de seu pai, herdou o ducado de Gandía. Como o rei João de Portugal se negou a aceitá-lo como principal personagem da corte de Felipe II, que ia a contrair matrimónio com sua filha, Francisco renunciou ao vice-reinado e se retirou com sua família a Gandía. Isso constituiu um duro golpe, para sua carreira pública, e desde então o duque começou a preocupar-se mais de seus assuntos pessoais.

Com efeito, fortificou a cidade de Gandía para protegê-la contra os piratas berberes, construiu um convento de dominicanos em Lombay e reparou um hospital. Por então, o bispo de Cartagena escreveu a um amigo seu: "Durante minha recente estadia em Gandía pude dar-me conta de que Don Francisco é um modelo de duques e um espelho de cavaleiros cristãos. É um homem humilde e verdadeiramente bom, um homem de Deus em todo o sentido da palavra... Educa a seus filhos com um esmero extraordinário e se preocupa muito por sua servidumbre. Nada lhe agrada tanto como a companhia dos sacerdotes e religiosos..."

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São Francisco de Borja
Igreja Manresa, Espanha

O encontro com a morte e da nova vida

Eis aqui a história:

No mesmo ano que foi nomeado Vice-rei de Catalunha,  Francisco recebeu a missão de conduzir à sepultura real de Granada os restos mortais da imperatriz Isabel. Ele a havia visto muitas vezes rodeada de aduladores e de todas as riquezas da corte. Ao abrir o ataúde para reconhecer o corpo, a cara da defunta estava já em processo de decomposição. Francisco então tomou sua famosa resolução: « não servir nunca mais a um senhor que pudesse morrer!"»  Compreendeu profundamente a caducidade da vida terrena.

Alguns anos mais tarde, estando enferma sua esposa, pediu a Deus sua cura e uma voz celestial lhe disse: «Tu podes escolher para tua esposa a vida ou a morte, mas se tu preferes a vida, esta não será nem para teu beneficio nem para o seu.» Derramando lágrimas, respondeu: «Que se faça a vossa vontade e não a minha

A morte de Dona Leonor, sua esposa, ocorrida em 1546 foi uma grande dor para Francisco.  O mais jovem de seus oito filhos tinha apenas oito anos quando morreu Dona Leonor.

No mesmo ano, o Beato Pedro Favre se deteve uns dias em Gandía e Francisco fez os Exercícios Espirituais de Santo Ignácio de Loyola. Em 2 de Junho fez os votos de castidade, de obediência e de entrar na Companhia de Jesus.  O Beato Favre partiu daí para Roma, levando uma mensagem do duque a Santo Ignácio, comunicando ao fundador da Companhia de Jesus que havia feito voto de ingressar na ordem. Santo Ignácio se alegrou muito da notícia; sem embargo, aconselhou ao duque que diferisse a execução de seus projectos até que terminasse a educação de seus filhos e que, entretanto, tratasse de obter o grau de doutor em teologia na Universidade de Gandía, que acabava de fundar. Também lhe aconselhava que não divulgasse seu propósito, pois "o mundo não tem orelhas para ouvir tal estrondo."

Francisco obedeceu pontualmente. Mas no ano seguinte, foi convocado a assistir às cortes de Aragão, o que estorvava o cumprimento de seus propósitos. Em vista disso, Santo Ignácio lhe permitiu que fizesse em privado a profissão.  Três anos depois, em 31 de Agosto de 1550, quando todos os filhos do duque estavam já colocados, partiu este para Roma, se encontrou com Santo Ignácio e, depois de renunciar ao ducado de Gandía, ingressou na Companhia de Jesus com a idade de trinta e nove anos.

Quatro meses mais tarde, voltou a Espanha e se retirou para uma ermida de Oñate, nas cercanias de Loyola. Desde aí obteve a permissão do imperador para trespassar seus títulos e possessões a seu filho Carlos. Em seguida raspou a cabeça e a barba, tomou o hábito clerical, e recebeu a ordenação sacerdotal na semana de Pentecostes, em 26 de Maio de 1551. "O duque que se havia feito jesuíta se converteu na sensação da época. O Papa concedeu indulgência plenária a quantos assistissem a sua primeira missa em Vergara, e a multidão que congregou foi tão grande que houve que pôr o altar ao ar livre.

Seu propósito de renunciar às honras se viu também provado na vida religiosa. Carlos V o propôs como cardeal, mas Francisco não aceitou.

Os superiores da casa de Oñate o nomearam ajudante de cozinheiro: seu ofício consistia em acarretar água e lenha, em acender a estufa e limpar a cozinha. Quando atendia à mesa e cometia algum erro o santo duque tinha que pedir perdão de joelhos à comunidade por servi-la com torpeza.

Imediatamente depois de sua ordenação, começou a pregar na província de Guipúzcoa e percorria os povos fazendo soar uma campainha para chamar as crianças ao catecismo e aos adultos à instrução. Por seu lado, o superior de Francisco o tratava com a severidade que lhe parecia exigir a nobreza do duque. Indubitavelmente que o santo sofria muito naquela época, mas jamais deu a menor mostra de impaciência.

Em certa ocasião em que se havia aberto uma ferida na cabeça, o médico lhe disse ao vendá-la: "Temo, senhor que vou a fazer algum dano a vossa graça". Francisco respondeu: "Nada pode ferir-me mais que esse tratamento de dignidade que me dais". Depois de sua conversão, o duque começou a praticar penitências extraordinárias; era um homem muito gordo, mas começou a emagrecer rapidamente. Ainda que seus superiores pusessem cobro a seus excessos, São Francisco se esforçava para inventar novas penitências. Mais tarde, admitia que, sobretudo antes de ingressar na Companhia de Jesus, havia mortificado seu corpo com demasiada severidade

Durante alguns meses pregou fora de Oñate. O êxito de sua pregação foi imenso. Numerosas pessoas o tomaram por director espiritual. Ele foi dos primeiros em reconhecer o valor grandíssimo de Santa Teresa de Jesús. Depois de obrar maravilhas em Castela e Andaluzia, se sobrepôs a si mesmo em Portugal.

Santo Ignácio lhe dá o cargo de provincial

Santo Ignácio o nomeou  provincial da Companhia de Jesus em Espanha. São Francisco de Borja deu mostras de seu zelo e, em toda a ocasião expressava sua esperança de que a Companhia de Jesus se distinguisse no serviço de Deus por três normas: a oração e os sacramentos, a oposição à mentalidade do mundo e a perfeita obediência. Essas eram as características da alma do santo.

Deus utilizou São Francisco de Borja para estabelecer a nova ordem em Espanha. Fundou uma multidão de casas e colégios durante seus anos de  geral. Isso não o impedia, sem embargo, de se preocupar por sua família e pelos assuntos de Espanha. Por exemplo, dulcificou os últimos momentos de Juana a Loca, que havia perdido a razão cinquenta anos antes, a raiz da morte de seu esposo e, desde então, havia experimentado uma estranha aversão pelo clero.

Ao ano seguinte, pouco depois da morte de Santo Ignácio, Carlos V abdicou, se enclaustrou no mosteiro de Yuste e mandou chamar a São Francisco. O imperador nunca havia sentido predilecção pela Companhia de Jesus e declarou ao santo que não estava contente de que houvesse escolhido essa ordem. Este confessou os motivos por que se havia feito jesuíta e afirmou que Deus o havia chamado a um estado em que se unisse a acção à contemplação e em que se visse livre de dignidades que lhe haviam acossado no mundo.

Aclarou que, por certo a Companhia de Jesus era uma ordem nova, mas o fervor de seus membros valia mais que a antiguidade, já que "a antiguidade não é uma garantia de fervor". Com isso ficaram dissipados os prejuízos de Carlos V.

É eleito Superior geral e desempenha um grande labor

São Francisco não era partidário da Inquisição e este tribunal não o via com bons olhos, pelo que Felipe II teve que escutar mais de uma vez as calunias que os invejosos levantavam contra o santo duque. Este permaneceu em até 1561, quando o Papa Pío IV o chamou a Roma a instâncias do P. Laínez, geral dos jesuítas.

Em Roma se o acolheu cordialmente. Entre os que assistiam regularmente a seus sermões se contavam o cardeal Carlos Borromeo e o cardeal Ghislieri, que mais tarde foi Papa com o nome de Pío V. Aí se interiorizou mais dos assuntos da Companhia e começou a desempenhar cargos de importância. Em 1566, à morte do P. Laínez, foi eleito geral, cargo que exerceu até sua morte.

Durante os sete anos que desempenhou esse ofício, deu tal ímpeto à sua ordem em todo o mundo, que pode chamar-se-lhe o segundo fundador. O zelo com que propagou as missões e a evangelização do mundo pagão imortalizou seu nome. E não se mostrou menos diligente na distribuição de seus súbditos na Europa para colaborar com a reforma dos costumes. Seu primeiro cuidado foi estabelecer um noviciado regular em Roma e ordenar que se fizesse outro tanto nas diferentes províncias.

Durante sua primeira visita à Cidade Eterna, quinze anos antes, se havia interessado muito no projecto de fundação do Colégio Romano e havia regalado uma generosa soma para pô-lo em prática. Como geral da Companhia, ocupou-se pessoalmente de dirigir o Colégio e de precisar o programa de estudos. Praticamente foi ele, que fundou o Colégio Romano, ainda que sempre tenha recusado o título de fundador, que se dá ordinariamente a Gregório XIII, que o restabeleceu com o nome de Universidade Gregoriana.

São Francisco construiu a igreja de Santo Andrés do Quirinal e fundou o noviciado na residência contígua; além disso, começou a construir o Gesu e ampliou o Colégio Germânico, em que se preparavam os missionários destinados a pregar naquelas regiões do norte de Europa nas que o protestantismo havia feito estragos.

São Pío V tinha muita confiança na Companhia de Jesus e grande admiração por seu geral, de sorte que São Francisco de Borja podia mover-se com grande liberdade. A ele se deve a extensão da Companhia de Jesus mais além dos Alpes, assim como o estabelecimento da província de Polónia. Valendo-se de sua influência na corte de França, conseguiu que os jesuítas fossem bem recebidos nesse país e fundassem vários colégios. Por outra parte reformou as missões da Índia, as do Extremo Oriente e deu começo às missões de América.

Entre su obra legislativa hay que contar una nueva edición de las reglas de la Compañía y una serie de directivas para los jesuitas dedicados a trabajos particulares. A pesar del extraordinario trabajo que desempeñó durante sus siete años de generalato, jamás se desvió un ápice de la meta que se había fijado, ni descuidó su vida interior.

Un siglo más tarde escribió el P. Verjus: "Se puede decir con verdad que la Compañía debe a San Francisco de Borja su forma característica y su perfección. San Ignacio de Loyola proyectó el edificio y echó los cimientos; el P. Laínez construyó los muros; San Francisco de Borja techó el edificio y arregló el interior y, de esta suerte, concluyó la gran obra que Dios había revelado a San Ignacio".

No obstante sus muchas ocupaciones, San Francisco encontraba tiempo todavía para encargarse de otros asuntos. Por ejemplo, cuando la peste causó estragos en Roma,1566, el santo reunió limosnas para asistir a los pobres y envió a sus súbditos, por parejas, a cuidar a los enfermos de la ciudad, no obstante el peligro al que los exponía.

Se le ofreció el cargo de cardenal y tenía posibilidades de llegar a ser Papa, pero no lo aceptó.

En 1571, el Papa envió al cardenal Bonelli con una embajada a España, Portugal y Francia, y San Francisco de Borja le acompañó. Aunque la embajada fue un fracaso desde el punto de vista político, constituyó un triunfo personal de Francisco. En todas partes se reunían multitudes para "ver al santo duque" y oírle predicar; Felipe II, olvidando las antiguas animosidades, le recibió tan cordialmente como sus súbditos.

Pero la fatiga del viaje apresuró el fin de San Francisco. Su primo el duque Alfonso, alarmado por el estado de su salud, le envió desde Ferrara a Roma en una litera. Sólo le quedaban ya dos días de vida. Por intermedio de su hermano Tomás, San Francisco envió sus bendiciones a cada uno sus hijos y nietos y, a medida que su hermano le repetía los nombres de cada uno, oraba por ellos.

Tenía una profunda devoción a la Eucaristía y a la Virgen Santísima. Gravemente enfermo, cuando solo le quedaban dos días de vida, quiso visitar el Santuario Mariano de Loreto.

Cuando el santo perdió el habla, un pintor entró a retratarle. Al ver al pintor, San Francisco manifestó su desaprobación con la mirada y el gesto y no se dejó pintar. Murió a la media noche del 30 de septiembre de 1572. Según la expresión del P. Brodrick fue "uno de los hombres más buenos, amables y nobles que había pisado nuestro pobre mundo."

La humildad

Desde el momento de su "conversión", San Francisco de Borja, canonizado en 1671, cayó en la cuenta de la importancia y de la dificultad de alcanzar la verdadera humildad y se impuso toda clase de humillaciones a los ojos de Dios y de los hombres. Cierto día, en Valladolid, donde el pueblo recibió al santo en triunfo, el P. Bustamante observó que Francisco se mostraba todavía más humilde que de ordinario y le preguntó la razón de su actitud. El replicó: "Esta mañana, durante la meditación, caí en la cuenta de que mi verdadero sitio está en el infierno y tengo la impresión de que todos los hombres, aun los más tontos, deberían gritarme: ‘¡Ve a ocupar tu sitio en el infierno!’".

Un día confesó a los novicios que, durante los seis años que llevaba meditando la vida de Cristo, se había puesto siempre en espíritu a los pies de Judas; pero que recientemente había caído en la cuenta de que Cristo había lavado los pies del traidor y por ese motivo ya no se sentía digno de acercarse ni siquiera a Judas. 

Francisco no se dejó engañar por el mundo. Sabiéndose nada confió todo en Jesucristo y logró la santidad.

Canonizado en 1671 .

En mayo de 1931, su cuerpo, venerado en la casa religiosa de Madrid, fue quemado en el incendio que causaron los revolucionarios.


Bibliografía:

Benedictinos, monjes de la abadía de San Agustín en Ramsgate. The Book of Saints. VI edición. Wilton: Morehouse Publishing, 1989

Butler, Vida de Santos, vol. IV.  México, D.F.: Collier’s International - John W. Clute, S.A., 1965.

Sgarbossa, Mario y Giovannini, Luigi. Un Santo Para Cada Dia. Santa Fe de Bogotá: San Pablo. 1996.

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Francisco de Borja, Santo

Terceiro Superior Geral da Companhia de Jesus, Setembro 30

Francisco de Borja, Santo

Francisco de Borja, Santo

Presbítero Jesuíta

Martirologio Romano: En Roma, san Francisco de Borja, presbítero, que, muerta su mujer, con quien había tenido ocho hijos, ingresó en la Compañía de Jesús y, pese a que abdicó de las dignidades del mundo y recusó las de la Iglesia, fue elegido prepósito general, siendo memorable por su austeridad de vida y oración (1572).
Etimología: Francisco = el abanderado, viene del germano

San Francisco Borja nació en Gandía (Valencia) el 28 de octubre de 1510, primógenito de Juan de Borja y entró muy joven al servicio de la corte de España, como paje de la hermana de Carlos V, Catalina. A los veinte años el emperador le dio el título de marqués. Se casó a los 19 años y tuvo ocho hijos. A los 29 años de edad, después de la muerte de la emperatriz, que le hizo comprender la caducidad de los bienes terrenos, resolvió “no servir nunca más a un señor que pudiese morir” y se dedicó a una vida más perfecta. Pero el mismo año fue elegido virrey de Cataluña (1539-43), cargo que desempeñó a la altura de las circunstancias, pero sin descuidar la intensa vida espiritual a la que se había dedicado secretamente.
En Barcelona se encontró con San Pedro de Alcántara y con el Beato Pedro Favre de la Compañía de Jesus. Este último encuentro fue decisivo para su vida futura. En 1546, después de la muerte de la esposa Eleonora, hizo la piadosa práctica de los ejercicios espirituales de san Ignacio y el 2 de junio del mismo año emitió los votos de castidad, de obediencia, y el de entrar a la Compañía de Jesús, donde efectivamente ingresó en 1548, y oficialmente en 1550, después de haberse encontrado en Roma a San Ignacio de Loyola y haber renunciado al ducado de Gandía. El 26 de mayo de 1551 celebraba su primera Misa.
Les cerró las puertas a los honores y a los títulos mundanos, pero se le abrieron las de las dignidades eclesiásticas. En efecto, casi inmediatamente Carlos V lo propuso como cardenal, pero Francisco renunció y para que la renuncia fuera inapelable hizo los votos simples de los profesos de la Compañía de Jesús, uno de los cuales prohíbe precisamente la aceptación de cualquier dignidad eclesiástica. A pesar de esto, no pudo evitar las tareas cada vez más importantes que se le confiaban en la Compañía de Jesús, siendo elegido prepósito general en 1566, cargo que ocupó hasta la muerte, acaecida en Roma el 30 de septiembre de 1572.

Francisco de Borja, Santo

Francisco de Borja, Santo


Fue un organizador infatigable (a él se le debe la fundación del primer colegio jesuita en Europa, en su sierra natal de Gandía, y de otros veinte en España), y siempre encontró tiempo para dedicarse a la redacción de tratados de vida espiritual. Se destacó por su gran devoción a la Eucaristía y a la Santísima Virgen. Incluso dos días antes de morir, ya gravemente enfermo, quiso visitar el santuario mariano de Loreto. Fue beatificado en 1624 y canonizado en 1671, uno de los primeros grandes apóstoles de la Compañía de Jesús.
Si quieres ahondar más en la vida de Francisco de Borja, consulta
San Francisco de Borja en Corazones.org

 

Angela María Truszkowska, Beata
Fundadora, 10 Outubro

Angela María Truszkowska, Beata

Angela María Truszkowska, Beata

Ángela María nació el 16 de mayo de 1825, en Kalisz (Polonia). En el bautismo recibió el nombre de Sofía Camila. Su familia se trasladó a Varsovia en 1837. Desde su infancia demostró una piedad profunda: participaba todos los días en la misa, recibía con frecuencia los sacramentos, realizaba vigilias de oración y visitaba con asiduidad el Santísimo Sacramento: todo esto desarrolló en ella una espiritualidad intensa.
En un viaje que realizó atravesando Alemania, Sofía, iluminada por el Señor, durante un rato de oración en la catedral de Colonia, intuyó su vocación a estar entre los pobres y necesitados y a servir en ellos a Cristo con la oración y el sacrificio. Esta inspiración la llevó a ser miembro de la sociedad de San Vicente de Paúl. Durante el día trabajaba sin descanso por los pobres y por la noche oraba constantemente, buscando la voluntad de Dios en ella. A la edad de 29 años, descubrió su camino: comenzó a buscar y a ayudar a los niños abandonados de los barrios bajos de Varsovia y a los ancianos sin casa. Con la ayuda económica de su padre y el apoyo de su prima Clotilde comenzó a hacerse cargo de seis niños. De esta forma atrajo a muchas voluntarias y floreció el instituto fundado por ella.
Sofía se hizo miembro de la Tercera Orden de san Francisco y tomó el nombre de Ángela. El 21 de noviembre de 1855, ante el icono de María, su prima y ella se consagraron a hacer la voluntad de su Hijo: éste fue el comienzo de la comunidad de las religiosas Felicianas, o de San Félix de Cantalicio. La madre Ángela determinó como ideal de su congregación: que en todo y por todo Dios sea conocido, amado y glorificado. Las religiosas dirigían a las laicas terciarias, instruían a los convertidos, visitaban las prisiones, y administraban también centros sociales rurales. Después del fracaso de la insurrección de 1863, muchos de estos centros se convirtieron en hospitales, donde las religiosas curaban a los heridos.
La comunidad fue suprimida por el gobierno ruso en 1864, pero continuó en secreto bajo la guía espiritual de la fundadora.
A los 44 años, durante su tercer mandato de superiora general, la madre Ángela se tuvo que retirar de la actividad de su congregación a causa de una enfermedad, pero siguió viva su dedicación a las religiosas. Murió después de 30 años de sufrimiento, devorada por el cáncer, el 10 de octubre de 1899, en presencia de las religiosas. Fue beatificada por Juan Pablo II el 18 de abril de 1993.

Daniel Comboni, Santo
Fundador dos Missionários Combonianos, 10 Outubro

Daniel Comboni, Santo

Daniel Comboni, Santo

Daniel Comboni: hijo de campesinos pobres, llegó a ser el primer Obispo de Africa Central y uno de los más grandes misioneros de la historia de la Iglesia.
La vida de Comboni nos muestra que, cuando Dios interviene y encuentra una persona generosa y disponible, se realizan grandes cosas.
Hijo único - padres santos
Daniel Comboni nace en Limone sul Garda (Brescia, Italia) el 15 de marzo de 1831, en una familia de campesinos al servicio de un rico señor de la zona. Su padre Luigi y su madre Domenica se sienten muy unidos a Daniel, que es el cuarto de ocho hijos, muertos casi todos ellos en edad temprana. Ellos tres forman una familia unida, de fe profunda y rica de valores humanos, pero pobre de medios materiales. La pobreza de la familia empuja a Daniel a dejar el pueblo para ir a la escuela a Verona, en el Instituto fundado por el sacerdote don Nicola Mazza para jóvenes prometedores pero sin recursos.
Durante estos años pasados en Verona Daniel descubre su vocación sacerdotal, cursa los estudios de filosofía y teología y, sobre todo, se abre a la misión de Africa Central, atraído por el testimonio de los primeros misioneros del Instituto Mazza que vuelven del continente africano. En 1854, Daniel Comboni es ordenado sacerdote y tres años después parte para la misión de Africa junto a otros cinco misioneros del Istituto Mazza, con la bendición de su madre Domenica que llega a decir: «Vete, Daniel, y que el Señor te bendiga».
En el corazón de Africa - con Africa en el corazón
Después de cuatro meses de viaje, el grupo de misioneros del que forma parte Comboni llega a Jartum, la capital de Sudán. El impacto con la realidad Africana es muy fuerte. Daniel se da cuenta en seguida de las dificultades que la nueva misión comporta. Fatigas, clima insoportable, enfermedades, muerte de numerosos y jóvenes compañeros misioneros, pobreza de la gente abandonada a si misma, todo ello empuja a Comboni a ir hacia adelante y a no aflojar en la tarea que ha iniciado con tanto entusiasmo. Desde la misión de Santa Cruz escribe a sus padres: «Tendremos que fatigarnos, sudar, morir; pero al pensar que se suda y se muere por amor de Jesucristo y la salvación de las almas más abandonadas de este mundo, encuentro el consuelo necesario para no desistir en esta gran empresa».
Asistiendo a la muerte de un joven compañero misionero, Comboni no se desanima y se siente confirmado en la decisión de continuar su misión: «Africa o muerte!».
Cuando regresa a Italia, el recuerdo de Africa y de sus gentes empujan a Comboni a preparar una nueva estrategia misionera. En 1864, recogido en oración sobre la tumba de San Pedro en Roma, Daniel tiene una fulgurante intuición que lo lleva a elaborar su famoso «Plan para la regeneración de Africa», un proyecto misionero que puede resumirse en la expresión «Salvar Africa por medio de Africa», fruto de su ilimitada confianza en las capacidades humanas y religiosas de los pueblos africanos.
Un Obispo misionero original
En medio de muchas dificultades e incomprensiones, Daniel Comboni intuye que la sociedad europea y la Iglesia deben tomarse más en serio la misión de Africa Central. Para lograrlo se dedica con todas sus fuerzas a la animación misionera por toda Europa, pidiendo ayudas espirituales y materiales para la misión africana tanto a reyes, obispos y señores como a la gente sencilla y pobre. Y funda una revista misionera, la primera en Italia, como instrumento de animación misionera.
Su inquebrantable confianza en el Señor y su amor a Africa llevan a Comboni a fundar en 1867 y en 1872 dos Institutos misioneros, masculino y femenino respectivamente; más tarde sus miembros se llamarán Misioneros Combonianos y Misioneras Combonianas.
Como teólogo del Obispo de Verona participa en el Concilio Vaticano I, consiguiendo que 70 obispos firmen una petición en favor de la evangelización de Africa Central (Postulatum pro Nigris Africæ Centralis).
El 2 de julio de 1877, Comboni es nombrado Vicario Apostólico de Africa Central y consagrado Obispo un mes más tarde. Este nombramiento confirma que sus ideas y sus acciones, que muchos consideran arriesgadas e incluso ilusorias, son eficaces para el anuncio del Evangelio y la liberación del continente africano.
Durante los años 1877-1878, Comboni sufre en el cuerpo y en el espíritu, junto con sus misioneros y misioneras, las consecuencias de una sequía sin precedentes en Sudán, que diezma la población local, agota al personal misionero y bloquea la actividad evangelizadora.
La cruz como «amiga y esposa»
En 1880 Comboni vuelve a Africa por octava y última vez, para estar al lado de sus misioneros y misioneras, con el entusiasmo de siempre y decidido a continuar la lucha contra la esclavitud y a consolidar la actividad misionera. Un año más tarde, puesto a prueba por el cansancio, la muerte reciente de varios de sus colaboradores y la amargura causada por acusaciones infundadas, Comboni cae enfermo. El 10 de octubre de 1881, a los 50 años de edad, marcado por la cruz que nunca lo ha abandonado «como fiel y amada esposa», muere en Jartum, en medio de su gente, consciente de que su obra misionera no morirá. «Yo muero –exclama– pero mi obra, no morirá».
Comboni acertó. Su obra no ha muerto. Como todas las grandes realidades que « nacen al pie de la cruz », sigue viva gracias al don que de la propia vida han hecho y hacen tantos hombres y mujeres que han querido seguir a Comboni por el camino difícil y fascinante de la misión entre los pueblos más pobres en la fe y más abandonados de la solidaridad de los hombres.
Fechas más importantes
— Daniel Comboni nace en Limone sul Garda (Brescia, Italia) el 15 de marzo de 1831.
— Consagra su vida a Africa en 1849, realizando un proyecto que lo lleva a arriesgar la vida varias veces en las difíciles expediciones misioneras desde 1857, que es cuando va por primera vez a Africa.
— El 31 de diciembre de 1854, año en que se proclama el dogma de la Inmaculada Concepción de María, es ordenado sacerdote por el Beato Juan Nepomuceno Tschiderer, Obispo de Trento.
— En 1864 escribe un Plan fundado sobre la idea de « salvar Africa por medio de Africa », que demuestra la confianza que Comboni tiene en los africanos, pensando que serán ellos los protagonistas de su propia evangelización (Plan de 1864).
— Fiel a su consigna « Africa o muerte », no obstante las dificultades sigue con su Plan fundando, en 1867, el Instituto de los Misioneros Combonianos.
— Voz profética, anuncia a toda la Iglesia, sobre todo en Europa, que ha llegado la hora de evangelizar a los pueblos de Africa. No teme presentarse, como simple sacerdote que es, a los Obispos del Concilio Vaticano I, pidiéndoles que cada Iglesia local se comprometa en la conversión de Africa (Postulatum, 1870).
— Demostrando un valor fuera de lo común, Comboni consigue que también las religiosas participen directamente en la misión de Africa Central, siendo el primero en tomar tal iniciativa. En 1872, funda un Instituto de religiosas dedicadas exclusivamente a la misión: las Hermanas Misioneras Combonianas.
— Gasta todas sus energías por los africanos y lucha con tesón para que sea abolida la esclavitud.
— En 1877, es consagrado Obispo nombrado Vicario Apostólico de Africa Central.
— Muere en Jartum, Sudán, abatido por las fatigas y cruces, en la noche del 10 de octubre de 1881.
— El 26 de marzo de 1994, se reconoce la heroicidad de sus virtudes.
— El 6 de abril de 1995, se reconoce el milagro realizado por su intercesión en una muchacha afrobrasileña, la joven María José de Oliveira Paixão.
— El 17 de marzo de 1996, es beatificado por el Papa Juan Pablo II en la Basílica de San Pedro de Roma.
— El 20 de diciembre 2002, se reconoce el segundo milagro realizado por su intercesión en une madre musulmana del Sudan, Lubna Abdel Aziz.
— El 5 de octubre de 2003, es canonizado por el Papa Juan Pablo II en la Basílica de San Pedro de Roma.

Cerbonio Bispo de Populonia, Santo
Bispo, 10 Outubro

Cerbonio Obispo de Populonia, Santo

Cerbonio Obispo de Populonia, Santo

San Régulo y otros obispos fueron expulsados de África a principios del siglo VI.
San Régulo y San Cerbonio se establecieron en Populonia (Piombino de Toscana) y, poco después, este último fue elegido obispo de la ciudad. San Gregorio dice en sus "Diálogos" (lib. 111, c. 11) que Totila, rey de los invasores ostrogodos, condenó a San Cerbonio a enfrentarse con un oso por haber dado asilo a unos soldados romanos; pero la fiera, en vez de hacerle daño, le lamió mansamente los pies y entonces Totila puso en libertad al santo.
Los lombardos le desterraron más tarde a Elba, donde murió treinta años después. Su cuerpo fue trasladado a Populonia, donde se le venera como patrón de la diócesis de Massa Marítima.
La biografía del santo, muy posterior e indigna de crédito, afirma que el Papa San Vigilio le mandó llamar para reprenderle por su terquedad en celebrar la misa del domingo a hora tan temprana, que las gentes no podían asistir a ella. Pero, en vista de los numerosos milagros realizados por San Cerbonio durante el viaje a Roma, el Papa y todo el clero de la ciudad salieron a recibirle en triunfo y le restituyeron honrosamente a su sede.
El Martirologio Romano menciona también hoy a otro San Cerbonio, obispo de Verona, sobre el que no poseemos ninguna noticia.
La fiesta de San Cerbonio de Populonia reviste particular solemnidad entre los canónigos regulares de Letrán, porque el santo vivía en común con su clero.

Paulino de York, Santo
Bispo, 10 Outubro

Paulino de York, Santo

Paulino de York, Santo

El Nombre de San Paulino figura en el Martirologio Romano y en los martirologios ingleses. Fue el primer apóstol del reino más poderoso de Inglaterra en su época. Había ido a dicho país como miembro del segundo grupo de misioneros enviados por el Papa San Gregorio l. Cuando el rey de Nortumbría, Edwino, solicitó la mano de Etelburga, la hermana del rey Edbaldo de Kent, prometió respetar la religión de su prometida, San Paulino partió con ella a Nortumbría para encargarse de la nueva misión. El año 625, San Justo, arzobispo de Canterbury, le consagró obispo.
San Paulino sufría atrozmente en medio de aquel pueblo que no conocía a Dios. Su predicación no tuvo éxito al principio, pero Dios escuchó final mente sus oraciones. El rey Edwino se convirtió en la forma en que lo expli caremos en el artículo a él consagrado (12 de octubre), y fue bautizado en York por San Paulino, en la Pascua del año 627. Los dos hijos del primer matrimonio del monarca, así como otros muchos nobles, siguieron el ejemplo de Edwino. La multitud se apretujaba para recibir el bautismo de manos de San Paulino, a orillas del río Swale, en las cercanías de Catterick. Edwino residía en Yeavering, del Glendale y San Paulino solía bautizar en esa región con el agua del río Glen. En una ocasión pasó ahí treinta y seis días, para impartir instrucción y bautizar al pueblo de día y de noche. El nombre de San Paulino está relacionado con los de las poblaciones de Dewsbury, Easingwold y algunas más. El campo de apostolado del santo fue, sobre todo, el sur de Nortumbría. Cruzó el rio Humbert y evangelizó también a los habitantes de Lindsey, donde bautizó al gobernador de Lincoln y construyó una iglesia. Después de la muerte de San Justo, consagró a San Honorio arzobispo de Canterbury. Asistido por su diácono, Jaime, bautizó a numerosas personas en el río Trent, cerca de Littleborough, según contó a San Beda el abad Deda, que fue uno de los que se bautizaron en esa ocasión. El mismo abad refirió a Beda que Paulino era "un hombre alto, un tanto encorvado, de cabello blanco, rostro alargadoy nariz aguileña, cuya presencia inspiraba veneración y respeto."
El Papa Honorio I envió el palio a San Paulino para designarle metro politano del norte de Inglaterra. El mismo Pontífice escribió al rey Edwino para felicitarle por su conversión: "Hemos enviado palios de metropolitanos a Honorio y Paulino, de suerte que cuando plazca a Dios llamar a sí a uno de ellos, el otro estará autorizado, en virtud de esta carta, a nombrarle un sucesor." Sin embargo, San Paulino jamás usó el palio en su catedral y, cuan do la carta de Honorio I llegó a Inglaterra, Edwino ya había muerto. En efecto, casi dos años antes de que el Pontífice la escribiese (lo cual demuestra lo difíciles que eran entonces las comunicaciones), los paganos mercianos, encabezados por Penda y reforzados por los bretones cristianos de Gales, inva dieron la Nortumbría y dieron muerte a Edwino. Los invasores destruyeron en gran parte la obra de San Paulino. El santo dejó entonces la diócesis de York a cargo del diácono Jaime y acompañó a Kent a la reina Santa Etelburga, con sus dos hijos y su nieto, en su viaje por mar. Como la sede de Rochester estaba entonces vacante, San Paulino aceptó la invitación para encargarse de administrarla y así lo hizo durante diez años, "hasta que voló al cielo, cargado con el fruto de sus trabajos". Probablemente tenía por lo menos sesenta años cuando partió de York con Santa Etelburga y hubiera sido una temeridad volver a Nortumbría, que estaba entonces en el mayor desorden. San Beda refiere que el fiel Jaime, su vicario, era. un hombre de gran santidad, que instruyó y bautizó a muchas personas "y arrancó muchas presas al viejo enemigo de la naturaleza humana". Cuando se restableció la paz en York Jaime "introdujo en la iglesia el canto romano." San Paulino murió en Rochester, el 10 de octubre de 644; legó su palio a la catedral y una cruz de oro y un cáliz, que había traído de York, a la iglesia de Cristo de Canterbury. Varias diócesis inglesas celebran su fiesta.
Nuestra principal fuente es la Historia ecclesiastica de Beda (edic. y notas de Plum mer). Apenas se pueden obtener unos cuantos datos fidedignos de la crónica en verso de Alcuino, de Simeón de Durham y de otros escritores de la época (cf. Raine, History of the Church of York, (Rolls Series). El excelente artículo del canónigo Burton en Catholic Encyclopedia tiene una buena bibliografía. Véase F. M. Stenton, Anglo-Saxon England (1943), pp. 113-116. La inserción del nombre de San Paulino en múltiples calendarios (cf. Stanton, Menology, p. 485), así como las numerosas cruces relacionadas tradicional mente con su nombre que hay en el norte de Inglaterra, demuestran la popularidad del culto del santo.

http://es.catholic.net/santoral

http://corazones.org

Recolha, transcrição e tradução incompleta, porque é muito extensa a biografia de S. Francisco de Borja (e também porque hoje faço 44 anos de casado e vou para fora com minha mulher).

António Fonseca

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Notícias - Agência Ecclesia

Cinco novos Santos para a Igreja

Pe. Damião, apóstolo dos leprosos, e a fundadora das Irmãzinhas dos Pobres entre os fiéis que Bento XVI vai canonizar

Bento XVI preside este Domingo à cerimónia de canonização de cinco novos Santos, entre os quais o padre Damião de Veuster, conhecido como apóstolo dos leprosos e a religiosa francesa Maria da Cruz (Joana, nome civil) Jugan, fundadora da Congregação das Irmãzinhas dos Pobres.

Jozef Damian de Veuster (Bélgica), o conhecido Padre Damião, sacerdote da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria e da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento do Altar, consagrou sua vida aos leprosos da Ilha de Molokai, onde ele mesmo faleceu por causa desta doença.

Mário Nogueira, Fundador da Associação “Mãos Unidas P. Damião”, refere em comunicado enviado à Agência ECCLESIA que esta canonização deve servir para renovar “o nosso empenhamento para derrubarmos os muros da marginalização e construir muitas aldeias de Molokai por esse terceiro mundo das desigualdades”, considerando que “a resposta da Igreja surge no tempo certo”.

Quanta a Joana Jugan, a Irmã Maria da Cruz, as Irmãzinhas dos Pobres em Portugal, referem a “grande alegria” da canonização, falando da sua fundadora como uma “figura de mulher humilde, que na simplicidade e pobreza de coração entregou a sua vida a Deus no serviço às pessoas idosas pobres, numa inquebrantável confiança na providência de Deus”. A Congregação das Irmãzinhas dos Pobres está hoje presente em vários países dos cinco continentes

Os outros novos Santos são Francisco Coll y Guitart (Espanha), sacerdote Dominicano, fundador da Congregação das Dominicanas da Anunciação da Bem-aventurada Virgem Maria; Zygmunt Szczesny Felinski (Polónia), Arcebispo, fundador da Congregação das Religiosas Franciscanas da Família de Maria; e Rafael Arnáiz Baron (Espanha), monge da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Trapista), que faleceu aos 27 anos, vítima de um coma diabético. É considerado um dos grandes místicos do século XX.

Bento XVI fez até hoje mais de 750 beatos e 23 novos Santos, incluindo o Português São Nuno Álvares Pereira. O “recordista” João Paulo II fez 482 novos Santos e 1342 novos Beatos, num pontificado de 26 anos e meio.

Joana Jugan, Irmã Maria da Cruz

Nascida em Cancale, em Ille-et-Vilaine (França), na aldeia de Petites Croix, no dia 25 de Outubro de 1792, Joana Jugan é baptizada no mesmo dia do seu nascimento na igreja de Saint-Méen em plena tormenta revolucionária. O seu pai, marinheiro como a maioria dos homens da sua região, encontrava-se na grande pesca de Terranova. Quatro anos mais tarde, desaparece no mar. A sua mãe fica sozinha para educar os seus 4 filhos (outros 4 tinham falecido de pequenos). Para ajudar a família, Joana, aos 16 anos, vai como ajudante de cozinha a um solar perto de Cancale.

Aí permanece até à idade de 25 anos, depois deixa a sua casa para ir para Saint-Servan onde trabalhará como ajudante de enfermeira no hospital “do Rosais”. Ao pedido de casamento dum jovem marinheiro, ela responde: “Deus quer-me para Ele, guarda-me para uma obra que ainda não está fundada”.

Joana Jugan somente quer servir a Deus e aos outros, aos pobres, particularmente aos mais débeis, mais desamparados, fiel ao ideal de configuração a Jesus por Maria que ensinava São João Eudes aos membros da Ordem Terceira do Coração da Mãe Admirável, associação a que Joana pertencera desde à idade de 25 anos.

Uma tarde de Inverno de 1839, ela abre a porta da sua casa e do seu coração a uma velhinha cega e meio paralisada, bruscamente reduzida à solidão. Joana dá-lhe a sua cama... Este gesto vai comprometê-la, para sempre. Outra velhinha seguirá e depois uma terceira... Em 1843 será quarenta, que rodeiam Joana e as suas três jovens companheiras. Estas últimas nomeiam-na superiora da pequena associação, que se encaminha para uma verdadeira vida religiosa.

Em breve Joana Jugan será destituída deste cargo, reduzida à simples actividade do peditório, dura tarefa que ela empreende, animada nesta iniciativa de caridade e partilha pelos Irmãos de São João de Deus. À injustiça, Joana somente responde com o silêncio, a delicadeza, o abandono. A sua fé e o seu amor descobrem nesta decisão o caminho de Deus para ela e para a sua família religiosa.

No decorrer dos anos, a sombra deste anonimato se estende cada vez mais sobre Joana Jugan. O começo da sua obra é falsificado. Vive 27 anos posta de lado (1852 a 1879), quatro deles na casa de Rennes, e os vinte e três últimos em La Tour Saint Joseph, (casa Mãe da Congregação das Irmãzinhas dos Pobres desde 1856).

À sua morte, no dia 29 de Agosto de 1879, tem 87 anos e poucas Irmãzinhas sabem que ela é a fundadora, mas a sua influência entre as jovens postulantes e noviças, com as quais partilha a sua vida no decorrer destes últimos vinte e sete anos, é decisiva. Através deste contacto prolongado, passa o carisma inicial, o espírito com que iniciou a obra se transmite.

Pouco a pouco, a luz vai brilhando... A partir de 1902, a verdade começa a revelar-se: Joana Jugan, Irmã Maria da Cruz, morta no esquecimento, um quarto de século antes, já não é a terceira Irmãzinha, como tinham feito crer, senão a primeira, a Fundadora.

Irmãzinhas dos Pobres - Portugal

Padre Damião de Veuster

O Padre Damião de Veuster, SS.CC., mais conhecido como Damião de Molokai, vai ser declarado Santo pelo Papa Bento XVI no próximo dia 11 de Outubro, na praça de São Pedro, no Vaticano.

O Padre Damião, nascido na Bélgica em1840,  foi viver como missionário junto aos leprosos da ilha de Molokai (Hawai) aos 33 anos de idade.  Após 16 anos a atender heroicamente os leprosos,  morreu também leproso em 1889. Tinha 49 anos.  Seguindo o exemplo de Jesus, “amou-os até ao fim”, dando a vida por eles.

Damião nasceu no seio de uma família numerosa da região flamenga, a norte da Bélgica. Eram pequenos proprietários de fazenda agrícola e pecuária, e os pais, de fé católica profunda, pensaram em dedicar o pequeno dos filhos para continuar o trabalho da casa. Contava Damião 18 anos e já duas das irmãs tinham se tornado religiosas e o irmão mais velho, Pânfilo, era para já religioso dos Sagrados Corações, na altura uma pequena Congregação missionária de origem francesa.  Damião sentiu a vocação, foi difícil comunicá-la aos pais. Entretanto, professou como irmão dos ss.cc. e, após luta apurada com o latim  e o francês, conseguiu dos superiores encetar a Teologia. O seu sonho era ser missionário em terras longínquas, queria ser como São Francisco Xavier: a ocasião pintou quando o seu irmão ficou doente pouco antes do barco partir para o Pacífico Sul. Damião, em arrebatado entusiasmo, pediu para substituí-lo.

Não dá para narrar a viagem dos missionários por aqueles oceanos, do Atlântico Norte ao Sul, a passagem pelo Cabo de Hornos, a entrada no Pacífico… Cinco meses de navegação!

Damião formava parte da equipa missionária de padres e irmãs dos SS.CC. que tinham recebido da Congregação para Propagação da Fé a missão das Ilhas Sandwich, assim chamado então o arquipélago hawaiano. Aprender a língua kanaka, adaptar-se ao clima, aos costumes… Damião encarou isso tudo com a proverbial fogosidade do seu temperamento.

Estala uma epidemia de lepra no arquipélago: o  governo das Ilhas, naquela altura uma monarquia autóctone,  resolve internar os leprosos num cárcere natural, a cara norte da ilha de Molokai, entre o mar e a montanha.

A lepra, uma doença da pele, incurável  na altura, provocava então muito mais terror do que hoje. Alguns suspeitavam ela ser própria de povos subdesenvolvidos, ligada com costumes licenciosos, relacionada com a sífilis e outras doenças venéreas. O estigma do leproso era total: para além da desintegração física, a exclusão social, a maldição  divina.

É neste contexto que se compreende a angústia do padre provincial ao pedir voluntários para atender os leprosos. “Sem tocá-los, sem conviver com eles…”, disse. Mas, “alguém poderia ir à Molokai durante um tempo?” Levantam-se alguns sacerdotes, entre eles Damião. É ele o escolhido para lá ir.

Consta que Damião, aos 33 anos, nunca imaginara o que ia acontecer com ele: simplesmente tomou uma decisão coerente com a sua profissão perpétua em baixo do manto mortuário.  Ele era assim: entusiasta, lançado, convencido de que o Senhor precisava dele  para ir à Molokai naquele momento.

O que aconteceu depois ultrapassou as expectativas: Damião chegou à ilha e encontrou uma espécie de semi-caos. Kalawao era uma aldeia mais para depósito de doentes não atendidos, destinados a morrer, sem família, nem hospital nem cuidados, do que um assentamento humano digno desse nome. Prostituição, droga, assassínios.., normal entre  pessoas abandonadas a si próprias.  Foi precisa muita paciência, muita dedicação, muita oração.., para conseguir formar um povo daquela massa de moribundos.

Sempre é citada a frase de Mahatma Ghandi “é preciso saber de onde tirou este homem a força para tal heroísmo”, e todos nos perguntamos onde esteve o segredo de Damião para levar a cabo uma tal empresa. A resposta está no sacrário, certamente, na presença constante do Jesus  Eucarístico , nas adorações e celebrações… Jesus foi o Amigo que Damião teve nas idas a cavalo a visitar as aldeias, nas curas dos leprosos, na forma de encarar aos inimigos – que não foram poucos, dentro e fora da ilha - , na presença de ânimo para não se deprimir nos momentos piores de solidão.  Quando contraiu a doença – nunca obedeceu a quem lhe dissera que “não tocara os leprosos” – houve médicos a suspeitar dele ter tido relações com leprosas.  Logo se demonstrou o contrário…

Damião amou em excesso.  Entrou naquilo que Paulo disse na 1Cor: a loucura da Cruz.  Li há pouco:  “O Reino faz-se presente não pelas instituições de direito, mas pela acção dos homens justos. O Reino advém lá onde o poder do bem faz que recue o mal, sempre fascinante. Por isso, a metáfora da ‘clareira na floresta’ parece-me razoável.  Assim percebido, o Reino é uma  clareira no coração da história perversa ou ambígua..”p.270.  E mais adiante (p.272) “Os justos não se contentam com seguir  uma conduta razoável; excedem-se no desempenho, porque o mal  que o mundo gera é também excessivo, daí a reclamar  um excesso de bem”. (Christian Duquoc,  “Creo en la Iglesia”, Precariedad institucional y Reino de Dios, Sal Terrae, Santander, 2001).

Damião é uma “clareira no coração da história”,  uma testemunha  de que  o Reino  está  aí a fazer o seu trabalho. As sementes de misericórdia, compaixão e solidariedade que se manifestam na sua vida têm dado fruto no Senhor.  Ele morreu, segundo consta, feliz.  Caindo aos pedaços, com seus membros desfigurados, porém feliz.  Disse: “Como é  doce morrer  filho dos Sagrados Corações”.

São Damião, rogai por nós.

Luís Manuel Alvarez Garcia, ss.cc

DIONÍSIO e companheiros, Santos (e outros) - 9 de Outubro

Dionísio de Paris, Santo
Primeiro bispo de Paris, Outubro 9

Dionisio de París, Santo

Dionísio de Paris, Santo

Primeiro bispo de Paris

Martirológio Romano: São Dionísio, bispo, e companheiros, mártires, dos quais a tradição quer que o primeiro, enviado pelo Romano Pontífice à Gália, fosse o primeiro bispo de Paris, e que junto com o presbítero Rústico e o diácono Eleutério, padecessem fora da cidade (s. III).
Etimologia : Dionísio = Aquele que mantém a fé em Deus, vem do grego


Dionísio chegou a França em 250 ou 270 desde Itália com seis companheiros com o fim de evangelizá-la. Foi o primeiro bispo de Paris, e apóstolo das Gálias.
Dionísio fundou em França muitas igrejas e foi martirizado em 272, junto com Rústico e Eleutério, durante a perseguição de Valeriano. Segundo crêem alguns é em Montmartre (mons Martyrum), ou no sul da Ilha da Cité, segundo outros, onde se eleva, na actualidade, a cidade de Saint-Denis lugar em que foram condenados à morte.
Segundo as Vidas de São Dionísio, escritas na época carolíngia, após ser decapitado, Dionísio andou durante seis kilómetros com sua cabeça debaixo do braço, atravessando Montmartre, pelo caminho que, mais tarde, seria conhecido como rua dos Mártires. No término de seu trajecto, entregou sua cabeça a uma piedosa mulher descendente da nobreza romana, chamada Casulla, e depois se desfez em pó. Nesse ponto exacto se edificou uma basílica em sua honra. A cidade se chama actualmente Saint-Denis.
A tradição do culto a São Dionísio de Paris, foi crescendo pouco a pouco, dando-lhe a conhecer, chegando a confundi-lo com Dionísio Areopagita (bispo de Atenas) ou com Dionísio o Místico. Esta confusão provém do século XII quando o abade Suger falsificou uns documentos por razões políticas, fazendo crer que São Dionísio havia assistido aos sermões de Paulo de Tarso.

João Leonardi, Santo
Presbítero e Fundador, Outubro 9

Juan Leonardi, Santo

Juan Leonardi, Santo

Presbítero
Fundador da Ordem de Clérigos Regulares da Mãe de Deus

Martirológio Romano: São Juan Leonardi, presbítero, que deixou a cidade de Luca, na Toscana, onde exercia como farmacêutico, para chegar a ser sacerdote, e com o fim de ensinar às crianças a doutrina cristã, restaurar a vida apostólica do clero e propagar a fé cristã, instituiu a Ordem de Clérigos Regulares, mais tarde chamados da Mãe de Deus, devendo sofrer por isso muitas contradições. Também iniciou o Colégio de Propaganda Fide, em que, esgotado pelos trabalhos, descansou piedosamente (1609).
Juan nasceu em Diecimo (Toscana, Itália) em 1542.
Estando em Luca, estudando farmácia, formou parte de um grupo de jovens cristãos sob a direcção dos dominicanos cuja missão principal era assegurar-se uma intensa vida cristã através da oração, os sacramentos e a formação e assistindo aos pobres e peregrinos. Este grupo se constituiu em congregação laical, conhecida como os "Colombinos".
Nos seus vinte e seis anos, Juan Leonardi exercia sua profissão de farmacêutico. Mas seguia sentindo a chamada ao sacerdócio, que seu director espiritual orientou os estudos eclesiásticos, deixando então a farmácia e celebrando sua primeira missa em 6 de Janeiro de 1571.
Com a ajuda dos "Colombinos", dava aulas de religião e catequese na igreja de São João e ante o êxito o bispo lhe confiou a catequese em todas as igrejas de Luca. Ante a impossibilidade de atender pessoalmente as demandas dos párocos, escreveu um folheto com a síntese da doutrina cristã e o modo de a ensinar. Daí surgiu a fundação da Companhia da Doutrina Cristã, formada por laicos que foi aprovada pelo papa Clemente VIII em 1604.
São Juan Leonardi fundou a Fraternidade de Sacerdotes Reformados da Santíssima Virgem que após sua morte adoptou o nome de Clérigos Regulares da Mãe de Deus. Em 1584 o papa Gregório XIII confirmava a Ordem que em 1581 havia aprovado o bispo de Luca. A referida Ordem dava especial importância à obediência, à pobreza e à penitência.
Juan e seus clérigos em Roma, onde em 1601 fundaram um convento, destacaram no ensino da doutrina cristã e a comunhão frequente.
Em 1603, Juan Leonardi, em colaboração com o espanhol Juan Bautista Vives e o jesuíta Martín de Funes, fundaram um centro de estudos missionais, que com o tempo seria o Colégio Urbano de Propaganda Fide.
Juan morreu em Roma em 1609.

Luis Beltrán, Santo
Presbítero, Outubro 9

Luis Beltrán, Santo

Luis Beltrán, Santo

Religioso Presbítero

Martirológio Romano: Em Valência, em Espanha, são Luis Beltrán, presbítero da Ordem de Pregadores, que na América meridional pregou o evangelho de Cristo e defendeu a vários povos indígenas (1581).
Etimologia: Luis = Aquele que é famoso na guerra, vem do germânico

Luis Beltrán nasceu em Valência (Espanha) em l de Janeiro de 1526, de família rica e muito virtuosa. Seu pai, Juan Luis, depois de haver ficado viúvo, quis fazer-se monge do mosteiro de Porta-Coeli que fica perto de Valência. Mas quando já ia chegando ao mosteiro, apareceram-lhe são Vicente Ferrer e são Bruno que lhe disseram que a vontade de Deus não o queria no convento mas sim no mundo. Obedeceu, regressou e em pouco tempo se casou com a virtuosa Juana Angela Eixarch, filha de Juan Eixarch, rico mercador.
Luis foi o primogénito deste casal, e foi baptizado na paróquia de Santo Esteban, na mesma pia baptismal onde dois séculos antes havia sido baptizado san Vicente Ferrer. Desde muito criança deu claras mostras de sua afeição à oração e à penitência. Se conta que aos sete anos de idade passava longas horas em oração durante a noite e logo se recostava no solo; e para não ser descoberto, desarranjava a cama.
Leitor assíduo das vidas dos santos, se entusiasmou tanto com o exemplo de santo Alejo e san Roque, que por amor a Deus deixaram casa e parentes para peregrinar mendigando seu sustento, que resolveu seguir seu exemplo. Tirou dinheiro emprestado, preparou algo de roupa e alimento, buscou um companheiro que compartilhasse seu caminho e sua vida, e partiram a caminho de Santiago. Como a mãe se encontrava enferma e sabia a dor que estava causando a seu pai, escreveu-lhe uma carta que todavia hoje se conserva e que começava assim:
Tenho por muito certo o aborrecimento que Vossa Mercê e a senhora vão receber com a resolução que resolvi tomar. Mas certamente não o deviam receber, pensando que esta é a vontade de Deus...”.
Como é de supor, pouco depois foi encontrado pelo criado que enviou seu pai a buscá-lo. O encontrou perto de Buñol, descansando tranquilamente junto a uma fonte perto do povo que todavia hoje se conserva como então, e que é centro de muita devoção.
Aos vinte anos ingressou à Ordem de Pregadores e depois de sua Ordenação sacerdotal dedicou-se à pregação. Em 1562 foi enviado a América. Em Colômbia se dedicou à catequização, a baptizar e a levantar igrejas. Seu zelo e sua caridade ganhou o afecto dos indígenas, que acudiam a ele de todas partes e o acompanhavam constantemente. Em 1570 regressou a Espanha e continuou seu labor apostólico, e em 1574 o Capítulo geral de Aragão o nomeou pregador geral.
Ele próprio define seu estilo: “Eu prego em estilo que todos o entendam. E como Deus disse a Isaías: Stilo hominis. Quer dizer em bom romance claro, que o entenda todo o mundo. Isto é: estilo plano. Nenhum cronista há guardado tão bem as regras dos historiadores como os sagrados evangelistas. "¡Que curtos em contar as grandezas e proezas de Cristo! ¡Que sem eloquência! ¡Que sem afectos! ¡Que sem retóricas! Para que resplandeça a verdade, sem cor nem enfeite, sem ajuda de eloquência e saber humano”.
Desempenhou vários cargos em sua Ordem e morreu em 9 de Outubro de 1581, aos 55 anos de idade, no palácio do patriarca San Juan de Ribera, que era seu amigo. Foi canonizado por Clemente X em 1671, e a Igreja colombiana o tem venerado sempre como um de seus principais advogados e padroeiros.

Cirilo Beltrán, Inocêncio da Imaculada

e 8 companheiros; Santos

Mártires de Turón nas Astúrias, Octubre 9

Cirilo Beltrán, Inocencio de la Inmaculada y 8 compañeros; Santos

Cirilo Beltrán, Inocêncio da Imaculada e 8 companheiros; Santos

9 Lazaristas e 1 Pasionista

Martirológio Romano: Na localidade de Turón, na região espanhola de Astúrias, santos mártires Inocêncio da Imaculada (Manuel) Canoura Arnau, presbítero da Congregação da Paixão, e oito companheiros, dos Irmãos das Escolas Cristãs, que, durante a revolução, em ódio à fé foram assassinados sem julgamento prévio, alcançando assim a vitória (1934). Seus nomes são: santos Cirilo Bertrán (José) Sanz Tejidor, Marciano José (Filomeno) López López, Victoriano Pío (Cláudio) Barnabé Cano, Julián Alfredo (Vilfrido) Fernández Zapico, Benjamín Julián (Vicente) Alonso Andrés, Augusto Andrés (Román) Martín Fernández, Benito de Jesús (Héctor) Valdivieso Sáez e Aniceto Adolfo (Manuel) Seco Gutiérrez.
A Igreja eleva hoje à glória dos altares a nove Irmãos das Escolas Cristãs (Lasalianos) e a um Padre Pasionista. Oito Irmãos dirigiam uma escola em Turón, um povo situado no centro de um vale mineiro da região asturiana, no nordeste de Espanha e foram martirizados em 1934. O nono Irmão é de Catalunha e morreu perto de Tarragona em 1937. O Padre Pasionista prestava assistência sacramental à escola de Turón. Se trata da glorificação de dez pessoas que levaram a fidelidade de suas vidas consagradas até dar seu sangue em testemunho e na defesa de sua fé e de sua missão evangelizadora. Em consequência, essa solene decisão eclesial redunda na glorificação da formosa tarefa de educar cristãmente às crianças de todos os tempos.
A maioria destes religiosos se achavam em plena juventude: quatro deles tinham menos de 26 años e o mais velho tinha 46. Seus nomes são:

Irmão CIRILO BELTRÁN (JOSÉ SANZ TEJEDOR), director da comunidade, nasceu em Lerma, província de Burgos, em 20 de Março de 1888. Os pais eram humildes trabalhadores: deles aprende a austeridade e o espírito de sacrifício. Ingressou no Noviciado dos Irmãos em Bujedo e fez sua primeira profissão religiosa em agosto de 1905. Em sua vida apostólica se mostra comprometido e zeloso. Nomeado director da escola de Turón, onde chega em 1933, sua atitude prudente e serena é de grande ajuda para os Irmãos da comunidade. No verão de 1934 participa num retiro de um mês em Valladolid: será a melhor preparação para seu encontro com o Senhor no martírio que terá lugar dentro de uns meses.
Irmão MARCIANO JOSÉ (FILOMENO LÓPEZ LÓPEZ), nasceu no El Pedregal, província de Sigüenza Guadalajara, em 17 de Novembro de 1900. Pertence a uma família de trabalhadores e aprende desde criança a suportar as moléstias do trabalho e afrontar com ânimo as dificuldades da vida. A sugestão de um tio seu ingressa no Instituto dos Irmãos de La Salle, mas uma enfermidade no ouvido o obriga a regressar a sua família. Cedo será admitido de novo, mas na condição de se dedicar a trabalhos manuais. Se acha na comunidade de Mieres (Astúrias) quando aceita substituir a um Irmão de Turón, assustado pelas tensões desse momento. Isto ocorria no mês de Abril de 1934, seis meses antes do sacrifício supremo que o Senhor lhe pedirá. Une assim seu destino ao de seus companheiros de comunidade, a que sempre tem prestado seus serviços com bondade e carinho.
Irmão VICTORIANO PÍO (CLÁUDIO BARNABÉ CANO), nasceu em San Millán de Lara, província de Burgos, em 7 de Julho de 1905. Seus pais, lavradores, lhe inculcaram desde os primeiros anos as virtudes de trabalho e espírito de serviço. Ingressou no Instituto dos Irmãos de La Salle em Bujedo em 1918. As leis de 1933, obrigam aos Irmãos, por prudência, a mudar frequentemente de residência e ele é trasladado do Colégio de Palencia para a escola de Turón. Lhe custou muito a mudança, mas o aceitou com espírito de sacrifício e obediência. Levava somente dez dias em Turón quando o Senhor lhe pediu um sacrifício maior, o sacrifício de sua vida.
Irmão JULIÁN ALFREDO (VILFRIDO FERNÁNDEZ ZAPICO), nasceu em Cifuentes de Rueda, província de León, em 24 de Dezembro de 1903. Os bons conselhos de seus pais e a influência de um tio sacerdote com o qual foi obrigado a viver durante algum tempo depois da morte prematura de sua mãe, fazem crescer sua piedade natural e o inclinam muito jovem para a vida religiosa. Aos 17 anos ingressa no noviciado dos Capuchinhos de Salamanca. Mas por causa de uma inesperada enfermidade regressa a sua casa. Tem 22 anos quando Deus lhe dá a conhecer aos Irmãos de La Salle e em 1926 ingressa no noviciado de Bujedo. Mostra grande maturidade e piedade que suscita a admiração de seus companheiros mais jovens. Em seu labor educativo manifesta assim mesmo uma dedicação extraordinária, sobretudo ao preparar as crianças para a primeira comunhão. No verão de 1933 é destinado à comunidade de Turón. O ano anterior havia feito sua profissão perpétua selando seu compromisso definitivo com o Senhor. Quando Deus o chama ao sacrifício de sua vida, se encontra preparado para responder sem vacilação.
Irmão BENJAMIN JULIÁN (VICENTE ALONSO ANDRÉS), nasceu em Jaramillo de la Fuente, província de Burgos, em 27 de Outubro de 1908. Muito jovem ingressa no Instituto dos Irmãos de La Salle. Teve que vencer algumas dificuldades nos estudos devido a sua falta de preparação inicial. A mesma decisão manifestou nas metamorfoses de seu itinerário religioso. Quando em 30 de Agosto de 1933 emitiu seus votos perpétuos com plena maturidade e decisão, recolhia o fruto de sua força e de sua generosidade. Quando recebeu a ordem de mudar da escola de Compostela, tanto os alunos como as famílias o sentiram muito e queriam impedi-lo a toda  o custo, mas ele com generosa disponibilidade, ainda que com muita nostalgia, aceitou e se mudou para Turón. Os que passaram por aquele lugar nunca olvidariam sua alegria e o optimismo que mostrava em seus comentários e juízos sobre a situação naqueles momentos. Tanta simplicidade e fortaleza só podiam proceder de um coração saturado de Deus, que o elegeu para seu encontro com Ele.
Irmão HÉCTOR VALDIVIELSO (BENITO DE JESUS). seus pais se mudaram para Buenos Aires uns anos antes de seu nascimento, que teve lugar em 31 de Outubro de 1910. Foi baptizado na Igreja de San Nicolas de Bari, que se encontrava na zona onde se eleva actualmente o Obelisco da Avenida 9 de Julho. Quando seus pais, por causa de dificuldades financeiras, se viram obrigados a regressar a Espanha, estabelecendo-se em Briviesca (Burgos), conheceu e entrou no centro de formação dos Irmãos de La Salle em Bujedo. Depois fez o Noviciado Missionário que os Irmãos tinham em Lembecq-lez-Hal, Bélgica, movido do desejo de realizar um dia o apostolado na terra onde havia nascido, a Argentina. Em espera de poder realizar-se seus sonhos, os Superiores o destinaram à escola de Astorga (León). Em Setembro de 1933 foi destinado a Turón. No curto tempo que permaneceu na cuenca mineira, se mostrou como sempre, plenamente entregue à classe e as associações juvenis da Cruzada Eucarística e a Acção Católica. Sua dedicação aos jovens converteu, o jovem, em candidato predilecto para o martírio, coisa que não tardou em se realizar. É o primeiro Santo Argentino.
Irmão ANICETO ADOLFO (MANUEL SECO GUTIÉRREZ), o benjamim da comunidade, havia nascido em Celada Marlantes, província de Santander, em 4 de Outubro de 1912. Ainda que cedo tenha ficado órfão de mãe, a piedade de seu pai era tal que foram três os filhos que entregou a Deus no Instituto de S. Juan Bautista de La Salle. Entrou no Noviciado em 1928 e emitiu seus primeiros votos em 1930. No meio de seu trabalho, sua maior preocupação era o cultivo de sua vida espiritual. Ela lhe movia a preocupar-se intensamente pelos outros, sobretudo no referente ao cumprimento do dever e à entrega generosa a Deus. Depois de permanecer um ano no Colégio de Nossa Senhora de Lourdes em Valladolid, foi destinado a Turón em Agosto de 1933. O sorriso sereno e atractivo que adornava permanentemente seu rosto, teve que impressionar sem dúvida aos mesmos assassinos que, a seus 22 anos, o conduziram à eternidade.
Irmão AUGUSTO ANDRÉS (ROMÁN MARTÍNEZ FERNÁNDEZ) nasceu em Santander em 6 de Maio de 1910. Herdou de seu pai, militar de profissão, o sentido da precisão e da ordem; e de sua mãe, piedosa e simples, a gentileza que tanto admiravam seus professores, seus companheiros e depois seus alunos. Quando manifestou a intenção de se faces religioso -era o filho mais velho e o único rapaz em casa quando seu pai morreu- sua mãe não se resignava. Mas uma enfermidade do jovem dobrou a resistência materna. Prometeu à Virgem que aceitaria los desejos de seu filho se o sarasse e, havendo obtido a cura, autorizou o ingresso nos Irmãos de La Salle. Em 1922 finalizou seu noviciado e emitiu com decisão seus primeiros votos religiosos. Se achava no colégio de Palencia em 1933, quando a dispersão o levou ao que havia de ser seu próximo destino, a comunidade de Turón. Seu valor e decisão foram chamativos nos últimos momentos de sua existência, pois ele foi quem dirigiu as últimas palavras a seus verdugos. Foram palavras cheias de inteireza e aceitação do martírio, próprias de um coração totalmente entregue a Deus.
Presbítero INOCÊNCIO DA IMACULADA (MANUEL CANOURA ARNAU), nasceu no Valle del Oro, província de Mondoñedo, em 10 de Março de 1887. Ingressou na Congregação dos Pasionistas com a idade de 14 anos. Recebeu o Sub-diaconado em Mieres em 1910 e o Diaconato em Junho de 1912. Em 20 de Setembro de 1920 foi ordenado sacerdote. Desde então começou para este Padre instruído e zeloso, uma vida de intenso apostolado sacerdotal, em que cabe ressaltar sua dedicação ao ensino da filosofia, da teologia, da literatura nas diversas casas a que foi destinado. Seu último destino foi de novo Mieres, em começos de Setembro de 1934. A causa de que se achava com os Irmãos em Turón foi que havia sido requerido seu serviço sacramental, ao que se havia oferecido de bom grado quando lhe pediram que fosse a confessar para preparar as crianças a celebrar a primeira sexta-feira de mês, que coincidia com o 5 de Outubro.
O martírio destes Irmãos não chegou de modo inesperado. A situação que vivia Espanha era difícil: a maçonaria e o comunismo lutavam pelo poder e por fazer desaparecer a tradição religiosa. Se haviam programado uma série de iniciativas contra a Igreja, os sacerdotes e os religiosos. Se promoveu uma campanha de ódio e violência que em certos lugares chegou a cruéis desenlaces, inclusive mais além das previsões dos grupos dirigentes. Astúrias era uma região mineira com grande quantidade de imigrados cujo regime de vida era duro e se sentiam desarreigados de seus melhores tradições. A campanha contra a burguesia e contra a Igreja encontrou ali um terreno especialmente preparado. Assim sucedeu que em 5 de Outubro um grupo de rebeldes prendeu aos oito Irmãos que trabalhavam na escola de Turón e ao sacerdote pasionista que estava com eles. Os nove religiosos foram concentrados na "casa do povo" à espera da decisão que havia de tomar o "Comité revolucionário".
Sob a pressão de alguns extremistas, o Comité decidiu a condenação à morte destes religiosos que tinham uma notável influência na localidade, já que grande parte das famílias mandavam seus filhos a sua escola. A decisão se tomou em segredo: os religiosos seriam fuzilados no cemitério do povo, pouco depois da uma da madrugada, em 9 de Outubro de 1934. Os assassinos foram recrutados de outros lugares porque no povo de Turón não encontraram quem estivesse disposto a perpetrar semelhante crime. As vítimas compreenderam de imediato as intenções do Comité e se prepararam generosamente ao sacrifício com a oração, a confissão e o perdão que outorgaram a seus assassinos. À hora prevista pelo Comité, caminharam juntos e serenos ao cemitério. No centro do mesmo estava preparada uma fossa diante da qual alinharam aos religiosos. Foram mortos com duas cargas de fuzilaria e rematados a tiros de pistola. A serenidade e valentia com a que os Irmãos e o P. Pasionista aceitaram o martírio impressionou aos próprios assassinos como mais tarde eles mesmos declarariam. Poucos meses depois de sua morte seus corpos foram exumados e trasladados com grandes manifestações de adesão ao mausoléu onde repousam em Bujedo, na província de Burgos.
O Irmão JAIME HILÁRIO (MANUEL BARBAL COSÍN) nasceu em 2 de Janeiro de 1898 em Enviny, diocese de Urgel, província de Lérida. Viveu num ambiente profundamente cristão, nos trabalhos do campo e rude labor de um povo de alta montanha. A seus treze anos entrou no Seminário de La Seo de Urgel. Mas, devido a uma enfermidade do ouvido que será uma cruz ao longo de sua vida, teve que abandonar os estudos eclesiásticos. Em 1917 decidiu entrar no noviciado dos Irmãos de La Salle. Em 24 de Fevereiro do mesmo ano, em Irún, tomou com o hábito religioso o nome de Irmão Jaime Hilário. Um ano mais tarde iniciava sua missão de educador e catequista. Foi em Mollerusa, em Pibrac, perto de Toulouse (França), em Calaf, sua terra natal. Neste período se fez patente sua capacidade literária, colaborando em revistas na difusão dos valores cristãos. Daí em diante sua surdez o impedirá de seguir seu labor educativo. Teve que mudar-se a Cambrils (Tarragona) para ocupar-se dos trabalhos do campo. Em 18 de Julho de 1936 estala a guerra civil espanhola. O Irmão Jaime Hilário se refugia numa casa amiga de Mollerusa, onde permanece em regime de liberdade vigiada. Depois é transferido para a cadeia de Lérida e, posto que procedia de Cambrils, é conduzido a Tarragona e encarcerado no barco " Mahon " com outros sacerdotes e seculares cristãos. Em 15 de Janeiro de 1937 se celebrou seu juízo sumaríssimo. Não queria advogado defensor porque ia dizer sempre a verdade. Por obediência aceitou a defesa do Sr. Juan Montañés, mas não permitiu que se dissimulasse sua condição de religioso. O Tribunal Popular de Tarragona o condenou à morte. Aceitou o veredicto com serenidade admirável e ali mesmo enviou a seus familiares uma carta em que expressava sua alegria de morrer mártir. O advogado tramitou a solicitude de graça, que foi concedida às outras 24 pessoas que haviam sido julgadas com ele; mas ele, o único religioso do grupo, foi executado. Em 18 de Janeiro de 1937, às 3,30 da tarde, o Irmão Jaime Hilário foi fuzilado no pequeno bosque do Monte de la Oliva, junto ao cemitério de Tarragona. Com assombro do piquete, o mártir seguiu a pé depois de duas descargas sucessivas. O grupo atirou as armas e se deu a fuga. O chefe do pelotão, furioso, se acercou da vítima e disparou na têmpora do herói. Suas últimas palavras aos que iam fuzilá-lo foram: -¡Amigos, morrer por Cristo é reinar!
Estes mártires (os nove de Turón e o Irmão Jaime Hilário) foram beatificados juntos pelo Papa João Paulo II em 29 de Abril de 1990. Além disso, desde 21 de Novembro de 1999 a Igreja honra sua fé e seu sacrifício, declarando-os Santos e propondo-os como exemplo ao povo cristão.
Reproduzido com autorização de
Vatican.va

Abraão, Santo
Patriarca do Antigo Testamento, Outubro 9

Abraham, Santo

Abraham, Santo

Patriarca do Antigo Testamento

Martirológio Romano: Comemoração de santo Abraham, patriarca e pai de todos os crentes, que, chamado por Deus, saiu de sua pátria, a cidade de Ur de Caldeia, e peregrinou pela terra que Deus havia prometido a ele e a seus descendentes. Manifestou toda sua fé em Deus, esperando contra toda esperança ao não se negar a oferecer em sacrifício ao filho unigénito, Isaac, que o Senhor lhe havia dado, já ancião, de sua esposa Sara.
Etimologia: Abraham = Aquele que é pai de muitos povos

A história de Abraham se encontra no primeiro livro da Bíblia, o Livro do Génesis.
Com Abraham fundou Deus no mundo a verdadeira religião.
Vivia na cidade de Ur, perto dos rios Tigre e Eufrates, quando Deus lhe pediu o sacrifício de se afastar de sua terra, que era muito fértil, e de sua formosa cidade e ir para um país desconhecido e desértico, longe de familiares e amigos. Abraham aceitou este sacrifício, e Deus em paga lhe prometeu que seus descendentes possuiriam para sempre aquele país.
Abraham desejava ter um filho que prolongasse sua família, e Deus permitiu que sua esposa fosse estéril e que com a idade de 90 anos Abraham todavia não conseguira ter o filho que tanto desejava. Sem embargo Nosso Senhor lhe prometeu que sua descendência seria tão numerosa como as areias do mar e Abraham acreditou nesta promessa de Deus, e esta fé lhe foi apreciada e recompensada.
Deus lhe aparece em forma de viajante peregrino (acompanhado de dois anjos disfarçados também) e Abraham os atende maravilhosamente bem. Deus lhe promete que dentro de um ano terá um filho. Sara a esposa, que está ouvindo detrás de uma cortina, se ri desta promessa, porque lhe parece impossível já que eles dois são muito velhos. Deus manda que ao menino lhe ponham por nome "Isaac", que significa "o filho do sorriso". E quando o jovenzinho tem 12 anos, Deus pede a Abraham que vá a um monte e lhe ofereça o filho em sacrifício. Abraham aceita isto que lhe custa muitíssimo e quando já vai quase a matar a Isaac, um anjo lhe detém a mão e ouve uma voz do céu que lhe disse: "Hei visto quão grande é tua generosidade. Agora te prometo que tua descendência nunca se acabará no mundo". E logo vê um veado enredado entre umas matas de espinhos e o oferece em sacrifício a Deus.
Os inimigos atacaram a  cidade onde vivia Lot, o sobrinho de Abraham, levando a todos prisioneiros. Então o patriarca reuniu a seus operários (318) e atacou por surpresa aos inimigos e libertou a todos os cativos. Em acção de graças elevou a Melquisedec, sacerdote de Jerusalém, a décima parte de tudo o que havia conseguido. Desde então ficou o costume de dar para Deus e para os pobres o dizimo, ou seja a décima parte do que cada um ganha.
Nosso Senhor comunicou a seu amigo Abraham que ia a destruir a Sodoma por que nessa cidade se cometiam pecados de homossexualidade. Abraham rogou a Deus que não a destruísse se houvesse ali sequer dez pessoas boas. Mas como não as havia, caiu uma chuva de fogo e os matou a todos. Solo se salvou Lot, por ser o sobrinho de Abraham. Mas a mulher de Lot desobedeceu à ordem dos anjos e ao sair da cidade olhou para trás e ficou convertida em estátua de sal.
Abraham foi pai de Isaac, do qual nasceram Esaú e Jacob. Os filhos de Jacob se chamam os doze Patriarcas, dos quais se formou o povo de Israel. Deus lhe mudou o nome de Abrão, que que significa "pai", pelo nome de "Abraham", que significa: pai de muitos povos.
A Sagrada Bíblia louva a Abraham porque acreditou contra toda esperança e porque nunca duvidou de que Deus sempre cumpre o que promete, ainda que pareça impossível.


Santo Patriarca Abraham, pede a Deus que nos conceda uma fé tão grande como a tua, e a perseverar fieis à nossa religião até à morte.

Outros Santos e Beatos


Completando o santoral deste dia, Outubro 9

Otros Santos y Beatos

Outros Santos e Beatos

Santos Diodoro, Diomedes e Dídimo, mártires


Em Laodicea, de Síria, paixão dos santos Diodoro, Diomedes e Dídimo (s. inc.).

 
Santa Publia, monja

Em Antioquia, de Síria, comemoração de santa Publia, que, ao morrer seu marido, entrou num mosteiro, e enquanto cantava com suas companheiras virgens as palavras do salmo «os ídolos dos gentios são ouro e prata» e «sejam semelhantes os que os fazem», ao passar ali o imperador Juliano o Apóstata ordenou que a esbofeteassem e repreendessem com aspereza (s. IV).


São Sabino, eremita


Na região de Bigorre (Saint-Savin-de-Lavedan), aos pés dos montes Pirenéus, são Sabino, eremita, que ilustrou a vida monástica em Aquitania (s. V).


São Bernardo de Rodez, abade


No mosteiro de Montsalvy, em França, são Bernardo de Rodez, abade dos canónicos regulares  desse cenóbio (1110).


São Guntero, eremita


No mosteiro de Brevnov, em Bohemia, são Guntero, eremita, que, abandonando os bens da terra, abraçou a vida monástica e, mais tarde, se retirou para a solidão dos bosques situados entre Baviera e Bohemia, vivendo e morrendo desligado de tudo, mas ao mesmo tempo muito unido a Deus e aos homens (1045).

Santo Domnino, eremita

Em Tiferno, junto ao Tíber (hoje Città di Castello), na Umbría, santo Domnino, eremita (610).

SAN GISLENO
São Gisleno, monge


Na região de Hainaut, na Austrasia, são Gisleno, que viveu como monge numa cela que o mesmo havia construído (s. VII).


SAN DOMINO 
DE FIDENZASanto Domino, mártir


Na cidade chamada Julia (hoje Fidenza), no território de Parma, na via Cláudia, santo Domino, mártir (s. IV).


SAN DEUSDEDIT

San Deusdedit, monge mártir


No mosteiro de Montecassino, são Deusdedit, abade, que foi encarcerado pelo tirano Sicardo e, consumido pela fome e pelas privações, entregou seu espírito a Deus (834).

http://es.catholic.net/santoral

 

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...