quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

7 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA


SANTOS DO DIA DE HOJE
7 DE JANEIRO DE 2010

Raimundo de Peñafort, Santo
Janeiro 7   -  Presbítero Dominicano
Raimundo de Peñafort, Santo
Raimundo de Peñafort, Santo
Presbítero Dominicano
Martirológio Romano: São Raimundo de Peñafort, presbítero da Ordem de Pregadores, exímio mestre em direito canónico, que escreveu de modo muito acertado sobre o sacramento da penitência. Eleito mestre geral da Ordem, preparou a redacção das novas Constituições e, chegado a idade muito avançada, adormeceu no Senhor na cidade de Barcelona, em Espanha. (1275)
Etimologicamente: Raimundo = Aquele que é protector ou bom conselheiro, é de origem germânica.

Quando Gregório IX, de quem havia sido um precioso colaborador, lhe comunicou sua intenção de nomeá-lo arcebispo de Tarragona, a consternação de Raimundo de Peñafort foi tal que adoeceu. O humilde e douto sacerdote, que havia nascido entre 1175 e 1180, havia sempre recusado honras e prestigio, mas não o havia logrado. Recusando uma vida cómoda e alegre (era filho do nobre castelhano de Peñafort), se havia dedicado desde muito jovem aos estudos filosóficos e jurídicos; aos vinte anos ensinava filosofia em Barcelona, e aos trinta anos, recém graduado, ensinava jurisprudência em Bolonha. O soldo que obtinha por isso o gastava todo em socorrer aos necessitados.
Regressou a Barcelona por convite de seu bispo, que o nomeou canónico. Mas quando os dominicanos chegaram a essa cidade, o convidaram a ingressar em suas filas e Raimundo, abandonando tudo, entrou na Ordem. Dezasseis anos depois, em 1238, foi nomeado Superior Geral, cargo que não pôde recusar. Durante dois anos visitou a pé os conventos da Ordem, depois reuniu o Capítulo geral em Bolonha e apresentou sua renúncia. Assim, aos setenta anos de idade pôde regressar ao ensino e à pastoral.
Nomeado confessor do rei Santiago de Aragão, não duvidou em reprovar sua conduta escandalosa durante a expedição à ilha de Maiorca. Uma lenda conta que o rei havia proibido que as embarcações se dirigissem até Espanha, e então, Raimundo, para manifestar seu desacordo com o soberano, estendeu sua manta sobre a água e sobre ela navegou até Barcelona.
Uma de suas obras apostólicas dignas de recordar são as missões para a conversão dos hebreus e os maometanos que viviam em Espanha. Segundo a tradição, se lhe atribui o mérito de haver convidado a Santo Tomás de Aquino a escrever a Summa contra Gentios, para que seus pregadores tivessem um texto seguro de apologética para as controvérsias com os hereges e infiéis. Ele próprio redigiu importantes obras de teologia moral e de direito, entre elas a Summa casuum para a administração correcta e eficaz do sacramento da penitência. Morreu quase aos cem anos, em 6 de Janeiro de 1275 e foi canonizado em 1601.
¿Queres saber mais? Consulta ewtn

Canuto Lavard, Santo
Janeiro 7   -  Mártir

Canuto Lavard, Santo
Canuto Lavard, Santo
Mártir
Martirológio Romano: Nos bosques próximos a Ringsted, na Dinamarca, são Canuto, apelidado Lavard, mártir, que, feito duque de Schleswig, exerceu o poder de modo justo e prudente, e favoreceu a piedade de seu povo. Morreu assassinado por inimigos que recusavam a sua autoridade (1131).

Canuto Lavard (12 de Março de 1096 - Ringsted, Dinamarca, 7 de Janeiro de 1131). Príncipe danês ou (dinamarquês, na actualidade), duque de Jutlandia Meridional de 1115 a 1131, e rei dos Obodritas de 1129 a 1131.
Canuto Lavard era filho do rei Erik I de Dinamarca e da rainha Bodil Thrugosdatter. Em 1115, seu tio, o sucessor de seu pai, o rei Nicolás I de Dinamarca, concedeu-lhe o título de duque de Jutlandia Meridional.
Enrique, o príncipe cristão dos Obodritas, povo wendo de Vagrie, perto de seu ducado, que havia sido anexado a Dinamarca, morreu em 1129 e a família real foi assassinada. Canuto Lavard se fez nomear rei pelo imperador germânico, com o objectivo de terminar a evangelização dos primeiros pagãos desta região da costa báltica.
Seu primo, Magnus Nilsson, filho de Nicolás I de Dinamarca, foi nomeado rei de Suécia, como sucessor do rei Inge I de Suécia.
Ambos primos, eventuais pretendentes ao reino de Dinamarca, contavam, portanto, com um título real e a animosidade entre eles foi crescendo até que Magnus Nilsson matou a Canuto Lavard em Haraldsted, perto de Ringsted, em Selandia, em 7 de Janeiro de 1131. Desde o momento de sua morte, o jovem príncipe Canuto foi objecto de devoção. Seu assassinato desatou uma guerra civil na Dinamarca.
Canuto Lavard foi declarado Santo pelo Papa Alexandre III el 25 de Junho de 1170, durante o reinado de seu filho Valdemar I de Dinamarca. Sua festividade, o Knutsdagen (Dia de Canuto) se celebrou originalmente o dia de sua morte, 7 de Janeiro, mas posteriormente foi mudada para 13 de Janeiro, como permanece na actualidade.
Casou-se, em 1116 com Ingeborg de Kiev, filha do príncipe Mstislav I de Kiev. Desta união nasceram:
ºMargarita, casada com Stig Tokesen Hvide, morto em 1151
ºCristina, nascida em 1118, casada com o rei Magnus IV de Noruega, foi repudiada.
ºCatalina, casada em 1159 com Pribislav, príncipe dos Wendes
ºValdemar I de Dinamarca, filho póstumo, nasceu em 14 de Janeiro de 1131
Carlos Sezze, Santo
Janeiro 7   -  Religioso franciscano
Carlos Sezze, Santo
Carlos Sezze, Santo
Alguns escritores modernos têm chamado a atenção dos teólogos místicos sobre este leigo franciscano, antes quase desconhecido por causa de ficar ainda inéditos em sua maior parte seus numerosos escritos, que são quarenta entre tratados e cartas; somente seis, e não certamente os mais importantes, mereceram a honra da imprensa.
Nasceu este santo varão em Sezze, formosa vila da província romana, em 22 de Outubro de 1613, de pais muito pobres de bens temporais mas muito ricos de virtudes, os quais lhe procuraram dar unicamente a instrução elementar, que bem cedo teve que interromper para se dedicar à guarda das ovelhas, o que lhe serviu admiravelmente, como a outro Pascual Bailão, para o exercício de oração e a leitura de livrinhos piedosos. Visitava com frequência a igreja dos Frades Menores, não muito longe de sua casa, e ao contemplar nela os toscos quadros dos beatos (hoje canonizados) Salvador de Horta e Pascual Bailão, leigos espanhóis da expressada Ordem, sentia tal entusiasmo que, como escreveu depois, exclamava: «Se eu chego a entrar nesta religião imitarei a estes santos: passarei as noites na igreja e farei asperíssima penitência».
Caiu logo em muito grave enfermidade, a qual foi causa decisiva de sua vocação religiosa, de modo que aos dezassete anos de idade pediu licença para entrar entre os religiosos franciscanos da província de Roma no estado laical, o qual conseguiu depois de longa e dura prova, sendo enviado ao convento de Nazzaro, onde vestiu o pobre saial de São Francisco no dia 18 de Maio de 1635, começando logo o noviciado. Passado o ano de prova entre rigorosos exercícios de penitência e grandes tribulações espirituais, alguns religiosos professos estavam perplexos em lhe permitir ou lhe negar a licença para pronunciar os três votos perpétuos, duvidando que pudesse sustentar o peso da vida regular. Nesta lamentável situação acudiu o devoto jovem à Virgem Santíssima, de quem havia recebido já tantos favores; esta clementíssima Mãe veio sem tardar em seu auxilio, de modo que, desaparecendo aqueles temores, pôde no dia 19 de Maio de 1636 consagrar-se para sempre ao Senhor, mudando o nome de João Carlos pelo de Carlos de Sezze. 
A vida do fervoroso leigo depois de sua profissão foi bastante simples, residindo sucessivamente nos conventos de Morlupo, Ponticelli, Palestrina, Carpineto (pátria do futuro papa León XIII), São Pedro in Montorio de Roma (em grande parte edificado pelos Reis Católicos Fernando e Isabel) e São Francisco a Ripa, que conserva a recordação do quarto de São Francisco e onde Carlos de Sezze faleceu santamente no dia 6 de Janeiro de 1670. Morando em Morlupo teve uma tremenda visão que lhe deu alento no progresso da vida contemplativa; em Ponticelli deu-se inteiramente ao exercício que chamava «a confiança em Deus» ou a pequenez espiritual, à guisa de um menino descansando no regaço de sua mãe e que tanto recomenda o Santo em seus escritos. Bem cedo o cativou outro exercício saudável: rogar todos os dias pela propagação da fé nos países pagãos, desejando além disso derramar neles o sangue por Cristo, e para o efeito pediu e obteve partir como missionário para as Índias de patronato português; mas ao ir para lá lhe sobreveio uma grave enfermidade, pelo que foi trasladado para a enfermaria de São Francisco a Ripa, chorando amargamente porque não podia acompanhar os que saiam destinados àquelas missões.
Naquele tempo a província romana abriu um convento de retiro em Castelgandolfo, onde os religiosos viviam com extraordinária austeridade, muito semelhante à dos antigos anacoretas; ali acudiu nosso Carlos com permissão dos superiores; mas pelo visto o sitio não era muito são, assim é que pouco depois, isto é, em 1643, houve que encerrar aquele convento por causa das doenças contraídas por alguns religiosos; pelo que o servo de Deus foi trasladado a Carpineto, onde pôde dar provas de sua heróica caridade durante a terrível epidemia que devastou aquela região. Viu-se muitas vezes assistindo aos pobres empestados mais perigosos, sem cuidar de sua própria saúde e também carregando sobre suas costas aos mortos para lhes dar cristã sepultura. Deus permitiu que, em vez de prémio por tanta abnegação e sacrifício, recebesse uma pública repreensão e fosse trasladado ao convento romano de São Pedro in Montorio para encarregar-se do oficio de sacristão e, mais tarde, do de questor de esmolas  na mesma capital. Exercitando este último humilde serviço recebeu de Jesús Sacramentado o mais estupendo prodígio de sua vida, que lhe mereceu o título de «Serafim da Eucaristia», pois que entrando uma manhã na igreja de São José «de Capo de Case», situada perto da actual praça de Espanha, e ouvindo ali em companhia de alguns fieis e todo absorto no amor de Jesús o santo sacrifício da missa, ao chegar o acto da elevação um raio luminoso partiu da hóstia sagrada ferindo o costado do Santo até penetrar seu coração – cujo sinal se observa ainda actualmente –, com o qual caiu o extático leigo num admirável delíquo (desmaio) de amor e dor, como ele mesmo refere em sua autobiografia. Desde este momento a vida de frei Carlos foi eminentemente eucarística, de modo que frequentemente, depois da santa comunhão, experimentava largos colóquios e íntimas comunicações com Jesús, a quem tanto recreava o fervor e simplicidade columbina de seu servo.
Este fidelíssimo filho do «Pobrecillo de Assis» foi decorado com o dom de milagres: numerosíssimos enfermos recobraram a saúde mediante as orações que por eles elevava ao Senhor, à Virgem Santíssima e ao então Beato Salvador de Horta, taumaturgo catalão, cuja devoção haviam propagado por Itália os franciscanos de Sardenha, em cuja capital havia falecido em 1567, e neste mesmo tempo trabalhava em Roma para sua canonização o Beato Buenaventura de Barcelona, leigo também falecido igualmente como seu compatriota em terras italianas. O próprio Carlos de Sezze refere difusamente uns vinte milagres obrados por ele mediante uma relíquia do prodigioso franciscano de Horta, que levava sempre consigo. Estes milagres, o mesmo que suas excelsas virtudes e maravilhosas profecias, fizeram popular no Lacio o nome de frei Carlos, de modo que até alguns cardeais e papas o cumularam de obséquios. Predisse a honra do Papado aos purpurados Chigi (Alexandre VII), Rospigliosi (Clemente IX), Alfieri (Clemente X) e Albani (Clemente XI); outros pontífices o convidaram não poucas vezes à sua corte para aproveitar-se de seus sobrenaturais conselhos e espiritual doutrina.
Maravilha causa ver em Carlos de Sezze, que somente havia aprendido a ler e escrever, uma doutrina mística tão sublime, que alguns escritores modernos a comparam à de Santa Teresa ou de São João da Cruz, proclamando-o um dos melhores autores da mesma disciplina no século XVII, dotado certamente de ciência infusa. É verdadeiramente um escritor fecundo. Não se hão conservado todas suas obras, pois sabemos que estando em Carpineto seu confessor o mandou queimar um livro de meditações, o qual executou sem resistência alguma, e outro confessor seu, o padre António de Aquila, o qual nos deu a primeira lista dos mesmos escritos, assegura que havia outros já então perdidos. De todos modos, os que existem actualmente dão direito a proclamar a São Carlos autor espiritual de grande fecundidade e seguro magistério.
Entre suas obras, estudadas recentemente com utilíssimos detalhes pelo douto padre Jaime Heerinckz, descolam por sua importância: Le tre Vie, tratado sobre a via purgativa, iluminativa e unitiva; Cammino interno dell´anima; Discorsi sopra la vita di N. Signor Gesù Cristo; Sacro Settenario, que, segundo diz o mesmo autor, a seráfica madre Santa Teresa de Jesús o ditou textualmente; finalmente a obra mais extensa e de maiores voos: Le grandezze della misericórdia di Dio in un anima diulata dalla grazia divina, que é a sua autobiografia, composta por inspiração divina e por mandato de seu confessor. O Santo trabalhou nesta última obra desde 1661 até 1665, enquanto residia no convento romano de São Pedro in Montorio. Descreve nela sua própria vida e sobretudo as graças que havia recebido do Altíssimo desde sua infância com a idade de cinquenta e dois anos. O livro está dividido em sete partes e em cento doce capítulos, sua matéria está saturada de preciosas ideias e descrições importantes não somente pelo que se refere à vida do autor, mas também e principalmente pela multidão de fenómenos místicos e muito extraordinários, nesta volumosa obra descritos, e que podem ser utilíssimos aos cultivadores da ciência mística. 
A doutrina espiritual deste servo de Deus é sempre sólida e substancial; e apesar de que seu autor não pôde dedicar-se a estudos de alta teologia, trata dela de uma maneira maravilhosa, descrevendo sapientemente os graus mais elevados da mística católica, de modo que neste sujeito verificou-se de novo a verdade da sentença evangélica segundo a qual o Senhor esconde os mistérios divinos aos sábios do mundo e os revela aos parvos de espírito.
Morreu o Santo no convento romano de São Francisco a Ripa na festa dos Reis de 1760, depois de poucos dias de enfermidade, durante a qual recebeu, ajoelhado no solo, o divino Viático, confortado com uma celestial visão do Salvador, da Virgem Santíssima e de muitos anjos. O papa Leão XIII o elevou às primeiras honras dos altares em 1882 e João XXIII o há canonizado neste ano de 1959 juntamente com a barcelonesa Joaquina Vedruna de Más, fundadora das Carmelitas da Caridade. Seu sepulcro se venera na igreja franciscana de São Francisco a Ripa, mas o coração incorrupto, com o sinal da cruz impresso no acto do prodígio eucarístico referido, se conserva na capela do convento chamada de São Francisco.
Luciano de Antioquia, Santo
Janeiro 7  -  Sacerdote Mártir

Luciano de Antioquía, Santo
Luciano de Antioquia, Santo
Sacerdote de Antioquia, professor de exegese bíblica e fundador da Escola de Antioquia, traduz o Antigo Testamento, seu campo próprio; e destaca por sua virtude, sabedoria e oratória.
Durante a perseguição de Valério Maximiano, é martirizado em Nicodemia, em 7 de Janeiro do ano 212, e sepultado em Helenópolis de Bitinia.
Ao fazer seu panegírico São João Crisóstomo, destaca como a devoção eucarística o levou a celebrar a Santa Missa na prisão, a véspera de seu martírio, tendo como altar o próprio peito.
.
Lindalva Justo de Oliveira, Beata
Janeiro 7  -  Virgem e Mártir
Lindalva Justo de Oliveira, Beata
Lindalva Justo de Oliveira, Beata
Beata Lindalva Justo de Oliveira (1953 – 1993)
Mártir, Religiosa Filha da Caridade de São Vicente de Paulo
Lindalva Justo de Oliveira nasceu em 20 de Outubro de 1953 em Sitio Malhada da Areia, numa zona muito pobre de Rio Grande do Norte, Brasil. O pai de Lindalva, João Justo da Fé, um granjeiro violo. Seu segundo matrimónio foi com María Lúcia de Oliveira. A pequena Lindalva foi a sexta de 13 meninos nascidos ao casal. Lindalva foi baptizada em 7 de Janeiro de 1954.
Sua família não era pudica, mas era rica na fé cristã. João mudou a sua família para Açu para que seus filhos pudessem ir à escola, e depois de muitos sacrifício ele conseguiu comprar uma casa onde a família reside ainda hoje.
Seguindo o bom exemplo de sua mãe, Lindalva demonstrou uma inclinação natural para os meninos mais pobres e compartilhou muito tempo com eles. 
Com a idade de 12 anos, Lindalva recebeu sua Primeira Comunhão, e durante seus anos escolares ela estava sempre contente de ajudar ao menos afortunado. Depois, em 1979, enquanto vivia com seu irmão Djalma e sua família, em Natal, ela obteve o diploma de ajudante administrativa.
De 1978 a 1988 ela teve vários trabalhos em vendas por miúdo e como caixeira numa estação de gasolina, enviando algo de seu salário para casa para ajudar a sua mãe. Lindalva encontrou tempo para visitar, todos os dias depois do trabalho, o asilo de anciãos da localidade.
Em 1982, enquanto ajudava amorosamente a seu pai nos últimos meses de sua doença terminal, meditou a sério sobre sua vida e decidiu servir aos pobres. Se registou então num curso de enfermeira, mas também desfrutou essas coisas típicas da juventude: fazer amizades, lições de guitarra e estudos culturais.
Em 1986 participou em actividades vocacionais das Filhas de Caridade. Depois de ter recebido o Sacramento de Confirmação em 1987, Lindalva solicitou ser admitida pela dita congregação. Na Festa de Nossa Senhora de Lourdes, 11 de Fevereiro de 1988, ingressou no noviciado sendo sua presença moralmente edificante para seus companheiros por sua alegria e a genuína preocupação pelos pobres.
Seu carácter estava marcado por uma doce disposição mas também pela sinceridade. Numa carta a António, seu irmão alcoólico, escreveu: "Pensa sobre isto e interioriza-o em ti. Eu oro muitíssimo por ti e continuarei orando, e se é necessário farei penitência para que sejas capaz de reivindicar-te como pessoa. Segue a Jesus, que lutou até à morte pelos pecadores, dando até sua própria vida, não como Deus mas sim como homem, para o perdão dos pecados. Devemos buscar refúgio n’Ele; só n’Ele a vida merece a pena". Um ano depois seu irmão deixou de beber.
Em 29 de Janeiro de 1991 Soror Lindalva foi assinalada para atender a 40 pacientes terminais, todos homens, no centro de saúde municipal em Salvador da Baia. Empreendeu as tarefas mais humildes e buscou servir aqueles que mais sofriam tanto espiritual como materialmente animando-os à recepção dos sacramentos. Soror Lindalva cantava e orava com eles, e inclusive passou as provas de condução para os poder levar a passear.
Durante Janeiro de 1993, um tal Augusto da Silva Peixoto, um varão de 46 anos de idade, de um carácter irascível, usando uma recomendação conseguiu ser admitido nas instalações ainda que ele não tivesse nenhum direito para estar ali. Soror Lindalva o tratou com a mesma cortesia e respeito que aos outros pacientes,mas ele se enamorou dela.
Ela se distanciou prudentemente dele e era muito cuidadosa ao ter que o atender. Não obstante, ele expôs explicitamente suas intenções luxuriosas para com ela. Uma simples solução teria sido que Soror Lindalva deixasse o lugar, mas seu amor pelos anciãos a fez declarar, "prefiro verter meu sangue do que deixar este lugar." 
Em 30 de Março os assédios de Augusto se puseram tão insistentes e aterradores que ela procurou a ajuda de um oficial de segurança para travar a este paciente desobediente. Ainda que ele tenha prometido melhorar a sua atitude e conduta, encheu-se de tal ódio e vingança que desenvolveu um plano assassino.
Em 9 de Abril de 1993, Sexta-feira Santa, Soror Lindalva tomou parte da Via Crucis paroquial às 4:30 pela manhã. Perto das 7 da manhã regressou a seu trabalho para preparar e servir o desjejum como o fazia todos os dias. Entretanto ela servia o café, Augusto se acercou e atacou-a com uma faca de peixe sobre o pescoço. Caiu ao chão e chorando repetia várias vezes "Deus me protege". Os pacientes correram buscando protecção.Envolvido na sua fúria demente, Augusto a apunhalou 44 vezes (!!!) e dizia: “Já devia ter feito isto há mais tempo”.Tranquilizando-se então de repente, se sentou num banco, limpou a faca nas suas calças, atirou-o para a mesa e exclamou: “Ela não me quis…” e voltando-se para o médico  disse: , "Pode chamar a polícia, não fugirei; fiz o que tinha a fazer". 
No dia seguinte, Sábado Santo, o Cardeal Lucas Moreira Neves, O.P., Primado de Brasil, celebrou o enterro da Irmã de 39 anos de idade e comentou: "Uns poucos anos foram suficientes para que Soror Lindalva coroasse sua vida Religiosa com o martírio."
Em 2 de Dezembro de 2007 foi beatificada em São Salvador da Baía (no Estádio de Barradão) pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins, delegado para este fim por Sua Santidade Bento XVI.
Reproduzido com autorização de Vatican.va
traduzido por Xavier Villalta

María Teresa del Sagrado Corazón, Beata
María Teresa do Sagrado Coração, Beata
Nasceu em 27 de Fevereiro de 1777 em Liege, Bélgica, e foi baptizada com o nome de Juana Haze.
Foi fundadora das Filhas de Santa Cruz de Liege.
Morreu em 7 de Janeiro de 1876 em sua cidade natal.
Em 1991 João Paulo II, confirmou suas heróicas virtudes declarando-a beata.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

6 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

 

Festa da Epifania ou Dia de Reis

Os pastores e reis do Oriente visitam a Jesus o Messias, levam-lhe presentes e o adoram com ouro, incenso e mirra.

Epifanía del Señor

Festa da Epifania ou Dia de Reis

Origem da festa:
Em 6 de Janeiro celebrava-se desde tempos imemoriais no Oriente, mas com um sentido pagão: No Egipto e Arábia, durante a noite de 5 para 6 de Janeiro se recordava o nascimento do deus Aion. Criam que ele se manifestava especialmente ao renascer o sol, no solstício de inverno que coincidia com 6 de Janeiro. Nesta mesma data, se celebravam os prodígios do deus Dionísio em favor de seus devotos.
A festa da Epifania substituiu os cultos pagãos de Oriente relacionados com o solstício de inverno, celebrando esse dia a manifestação de Jesus como Filho de Deus aos sábios que vieram de Oriente a adorá-lo. A tradição passou ao Ocidente em meados do século IV, através do que hoje é França.
A história dos Reis Magos se pode encontrar em São Mateus 2, 1-11.
Depois de haver nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do Rei Herodes, uns magos de Oriente se apresentaram em Jerusalém dizendo: ¿onde está o que há nascido, o Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e vimos a adorá-lo.
Ao ouvir isto, o Rei Herodes se pôs muito preocupado; então chamou a uns senhores que se chamavam Pontífices e Escribas (que eram os que conheciam as escrituras) e perguntou-lhes o lugar do nascimento do Messias, do Salvador que o povo judeu esperava fazia muito tempo.
Eles responderam:

Em Belém de Judá, pois assim está escrito pelo Profeta:
E tu, Belém terra de Judá
de nenhum modo é a menor
entre as principais cidades de Judá
porque de ti sairá um chefe
que será o pastor de meu povo Israel


Então Herodes, chamando aparte os magos, enviou-os à cidade de Belém e disse-lhes: Vão e informem-se muito bem sobre esse Menino; e quando o encontrem, avisem-me para que eu também vá a adorá-lo. Os Reis Magos saíram e a estrela que haviam visto no Oriente, ia diante deles até que foi parar sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram uma grande alegria.
Entraram no casebre e viram o Menino com Maria sua mãe. Se ajoelharam e o adoraram. Abriram seus tesouros e lhe ofereceram presentes
: ouro, incenso e mirra. Logo depois, havendo sido avisados em sonhos que não voltassem a Herodes, (pois ele queria encontrar o Menino para o matar), regressaram a seu país por outro caminho.”

Podemos aproveitar esta festa da Igreja para reflectir nos ensinamentos que nos dá este passagem evangélica:
* Os magos representam a todos aqueles que buscam, sem se cansar, a luz de Deus, seguem seus sinais e, quando encontram a Jesus Cristo, luz dos homens, lhe oferecem com alegria tudo o que têm.
* A estrela anunciou a vinda de Jesus a todos os povos. Hoje em dia, o Evangelho é o que anuncia a todos os povos a mensagem de Jesus.
* Os Reis Magos não eram judeus como José e Maria. Vinham de outras terras longínquas (de Oriente: Pérsia e Babilónia), seguindo a estrela que os levaria a encontrar o Salvador do Mundo. Representam a todos os povos da terra que desde o paganismo têm chegado ao conhecimento do Evangelho.
* Os Reis Magos deixaram sua pátria, casa, comodidades, família, para adorar o Menino Deus. Perseveraram apesar das dificuldades que se lhes apresentaram. Era um caminho longo, difícil, incómodo, cansativo. O seguir a Deus implica sacrifício, mas quando se trata de Deus qualquer esforço e trabalho vale a pena.
* Os Reis Magos tiveram fé em Deus. Acreditaram ainda que não o veriam, ainda que não o entendessem. Talvez eles pensassem encontrar a Deus num palácio, cheio de riquezas e não foi assim, mas que o encontraram num presépio e assim o adoraram e lhe entregaram os seus presentes. Nos ensinam a importância de estar sempre pendentes dos sinais de Deus para os reconhecer.
Os Reis Magos foram generosos ao ir ver a Jesus, não chegaram com as mãos vazias.

Levaram-lhe:

· OURO: que se dá aos reis, já que Jesus havia vindo de parte de Deus, como rei do mundo, para trazer a justiça e a paz a todos os povos;

· INCENSO: que se dá a Deus, já que Jesus é o filho de Deus feito homem;

· MIRRA: que se untava aos homens escolhidos, já que adoraram a Jesus como Homem entre os homens.

Isto nos ajuda a reflectir na classe de presentes que nós oferecemos a Deus e a reconhecer que o importante não é o presente em si, mas sim o saber dar-se aos outros. Na vida devemos buscar a Deus sem nos cansarmos e oferece-lhe com alegria tudo o que temos.
* Os Reis Magos sentiram uma grande alegria ao ver o Menino Jesus. Souberam valorizar o grande amor de Deus pelo homem.
* Devemos ser estrela que conduza aos outros até Deus.


Significado da festa:
Antes da chegada do Senhor, os homens viviam em trevas, sem esperança. Mas o Senhor veio, e é como se uma grande luz houvesse amanhecido sobre todos e a alegria e a paz, a felicidade e o amor houvesse iluminado todos os corações. Jesus é a luz que veio a iluminar e transformar a todos os homens.
Com a vinda de Cristo se cumpriram as promessas feitas a Israel. Na Epifania celebramos que Jesús veio a salvar não só a Israel mas a todos os povos.
Epifania quer dizer "manifestação", iluminação. Celebramos a manifestação de Deus a todos os homens do mundo, a todas as regiões da terra. Jesus veio para revelar o amor de Deus a todos os povos e ser luz de todas as nações.
Na Epifania celebramos o amor de Deus que se revela a todos os homens. Deus quer a felicidade do mundo inteiro. Ele ama a cada um dos homens, e veio salvar a todos os homens, sem se importar de sua nacionalidade, sua cor ou sua raça.
É um dia de alegria e agradecimento porque ao ver a luz do Evangelho, saímos ao encontro de Jesus, o encontramos e lhe rendemos nossa adoração como os magos.

Origem da Rosca de Reis

clip_image001[4]

Depois dos Reis adorarem a Jesus, um anjo os avisou de que não regressassem onde estava Herodes e eles regressaram por outro caminho. Herodes ao inteirar-se que havia nascido o Rei que todos esperavam, teve medo de perder seu posto e mandou matar a todos os meninos menores de dois anos entre os quais se encontraria o dito Rei.
A Sagrada Família fugiu para o Egipto e o Menino Deus se salvou, outras famílias esconderam aos bebés em vasilhas de farinha e assim não foram vistos e salvaram suas vidas. Desde então, os judeus comiam pão ázimo em 6 de Janeiro em que escondiam um boneco de barro recordando este acontecimento.
Os primeiros cristãos tomaram um pouco desta tradição e a misturaram com a história da visita dos Reis Magos para a celebração da Epifania: trocaram o pão ázimo por pão de farinha branca e levedura, cozida em forma de Rosca, adoçando-o com mel e adornando-o com frutos do deserto, como figos, tâmaras e algumas nozes.
Para os cristãos, a forma circular da rosca simboliza o amor eterno de Deus, que não tem princípio nem fim. Os confeitos são as distracções do mundo que nos impedem encontrar a Jesus.
O bonequito escondido dentro da rosca, simboliza ao Menino Jesus que os reis não encontravam porque a estrela desaparecia.
Este costume dos cristãos de Palestina chegou à Europa e posteriormente à América.
No México, o que encontra o bonequito da rosca se converte no centro da festa: se lhe põe uma coroa feita de cartão e coberta de papel dourado e se lhe dá a nomeação de “padrinho do Menino Jesus”.
O padrinho deverá vestir com roupas novas a imagem do Menino Jesus do nascimento e apresentá-lo na Igreja no dia 2 de Fevereiro, dia da Candelária.


Sugestões para viver esta festa

· Reflectir e responder às seguintes perguntas: ¿que presente vou dar a Jesus este ano que começa?; ¿que posso mudar para ser melhor?; que presentes vou a oferecer a Jesus?; ¿me encontro alegre porque Deus me ama?; ¿tenho é em Deus?; ¿sei viver na pobreza?; ¿sou generoso (com meu tempo, com minha pessoa, com os outros)?; ¿sei perseverar na minha vida espiritual apesar das dificuldades que se me apresentam?; ¿obedeço a Deus com prontidão?

· Recomendamos para as crianças, Os Magos de Ángel LLorente M.
Consulta também Os Magos de Oriente nem eram reis nem eram três
A epifania do Senhor: A Cidade Iluminada de Jesús Martí Ballester

 

Reis Magos
Janeiro 6  -  Melchior, Gaspar e Baltasar

Reyes Magos

Magos

Melchior, Gaspar e Baltasar
 

Etimologicamente significa” luz, manifestação”. Vem da língua grega.
Estás perante a festa mais antiga, inclusive antes que o próprio Natal. O inicio de sua celebração data do século III no Oriente e no Ocidente se adoptou no século IV.
Neste dia tem lugar a celebração de três factos memoráveis na história da salvação: adoração dos Reis Magos, o Baptismo de Jesus e o primeiro milagre de Jesus Cristo nas bodas de Canã, graças ao qual os discípulos acreditaram no Mestre.
Os Ocidentais aceitaram a festa no ano 400. Ainda que fale dos Magos, o rei principal é o Menino Jesus. Se diz no inicio da Missa: "Já vem o Senhor do Universo, em suas mãos está a realeza, o poder e o império. O verdadeiro rei a que devemos contemplar é ao pequeno Jesus".
O mistério da Epifania o sublinhava Mateus dizendo que os Magos vieram para destacar as profecias que falavam de seu nascimento, e a oferta de ouro, incenso e mirra é o reconhecimento implícito de sua realeza messiânica.
Os Magos para os orientais são gente douta; em língua persa, mago significa “sacerdote”. Mas a Bíblia, em geral, chama a estes Magos Reis estrangeiros.
É a festa da santa Epifania de nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo o que, de uma forma simples e admirável, se dá a conhecer aos Magos chegados de Oriente. Sua adoração é a chave deste dia.
Deseja a Igreja que a luz de hoje, seja o tema central do crente. Estão bem os presentes que se fazem às crianças e aos mais velhos.
Mas o fundamental não deve deixar-se apartado para dar passagem ao mais festivo, alegre e superficial.
¡Felicidades aos Reis Magos e aos que levem os nomes de Melchior, Gaspar e Baltasar!
O prazer dos banquetes não há que o medir pela quantidade das viandas mas pela reunião de amigos e a conversação” (Cícero).

Rita Amada de Jesús (Rita LOPES de Almeida), Beata
Janeiro 6   -  Fundadora

Rita Amada de Jesús (Rita López de Almeida), Beata

Rita Amada de Jesus (Rita Lopes de Almeida), Beata

Fundadora do
Instituto de Religiosas de Jesus, Maria e José

Rita Amada de Jesus nasceu em 5 de Março de 1848, num pequeno povoado da paróquia de Ribafeita, Diocese de Viseu, Portugal. Poucos dias depois foi baptizada com o nome de Rita Lopes de Almeida.
Cresceu num ambiente familiar de muita piedade, onde nas noites se fazia leitura espiritual. Desde sua meninice demonstrou uma devoção especial a Jesus Sacramentado, à Santíssima Virgem e a São José, assim como muito carinho pelo Santo Padre, que  nesse tempo se encontrava em exílio. 
A Igreja em Portugal continuava a ser perseguida por parte da Maçonaria, que se apoderou dos bens eclesiásticos, encerrou os Seminários, e Casas de Religiosos. Aos Institutos de Religiosas, proibiu a admissão de Noviças. Bispos e sacerdotes provenientes de famílias de alto nível económico foram objecto também de ataques. Devido a isto não podiam dedicar-se ao seu ministério completamente, já que tinham que se defender. Tudo isto debilitou em parte a Igreja. 
Mas esta situação política não apagou a ânsia de uma autêntica vida cristã que a família de Rita experimentava, em especial seus Pais, assim como o desejo de a comunicar aos outros. Neste ambiente familiar Deus suscitou em Rita a vocação missionária, para libertar a juventude do indiferentismo religioso, e fomentar os valores morais, e assim com este apostolado pôde fortalecer a família.
Seu zelo apostólico fez dela uma itinerante. Ia de terra em terra e ensinava a orar. Através do Santo Rosário e outras oracões desejava despertar nos corações de quem a escutavam, a imitação de Nossa Senhora, Mãe de Deus.
Em seu apostolado buscava sempre as pessoas que levavam uma vida imoral, e fazia todo o possível para as resgatar do mal e conduzi-las a Deus. Este estilo radical de apostolado, a fez objecto de ameaças de morte. 
À oração uniu a penitência. Para levar a cabo este objectivo, logrou conseguir alguns “instrumentos de mortificação”, em suas visitas às Irmãs Beneditinas do Convento de Jesus a Viseu.
Neste tempo, com a ajuda de seu Confessor, pôde discernir que Deus a chamava à Vida Consagrada. Nesta Época não era possível entrar em nenhum Instituto, devido a que as leis maçónicas proibiam a entrada de noviças. Portanto, Rita seguiu no “mundo”, entregue ao apostolado e às práticas de mortificação, com a esperança de poder consagrar-se a Deus no futuro. Durante este tempo recusou pretendentes, alguns deles ricos, pois segundo ela já havia feito sua consagração a Deus no íntimo de seu coração.
Sua consagração a Deus a levou à prática frequente da Comunhão Reparadora, que fomentou seu fervor Eucarístico, e à devoção ao Sagrado Coração. Deus fez dela um verdadeiro apóstolo concedendo-lhe uma paixão pela salvação das almas.
Colaborando com o apostolado de Rita, seus pais chegaram a albergar em casa mulheres muito desejosas de conversão.
Como aos 20 anos de idade, seu desejo de se consagrar a Deus aumentou consideravelmente. Compartilhou com seus pais este seu grande desejo. Não obstante a fé e vida exemplar cristã de seus pais, eles não aprovaram a sua decisão. Rita não desistiu, ao contrário, continuou nutrindo a esperança de o realizar. E com a idade de 29 anos logrou entrar numa Congregação.
Esta congregação era a única que existia em Portugal porque era estrangeira, e se dedicava só a ajudar aos pobres. Mas como o carisma deste Instituto era diverso do tipo de zelo apostólico que ardia em seu coração, Rita não se pôde identificar com ele.
O Director Espiritual da Comunidade, em quem Rita confiava plenamente, viu que a Vontade de Deus para ela, era: o receber e educar meninas pobres e abandonadas. Rita saiu deste Instituto, de origem francesa, com a idade de 32 anos.
De acordo com o Rev. P. Francisco Pereira, S.J. buscou os meios para se preparar e realizar sua futura e urgente missão. Rita era dotada de muitos dons e virtudes e de natureza piedosa, e só desejava cumprir a vontade de Deus.
Dócil a seu Director Espiritual, logrou vencer os conflitos político e religiosos e fundar um Colégio-Instituto de Jesus, Maria e José, na Paróquia de Ribafeita, com a espiritualidade da Sagrada Família, em 24 de Setembro, 1880.
Em breve tempo, este tipo de apostolado se estendeu a outras dioceses de Portugal. Nas dioceses de Viseu, Lamego e Guarda, as autoridades civis trataram sempre de o suprimir. Experimentou dificuldades de carácter económico, assim como com uma religiosa de seu Instituto.
Ainda mais, no ano 1910, se desencadeou uma feroz perseguição contra a Igreja. Todos os Institutos foram suprimidos, suas propriedades foram expropriadas incluindo o Instituto de Madre Rita, que conseguiu refugiar-se em sua terra natal. 
É aqui onde pouco a pouco logrou localizar suas religiosas dispersas devido à situação política, e reagrupá-las numa humilde casa de Ribafeita. Desde este lugar, enviou vários grupos delas ao Brasil, que perpetuaram o Carisma da Fundadora. Nesta forma seu Instituto pôde sobreviver.
Madre Rita, faleceu em 6 de Janeiro de 1913, em Casalmendinho (Paróquia de Ribafeita), em odor de santidade. Seu funeral, foi presidido pelo Vigário Geral da Diocese, e foi uma acção de graças a Deus pelo dom desta religiosa para a Igreja e ao mundo.
Foi beatificada em 28 de Maio de 2006.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Julián, Basilisa e companheiros, Santos
Janeiro 6  -  Mártires

Julián, Basilisa y compañeros, Santos

Julián, Basilisa e companheiros, Santos

Mártires

Martirológio Romano: Em Antinoe, da Tebaida (hoje Egipto), santos Julián e Basilisa, mártires (s. IV).

Etimologia: Julián = Aquele que pertence à família Júlia, é de origem latina.
Basilisa = aquela que reina, é de origem grega.


Nasceu são Julián em Antioquia, de pais cristãos, em fins do século terceiro.
Havendo-se desposado com uma honestíssima donzela chamada Basilisa, guardaram os dois, de comum acordo, perfeitíssima continência. Porque no mesmo dia da boda, a que havia concorrido a nobreza da cidade, estando os desposados em seu tálamo, se sentiu no aposento um odor suavíssimo de rosas e açucenas. Ficou maravilhada Basilisa daquela extraordinária fragrância e perguntou a seu esposo, que odor era aquele que sentia e de onde vinha, porque não era tempo de flores. Respondeu Julián: O odor suavíssimo que sentes é de Cristo, amador da castidade, a qual eu de sua parte te prometo, como prometi a Jesus Cristo, se tu consentires comigo e lhe ofereceres também tua virgindade. Respondeu Basilisa que nenhuma coisa lhe era mais agradável que imitar seu exemplo.
Pouco depois levou o Senhor para si aos pais de Julián e Basilisa, deixando-os herdeiros de suas fazendas riquíssimas; e eles começaram logo a gastá-las com larga mão em socorrer aos pobres.
Consagrou-se ele a instruir na religião cristã aos homens e ela às mulheres em diversas casas. Receavam por este tempo as perseguições de Diocleciano e Maximiano, mas Basilisa pôde livrar-se delas, e acabou sua vida santa e preciosa de morte natural.
Seu marido Julián foi quem alcançou a palma de um glorioso martírio.
O bárbaro governador Marciano mandou prender ao santo e arrasar sua casa e a Julián o passearam pela cidade carregado de cadeias, e precedido de um pregoeiro que dizia: Assim se hão-de tratar aos inimigos dos deuses e desprezadores das leis imperiais. Encerraram-no depois em obscuro e hediondo calabouço, a onde foram visitá-lo sete cavaleiros cristãos, que, com um sacerdote chamado António, foram também companheiros de seu martírio. Chegado o dia da execução, enquanto o governador, sentado em público tribunal, interrogava a Julián, acertaram a passar por ali uns gentios, que levavam a enterrar a um defunto.
Em tom de mofa lhe disseram que ressuscitasse ao morto. Então Julián, em nome de Jesus Cristo, o ressuscitou o que encheu a todos de grande espanto, e mais, quando ouviram que aquele homem ressuscitado, publicamente confessava a Jesus Cristo.
Atribuiu o governador tão estupendo sucesso à poderosa magia de Julián, e condenou ao ressuscitado aos mesmos suplícios. Encerraram-nos a todos em umas cubas acesas, mas os condenados saíram delas sem a menor lesão; atiraram-nos depois às feras do anfiteatro, e as feras não ousaram fazer-lhes dano algum. Finalmente, envergonhado o cruel tirano, os fez degolar, e assim entregaram neste dia suas almas puríssimas ao Criador.

Andrés Corsini, San
Janeiro 6   -  Bispo

Andrés Corsini, San

André Corsini, San

Bispo

Martirológio Romano: Em Fiesole, cidade da Toscana (hoje Itália), santo Andrés Corsini, bispo, da Ordem dos Carmelitas, que se distinguiu por sua austeridade e pela assídua meditação da Sagrada Escritura. Regeu sabiamente a Igreja que se lhe havia encomendado, repovoou os conventos vazios pela peste, prestou auxilio aos pobres e reconciliou os dissidentes (1373).
Andrés, da nobre família florentina de Los Corsini, nasceu em 1301. Antes de nascer, sua mãe disse que havia visto em sonhos a seu filho em figura de um lobo que se transformou logo em cordeiro. Parece que em sua juventude Andrés foi arrogante, ocioso e briguento, mas depois sentiu um chamamento irresistível para a mística paz do Carmelo.
Um tio tratou de o fazer voltar a casa com a promessa de um excelente matrimónio. Então respondeu: “¿De que me serviriam esses bens, se não tenho a paz de alma?”. Andrés levava debaixo do hábito um cilicio, que ainda hoje se conserva, e ia de porta em porta pedindo esmola, mesmo nas casas onde antes fazia festa com os amigos. Depois da ordenação sacerdotal foi enviado à universidade de Paris para completar seus estudos.
Regressou de Paris robustecido não só culturalmente, mas também no espírito. Seus biógrafos narram que durante a viagem de regresso fez algumas curas prodigiosas. Quando chegou a Florença, a cidade estava invadida pela epidemia de peste descrita por Boccaccio. Foi eleito superior provincial da Ordem em 1348, e dois anos depois foi eleito bispo de Fiesole, pois o anterior havia morrido de peste. Tratou de recusar o cargo, porque se considerava indigno, e por isso se escondeu num ermo longínquo, mas ali foi descoberto por um menino.
Andrés interpretou esse episódio como um convite à obediência, e aceitou a nomeação. Dirigiu a diocese de Fiesole durante 24 anos, nem sempre com a mansidão do cordeiro, porque seu rigor ascético e sua total entrega ao ministério pastoral nem sempre agradava aos que não tinham excessivo zelo no serviço do Senhor. Teve grande caridade para com os pobres. De sua obra como pacificador se beneficiaram não só os combativos toscanos, mas também a cidade de Bolonha, a onde o Papa Urbano V o enviou a pôr paz entre os cidadãos, que o premiaram com a cadeia. Morreu em 6 de Janeiro de 1373 e foi enterrado na igreja do Carmo de Florença. Foi canonizado em 1629.

Pedro Tomas, Santo
Janeiro 6 -  Bispo

 

Pedro Tomas, Santo

Pedro Tomás, Santo

Etimologicamente significa “ rocha e gémeo”. Vêm da língua hebraica.
Teve um desenvolvimento espiritual estupendo. Graças a ele pôde enfrentar com garantias tudo o que o esperava depois. Sem uma preparação a fundo no religioso, é muito difícil para um crente resolver tudo o que se lhe põe em cima, quando menos o pensa.

¿Que fez este jovem para ser santo?
Nada de particular. Soube viver em contínuo contacto com Deus, o eixo que dá vida a toda a pessoa de fé. Foi um mártir do século XIV. Se o nome de Pedro o criou Jesus para designar a primeira “pedra da Igreja”, desde então este nome é dos mais comuns à largura e ao comprimento das distintas línguas.
Foi um monge que em seu tempo chegou a ser bispo, arcebispo e patriarca. E se por si isto fosse pouco, também se lhe encomendaram altas e difíceis missões diplomáticas.
Veio ao mundo no inicio do século XIII num povo de Perigord. Como jovem de uma densa perseverança, se meteu a carmelita para, desta forma, observar melhor os conselhos evangélicos de celibato, obediência e pobreza.
Dadas suas qualidades, se converteu com os anos no Superior Geral da Ordem Carmelita e num dos membros mais qualificados da então Cúria Pontifícia.
O Papa Inocêncio IV o enviou a Génova como embaixador para que conseguisse que a paz entre a grandiosa cidade de Milão e a República de Veneza se fizessem realidade.
Após este êxito, o Papa o mandou por motivos muito distintos a que trabalhasse pela união entre a igreja ortodoxa e a romana.
Tanto foi seu êxito que, à sua volta, o nomearam legado universal para o Oriente e Patriarca de Constantinopla. Foi o Papa Urbano V.
O próprio rei de Chipre se lançou a levar a cabo uma cruzada contra os turcos. Ele se uniu a ela com a cruz, em lugar de com a espada.
Morreu em Famagusta, Chipre, em 6 de Janeiro de 1366.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Juan de Ribera, Santo
Janeiro 6  -   Bispo

 

Juan de Ribera, Santo

Juan de Ribera, Santo

São João nasceu em Sevilha em 27 de Dezembro de 1532.
Seus pais se chamavam Pedro e Teresa, família que se distinguia entre a nobreza por sua generosidade.
Enviaram a Juan a estudar a Salamanca, onde se converteu em discípulo de Vitória e de outros teólogos que brilhavam por sua vez em Trento.
Não tinha ainda 30 anos quando foi nomeado pelo Papa Pio IV Bispo de Badajoz, dedicando-se em pleno à santificação de suas ovelhas, enviando missionários por toda a diocese. 
Com a idade de 36 anos foi transferido para a sede de Valência, onde cedo advertiu as necessidades desta grande arquidiocese.
Ao santo, entre outras coisas, lhe tocou aplicar as reformas de Trento em sua jurisdição, assim como também a catequização dos mouriscos mas com poucos frutos, sendo estes expulsos em 1609 pelo rei Felipe III.
Frente a isto, São João foi nomeado vice-rei de Valência; o santo aceitou este cargo a rogos do rei, e Valência desfrutou longos anos de paz e de melhor administração da justiça.
San Juan percorreu várias vezes a diocese e entre 1570 e 1610 levou a cabo 2.715 visitas pastorais, e celebrou sete sínodos. Fundou o Colégio de Corpus Christi para a formação do clero e honrar solene ao Santíssimo Sacramento.
San Juan de Ribera faleceu em Janeiro de 1611.


Autor: n/a | Fuente: Arquidiocese de Madrid

Tão mal estavam as coisas em sua época que os hereges e os infiéis desfrutavam esperando a pronta dissolução da Igreja. Juan sentiu fervor pelos santos reformadores que o Espírito Santo suscitou, também  nesse tempo, para aliviar as penas de seu povo.
Nasce em Sevilha quando era a porta de entrada e saída para o Novo Mundo e pertence à melhor prosápia. Filho de dom Pedro Afán Enríquez de Ribera e Portocarrero, conde dos Molares, duque de Alcalá, Vice-rei de Nápoles e antes de Catalunha. Sua mãe, dona Teresa de los Pinelos, morreu muito cedo. A família, com seus títulos nobres, é conhecida na cidade por sua generosidade e amor aos pobres.
Estuda na Universidade de Salamanca quando o Claustro salmanticense vive um período áureo entre as lições de Vitória e os teólogos que têm muito que ver com Trento, porque são tempos nos que a infidelidade e a heresia se combatem com as espadas e com a pluma. Ali termina os estudos e tem cátedra.
O papa Pío IV o nomeia bispo de Badajoz, quando ainda não havia cumprido trinta anos; não há que olvidar que é filho do Vice-rei de Nápoles e essas coisas tinham muito peso por aquela altura. Dá começo a suas andanças como prelado enviando seis pregadores com São João de Ávila para preparar as almas à reforma que se postula desde Trento. Por sua parte, não fica quieto: prega com entusiasmo, se põe como um confessor mais no confessionário, visita e atende com os sacramentos aos enfermos e, às vezes, lhe toca dormir sobre sacos de estamenha. E até vende a louça de prata para remediar aos pobres. Escreve normas para a reforma da vida dos bispos, primeiras em Espanha em seu género. Para desgosto dos pacenses, lhes dura pouco este bispo como pastor.
Agora é Valência a que desfrutará de seu governo. O há precedido um santo que pôs as metas muito altas. Foi Santo Tomás de Villanueva, o frade que deu uma volta a Valência que por um século não desfrutou da presença de seus bispos. Lá vai João como Arcebispo, depois de haver deixado em Badajoz, repartidos entre os pobres, seus dinheiros, bens  alfaias. Madruga, reza, estuda, recebe a gente sem entraves nem excessos de respeito; é parco na comida, rompe frequentemente os modeles usuais da época, sendo suficiente em ocasiões os figos secos, uvas, ou frutas do tempo. Vai fazendo cópia de livros como intelectual sem remédio. A Missa lhe dura com frequência duas horas... e com lágrimas, depois de despedir ao acólito para estar a gosto com o Senhor depois da consagração e entrar em diálogo íntimo, pessoal e intenso. Soam as disciplinas e guarda os cilícios em lugar recôndito que sempre descobre seu perspicaz assistente.
A meta marcada no seu trabalho é pôr em marcha a reforma de Trento. Sofre o problema da abundante mourisca a que não conseguiu converter. Celebrou sete sínodos. As contínuas visitas pastorais são o cume de sua pastoral junto com a atenção a seu clero a que doutrina, anima, corrige ou admoesta, sempre dando-lhe exemplo. Burjasot o viu na sua praça explicando o catecismo às crianças. Em seu próprio palácio monta uma escola para os filhos dos nobres porque afirma que é bispo de todos: ali se formam bem os alunos, se educam, passam à universidade, ajudam nos pontificais; aquilo se parece pela piedade e os bons modos a um seminário e, de facto, saem da instituição cardeais, arcebispos e altos eclesiásticos.
Felipe III o faz Vice-rei de Valência e desde então as coisas marcham melhor, sobretudo a recta administração da justiça.
Fundou na cidade o Colégio e Seminário de Corpus Christi. E faleceu em seu amado colégio em  6 de Janeiro de 1611. Em Valência se festeja no dia 14 e em Badajoz em 19, ambos em Janeiro.
Com homens tão íntegros e apostólicos a Igreja superou o obstáculo de hereges e de infiéis. Não fez São João senão o que é próprio de um bispo, mas fazê-lo naquele tempo foi muito mérito.

Andrés (Alfredo) Bessette, Beato
Janeiro 6   -  Religioso

Andrés (Alfredo) Bessette, Beato

Andrew (Alfredo) Bessette, Beato

Foi um religioso canadiense, pertencente à Congregação de Santa Cruz
Nasceu no Quebec, em 29 de Novembro de 1846; morreu em Montreal, 6 de Janeiro de 1937.
Seu nome real foi Alfred Bessette.
Filho de uma família humilde e profundamente religiosa; seu pai era armador de carretas, sua mãe se dedicava a educar a seus dez filhos. Tinha nove anos de idade quando seu pai faleceu num trágico acidente de trabalho. Três anos mais tarde morre sua mãe. Trabalhou de sapateiro, padeiro, lavrador, ferreiro, e aos vinte e um años se foi para os Estados Unidos, onde trabalhou em ranchos e moinhos durante três anos.
Ingressou na Congregação de Santa Cruz em 1863 e fez seus votos religiosos em 1866. Se destacou não só por sua humildade, mas também por ser visionário (apareceu-lhe São José em 1900), místico e taumaturgo (tinha o dom de sarar doentes). Tantos foram seus milagres atribuídos em vida ao Irmão Andrés, que não foi isento de polémicas e de certos mal-entendidos que o afectaram emocionalmente.
Foi porteiro do convento de Montreal, e foi o gestor da construção da Basílica Oratório de São José, em 1904 e em que actualmente descansam seus restos.
Morreu em Montreal, em 6 de Janeiro de 1937, com a idade de 92 anos, e sua reputação de homem milagroso se estendeu universalmente, sendo beatificado pelo Papa João Paulo II em 23 de Maio de 1982.

Rafaela María del Sagrado Coração, Santa
Janeiro 6   -  Co-fundadora

Rafaela María del Sagrado Corazón, Santa

Rafaela Maria do Sagrado Coração, Santa

Co-fundadora da
Escravas do Sagrado Coração de Jesus

Rafaela María del Rosário Francisca Rudencinda Porras e Ayllón nasceu em Pedro Abad, Córdoba, em 1 de Março de 1850.
Era membro de uma família de onze irmãos e duas irmãs. Ao morrer os pais, as irmãs passaram um tempo nas clarissas de Córdoba.
Com a idade de 15 anos havia feito voto de castidade perpétua, e intensificou sua piedade e obras de caridade.
Com a ajuda de Mons. Ceferino González, a santa e sua irmã Dolores fundam o Instituto de Adoradoras do Santíssimo Sacramento e Filhas de Maria Imaculada, mas em pouco tempo muda-se junto com outras 16 religiosas para Madrid, onde se lhes concede a aprovação diocesana em 1877, e 10 anos mais tarde, o Papa Leão XIII aprova a Congregação com o nome de Escravas do Sagrado Coração de Jesus. 
Cedo se multiplicaram as fundações de novas casas: obras de apostolado e adoração reparadora. Na base de tudo estava a altíssima e contínua oração, que a M. Rafaela vivia e infundia em suas filhas, e suas heróicas virtudes, sobretudo a profundíssima humildade, tanto que alguém chamou a Madre "a humildade feita carne".
Sem embargo, surgem cedo as desconfianças, as incompreensões, o longo e absoluto olvido; graves dificuldades que surgiram no governo, a moveram a renunciar a favor de sua irmã Dolores. Durante 30 anos permaneceu em isolamento, realizando duros trabalhos e sofrendo pacientemente terríveis humilhações. 
No Ano Santo 1925, em 6 de Janeiro, faleceu.
Foi beatificada em 18 de Maio de 1952 e em 23 de Janeiro de 1977 o Papa Paulo VI a canonizou.
Em muitos Santorais é recordada em 6 de Janeiro e em outros em 18 de Maio.

 

 

HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL

 

Recolha, transcrição e tradução (de espanhol para português) de António Fonseca

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

5 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA

5 DE JANEIRO DE 2010

Deogratias, Santo
Bispo, Janeiro 5

Deogratias, Santo

Deogratias, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Cartago, cidade do norte de África (hoje Túnis), são Deogratias (Diosgracias), bispo, que redimiu muitos cativos capturados pelos vândalos, oferecendo-lhes asilo em duas grandes basílicas dotadas de camas e leitos (457/458)..
Com o rei dos vândalos Genserico, filho ilegítimo de Godegiselo à frente, os bárbaros passam Hispânia e chegam até África. São arianos e frequentemente qualificados como gente cruel, dura, inclemente e devastadora.
Cartago foi invadida no ano 439 e ali é o lugar geográfico onde tem lugar o nosso relato de hoje. Os novos donos fazem segundo o costume uma limpeza geral entre a gente mais influente no povo; aos nobres não os matam, desterram-nos; os bispos são considerados igualmente como um poder digno de ter em conta na hora de assentar os territórios conquistados e os colocam para além das fronteiras por um pouco; os bens materiais de uns e outros são caçados e passam para outras mãos, porque para algo são as guerras. Já o bispo Quodvultdeus foi metido com outros num navio à deriva e colocados algures no meio do alto mar para morrer sem remédio. Deste modo, estiveram os fieis de Cartago sem pastor por catorze anos.
A rogos do imperador Valentiniano III permitiu Genserico que fosse mandado àqueles cristãos romanos um bispo; se chamava Deogracias e recebeu a consagração no ano 453. Um homem probo, limpo, sábio e santo.
Roma era um fruto sumamente apetecido para os bárbaros. Genserico lhe pôs sítio com o seu exército e a toma no ano 455. Cada rincão da Cidade Santa mostra nos catorze dias de saque as consequências da invasão bárbara; se vêem incêndios e há destruição por toda a parte. Os tesouros mudam de mão porque são o despojo e uma parte da população é levada cativa a África. Os prisioneiros se distribuem entre os vândalos e os mauritanos naturais do pais produzindo-se em cada caso um drama pessoal: as famílias ficam destruídas, os pais são separados de seus filhos e as esposas estão sem seus maridos.
O bispo Deogracias realiza um trabalho humanitário de primeira ordem que é obra de misericórdia nesta conjuntura de emergência. Vende os vasos sagrados de ouro e prata que estão ao serviço do altar para resgatar os cativos pagando seu preço; habilita os templos de são Fausto e são Severo para que sirvam de hospital, asilo e residência onde se possa prestar um socorro imediato aos enfermos e aos mais débeis; ele próprio não se dispensa de atender pessoalmente aos que estão perto com o peso da cruz às suas costas dando-lhes o apoio e consolo que necessitam. Reza e faz; é o que manda a caridade.
Em Cartago se apalpa o evidente. Todos vêem em Deogracias a um adiantado dos direitos humanos que ainda não se haviam inventado. O fez tão bem ao sussurro da caridade que os invejosos ainda quiseram tirá-lo do meio sem que o bom Deus lhes desse essa oportunidade porque se o levou antes, justamente no ano 456.

 

Eduardo III O Confessor, Santo
Rei de Inglaterra, 5 de Janeiro

Eduardo III el Confesor, Santo

Eduardo III o Confessor, Santo

Rei

Martirológio Romano: Em Londres, Inglaterra, Santo Eduardo, o Confessor, sobrenome, que, como rei da Inglaterra, foi muito amado por sua caridade excelente, e trabalhou incansavelmente para manter a paz em seus estados em comunhão com a Sé de Roma (1066).
Eduardo, neto de Santo Eduardo chamado o Mártir, nasceu em 1004 em Islip, perto de Oxford. Seu pai era o rei Etelredo II, chamado o Desaconselhado. Sendo ainda menino, teve que empreender o caminho do desterro e viveu de 1014 a 1041 em Normandia com uns familiares de sua mãe.
Se diz que fez o voto de ir em peregrinação a Roma se a Divina Providência o levasse de novo á sua pátria. Quando isto sucedeu, Eduardo queria cumprir fielmente o voto, mas o Papa o dispensou. O dinheiro que ia a gastar na viagem o deu os pobres e outra parte do mesmo o dedicou à restauração do mosteiro a oeste de Londres (west minster, hoje Westminster).
Apesar dos fracassos políticos de seu governo, Eduardo rei de Inglaterra do 1043 a 1066, deixou uma vivíssima recordação em seu povo. As razões desta veneração, que continuou com os séculos, há que buscá-las não só em algumas medidas sábias administrativas, como a abolição de um pesado imposto militar que agoniava a toda a nação, mas sobretudo em seu temperamento suave e generoso (jamais um desacato ou uma palavra de reprovação ou um gesto de ira nem sequer com os súbditos mais humildes) e em sua vida privada.
Um ano depois de sua coroação se havia casado com a cultíssima Edith Godwin, filha de seu mais terrível adversário barão Godwin de Wessex.
Havia sido uma hábil jogada política de seu sogro, pois tinha a esperança de que Eduardo, a quem já chamavam “o Confessor”, lhe confiaria a administração do governo para se dedicar com mais liberdade a suas orações e à meditação.
O plano, demasiado subtil, só teve êxito em parte, porque em 1051 o barão foi desterrado e a rainha foi encerrada num convento. Mas só foi um parêntesis, porque o acordo entre Eduardo e a rainha era muito profundo, até ao ponto que, segundo os biógrafos, os dois haviam feito de comum acordo voto de virgindade.
A solene inauguração do famoso coro do Mosteiro de Westminster, que ele mesmo havia financiado, teve lugar em 28 de Dezembro de 1065. Mas o rei já estava gravemente enfermo.
Morreu em 5 de Janeiro de 1066 e foi enterrado na Igreja da abadia recentemente restaurada. Pronto houve muitas peregrinações à sua tumba. No reconhecimento de 1102 encontraram seu corpo incorrupto e em 17 de Fevereiro de 1161 o Papa Alexandre III o incluiu na lista dos santos. O dia de sua festa coincide com a data em que Santo Tomás Becket trasladou solenemente suas relíquias ao coro da mesma Igreja.


Hoje, à distância de quase dez séculos, ainda Inglaterra chama a sua Coroa "de Santo Eduardo".
Não a teve fácil
¿verdade? Recordo agora esse maravilhoso refrão castelhano que diz: "Todos os dias são bons para louvar a Deus".
Se queres aprofundar mais a vida de Eduardo III consulta EWTN  

Juan Nepomuceno Neumann, Santo
Bispo e fundador, 5 Janeiro.

Juan Nepomuceno Neumann, Santo

Juan Nepomuceno Neumann, Santo

Sacerdote Redentorista, Bispo e fundador das Irmãs Terceiras Franciscanas

Juan Nepomuceno Neumann nasceu em 1811 em Prachatitz, então parte do Império Austro-Húngaro, hoje povoação checa. Juan foi o terceiro de uma família de seis filhos. Durante os estudos de filosofia, realizados com os cistercienses, sua afeição eram as ciências naturais tanto que pensou em estudar medicina, mas, motivado por sua mãe, ingressou no seminário.
No ano 1831, enquanto estudava teologia no seminário de Budweis se interessou vivamente pelas missões e decidiu dedicar-se à evangelização na América.
Havendo chegado a hora da ordenação sacerdotal, seu bispo a deferiu por tempo indefinido. Nessas circunstâncias decidiu partir para Estados Unidos, convidado pelo bispo de Filadélfia. Desde Budweis escreveu a seus pais: “Minha inalterável resolução, faz já três anos acariciada e agora próxima a cumprir-se, de ir em auxílio das almas abandonadas, me persuade de que é Deus o que me exige este sacrifício... Eu vos rogo, queridos pais, que leveis com paciência esta cruz que Deus há posto sobre vossos ombros e dos meus.”
Chegou a Nova York em 1836, sendo ordenado sacerdote esse mesmo ano na catedral de São Patrício. Imediatamente se lhe destinou a região das cataratas do Niágara. Movido por um desejo de maior entrega a Deus e impressionado pela eficácia do apostolado realizado pelos missionários redentoristas, que intentavam estabelecer-se naquelas terras, pediu ser admitido na congregação. Como Redentorista exerceu o ministério sagrado em Baltimore. Foi nomeado sucessivamente vigário do provincial, conselheiro, e finalmente superior de comunidade, em Filadélfia.

Estando nesta cidade, foi nomeado bispo de Filadélfia. Em seu labor pastoral, ideou um plano chamado sistema de escolas paroquiais para dotar a cada paróquia com uma escola católica; em seus oito anos de episcopado se abriram setenta escolas. No centenário de sua morte, celebrado na Pensilvânia no ano 1960, foi reconhecido pelo Senado como homem insigne, pioneiro e promotor do sistema escolar católico de Estados Unidos.
Entre 1854 e 1855 se ausentou de sua diocese para ir a Roma em visita “ad límina”. Em 8 de Dezembro recebeu a graça de estar presente na basílica de São Pedro quando o papa Pio IX proclamou solenemente o dogma da Imaculada Conceição. A ele correspondeu sustentar o livro em que o Papa leu as palavras da proclamação do dogma.
De regresso a sua diocese levou a cabo uma permissão recebida do papa Pio IX: recebeu os votos religiosos de três mulheres que pertenciam a terceira ordem de São Francisco e converteu sua associação em congregação religiosa: as Irmãs Terceiras Franciscanas, para quem redigiu umas constituições. Morreu em 1860. Foi beatificado em 1963 e canonizado em 1977 pelo papa Paulo VI.

Genoveva Morales, Santa
Fundadora, 5 Janeiro

Genoveva Torres Morales, Santa

Genoveva Torres Morales, Santa

Fundadora da Congregação das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e dos Santos Anjos

Nascida em Almenara (Castellón) a finais do século XIX, no seio de uma família humilde, com oito anos perde a seus pais e a quatro de seus cinco irmãos. Aos 13 anos sofre a amputação da perna esquerda à altura da coxa, numa operação sem anestesia. A ponto de morrer, Genoveva sobreviverá para se converter numa mulher forte, valente, animosa, capaz de sofrer sem queixa, amorosa, humilde, simples… Com quinze anos ingressa na “casa de Misericórdia” de Valência, onde as Carmelitas da Caridade cuidaram dela. Dez anos de sua vida passará com estas religiosas, tempo durante o que aprofundará sua formação espiritual e sua relação com Deus, até ao ponto de solicitar seu ingresso na Congregação. Ante a negativa, motivada por sua impossibilidade física, Genoveva irá descobrindo o caminho que Deus lhe tem reservado: a fundação de uma congregação que atenda, com amor, a mulheres solitárias, aflitas, dando sentido a sua vida e estimulando sua prática religiosa. Em 1911 se inaugura em Valência a primeira residência da Associação que receberá o nome de Sociedade Angélica do Sagrado Coração, sendo o definitivo Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e dos Santos Anjos. Será Saragoça onde instalam a Casa Geral e o Noviciado, em uma hospedaria junto aos pés da Virgem do Pilar e inaugurada em 1941. Apesar do seu coxear, a Madre Genoveva viajará pelas principais cidades espanholas fundando residências, em Madrid, Barcelona, Bilbau, Santander, Pamplona… resolvendo problemas, atendendo a suas filhas… Mulher doente durante toda sua vida, faleceu em Saragoça em 1956.
¿Quais foram as virtudes da Madre Genoveva?
Menina simpática, alegre, trabalhadora. Generosa e desprendida, reparte sua pouca comida com os pobres. Aceita cumprir a vontade de Deus, para lhe agradar. Tem grande capacidade de sofrimento, é grata, de bom carácter, humor e piedade. Os jesuítas, ao longo de sua vida, a ajudaram a aprofundar em sua vida espiritual e a abrir-se à vontade de Deus. Anima a suas filhas a amar muito a Deus para acertar no trato com as senhoras que vivem nas residências da Congregação. O objectivo é que se sintam como em sua própria casa. Madre Genoveva se caracterizará por esse amor, atendendo às residentes mais necessitadas. Sua incapacidade física nunca será impedimento para novas fundações ou para visitar a suas filhas. E, como companhia em suas viagens, uma caixa de sapatos em que guarda uma imagem da Virgem Maria. Sua enfermidade, companheira contínua, nunca arranca uma queixa nela.
“¿Quem sou eu? Mais nada que ninguém”:

clip_image002

Genoveva Torres Morales, Santa

Esta frase da Madre foi uma realidade em sua própria vida, chegando a dormir no chão, ou recusando as homenagens pessoais. Sua grande preocupação são suas filhas, a quem animará e acompanhará sobretudo durante as épocas difíceis e instáveis da República e a Guerra Civil. Os últimos anos de sua vida mantém comunicação com todas suas filhas desde a Casa Geral, em Saragoça, onde morre.
Seu grande amor à Eucaristia a levou a solicitar a Vela nocturna ao Santíssimo, para as mulheres. E seu amor à Virgem a fez consagrar a Congregação religiosa por ela fundada a Maria, na festividade de Nossa Senhora da Esperança.
Foi canonizada por João Paulo II em 4 de Maio de 2003 em Madrid, Espanha.

 

Telésforo, Santo
VIII Papa, Janeiro 5

Telésforo, Santo

Telésforo, Santo

VIII Papa

Etimologicamente significa “o que cumpre”. Vem da língua grega.
Estamos hoje lutando contra uma cultura pagã que exalta a violência e o sexo, entre outras cosas.
Pois bem, Telésforo, que morreu no ano 136, nasceu na Grécia e por razões de estudos e de sua grande valia pessoal, se marchou para Roma onde se ordenou de sacerdote para prestar um serviço muito mais abnegado à Igreja e aos pobres.
Dos 14 bispos que seguiram a são Pedro no papado até ao fim do século II, cada um deles está anotado na lista dos mártires que deram sua vida pela fé em Cristo, e por não renegar o que Deus lhes havia concedido.
Ele era um cristão de proa. Sua valentia era tão grande que não temia pregar a Palavra de Deus ante qualquer, sob pena de cair em suas garras mortíferas.
Não cabe dúvida de que lhe houvesse sido muito fácil renegar de seus princípios e assim ficar bem com o imperador e, deste modo, salvar a vida de muitos cristãos.
Mas estou seguro de que os mesmos crentes – de haver feito caso ao imperador – se voltaram contra ele.
Sempre fez honra a seu nome. Quando teve que suceder ao Papa anterior, Sixto I, não pensou duas vezes. O guiava seu amor a Deus e seu afã de estender sua palavra por todas partes. ¡Oxalá que tivesse tido – como hoje – páginas Web na Internet para poder comunicar-se com todo o mundo! Como o fazem hoje todas as dioceses sensibilizadas com a mensagem de Cristo Salvador.
Santo Irineo, um padre inteligente da primitiva Igreja, disse que Telésforo sofreu um glorioso martírio. E é tanto assim que em todo o Oriente e no Ocidente há igrejas que o honram e o veneram depois de tantos séculos. O imperador que reinava em seu tempo era Adriano
Na arte é representado como um Papa com um cálix com três Hóstias. ¡Felicidades a quem leve este nome!Há triunfado quem uniu o útil o agradável” (Horácio). Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo
Passionista, Janeiro 5

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo

Presbítero Passionista

Martirológio Romano: Em Dublin, na Irlanda, São Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), presbítero da Congregação da Paixão, admirável ministro do sacramento da penitência.

O Samaritano de Irlanda

Os autênticos santos são imitadores de Cristo e o beato Carlos Houben foi um destes. Assim nos diz Pierluigi di Eugenio: “Passou bendizendo, sarando e perdoando. Sempre disposto e amável. Pobre entre os pobres, fez de sua vida um dom para os que sofrem. Todo de Deus, todo do próximo. Os necessitados da alma e do corpo não o deixavam repousar nem um momento. Profundamente dedicado á família e à pátria trabalhou por muitíssimos anos longe de uma e de outra, encontrando nos que sofrem aos próprios irmãos e na terra de Irlanda sua própria pátria”.
Juan Andrés nasce em Munstergeleene na Holanda em 11 de Dezembro de 1829, quarto de dez filhos numa família endinheirada.
Cresce em inteligência, idade e graça. O irmão José dirá dele: “Conhecia só dois caminhos, o da Igreja e o da escola”. Enquanto no ânimo do jovem nasce o desejo de ser sacerdote. Conhece os Passionistas, com pouco tempo em Holanda levados pelo P. Domingo Barberi e aos 24 anos, em 5 de Novembro de 1845, entra no noviciado em Ere, Bélgica e veste o hábito com o nome de Carlos.
Durante o noviciado é irrepreensível. Este é o testemunho de um de seus companheiros: “Sentia-me muito edificado diante de sua grande santidade. Era exemplar, cheio de fé e de piedade, pontual, observante das regras, simples, amável e de carácter doce. Sua piedade e sua natural alegria lhe ganhavam o afecto de todos”. Em 21 de Dezembro de 1850 é ordenado sacerdote. Em 1852 é enviado a Inglaterra onde estavam os Passionistas desde há 10 anos. Carlos não regressará mais a Holanda nem voltará a ver aos seus. Sua mãe havia morrido 8 anos atrás e o pai há perto de dois.
Passará mais de quarenta anos de sua vida nas ilhas britânicas. Estabelece-se primeiro em Aston em Inglaterra; onde se prodigaliza a favor dos imigrantes irlandeses que levam a cabo o duro trabalho das minas. Esta experiência será útil na sua próxima permanência em Irlanda. Doa-se completamente a eles, se interessa de seus problemas, de sua saúde. Conforta, ajuda, cura, enquanto continua trabalhando a favor da congregação e da Igreja.
Em 1857 transfira-no para Irlanda, em Dublin / Mount Argus, onde os Passionistas chegaram havia pouco tempo. Construirá o convento e a igreja. O P. Carlos se revela providencial. O povo Irlandês que o tinha visto a seu lado com tanta solicitude, mostra-se generoso. Se constrói o convento e uma bela igreja dedicada a são Paulo da Cruz. O P. Carlos, sem o saber, prepara seu próprio santuário.
Carlos não será nunca um grande pregador, sobretudo pela dificuldade da língua mas passa horas e horas no confessionário, assiste os moribundos, bendiz os enfermos com a relíquia de são Paulo da Cruz. Acompanhando a bênção com estremecedoras orações compostas por ele próprio. Tem a fama de taumaturgo. Cada dia cerca de trezentas pessoas, provenientes de todas as partes de Irlanda, de Inglaterra, de Escócia e até de América, acodem a ele, atraídos da fama de sua santidade. Encontravam um coração compassivo, disponível e terno. Médicos e enfermeiros de Dublin, frente a casos desesperados, aconselhavam chamar ao P. Carlos e Carlos acudia às casas e aos hospitais, levando quase sempre o dom de uma cura inesperada e sempre um pouco de serenidade. Com amor preparava os moribundos ao grande passo, ajoelhado em oração, junto de seus leitos. Para fazê-lo descansar um pouco, os superiores várias vezes o mudam de convento, mas depois fazem-no regressar a Dublin.
Na comunidade era exemplar, cheio de fé e de piedade, simples e afável, de uma amabilidade angelical. Não obstante as ocupações passa longo tempo em adoração diante do tabernáculo. Muitas vezes é encontrado em êxtase, especialmente durante a missa. Às vezes o acólito se vê obrigado a sacudi-lo para que prossiga a celebração.
Nos últimos anos de sua vida sofre muito por uma gangrena numa perna e outros males. Suporta a  enfermidade com paciência continuando a desenvolver seu apostolado. Cada dia continua a subir e a descer uma escadaria de 59 degraus, e centos de vezes, para receber as pessoas que vêem até ele.
Morre serenamente em 5 de Janeiro de 1893. Por cinco dias, antes de ser sepultado, recebe honras fúnebres devida a um rei, com gente proveniente de toda Irlanda.
João Paulo II o declara beato em 16 de Outubro de 1988, fazendo oficial a santidade do padre Carlos, que já em vida todos chamavam o santo de Mount Argus. Bento XVI o declarou santo em 3 de Junho de 2007.

Marcelina Darowska, Beata
Fundadora, 5 Janeiro

Marcelina Darowska, Beata

Marcelina Darowska, Beata

María Marcelina da Imaculada Conceição

Fundadora. Nasceu em Szulaki, Ucrânia, no seio de uma família latifundiária.
Desde pequena destacou-se por sua piedade e contínua oração, virtudes pelas quais decidiu dedicar-se à vida religiosa; sem embargo, no leito de morte de seu pai prometeu que contrairia matrimónio para preservar a linhagem; casou-se com Karol Darowski, com quem procriou dois filhos.
Enviuvou depois de três anos de matrimónio, e morreram seus filhos, pelo que pôde ingressar num convento.
Viajou para Roma, onde conheceu o padre Hieronim Kajsiewicz (que se converteu em seu director espiritual) e, por meio dele, a Josephine Karska, que já tinha a ideia de fundar uma congregação dedicada à formação integral da mulher; este foi o início da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição da Bendita Virgem Maria.
Ao morrer soror Josephine, Marcelina assumiu o cargo de superiora.
Mudou para o seu país natal a sede da congregação, e em Jazlowiec, Ucrânia — onde radicaria o resto de sua vida —, fundou a primeira escola para meninas, a qual converteu num importante centro cultural e espiritual.
Seu carisma se baseava no renascimento e na consolidação da família sobre as bases do amor, o respeito e a oração, e em fincar sólidas bases morais na sociedade.
As escolas que fundou anexas aos mosteiros eram gratuitas.
Nos cinquenta anos que foi abadessa fundou sete conventos, com igual número de escolas.
Deixou a herança de oração, amor ao próximo, e formação académica e religiosa.
A beatificou Sua Santidade João Paulo II em 6 de Outubro de 1996.


María Repetto, Beata
Religiosa, 5 Janeiro

María Repetto, Beata

María Repetto, Beata

Nasceu em 1 de Novembro de 1807 em Voltaggio, Itália.
Filha de um notário, era a mais velha de onze filhos.
Sua família era muito religiosa, a ponto de três de suas irmãs se terem feito monjas, e um de seus irmãos foi sacerdote.
Uniu-se às Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário em Génova em 7 de Maio de 1829, fazendo seus votos finais em 1831.
Durante muitos anos foi costureira e bordadeira.
Quando sua vista começou a falhar tomou o cargo de porteira.
Consciente da dignidade do trabalho, e já que necessitava habilidades diplomáticas em sua posição, Soror Maria desenvolveu uma devoção profunda a São José e constantemente lhe pede protecção e guia em suas orações.
Repartia pequenas medalhas e imagens de São José, conseguia sarar pondo a imagem em cima da área afectada enquanto orava.
Ela não tinha nenhumas posses, pelo que lhe era muito fácil querer aos pobres.
Trabalhou desinteressadamente atendendo enfermos durante as epidemias de cólera de 1835 e 1854.
Os favores conseguidos por Maria causaram alguns problemas dentro de sua comunidade. Era tal o número de pessoas que se apresentavam cada dia que isto foi visto como uma ruptura da vida religiosa por algumas de suas irmãs, e durante algum tempo Soror Maria foi relegada de sua posição.
Ela acreditou que era porque havia pecado de alguma maneira, e passou a maior parte desse tempo em oração.
Sem embargo, suas superioras reavaliaram sua decisão, e devolveram a Maria o seu lugar na portaria.
Toda a sua vida Maria manteve uma constante comunicação consciente com Jesus ou o Padre enquanto cumpria com seus deveres, até ao final de sua vida ela começou a ouvir respostas e teve visões de sua próxima morada na casa de Deus.
Morreu em 6 de Janeiro de 1890 em Génova, Itália.
Foi beatificada por João Paulo II em 4 de Outubro de 1981.

Pedro Bonilli, Beato
Franciscano e Fundador, 5 Janeiro

Pedro Bonilli, Beato

Pedro Bonilli, Beato

Sacerdote Terceiro Franciscano (1841‑1935).
Fundador das Irmãs da Sagrada Família.

Beatificado por João Paulo II em 24 de Abril de 1988
Este generoso imitador de Cristo Bom Pastor nasceu em São Lorenzo de Trevi (Perusa) em 15 de Março de 1841 e morreu em Espoleto em 5 de Janeiro de 1935.
De família de pequenos proprietários, o primeiro de quatro irmãos. De um ambiente familiar favorável, uma mãe piedosíssima, e logo o influxo iluminado e santo de um sacerdote que no colégio Lucarini de Trevi, lhe serviu de guia espiritual: Dom Ludovico Pieri, chamado também o “Dom Bosco” de Trevi.
Em 1857 sentiu brotar impetuosa a vocação sacerdotal e dom Pieri foi seu anjo guardião. Ordenado presbítero em Terni, estando vacante a diocese de Espoleto, em 19 de Dezembro de 1863, de imediato foi enviado como pároco a Cannaiola, uma região pobre, onde esteve 35 anos exercendo uma pastoral renovadora, valente, incisiva, altamente frutuosa, que culminou em 1887 com a fundação da Congregação das irmãs da Sagrada Família. 
A condição religiosa e moral de Cannaiola era singularmente pobre e baixa, marcada pela blasfémia, a libertinagem, o jogo, a embriaguez. Ele se empenhou em alimentar a seu povo com um intenso trabalho de catequese e de instrução religiosa, servindo-se também, como precursor, dos meios de comunicação social de então, (“A imprensa é a arma deste tempo”, dizia) e comprometendo aos laicos em suas iniciativas.
Na família viu o fundamento do renascimento da sociedade e da vida eclesial. “Ser família, dar família, construir família”, foi seu programa.
Em 1898 deixou a Cannaiola ao ser nomeado Canónico da Catedral de Espoleto e Reitor do Seminário, colocando ao serviço dos futuros sacerdotes sua riqueza espiritual e a vasta experiência adquirida nos largos anos de ministério pastoral. Em sua espiritualidade se destaca sua grande contribuição à difusão do culto à Sagrada Família, da qual imitou com verdadeiro espírito franciscano a humildade e a pobreza.
Em 5 de Janeiro de 1935 terminou serenamente em Espoleto sua longa vida (95 anos), consagrada ao serviço da formação do clero e a ajuda aos pobres. “Servo bom e fiel, entra no gozo de teu Senhor!”.

 

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...