sábado, 16 de janeiro de 2010

MISSA PELAS VÍTIMAS DO TERRAMOTO NO HAITI

 

In: Boletim de 16-01-2010 da Agência Ecclesia

 

Missa pelas vítimas no Haiti

Oração e recolha de fundos são meios da Igreja manifestar a sua solidariedade para com o povo do Haiti

Reuters

O responsável pela Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, presidirá na próxima Terça-feira a uma missa pelas vítimas do terramoto no Haiti. A celebração, que ocorrerá na igreja de Santa Isabel, em Lisboa, está marcada para as 19 horas.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado esclareceu que os donativos angariados pela Igreja serão remetidos para a Cáritas Portuguesa, que tem “mais experiência” neste género de campanhas.

A escolha foi justificada com a necessidade de evitar recorrer a “super-estruturas". Por outro lado, é através daquele Organismo “que normalmente se reúnem os meios quando há uma emergência”, recordou o bispo auxiliar de Lisboa.

Igreja presente "na oração da fé e na ajuda fraterna"

O dinheiro recolhido através das iniciativas promovidas pelas dioceses será canalizado para a conta «Cáritas ajuda Haiti», que está igualmente a receber as ofertas dos “homens e mulheres de boa vontade que queiram colaborar”.

Entre os donativos já depositados incluem-se 25 mil euros entregues pelo Fundo Social da Diocese do Porto.

O bispo do Funchal apelou “à colaboração de todos os Diocesanos na ajuda que está a ser organizada e recolhida por várias instituições de solidariedade social, nomeadamente pela Cáritas”.

Numa nota publicada no site da diocese, D. António Carrilho considera que “nesta hora de dor, não podemos deixar de manifestar a nossa mais profunda comunhão de sentimentos e solidariedade, na oração da fé e na ajuda fraterna, para obviar às necessidades básicas e mais urgentes”.

O prelado determinou que o ofertório da missa deste Domingo no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Cabo Girão, destinar-se-á “a apoiar as vítimas do sismo”.

D. Carlos Azevedo assinalou que “a Conferência Episcopal Portuguesa manifesta a sua compaixão com a dor do povo do Haiti”, e que “estas são as nossas formas concretas de manifestar a nossa solidariedade com uma população que é tão pobre e que sofre uma catástrofe tão dramática”.

Milhão e meio de desalojados

Os responsáveis haitianos estimam que o sismo tenha provocado pelo menos 50 mil mortos e 250 mil feridos, números que só nos próximos dias poderão ser estabelecidos com precisão.

O arcebispo de Port-au-Prince é uma das vítimas mortais, assim como dois bispos, dezenas de seminaristas e centenas de religiosos. Calcula-se que outras centenas estejam sob os escombros.

Este sismo é o pior desastre com que as Nações Unidas se confrontam ao longo da sua história, afirmou neste Sábado a porta-voz do gabinete de coordenação dos assuntos humanitários, Elizabeth Byrs. A quantidade de desalojados - milhão e meio - é mais um dos índices que atesta a grandeza da calamidade.

A conta “Cáritas ajuda Haiti” tem o seguinte NIB: 0035 0697 0063 0007 530 53.

Com Agências

Foto: Mulher reza e canta numa rua de Port-au-Prince, capital do Haiti. 15.01.2010

Fotos

Nacional | Rui Martins | 2010-01-16 | 17:01:45 | 3949 Caracteres | América, Cáritas, Solidariedade

http://ecclesia.pt

(Recolha e transcrição feita através deste site, por António Fonseca)

17 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

  SANTOS DO DIA DE HOJE 

- 17 de Janeiro de 2010 -

António, Santo
Janeiro 17   -  Abade

Antonio, Santo

António, Santo

Abade

Martirológio Romano: Memória de santo António, abade, que, havendo perdido a seus pais, distribuiu todos seus bens entre os pobres seguindo a indicação evangélica e se retirou para a solidão da Tebaida, no Egipto, onde levou uma vida ascética. Trabalhou para reforçar a acção da Igreja, sustentou aos confessores da fé durante a perseguição do imperador Diocleciano e apoiou a santo Atanásio contra os arianos, e reuniu a tantos discípulos que mereceu ser considerado pai dos monges (356).

Etimologicamente: António = florido, inestimável”. Vem da língua grega. 
Data de canonização: Foi canonizado no ano 491.

António nasceu no povo de Comas, perto de Heraclea, no Alto Egipto. Se conta que em redor dos vinte anos de idade vendeu todas as suas posses, entregou o dinheiro aos pobres e se retirou a viver numa comunidade local fazendo ascética, dormindo num sepulcro vazio. Logo passou muitos anos ajudando a outros ermitãos a dirigir sua vida espiritual no deserto, mais tarde foi-se internando muito mais dentro do deserto, para viver em absoluta solidão.
De acordo com os relatos de santo Atanásio e de são Jerónimo, popularizados no livro de vidas de santos A lenda doirada que compilou o dominicano genovês Santiago de la Vorágine no século XIII, António foi reiteradamente tentado pelo demónio no deserto. A tentação de santo António se voltou em tema favorito da iconografia cristã, representado por numerosos pintores de fuste.
Sua fama de homem santo e austero atraiu a numerosos discípulos, aos que organizou num grupo de ermitãos junto a Pispir e outro em Arsínoe. Por isso, se o considera como fundador da tradição monacal cristã. Sem embargo, e pese o atractivo que seu carisma exercia, nunca optou pela vida em comunidade e retirou-se para o monte Colzim, perto do Mar Vermelho como ermitão. Abandonou seu retiro em 311 para visitar Alexandria e pregar contra o arianismo.
Jerónimo de Estridón, em sua vida de Paulo o Simples, um famoso decano dos anacoretas de Tebaida, conta que António foi a visitá-lo em sua idade madura e o dirigiu na vida monástica; o corvo que, segundo a lenda, alimentava diariamente a Paulo entregando-lhe uma fogaça de pão, deu as bem-vindas a António subministrando duas fogaças. À morte de Paulo, António o enterrou com a ajuda de dois leões e outros animais; daí seu patronato sobre os coveiros e os animais.
Se conta também que numa ocasião se lhe acercou uma javali com suas crias (que estavam cegos), em atitude de súplica. António curou a cegueira dos animais e desde então a mãe não se separou dele e o defendeu de qualquer mal que se aproximasse. Mas com o tempo e pela ideia de que o cerdo era um animal impuro se fez costume de o representar dominando a impureza e por isto lhe colocavam un cerdo domado aos pés, porque era vencedor da impureza. Além disso, na Idade Média para manter os hospitais soltavam os animais e para que a gente não se apropriasse deles, puseram-nos sob o patrocínio do famoso Santo António, pelo que corria sua fama. Na teologia o colocar os animais junto à figura de um cristão era dizer que essa pessoa havia entrado na vida bem-aventurada, isto é, no céu, posto que dominava a criação.

Relíquias e ordem monástica
Se afirma que António viveu até aos 105 anos, e que deu ordem de que seus restos repousassem à sua morte num túmulo anónimo. Sem embargo, em redor de 561 suas relíquias foram levadas a Alexandria, onde foram veneradas até redor do século XII, quando foram trasladadas para Constantinopla. A Ordem dos Cavaleiros do Hospital de Santo António, conhecidos como Hospitalários, fundada por essa altura, se pôs sob sua invocação. A iconografia o reflecte, representando com frequência a António com o hábito negro dos Hospitalários e a TAU ou a cruz egípcia que veio a ser o emblema como era conhecido. 
Após a queda de Constantinopla, as relíquias de António foram levadas para a província francesa do Delfinado, a uma abadia que anos depois se fez célebre sob o nome de Saint-Antoine-en-Viennois. A devoção por este santo chegou também a terras valencianas, difundida pelo bispo de Tortosa a princípios do século XIV. 
A ordem dos antonianos se há especializado desde o princípio na atenção e cuidado de enfermos com doenças contagiosas: peste, lepra, sarna, venéreas e sobretudo o ergotismo, chamado também fogo de Santo António, fogo sacro ou serpentina. Se estabeleceram em vários pontos do Caminho de Santiago, nos arrabaldes das cidades, donde atendiam aos peregrinos afectados. 
O hábito da ordem é uma túnica de saial com capucho e levam sempre uma cruz em forma de TAU, como a dos templários. Durante a Idade Média além disso, tinham o costume de deixar seus cerdos soltos pelas ruas para que a gente os alimentasse. Sua carne se destinava aos hospitais ou se vendia para recolher dinheiro para a atenção dos enfermos.

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

16 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA DE HOJE, 16 DE JANEIRO DE 2010 - SÁBADO

Janeiro 16 XXX Papa
Marcelo I, Santo
Marcelo I, Santo
XXX Papa
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Priscila, na via Salaria Nueva, sepultura de são Marcelo I, papa, que, como recorda o papa são Dâmaso, foi um verdadeiro pastor, pelo que sofreu muito, sendo expulso de sua pátria e morrendo  no desterro por haver sido denunciado falsamente ante o tirano por alguns que desprezavam a penitência que lhes havia imposto (309).
Etimologia: Marcelo = relativo ao deus Marte, é de origem latina.
O papa são Marcelo I (308-309), foi eleito depois de quatro anos da morte do papa são Marcelino devido à perseguição do imperador Diocleciano (303 a 305).
Lhe tocou fazer frente à crise deixada entre os cristãos pela referida perseguição e que por medo ao martírio haviam apostatado de sua fé ou simplesmente abandonado as práticas religiosas, mas agora queriam regressar à  Igreja. Decretou que aqueles que desejavam voltar à Igreja tinham que fazer penitência por haver renegado da fé durante a perseguição.
Os que estavam contra esta decisão conseguiram que o imperador Majencio o desterrasse.
Segundo o "Livro Pontifical", o Papa Marcelo hospedou-se na casa de uma laica muito piedosa de nome Marcela, e desde aí, seguiu dirigindo aos cristãos. Ao inteirar-se o Imperador, obrigou ao Pontífice a realizar trabalhos forçados nas cavalariças e casebres imperiais que foram trasladados a essa zona.
Morreu no exílio em 16 de Janeiro de 309. Seu corpo foi devolvido a Roma e sepultado no cemitério de Priscila.
Durante seu pontificado se dedicou a voltar a edificar os templos destruídos na perseguição. Dividiu Roma em vinte e cinco sectores com um presbítero ou pároco à frente de cada um deles. Seu carácter enérgico, ainda que moderado, levou a que ordenasse que nenhum concílio se pudesse celebrar sem sua autorização explícita.
Janeiro 16   -  Bispo
Honorato de Arles, Santo
Honorato de Arles, Santo
Bispo
Martirológio Romano: Em Arlés, cidade da Provença, na Gália (hoje França), santo Honorato, bispo, que estabeleceu o célebre mosteiro na ilha de Lérins e depois aceitou reger a sede de Arlés (429).
De família galo-romana e pagã, ele e seu irmão Venâncio se converteram ao cristianismo. Peregrinou a Grécia, onde entrou em contacto com os monges daquelas terras e conheceu seu modo de vida.
Sobre o ano 410 regressou à Gália. Desejava residir como ermitão em algum lugar separado e se instalou na ilha Lerina, também chamada ilha São Honorato, uma das ilhas Lérins, frente a Cannes. A ilha era um lugar deserto e inóspito onde abundavam as serpentes. Segundo a tradição, Honorato caiu de joelhos e se pôs a rezar; morrendo todas as serpentes e dando ordem ao mar para que arrastasse seus cadáveres limpando a ilha.
Ao cabo de um tempo se lhe uniram outros companheiros e fundou o mosteiro de Lérins, regido pela regra de são Pacómio. A comunidade cresceu e deu vários santos, teólogos e bispos como Hilário de Arlés, Vicente de Lerins, Cesáreo de Arlés, e se converteu num importante foco cultural.
Apesar de sua má saúde era muito activo. Morreu pouco depois de ser eleito arcebispo de Arlés.

Janeiro 16   -  Presbítero
José Vaz, Beato
José Vaz, Beato
Presbítero Missionário
Martirológio Romano: Em Kandy, cidade da ilha de Ceilão (hoje Sri Lanka), no Oceano Índico, beato José Vaz, presbítero, da Congregação do Oratório, que se entregou com inusitado fervor a pregar o evangelho de salvação os católicos disseminados por aquelas terras, confirmando na fé aos que permaneciam escondidos (1711).
Nasceu em 21 de Abril de 1651, na Índia, foi o terceiro dos seis filhos do matrimónio cristão formado por Cristopher Vaz e Maria de Miranda,
Seus estudos primários e secundários realizou-os no colégio de Sancoale, onde os estudos se realizavam em dois idiomas: o nativo e o português, além disso aprendeu latim. Posteriormente estudou humanidades na Jesuit Goa University especializando-se em filosofia e teologia na São Thomas Aquinas Academy. Recebeu a ordenação em 1676.
Abriu uma escola de latim em Sancoale para os possíveis seminaristas. Muito devoto de Nossa Senhora, em 1677 se consagrou como "escravo de María", selando-o com um documento conhecido como sua "Carta de Escravidão".
Foi nesta época que ele se inteirou das penúrias dos católicos em Ceilão; quem sofria perseguição dos protestantes holandeses, ao ponto que por 50 anos não haviam tido sacerdote em sua comunidade. Pediu permissão para trabalhar no Ceilão, mas lhe solicitaram que fosse para Kanara. Aceitou, mas seus pensamentos e coração estavam em Ceilão.
Como Vigário em Kanara, pregou, ouviu confissões, visitava enfermos, ajudou aos pobres, resgatou a cristãos escravizados e trabalhou para solucionar disputas jurídicas que interferiam com a celebração dos sacramentos.
Entretanto, uma pequena congregação sacerdotal se havia formado em Goa tendo a Igreja da Santíssima Cruz dos Milagres como sede. O P. José se uniu a esta congregação e foi eleito como seu superior. Ele deu um status canónico a este oratório introduzindo exercícios religiosos, actividades de caridade e preparando a seus membros para as missões.
Em 1686 deixou seu cargo e se encaminhou a Ceilão, disfarçado como um operário itinerante, chegando ao porto de Tuticorin na Páscoa de 1687, e logo a  fortaleza holandesa de Jaffna no norte de Ceilão.
Padeceu disenteria aguda, agravada pelas condições terríveis de viagem, apenas se recuperou começou sua missão contactando aos católicos e escondendo-se dos holandeses. Foi alojado por um valoroso católico, e atendia à noite a sua oculta freguesia. Se manteve sempre um passo adiante das autoridades, e em 1689 se foi a Sillalai, um povoado católico, e começou a atender as gentes em povos circundantes.
Em 1690 o P. José viajou a Puttalam no Reino de Kandy, onde 1,000 católicos não haviam tido um sacerdote por meio século. Decidiu fazer o centro de seu apostolado em Kandy, e em 1692 se mudou para lá e pediu permissão ao Rei para trasladar-se livremente nesse território. Em lugar de isso, ele foi preso por imputações Calvinistas de ser um espia de Português, e se o encarcerou com outros dois católicos. Ali ele aprendeu Sinhala, o idioma local, e apenas os guardas da prisão reduziram sua vigilância, construiu uma choça-igreja e posteriormente uma igreja que dedicou a Nossa Senhora, começando assim sua missão, convertendo a outros prisioneiros.
Em 1696 o Reino de Kandy estava sofrendo uma séria seca, e o rei pediu aos monges budistas que orassem a seus deuses para que chovesse; nada ocorreu. Então o Rei se voltou para José que erigiu um altar e uma cruz no meio de uma área quadrada, e orou; uma chuva abundante começou a cair, enquanto José e a zona do altar permaneciam secas. O rei lhe concedeu licença a José para pregar ao longo do reino.
Fazendo uso de sua reencontrada liberdade, fez um trabalho missionário visitando a zona holandesa e aos católicos em Colombo. Três missionários do Oratório de Goa chegaram a 1697 para ajudá-lo e com a¿ notícia de que Dom Pedro Pacheco, Bispo de Cochin, o havia nomeado Vigário Geral em Ceilão. Ele estava organizando a estrutura básica da missão quando a varicela assolou Kandy. Seu trabalho com os enfermos convenceu ao rei de lhe conceder todas as facilidades para que o P. José realizasse seus labores.
Joseph levou sua missão aos principais centros povoados da ilha, regressando a Kandy em 1699 com o Padre José de Carvalho que havia sido expulso por instigação de monges budistas. Completou a construção de sua nova igreja, e entrou ao serviço do rei, traduzindo livros portugueses para sinhala. Desde essa óptica, intensificou seu ministério, e converteu alguns notáveis Cingaleses que deu lugar a calunias contra ele e à perseguição dos convertidos.
Novos missionários chegaram em 1705, o que lhe permitiu organizar as missões em oito distritos cada um a cargo de um sacerdote.
Trabalhou na criação de uma biblioteca católica comparável à dos budistas, e em cimentar os direitos de católicos com o Governo protestante holandês. 
O Rei Vimaldharna Surya II, protector do Padre José, morreu em 1707, Narendrasimha, seu sucessor, foi um respaldo ainda maior. Novos missionários chegaram em 1708.
Em 1710, apesar de seus problemas de saúde, José fez outra viagem apostólica. Em seu retorno, ele caiu enfermo de sua carruagem, e chegou a Kandy em condições sérias. Ainda que se tenha recuperado de uma série de infecções e febres durante o ano seguinte, sua idade, o trabalho, e as doenças o haviam debilitado. Iniciou nove dias de exercícios espirituais prescritos pela Regra de sua ordem, mas antes do sétimo dia, foi chamado à casa de Deus, em 16 de Janeiro de 1711.
Sua Santidade João Paulo II o beatificou em 21 de Janeiro de 1995 durante sua visita apostólica a Sri Lanka. A causa havia sido iniciada em 1737.

Se alguém tiver informação relevante para a canonização do Beato José Vaz por favor comunique-se com:
Sanctuary of Blessed Joseph Vaz
413 Blessed Joseph Vaz Road
Sancoale P.O.
Cortalim
Goa, Índia-403 710
phone/0834-550263

Janeiro 16   -  Mestre Laico
José Antonio Tovini, Beato
José António Tovini, Beato
Mestre Laico
Martirológio Romano: Em Brescia, cidade de Itália, beato José António Tovini, que, sendo mestre, se ocupou em erigir numerosas escolas cristãs e em promover a construção de obras públicas, e em toda sua actividade deixou testemunho de sua oração e de suas virtudes (1897).
José (Giuseppe) Tovini nasceu em 14 de Março de 1841 em Cividate Camuno, província italiana de Brescia. Recebeu uma educação especialmente austera. Seus estudos estiveram a ponto de se interromper, mas a intervenção do sacerdote Giambattista Malaguzzi, tio materno, lhe conseguiu um posto gratuito no colégio para jovens pobres, fundado em Verona por dom Nicola Mazza. Passou logo ao seminário diocesano, onde foi muito apreciado por companheiros e professores. A morte de seu pai, em 1859, e a difícil situação económica da família - era o mais velho de seis irmãos - o fez abandonar a ideia de se fazer missionário, após grandes lutas interiores. Em 1860 se inscreveu na faculdade de jurisprudência de Pádua: se ajudava fazendo práticas no despacho de um advogado e dando aulas particulares. Em vésperas de se doutorar brilhantemente na universidade de Pavía, morreu sua mãe. Ao terminar seus estudos trabalhou no despacho de um advogado e no de um notário de Lovere. Ao mesmo tempo exerceu o cargo de vice reitor e professor de um colégio municipal, tarefa que desempenhou durante dois anos: era o único que rezava ao começar e terminar as aulas, e comungava cada domingo.
Em 1867 se trasladou a Brescia. Ali foi declarado idóneo para o exercício da advocacia e trabalhou desde 1868 com o advogado Corbolani, com cuja filha Emília se casou sete anos mais tarde, em 6 de Janeiro de 1875, decidindo definitivamente sua vocação. Tiveram dez filhos, dos quais um foi jesuíta e duas religiosas. Foi pai solícito e afável, educador atento, que inculcou em seus filhos os princípios da moral católica.
De 1871 a 1874 foi alcaide de Cividate, promovendo numerosas iniciativas.
Em 1877 ingressou no movimento católico bresciano e participou na fundação do diário «Il Cittadino di Brescia», de cuja direcção administrativa e organizativa se ocupou. Nesse mesmo ano participou na formação do comité diocesano da Obra dos congressos, de que foi nomeado presidente (percorreu toda a província para organizar os comités paroquiais); logo, foi sucessivamente presidente do Comité regional lombardo, membro do conselho directivo, presidente da terceira secção de educação e instrução, membro do Conselho superior e vice-presidente da Obra. Ingressou na Terceira Ordem Franciscana em 1881. Progrediu no exercício das virtudes, em particular nas características da espiritualidade franciscana: a ascese, a simplicidade, a pobreza, a oração e o diálogo respeitoso. Se empenhou muito na política: foi eleito repetidamente conselheiro municipal em Brescia. Favoreceu iniciativas e instituições inspiradas, organizadas, fundadas ou orientadas por ele, através de programas apresentados em congressos católicos italianos, em Brescia e na Lombardia, assim como no âmbito nacional. Susteve e apoiou outras muitas iniciativas de carácter social, como as Caixas de Aforro municipais; propôs a fundação da União diocesana das sociedades agrícolas e das Caixas municipais; fundou em Brescia o Banco de São Paulo e em Milão o Banco Ambrosiano. Mas onde multiplicou seus esforços foi no sector educativo e escolar. Defendeu com afinco o ensino religioso nas escolas para tutelar a fé e moral dos jovens, e a liberdade de ensino; susteve a escola livre, como instrumento eficaz para formar a juventude nas tarefas de responsabilidade civil e social. Promoveu a erecção de círculos universitários católicos e colaborou na fundação da «União Leão XIII» de estudantes de Brescia, de que nasceu a FUCI (Federação de estudantes católicos italianos). Fundou a revista pedagógica e didáctica «Escola Italiana moderna», de difusão nacional; o semanário «A voz do povo»; o «Boletim dos terceiros franciscanos», etc.; propôs recolher fundos para uma universidade católica.
Tratou sempre de que a Igreja tivesse uma presença cada vez mais decisiva no mundo do trabalho, o que o levou a fazer uma propaganda intensa e constante para a fundação das associações obreiras católicas. Em sua última relação pública, falou do apostolado da oração, dirigindo um apaixonado convite à comunhão eucarística.
Admira sua grande obra, apesar de sua pouca saúde.
Faleceu em 16 de Janeiro de 1897.
O beatificou João Paulo II em Brescia em 20 de Setembro de 1998.
Janeiro 16   - Virgem Fundadora
Juana María Condesa Llunch, Beata
Juana María Condesa Llunch, Beata

Fundadora da Congregação de
Servas da Imaculada Conceição Protectoras das Operárias

Martirológio Romano: Em Valência, cidade de Espanha, beata Juana María Condesa Lluch, virgem, a qual, com solícita caridade e espírito de sacrifício para com os pobres, crianças e jovens operárias, se entregou completamente a atendê-los e, para sua tutela, fundou a Congregação de Servas da Imaculada Conceição Protectoras das Obreras (1916).
Juana María Condesa Lluch nasceu em Valência (Espanha) no dia 30 de Março de 1862, no seio de uma família cristã de boa posição sócio-económica. Foi baptizada em 31 de Março de 1862 na Igreja de Santo Esteban, lugar onde haviam sido baptizados San Vicente Ferrer e San Luis Bertrán. Recebeu uma esmerada formação humana e cristã, que contrastava com a mentalidade racionalista e ilustrada que se abria passagem na sociedade valenciana do momento e que deu lugar a uma onda de descristianização. Na etapa da adolescência e juventude vai reforçando sua vida como cristã, nutrindo-se das devoções religiosas próprias do momento histórico que vive, especialmente a devoção a Jesús Sacramentado, à Imaculada Conceição, a São José e a Santa Teresa, o que por sua vez a leva de forma progressiva a uma maior sensibilidade e compromisso com os mais necessitados.
Muito cedo descobre o dom do amor de Deus que se estava derramando abundantemente em seu coração (cf. Rm 5, 5) e faz própria a tarefa de acolher esse dom em sua vida a fim de ser «Santuário de Deus, morada do Espírito» (cf. 1 Co 3, 16). Sua intensa vida de oração, sua constante relação com Deus, foram a força que fez possível que nela amadurecessem os frutos próprios de quem vive segundo o Espírito: a alegria, a humildade, a constância, o domínio de si, a paz, a bondade, a entrega, a laboriosidade, a solidariedade... a fé, a esperança e o amor. Por isso, quem a conheceu a apresentam como uma mulher que «Conseguiu viver o ordinário de forma extraordinária».
Tinha apenas 18 anos, quando descobriu que a vontade de Deus sobre sua vida era entregar tudo e entregar-se de todo à causa do Reino através da evangelização e o serviço à mulher obreira, interessando-se pelas condições de vida e laborais destas jovens, realidade sofredora que contemplava desde a estrada que a conduzia desde Valência à praia de Nazaré, onde a família tinha uma casa de descanso e expansão.
Em 1884, após vários anos de dificuldades e obstáculos especialmente por parte do então Arcebispo de Valência, o Cardeal Antolín Monescillo, ao considerar que era demasiado jovem para levar a cabo a proposta que lhe fazia de fundar uma Congregação Religiosa, consegue deste a permissão necessária para abrir uma casa que desse acolhida, formação e dignidade às obreiras que, dado o crescente processo de industrialização do século XIX, saíam dos povos para a cidade para trabalhar nas fábricas, onde eram consideradas meros instrumentos de trabalho; «Grande é tua fé e tua constância. Vê e abre um asilo para essas obreiras pelas que com tanta solicitude te interessas e tanto carinho sente teu coração».
Uns meses depois, nesta mesma casa se inaugurava uma Escola para filhas de obreiras e outras jovens se uniam a seu projecto compartilhando os mesmos ideais. Desde este momento começava a tomar forma em sua vida o que experimentava como vontade de Deus: «Eu e todo o meu para as obreiras», não se tratava de uma frase feita, era o espaço que possibilitava a chamada de Deus e a resposta de uma pessoa, Juana María Condesa Lluch.
Convencida de que sua obra era fruto do Espírito e com o desejo de que fosse uma realidade eclesial, continua insistindo a fim de poder organizar-se como Congregação Religiosa, pois seguir a Cristo, dando a vida por Ele no serviço às obreiras lhe pedia exclusividade, daí sua opção por viver em castidade, em obediência e em pobreza de forma radical. Acrisolada na prova, mas mantendo um espírito sereno, firme e confiado: «Senhor, mantém-me firme junto a tua Cruz», fazendo da fé sua luz, da esperança sua força e do amor sua alma, consegue a Aprovação Diocesana do Instituto em 1892, no qual crescia em membros e se ia estendendo por distintas zonas industriais. Em 1895 emite a Profissão Temporal junto com as primeiras irmãs e em 1911 a Profissão Perpétua,
Durante todos estes anos, sua vida a exemplo da Virgem Imaculada, foi uma entrega incondicional à vontade de Deus, fazendo suas as palavras de Maria ante o anúncio do Anjo: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra» (Le 1, 38), palavras que se converteram em chave de espiritualidade e em estilo de vida, até ao ponto de definir-se como «escrava da Escrava do  Senhor» e de dar nome e significatividade à Congregação fundada por ela.
Em 16 de Janeiro de 1916, a Madre Juana María Condesa Lluch passava a contemplar o rosto de Deus por toda a eternidade, alcançando seu anseio de santidade, manifestado tantas vezes às irmãs com estas palavras: «Ser santas no céu, sem levantar pó na terra». Expressão que denota que sua vida transcorreu segundo o Espírito de Cristo Jesús, conjugando a mais sublime das experiências, a intimidade com Deus, com o empenho de que a jovem obreira alcançasse também a mais sublime das vocações, ser imagem e semelhança do Criador, e que põe de manifesto seu ser de «Mulher bíblica, cheia de coragem nas eleições e evangélica nas obras», tal como foi definida por uno de los Teólogos Consultores ao estudar suas virtudes.
El Instituto nutrido de la firme vontade de sua Fundadora, alcançava el 14 de Abril de 1937 a aprovação temporal pontifícia de S.S. Pío XI e em 27 de Janeiro de 1947 a aprovação definitiva de S.S. Pío XII. A abertura diocesana do Processo de Canonização da Madre Juana María teve lugar em Valência em 1953. Foram declaradas suas virtudes heróicas em 1997 e o dia 5 de Julho de 2002, ante S.S. João Paulo II, foi promulgado o Decreto de aprovação de um milagre atribuído a sua intercessão, sendo beatificada em 23 de Março de 2003 pelo mesmo Papa.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Janeiro 16   -  Completando santoral deste dia
Otros Santos y Beatos

São Melas, Bispo e confessor

Na cidade de Rinocorurua, no Egipto, são Melas, bispo, que por sua adesão à fé ortodoxa sofreu o desterro em tempo do imperador ariano Valente, após o qual descansou em paz (c. 390).

São Leobato, abade
Na região de Tours, na Gália Lugdunense (hoje França), comemoração de são Leobato, abade, a quem seu mestre, são Urso, designou como superior do mosteiro recém fundado de Sénevière, o qual governou santamente até sua velhice (s. V).

São Trivério, presbítero e eremita

No lugar de Dombes, no território lugdunense da Gália (hoje França), são Trivério, presbítero e depois eremita (c. 550).
 
SAN DANACTO
São Danacto ou Danax, mártir

Na cidade de Aulona, em Iliria (hoje Albânia), são Danacto ou Danax, mártir (s. inc.)
SAN JACOBO
São Jacobo, bispo

Em Tarantasia, cidade da Gália Vienense (hoje França), são Jacobo, bispo, discípulo de santo Honorato de Lérins (s. V).

SAN TIZIANO
São Tiziano, bispo
Na cidade de Oderzo, na região de Veneza (hoje Itália), são Tiziano, bispo (s. V).
SAN FURSEO
São Furseo, abade

Em Mazerolles, junto ao rio Alteia, na Gália (hoje França), são Furseo, abade primeiro na Irlanda, depois em Inglaterra e, finalmente, na Gália, onde fundou o mosteiro de Lagny (c. 650).
SANTA JUANA
Santa Juana, monja

Na cidade de Bagno, da Romagna (hoje Itália), santa Juana, que, admitida na Ordem camaldulense, se distinguiu por sua obediência e humildade (1105).

Santos Berardo, Otão e Pedro, e Acursio e Aiuto, religiosos mártires
Na cidade de Marrakech, no Magreb (hoje Marrocos), santos mártires Berardo, Otón (Otão) e Pedro, presbíteros, Acursio e Aiuto, religiosos, todos da Ordem dos Irmãos Menores, os quais, enviados por são Francisco para anunciar o Evangelho aos muçulmanos, foram presos em Sevilha e trasladados a Marrakech, onde os justiçaram por ordem do príncipe dos sarracenos (1226).
SAN BERARDO Y COMPAÑEROS

http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca



Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...